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sexta-feira, 24 de maio de 2013

Guiné 63/74 - P11620: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (70): A Tabanca da Lapónia... em festa: o régulo José Belo, anfitrião e guia do João Graça (nosso tabanqueiro e músico da banda Melech Mechaya), na delegação de Estocolmo, hoje e amanhã...

ao 

A banda portuguesa Meleech Mechaya  vai estar em Helsínquia, no dia 26 de maio, domingo, 15h45/16h30,  no World Village Festival. 


No sábado, dia 25, os Melech Mechaya vão animar as Festas dos Santos Populares dos Portugueses de Estocolomo!...


1. No próximo fim de semana, a banda portuguesa Melech Mechaya, de que faz parte o nosso tabanqueiro João Graça, vai atuar na Suécia (Estocolmo, 25) e na Finlândia (Helsínquia, 26). É a primeira incursão desta conhecida banda de música klezmer (, a primeira em Portugal,) por terras escandinavas.

O primeiro concerto é já no sábado, 25, às 20h00, em Estocolomo, no famoso Stallet Folkmusik, e organizado pela Lusitânia - Associação de Portugueses de Estocolmo que celebra, antecipadamente, os Santos Populares Portugueses. Como se pode ler na página do Facebook da Lusitânia:

(...) Marque na agenda o próximo dia 25 de maio. Vamos celebrar os Santos Populares Portugueses com muita música, decoração e festa!  O Stallet decorado com balões e arcos de papel às cores, bailarico musical com os portugueses Melech Mechaya e altares para os santos a pedir sorte". (...)

O segundo concerto é no país ao lado, a Finlândia, no âmbito do World Village Festival... Para a banda (, formada em 2006, com João Graça no violino, Miguel Veríssimo no clarinete, André Santos na guitarra e sanfona, João Novais no contrabaixo e Francisco Caiado na percussão) é mais um passo na sua crescente internacionalização, depois da Espanha, Croácia, Cabo Verde e Brasil.

Em Outubro de 2011, a banda portuguesa lançou o seu terceiro trabalho, o álbum “Aqui Em Baixo Tudo É Simples", que contou com a participação da fadísta Mísia e do trompetista norte-americano Frank London (, líder e fundador dos Klezmatics, vencedores de um Grammy em 2006). Referido pela revista Blitz como um dos melhores álbuns do ano, “Aqui Em Baixo Tudo É Simples” foi editado internacionalmente em Maio de 2012 e conquistou a crítica europeia com “a sua identidade musical própria” (Eelco Schilder, da prestigiada revista alemã FolkWorld). Deles disse o crítico musical Miguel Lopes (Feedback Música): "se conseguirem estar totalmente imóveis durante um concerto inteiro dos Melech Mechaya é porque estarão mortos! E provavelmente os Melech Mechaya estarão a tocar no vosso funeral. "

2. A ida, à Suécia, do nosso tabanqueiro João Graça, motivou o envio de um lembrete ao José Belo, o nosso "lusolapão", que é simultaneamenmte régulo e único habitante da Tabanca da Lapónia, uma das muitas tabancas espalhadas pela diáspora portuguesa, afiliadas na Tabanca Grande...  (Tem a sede em Kiruna, e delegações em Estocolmo e em Key West, Flórida; a última notícia, como sempre exagerada que ouvi, é que tinha sido encerrado para obras, devido a problemas com a calota polar; fico feliz por saber que a Tabanca da Lapónia continua de pé, de pedra e cal, discreta, às vezes esquiva, mas sempre surpreendente, bem humorada e solidária).

Logo em 20 de maio último, o José Belo (cuja ocupação principal é, conforme a época do ano a de "contador de renas ao luar" e especialista em direito consuetudinário)  abriu os braços, generosos e acolhedores, à minha sugestão de poder conhecer (e estar com) o João Graça e o resto dos Melech Mechaya, lídimos representantes da lusa gente:

(...) Caro Luís: apesar de ser período de saltadas frequentes entre as casas sueca (Estocolmo e Kiruna) e americana, em Key West [, Flórida, EUA] ,não só pelos 'daiquiris'  mas também porque ainda trabalho... (Por gosto profissional, ou será, como dizem alguns mais cínicos, os bons pagamentos?)... De qualquer modo, a conseguir estar em Estocolmo no dia 25 é mais do que 'claro' que lá estarei no concerto, acompanhado por uma manada (não de renas,mas de SUECAS!) para darmos ao teu filho....aquele Abraço! O e-mail a funcionar na Suécia e nos States é [...]

Entretanto, a 23 mandou um mail ao João, com conhecimento ao nosso blogue:

(...) Bem vindo a Estocolmo,  caro Amigo. Estou em Estocolmo até sábado de manhã, partindo depois para o extremo do extremo norte, onde vivo,"SÓ" a 1.400 quilómetros ao norte da capital. Se tiveres tempo (e vamos tratarmos-nos por tu, como bons tabanqueiros que somos), terei imenso gosto em beber um copo (ou um jantar na "Trindade" cá do burgo), e dar uma volta pela cidade velha que vale mais do que a pena visitar. Como calculo,  o tempo que dispões não será muito,daí tudo estar dependente desse tempo livre. De qualquer modo aqui segue o meu telefone sueco [...]. Qualquer hora é totalmente OK para mim. Um grande abraço. (o tempo em Estocolmo está com temperaturas de verdadeiro Veräo local(!),+/-16 graus,mas nublado e com aguaceiros). (...)

  
Da minha parte, disse o seguinte ao João:

(...) João: Toma boa nota. É um tuga de alma e coração,  o nosso José Belo. Arranja tempo para estares com ele, é um privilégio, não podias encontrar melhor guia e mestre em toda a Escandinávia. É um homem sábio. Como eu te disse, ele, que é um verdadeiro cidadão do mundo, vive (ou refugia-se, de vez em quando), na "colónia" sueca, a norte da Suécia, chamada Lapónia, em Kiruna, já bem dentro do círculo polar ártico.. Tem lá um "iglô"... Um dia temos que lá ir visitá-lo. Dá-lhe saudades nossas. E não te esqueças de lhe oferecer o vosso último CD, "Cá em baixo tudo é simples", autografado. È pena que ele não vos possa ver atuar ao vivo em Estocolmo... Um xicoração. (...)

Sei que existem fãs  dos Melech Mechaya na Tabanca Grande. Para esses, e demais leitores interessados,  aqui fica o calendário de concertos até final de julho de 2013...  Em Portugal os concertos mais próximos serão em Mirandela (8 de junho), Fundão (9 de junho), Odivelas (10 de julho), Lisboa (14 de julho), Funchal (18 de julho), Ponte da Barca (27 de julho) e Lavre  (29 de julho). 

