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terça-feira, 11 de junho de 2013

Guiné 63/74 - P11695: VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande (14): Monte Real, 8 de junho de 2013 (Parte III): Os 'apanhados' do Miguel Pessoa


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Almoço convívio > Dina e Carlos Vinhal (Leça da Palmeira / Matosinhos)... O Carlos é o nosso coeditor de serviço 24 horas por dia e foi, mais um vez, um dos três elementos fundamentais da comissão organizadora do encontro (juntamente com o J. Mexia Alves e o Miguel Pessoa).


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Almoço convívio > Rui Silva e Regina Teresa (Santa Maria da Feira)


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Almoço convívio > Da esquerda para a direita: Suzel e José Fernando Almeida (Óbidos); Alice Carneiro; Joana e Humberto Reis (Alfragide / Amadora)...


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Almoço convívio > Joana e Humberto: em primeiro plano, os quatro livros que foram lançados na "feira do livro 2013" da Tabanca Grande, da autoria de José Saúde, Alberto Branquinho, Manuel Maia e Manuel Luís Lomba, respetivamente... Haveremos de falar deles, com mais detalhe.


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Almoço convívio > Francisco Silva (cirurgião ortopedista) e Elisabete (Lisboa)


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Almoço convívio > O nosso capitão Jorge Picado (Ílhavo) e o bambadinquense José Armando F. Almeida (Albergaria-a-Velha).


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Almoço convívio > O Jorge Rosales (Cascais), régulo da Magnífica Tabanca da Linha, e o Delfim Rodrigues, "felupe" de Coimbra...


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Almoço convívio > António Manuel Sucena Rorigues e Rosa Maria (Oliveira do Bairro).


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Almoço convívio > Luís Graça e Alice Carneiro (Alfragide / Amadora)


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Almoço convívio > O Joaquim Mexia Alves, "jogando em casa" e o nosso cor inf ref António J. Pereira da Costa (Tó Zé, para os amigos).



Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Almoço convívio >  A "rangerice" toda reunida: da esquerda para a direita, 1ª fila: Francisco Silva (Lisboa), J. Casimiro Carvalho (Maia), Jorge Araújo (Almada), Magalhães Ribeiro (Porto) e Ricardo Sousa (Lisboa, se não me engano...); 2ª fila: José Saúde (Beja), Joaquim Mexia Alves (Monte Real / Leiria), António Pimentel (Figueira da Foz), Humberto Reis (Alfragide / Amadora), Alberto Branquinho (Lisboa) e José Ferreira da Silva (Crestuma / V. N. Gaia)...


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Almoço convívio > Manuel Maia, o nosso "bardo do Cantanhez", que vive na Maia; e o nosso coeditor Magalhães Ribeiro (Porto).



Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Almoço convívio >  Dois heróis de 1973, batendo a pala um ao outro: o antigo ten pilav António Martins Matos (hoje ten gen pilav ref; era o asa do Miguel Pessoa, quando este foi abatido por um Strela sob os céus de Guileje, em 25/3/1973) e o ex-fur mil op esp J. Casimiro Carvalho,  o "grande pirata de Guileje" que merecia uma cruz de guerra em Gadamael (dois meses a seguir)...

Fotos: © Miguel Pessoa (2013). Todos os direitos reservados. [Legendas: LG]
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Nota do editor:

Último poste da série > 11 de junho de 2013 > Guiné 63/74 - P11687: VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande (13): Monte Real, 8 de junho de 2013 (Parte II): Novas caras, novos tabanqueiros, novos camaradas, novos amigos e amigas...

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Guiné 63/74 - P11638: Blogpoesia (341): Ainda o paludismo... (Manuel Maia)

1. Ainda a propósito do paludismo*, o nosso camarada Manuel Maia (ex-Fur Mil da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4610, Bissum NagaCafal Balanta e Cafine, 1972/74) enviou-nos mais estas bem dispostas quadras:


Diz Martins, no seu saber,
d´Hipócrates juramentado,
que o sem Fosfato irá ter
problemas se for picado...

Quanto à "pilinha" do dito,
depende do animal...
Se vires um grande mosquito,
"minorca" é o seu "material"...

Pesados tem "solanáceos",
para não dizer tomates...
Uns pretos, outros rosáceos,
provindos de outros combates...

Um dia, quase noitinha,
e depois de muita luta,
dissequei, qual "fervurinha",
um desses filhos de puta...

À falta de bisturi,
usei a faca de mato,
num frasco o dito meti,
com as bolas por ornato...

Lacrando o frasco escrevi,
com letra estilizada,...
A sacana que está aqui
era meio amaricada...

Nem sei se fêmea se macho,
teve sim um fim precoce,
com pila, fêmea não acho,
picava como se o fosse...

Algures arranjei um nicho,
e em cova funda enterrei
o frasco contendo o bicho,
ou "bicha" como contei...

Grande "ronco" o funeral,
com gente vinda de fora,
três dias festa foi tal
a que fiz naquela hora...

Perguntas se voltaria
ao Cantanhez que bendigo,
digo que assim morreria
mais descansado, amigo...

Ao camarigo, dr. C. Martins*, ao Henrique Cerqueira, também furriel do meu batalhão, ao José Colaço, ao Luís Faria, ao Carlos Vinhal que posta mesmo "fora d`horas e a ti Luís para quem vai a última quadra ( resposta ao que formularas). 

Para todos vós um grande abraço.
Manuel Maia
____________

Nota do editor

(*) Vd. poste de 18 DE MAIO DE 2013 > Guiné 63/74 - P11590: Blogpoesia (339): À custa duns "largos jarros" / e pastilhas LM, / cerveja, whisky e cigarros, / paludismo não se teme... (Manuel Maia)

Último poste da série de 26 DE MAIO DE 2013 > Guiné 63/74 - P11632. Blogpoesia (340): O milagre das cerejeiras (J. L. Mendes Gomes)

sábado, 25 de maio de 2013

Guiné 63/74 - P11625: Agenda cultural (275): O livro "Guiné - Terra que aprendemos a amar", de Manuel Maia foi lançado no passado dia 22 de Maio em Monte Real (Miguel Pessoa)

1. No passado dia 22 de Maio foi apresentado, em Monte Real, o livro "Guiné - Terra que aprendemos a amar" de autoria do nosso camarada Manuel Maia, (ex-Fur Mil da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4610, Bissum NagaCafal Balanta e Cafine, 1972/74), escrito em sextilhas, como ele tão bem se expressa.

O evento decorreu durante o habitual almoço mensal da Tabanca do Centro.

Aproveitando o trabalho do nosso camarada Miguel Pessoa (ex-Ten Pilav, BA 12, Bissalanca, 1972/74, hoje Coronel Pilav Reformado) [foto à direira], aqui fica a sua reportagem, já publicada no sítio da Tabanca do Centro.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Guiné 63/74 - P11616: Bibliografia de uma guerra (69): "Guiné - Terra que aprendemos a amar", mais um livro em sextilhas do nosso camarada Manuel Maia



1. Mensagem do nosso camarada Manuel Maia (ex-Fur Mil da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4610, Bissum NagaCafal Balanta e Cafine, 1972/74) com data de 11 de Maio de 2013:

O blogue como sabeis, teve para mim o condão de me fazer conhecer espantosos amigos que me possibilitaram aceder à publicação da "História de Portugal em Sextilhas", obra em que tive o subido prazer de ver o prefácio assinado pelo prof. doutor Luís Graça, bem como do inexcedível trabalho de afã e empenho a que o incansável Carlos Vinhal deu corpo...

Sem o vosso estímulo e carinho, bem como obviamente do grupo do Cadaval, capitaneado pelo nosso "Almirante" Vasco da Gama, com uma "tripulação" que envolveu mais alguns "camarigos" a quem agradeço reconhecidamente, para além do editor Adelino Fernandes, para quem vai também a minha gratidão pelo esforço, dedicação e capacidade técnica postas ao dispor.

