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segunda-feira, 2 de maio de 2016

Guiné 63/74 - P16040: Na festa dos 12 anos, "manga de tempo", do nosso blogue (7): A capela do Xime (set 1972) e o nicho de Mansambo (dez 1973)... A devoção mariana e a "canibalização" dos nichos... (Sousa de Castro, 1.º cabo radiotelegrafista, CART 3494 / BART 3873, Xime e Mansambo, 1971/74)



Fotio nº 1 A  > Mansambo > 19 de dezdembro de 1973 > O Sousa de Castro junto ao nicho, originalmente construído pela CCAÇ 2404 (novembro de 1969/maio de 1970), e que a CART 2714 (1970/72), que veio a seguir, "adaptou"..."Senhora, protege a CART 2714"




Fotoº 1  >  O Sousa de Castro, em Mansambo, em 19 de dezembro de 1973 (data que vem na legenda da foto). 


Foto nº 2 > O Sousa de Castro na capela do Xime, em 17 de setembro de 1972... Pareceque a capela era já pouco usada pela rapaziada da CART 3494 que em março de 1973 foi substituída pela CCAÇ 12, cujos militares, quase todos do recrutamento local, eram fulas e muçulmanos... Havia tamb+em uma pequena mesquita no Xime. A capela cristã, no final, também servia de depósito de caixões com restos mortais de militares portugueses que aguardavam, o transporte fluvial para Bissau.


Fotos: © Sousa de Castro (2016). Todos os direitos reservados




Foto nº 3 >  Nicho construído em Mansambo pela CCAÇ 2404 (Binar e Mansambo, 1968/70). A CCAÇ 2404/BCAÇ 2852 substituiu a CART 2339, "Os Viriatos" (Mansambo) entre novembro de 1969 e maio de 1970... Foi, por sua vez, rendida pela CART 2714 ("Bravos e Leais"), pertencente ao BART 2917 (1970/1972).   A CART 2714 foi rendida pela CART 3493 (que em março de 1963 foi para Cobumba, na região de Tombali), sendo substituída pela  CART 3494, do mesmo batalhão (BART trocou o Xime por Mansambo... O nicho mariano diz: "Senhora protege a CCAÇ 2404"...

Foto: © Arlindo Roda (2010). Todos os direitos reservados



Foto nº 4 > Guiné-Bissau > Região de Bafatá > Mansambo > 1996 > Monumento erigido pela CART 2714  ("Bravos e Leais"), pertencente ao BART 2917 (1970/1972). Era o único que restava de pé quando o Humberto Reis (ex-fur mil op esp, CCAÇ 12, Bambadinca, 1969/71) voltou à Guiné, quinze anos depois.

Foto: © Humberto Reis (2005). Todos os direitos reservados


1. Mensagem, com data de 30 de zbril, que nos envou o Sousa de Castro [ex-1º cabo radiotelegrafista, CART 3494, Xime e Mansmabo, 1971/74; vive em Viana do Castelo; é o nosso grã-tabanqueiro nº 2]

Duas fotos para completar post em apreço (*)

Ter em conta a legenda do nicho em Mansambo [, comparando com a foto nº 3: a CART 2714 / BART 2917, Mansambo,. 1970/72, "canibalizou" o nicho original que era da CAÇ 2404, BCAÇ 2852, 1968/70]

Cumprimentos,

SdC

2. Comentário do editor:

Obrigado, António, pelo teu "olho clínico". Nunca tinha dado conta deste fenómeno a que se pode chamar, sem ofensa, e com toda a propriedade,  "canibalização": canibalizar, segundo o dicionário, também significa "reaproveitar peças de aparelhos, viaturas, armas, etc., em outros mecanismos semelhantes".

O "desenrascanço" do português, na tropa e na guerra, levava-nos muitos vezes a isso, nomeadamente no caso da manutenção e reparação das viaturas... Mas com monumentos e nichos religiosos ainda não me tinha dado conta... Minto: há pelo menos um caso, aqui já relatado, de aproveitamento de um memorial nosso por parte dos "camaradas do PAIGC" (**)... E putro, muito mais espantoso, de "canibalização" praticada pela naturação: neste caso, trata-se de uma "reapropriação: na natureza nada se perde tudo de transforma, até a carcassa de uma antiga vitura militar das NT, em Guileje (***).

A malta da CART 2714  quando foi para Mansambo aproveitou o nicho constrruído pelos rapazes da CCAÇ 2404 (que lá estiverm uns meses, até acabar a comissão)... E fizeram bem, em procurar a proteção da "santa das santas" Afinal, para a CCAÇ 2404 a guerra já tinha acabado.