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Guiné 63/74 - P11412: Agenda cultural (261): No B.Leza, hoje e amanhã catedral da música guineense em Lisboa: (i) hoje, com Bubacar Djabaté, cantor e tocador de balafon, natural de Tabatô; (ii) amanhã, com o Tabanka Djazz, de Micas Cabral & companhia... A não perder! (A Tabanca Grande apoia a música da Guiné-Bissau!)



1. Programação do B.Leza para a 3ª semana de abril de 2013...Hoje   e amanhã temos música da Guiné-Bissau!...Vd. página no Facebook.

(i) Bubacar Djabaté, músico, cantor e tocador de balafon (xilofone africano), natural de Tabatô - o grande viveiro de músicos da Guiné-Bissau - , vai atuar em Lisboa, no B.Leza,  hoje, 4 feira, por volta das 11h30...

A não perder. [Pode-se ver aqui um vídeo dele, a tocar, há uns meses atrás, em Lisboa, junto ao Castelo de São Jorge, como músico de rua].

(ii) Tabanka Djazz estará em palco amanhã, 5º feira, no mesmo sítio, e por volta da mesma hora.

Diz Luis Bastos no You Tube:

"Tabanka Djazz: surgiram nos finais da década de 1980, são um marco da cultura guineense e  aqui interpretam Nha Corçon (Meu Coração). Como músicos destacam-se Micas Cabral, Juvenal Cabral, Jânio Barbosa, Carlos Barbosa e Dinho Silv. I nicialmente também o grupo contou ainda com: Aguinaldo Pina, José Carlos Cabral e Rui Silva.Destacam-se quatro CD gravados pela banda:  Tabanka (1990), Indimigo (1994), Sperança (1996) e Sintimento (2002).


2. A nossa Tabanca Grande apoia a música da Guiné-Bissau e os seus músicos!!!

Eu vou ver se consigo lá dar um salto, pelo menos hoje... Mas antes passo pelo MUSICBOX LISBOA, ali perto no Cais do Sodré [Rua Nova do Carvalho, nº 24, 1249-002 Lisboa, Portugal, telef. 213 473 188] para ouvir, logo à noite, a partir das 22h00, os Melech Mechaya, que vão  tocar 4 músicas no Club Offbeatz!...Entrada livre! [João Graça, nosso tabanqueiro, faz parte desta banda portuguesa, que está a ter um crescente reconhecimento nacional e internacional].

Quanto ao B. Leza,  a catedral da música africana em Lisboa, fica aqui:

Cais da Ribeira Nova, Armazém B
Lisboa
1200-109 LISBOA

terça-feira, 26 de março de 2013

Guiné 63/74 - P11315: E as Nossas Palmas Vão Para... (6): A banda musical portuguesa "Melech Mechaya", nomeada para os "Independent Music Awards" (IMA), 12ª edição anual, para a categoria de "Melhor Álbum Instrumental"



1. Duas notícias reproduzidas, com a devida vénia do sitio dos Melech Mechaya

9 MAR 2013 O mais recente disco "Aqui Em Baixo Tudo É Simples" (ou "Melech Mechaya", na sua edição internacional) foi nomeado para a categoria "melhor álbum instrumental" dos Independent Music Awards [IMA] da Music Resource Group. O júri inclui nomes como Tom Waits, Suzanne Vega, Ziggy Marley ou Brandi Carlisle, e entre antigos nomeados e vencedores encontram-se Joan As Police Woman, Lee "Scratch" Perry e Melissa Auf Der Maur (ex-Smashing Pumpkins).

14 JAN 2013 O nosso disco "Aqui Em Baixo Tudo É Simples" chega aos Estados Unidos da América! Depois de distribuído numa dezena de países da Europa e no Japão, com a edição da editora italiana Felmay, o disco é distribuído nos Estados Unidos pela EOne e estará à venda a partir do dia 15 de Janeiro. (*)

2. Comentário de L.G.:

Damos, desde já, os nossos parabéns aos Melech Mechaya, a banda portuguesa de que faz parte o nosso grã-tabanqueiro João Graça. (Entrou para a Tabanca Grande em finais de 2009, depois de um périplo pela Guiné-Bissau). É bom ver o talento, a criatividade  e o esforço dos nossos jovens portugueses serem reconhecidos lá fora... e cá dentro.

Os Melech Mechaya têm alguns fãs, entusiásticos e incondicionais,  na nossa Tabanca Grande,  razão por que não achamos despropositada esta notícia. Para eles, os Melech Mechaya,  vão as nossas palmas (**). Que a sua música, ora divertida ora intimista, continue a ajudar a pulsar os nossos corações, a alimentar o caldeirão das nossas emoções e a alegrar as nossas vidas, convencendo-nos de que, afinal, "Aqui Em Baixo Tudo É Simples"...

cinco nomeados, a nível mundial, para a categoria "melhor álbum instrumental" da 12ª edição anual dos  IMA.  Para os portugueses  Melech Mechaya  já é um grande prémio estar nesta lista restrita. Os restantes são da Sardenha (Itália), da Eslováquia, de Espanha e dos EUA...

PS - Já agora uma informação para os nossos amigos e camaradas na região de Tomar: No próximo dia 5 de abril, os Melech Mechaya vão estar em Tomar, a bela cidade dos Templários, no Cine-Teatro Paraíso... às 21h30. Ao vivo!... Eles levam a alegria, a fantasia, a esperança e a emoção que são precisos para a gente viver e sobreviver todos os dias, e convencer-nos (ou iludir-nos)  de que, afinal, "Aqui Em Baixo Tudo É Simples"...

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Notas do editor:

(*) Biografia dos Melech Mechaya 

(i) Formados no final de 2006 com João Graça no violino, Miguel Veríssimo no clarinete, André Santos na guitarra, João Novais no contrabaixo e Francisco Caiado na percussão:

(ii) os Melech Mechaya são hoje apontados como a primeira e mais proeminente banda de música Klezmer em Portugal;

(iii) A sonoridade do grupo de Lisboa e Almada inspira-se ainda na músicas portuguesa, balcânica e árabe;

(iv) Salvatore Esposito, da revista italiana BlogFoolk, considerou-os “um dos casos mais interessantes da cena musical portuguesa”;

(v) Depois de dois discos lançados em 2008 e em 2009 – o EP “Melech Mechaya” e o LP “Budja Ba”, onde participam as Tucanas – os Melech Mechaya lançaram em Outubro de 2011 o álbum “Aqui Em Baixo Tudo É Simples”.;

(vi) Este registo conta com a participação da fadísta Mísia e do trompetista norte-americano Frank London, líder e fundador dos Klezmatics (vencedores de um Grammy em 2006);





Melech Mechaya - Gare No Oriente (com Mísia)... Vídeo (4' 57''): Disponível em You Tube > Melech Mechaya (Reproduzido aqui com a devida vénia...)