Sem este grupo desinteressadas e solidárias gentes, o desiderato de colocar o livro, não nas bancas ou escaparates das livrarias, mas nas "tabancas" e nas estantes de cada um de nós, nunca teria sido conseguido...

De novo, Vasco da Gama o empreendedor e realizador de sonhos, a quem devo o penhor de uma amizade, "pondo pés ao caminho", como soe dizer-se, em estreita colaboração com os "camarigos" Joaquim Mexia Alves, Miguel Pessoa e José Eduardo Oliveira (Jero) e a sua "Tabanca do Centro", estribados no apoio técnico qualificado e imprescindível de Adelino Fernandes, criaram as condições conducentes ao surgimento deste meu segundo trabalho, num misto de prosa e poesia onde a sextilha é de novo a aposta, voltado mais para o coração dos ex-combatentes Guinéus, a que dei o título de "Guiné terra que aprendemos a amar", prefaciado desta feita pelo nosso camarada e amigo Zé Dinis, da tabanca da Linha, a quem aproveito para agradecer.

Quem quiser adquirir o livro "Guiné - Terra que aprendemos a amar" poderá fazê-lo através do meu endereço: oliveiramaiajun50@gmail.com ou ainda para o meu telemóvel 937 574 140.

No próximo dia 8 de Junho estarei no VIII Encontro da Tabanca Grande em Monte Real, onde poderão também adquirir o meu livro que autografarei com muito gosto se assim o desejarem.

obrigado
mm

******

Pesadelo

De um e outro lado da refrega,
em sofrimento atroz, ninguém o nega,
famílias "vivem" esta guerra horrenda...
P`ra história da Guiné foi contributo,
de esposas, pais, irmãos, pesado luto,
milhares em onze anos de contenda...

A vós, familiares de contendores,
dum lado e doutro, todos sofredores,
pergunto, como estais do vosso luto?
A vós a quem roubaram entes queridos
na flor da idade, jovens destemidos
perdidas vidas em fatal minuto...

Tamanho do vazio que sentis
convosco, nós a quem destino quis,
do inferno regressados, partilhamos...
Em quantas noites pesadelo empurra,
de volta à luta tuga versus turra,
e em sofrimento horrível acordamos?

Estou certo, ser visita, a panaceia
p`ra cura destes males "cá na ideia",
que todos nós sentimos, muito ou pouco...
De "vacas magras" tempo não ajuda,
prioritária a vida, cá não muda
e a infindável espera, põe-me louco...
____________

Nota do editor:

Último poste da série de 28 DE FEVEREIRO DE 2013 > Guiné 63/74 - P11173: Bibliografia de uma guerra (68): Alguns comentários sobre a guerra na Guiné e a sua literatura (2) (René Pélissier / Mário Beja Santos)

sábado, 18 de maio de 2013

Guiné 63/74 - P11590: Blogpoesia (339): À custa duns "largos jarros" / e pastilhas LM, / cerveja, whisky e cigarros, / paludismo não se teme... (Manuel Maia)

1. Em mensagem do dia 16 de Maio de 2013, o nosso camarada Manuel Maia (ex-Fur Mil da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4610, Bissum NagaCafal Balanta e Cafine, 1972/74) enviou-nos estas quadras alusivas ao paludismo de que se livrou:

Do paludismo nem cheiro,
"capei" mosquitas da zona,
já o mosquito era porreiro,
não me deu cabo da mona...

Malária ou paludismo,
foi maleita que não tive,
por ter um bom organismo,
sempre o "plasmodium" contive...

À custa duns "largos jarros"
e pastilhas LM,
cerveja, whisky e cigarros,
paludismo não se teme...

Milhões de vezes picado
nos "resorts" conhecidos,
avisei-os por recado
- Se me infectais estais perdidos !!!

No Cantanhez foi a sorte,
a livrar-me do descambo,
que à mosquitada deu morte,
herói AB, nosso Rambo...

Como Caio, o "mata sete",
ganhara fama por lá...
mosquitos do jet set
não picavam nos de cá...

Assim graças ao acordo,
e a uns copos bem regados,
as picadas que recordo,
não trouxeram mais cuidados...

Por outro lado também,
proibida era a doença,
por lá médico "cá tem",
e só na guerra se pensa...

Maleita é mais na cidade
com hospital logo à mão
mosquito é da urbanidade,
que lhe dá mais atenção...

Sobre a doença hei dito,
acreditem que a verdade,
a relação com mosquito,
quase digo que é saudade...
____________

Nota do editor

Último poste da série de 17 DE MAIO DE 2013 > Guiné 63/74 - P11585: Blogpoesia (338): O Sol e os Livros (Felismina Costa)

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Guiné 63/74 - P11426: 9º aniversário do nosso blogue: Questionário aos leitores (17): Respostas (31/32): Manuel Maia, ex-Fur Mil do BCAÇ 4610/72 (Bissum Naga, Cafal Balanta e Cafine, 1972/74) e Rui Silva, ex-Fur Mil da CCAÇ 816 (Bissorã, Olossato e Mansoa, 1965/67)

Resposta n.º 30, do nosso camarada Manuel Maia, ex-Fur Mil da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4610, Bissum Naga, Cafal Balanta e Cafine, 1972/74:

(1) Quando é que descobriste o blogue?
R - Foi no ano 2009.

(2) Como e através de quem? (por ex., pesquisa no Google, informação de um camarada)
R - Creio que através de algum amigo.

(3) És membro da nossa Tabanca Grande (ou tertúlia) desde quando?
R - A minha ligação à tabanca remonta à data referida ( 2009)

(4) Com que regularidade vês/lês o blogue? (diariamente, semanalmente, de tempos a tempos...)
R - Três a quatro dias por semana. Nem sempre é viável fazê-lo...

(5) Tens mandado (ou gostarias de mandar mais) material para o Blogue (fotos, textos, comentários, etc.)
R - Já não envio nada faz tempo. Tenho um registo de 102. Fui dos mais prestativos no concernente a publicações...

(6) Conheces também a nossa página no Facebook? (Tabanca Grande Luís Graça)
R - Conheço a página do face book e a cada passo acedo a ela...

(7) Vais mais vezes ao Facebook do que ao Blogue?
R - Se a pergunta se reportar exclusivamente à pagina da tabanca no face book, direi que não. Se acaso for de carácter generalista sobre o face book o sim será a resposta.

(8) O que gostas mais do Blogue? E do Facebook?
R - No blogue evidentemente que gosto dos relatos, das vivências que cada um por lá experimentou. No face book gosto do acicate da participação...

(9) O que gostas menos do Blogue? E do Facebook?
R - No blogue não gosto particularmente de um ou outro interventor imbecilizado, que por se situar longe do meu estender de braço, consegue chamar-me mentiroso impunemente. No blogue não gosto do excesso de fotografias de animais...

(10) Tens dificuldade, ultimamente, de aceder ao Blogue? ((Tem havido queixas de lentidão no acesso...)
R - Não posso afirmá-lo categóricamente, pois quando abro o computador faço-o sempre com três janelas: gmail, facebook, blogue e não tenho encontrado grandes dificuldades, como li aqui expressas por alguns camarigos.

(11) O que é que o Blogue representou (ou representa ainda hoje) para ti? E a nossa página no Facebook?
R - O blogue representa o acesso facil e barato à informação, ao debate e ao contacto com amigos. A nossa página do face book é um flash no sentido de nos lembrar de por lá passar...

(12) Já alguma vez participaste num dos nossos sete anteriores encontros nacionais?
R - Já.

(13) Este ano, estás a pensar ir ao VIII Encontro Nacional, no dia 8 de junho, em Monte Real?
Sim. Terei que ver se consigo uma boleia.

