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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Guiné 63/74 - P9115: Agenda Cultural (172): Lançamento do livro A Primeira Derrota de Salazar, de Paulo Aido, dia 1 de Dezembro pelas 17 horas, na Casa de Goa, em Lisboa (Teresa Almeida)

1. A pedido do nossa tertuliana Teresa Almeida (Bibliotecária da Liga dos Combatentes), damos a conhecer o lançamento do livro A Primeira Derrota de Salazar, de autoria de Paulo Aido*, dia 1 de Dezembro pelas 17 horas na Casa de Goa. Narana Coissoró** será o apresentador.




CONVITE


[...] "A Primeira Derrota de Salazar" acompanha os eventos em Goa nos dias do fim desta colónia portuguesa. Lisboa procura, por todos os meios, influenciar os países amigos a interceder a nosso favor contra o colosso indiano, mas, com o passar do tempo, percebe-se que a invasão vai mesmo acontecer. Todos sabem que é impossível vencer militarmente, mas Salazar ordena que só pode haver soldados vitoriosos ou mortos! Nem sequer admite a hipótese da rendição, mas a catástrofe está iminente.[...] Fonte: sítio Zebra Edições.


(*) Paulo Aido tem 49 anos, é jornalista há mais de duas décadas e, actualmente, vereador [,independente,]  na Câmara Municipal de Odivelas. É também autor de diversos livros de temática religiosa que se têm revelado verdadeiros bestsellers. É o caso de "A Mensagem da Irmã Lúcia", "O Peregrino de Fátima" e "As Mais Belas Orações", apenas para citar os mais recentes. Em "A Confidente de Sá Carneiro", embora não abdicando do rigor que sempre pautou a sua escrita, assume uma clara mudança de registo, enveredando pela primeira vez pela literatura de memórias biográficas. Fonte: sítio Zebra Edições.


(**) Sobre Narana Coissoró:


Nasceu em Goa a 3 de Outubro de 1931. É um advogado e professor português.
Licenciado em Direito, na Universidade de Coimbra e doutorado pela Universidade de Londres, é advogado, professor catedrático jubilado do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, onde preside ao Instituto do Oriente, e professor catedrático da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Militante histórico do Centro Democrático Social, foi eleito deputado nas I, II, III, IV, V, VI, VIII e IX Legislaturas, liderando o Grupo Parlamentar do CDS, entre 1978 e 1991. Autor de vários livros, é membro da Academia Internacional de Cultura Portuguesa. (...)  Fonte: Wikipédia
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Nota de CV:


Vd. último poste da série de 26 de Novembro de 2011 > Guiné 63/74 - P9098: Agenda Cultural (171): Ciclo de Conferências-debate Os Açores e a Guerra do Ultramar - 1961-1974: história e memória(s) (Carlos Cordeiro) (9): Rescaldo da sessão do dia 23 de Novembro de 2011 (Carlos Cordeiro)

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Guiné 63/74 - P8750: In Memoriam (92): Homenagem às Grandes Mulheres, as nossas Enfermeiras Pára-quedistas que nos deixaram (Rosa Serra, ex-Enf.ª Pára-quedista / António Almeida, Fur Mil em Angola / Teresa Almeida, Liga dos Combatentes)

1. Mensagem da nossa camarada Rosa Serra*, ex-Alferes Enfermeira Pára-quedista (BCP 12, Guiné, 1969), com data de 5 de Setembro de 2011:

Boa noite Luís
Há muito tempo que não dou noticias, mas ainda estou viva.
Como por motivos de saúde não consegui estar no funeral da minha colega Piedade, deixo aqui expresso, se achar que pode ser publicado, um pequeno texto sobre as enfermeiras que nos deixaram.

Um abraço com votos de felicidades para toda a tabanca grande.


Às Enfermeiras Pára-quedistas que subiram mais Alto...

Quando chega o dia da partida todos ficamos tristes. Uns porque se relacionaram muito bem com a pessoa que parte, outros porque conviveram muito e laços de amizade se criaram e as uniram para sempre, outros ainda que não conheceram mas ouviram falar disto ou daquilo. Mas todos: os que conheceram bem ou os que conheceram mal, ficam pesarosos e de coração apertado pela consciência que temos de não voltar a ver a pessoa que fez parte deste nosso mundo, que de tão mundano que é nos impede de ver para além do que a nossa vista alcança.

Geralmente não nos ocorre que elas apenas poderão estar escondidas por novelos brancos das nuvens que tantas vezes observamos em voos de grandes altitudes.

Somos estes seres estranhos, que chamamos de humanos . . .