(vii)  Referido pela revista Blitz como um dos melhores álbuns do ano, “Aqui Em Baixo Tudo É Simples” foi editado internacionalmente em Maio de 2012 e conquistou a crítica europeia com “a sua identidade musical própria” (Eelco Schilder, da prestigiada revista alemã FolkWorld);

(viii) As extensas digressões dos Melech Mechaya levaram os seus espectáculos “simplesmente electrizantes” (João Bonifácio, Público) aos 4 cantos do país;

(ix) O quinteto actuou já em importantes festivais como o Rock In Rio Lisboa, Super Bock Surf Fest, FMM Sines, CCB Fora de Si, Festa do Avante!, Maré de Agosto ou Bons Sons, e fizeram ainda a primeira parte do concerto de Emir Kusturica & The No Smoking Orchestra no Coliseu de Lisboa.;

(x) A digressão de apresentação do novo álbum teve salas esgotadas de Norte a Sul do país, e passou por palcos como a Casa da Música (Porto) ou o Cinema São Jorge (Lisboa);

(xi) Fora de portas, a crescente carreira internacional dos Melech Mechaya tem conhecido sucessivos desenvolvimentos;

(xii) Com uma presença considerável em Espanha, onde foram cabeças de cartaz de diversos festivais e partilharam palcos com bandas como Portico Quartet e Kroke, os Melech Mechaya actuaram na Croácia, Brasil e Cabo Verde;

(xiii) Os seus concertos foram transmitidos na Rádio Nacional de Espanha e na Rádio Nacional de Cabo Verde, foram eleitos como “Awesome Contemporary Indie Band” pela KJHK Radio dos Estados Unidos ao lado de nomes como Beirut ou Gogol Bordello, e o último álbum foi disco da semana no prestigiado programa Fahrenheit na Radio 3 de Itália:

(xiv) Além do trabalho de estúdio e de palcos, os Melech Mechaya trabalham frequentemente em teatro e cinema;




Melech Mechaya - Mazel Tov (Live @ Festival Bons Sons)... Vídeo (2' 26''): Disponível em You Tube > Melech Mechaya (Reproduzido aqui com a devida vénia...)


(xv) Produzem os próprios telediscos, que foram distinguidos em vários festivais em Portugal, Alemanha e Estados Unidos, e escreveram a banda sonora completa para a curta-metragem de Joaquim Horta “Shortcut To Ivanov”;

(xvi) O tema “Los Bentos” faz parte do trailer do filme “O Comandante e A Cegonha” do realizador italiano Silvio Soldini, lançado em Outubro de 2012 pela Warner Bros., e várias outras músicas do grupo integram as bandas sonoras de diversas curtas-metragens, assim como da telenovela líder de audiências da SIC “Dancin’ Days”;

(xvii)  Fizeram a direcção musical de várias peças de teatro, destacando-se “Ivanov” pela companhia “A Truta”, e “Tempo Para Renascer”, pela prestigiada companhia catalã “La Fura Dels Baus”, num espectáculo para a Guimarães 2012 – Capital Europeia da Cultura.


sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Guiné 63/74 - P10642: Agenda cultural (233): Cabo Verde, ilha de Santiago: 20 º Festival Sete Sois Sete Luas, sábado e domingo, na mítica Cidade Velha de Santiado, património mundial da humanidade




1. Notícia transcrita, com a devida vénia, do jornal Liberal 'on li ne', de 8 do corrente:


CADA DIA DO SETE SÓIS SETE LUAS VAI TER 7 AGRUPAMENTOS

Com o número sete em agenda, a cidade Património Mundial associa-se (respeitando a sua cabalística) ao certame que tem por Presidente Honorário o Chefe de Estado. O Largo do Pelourinho volta a encher nas duas intensas noites do certame – 10 e 11 de Novembro

Cidade Velha, 8 de Novembro 2012 - São sete os grupos que, adequadamente, vão subir ao palco do Largo do Pelourinho, Cidade Velha, quer no dia 10, sábado, quer no dia 11, domingo, para animar a XX edição do Festival Sete Sóis Sete Luas: é esta a maneira da cidade Património Mundial se associar (e respeitar a sua cabalística) ao certame que tem por Presidente Honorário o Chefe de Estado.

Assim, no sábado, apresentam-se dois grupos de batuco (Nós Eransa e um agrupamento de Tarrafal de Santiago), seguindo-se o animadíssimo agrupamento teatral vindo do País Basco (Espanha), Deabru Betzak, que durante uma hora fará vibrar as ruas do Berço da Nação. Depois, desfilam Primitivi e Banda Larga (especialmente vindos da Praia e da Calheta de S. Miguel). Será a vez de se fazer ouvir o cearense forró de Culá de Xá (Brasil) para a já avançada noite encerrar com Sumara.

No dia seguinte, domingo, o espetáculo abre (às 16h30) com o excelente teatro cabo-verdiano: é o muito popular Tikay, já que este ano teatro e música cruzam-se no Sete Sóis Sete Luas. Depois, ouve-se de novo o arrepiante som do batuco, com agrupamentos de Chã Gonçalves e de Santa Cruz, a que se soma um espetáculo com uma das mais recentes revelações de Cabo Verde, Carlos. Bob entra no palco antes do muito especial som trazido de Portugal por Melech Mechaya, culminando o Festival com chave de ouro - o violino de Nho Nani. (**)
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Notas do editor:

Último poste da série > 9 de novembro de 2012 > Guiné 63/74 - P10641: Agenda cultural (232): Lançamento do livro Jaime Neves, por Rui de Azevedo Teixeira, dia 25 de Novembro de 2012, em Lisboa (Maria Teresa Almeida)

(*) Sobre a Cidade Velha de Santiago:

(....) "A Cidade Velha localiza-se no concelho da Ribeira Grande de Santiago, a 15 quilômetros a oeste da Praia, na costa de Cabo Verde. Constitui-se na primeira cidade construída pelos europeus nos trópicos e na primeira capital do arquipélago de Cabo Verde. Foi primitivamente denominada como Ribeira Grande, vindo a mudar de nome para evitar ambiguidade com a povoação homónima, na ilha de Santo Antão.