(14) E, por fim, achas que o blogue ainda tem fôlego, força anímica, garra... para continuar?
R - Acredito que sim. O facto da redução na participação acontecer (o inquérito creio que se entende por isso mesmo...). Prende-se com a novidade face book para muita gente (aconteceu também comigo pois durante muito tempo não deambulei por aquelas paragens...). Mas penso que se tratará de um fenómeno passageiro, e que o blogue retomará o lugar de sempre...

(15) Outras críticas, sugestões, comentários que queiras fazer.
R - À excepção do caso que referi e me levou a algum distanciamento, não vejo razão nenhuma para reparos, antes sim elogios pelo esforço desenvolvido pelo editor e co-editores incansáveis na consolidação dum blogue conhecido por todo o lado.

********************

Resposta n.ª 31, do nosso camarada Rui Silva, ex-Fur Mil da CCAÇ 816, BissorãOlossatoMansoa, 1965/67:

(1) Quando é que descobriste o blogue?
R - Em Março de 2007.

(2) Como e através de quem? (por ex., pesquisa no Google, informação de um camarada)
R - Descobri por acaso quando navegava na Internet à procura de notícias da Guiné.

(3) És membro da nossa Tabanca Grande (ou tertúlia) desde quando?
R - Aderi logo à Tertúlia também em Março de 2007.

(4) Com que regularidade vês/lês o blogue? (diariamente, semanalmente, de tempos a tempos...)
R - Diariamente. Mesmo fora, se houver Internet, vou lá ver.

(5) Tens mandado (ou gostarias de mandar mais) material para o Blogue (fotos, textos, comentários, etc.)
R - Tenho mandado alguma coisa. Julgo que tenho colaborado um pouco.

(6) Conheces também a nossa página no Facebook? (Tabanca Grande Luís Graça)
R - Conheço. Mas, para ser franco não gosto do Facebook em qualquer situação. I’m sorry!

(7) Vais mais vezes ao Facebook do que ao Blogue?
R - Não. Resposta implícita na anterior

(8) O que gostas mais do Blogue? E do Facebook?
R - No Blogue, de uma maneira geral, de tudo. Até das birras! Mau era se fôssemos uns “Yes men”

(9) O que gostas menos do Blogue? E do Facebook?
R - Implícito na resposta anterior.

(10) Tens dificuldade, ultimamente, de aceder ao Blogue? ((Tem havido queixas de lentidão no acesso...)
R - Não. Às vezes custa a abrir mas com paciência de reformado…, e a vontade de o ver, suplanta algum contratempo.

(11) O que é o Blogue representou (ou representa ainda hoje) para ti? E a nossa página no Facebook?
R - O Blogue é o meu (bom) diário lido.

(12) Já alguma vez participaste num dos nossos sete anteriores encontros nacionais?
R - Sim.

(13) Estás a pensar ir ao VIII Encontro Nacional, no dia 8 de junho, em Monte Real?
R - Sim. Nos 2 últimos, e não me estou a ver a não ir a esse fantástico convívio.

(14) E, por fim, achas que o blogue ainda tem fôlego, força anímica, garra... para continuar?
R - Claro, nem que seja para dizer que encontrei ontem um amigalhaço da Guiné.

(15) Outras críticas, sugestões, comentários que queiras fazer.
R - Bom caro amigo Luís. Para te ser franco (é isso que queres, não é?) Não gosto muito de assuntos que não tenham nada a ver com a guerra na Guiné.
____________

Nota do editor:

Último poste da série de 19 de Abril de 2013 > Guiné 63/74 - P11423: 9º aniversário do nosso blogue: Questionário aos leitores (16): Respostas (29/30) de Rui Felício (CCAÇ 2405, Galomaro e Dulombi, 1968/70) e José Francisco Borrego (GA 7, Bissau, e 9º Pel Art, Bajocunda, 1970/72)

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Guiné 63/74 - P11101: Inquérito online: "As praxes aos piras, no meu tempo, só lhes fizeram bem"... (4): Fui praxado, em Bissum Naga, e não vi nada de mal nisso... (Manuel Maia, o nosso bardo do Cantanhez)

1. Mail do Manuel Maia, o nosso bardo do Cantanhez, (ex-Fur Mil da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4610, Bissum Naga, Cafal Balanta e Cafine, 1972/74), que tem andado um tanto escondido  "escondido" por detrás do poilão da nossa Tabanca Grande:

Viva,  Luís,

Acabei de votar Concordo ( mau grado o secretismo que deve envolver as votações...)

E votei Concordo porquê ?

Fui praxado,e não vi nada de mal nisso, antes pelo contrário.  A praxe serviu para criar nos piriquitos a necessidade de sentirem a dura realidade da guerra, como que um acordar para a mesma mas também para os familiarizar com as dificuldades...

Há duas ou três situações que por muitos anos que viva nunca esquecerei...

Estávamos em sobreposição com a companhia que íamos render a Bissum/Naga,e à noite,na messe ouvíamos um alferes da companhia velha a "contar vantagem" (como diriam os brasileiros...). Era um operacional de truz,no mato tivera inúmeros contactos com o IN...  Os turras tinham-lhe medo pois ia para o mato com galões apensos (ao estilo AB...).

Viríamos a saber depois,  por um seu furriel, que se tratava de um faroleiro que se pisgava do mato sempre que podia...). Pois durante as suas divagações, pousou-lhe um mosquito num braço... Sem sequer fazer menção de o afastar do braço, olhou-o e disse : 
- Mas que falta de respeito é esta ? Com tantos piriquitos e vais escolhar a velhice ? 

Aquilo foi uma espécie de abanão para a consciencialização de que a comissão dele chegara ao fim e a nossa chegaria,ou não...

Outra situação,esta sim, verdadeira praxe, foi o convite formal, feito por um furriel velho, à malta para alinharmos numa tainada de galinha da Índia que ele supostamente teria abatido... Caberia aos piras o pagamento das bebidas...

"Entramos pela madeira dentro",como soe dizer-se,com a massa para as loiras, e fomos presenteados com uma travessa cheia de nacos de ave, besuntada em molho de piripiri e tomate ,para se parecer com a travessa que os furriéis velhos colocaram para eles próprios...

Só que a deles tinha nhec e a nossa abutre... Depois de termos "dado cabo" da nossa parte,disseram-nos então o que acabáramos de comer... Foi uma risada geral...

Fizeram-nos ainda durante as saídas noturnas em que ia uma secção deles, a "vida negra" ao obrigarem a deitar no solo completamente encharcado junto aos palmeirais (eles deitavam-se na parte seca) e passando a palavra afirmavam terem "embrulhado" várias vezes ali... 
- Está a deitar, nem um pio... 

A época das chuvas tinha começado...Quando regressávamos ao quartel,tínhamos a farda completamente enlameada em contraste com a deles... Acabaríamos depois por constatar estarmos pertíssimo do quartel, mas tínhamos dado voltas e mais voltas em irculos fechados, com o deita e levanta, que nos baralhara e amedrontara...
______________

Nota do editor:

Último poste da série > 15 de fevereiro de 2013 > Guiné 63/74 - P11100: Sondagem: "As praxes aos piras, no meu tempo, só lhes fizeram bem"... (3): Também praxei "periquitos", em Cufar... (António Graça de Abreu)

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Guiné 63/74 - P10917: O nosso livro de visitas (156): João Nunes, Angra do Heroísmo, Ilha Terceira, Açores, ex-fur mil, CCAÇ 4544,/73 (Cafal Balanta e Bolama, 1973/74)




















Guiné > Região de Tombali > Cafal Balanta > CCAÇ 4544 (Cafal Balanta, 1973/74) > Fotos do áçbum do João Nunes, de Angra do Heroísmo. Sem legendas. Recorde-se que a CCAÇ 4544/73 foi mobilizada pelo RI 15, partiu para o TO da Guiné em 23/9/73 e regressou a 8/9/74. Esteve em Cafal Balanta e em Bolama. Teve dois comandantes:  Cap Inf Carlos Alberto Duarte Prata e  Cap Art José Manuel Salgado Martins. Era uma companhia independente. 

