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segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Guiné 63/74 - P16451: Consultório militar do José Martins (19): Notícia da criação da "Agência de Leiria" da Liga dos Combatentes da Grande Guerra, em 12 de abril de 1924, sendo seu presidente o cor inf Francisco de Lacerda e Oliveira, comandante do RI 7









1. Mensagem de José Martins [, ex-Fur Mil Trms da CCAÇ 5, Gatos Pretos, Canjadude, 1968/70, ,foto atual à direita,] com data de 25 de agosto último:

Boa tarde

Nas minhas idas aos ATL (leia-se: Arquivos, Bibliotecas, Etc), encontrei este "documento" que parece indicar que é um dos primeiros, senão o primeiro, da Agência de Leiria da Liga dos Combatentes da Grande Guerra. 


A Liga dos Combatentes, inicialmente designada por Liga dos Combatentes da Grande Guerra, foi fundada em 1923 e oficializada pela Portaria n.º 3888, de 29 de janeiro de 1924. Vd. aqui resenha histórica do Núcleo de Leiria

A primeira ata da Assembleia Geral foi redigida  aos dezoito dias do mês de fevereiro de 1925, na sala de Oficiais no Regimento de Infantaria nº 7, em que foram eleitos os primeiros corpos gerentes da Assembleia Geral e da Direcção. O presidente da Assembleia Geral era o então cor inf Francisco Lacerda e Oliveira (1874-1946) que assina o comunicado, de 12 de abril de 1924, acima reproduzido.

Fica para memória futura.

Abraço

Zé Martins


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Nota do editor:

Último poste da série > 22 de fevereiro de  2016 >ência Forças Militares Portuguesas que passaram por Empada

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Guiné 63/74 - P15795: O Início da guerra na Guiné (1961-1964 ) (José Matos, historiador) > Parte I

[ Foto à esquerda: o nosso grã-tabanqueiro José [Augusto] Matos (*), formado em astronomia em 2006 na Inglaterra ( University of Central Lancashire, Preston, UK ), é especialista em aviação e exploração espacial desde 1992, e faz parte da Fisua - Associação de Física da Universidade de Aveiro; é nvestigador independente em história militar ]


1. Mensagem, de 16 do corrente, do Zé Matos:

Olá, Luís

Já está on-line o meu último artigo na RM [Revista Militar, nº 2566, novembro de 2015,] sobre o começo da guerra na Guiné. Podes divulgar no blogue... Ab. Zé.


2. O Início da guerra na Guiné (1961-1964 > Parte I (Corte do autor e da Revista Militar)

Revista Militar, nº 2566, novembro de 2015

por José Matos

Introdução


A fase pré-insurreccional da guerra na Guiné começou em finais dos anos de 1950, com vários movimentos nacionalistas a contestar o poder colonial português e a disputar entre si o apoio dos países vizinhos na luta contra os portugueses. Seria, no entanto, o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) a destacar-se na luta de guerrilha assumindo-se como o principal movimento nacionalista na Guiné. Preconizando inicialmente uma solução pacífica para o problema colonial, o PAIGC acabaria por passar à luta armada, protagonizando o início oficial da guerra com um ataque ao aquartelamento português de Tite, em Janeiro de 1963. A partir desse momento, a sua acção foi crescendo na Guiné, obrigando as tropas portuguesas a um grande esforço de contra-subversão e a um aumento substancial dos efectivos, embora fossem incapazes de controlar a guerrilha.

Os movimentos nacionalistas na Guiné Portuguesa começaram a ganhar visibilidade em finais dos anos de 1950, em sintonia com as primeiras independências africanas, que mudaram radicalmente o panorama político nos territórios africanos sob domínio europeu.

No que diz respeito à colónia portuguesa, a independência mais marcante foi a da Guiné-Conakry, a 2 de Outubro de 1958, que levou os nacionalistas guineenses a acreditar numa mudança política em toda a região, no sentido da descolonização (1). Pouco tempo depois da independência da chamada Guiné Francesa, o Governo de Salazar envia à Guiné o General Beleza Ferraz, Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), para avaliar a ameaça das ideologias nacionalistas e o dispositivo militar na colónia.

Por essa altura, Portugal tinha na Guiné uma guarnição com cerca de 900 militares, de recrutamento local, embora enquadrada por oficiais de origem europeia, distribuídos por dois quartéis: um em Bissau e outro em Bolama, antiga capital da Guiné, no litoral sul do território. Na análise que faz do dispositivo militar, Beleza Ferraz, prevê que a parte mais interior da Guiné também venha a ter cobertura militar com novas unidades localizadas em Farim e Nova Lamego (2).

Este chefe militar refere ainda que a Guiné dispõe de uma rede de vinte e nove pistas de aviação, mas só a de Bissau é asfaltada, sendo as restantes, de um modo em geral, limitadas apenas à operação de aviões ligeiros, com excepção de Bafatá, que tem possibilidades de ser utilizada, na época seca, por aviões até ao tipo dos DC-3 Dakota. Apesar das pistas, a Força Aérea não tinha ainda meios permanentes na Guiné.