"A 10 de junho de 2009 foi classificada como uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo. Devido à sua história, manifestada por um valiosos património arquitetónico, a 26 de junho do mesmo ano foi classificada pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade" (...) (Fonte: Wikipédia)

(...) "As Maravilhas de Portugal no Mundo - Cidade Velha de Santiago, Cabo Verde: 13 Mai, 2009, 11:06

"A RTP está este mês a mostrar-lhe as maravilhas portuguesas no mundo. Em Cabo Verde, a poucos quilómetros da Praia, fica a Cidade Velha de Santiago, a primeira cidade portuguesa a sul do Saara. Esta cidade teve um papel fundamental no desenvolvimento do comércio mundial e na navegação de longo curso, tendo sido importante para o aprovisionamento de navios e um entreposto de escravos." (...) (Fonte: RTP. Vd. vídeo aqui)


(**) Que honra a tradição de Nho Travadinha!...Cabo Verde é terra de grandes músicos, autodidatas, de enorme talento, que sobreviveram a tudo (ao isolamento, às incursões dos piratas, à seca, à fome, à pobreza...), gente brava de um povo, nosso irmão, como esse fabuloso Travadinha, e cujo som o João Graça (n. 1984) dos Melech Mechaya bebeu com o leite materno... Ainda no tempo dos discos de vinil, que se tocavam lá em casa...

Para mim, o Travadinha (1937-1987) é um dos expoentes máximos da "alma" de Cabo Verde... Infelizmente morreu cedo de mais... Hoje seria um artista com projeção mundial. Foi em 1981, quando veio pela primeira vez a Lisboa, tocar, que o seu talento, o seu virtuosismo, ultrapassou as pequenas fronteiras. Memorável é o seu disco Travadinha no Hot Club (gravado ao vivo em 1982) e editado em 1992. Caros amigos e camaradas, deliciem-ase com este "Maria Barba" (disponível no You Tube), e que é um dos temas do diso de 1992.

Ouçam, por fim,  o seu violino a "chorar" em  Papa Joaquim Paris, um tema tradicional que a Cesária Évora imortalizou.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Guiné 763/74 - P10628: Blogpoesia (304): Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades [Ta muda tenpu, ta muda vontadi] (Luís de Camões / José Luís Tavares)


Efígie de Luís de Camões, "principe dos poetas. Selo de 50 centavos, Guiné, República Portuguesa, emitido por ocasião do 400º aniversário de Os Lusíadas



Fonte: Cortesia de

Postugal > Portugal on stamps, blog de Michel Wermelinger [ "I’m a Portuguese living in the UK and this is a ‘show and tell’ site about my home country. The rest of this page explains how the site and my stamp collection are organised. Thanks for dropping by and I hope you enjoy the visit" (Michel Wermelinger)].


[Poste dedicado aos nossos amigos da banda portuguesa de música klezmer Melech Mechaya em digressão por Cabo Verde e Brasil, no âmbito da 20ª edição do Festival Sete Sois Sete Luas: João Graça, violino e nosso grã-tabanaqueiro; Miguel Veríssimo, clarinete; André Santos, guitarra; João Sovina, contra-baixo; e Francisco Caiado, percussão; e que esta noite estão a tocar na Ilha da Brava, berço desse poeta maior da caboverdianidade, que se chama Eugénio Tavares, 1867-1930]


Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, 
Ta muda tenpu, ta muda vontadi, 

Muda-se o ser, muda-se a confiança; 

Ta muda ser, ta muda konfiansa; 

Todo o mundo é composto de mudança, 

Tudu mundu é fetu di mudansa, 

Tomando sempre novas qualidades. 

Ta toma senpri nobus kolidadi. 



Continuamente vemos novidades, 

Sen nunka pára nu ta odja nobidadi, 

Diferentes em tudo da esperança; 

Diferenti na tudu di speransa; 

Do mal ficam as mágoas na lembrança, 

Máguas di mal ta fika na lenbransa, 

E do bem, se algum houve, as saudades. 

Y di ben, si izisti algun, ta fika sodadi. 



O tempo cobre o chão de verde manto, 

Tenpu ta kubri txon di berdi manta, 

Que já coberto foi de neve fria, 

Ki di nebi friu dja steve kubertu, 

E em mim converte em choro o doce canto

Y, na mi, ta bira txoru u-ki n kantaba 



E, afora este mudar-se cada dia,
Ku dosura. Y, trandu es muda sen konta,

Outra mudança faz de mor espanto: 

Otu mudansa ta kontise ku más spantu, 

Que não se muda já como soía. 

Ki dja ka ta mudadu sima kustumaba.


Camões (c. 1524-1580)


Tradução, do português para crioulo cabo-verdiano, de José Luís Tavares)
Fonte: Blogue Um Reino Maravilhoso > 3 de fevereiro de 2011 > Camôes em crioulo cabo-verdiano [Adaptado e reproduzido aqui, com a devida vénia...)


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Nota do editor:

Último poste da série > 6 de novembro de 2012 > Guiné 63/74 - P10625: Blogpoesia (303): Quero um futuro marcado com traço por mim riscado (Josema)

domingo, 4 de novembro de 2012

Guiné 63/74 - P10616: Agenda cultural (229): O Festival Sete Sois Sete Luas, na sua 20ª edição, de 4 a 11 de Novembro, em Cabo Verde... Arranca hoje com os portugueses Melech Mechaya na Ilha do Fogo








1. Pensando nalguns dos nossos camaradas que vivem em Cabo Verde, ou nasceram em Cabo Verde, bem como nos muitos amigos e leitores que lá temos (Cabo Verde está no "top ten" dos países de origem dos visitantes do nosso blogue!), damos aqui notícia mais detalhada deste festival, de resto relevante para o aprofundar do conhecimento e do estreitar da amizade entre os nossos povos lusófonos (Brasil incluído)  bem como de toda a Europa mediterrânica...Dos grupos musicais portugueses refira-se a presença dos Melech Mechaya e dos Mood's.   


O Festival Sete Sóis Sete Luas este ano abriu a sua XX edição [, 1993-2012,] com uma grande novidade que marca a sua profunda relação com Cabo Verde: Jorge Carlos Fonseca, Presidente da República, aceitou a herança do Prémio Nobel português, José Saramago, como novo Presidente Honorário do Festival. Este foi só o início de um ano em que se viu a promoção internacional de muitos artistas caboverdianos no mundo. Teté Alhinho, Cordas do Sol, os pintores José Maria Barreto, Djosa, e os vencedores do Prémio Revelação SSSL Leni e Banda, atuaram em diferentes Países da Rede SSSL: Espanha, Portugal, Itália, Croácia e França.