Fotos: © João Nunes (2013). Todos os direitos reservados


1. Mensagem do nosso leitor e camarada João Nunes, enviado em 20712/2012,. para o mail profissional do nosso editor L.G.

Assunto: Guiné

Camarada Luís Graça, fala aqui o ex-furriel João Nunes, da Cçac 4544/73, de Cafal Balanta]. a sul de Cadique, vd. carta de Cacine].

À semelhança do ex-furriel de transmissões António Agreira (`), gostaria que publicasse as seguinte fotografias, que anexo, respeitantes a Cafal Balanta.

Informo que estou de saúde e que resido em Angra do Heroísmo. Ilyha Terceira, Região Autónoma dos Açores.

Contacto > Telem 965272710 / E-mail - j.sousanunes@hotmail.com

Um grande abraço para si e as todos os ex-camaradas de Cafal Balanta.
João Nunes


2. Comentário do editor:

Camarada Nunes: Sê bem aparecido!...



Da tua companhia lá fazem parte do nosso blogue o Carlos Prata (vosso antigo comandante) e o António Agreira, fur mil trms. Também o Manuel Santos Antunes nos procurou através da filha, Catarina., mas ainda não nos mandou as fotos da praxe.

Espero que a tua visita(**) seja também um pedido implícito para integrares esta grande família, que é a nossa Tabanca Grande. Manda-nos uma foto, tua, atual, para os teus camaradas te poderem reconhecer quando passarem pela bela terra, Angra do Heroísmo, a última cidade do Velho Mundo e a primeira cidade do Novo Mundo. Ao entrares no nosso blogue, reforças a presença dos camaradas açorianos, muitos deles dispersos pela diáspora.

Tenho gratas recordações da tua ilha e da tua cidade, onde já passei férias há largos anos. Já agora, completa as legendas das tuas fotos. Vê se te lembras quem são estes camaradas que aparecem contigo (em princípio, é malta da tua secção, não ?)...



Outra coisa: as fotos são todas tiradas em Cafal Balanta ? Havia então estruturas edificadas no teu tempo, contrariamente ao que se passava no tempo do Manuel Maia.


___________________

Notas do editor:

(*) Vd. postes do António Agreira:

15 de Agosto de 2011 > Guiné 63/74 - P8672: O Nosso Livro de Visitas (115): António Agreira (ex-Fur Mil Trms, CCAÇ 4544, Cafal Balanta, 1973/74)

(...) Camaradas, tive conhecimento da existência deste blogue pelo Manuel Moreira da CART 1746. Claro que na primeira oportunidade fiz uma visita!

Foi sem dúvida com alguma emoção que revivi alguns momentos passados em Cafal Balanta. Aproveito desde já para enviar um forte abraço ao Coronel Prata e ao Manuel Antunes, assim como a todos os camaradas da CCAÇ 4544.

Fui incorporado no Exército em Outubro de 1972 e fiz o Curso de Sargentos Milicianos. Fui Furriel de Infantaria com a Especialidade de Transmissões. Depois de passar por Caldas da Rainha, Tavira, Coimbra e Lisboa, em Outubro de 1973 juntei-me à CCAÇ 4544 em Tomar, e em Setembro lá abalamos.

Recordo algumas situações mais complicadas durante a estadia em terras de Cafal Balanta, onde rendemos a CCAÇ 3565. Aproveito para enviar aos camarada da 3365 um forte abraço.

No dia em que nos deixaram entregues a nossa sorte partiram-nos logo o bico, e foi forte! Já mais para o fim da guerra não esqueço que a noticia da Revolta dos Capitães chegou à CCAÇ 4544 através dos meus serviços, às primeiras horas do dia 25 de Abril de 1974. (...)

 23 de Agosto de 2011 > Guiné 63/74 - P8699: Tabanca Grande (299): António Agreira, ex-Fur Mil TRMS da CCAÇ 4544/73 (Cafal, 1973/74)

(...) Então o Manuel Maia esteve em Cafal Balanta.... Os dias que passei em Cafal não teriam sido muito diferentes. Para além das rotinas diárias, surgiam as visitas nada desejadas, que causavam sempre grande confusão. O período de maior agitação foi no NATAL de 1973 com a reconstrução da estrada entre Cadique e Jemberem, mas isso fica para depois.

Em Cafine estava uma força de Fuzileiros Especiais. Nós passávamos por lá uma vez por dia porque o nosso porto estava minado e com tal inoperacional. (...)

2 de Setembro de 2011 > Guiné 63/74 - P8726: Os últimos dias da CCAÇ 4544/73 em Cafal Balanta (António Agreira)

(...) Satisfazendo o pedido do Carlos Vinhal, devo dizer-te que foi uma experiência singular, a entrega de Cafal Balanta. Tudo começou num dia igual a tantos outros, em que um grupo de elementos do PAIGC entrou pacificamente em Cafal Balanta.

Passearam à vontade pelo tabancal e também pela zona militar. Não houve incidentes, para além de uma tentativa de visitar o Posto de Rádio, à qual eu me opus, mantendo o acesso interdito à área das Transmissões, pois ainda não tinha recebido ordem para destruir componentes confidenciais. Esta visita estava a ser acompanhada pelo Segundo Comandante da Companhia. (..:)




(...) Este homens que fazem parte destas fotos eram de Transmissões e Enfermeiros, todos os dias faziam patrulhamentos na mata do Cantanhez, com excepção de dois que eram Operadores Cripto.
Sendo patrulhas de rotina eram sempre motivo de conversa nestas reuniões, que como é evidente não ocorriam todos os dias.

Diariamente se fazia a picagem da estrada ao longo da bolanha até Cafine, mesmo que não ocorresse qualquer ida a Cufar ou Catió, cuja deslocação era sempre feita em barcos semi-rígidos pelo rio Combijã, no mínimo duas embarcações.

Voltando às fotos, o local destes convívios era sempre a tabanca das Transmissões, não era uma tabanca diferente das outras, a única coisa que tinha de diferente era o posto de rádio que se situava num abrigo localizado nas traseiras da tabanca, 7 ou 8 metros de profundidade, diga-se de passagem muito seguro.

Era no posto de rádio que se sabiam as noticias do exterior, e até dos familiares. Era o local que nos ligava ao Mundo e onde organizávamos a nossa defesa quando éramos atacados pelo PAIGC. Era também de lá que apoiávamos os camaradas das outras Companhias, pelo menos nos ataques com armas pesadas, em que utilizávamos o sistema de cruzamento de linhas para detectar as coordenadas dos pontos de saídas do fogo. Estas informações eram enviadas via rádio para: Jemberem, Bedanda, Catió e Bissau (BA 12). (...).


sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Guiné 63/74 - P10896: Álbum fotográfico do ex- fur mil José Carlos Lopes, amanuense do conselho administrativo da CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70) (5): Algumas fotos algo insólitas (Parte I)


Foto nº 38 > Ponte do Rio Udunduma, na estrada Xime-Bambadinca > Possivelmente no(s) dia(s) seguinte(s) ao ataque ao quartel de Bambadinca, em 28 de maio de 1969.  Nessa noite, esta ponte, vital para as comunicações com todo o leste da província, foi objeto do "trabalho" dos sapadores do PAIGC... Os estragos, embora visíveis, não abalaram a sua estrutura. Era uma bela ponte, em cimento armado, construída no início dos anos 50. Esta foto é "histórica". O José Carlos Lopes posou aqui para... a "posteridade".