Beleza Ferraz conclui o seu relatório antevendo já uma luta do tipo subversiva “fomentada e agitada por agentes e sabotadores que tanto podem ser da República da Guiné como do nosso próprio território e, neste último caso, preparados e explorados pelos primeiros” (3). Para fazer face a esta situação, o chefe militar português considera como medidas mais importantes o recrutamento de naturais para as fileiras portuguesas que sejam leais às autoridades locais, além da implementação de um serviço de informações adequado que trabalhe não somente para o Governo da colónia, como também para o Comando Militar, além de uma série de outras medidas de carácter militar de reforço do dispositivo existente (4).

Em finais de 1958, a Guiné é também visitada pelo Subsecretário do Estado do Exército, o Tenente-Coronel Costa Gomes, que efectua duas visitas à pequena colónia portuguesa: a primeira, em Dezembro de 1958, e a segunda, em Agosto de 1959. Esta última acontece no âmbito de um périplo que Costa Gomes faz por algumas colónias portuguesas, passando também pela Guiné.

Convém também referir que esta segunda visita de Costa Gomes acontece pouco tempo depois da greve e da revolta dos marinheiros indígenas do cais de Pigiguiti, em Bissau, que foi reprimida de forma violenta pela polícia portuguesa. Este incidente acontece no dia 3 de Agosto de 1959, quando um grupo de grevistas indígenas, no porto de Bissau, entra em confronto com a Polícia de Segurança Pública (PSP), que abre fogo contra os manifestantes (5). O incidente é analisado por Costa Gomes que considera que os grevistas tinham alguma razão no desencadeamento dos protestos e que “o agravamento do incidente deu-se devido à falta de preparação dos agentes da PSP que, impotentes para actuar de outra forma, fizeram uso das armas de fogo” (6). [Vd. também o testemunho presencial do nosso camarada Mário Dias, publicado em 2006]

 Além desta questão, que vai ter um importante efeito mobilizador nos nacionalistas guineenses, Costa Gomes analisa também a evolução da situação interna da Guiné e considera que existe o perigo de subversão de uma parte da população, e que a infiltração de ideias nacionalistas vindas de territórios vizinhos se vai fazendo de forma progressiva. Para enfrentar esta situação, o governante português sugere uma série de medidas de carácter militar e administrativo de forma a limitar a acção dos factores de subversão. De salientar que nas medidas de carácter administrativo podemos detectar já o desenho de um plano de acção psicossocial, que passava pela melhoria dos serviços de saúde, pela educação das populações indígenas através da acção das missões religiosas, pela fiscalização das grandes empresas comerciais no respeitante ao tratamento e pagamento dos empregados indígenas e ainda pela auscultação das populações, a fim de se saber as suas aspirações e problemas (7).

O dispositivo militar na colónia é também analisado por Costa Gomes e percebe-se que é praticamente o mesmo do ano anterior, continuando o interior do território sem qualquer cobertura militar (8).

Só em finais de 1959 é que começam a chegar os primeiros reforços à Guiné. Desta forma, as duas companhias de caçadores que estavam naquele território são reforçadas por uma companhia de caçadores (CCaç) de origem europeia, mobilizada pelo Batalhão de Caçadores 5 (BCaç 5) (9).  Por decisão do Comando Militar da Guiné, dois pelotões de atiradores desta companhia de reforço são destacados para Farim e Bedanda, enquanto um pelotão da 1.ª CCaç sedeada em Bissau é destacado para Nova Lamego. Os destacamentos duram dois meses, embora, em despacho de 27 de Janeiro de 1960, Costa Gomes estipule que a CCaç europeia não deva destacar mais do que um pelotão de atiradores para o interior da Guiné (10).

Por esta altura, o movimento nacionalista mais activo no incitamento das populações nativas à revolta é o Partido Africano da Independência (PAI), dirigido por Amílcar Cabral, que defende a independência da Guiné e das ilhas de Cabo Verde. Este movimento tinha sido criado, em 1956, por alguns guineenses e cabo-verdianos, como Amílcar Cabral, que defendiam a conquista imediata da independência nacional na Guiné e Cabo Verde (11).

 Os acontecimentos de Pigiguiti levam o PAI a adoptar uma nova orientação. O partido torna-se mais activo na contestação ao poder colonial português, começa a preparar-se para a luta armada e decide transferir parte da direcção para o exterior (12). Desta forma, Amílcar Cabral muda-se para Conakry, em Maio de 1960, onde procura apoios junto das embaixadas estrangeiras e tenta formar jovens quadros para a luta pela independência (13).

A partir de Julho de 1960, o partido de Cabral começa a difundir panfletos de carácter político em várias regiões da Guiné convidando os guineenses a aderir ao partido e à luta “pela liquidação imediata da dominação colonial portuguesa na Guiné e em Cabo Verde” (14). Embora esteja radicado em Conakry, Cabral consegue montar, juntamente com os dirigentes que permanecem em Bissau, uma rede de células clandestinas em vários pontos da Guiné de forma a incrementar as actividades do partido. Além das cidades, o PAI actua também nas zonas rurais (15).