A dor sente-se. A tristeza só aos poucos se vai esbatendo e dando lugar a lembranças mais reconfortantes quando conseguimos percepcionar no registo da nossa consciência que a Nazaré Mascarenhas, a Celeste Costa, a Maria Amélia Galvão a Delfina Oliveira, a Soledade Guerreiro, a Zulmira André e por fim a Piedade Gouveia, foram mulheres que passaram por esta vida e deixaram marcas em muitos corações reconhecidos.

A todas deixo a minha profunda homenagem e enquanto a minha consciência o permitir, não vos esquecerei, como boas companheiras.
Rosa Serra

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2. Mensagem da nossa amiga tertuliana Teresa Almeida (Liga dos Combatentes), com data de 6 de Setembro de 2011:

Agradecia, mais uma vez, que colocasse no "nosso" Blogue, a minha dor e pesar, pelo falecimento de mais uma enfermeira pára-quedista, Enf. Piedade Gouveia.


Mais um Anjo partiu, para a ETERNIDADE
Mais um lugar vazio.
Mais um nome para recordar.
Mais um marco da nossa História, partiu.

Fica-nos a SAUDADE de uma MULHER, que em plena Guerra do Ultramar, deu e fez tudo, para assim aliviar o sofrimento dos nossos Combatentes.

Para todos os Combatentes em geral, mas sobretudo aqueles, que tiveram na guerra com a Enf. Piedade Gouveia, e, que Ela, para Eles foi, a Mãe, a Amiga, em momentos tão difíceis, os de uma guerra, envio do fundo do meu coração, a minha sentida dor e pesar por este falecimento.

Quero, também enviar, à sua Família, a minha sentida dor, por tão grande perda.

Lamento, que se continue, quer a nível de Governo, quer a nível de Instituições, a ignorar, estas GRANDE MULHERES, que tanto sofrimento aliviaram aos nossos Jovens Combatentes, arriscando a sua própria VIDA, sem que se faça uma merecida HOMENGEM.

Eu, própria, também conheci e privei com a Enf. Piedade Gouveia. Um Anjo. Sem dúvida.

Aproveito, para enviar a TODOS os Combatentes do Ultramar, o meu abraço de GRATIDÃO.

Não posso, nem devo, deixar de me dirigir ao meu grande Amigo e Estimado Combatente, José Martins, também, o meu abraço de GRATIDÃO.

Mas, se pensarmos, que a Enf. Piedade Gouveia, não morreu, porque está viva nos nossos CORAÇÕES. Alivia um pouco o sofrimento. Apenas falta a presença física. Essa DESCANSOU.

ATÉ SEMPRE ENF. PIEDADE GOUVEIA.
PAZ Á SUA ALMA.

Teresa Almeida

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3. Mensagem do nosso camarada António Almeida, ex-Fur Mil em Angola, com data de 8 de Setembro de 2011:

Caros amigos
Por me faltarem as palavras certas, esta é a minha singela homenagem a uma grande Mulher, a Enf.ª Pára-quedista Maria Piedade Gouveia*.




É hora de partir, meus irmãos, minhas irmãs
Eu já devolvi as chaves da minha porta
E desisto de qualquer direito à minha casa.
...........................................................................
Veio a intimação e estou pronta para a minha jornada.
Não indaguem sobre o que levo comigo.
Sigo de mãos vazias e o coração confiante.

Rabindranath Tagore

António Almeida - ex- Fur Mil
Angola
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Notas de CV:

(*) Vd. poste de 4 de Setembro de 2011 > Guiné 63/74 - P8733: In Memoriam (89): A Enfermeira Pára-quedista Piedade Gouveia faleceu hoje, dia 4 de Setembro de 2011

Vd. último poste da série de 6 de Setembro de 2011 > Guiné 63/74 - P8743: In Memoriam (91): Magalhães Pinto, ex-Fur Mil Vague Mestre da CCS/BART 645 - Águias Negras (Bissau e Mansoa, 1964/66) (Carlos Vinhal)

terça-feira, 31 de maio de 2011

Guiné 63/74 - P8350: In Memoriam (81): Cecília Maria de Castro Pereira de Carvalho Supico Pinto, Presidente do Movimento Nacional Feminino (30 de Maio de 1921 - 25 de Maio de 2011) (Teresa Almeida / José Martins)

Teresa Almeida
A propósito do falecimento, no dia 25 de Maio passado, da fundadora do Movimento Nacional Feminino, D. Cecília Maria de Castro Pereira de Carvalho Supico Pinto (Lisboa, 30 de Maio de 1921 - 25 de Maio de 2011), publicamos dois depoimentos, um de autoria da nossa amiga tertuliana Maria Teresa Almeida e outro do nosso camarada José Martins.