Mas agora chegou o momento de realizar a XX edição do Festival em Cabo Verde, que este ano abarca uma nova ilha: a ilha de Brava, que se vai juntar às outras ilhas que apostaram neste projeto internacional no ano passado: a histórica Ribeira Grande da ilha de Santo Antão, primeira a aderir á manifestação, Cidade Velha e Tarrafal na ilha de Santiago e São Filipe na ilha do Fogo. E é mesmo aqui que vai começar a viagem musical do certame no dia 4 de novembro, terminando no dia 11 de novembro na ilha de Santiago.

A programação artística é um cocktail explosivo de teatro de rua basco, forró do nordeste brasileiro e seduções lusitanas de Portugal. Os nomes são: 

(i) Deabru Beltzak, a companhia de teatro de rua mais internacional do País Basco que vai capturar-nos com as percussões e muitos outros efeitos especiais e vão apresentar-nos as magias e os rituais das suas terras;

(ii) Os Melech Mechaya, primeira e mais proeminente banda de música Klezmer sediada em Lisboa e Almada, farão emocionar com os ritmos ciganos, árabes e balcânicos;

(iii) em quanto que os grupos Culé de Xá (Brasil) e Mood’s (Portugal) farão dançar desenfreadamente com o sensual forró brasileiro e os sons alentejanos.

Para além deste rico programa, haverá o Prémio Revelação Sete Sóis Sete Luas nas cidades de Ribeira Grande de Santo Antão, Cidade Velha e Tarrafal. O grupo vencedor do concurso, que será escolhido por um júri, terá a possibilidade de tocar, no próximo ano, num dos Países da Rede SSSL, como fez este ano o grupo Leni e Banda de Tarrafal, que atuou em Portugal.

O Festival Sete Sóis Sete Luas (www.7sois.eu), com o alto patrocínio da Presidência da República de Cabo Verde e com os importantes apoios da Embaixada de Portugal em Cabo Verde, do Instituto Camões, da Embaixada da Espanha em Cabo Verde – AECID / Oficina Técnica de Cooperação, da Embaixada do Brasil em Cabo Verde, do Governo do País Basco e das Câmaras Municipais da Ribeira Grande (ilha de Santo Antão), da Cidade Velha, do Tarrafal, de São Filipe e de Nova Sintra, celebra este ano duas décadas de existência (1993-2012) e continua a sua longa viagem pelas rotas musicais, artísticas e turísticas que unem o Mediterrâneo ao mundo lusófono.

Nascido entre Portugal e Itália, o Festival Sete Sóis Sete Luas desenrola-se, hoje, ao longo de um itinerário que conta já com 30 cidades em 11 países, entre os quais Brasil, Cabo Verde, Croácia, Espanha, França, Grécia, Israel, Itália, Marrocos, Portugal e Roménia. Cabo verde foi o primeiro país extraeuropeu que entrou na rede no ano 1998, e, ao longo dos anos, ganhou muitas raízes no projeto. O Festival envolve mais de 400 artistas, oferecendo cerca 150 concertos de música popular contemporânea, acompanhados de exposições de artes plásticas, contando com mais de 60 estreias nacionais e 200.000 espectadores anuais.


Programa

SÃO FILIPE (ilha de Fogo), 
Cinema ao ar livre

Domingo, 4 de novembro, 21h30

Deabru Beltzak (País Basco) + Melech Mechaya (Portugal)

Entrada livre


NOVA SINTRA (ilha de Brava)

Terça-feira, 6 de novembro, 21h30 
Deabru Beltzak (País Basco) + Melech Mechaya (Portugal)

Entrada livre
PRAIA (Ilha de Santiago),
Auditório IC-CCP Centro Cultural Português

Quinta-feira, 8 de novembro, 21h30

Melech Mechaya (Portugal)

Entrada livre
TARRAFAL (Ilha de Santiago), Mercado Municipal de Artesanado e Cultura

Quinta-feira, 8 de novembro, 21h30

Deabru Beltzak (País Basco) + Mood’s (Portugal) + Prémio Revelação SSSL

Sábado, 10 de Novembro, 21h30

Melech Mechaya (Portugal) + Prémio Revelação SSSL

Domingo, 11 de Novembro, 21h30: 

Culé de Xá (Brasil) + Prémio Revelação SSSL

Entrada livre


RIBEIRA GRANDE (ilha de Santo Antão), Terreiro

Sexta-feira, 9 de novembro, 21h30
Deabru Beltzak (País Basco) + Melech Mechaya (Portugal) + Culé de Xá (Brasil) + Prémio Revelação SSSL

Sábado, 10 de novembro, 21h30: 

Mood’s (Portugal) + Prémio Revelação SSSL

Entrada livre
CIDADE VELHA (ilha de Santiago), Praça do Calhau

Sexta-feira, 9 de novembro, 21h30
Prémio Revelação SSSL

Sábado, 10 de novembro: 
Deabru Beltzak (País Basco) + Culé de Xá (Brasil) + Prémio Revelação SSSL

Domingo, 11 de novembro: 
Melech Mechaya (Portugal) + Prémio Revelação SSSL

Entrada livre

Mapas das ilhas: Wikipédia (com a devida vénia)
_________

Para esclarecimentos adicionais:

info@7sois.org; Facebook: Sete Sóis Sete Luas
www.7sois.eu 

Organização sem fins lucrativos: 


Festival promotor de turismo cultural-musical
Um festival único que, no ano em que comemora a sua XX edição, se torna numa viagem a não perder pelas ondas das sonoridades do mediterrâneo e do mundo lusófono com a promoção de vários pacotes turísticos, a preços em conta, para os diversos territórios do circuito, válidos nos dias dos espectáculos do Festival. O pacote de Cabo Verde, válido desde o dia 4 de novembro até o dia 11 de novembro, apresenta diversas opções de viagem segundo as origens (Espanha, França, Holanda, Portugal, Luxemburgo...) e inclui a passagem aérea para Fogo e São Vicente, os transportes internos de barco e o alojamento e o pequeno almoço em todas as ilhas.
O objectivo é fazer dos espectáculos do festival um estímulo para a mobilidade dos espectadores de todos os Países da rede.

Fonte: Facebook Festival Sete Soís Sete Luas (coma  devida vénia...)