Em Outubro desse ano, o partido de Cabral faz publicar uma carta aberta dirigida ao Governo português, propondo-lhe uma solução pacífica para o problema colonial da Guiné e Cabo Verde e, em Dezembro, envia o seu primeiro memorando à ONU (16).  No entanto, perante as recusas óbvias de Salazar, Amílcar Cabral percebe rapidamente que a única forma de derrubar o poder colonial português seria com o recurso à luta armada.


Os ataques no norte da Guiné


Apesar da actividade do PAI, é o Movimento de Libertação da Guiné (MLG), com sede no Senegal, que desencadeia, em Julho de 1961, as primeiras acções de sabotagem na Guiné. Estas acções acontecem na noite de 17 para 18 de Julho, quando um pequeno grupo de elementos do MLG corta a linha telefónica entre S. Domingos e a tabanca de Beguingue, e tenta, ainda, incendiar a ponte de Campada, no norte da Guiné.

Três noites depois, um grupo, desta vez mais numeroso, ataca “o aquartelamento de S. Domingos fazendo uso de terçados, armas de caça, espingardas e garrafas de gasolina”. No dia 25, outro grupo armado provoca danos materiais na estância turística da praia de Ponta Varela e ainda em Susana, “fazendo depredações e pilhando a maioria dos edifícios públicos, inclusive um posto sanitário” (17).

Estas acções fazem com que muitos europeus espalhados pelo interior do território fujam em direcção a Bissau (18). Estes primeiros ataques levam o Governo em Bissau a destacar efectivos militares para as zonas atingidas, o que parece ter dissuadido novos ataques por parte do MLG (19). Na altura, o Governador era o Comandante Augusto Peixoto Correia que, por ordem de Lisboa, passa também a acumular as funções de Comandante-Chefe, que até então eram exercidas por um oficial do Exército (20).

Além da resposta militar a nível local, o Governo português decide também enviar para a Guiné um destacamento de caças F-86F Sabre, sedeados em Monte Real. Os primeiros caças chegam à Guiné, a 15 de Agosto de 1961, e ficam estacionados na base de Bissalanca. Os primeiros aviões voam na Guiné, a 19 de Agosto, e fazem vários voos durante esse mês (21). Os pilotos de F-86 fazem destacamentos de três meses na Guiné, sendo substituídos no final desse tempo. Além dos F-86, chegam também à Guiné aviões de ataque ligeiro T-6 Texan.

O despertar da guerrilha

Em Agosto de 1961, o PAI, liderado por Amílcar Cabral, decide passar da luta política à acção directa (luta armada), em solidariedade com os movimentos de guerrilha que tinham começado a combater em Angola (22) No ano seguinte, o partido muda a sua designação para PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde) (23).

Porém, em Março de 1962, o partido de Cabral sofre um rude golpe, quando em Bissau são detidos vários líderes do PAIGC, que dirigiam o bureau político clandestino na capital guineense, entre os quais Rafael Barbosa, presidente do partido. É também apreendida propaganda e documentação variada, nomeadamente documentos com o planeamento de acções em pontos-chave de Bissau, além de uma lista com os nomes dos responsáveis e militantes do PAIGC na capital. De acordo com Luís Cabral, são presos mais de mil militantes e simpatizantes do partido, ficando o PAIGC praticamente desmantelado em Bissau (24). As autoridades portuguesas conseguem também desmantelar outras redes do partido por toda a Guiné, conseguindo apurar que os “agitadores e propagandistas” já tinham efectuado um trabalho aprofundado nas populações nativas (25).

A 3 de Agosto de 1962, François Mendy (que tinha criado o MLG) funda,  em Dacar, um novo movimento de luta armada: a Frente da Luta pela Independência da Guiné (FLING). Este movimento englobava grande parte dos guineenses radicados no Senegal, resultando da fusão de vários movimentos nacionalistas radicados naquele país. O PAIGC é convidado para fazer parte do novo movimento, porém, recusa o convite.

Enquanto a FLING actua no norte da Guiné, usando o Senegal como base de retaguarda, o partido de Cabral concentra a sua acção no sul da província levando a cabo uma grande campanha de propaganda com o intuito de aliciar as populações do sul da Guiné. Na segunda metade desse ano, segundo as forças portuguesas, o PAIGC dá início às suas primeiras acções violentas, tendo como alvo as autoridades tradicionais e agentes da ordem.

Por essa altura, os dirigentes do partido têm já armamento ligeiro ao seu dispor proveniente de Marrocos, embora o façam entrar de forma clandestina na Guiné-Conakry, com receio das autoridades guineanas, que não fornecem qualquer ajuda a este nível. Este processo clandestino acaba na prisão de vários dirigentes do PAIGC, apanhados com uma carga ilegal de armas no porto de Conakry. A situação só é resolvida depois de um encontro entre Amílcar Cabral e Sékou Touré, em que este último autoriza finalmente o fornecimento de armamento ao PAIGC. A partir daí, o partido de Cabral passa a receber armas directamente dos arsenais da própria Guiné-Conakry (26).

Paralelamente, o PAIGC continua com a formação dos quadros políticos e militares no estrangeiro, nomeadamente, na China, na Checoslováquia, no Gana, em Marrocos, no Mali e na Guiné-Conakry. Neste último país estava, desde Maio, um grupo de instrutores argelinos, do Front de Libération Nationale.