1. Teresa Almeida [, foto à direita:

Hoje dia 31 de Maio de 2011, ao abrir o "site" UTW, li a triste notícia do falecimento da Sra. D. Cecília Supico Pinto*, grande Senhora, que lutou e deu a cara, por um ideal, o bem-estar dos nossos Soldados, tão jovens , e longe das suas Famílias, se encontravam numa guerra em defesa deste País. Estou muito abalada.

D. Cecília Supico Pinto foi a Mãe, mas sobretudo a Amiga, para todos os Combatentes que privaram com ela. Colocou em risco a sua própria vida, e uma das vezes teve um acidente em pleno mato, que ao longo da vida lhe trouxe grandes problemas de saúde. Era uma Mulher sem medos, determinada, fosse em lugar de risco, ou não, era preciso levar AMOR àqueles JOVENS.

Visitou os três Teatros de Guerra e a todos os Combatentes, levava, sempre, um carinho, um sorriso, uma lembrança. Os afectos que era to preciosos, naqueles momentos. E ela estava sempre presente, no meio dos nossos Rapazes.

Como Presidente do Movimento Nacional Feminino*, editou o AEROGRAMA, tão conhecido de todos nós, para facilitar a correspondência entre os Combatentes, e seus familiares.

Tive o privilégio, de a conhecer e de falar a "D. Cilinha", falava-me sempre da Guerra, e dos "seus Meninos", que tinha feito tudo, por eles, com muito Carinho e Amor.

Tenho a certeza que,  no seu eterno descanso, junto de Deus, tem junto de SI, os Combatentes do Ultramar - "OS SEUS MENINOS". Não posso, nem devo esquecer, os meus sentimentos por esta Grande Senhora, que faz parte integrante da GUERRA DO ULTRAMAR.

Tinha tanto para dizer... mas. Foi muito agradável falar e conviver com a Sra. D. Cecília Supico Pinto. Já sinto a sua AUSÊNCIA.

Assim, quero, deixar aqui, o meu profundo sentir pelo falecimento desta tão GRANDE SENHORA

A todos os Combatentes, deixo também o meu profundo sentir, pela notícia

A TODOS QUE JÁ PARTIRAM, PARA JUNTO DE DEUS, E, ESTIVERAM NA GUERRA DO ULTRAMAR, A TODOS TENHO NO MEU CORAÇÃO.

ADEUS CILINHA
PAZ Á SUA ALMA

Da Amiga
Teresa Almeida



Zemba, Angola, 1974 > "Visita da Presidente do Movimento Nacional Feminino, Drª Cecília Supico Pinto

Foto e legenda: Quanto Mais Quente Melhor > Blogue do ex-Cap Cav Fernando Vouga, comandante do Esquadrão de Reconhecimento FOX 2640 — Bafatá, Guiné (1969/1971) (1). (Com a devida vénia...)


2. Jose Martins


Há noticias que, por muito que sejam esperadas, de certa forma nos custam a aceitar, já que em nós reside um resquício de imortalidade.

Todos temos a “nossa hora”, não sabendo apenas, como e quando chega.

O texto abaixo, retirado (com a devida vénia) da Wikipédia, lembra-nos uma mulher que, independentemente das ideias que tinha, sendo coincidentes ou divergentes com a nossa, fez parte da nossa vida, quer pessoal quer colectiva.

À sua maneira, foi uma mulher que esteve na guerra, ajudando os militares e suas famílias, no momento em que mais necessitavam.

Não conheci a D. Cilinha. Conheço o que fez através da “visão alheia”. Usei os aerogramas, a forma mais fácil de comunicar com a família, noiva e madrinhas de guerra. Se mais não fizera. Era suficiente.

Para Cecília Supico Pinto, a nossa gratidão e o nosso respeito. É mais uma Portuguesa que parte, pouco antes de festejar os 90 anos.

Descanse em paz e, que cada um de nós a recorde de acordo com o seu sentimento e forma de pensar.

© Foto retirada de ultramar.terraweb.biz.


Cecília Maria de Castro Pereira de Carvalho Supico Pinto (Lisboa, 30 de Maio de 1921 — 25 de Maio de 2011)[1], conhecida popularmente como Cilinha, foi a criadora e presidente do Movimento Nacional Feminino, uma organização de mulheres que durante a guerra colonial prestou apoio moral e material aos militares portugueses. Nesse cargo atingiu grande popularidade e uma considerável influência política junto de Oliveira Salazar e das elites do Estado Novo. Visitou as tropas em África e promoveu múltiplas iniciativas mediáticas para angariação de fundos.