De resto, a canibalização é uma prática corrente entre os "povos", a nossa civilização (, as nossas cidades; Lisboa, por exemplo)  é composta de "sucessivas camadas" dos povos conquistados e conquistadores: os lusitanos foram romanizados, cristianizados, islamizados, recristianizados... Das antas fizemos capelas como a Anta de Pavia, hoje monumento nacional!... Das mesquitas (como a de Mértola) fizemos igrejas... E há-se ser assim pelos séculos pelos séculos ("secula seculorum")... LG



Guiné- Bissau > Região de Bafatá > Gabu (antiga Nova Lamega) > Fevereiro de 2005 > O José Couto entre dois militares das Forças Armadas, no centro da parada do antigo quartel das NT, junto ao monumento de homenagem a Amílcar Cabral (que, por sua vez, é uma canibalização do memorial aos mortos do BCAÇ 2893, que esteve ali sediado entre 1969/71).

Foto: © José Couto / Tino Neves (2006). Foto gentilmente cedida por José Couto (ex-furriel miliciano de transmissões, CCS/BCAÇ 2893, Nova Lamego, 1969/71), camarada do nosso grã-tabanqueiro Constantino Neves.



Guiné-Bissau > Região de Tombali > Guileje > 2005 >  Foto  de uma carcaça de um viatura militar das NT que a natureza "canibalizou" (***)... Foto enviada, como prenda do Nata de 2005 pelo nosso saudoso amigo Pepito (1949-2014).

Foto: © Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2005). Todos os direitos reservados

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30 de abril de 2016 > Guiné 63/74 - P16034: Na festa dos 12 anos, "manga de tempo", do nosso blogue (5): Capelas, igrejas e nichos religiosos no mato: fotos de António Santos, Arlindo Roda, Benjamim Durães, Carlos Silva, Jorge Pinto, Mota Tavares, Zé Neto (1929-2007)

(**) Vd. lposte de 7 de dezembro de 2006 >  Guiné 63/74 - P1349: Quartel Novo de Nova Lamego: paredes finas e chapa de zinco (Tino Neves)

(***) Vd. poste de 14 de dezembro de  2005 > Guiné 63/74 - P348: A Nossa Foto de Natal 2005

(...) "Olá, Luís: Há dias falava-te de apropriação da língua portuguesa (...). Depois de vir ontem de Guiledje, onde tirei esta fotografia, posso-te falar de apropriação pela natureza: uma carcaça de camião com mais de 30 anos, envolvida por uma árvore que entretanto por lá nasceu. Nem que se queira, não se pode tirar o esqueleto de lá.... Abraços, Pepito" (...)

domingo, 1 de maio de 2016

Guiné 63/74 - P16036: Na festa dos 12 anos, "manga de tempo", do nosso blogue (6): A capela do Xime (Jorge Araújo, ex-fur mil op esp, CART 3494, Xime e Mansambo, 1972/74)










1. Mensagem do Jorge Araújo, com data de 28 de abril

Caro Camarada Luís,
Boa Noite!
Os teus comentários expressos no meu último poste (*) , dos quais emergem um montão de memórias, levaram-me a elaborar uma resposta em nova narrativa histórica que anexo. Ela não esgota este tema, pelo que sugiro a quem pelo Xime passou e tenha fotos melhores que as minhas o favor de as publicar (**).

Com um forte abraço de amizade.
Jorge Araújo. (***)

ABR 2016
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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 28 de abril de 2016 > Guiné 63/74 - P16026: Na festa dos 12 anos, "manga de tempo", do nosso blogue (3): Imagens com história... separadas por 44 anos: Xime (1972) e Monte Real (2016) (Jorge Araújo, ex-fur mil op esp, CART 3494, Xime e Mansambo, 1972/74)

(...) Tabanca Grande disse...

Jorge, é incrível, fui tantas vezes ao Xime, em geral em operações, mas reconheço que nunca andei a explorar a tabanca e o antigo posto administrativo... Desconhecia por completo a existência de uma capela!... Um gajo quando lá ia, ia sempre com os "cornos enfiados" no Poindom / Ponta do Inglês e na porrada que ia dar e levar.... Como já aqui escrevi o asubsetor do Xime era uma autêntica ratoeira, sempre que saía do arame farpado, a partir de Madina Colhido sentia-me "encurralado"... E algumas vezes tivemos que regressar a toque de caixa, com o apoio da artilharia, as granadas de obus 10.5, a silvarem por cima das nossas cabeças... Arrepiante!... Ninguém como a CCAÇ 12 foi tantas vezes ao Poindom / Ponta do Inglês... A CCAÇ 12 esteve 5 anos na guerra... de julho de 1969 a agosto de 1974!... Houve 3 "gerações" de quadros e especialistas, de origem metropolitana... Eu sou "sócio fundador"... Apanharam 4 batalhões diferentes em Bambadinca!... Os meus pobres camaradas guineenses deveriam ter ido ser todos condecorados no 10 de junho de 1974! Esses,sim, foram uns heróis e defenderam o seu "chão" (...) 

sábado, 30 de abril de 2016

Guiné 63/74 - P16034: Na festa dos 12 anos, "manga de tempo", do nosso blogue (5): Capelas, igrejas e nichos religiosos no mato: fotos de António Santos, Arlindo Roda, Benjamim Durães, Carlos Silva, Jorge Pinto, Mota Tavares, Zé Neto (1929-2007)


Foto nº 1 >  Zona leste > O fur mil at inf, Arlindo T. Roda, da CCÇ 12 (1969/71), no interior de  um capela ou igreja,  não sabemos exatamente onde... Bambadinca ? Bafatá ?  Já não nos lembramos do interior da capela de Bambadinca (que também servia de capela mortuária)...