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Nota do editor:

Último poste da série > 31 de outubro de 2012 > Guiné 63/74 - P10598: Agenda cultural (228): O livro "O Outro Lado da Guerra Colonial - Cantina Oliveira, Moçambique", de Manuel Francisco de Oliveira Ramos, foi apresentado em Torres Novas no passado dia 28 de Outubro de 2012 (Carlos Pinheiro)

sábado, 27 de outubro de 2012

Guiné 63/74 - P10581: Agenda cultural (226): A banda musical portuguesa Melech Mechaya no 20º Festival Sete Sóis Sete Luas: seis concertos em quatro ilhas de Cabo Verde, 6-11 de novembro de 2012 (João Graça)







1. Do nosso grã-tabanqueiro João Graça, médico, interno de psiquiatria e músico, membro da banda de música portuguesa Melech Mechaya, recebemos a seguinte informação:

Daqui a uma semana entramos nós no avião em direcção a Cabo Verde! Vai ser uma aventura, 6 concertos em 4 ilhas diferentes, entre barcos e aviões e carrinhas! Fiquem com as datas:

- 4 Novembro - São Filipe [, Ilha do Fogo]

- 6 Novembro - Ilha Brava

- 8 Novembro - Praia [, Ilha de Santiago]

- 9 Novembro - Ribeira Grande [, Ilha de Santo Antão]

- 10 Novembro - Tarrafal [, Ilha de Santiago]

- 11 Novembro - Cidade Velha [, Ilha de Santiago]


Abraço! João

[Ouvir aqui um dos temas mais populares da banda, o Buglar de Odessa, a cidade onde nasceu a avó materna do nosso querido Pepito, cuja mãe, Clara Schwarz, nascida em Lisboa, de pai judeu polaco - e que é a decana da nossa Tabanca Grande ! - iria casar com um homem de origem caboverdiana e guineense, Artur Augusto Silva, nascido na Ilha da Brava...]


2. Festival Sete Sóis Sete Luas em Novembro distribuído por quatro ilhas

A edição de 2012 do Festival Sete Sóis Sete Luas vai decorrer de 6 a 11 de Novembro em cinco cidades de Cabo Verde, na presença de grupos musicais e teatrais de Portugal, Brasil, Espanha e Itália.

Numa nota à imprensa, os promotores do evento adiantam que a novidade para a edição deste ano passa pela aceitação do presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, do convite que lhe foi formulado, já aceite, para se tornar "presidente honorário" do certame, sucedendo ao escritor português José Saramago, já falecido.

O festival, lê-se na nota, vai decorrer em cinco cidades de quatro ilhas - Ribeira Grande de Santiago (também conhecida por "Cidade Velha") e Tarrafal (ambas em Santiago), Ribeira Grande (Santo Antão), São Filipe (Fogo) e Nova Sintra (Brava).

O Sete Sóis Sete Luas é um festival de música popular e arte contemporânea, que abrange 30 cidades de 11 países espalhados pela bacia Mediterrânica e mundo lusófono, nomeadamente no Brasil, Cabo Verde, Croácia, Espanha, França, Grécia, Israel, Itália, Marrocos, Roménia e Portugal.

Segundo a nota, a organização do Festival Sete Sóis Sete Luas tem "uma relação especial com Cabo Verde", por ser o primeiro país extra europeu a entrar na grande Rede SSSL em 1998.

"Desde essa altura", lê-se no documento, "o Festival Sete Sóis Sete Luas trabalhou para valorizar a cultura cabo-verdiana no mundo e levou para a Europa, na maioria das vezes em estreia nacional, muitos grandes artistas" cabo-verdianos. São os casos, nomeadamente, de Cesária Évora, Bana, Tito Paris, Mayra Andrade, Teté Alhinho, Mário Lúcio, Tcheka, Mariana Ramos, Voz de Cabo Verde, Hermínia, Ildo Lobo, Tchalê Figueira e Bento Oliveira, entre outros.

Fonte: Expresso das Ilhas (Com a devida vénia)

3. O que é o Festival Sete Sóis, Sete Luas (Excertos do sítio oficial)

(i) Como nasceu:

Pela curiosidade e audácia de um grupo de estudantes da Toscana [, Itália,] e o apoio de um escritor português [, Jorge Saramago,] nasce a experiência do Festival Sete Sóis Sete Luas. 

Jovens sonhadores, com uma grande paixão pelo teatro, fundam o Gruppo Teatrale Immagini (Grupo Teatral Imagens) em 1987. Ansiosos por atravessar a fronteira italiana, em 1991, voam até ao Alentejo. Aqui apresentam vários espectáculos, com muito sucesso, e entram em contacto com José Saramago, convidando-o a visitar Pontedera. O escritor português não só aceita o convite, como também lhes oferece os direitos de autor em Itália do seu livro “O ano de 1993”. Em 1993 nasce o Festival Sete Sóis Sete Luas, dirigido por Marco Abbondanza desde a sua primeira edição, e começa o original e rico intercâmbio cultural entre Itália e Portugal que, ao longo dos seus 20 anos (1993-2012), já viu aderir muitos outros países: Grécia (1993), Espanha (1997), Cabo Verde (1998), França e Marrocos (2005), Israel (2006), Croácia (2008), Brasil (2009), Roménia (2012) privilegiando sempre as localidades periféricas e não os grandes centros.

(ii) Objetivos e projetos:

  • É uma Rede cultural de 30 cidades de 11 Países - Brasil, Cabo Verde, Croácia, França, Grécia, Israel, Itália, Marrocos, Portugal, Espanha e Roménia - que privilegia relações vivas e directas com os pequenos centros e os artistas; 
  • É uma viagem pelo Mediterrâneo e pelo mundo lusófono: uma viagem feita de encontros. Viajam os artistas, os operadores culturais e os espectadores;
  • É um Festival que vai ao encontro das pessoas, não das praças e dos monumentos;
  • Projectos de música popular contemporânea e arte figurativa do mundo mediterrâneo e lusófono; 
  • Promotor de turismo cultural: o público pode seguir o Festival nas várias paragens da sua viagem pelo mundo lusófono e mediterrneo;
  • Experiências directas de música, arte e sabores através da promoção dos produtos de excelência de cada país.
(iii) José Saramago: "um presidente honorário militante e um símbolo iluminista"

José Saramago deu ao Festival SSSL os instrumentos, filosóficos e práticos, para começar esta fantástica viagem pelo Mediterrâneo e pelo mundo lusófono. O Festival inspira-se nos valores presentes na sua obra “Memorial do Convento”, cujas personagens são sonhadores de alma visionária, que vivem numa Europa medieval, oprimidos por uma intolerante e tenebrosa Inquisição. Baltazar Sete Sóis e Blimunda Sete Luas, acompanhados pelo padre Bartolomeu de Gusmão, criam a “passarola”, uma máquina voadora, que é o símbolo do Festival pelo seu poder evocativo e simbólico, representando a metáfora do sonho e da liberdade utópica.

O Festival serve-se da capacidade da arte, da música e da literatura de ver para além da realidade do nosso tempo. Neste contexto compreende-se como o espectáculo, o concerto, a exposição – momentos de visibilidade deste projecto cultural – representam os seus instrumentos e não o seu fim. (...)