(Com a devida vénia à Wikipédia)

José Martins
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Notas de CV:

(*) Sobre a D. Cecília Supico Pinto e o Movimento Nacional Feminino, vd. postes de:

18 de Dezembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2362: O Movimento Nacional Feminino no filme em DVD Natal de 71, de Margarida Cardoso, que recomendo (Diana Andringa)

9 de Fevereiro de 2008 > Guiné 63/74 - P2514: Convite (2): Lançamento da biografia de Cecília Supico Pinto, a líder do MNF: 12 de Fevereiro, 18h30, na Sociedade de Geografia

11 de Fevereiro de 2008 > Guiné 63/74 - P2524: Notas de leitura (7): Não se pode estudar a Guerra Colonial ignorando o MNF e a sua líder carismática (Beja Santos)
e
12 de Fevereiro de 2008 > Guiné 63/74 - P2528: O papel do Movimento Nacional Feminino (1): Mais meritório no apoio às famílias dos soldados (Joaquim Mexia Alves)

Vd. último poste da série de 19 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8298: In Memoriam (80): Teresa Reis (1947-2011). A minha homenagem ao Humberto Reis (Mário Beja Santos)

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Guiné 63/74 - P7596: Lugares de passagem, de José Brás (2): Amigos e camarigos presentes na sessão de lançamento, em Loures, 6 de Janeiro de 2011


 Loures > Biblioteca José Saramago > 6 de Janeiro de 2011 > Lançamento do livro do José Brás, Lugares de Passagem (Lisboa, Chiado Editora, 2010) > Constituição da mesa, da esquerda para a direita: Mário Beja Santos, José Brás, Carlos Teixeira, Vitor Ramalho e Luís Graça...


Loures > Biblioteca José Saramago > 6 de Janeiro de 2011 > Lançamento do livro do José Brás > Da esquerda para a direita: José Brás, Carlos Teixeira (presidente da CM Loures, eleito pelo PS) e Vitor Ramalho (antigo deputado do PS, antigo secretário de Estado, especialista em direito do trabalho)... No final da sessão, o Carlos Teixeira, natural de Cinfães, conm 53 anos, evocou emocionado os tempos em que o seu pai, militar da carreira, andou pelos vários teatros de operações  (foi nomeadamente  1º sargento da CCAÇ 13, em Bissorã, no tempo do nosso Carlos Fortunato, ou seja, no meu tempo, 1969/71)...

O Zé Brás que foi também, em tempos (1981-1985) presidente da junta de freguesia de Loures, teve apoio, para a edição do seu livro, da Câmara Municipal de Loures, dos Serviços Municipalizados de Loures e da Caixa de Crédito Agrícola de Loures. A obra tem a chancela da Chiado Editora



Loures > Biblioteca José Saramago > 6 de Janeiro de 2011 > Sessão de lançamento do livro do José Brás > Coube ao nosso especialista em literatura da guerra colonial na Guiné, Beja Santos, a apresentação da obra ...




Loures > Biblioteca José Saramago > 6 de Janeiro de 2011 > Sessão de lançamento do livro do José Brás > O momento sempre esperado e solene do ansiado autógrafo > Na foto o autor e o nosso cartógrafo-mor Humberto Reis...



Loures > Biblioteca José Saramago > 6 de Janeiro de 2011 > Sessão de lançamento do livro do José Brás > O Zé e um amigo que não consegui identificar, provavelmente um antigo colega da TAP ou das lides sindicais ou da gestão autárquica... O Zé Brás foi Fur Mil Trms, CCAÇ 1622, Aldeia Formosa e Mejo, 1966/68).



Loures > Biblioteca José Saramago > 6 de Janeiro de 2011 > Sessão de lançamento do livro do José Brás > Três grandes camarigos:  da esquerda para a direita, dois Zés (o Brás e o Martins) e um António (Martins de Matos)...




Loures > Biblioteca José Saramago > 6 de Janeiro de 2011 > Sessão de lançamento do livro do José Brás > Diz o Francisco Godinho (CCaç 2753), de Moura, Baixo Alentejo (à esquerda, com o  Beja Santos à direita): "O camarada e conterrâneo (meu) que te apresentei (...) chama-se Luís Murta, confirmo que foi Fur Mil Cav e pertenceu à CCav do Cap Sentieiro [, CCAV 2485],  esteve em Bula,Teixeira Pinto e creio que ocasionalmente no Cacheu. Já falei com ele hoje (...), renovei-lhe o pedido de adesão à nossa Tabanca, e ele garantiu-me que o vai efectivar" (...).



Loures > Biblioteca José Saramago > 6 de Janeiro de 2011 > Sessão de lançamento do livro do José Brás > O nosso querido camarigo Zé Martins (à direita) aproveitou a ocasião, antes do início da sessão, para me apresentar pessoalmente a Maria Teresa Almeida (funcionária da Liga dos Combatentes há quse 3 décadas), que nos trata a todos por "queridos": é um caso espantoso de dedicação à(s) causa(s) dos ex-conbatentes... e adora o nosso blogue...