Foto: © Arlindo Roda  (2010). Todos os direitos reservados.



Foto nº 2 > Exterior da capela de Bambadinca. À porta o fur mil Arlindo T. Roda

Foto: © Arlindo Roda  (2010). Todos os direitos reservados.



Foto nº 3 > Exterior  da capela de Bambadinca ... Aquartelamento e posto administrativo de Bambadinca. Foto de Benjamim Durães  ex-fur mil op esp, Pel Rec Inf, CCS/BART 2917 (Bambadinca, 1970/72).

Foto: © Benjamim Durães (2010). Todos os direitos reservados.



Foto nº  4 >  Guiné-Bissau > Região de Bafatá > Bambadinca > Março de 2007 > O anterior da capela onde, entre outros, rezaram missa capelães como o Horácio Fernandes (CCS/BCAÇ 2852, maio/dezembro de 1969) e o Arsénio Puim (CCS/BART 2917, 1970/71).

Foto: © Carlos Silva (2007). Todos os direitos reservados.




Foto nº 5  >  O Arlindo Roda, no interior de um aquartelamento que ainda não conseguiimos identificar... Não é o Xime... Será Xitole, Saltinho... ?

Foto: © Arlindo Roda  (2010). Todos os direitos reservados.


Foto nº  5 > O fur mil at inf José Luís Sousa, também da CCAÇ 12, natural do Funchal, na capela do mesmo aquartelamento não identificado (foto nº 4)

 Foto: © Arlindo Roda  (2010). Todos os direitos reservados


Foto nº  6 >  Nicho construído em Mansambo pela CCAÇ 2404 (Binar e Mansambo, 1968/70). A CCAÇ 2404/BCAÇ 2852 substituiu  a CART 2339, "Os Viriatos" (Mansambo) entre novembro de 1969 e maio de 1970... Foi, por sua vez, rendida pela CART 2714 ("Bravos e Leais"), pertencente ao BART 2917 (1970/1972).

 Foto: © Arlindo Roda  (2010). Todos os direitos reservados



Foto nº  7 > Igreja de Bafatá

Foto: © José Fernando dos Santos Ribeiro (2013). Todos os direitos reservados.




Foto nº  8 > Igreja de Nova Lamego. "Graça, Cunha e eu" (António Santos, ex-sol trms, Pelotão de Morteiros 4574/72, Nova Lamego, 1972/74)

Foto (e legenda): © António Santos  (2006). Todos os direitos reservados.




Foto  nº 9 > Capela de Guileje, na Região de Tombali, construída pela CART 1613 (1967/68) > Guileje foi "terra de fé e de coragem".. Foto do nosso saudoso cap art ref Zé Neto (1929-2007).

Foto (e legenda): © Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné  (2016). Todos os direitos reservados.


Foto nº 10 > Zona leste > Região de Gabu > Capela de Buruntuma > O arquiteto e mestre de obras foi o Mota Tavares, nosso camarada do BCAÇ 1856 (Nova Lamego, 1965/67) que nos mandou fotos da "sua" capela... Anda à procura do militar que está nesta foto... mas ele próprio nunca mais deu notícias

Foto: © Mota Tavares (2016). Todos os direitos reservados.



Foto nº 11  > Região de Quínara, Fulacunda >  3.ª CART / BART 6520/72 (Fulacunda, 1972/74) > Soldados construindo a capela cristã (pormenor) em terra de beafadas e muçulmanos.

Foto (e legenda): © Jorge Pinto (2013). Todos os direitos reservados.



1. Capelas no mato... Símbolos da religiosidade do soldado português... Não havia aquartelamento (ou até mesmo destacamento) que não tivesse a sua capela ou capelinha... Ou um nicho religioso, geralmente mariano, para orar, debaixo de um poilão (como o da foto nº 6: "Senhora, protege a CCAÇ 2404").

Ao longo da guerra (1961/74),  improvisaram-se arquitetos, engenheiros, pedreiros, carpinteiros, trolhas, decoradores, etc.,  para erguer estas construções efémeras onde o soldado português erigia as mãos ao céu, e rezava, sozinho ou em grupo...  Muitas vezes não havia capelão, ou quando o havia ficava na CCS do batalhão, a dezenas de quilómetros de distância...

Temos diversas fotos publicadas no blogue, e outras mais estão disponíveis na Net. Mas gostávamos que nos mandassem mais exemplares, com a devida legenda: local, data, autor...

Entretanto, pede-se ajuda para legendar (ou completar a legendagem de) as fotos nºs 1, 5 e 6. O Arlindo Roda mandou-nos as fotos, em devido tempo (2010),  mas sem legenda. E não está contactável: presumo que ainda viva em Setúbal. É natural dos Pousos, Leiria. O nosso obrigado a ele e aos restantes fotógrafos.

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