O nossos grã-tabanqueiro  Carlos Marques Santos (ex-Fur Mil, CART 2339, Fá e Mansambo, 1968/69) já aqui disse  que foi o primeiro a avançar, para a Ponte do Rio Udunduma, logo no dia 29 de Maio de 1969, com o 3º Gr Comb da sua companhia, vindo em marcha forçada de Mansambo...

Eu próprio passei por esta ponte, juntamente com os meus camaradas da CCAÇ 2590/CCAÇ 12, desembarcados de LDG no Xime, no dia 2 de junho de 1969, a caminho do Centro de Instrução Militar de Contuboel, com paragem em Bambadinca. Recordo-te de ter visitado um dos quartos dos furriéis, atingido por uma granada de morteiro. O Lopes dormia nesse quarto. E guarda, como "precioso recuerdo" o lençol da sua cama, que ficou nessa noite crivado de estilhaços... Felizmente tinha-se levantado da cama ao primeiro disparo de morteiro... O segundo morteiro acertou em cheio no edíficio onde furrieis e sargentos dormiam...

Recorde-se que na história do BCAÇ 2852, o ataque a Bambadinca é dado em três linhas, em estilo telegráfico: "Em 28 [de Maio de 1969], às 00H25, um Gr In de mais de 100 elementos flagelou com 3 Can s/r, Mort 82, LGF, ML, MP e PM, durante cerca de 40 minutos, o aquartelamento de Bambadinca, causando 2 feridos ligeiros".


Foto nº 164 > Quartel de Bambadinca (?) > Um jagudi, postado num poste de cibe que sustentava o arame farpado. Nome científico deste abutre africano: Necrosyrtes Monachus


Foto nº 51 > Quartel de Bambadinca > março de 1969 > Placa dos helis > Abastecimento de um dos vários helis que estiveram envolvidos na famosa Op Lança Afiada (8-19 de março de 1969)... O Lopes é o primeiro do lado direito.  Nessa época estimava-se em 15 contos (!) o custo por hora de um heli no TO da Guiné... Um "arma cara", diz-se no relatório da Op Lança Afiada.



Foto nº  296 > Porto fluvial de Bambadinca > Uma "descarregamento" de tugas... 


Foto nº 196 > Pôr do sol sobre o Rio Geba Estreita, em Bambadinca,  Foto tirada do porto fluvial.




Foto nº 252 > Bambadinca: conjunto messe e quartos de oficiais e sargentos ... A simpática visita de um grou coroado (Balearica pavonina), se não me engano... [A ave parece-me estar ferida; os grous abundavam na grande bolanha de Bambadinca; a foto foi seguramente tirada na 2ª metade do ano de 1969, a avaliar pela fiada de bidões cheios de areia que protegiam o acesso aos quartos e à messe de oficiais, colocados depois do ataque a Bambadinca, em 28 de maio de 1969]


Guiné > Zona Leste > Setor L1 > Bambadinca > CCS/BCAÇ 2852 (19568/70) > Mais algumas fotos, algo insólitas,  do álbum o José Carlos Lopes, ex-fur mil amanuense, com a especialidade de contabilidade e pagadoria.

Mais uma vez agradeço ao meu camarada Lopes  (, estivemos juntos em Bambadinca, de julho de 1969 a maio de 1970, )  o ter autorizado a publicação destas fotos do seu álbum, enquanto aguardo o envio de  uma  foto sua, atual, para o poder apresentar à Tabanca Grande como novo membro (desejaria que fosse o primeiro de 2013).

As fotos não trazem legendas. Espero um dia destes poder estar com o Lopes, que vive em Linda a Velha,  para falar do seu álbum e tirar dúvidas, o que só temos podido fazer ao telefone. (LG)


PS - Sei que o Lopes não guarda as melhores recordações de Bambadinca... Daí a sua relutância em revisitar o passado, rever inclusive as suas fotos... Mas sobre o nosso blogue e a comunidade virtual (a Tabanca Grande) que lhe está associada, eu lembrar-lhe-ia aqui as palavras do nosso poeta Manuel Maia (de quem, de resto, não temos tido notícias; para ele um afetuoso Alfa Bravo e votos de melhores dias em 2013):

Bem dentro deste espaço de liberdade,
que ajuda a mitigar nossa saudade,
Luís Graça & Camaradas da Guiné...
Há laços, inquebráveis, solidários,
nascidos de vivências e fadários,
comuns a todos nós, creiam que é...

(...) Num blogue que congrega ao seu redor,
num misto de saudade e até de amor
pela terra ocre-amarela, um batalhão...
Amigo traz amigo e amigo fica
enquanto um outro amigo fica à bica
e bate à porta n'outra ocasião...

Fotos: © José Carlos Lopes (2013). Todos os direitos reservados. (Editadas e legendadas por L.G.)

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Nota do editor:

Último poste da série > 21 de dezembro de 2012 > Guiné 63/74 - P10837: Álbum fotográfico do ex- fur mil José Carlos Lopes, amanuense do conselho administrativo da CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70) (4): Desembarque no Xime, da LGD 105, dos piras do BART 2917, em finais de maio de 1970

terça-feira, 3 de julho de 2012

Guiné 63/74 - P10110: Inquérito online: "Um blogue de veteranos nostálgicos da sua juventude?" (Parte II) (A. Graça de Abreu / António Rosinha /Armando Pires / Carlos Nabeiro / J. Pardete Ferreira / Manuel Joaquim / Manuel Maia

Voltamos aos comentários dos nossos camaradas a propósito da nossa sondagem à afirmação de René Pélissier: "Um blogue de veteranos nostálgicos da sua juventude?"

1. Comentário do nosso camarada Armando Pires (ex-Fur Mil Enf.º da CCS/BCAÇ 2861, Bula e Bissorã, 1969/70):

Discordo da opinião de René.
Considerar-nos um grupo de veteranos nostálgicos da sua juventude, além de redutor revela a grande distracção, a forma enviesada, diria mesmo incompetência, com que tem lido o nosso blog.

Sim, verdade que por aqui temos camaradas expressando nostalgia e revolta, tristeza e dor, sentimentos que são parte da alma que é só nossa, que não cabe a ninguém julgar. Mas também temos os que olham o passado como lugar de descoberta do seu eu, do lugar que ocuparam na história politica contemporânea. Mas todos, uns e outros, orgulhosos do que foram, de quem são. E cumprindo neste blog a missão que lhes foi atribuída. Não deixar que ninguém conte a história por eles, por nós.

Uns a favor, outros contra, uns nem por isso e outros, ainda, antes pelo contrário. Mas cada um emprestando o seu contributo para que a história da guerra colonial se faça, se escreva, sem embustes. Jamais alguém poderá falar, contar, escrever, sobre o que se passou em Guileje (p.ex.), sem ler aqui, este Mural, os relatos dos que aos acontecimentos assistiram, não a partir do ar, mas em terra, em dor e sofrimento, em morte e desespero.

René Pélissier, diz a sua biografia, é um leitor compulsivo, um historiador, um especialista sobre colonização portuguesa. Ao dizer o que disse de nós, comporta-se com um dos que assistiram à história a partir do ar. Que a lê no ar. Quem sabe se não é ele o nostálgico, por não ter sido, na juventude, um dos Bravos do Pelotão.

Armando Pires

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2. Comentário do nosso camarada José Pardete Ferreira, (ex-Alf Mil Médico (Teixeira Pinto e Bissau, 1969/71):

O René Pélissier é um castiço!
Conhece a fundo a etomologia das Colónias ou Províncias Ultramarinas Portuguesas, como lhes quiserem chamar, no entanto, não conhece a mística da nossa vida lá nem nas nossas posturas que se seguiram após o nosso regresso.
Que temos nostalgia... temos!
Que fomos jovens... fomos!
Que vivemos muito em pouco tempo... vivemos!
P.S. Pessoal - E O Paparratos foi uma história de Amor... foi!
Todos nós ficamos a amar a Guiné!
Sans rancune.