Loures > Biblioteca José Saramago > 6 de Janeiro de 2011 > Sessão de lançamento do livro do José Brás > O Zé Zeferino e Zé Vermelho (que desta vez é que me garantou que ia pedir formalmente a entrada no blogue)





Loures > Biblioteca José Saramago > 6 de Janeiro de 2011 > Sessão de lançamento do livro do José Brás > Aposto que o nosso camarigo José Zeferino (ex-Alf Mil At Inf, 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4616, Xitole, 1973/74) está a um dos flash, do livro do Zé Brás, do  mais puro e delicioso realismo mágico  em que se evoca da viagem, de noite, de Almeida Formosa ao Xitole para se ir buscar o médico... A meio a da viagem, perto de Contabane, a GMC avaria-se e é preciso regressar a Aldeia,  de BICICLETA (!!!), pedida emprestada ao régulo Sambeli, para  te trazer uma viatura de substituição... (pp. 141/146).

Fotos: ©  Alice Carneiro / Luís Graça (2011). Todos os direitos reservados

Legendas: L.G.

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Nota de L.G.:

Último poste desta série > 11 de Janeiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7588: Lugares de Passagem, de José Brás (1): Carta aberta a um amigo (José Brás)

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Guiné 63/74 - P7509: O Mural do Pai Natal da Nossa Tabanca Grande (21): Dos nossos tertulianos, Joaquim Mexia Alves, Hélder Valério Sousa e Maria Teresa Almeida

1. Mensagem do nosso camarigo Joaquim Mexia Alves*, ex-Alf Mil Op Esp/Ranger da CART 3492, (Xitole/Ponte dos Fulas); Pel Caç Nat 52, (Ponte Rio Udunduma, Mato Cão) e CCAÇ 15 (Mansoa), 1971/73, com data de 22 de Dezembro de 2010:

 Meus camarigos
Queria ter tempo para escrever alguma coisa que nos levasse ao encontro uns dos outros.

Este tempo de Natal é um tempo muito ocupado para mim e traz-me recordações imensas dos meus pais e da sua/minha enorme família à volta da mesa, (9 irmãos, trinta e tal netos e já alguns bisnetos, quando ainda o meu pai era vivo), e o extraordinário que era, apesar da mesma educação base dada a todos, as diferenças que entre nós havia.

Por vezes estalavam discussões, (o que numa família de homens grandes e voz grossa), ultrapassavam os limites do razoável, e então lá vinha o meu pai dizer-nos que não havia divergências que não fossem ultrapassáveis e sobretudo que éramos uma família, e que uma família se mantêm unida apesar das diferenças.

A nossa “família” foi enraizada na Guiné e deu muitos filhos, tantos como aqueles que lá serviram, desde o mais guerreiro combatente, ao mais cozinheiro que não deixou de ser combatente, porque também esteve em guerra.

Família desunida, separa-se, não se entre ajuda, não se constrói, não tem dimensão, não tem voz, e aqueles que por qualquer razão não gostam dessa família alegram-se com a sua desunião, porque no fundo torna fraca essa família.

Há convicções arreigadas, tudo bem. Há palavras mais duras e menos compreensíveis, tudo bem. Há pensamentos diferentes e diferentes maneiras de interpretar, tudo bem. Há até vontade de dar dois murros na mesa e partir a loiça, tudo bem.

Mas família que se preza ultrapassa tudo isso, e, não abandonando cada um as suas convicções e pensamentos, fazem-se mais forte do que elas e do que eles, e cada um estende a sua mão, oferece o seu ombro, e abre os braços para o abraço.

Que raio de coisa é esta que por umas quaisquer designações políticas se desagrega uma camarigagem feita na dor, na tristeza, mas também na luta, e na entrega?

Por mim, deixo agora as minhas convicções de lado, para num abraço apertado próprio da quadra natalícia, (que é sempre que um homem quiser), vos abraçar a todos, meus camarigos, e pedir-vos insistentemente que cada um o faça também, para não só a união da família continuar forte e coesa, mas também para aqueles que nos querem derrotar, não só nos nossos direitos, mas sobretudo na nossa dignidade, se sintam mais uma vez vencidos pela força da família da Guiné.

E aí sim, seremos todos homens com H grande, porque fomos capazes de nos ultrapassarmos, para nos encontrarmos.

Será utópico?
Não, se nós não quisermos que seja!

E se em alguma coisa contribuí para esta situação, esqueçam o que escrevi, e apenas leiam o que agora escrevo.