Entretanto, em finais de 1962, Peixoto Correia é exonerado do cargo de Governador da Guiné e, por consequência, de Comandante-Chefe, dado que exercia em acumulação as duas funções. Para o Governo da Guiné é então nomeado Vasco Rodrigues, um oficial da Marinha, que alimentava a expectativa de também vir a ser nomeado Comandante-Chefe, o que nunca viria a acontecer. Na verdade, para as funções de Comandante-Chefe, o Governo de Salazar escolhe o Coronel Fernando Louro de Sousa, que, no entanto, só chegaria a Bissau em Março de 1963, três meses depois de a guerra ter começado.


O começo da guerra


A 23 de Janeiro de 1963, o PAIGC dá início à guerra na Guiné, com o ataque ao aquartelamento de Tite, muito perto de Bissau. Este ataque é protagonizado por quinze a vinte elementos do PAIGC que atacam o quartel de madrugada, provocando um morto e dois feridos entre as tropas portuguesas. Os guerrilheiros mantêm o quartel sob fogo intenso durante meia hora e, na escaramuça, sofrem três mortos (27).

O ataque, no entanto, assinala simbolicamente o início da guerra na Guiné, embora a actividade subversiva do PAIGC fosse já anterior a esta data. Nessa mesma noite, as forças portuguesas sofrem uma emboscada na região de Fulacunda (área de Buba) perdendo dois soldados (28). Quatro dias depois, um novo ataque da guerrilha na mesma região provoca mais dois mortos e quatro feridos nas tropas portuguesas (29).

Ainda no mês de Janeiro, as forças portuguesas registaram as primeiras emboscadas na região de Bedanda, no sul da Guiné, e as acções da guerrilha continuam nos meses seguintes aumentando de intensidade (30). Em Março, o PAIGC consegue capturar, no porto de Cafine, dois barcos comerciais, o “Mirandela” e o “Arouca”, que viriam a ser utilizados no transporte de pessoal e materiais provenientes da República da Guiné (31).  Enquanto o PAIGC ataca no sul da província, o MLG ataca a norte, efectuando várias acções contra povoações e emboscadas a viaturas militares (32).




Figura 1 – Mapa da Guiné com as principais linhas de infiltração da guerrilha, em 1961/63



Nessa altura, as forças portuguesas já estavam distribuídas por dez pontos do território e o Exército tinha na Guiné quase 5.000 homens (33). Além das forças terrestres, o comando militar em Bissau contava também com o apoio de meios aéreos estacionados no aeródromo de Bissalanca (AB2). A Força Aérea tinha na Guiné pouco mais de 350 efectivos e dispunha de sete caças F-86F Sabre, oito aviões de ataque ligeiro T-6 Texan, além de quatro aviões ligeiros de transporte (34).

Quanto à Marinha, tinha pouco mais de 300 militares e dispunha do contratorpedeiro “Vouga”, duas lanchas de desembarque pequenas e três lanchas de fiscalização da classe Bellatrix (35).

Em resumo, as forças portuguesas totalizavam 5.650 homens. Ao longo de 1963, este efectivo vai aumentar de forma considerável, como se verá mais à frente.

A chegada de Louro de Sousa


Como já foi dito, Louro de Sousa só chega à Guiné a 20 de Março de 1963, estando já no Governo da província Vasco Rodrigues, que lhe revela o seu ressentimento por não ser ele o Comadante-Chefe (36).

A 1 de Abril, Louro de Sousa envia o seu primeiro relatório de comando ao ministro da Defesa. No relatório, Louro de Sousa assinala a existência de actividades de guerrilha em praticamente todo o território com excepção da zona de Bissau. No norte, como já foi dito, as acções são desencadeadas por elementos do MLG, a partir da região de Casamansa, no Senegal, onde se refugiam depois dos ataques. Quanto ao PAIGC actua principalmente no sul da província com grande liberdade de acção perturbando significativamente a actividade económica naquela região. Dos dois grupos, o PAIGC é o que se encontra melhor armado e melhor preparado recebendo apoio logístico da República da Guiné e apoio material dos países do leste europeu.

Na opinião do militar português, “o PAIGC é, dos movimentos de libertação, o que representa perigo maior para a estabilidade da situação política da província”  (37). O relatório refere ainda que já se encontram na Guiné, dezasseis companhias de caçadores ou unidades equivalentes (cerca de 6.000 homens) e propõe uma remodelação no dispositivo em função da evolução da situação e um reforço dos meios com o envio para a Guiné de mais onze companhias de caçadores, um pelotão de morteiros, um destacamento de manutenção de material e dois pelotões de reconhecimento com viaturas Fox.

Louro de Sousa assinala ainda uma série de problemas relacionados com o material e com a gestão das tropas, que deviam ser resolvidos rapidamente para aumentar a capacidade operacional das forças terrestres. Este relatório de Louro de Sousa é o primeiro sinal de alerta quanto à gravidade da situação na Guiné.

 (Continua)

[Fixação de texto e links: LG]
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O autor agradece ao Arquivo da Defesa Nacional (ADN) o apoio dado a esta investigação.