José Pardete Ferreira

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3. Comentário do nosso camarada Manuel Maia (ex-Fur Mil da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4610, Bissum Naga, Cafal Balanta e Cafine, 1972/74):

Claro que o blog evidencia um pouco de nostalgia,afinal foram dois anos de vivência numa experiência nova,num local desconhecido, sob um clima diferente, com gentes diversas,culturas desconhecidas, numa fase de juventude em que a característica fundamental era aquilo a que chamávamos "sangue na guelra".

Essa vontade de recordar, de reviver acontecimentos com quem os conheceu de igual forma, logo muito mais à vontade para compreender esse estado de alma que significou a passagem por perigos e situações adversas que nos marcaram profundamente, essa comunhão de sentimentos, e essa amizade alicerçada ali no teatro da guerra, onde todos "estávamos no mesmo barco" e que só nós somos capazes de entender...

Essa lembrança quantas vezes acicatada por um pormenor que surge de forma impensada e extemporânea que um outro faz aparecer nos convívios à mesa, agora já com famílias que no período subsequente não conseguiam aceitar as narrativas de cada um quando para isso havia força suficiente capaz de explanar sem cair em depressão, e sem gerar atritos...

René Pélissier, tem portanto alguma razão, embora a nostalgia não seja a exclusiva motivação deste nosso convívio à volta de um blog comum a que chamamos nossa casa. Este espaço tem servido também para permitir a descoberta de capacidades, até aqui escondidas, no que à criação literária diz respeito, e são já muitos os camarigos que foram capazes de passar ao papel essas vivências que todos nós conhecemos de forma mais ou menos marcante.

Voltando a Pélissier, não posso deixar de referir que a sua alfinetada sobre a colonização portuguesa, e em especial sobre José Celestino da Silva, não faz esquecer as atitudes dos seus concidadãos, neste país que tem servido para os seus estudos, onde o assassínio e a pilhagem foram a forma de estar gaulesa.
Seria interessante, por exemplo, que pensasse em fazer uma investigação a essa monstruosa tripla invasão, ao saque ocorrido e aos assassínios infligidos às populações...

Manuel Maia

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4.  Comentário do nosso camarada António Graça de Abreu (CAOP1, Canchungo, Mansoa e Cufar, 1972/74):

"Para a história colonial portuguesa basta consultar os autores de língua inglesa. Há séculos que a maior parte a denuncia como negreira, arcaica, brutal e incapaz: a quinta essência do ultracolonialismo sob os trópicos".

René Pélissier, em entrevista a Lena Figueiredo, publicada no jornal Diário de Notícias, Artes de 02.04.07.

Aqui têm o grande historiador que manda um bitaites sobre quem nós fomos e somos, nunca foi à Guiné mas conhece-nos de gingeira. Eu acho que também conheço este tipo de sumidades, historiadores que não me merecem um mínimo de respeito. Também escreveu uma recensão sobre o meu Diário da Guiné há uns quatro anos atrás, (lembram-se?)e conseguiu a proeza de ler o que não escrevi e virar tudo ao invés. Porque ignorava a matéria sobre a qual escrevia, a Guiné 72/74. Eu respondi na altura. Pélissier tem os seus admiradores neste blogue, pessoas que acham que os seus "estudos parecem exactos e cientificamente bem fundamentados."

De facto, voltem a ler:

"Para a história colonial portuguesa basta consultar os autores de língua inglesa. Há séculos que a maior parte a denuncia como negreira, arcaica, brutal e incapaz: a quinta essência do ultracolonialismo sob os trópicos".
René Pélissier dixit.

Abraço,
António Graça de Abreu

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5. Comentário do nosso leitor e camarada Carlos Nabeiro, ex-combatente no TO de Moçambique entre 1968 e 19770:

Tanto quanto os meus modestos conhecimentos me lembram, nas devidas proporções, os países ditos colonialistas que mais "guerras" tiveram em vários TO e durante mais tempo (depois da 2.ª guerra mundial) fomos nós e a França.
Muitos de vós conheceis e lesteis certamente Jean Lartéguy (Jean P.L.Os_ ty). Lartéguy os seus personagens, uns fictícios, outros com os nomes alterados e até mesmo os Franceses em geral, viram as suas guerras coloniais de forma diferente do povo português e olham os seus Veteranos com outros olhos. Nos livros de Larteguy, encontramos esses jovens nostálgicos (ele próprio) militares de carreira, voluntários, mercenários, etc. Muitos deles com elevada formação universitária. Não gostavam de guerra mas não sabiam fazer mais nada, nem se sentiam à vontade noutros ambientes. Gostavam de cometer (barbaridades) disparates, eram competentes e muito unidos. Percorreram o império colonial francês, na "procura" do túmulo de D. Quixote.

O sr. Pélissier, bastante mais novo que o sr. Osty, confesso que não sei se foi militar mas, certamente como francês e estudioso destes assuntos, conheceu de certeza e provavelmente de muito perto Lartérguy.

Pélissier julga os bizonhos soldados portugueses embutidos do mesmo "espirito" patriótico dos heróis de Larterguy ou dos portugueses que embarcaram nas Caravelas do Gama.

Ora valha-o Deus monsieur René, se o senhor soubesse ao longo (em especial) dos últimos trinta e oito anos os actos Actos de Contrição proferidos por muitos de nós (os tais Nostálgicos) que na volta exigem respeito e memória, o Xôr René, até corava, com o nosso romantismo.

Carlos Nabeiro - 67anos.
Militar desde Julho de 1967 no CISMI de Tavira, até 13 de Junho de 1970, dia da chegada ao RI 15 de Tomar, vindo de Moçambique.
Não me sinto culpado de nada, não peço desculpa, nem mendigo.

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6. Comentário do nosso camarada Manuel Joaquim (ex-Fur Mil de Armas Pesadas da CCAÇ 1419, Bissau, Bissorã e Mansabá, 1965/67):

NOSTALGIAS

"Luís Graça & Camaradas da Guiné é “um blogue de veteranos nostálgicos da sua juventude”
(R. Pélissier),

Nostalgia (dos dicionários): doce tristeza causada pelas saudades de alguma coisa, de alguma forma de existência que se deixou de ter, pelo desejo de voltar ao passado, a um lugar, a uma situação vivida.

Digo já, não me sinto um veterano nostálgico dos seus tempos de guerreiro à força. Nem de qualquer tempo da sua vida, tempo feliz ou infeliz. Recordo esses tempos, umas vezes com carinho outras vezes com revolta, mas nada de saudades nem de masoquismo adocicado pela distância dos factos. Quando recordo, em memória carinhosa, as agruras e doçuras da infância, da adolescência e da juventude não estou nostálgico mas posso ficar revoltado ou satisfeito pelas condições em que vivi esses tempos.

Quando me “vejo” menino nos dias de inverno, descalço a caminho da escola, pés arroxeados e mãos engadanhadas pelo frio, é isto nostalgia?
Quando me “vejo” menino, aos primeiros raios do dia após noite de vendaval e antes de partir para a escola, a apanhar do chão azeitona ou bolota até encher a cesta, sinto nostalgia?
Quando, nas tardes quentes de verão me “vejo” descalço, a subir aos pinheiros para derrubar pinhas, com os pés picados pelos tojos e o peito arranhado pelas carrascas do pinheiro, estou saudoso desses tempos?
Quando recordo o dia, já quase noite, em que abri o couro cabeludo numa cabeçada na oliveira que servia de poste de baliza de futebol e não havia meios de me levarem ao hospital onde demorei horas a chegar, sete quilómetros numa bicicleta a furar a noite por estrada de terra, sozinho com meu pai, encharcado de sangue, qual imagem do santo sudário que o padre mostrava no sermão da 5.ª feira Santa, pode ser isto nostalgia?