Um Feliz Natal para todos.

Um forte, enorme, imenso abraço camarigo para todos do

Joaquim
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2. Mensagem do nosso camarada Hélder Sousa (ex-Fur Mil de TRMS TSF, Piche e Bissau, 1970/72), com data de 27 de Dezembro de 2010:

BOAS FESTAS...

Agora que o Natal já passou, espero que tenha abrandado o frenesim dos votos de ‘boas festas’, do ‘Bom Natal’, das prendas, de toda a carga mais ou menos sentimentalista desenvolvida a partir do acontecimento comemorado.

Não pensem que sou insensível à época, não senhor! Também costumo munir-me dos meus melhores sentimentos e procuro ‘espalhar’ o amor, a compreensão, a fraternidade, a solidariedade. Para aqueles que foram meus companheiros na ‘aventura africana’ digo-lhes que também tive dois Natais na Guiné, o primeiro em 1970, no interior, em Piche, e o outro, em 1971, já em Bissau. Foram dois momentos distintos na forma e no conteúdo, com posturas diferentes, com reacções diferentes, mas para relatar noutra ocasião e em local próprio.

Sei que o Natal é a época em que o ‘povo cristão’ comemora o nascimento de Deus, feito Homem. É o momento que ‘marca’ o cumprimento das promessas de Deus enviando o seu Filho para nos salvar, para redimir o Homem dos seus pecados, para nos transmitir a esperança de que depois do período de trevas em que a humanidade viveu ia abrir-se uma época de luz permitindo a salvação.

E é isto que é renovado todos os anos. A esperança dum tempo melhor, a partir duma redenção, originada pelo nascimento do ‘Menino Jesus’. E é isto que todos os anos é largamente esquecido em detrimento do consumismo e das palavras de circunstância. Ou seja, numa larga maioria de situações, o ‘motivo’ da Festa não é convidado para a mesma e isso desagrada-me.

Sei também que antes do cristianismo, os povos, principalmente aqueles com rituais ligados aos fenómenos da Natureza, aos movimentos solares, também comemoravam uma situação semelhante no sentido da ‘vitória da luz sobre as trevas’, consubstanciada naquele fenómeno que conhecemos por ‘solstício’. Neste caso, o solstício de Inverno, ocorrido sensivelmente na época do Natal cristão, também ilustra o momento em que as trevas atingem o seu máximo sendo que depois haverá todo um crescimento da luz, do calor, da Vida. Comemoravam o momento em que a esperança renascia com a certeza que iriam caminhar para tempos melhores.

Sei, por isso, que o cristianismo triunfante fez muito bem em ‘enquadrar’ essas práticas ancestrais dando a lição (raramente aproveitada por outros em situações em que o deveriam ter feito) de como se deve aproveitar aquilo que é a tradição, aquilo que está arreigado no sentir do povo, para lhe dar um novo enquadramento, uma nova visão, ou justificação, para uma mesma ‘razão de ser’.

Depois disto espero que os meus queridos amigos, os meus ‘irmãos’, os meus camaradas e até também ‘os outros’, compreendam porque não fui pródigo em mensagens e outras manifestações do género, correntes nesta época. E espero que dessa compreensão resulte a concordância.

Dentro da mesma linha, perfila-se agora o “Bom Ano Novo”. Só podem estar a brincar….

O que é preciso, mais do que votos de ‘Feliz Ano Novo’, ‘tudo de bom’, ‘todos os sonhos realizados’, ‘muita Paz, Saúde e Prosperidade’, etc., é coragem para persistir na vontade de contribuir para mudar o que se acha que está mal.

Não basta ‘vociferar’, chamar nomes feios aos que nos desgovernam. Há que não desistir de lutar. Volta a fazer sentido “ousar lutar para ousar vencer” mas é necessário muito cuidado para não se cair nas teias daqueles que espreitam e manipulam para aproveitar certos ‘voluntarismos’.

Não tenho ‘receitas’ para vencer a descrença e voltar a ‘levantar a cabeça’. Mas digo-vos que às vezes encontro alento na leitura dum poema de Brecht que diz “…ouvimos dizer que estás cansado…”, ou ouvindo com o som bem alto, pelo menos na parte final, uma canção chamada “The Boxer” de Simon & Garefunkel, ou o “Hey Jude”, dos Beatles, “Cry Baby” da Janis Joplin, também ajuda Mozart, a ‘Abertura’ da 1812 de Tchaikovsky, Elgar, etc. Que cada qual encontre o seu ‘motor de arranque’. Que temos a perder? Acham que ‘os mercados’ vão reagir negativamente ao nosso empenho para resistir a estes ‘tempos de perdição’?
Para terminar com uma nota positiva, queria deixar aqui uma espécie de prece aos meus Irmãos, aos meus Amigos e aos meus Camaradas, quer se encontrem em terra, no mar ou no ar, em que lhes desejo um pronto restabelecimento dos seus males e um rápido regresso a casa, se for esse o seu desejo.