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Nota do editor:

Último poste da série > 25 de outubro de 2012 > Guiné 63/74 - P10567: Agenda cultural (225): Doclisboa'12, de 18-28 de outubro de 2012: Um filme a não perder: "Terra de ninguém", de Salomé Lamas (estreia mundial absoluta, a 24, na Culturgest; repetição a 26, no cinema São Jorge, 16h)

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Guiné 63/74 - P10257: Convívios (463): Tabanca de São Martinho do Porto, sábado, 11 de agosto de 2012 (Parte II)

  

Alcobaça, São Martinho do Porto > Casa do Cruzeiro > 11 de agosto de 2012 > 3ª edição do convívio anual da Tabanca de São Martinho do Porto > Da esquerda para a direita, o Eduardo Moutinho Oliveira, advogado, membro da Tabanca de Matosinhos, o João Martinhs, o JERO e o Zé Teixeira... Em primeiro plano, de perfil, a Joana Graça... O grupo está assistir a uma exibição de violino... O João Graça, que é médico, interno de psiquiatria, é também músico, do grupo Melech Mechaya (especialista em música klezmer)... A dra Clara Schwarz, filha de pianista russa, tem por sua vez o curso de violino do Conservatório de Música de Lisboa...

Infelizmente, e por lapso meu, é a única foto em que aparece o Eduardo Moutinho F. Santos, presença habitual dos nossos convívios... Desta vez ele prometeu-me que ia "tratar dos papéis" para formalizar a sua entrada (oficial) na Tabanca Grande... Em conversa com ele, vim a saber que é casado com a doutora Maria José Moutinho Santos, professora e investigadora do Departamento de História da Faculdade de Letras do Porto, com algumas áreas de interesse científico também afins às minhas...



Alcobaça, São Martinho do Porto > Casa do Cruzeiro > 11 de agosto de 2012 > 3ª edição do convívio anual da Tabanca de São Martinho do Porto > O João Graça e o JERO.



Alcobaça, São Martinho do Porto > Casa do Cruzeiro >  11 de agosto de 2012 > 3ª edição do convívio anual da Tabanca de São Martinho do Porto > O JERO fez questão de tirar uma foto com o João Graça, com quem o prazer de conversar com algum tempo e vagar... O JERO tem um pouco afastado estado das nossas lides bloguísticas, por razões de saúde... Aproveito para lhe desejar  um rápido restabelecimento... Ele veio acompanhado da sua filha que, no entanto, não pôde ficar para o almoço-convívio que se prolongou pela tarde dentro...



Alcobaça, São Martinho do Porto > Casa do Cruzeiro 11 de agosto de 2012 > 3ª edição do convívio anual da Tabanca de São Martinho do Porto > Da esquerda para a direita: o João Graça, a Alice Carneiro, a Isabel e o Pepito...


Fotos (e legendas):© Luis Graça (2012). Todos os direitos reservados

(Continua)
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Nota do editor:

Último poste da série > 13 de agosto de 2012 > Guiné 63/74 - P10256: Convívios (462): Tabanca de São Martinho do Porto, sábado, 11 de agosto de 2012 (Parte I)

sábado, 31 de março de 2012

Guiné 63/74 - P9687: Agenda cultural (192): Aqui em baixo tudo é simples... Com os Melech Mechaya (hoje, em Lisboa, no Cinema São Jorge, às 21h30)




Vídeo  (2' 33''):  Alojado em You Tube > Nhabijoes


1. Apresentação, na loja da FNAC, Centro Comercial Alegro Alfragide, em 30/3/2012, sexta-feira, pelas 21h00, do novo álbum dos Melech Mechaya, "Aqui em baixo tudo é simples" (Ponto Zurca, 2011)...


Neste vídeo os Melech Mechaya tocam um tema tradicional da música klezmer, intitulado Sirba. Vídeo realizado por Luís Graça. Autorização dada pela banda para gravar e divulgar este tema, lindíssimo, no You Tube, na nossa conta, "Nhabijões", bem como no nosso blogue. A banda tem fãs na Tabanca Grande e alguns estarão presentes no espetáculo desta noite, em Lisboa.

Hoje, 31, sábado, os Melech Mechaya terminam uma tournée pelo país com um grande espetáculo em Lisboa, no Cinema São Jorge, às 21h30.

Para os nossos leitores que não puderem assistir ao espetáculo, aqui vai um cheirinho desta música alegre, festiva, salutogénica, que faz bem ao corpo e à alma, em vídeo especialmente preparado para os amigos do João Graça, nosso tabanqueiro (e que na banda toca violino). De facto, se aqui em baixo tudo é simples, lá cima não há disto, é a mensagem, simples, que se deduz da alegria, da paródia e da cumplicidade que estes jovens músicos portugueses deixam transparecer nos seus espetáculos ao vivo... Não os poder ver e ouvir (e interagir com eles), é uma pena
. Além do mais, são já uma referência da música klezmer na península ibérica.

2. Sobre o concerto de hoje, escreveu-nos o nosso camarada Fernando Costa, também ele músico:

Amigo,



Parabéns pela iniciativa. Moro em Lisboa muito perto da Av da Liberdade, mas não poderei estar presente porque nessa data estou também a tocar.
Bebe um copo por mim.

Fernando Costa
(ex-Fur Mil Trms da CCS/BCAÇ 4513 (Aldeia Formosa, mar73/set74)


3. O que é que a crítica musical diz sobre os Melech Mechaya ?


"Vimo-los tocar (...) e foram pura e simplesmente electrizantes." (João Bonifácio, Público).


"Uma banda incrível ao vivo, virada a sério para a festa." (Rodrigo Nogueira, Time Out)


"Há música que é muito mais do que isso, pelo que é, pelo que representa. É algo racional, com sentido, que vem de dentro e a torna viva, realista. É algo quase espiritual." (Rui Dinis, A Trompa)


"Os Melech Mechaya fizeram a festa com um explosivo espectáculo..." (Hélder Gomes, Cotonete)


"Cinco músicos notáveis."( Elco Schilder, FolkWorld Magazine)


"São necessários vários pares para se dançar este klezmer." (David Pinheiro, Disco Digital)


"Em palco, os Melech Mechaya juntam todos os ingredientes para uma noite de folia." (Patrícia Raimundo, Guia Da Noite)


"Os Melech Mechaya chegaram e incendiaram o palco e o público." (Youri Paiva, Ponto Alternativo )


"Os Melech Mechaya, banda que nos trouxe sons klezmer e muita, mas mesmo muita animação." (João Nuno Silva, A Certeza Da Música)


"As melodias dos Melech Mechaya parecem histórias contadas ora mais depressa ora mais devagar. Quer dizer, menos depressa." (Liliana Guimarães, Jornal Labor),


Fonte: Sítio ofical dos Melech Mechaya

terça-feira, 9 de junho de 2009

Guiné 63/74 - P4487: Agenda Cultural (16): Do Rui Gonçalves (Gravura, Lisboa, hoje ) aos Melech Mechaya (Música klezmer, Porto, 11 e 12, e Lisboa, 13)

Crónica´, de Salomé Paiva e Rui Gonçalves > Exposição de gravura > Inauguração hoje, 9 de Junho, às 1hh30, na Biblioteca Municipal Camões, Largo do Calhariz,. 17, 2º Esq. De 12 a 30 de Junho, sábado 27. Das 10h30 às 18h.