* Investigador independente em história militar tem feito investigação sobre as operações da Força Aérea na Guerra Colonial, principalmente na Guiné. É colaborador da revista Mais Alto da Força Aérea Portuguesa e tem publicado também o seu trabalho em revistas europeias, em França, Inglaterra e Itália.

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Notas do autor:

(1) Cabral, Luís, Crónica da Libertação, Edições “O Jornal”, 1.ª edição, Lisboa, 1984, p. 60.

(2) Memorando sobre a Defesa da Guiné, Presidência do Conselho, Secretariado-Geral da Defesa Nacional, 24 de Outubro de 1958, ADN/F2/92/309/13.

(3) Ibidem.

(4) Ibidem.

(5) Relatório do Comando Militar da Guiné, Assunto: Greve dos marinheiros indígenas no cais de Pigiguiti. Bissau, 4 de Agosto de 1959, ADN/F2/92/306/1.

(6) Missão do Ministério do Exército às Províncias de Cabo Verde, Guiné, S. Tomé e Príncipe e Angola, Julho/Agosto de 1959, ADN/F1/50/235/8.

(7) Ibidem.

(8) Ibidem.

(9) Informação nº 73/60 do Secretariado Geral da Defesa Nacional, Assunto: Localização de Unidades Militares no Interior da Guiné, Lisboa, 8 de Fevereiro de 1960, ADN/F2/92/306/1.

(10) Ibidem.

(11) Ignátiev, Oleg, Amílcar Cabral, Edições Progresso, Moscovo, 1984, p. 97.

(12) Silva, António Duarte E., A Independência da Guiné-Bissau e a Descolonização Portuguesa, Edições Afrontamento, Lisboa, 1997, p. 37.

(13) Cabral, op. cit., pp. 90-94.

(14) Felgas, Hélio, Guerra na Guiné, Serviço de Publicações do Estado-Maior do Exército, SPEME, Lisboa, 1967, p.50.

(15) Pereira, Aristides, O meu testemunho – uma luta, um partido, dois países, Editorial Notícias, Lisboa, 2003, pp. 142-143.

(16) Ordem de Batalha 1 – Serviço de Informação Militar/CTIG. Efemérides da Subversão na Guiné – 2ª Rep/QG/CTIG – Bissau, 31 de Outubro de 1967, ADN/FG/SGDN Cx. 4445.8.

(17) Ibidem.

(18) Lobato, António, Liberdade ou Evasão – o mais longo cativeiro da guerra, Editora Erasmos, 2ª edição, Amadora, 1995, p. 18.

(19) Felgas, op. cit., p. 61.

(20) Secretariado-Geral da Defesa Nacional, Carta de Comando para o Comandante-Chefe das Forças Armadas da Guiné, Lisboa, 23 de Maio de 1961, ADN/F2/93/311/1.

(21) Correia, José Manuel, Atlas – nome de código, os F-86F Sabre na Guiné, revista Mais Alto nº 357, Set/Out 2005, pp. 30-35.

(22) Pereira, op. cit., p. 146.

(23) Pereira, op. cit., p. 367.

(24) Cabral, op. cit., p. 123.

(25) Ordem de Batalha 1 – Serviço de Informação Militar/CTIG. Efemérides da Subversão na Guiné – 2ª Rep/QG/CTIG – Bissau, 31 de Outubro de 1967, ADN/FG/SGDN Cx. 4445.8.

(26) Cabral, op. cit., pp. 132-143.

(27) Telegrama do Governador da Guiné para o Ministério do Ultramar, Bissau, 23 de Janeiro de 1963, ADN F2/102/324/4.

(28) Comunicado do Secretariado-Geral da Defesa Nacional, Serviço de Informação Pública das Forças Armadas, Lisboa, 24 de Janeiro de 1964, ADN F2/102/324/4.

(29) Telegrama do Governador da Guiné para o Ministério do Ultramar, Bissau, 27 de Janeiro de 1963, ADN F2/102/324/4.

(30) Felgas, op. cit., pp. 66-68.

(31) Felgas op. cit., p. 68.

(32) Felgas op. cit., pp. 61-64.

(33) Exposição da Situação Operacional na Província da Guiné (JAN 61/MAR 64), feita ao Curso de Altos Comandos, no IAEM, em 2 de Maio de 1964, Esquema n.º 13, ADN/F2/92/307/7.

(34) Ibidem, Esquema n.º 9.

(35) Ibidem, Esquema n.º 8.

(36) Exposição feita pelo Comandante-Chefe das Forças Armadas na Guiné no CSM, 4 Setembro 1963. p. 25, ADN/F2/92/306/4.

(37) Relatório do Comandante-Chefe das Forças Armadas da Guiné, Bissau, 1 de Abril de 1963, ADN/F2/103/328/1.