“Feliz Ano Novo”!.
Hélder Sousa
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3. Mensagem da nossa tertuliana Maria Teresa Almeida (Liga dos Combatentes), com data de 27 de Dezembro de 2010:

Boa tarde meu estimado Combatente do Ultramar - Sr. Carlos Vinhal - GUINÉ


Leio várias vezes ao dia o blogue do Luís Graça e Camaradas da Guiné, de bastante interesse, para quem tem de lidar com a guerra, para assim, não a fazer esquecer, pois marcou tantos jovens. Onde consta o seu nome.

Aqui na Liga dos Combatentes, é o meu dia a dia eu e os Combatentes. É gratificante, custa muito ouvir o que sofreram, por isso NÃO PODEMOS NEM DEVEMOS ESQUECER OS COMBATENTES DO ULTRAMAR. APENAS ENALTECE-LOS, HONRÁ-LOS, DANDO-LHES A NOSSA GRATIDÃO, O NOSSO APREÇO E O GRANDE VALOR, é o que diariamente faço.

Pedia o favor de mencionar no blogue do Luís Graça os meus votos de BOAS FESTAS E FELIZ 2011, PARA TODOS OS COMBATENTES DO ULTRAMAR, de Norte a Sul de Portugal

Para o meu Estimado Combatente, e Família, envio votos de BOAS FESTAS E BOM ANO NOVO 2011

Um abraço de GRATIDÃO
Liga dos Combatentes
Teresa Almeida
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Nota do Editor

Vd. último poste da série de 27 de Dezembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7508: O Mural do Pai Natal da Nossa Tabanca Grande (20): Jorge Picado, o nosso querido capitão ilhavense

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Guiné 63/74 - P6989: In Memoriam (53): O último voo de um anjo: Maria Zulmira André Pereira, enfermeira pára-quedista (1931-2010) - Mensagem de condolências da D. Teresa Almeida (José Martins)

Maria Zulmira André Pereira* (1931-2010).


1. Mensagem de José Martins** (ex-Fur Mil Trms da CCAÇ 5, Gatos Pretos, Canjadude, 1968/70), com data de 14 de Setembro de 2010:

Caros Camaradas e Amigos
Remeto um mail da nossa amiga Teresinha, da Liga dos Combatentes, que através da minha caixa de correio, envia uuma mensagem de solidariedade aos membros da tabanca e a todos os combatentes. Ela trabalha na biblioteca, onde, algumas vezes, quer pessoal quer telefonicamente, vou buscar elementos para os trabalhos que vou elaborando.
Abraço. José Martins


2. Mensagem de Maria Teresa Almeida***
Assunto: SENTIDA DOR A TODOS OS COMBATENTES

Boa Tarde meu Querido Amigo e Combatente [José Martins]:

Hoje, ao visitar o blogue do Luís Graça & Camaradas da Guiné, tive conhecimento do falecimento da Sra. Enf.ª Pára-quedista Zulmira André, fiquei triste, estou triste, porque privei bastantes vezes com a Enf.ª Zulmira, bem como as outras Sras. Enfermeiras. Os Políticos e o Povo também devem uma palavra a estas Magnificas e Grandes Mulheres.

Agradecia,  ao meu Estimado Combatente, que colocasse uma palavra em meu nome, como funcionária da Liga dos Combatentes, manifestando a minha sentida dor, no blogue do Luís Graça & Camaradas da Guiné, porque não sei como fazê-lo.

Com este falecimento, morreu também um pouco de nós. Estas Mulheres que, arriscando a vida, em pleno mato, salvaram muitas vidas, e pouco se tem falado delas.

Partilho neste momento com todos os Combatentes, que privaram com a Enf.ª Zulmira, na GUINÉ, a minha mais sentida dor e consternação por esta notícia.

Paz à sua alma. A recordação fica para sempre.

Mais uma vez a minha gratidão, por mais um favor.