E será nostalgia recordar a aflição que senti quando, quase sem saber nadar, resolvi atravessar o rio Arunca e no meio do rio fiquei sem pé, valendo-me a corrente forte que me empurrou para uma margem?
E a carga de porrada que levei do meu pai “só” porque aprendi a escrever e resolvi mostrá-lo com a mais vibrante palavra que encontrei, “caral..o”, escrita a giz branco no bojo de um pulverizador agrícola?
Lembrar isto é nostalgia?

Quando me “vejo” a levar puxões de orelhas, reguadas e chapadas do professor primário por não satisfazer as suas exigências na aprendizagem ou mais tarde, já adolescente, a levar umas palmatoadas do director do colégio “só” porque alcei a perna e larguei um “pum” para saudar o senhor João, contínuo, é isto nostalgia?
Quando recordo, nas férias escolares, o trabalho duro no campo, de sol a sol (e até noturno) enquanto a maior parte dos meus colegas andavam a passear e a divertir-se, tenho saudades de tal?

E é para ter saudades da minha “primeira vez”, nas Caldas da Rainha, quando seis “manfiozitos” aproveitaram a viagem escolar para uma visita à “casa de p.”, fila indiana, a serem recebidos à vez por uma decrépita alma caridosa e carinhosa que, por 20$00, nos atendeu a todos?
É nostalgia recordar os dias de fome passados no colégio porque o dinheiro para o almoço era gasto em tabaco e nos jogos de cartas?
E… e… e na Guiné?

Já não falo dos momentos de combate, dos mortos e feridos, das desgraças físicas que nos atingiram. Este blogue é um extraordinário repositório das memórias desses momentos, a maior parte delas sem qualquer laivo de nostalgia, antes pelo contrário. Recordar os vómitos secos, a angústia daquela vivência dominada pelo “inesperado”, os mosquitos, as abelhas, as formigas, a sede violenta que nos obrigava a beber “merda” líquida, a “fome” de comida para gente, a suprema sensação de inutilidade daquela vida de combatente, a deliquescência daqueles dias e dias e dias em que nada acontecia mas “tudo” acontecendo naquele esforço de fazer passar o tempo e de tentar salvar o “couro”, pergunto, recordar tudo isto é sinal de nostalgia?

Que belos tempos, não foram? Não, para mim não foram! Para mim simplesmente foram tempos da 1.ª terça parte da minha vida e que deixaram marcas neste “velho veículo” de quase 71 anos.
Sinto nostalgia quando recordo aquela Guiné que conheci em condições excecionais, sujeito a violências físicas, espirituais e até morais de uma guerra para mim sem sentido?
Não. Olho para trás e vejo simplesmente factos de uma história que posso contar, a da minha participação numa guerra. Valerá alguma coisa essa minha história? Pode ser que não mas, por precaução, ficará como matéria para memória futura, principalmente para os meus netos e seus descendentes poderem encontrar nela algo que fez parte das suas raízes, sejam elas boas ou más, estejam em bom estado ou não, sirvam para os alimentar ou não. Mas que sirvam, pelo menos, para tomarem consciência de que a sua história não começou com eles.

Não, não tenho nostalgia, não tenho saudades do passado. O passado que tive é isso mesmo, passou. Os lugares que frequentei já não existem, para mim já não são eles mas outros que terão o mesmo nome e a mesma localização. Em contrapartida tenho, sim e cada vez mais, é saudades do futuro! Falo por mim. Não sou um dos veteranos referenciados por R.Pélissier.
Admito que existam por aqui mas não em quantidade suficiente para se catalogar este blogue como refúgio de velhos combatentes nostálgicos. É verdade que tento esconjurar o tempo. Sonho por vezes, feliz com o que fui e com o que passei ou pesaroso com as asneiras que cometi e as agruras que padeci.

Como poderei ser nostálgico dos meus tempos de chumbo que ensombraram alguns anos da minha juventude, anos de revolta a respirar a atmosfera violenta duma guerra? Nestas andanças de recordações é frequente ouvir-se “se soubesse o que sei hoje!”. Pois tenho a dizer que, se soubesse o que sei hoje, não entregaria “os pontos” e teria fugido para França, a exemplo do que fizeram mais de 80% dos meus conterrâneos. Não tenho vergonha de o dizer, até porque a maior parte da vida económica do meu concelho deve o seu desenvolvimento a muitos desses emigrantes que fugiram à incorporação militar e, ainda hoje, as suas pensões de reforma são o sustentáculo de muita actividade económica. E são muito queridos e louvados, veja-se isto, pelos que ideologicamente condenaram a sua atitude, sendo mesmo o seu sustentáculo de poder, há muitos anos.

Aqui ando, não nostálgico, tentando não derrapar nas esquinas da vida, numas vezes revoltado, apaziguado noutras. Já sou como uma velha árvore com alguns ramos decepados, outros algo decrépitos, mas onde ainda há alguns ramos viçosos e lá vão rebentando algumas hastes que espero tenham força para se tornarem ramos.

Nostalgias? Como diz o poeta Manuel António Pina, no seu poema “Coisas que não há que há” (O pássaro da cabeça, ed. A Regra do Jogo):

… … … 
Há tantas coisas bonitas que não há: 
… … … 
Tantas lembranças de que não me lembro, 
sítios que não sei, invenções que não invento, 
… … … 
tudo o que eu nem posso imaginar 
porque se o imaginasse já existia 
embora num sítio onde eu só ia … 

Nostalgias?
Só se for do que não vivi e do que não viverei.

Manuel Joaquim

************

7. Comentário do nosso tertuliano "Mais Velho" António Rosinha:

Ele escreve sobre nós e a nossa guerra porque é escritor, nós escrevemos no blog, porque somos nostálgicos.
Não conheço o homem, apenas as referências de Beja Santos e um ou outro jornalista.

Da guerra que eu vi, que nos fizeram e que tivemos que aguentar por serviço militar obrigatório, dessa guerra ninguém, seja o Pélissier ou o Furtado, ou quem foi para a Suíça ou Paris, tem mais direito de falar, relembrar do que nós. Mas todos tentam falar daquela guerra, mais alto que nós.

Esta referência da “nostalgia” é dos tais subterfúgios com que calaram muita malta que por lá andou. Não é só ele que até é estrangeiro. Até aparecer o Luís Graça a falar alto e até parece que ensurdece alguns. Ainda hoje tenho gente mais velha das minhas relações, que como eu são “retornados”, e dizem que escondem dos vizinhos que são retornados. (Medo? Vergonha? Ignorância? Complexo da discriminação?) Gosto muito de ouvir estrangeiros falar de nós. E também ouvir alguns portugueses que só foram para as “nossas áfricas” , a seguir ao 25 de Abril “ajudar aqueles desgraçados”.

Já ouvi no Brasil, em Luanda, na Guiné-Bissau, e até turistas na Madeira falar depreciativamente de nós. E já ouvi brasileiros com pena de não terem sido colonizados por americanos em vez dos portugueses.
Já ouvi nos meus próprios ouvidos, suecos, na Guiné, julgarem-nos nazis, e transmitirem essa ideia aos guineenses. Mas uma coisa digo eu, nunca conseguem dizer tudo de nós porque lhe “custa dobrar a língua”.

Os franceses e os ingleses salvaram as fronteiras e o idioma dos seus “grandes impérios” à sua maneira, a nossa geração ajudou a salvar as frágeis fronteiras do seu “pequeno império”, dentro das nossas possibilidades, que era para tudo para desaparecer sem o mais pequeno respeito por aqueles riscos no papel daqueles mapas, algo indefinidos.