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Nota do editor:

(*) Vd. poste de >7 de setembro de 2015 >  Guiné 63/74 - P15080: Tabanca Grande (472): José Matos, investigador independente em história militar, filho do nosso falecido camarada José Matos, fur mil da CCAV 677 (Fulacunda, São João e TIte, 1964/66)... Novo grã-tabanqueiro nº 701

terça-feira, 17 de junho de 2014

Guiné 63/74 - P13299: E as nossas palmas vão para... (8): Nuno [José Varela] Rubim, autor de vasta obra sobre a nossa história militar, com destaque para "A organização e as operações militares portuguesas no Oriente, 1498-1580"

I. O Nuno José Varela Rubim,  de seu nome completo, ofereceu  à nossa Tabanca Grande 26 exemplares do seu último livro "A organização e as operações militares portuguesas no Oriente, 1498-1580: vol. 2: Navios e Embarcações" (Lisboa: Falcata Editortes, 2013, 210 pp, ilustrado).

Foram praticamente contemplados todos os grã-tabanqueiros que manifestaram interesse, entre 23 e 31 de maio último, em obter um exemplar autografado do livro. Trata-se de uma obra original, de grande erudição, profusamente ilustrada (135 figuras e desenhos, a grande maioria a cores) que nos honra a todos nós, e que vem enriquecer a nossa historiografia militar. Aqui vai a lista dos felizardos que foram contemplados com um exemplar autografado:


1, António Carvalho (Gondomar)

2. António Fernando Marques (Cascais)

3. António José Pereira da Costa (Mem Martins / Sintra)

4. António José Ribeiro Sampaio (Leça da Palmeira /Matosinhos)

5. António Manuel Sucena Rodrigues (Oliveira do Hospital)

6. António Santos (Caneças / Odivelas)

7. Carlos Jorge Pereira (Lisboa)

8. Carlos Pedreño Ferreira (Lisboa)

9. Carlos Vinhal (Leça da Palmeira / Matosinhos)

10. Eduardo Jorge Ferreira ( Vimeiro / Lourinhã)

11. Eduardo Magalhães Ribeiro (Maia)

12. Francisco Batista (Porto)

13. Francisco Silva (Porto Salvo / Oeiras)

14. Humberto Reis (Alfragide / Amadora)

15. João Martins (Lisboa)

16. Joaquim Nunes Sequeira (Colares / Sintra)

17. José Martins (Odivelas)

18. Júlio César (Vizela)

19. Júlio Costa Abreu (Holanda)

20. Luís Graça (Alfragide / Amadora)

21. Luis R Moreira (Mem Martins / Sintra)

22. Manuel Resende (Cascais)

23. Mario Beja Santos (Lisboa)

24. Miguel Pessoa (Lisboa)

25. Ricardo Almeida (Viseu)

26. Virginio Brote (Lisboa)

Observ. do editor: Se alguém quiser agradecer pessoalmente ao autor, terei todo o gosto em fornecer, em privado,  o seu endereço de email. Como pessoa modesta que é, o Nuno Rubim disse-me expressamente que não está à espera que lhe agradeçam. Ofereceu estes exemplares como todo o gosto e na sua qualidade de grã-tabanqueiro que se quis associar também à celebração do nosso 10º aniversário.  Os felizes contemplados com este 2º volume, podem fazê.lo, publicamente, escrevendo duas linhas na caixa de comentário deste poste. Todos os autores gostam, de resto, de receber "feedback" dos seus leitores.


II. Mensagem de Nuno Rubim, nosso grã-tabanqueiro da primeira hora, cor art ref, com data de 11 do corrente:


Caro Luís

Conforme o prometido junto envio os meus projectos de livros sobre acontecimentos da nossa história militar que eu pensei ( ingenuamente ...) que poderiam ser editados algum dia ....

Pura ilusão ! Neste nosso triste país só se lê (e muito pouco ... ) romances de cordel, assuntos relacionados com futebol, "bisbilhotices" e pouco mais .... E a TV cobre o restante das necessidades "culturais" em matéria de ocupação do tempo ....

Não só nunca recebi um tostão sequer dos direitos de autor sobre os meus livros, como terei dispendido mais de 6000 € nas suas impressões. E praticamente muitíssimo poucos exemplares foram colocados em livrarias ou outros locais de venda ao público em geral ...

Abraço, Nuno Rubim

Amexo - Preâmbulo ao Volume 1 – Geografia e Viagens

III. Preâmbulo à obra "A organização e as operações militares portuguesas no 
Oriente, 1498-1580:Volume 1 – Geografia e Viagens"

A ideia de redigir o presente livro surgiu ...

Como dizia o meu Pai, Oficial oriundo da Arma de Artilharia e Engenheiro de Armamento, Professor Catedrático de Balística na Escola do Exército e fundador e depois Comandante do novo Campo de Tiro de Alcochete, Coronel Nuno Guilherme Roriz Rubim,: “afinal estás a escrever um livro, que prevês de apreciável dimensão para responderes às tuas próprias dúvidas...”. Respondi-lhe que acreditava que assim devia acontecer com a maioria dos autores que investigam e publicam obras de divulgação, seja em que disciplina for...

O autor deu-se então, naturalmente, conta das dificuldades que se colocavam na realização de um projecto desta natureza, dada a grande envergadura prevista. Procurou pois obter apoios de entidades que pudessem subsidiar em parte a obra com vista a facilitar a(s) pesquisa(s) a efectuar. Apoios esses que julgava que viessem a proporcionar algum retorno financeiro, já que essas entidades seriam as próprias editoras dessa obra.