BJS do coração para o meu Estimado Combatente, Esposa D. Manuela, e toda a Família
Teresa Almeida
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Notas de CV:

(*) Vd. poste de 13 de Setembro de 2010 > Guiné 63/74 - P6980: In Memoriam (52): O último voo de um anjo: Maria Zulmira André Pereira, enfermeira pára-quedista (1931-2010) (Giselda e Miguel Pessoa)

(**) Vd. poste de 11 de Setembro de 2010 > Guiné 63/74 - P6972: Patronos e Padroeiros (José Martins) (14): C.T.O.E (Centro de Tropas de Operações Especiais) – Nossa Senhora da Conceição

(***) Vd. poste de 29 de Novembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5374: As nossas mulheres (13): Homenagem à D. Teresa, nossa leitora e funcionária na Biblioteca da Liga dos Combatentes (José Martins)

domingo, 29 de novembro de 2009

Guiné 63/74 - P5374: As nossas mulheres (9): Homenagem à D. Teresa, nossa leitora e funcionária na Biblioteca da Liga dos Combatentes (José Martins)

1. Mensagem de José Martins*, (ex-Fur Mil, Trms da CCAÇ 5, Gatos Pretos, Canjadude, 1968/70), com data de 26 de Novembro de 2009:

Caros camaradas
Junto um texto de homenagem a uma leitora assídua do nosso blogue.
Conheço-a desde 30 de Junho de 2003 e, desde então, tem sido uma óptima amiga e uma preciosa colaboradora, nunca se furtando a proporcionar-me todos os elementos que lhe solicito.
Tambem já foi referida pelo JERO.

A D. Teresa não merece só este texto. Merece todo o nosso reconhecimento, no sentido mais lato do termo.

Um abraço
José Martins


“30 Minutos”

Este programa foi passado no Canal 1 da RTP em 24 de Novembro de 2009.

Pode ser visto na página ultramar.terraweb.biz e no site http://www.ligacombatentes.org.pt/

O trabalho desenvolvido pelos profissionais Patrícia Machado (Jornalista), Pedro Boa-Alma (imagem) e Guilherme Brízido (edição), merece o nosso, de combatentes que somos, merece, dizíamos, o nosso agradecimento, por trazer, mais uma vez, à discussão a questão dos sem abrigo e, desta feita, aqueles que também deram o seu melhor na juventude e, passados largos anos, ainda não conseguiram a reintegração na sociedade ou, esta mesma, acabou por exclui-los.

Não vou comentar o trabalho da Liga no campo do Apoio Médico, Psicológico e Social, que conhecemos, pois fomos convidados para uma sessão em que intervieram o Major Dr. António Correia (Psicólogo) e a Dr.ª Filipa Santos (Assistente Social) e, no final da mesma, fiquei com a certeza de que se iniciava um novo ciclo em relação aos antigos combatentes, mas que, como sempre, muito tempo irá passar para se conseguirem resultados. No entanto o “pontapé de saída” foi dado.

Mas na reportagem o que mais me emocionou, e que merece maior destaque, foi a forma como o nosso camarada Carlos, que foi 2.º Sargento Miliciano pois cumpriu duas comissões, foi acarinhado por uma funcionária da Liga dos Combatentes.


A D. Teresa e o ex-2.º SRGT Carlos.
Imagem retirada do Programa 30 Minutos, editada e postada por CV, com a devida vénia à RTP


D. Teresa Almeida no seu local de trabalho.
© Foto José Martins – 17Nov2009


Na D. Teresa Almeida, que presta serviço na biblioteca da Liga dos Combatentes há cerca de 40 anos, e que neste momento tem em mãos uma tarefa enorme – digitalizar fotos e memórias – os combatentes têm não só uma amiga, mas diria uma “fada” madrinha de guerra ou uma irmã.

Pessoalmente sinto-me lisonjeado sempre que a procuro, e não são poucas vezes, para obter um ou outro elemento para os escritos que faço. Sempre com uma satisfação imensa, recebe e trata todos os que se lhe dirigem: parece que estamos perante alguém que sempre nos conheceu, e a quem dedica uma amizade extrema.

Basta ver a forma como se emocionou com a visita do Carlos e o acompanhou até à porta da sede da Liga ou à porta da própria casa do Carlos: a Rua.

D. Teresa Almeida no seu local de trabalho.
© Foto José Martins – 17Nov2009


Mas naquele abraço senti-me também abraçado, um abraço longo e sentido. É assim que a nossa amiga Teresa Almeida recebe os combatentes. Naquele seu espaço de trabalho, rodeado de História, parece que o tempo pára. Por isso quando temos de partir, partimos já com saudade, mas com o propósito de ali voltar o mais breve possível.

Para ELA o nosso carinho e reconhecimento eterno. Bem-haja, querida amiga!

José Marcelino Martins
26/Novembro/2009
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Notas de CV:

(*) Vd. poste de 29 de Novembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5371: Patronos e Padroeiros do Exército (José Martins) (4): Arma de Engenharia - Nossa Senhora da Conceição

Vd. último poste da série de 28 de Novembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5368: As nossas mulheres (12): Mãe, eu estou aqui (José Teixeira)