1. Amigos e camaradas:

Apontem na vossa Agenda (Cultural)... É inaugurada hoje, às 16h30, uma exposição de gravura em madeira, na Biblioteca Municipal Camões, em Lisboa, ao Chiado, que integra trabalhos do nosso Rui Gonçalves, estudante de Belas Artes, filho do nosso camarada GG, Gabriel Gonçalves, o Arcanjo, o tocador de viola, o cripto da CCAÇ 12 (Bambadinca, 1969/71)...

E digo nosso, por que os filhos dos nossos camaradas nossos filhos são... Além disso, o Rui é também, de longa data, um colaborador do nosso blogue, a quem recorro, através do pai, quando preciso de alguns truques (por ex., transformar ficheiros áudio em vídeo)...

Vamos desejar-lhe bom sucesso para a exposição e passar por lá, quem puder...(malta de Lisboa, espero uma foto e uma legenda, no mínimo). Luís Graça

PS - GG, dá um Alfa Bravo especial, bem atabancado, ao teu rapaz... Espero poder passar por lá... e conhecê-lo pessoalmente (*).


2. Melech Mechaya, no Porto (11 e 12 de Junho) e em Lisboa (13)






Depois de 60 concertos em 2 anos, e após uma paragem de 5 meses para preparar o seu primeiro registo de longa duração, os Melech Mechaya são anfitriões de uma enorme festa mechaya, dia 13 de Junho, no carismático teatro A Comuna, em Lisboa , à Praça de Espanha,], que se prolongará com o dj set da DJ Raquel Bulha. Este regresso aos palcos celebra o lançamento de Budja Ba e assinala o arranque da digressão de apresentação do disco, que inclui palcos como o emblemático Festival de Músicas do Mundo de Sines e o Festival Spancirfest na Croácia. Dias 11 e 12 estarão no Porto (às 21h30, no Coliseu).

O disco tem o selo da Ovação e contém, entre várias novidades, alguns dos momentos fortes do espectáculo ao vivo, como a "Dança do Desprazer" (o primeiro single extraído do disco), o tema-título "Budja Ba", e o "Bulgar de Almada", tema que conta com a participação das Tucanas.

Depois de quase meio-ano em retiro criativo, os Melech Mechaya regressam com fome de palco e prometem muita festa, num novo espectáculo mais divertido e interactivo que nunca!


3. Em especial, para os amigos e camaradas do Grande Porto e da Grande Lisboa:

Os Melech Mechaya (grupo de música klezmer de que faz parte o João Graça, violino) estão a lançar o seu novo CD (Budja Ba - Deusa da festa, em hebreu)... Eles já têm, na nossa Tabanca Grande, alguns fãs e ao vivo ainda são muito mais divertidos (**)...

Na sua página na Net poderão ver a sua já sobrecarregada agenda, e em especial os próximos concertos em Junho e Julho, nomeadamente em Lisboa e no Porto... Apareçam, se estiverem por perto! No de Lisboa (13), pelo menos estarei... Nos do Porto, em especial no Coliseu (12), ainda não sei se posso... (11 e 12, nas FNAC; 12, às 21h30, no Palácio de Cristal).

Atenção, a hora de abertura de portas no concerto do teatro da Comuna, em Lisboa, dia 13, é às 23h30...

O vídeo do concerto de lançamento está diponível em http://www.youtube.com/watch?v=SKK6B_gelA4

Para mais detalhes, vd. a página do grupo em http://www.myspace.com/melechmechaya

... Isto também faz parte dos nossos Seres, Saberes e Lazeres!

Felizmente que os nossos filhos têm tido, pelo menos até agora, a sorte de terem o tempo certo para fazerem o que devem fazer, nnos seus verdes anos (estudar, viajar, viver, aprender música, fazer arte,divertir-se... ). Tudo, menos a guerra que nos calhou na rifa, a todos nós!

Um Alfa Bravo. Bons feriados, bons santos, viva a preguiça (ds outros).

Luís Graça
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Notas de L.G.

(*) Há um ano e tal atrás (16/3/2008), recebemos a seguinte:

Caro Luís Graça: sou Rui Gonçalves, filho de Gabriel Gonçalves, seu camarada da Guiné. Estou a realizar um trabalho académico com um grupo de colegas para a disciplina de sociologia artística na Faculdade de Belas artes da Universidade de Lisboa, subordinado ao tema do monumento e a questão pós-colonial Portuguesa.

Pensamos em realizar um estudo sobre os memoriais feitos por soldados durante a guerra colonial (neste caso específico na Guiné-Bissau). Para isso precisamos da colaboração dos intervenientes, informações sobre a natureza dos memoriais, a história (como se criou essa tradição), os materiais, a função de memória/homenagem, quem os construía e questões estéticas.

Gostariamos de poder contar com a sua ajuda, assim como de todos os participantes do blog que nos possam fornecer informações relevantes, relatos e fotografias dos memoriais, assim como a possibilidade de contactar alguém que tenha feito parte da criação dos mesmos.

Muito obrigado, com os melhores cumprimentos

Rui Gonçalves

Um dia depois, eis a minha resposta:


Rui: Vamos ajudar-te... Essa questão também interessa-nos, a todos, mas também aos nossos amigos guineenses, e em especial à ONG AD, que está interessada em identificar, restaurar, preservar, conservar, estudar e divulgar esses memoriais, sobretudo no sul do país (Região de Tombali, sectores de Bedanda e Cacine).

Vou pôr o teu apelo no nosso blogue e pedir toda a colaboração possível... No nosso blogue (1ª e 2ª série) há já várias fotos de memoriais: pesquisa também em brazões... Vou passar a incluir a palavara-chave Memoriais.


O Rui não nos chegou a dizer se este trabalho foi bem sucedido, como eu esperava, e se teve alguma apoio por parte da nossa malta...

(**) Vd. 7 de Julho de 2008 > Guiné 63/74 - P3028: Eu, o Jorge Cabral, o António Graça de Abreu e... o Levezinho, no velho/novo Maxime, com os Melech Mechaya (Luís Graça)