E assim o tentou propondo sucessivamente ao longo do ano de 1995 um projecto de edição e respectivo apoio na investigação, ao Exército Português, à Fundação Oriente e à Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses.

Nenhuma destas entidades mostrou qualquer tipo de interesse e nem sequer procurou estabelecer um contacto personalizado que pudesse proporcionar um melhor esclarecimento da questão.

Mais tarde o Exército viria a comparticipar parcialmente na edição do presente volume e a
Fundação Oriente em outra publicação sobre a defesa costeira do Tejo e Sado.

Perante este quadro o autor não viu outra alternativa senão a de desenvolver a sua investigação, naturalmente limitada, que teria pois de ser efectuada apenas à sua própria custa, sem apoio de quem quer que fosse.

E assim teve forçosamente de restringir a sua pesquisa aos arquivos portugueses, embora a Internet viesse algo mais tarde trazer alguma mais-valia de certo modo assinalável no que se refere à consulta de algumas fontes estrangeiras, na obtenção de dados vários e de alguns ( muito poucos ) textos e imagens digitalizadas já no domínio público.

Durante vários anos sempre foi motivo da sua constante preocupação o que fazer dessa vasta documentação adquirida e produzida ao longo de vários anos, armazenada digitalmente no seu computador e em várias pastas de arquivo.

A que se acrescem, com grande mágoa sua, mais dois importantes trabalhos sobre história militar portuguesa, de grande dimensões, que o autor não vislumbra hipóteses de alguma vez virem a ser publicados, um sobre as operações militares no Sul de Angola, final do Séc. XIX – início Séc. XX, outro sobre a guerra colonial na Guiné, 1963 (na realidade 1961 ) – 1974, guerra essa na qual o autor participou durante quatro anos.

E ainda dois estudos de menores dimensões, um sobre tecnologia militar em Portugal e outro sobre as unidades auxiliares Romanas recrutadas no que é hoje o território de Portugal.

Todos esses trabalhos, a exemplo do presente livro, englobam uma extensa componente iconográfica, imagens de variada origem, fotografias, desenhos, planos, etc…. a p/b e cor.

IV- E as nossas palmas vão para ele, Nuno Rubim (**) não só pela sua generosidade e companheirismo, como pelo seu currículo como investigador e estudioso das coisas da nossa história militar (***).
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Notas do editor:



(**) Último poste da série > 7 de junho de  2014 > Guiné 63/74 - P13252: E as Nossas Palmas Vão para... (7): José Carmino Azevedo, autarca de Vila Frechoso, Vila Flor, que quis doar à Tabanca Grande 0,5% do seu IRS de 2013... Que gesto magnânimo!!!... Infelizmente não temos estatuto jurídico...nem sequer número de identificação fiscal (NIF) e, como tal, não existimos face ao Estado Português...

(***) NunoRubim > CV abreviado

1. Coronel art ref, licenciado em Ciências Militares, com os cursos de: (i)  "Geral de Comando"
 e Estado-Maior"; (ii) Comandos";  (iii) "Minas e Armadilhas"; e (iv) Criptólogo AFD: fez 4 comissões no Ultramar, Moçambique, Angola e Guiné (aqui duas vezes, como capitão):

2. Chefe da Secção de Estudos do Museu Militar de Lisboa, 1981-1984.

3. Organizou a Exposição “Armas em Portugal – Origem e Evolução”, no Museu Militar de Lisboa, tendo elaborado o respectivo catálogo.

4. Fez parte do grupo restrito que planeou e instalou a “Exposição Nacional Comemorativa do 6º Centenário da Artilharia Portuguesa”, que esteve patente ao público no Museu Militar do Porto, de Julho a Setembro de 1982, elaborando parte do respectivo catálogo.

5. Adjunto do Centro de Estudos da Direcção do Serviço Histórico - Militar, 1984 -1986.

6. Organizador do 1º Curso de Museologia Militar, no âmbito da DSHM, 1985.

7.  Planeou e dirigiu a execução da exposição “Artilharia Histórica Portuguesa Fabricada em Portugal”, patente ao público no Museu Militar de Lisboa, desde Junho de 1985, sendo autor da respectiva memória histórica .

8. A convite do Exmo. Presidente da respectiva Comissão, realizou trabalho de investigação e posterior instalação da artilharia embarcada a bordo da Fragata “D. Fernando II e Glória”, tarefa iniciada em 1991 e que se prolongou até 1998.

9. De Dezembro de 1991 a Junho de 1993, a convite do então IPPAR, desenvolveu um estudo técnico-militar sobre a Torre de Belém, abrangendo o período que decorreu desde a sua construção até à data da sua desactivação como fortaleza de defesa costeira, entregando nessa última data um pormenorizado relatório.

10. Proferiu, no ano lectivo de 1991-1992 e a convite da Comissão Científica de História da Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa, uma série de 16 conferências, no âmbito do Mestrado sobre “Os Descobrimentos e a Expansão Portuguesa”, que abordaram disciplinas como a Náutica, a Construção Naval, a Artilharia, a Fortificação, a Organização e Táctica militares.