Os “PÉLISSIERES” da vida sabem isso muito bem, só não o dizem. E é principalmente por aquele período ser dos mais importantes e relevantes da vida e do futuro de Portugal, que sempre devemos lembrar aos “PELISSIERS”, e muitos nossos que não é apenas “Nostalgia”.

Devemos dizer as verdades para evitar que pedaços do império não venham ainda a desaparecer.
O que vai ser difícil evitar devido às nossas actuais fragilidades.

Cumprimentos
António Rosinha
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Nota de CV:

Vd. poste de 28 de Junho de 2012 > Guiné 63/74 - P10083: Sondagem: "Um blogue de veteranos nostálgicos da sua juventude ?" (Parte I) (A. Pinto / A. Silva / H. Cerqueira / J, Martins / M. Beja Santos / P. Raposo / R. Figueiredo)

domingo, 10 de junho de 2012

Guiné 63/74 - P10018: (Ex)citações (186): Éramos alferes, furrieis e... prontos! (Manuel Maia)

1. Comentário de Manuel Maia [, foto à esquerda, em Cadique, 1973,], com data de 11 de maio último, ao poste P9889:

Caro Lázaro Ferreira,

Antes de mais, sê bem-vindo a este espaço que em boa hora o Luís criou, e onde os mais de quinhentos e tal que por aqui andamos, vão debitando prosa e poesia, recordando aquela terra que nos deixou profundas marcas...

Pude aperceber-me de que mau grado teres conhecido o Cantanhez apenas em 74, andaste relativamente perto dos paradisíacos locais que foram meus locais de férias no ano anterior quando os senhores da guerra decidiram implantar uns resorts em Cafal/Balanta e em Cafine,por forma a podermos desfrutar da zona, com muita música de arraial,de foguetório constante...

Como facilmente podes depreender,o caso recentemente veiculado pelo JN a propósito de um valoroso "grupo de assalto" composto por mais de três dezenas de militares da marinha (fuzileiros, presumo) instalados num resort de Cabo-Verde, na ilha do Sal ( segundo o CEMGFA,por estar mais perto da água...),não foi virgem... 


Já em 73, os militares de então conheceram instalações fabulosas que, num gesto digno de encómios, os senhores com muitos galões e estrelas nos ombros,reservaram exclusivamente para nós,milicianos, de quem sempre gostaram muito,ao ponto dessa ligação ser conhecida por "amor à moda de Ponte de Lima", de quem, nós também, sempre dedicadamente retribuímos...

Nesse tempo,necessariamente anterior ao teu, nós não tínhamos esse hábito,ao que parece,democrático,de recusar o que nos ofereciam com "tanto amor"... Éramos alferes ou furrieis e "prontos", como diz o outro.

Cá ficaremos pois à espera dos teus escritos,estruturados sob uma realidade diferente da nossa mas realidade comezinha...
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Nota do editor:

Último poste da série > 6 de junho de 2012 > Guiné 63/74 - P10005: (Ex)citações (185): Respostas a interrogações de Luís Graça, ainda sobre o tema Guidaje (2) (José Manuel Pechorro)


segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Guiné 63/74 - P9234: O nosso sapatinho de Natal: Põe aqui o teu pezinho, devagar, devagarinho... (4): Mensagens dos nossos camaradas Raul Albino, Ricardo Figueiredo, Carlos Rios, Henrique Cerqueira, Manuel Alheira, Rui Silva, Valentim Oliveira e Manuel Maia

MENSAGENS DE NATAL DOS NOSSOS CAMARADAS

1. Mensagem do nosso camarada Raul Albino, ex-Alf Mil da CCAÇ 2402/BCAÇ 2851, , Mansabá e Olossato:

Meus amigos,
Mais um ano está a chegar ao fim. Posso tentar desejar-vos um Bom Natal, mais pobre, mais limitado e dificilmente será mais alegre que os Natais anteriores, mas podemos tentar, mais que não seja pelos mais miúdos. Desejar-vos Boas entradas no Novo Ano, já parece gozação. Ninguém queria entrar nele, mas vamos entrar com ou sem a nossa vontade, porque o tempo não pára.

Mas posso enviar-vos um presente na forma de ficheiro informático. Vai anexo a este e-mail, cheio de beleza rústica, uma forma de paraiso terreno, por onde gostariamos de saltitar conforme a disposição do momento. Eu adorei e não me chocaria trocar toda a arquitectura tecnológica moderna, por esta beleza tão terrena e humana a lembrar tempos passados. Desfrutem a visualização destes lugares, enquanto ainda existem.

Umas Boas Festas para todos, cheias de paz e saúde.
Um abraço de amizade,
Raul Albino


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2. Mensagem do nosso camarada Ricardo Figueiredo, ex-Fur Mil da 2.ª CART/BART 6523, Cabuca, 1973/74:

Para os Ilustres Editores que nos alimentam a alma e nos convertem a saudade em nostalgia, com um trabalho diário digno de registo, desejo-vos um FELIZ NATAL , na companhia de todos quantos vos são queridos, votos naturalmente extensivos a toda a Tabanca Grande.

Bem Hajam !
Com um grande abraço fraterno do,
Ricardo Figueiredo

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3. Mensagem do nosso camarada Carlos Rios, ex-Fur Mil da CCAÇ 1420/BCAÇ 1857, Mansoa e Bissorã, 1965/66:


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4. Mensagem do nosso camarada Henrique Cerqueira, ex-Fur Mil da 3.ª CCAÇ/BCAÇ 4610/72, Biambe e Bissorã, 1972/74:


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5. Do nosso camarada Manuel Alheira, ex-1.º Cabo Aux Enf da CCAÇ 19, Guidaje, 1972/74:

Nesta Quadra Festiva, envio a todos os meus amigos e famíliares os melhores votos de BOAS FESTAS.

Cumprimentos,
Manuel Alheira


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6. Mensagem de Rui Silva, ex-Fur Mil da CCAÇ 816, Bissorã, Olossato, Mansoa, 1965/67:

Para todos os camaradas, amigos e camarigos ex-Combatentes da Guiné e, para aqueles que, sem terem sido combatentes, vieram sentar-se, simpaticamente, ao nosso lado sob o Poilão da Tabanca Grande, venho aqui expressar o maior desejo de que passem um NATAL MUITO FELIZ e que o NOVO ANO seja imbuído da maior felicidade, bem-estar e harmonia, desejo que se estende naturalmente aos seus familiares mais queridos.

Bem Hajam!”
Rui Silva


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7. Mensagem de Valentim Oliveira, ex-Soldado Condutor da CCav 489/BCav 490, Região de Farim, 1963/65:



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8. Do nosso camarada Manuel Maia, ex-Fur Mil da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4610, Bissum Naga, Cafal Balanta e Cafine, 1972/74:

A todos os camarigos distribuídos pelas diversas tabancas quero expressar, aqui e agora, os votos de um Natal prenhe de saúde, de alegria e enorme satisfação .
Que o Menino Jesus nos ponha no sapatinho o garante de que de futuro os governantes deste país deixarão de ser refractários e desertores e que um de nós se sentará nas cadeiras do poder por forma, a, finalmente, ser reconhecido o nosso esforço em prol duma pátria que nos tem renegado.
Um enorme abraço extensivo às famílias dos combatentes que têm sabido ser o verdadeiro suporte, a necessária âncora a que nos agarramos quando disso temos necessidade.
manuelmaia
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 17 de Dezembro de 2011 > Guiné 63/74 - P9220: O nosso sapatinho de Natal: Põe aqui o teu pezinho, devagar, devagarinho... (3): Mensagens dos nossos camaradas Giselda e Miguel Pessoa, Sousa de Castro, José M. Matos Dinis e José Martins