11. Em conjunto com uma equipa, englobando Oficiais de Artilharia e Docentes Universitários, planeou, coordenou e participou nos trabalhos que levaram à criação do Museu da Escola Prática de Artilharia, aberto ao público em Vendas Novas no dia 4 de Dezembro de 1992. Tem continuado aí a sua colaboração, dirigindo a implementação das seguintes Exposições: (i) Operações; (ii) A Defesa Costeira antiga (Portugal, sécs. XV-XVI)

12. Conferencista convidado, no âmbito do 1º Curso de História Militar, Fórum da Maia, Fevereiro de 1993.

13. Comissário Técnico, convidado pela “Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses”, para os aspectos militares da Exposição “A Paz e a Guerra na Época do Tratado de Tordesilhas”, realizado em Burgos, Espanha, em Setembro de 1994, tendo elaborado a notícia histórica, o desenho à escala de un Galeão que possibilitou a feitura de um modelo, em corte, à escala 1:10, e executando ainda os modelos, também à escala, do tipo de peças que guarneciam esse navio, São Diniz, Almirante no Índico na 2ª década do Séc. XVI. Realizou ainda todos os estudos técnicos, englobando desenhos, que possibilitaram a feitura de um filme de animação, em vídeo, sobre o tiro de artilharia na transição dos Sécs. XV / XVI.
14.  Professor convidado, Regente da Cadeira de História Militar, Academia Militar, no ano lectivo de 1998 – 1999.

15. Colaborador científico convidado, para os aspectos relacionados com as armas de fogo no período medieval, Exposição “Pera Guerrejar”, no âmbito do Simpósio Internacional sobre Castelos, que decorreu em Palmela de 3 a 8 de Abril de 2000.

16. Responsável pela reconstituição histórico-militar do Forte de Oitavos, à data de 1796, (CM-Cascais), cujos trabalhos decorreram entre 1999 e 2001.

17. Tem proferindo comunicações, conferencias e palestras, sobre temas relacionados com a história militar (incluindo a naval ) nas Universidades de Lisboa e Coimbra (no âmbito de Mestrados ), Escolas Secundárias e outros organismos nacionais.

18. Tem publicados os seguintes trabalhos:

- “As origens da Artilharia Piro-Balística”, Revista de Artilharia, Nov-Dez 1977;
- “Falcões Pedreiros”, Bulletin, Early Sites Research Society, Vol. 10, Nº 2, Dec 1983, Mass., USA:
- “Sobre a possibilidade técnica do emprego de Artilharia na Batalha de Aljubarrota”, Revista de Artilharia, Jan-Fev 1986;
- “A Artilharia Portuguesa nas Tapeçarias de Pastrana –A Tomada de Arzila em 1471”, Separata da Revista de Artilharia, 1987;
- “Algumas Questões sobre as Munições de Artilharia de Alma Lisa”, in “Bombardeiro, Boletim Nº 15 do RAC, Nov 1989;
- “D. João II e o Artilhamento das Caravelas de Guarda-Costas-o Tiro de Ricochete Naval”, Separata da Revista de Artilharia, 1990;
- “A Investigação Histórico-Militar Contemporânea em Portugal –Algumas achegas”, Revista de Artilharia, Nov- Dez 1990;
- “A Artilharia em Portugal na segunda metade do século XV in “A Arquitectura Militar na Expansão Portuguesa”, CNCDP, Porto, 1994;
- “Estudos sobre Artilharia Antiga –I / A Torre de Belém, Revista de Artilharia, nos 835-836, Mar-Abr 1995;
- “Estudos sobre Artilharia Antiga –II / Uma Experiência Artilheira ‘Sui Generis’”, Revista de Artilharia, nos 878 a 880, Out a Dez 1998;
- “A Artilharia antes da Utilização da Pólvora”, em colaboração com o Engenheiro Tércio Machado Sampaio, Separata da Revista de Artilharia, Jul 2000;
- “Novo conjunto de Tapeçarias de D. Afonso V na Igreja de Pastrana em Espanha “, edição do autor, Lisboa 2005;
- “Notas sobre os Armamentos Marroquino e Português nos Séculos XV e XVI”, Boletim do Arquivo Histórico Militar nº 66, 2004 – 2005;
- "O Butão revisitado", em colaboração com o dr.Carlos Guímaro (2007);
 -"A defesa costeira dos estuários do Tejo e do Sado desde D. João II (2011);
- "A organização e as operações militares portuguesas no Oriente, 1498-1580: vol. 1: Geografia e Viagens" (2012);
- "A organização e as operações militares portuguesas no Oriente, 1498-1580: vol. 2: Navios e Embarcações" (2013).

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Guiné 63/74 - P13183: Notas de leitura (594): "A organização e as operações militares portuguesas no Oriente, 1498-1580: vol. 2: Navios e Embarcações", 2013, 210 pp, il. Autor: Nuno [José Varela] Rubim, cor art ref




Capa e contracapa do livro do nosso camarada Nuno Rubim, cor art ref, como duas comissões no TO da Guiné: "A organização e as operações militares portuguesas no Oriente, 1498-1580: vol 2: Navios e Embarcações", 2013,  210 pp.

Neste 2º volume, o autor, grande especialista em história militar, e nomeadamente no domínio da artilharia, estuda os navios e embarcações de combate, utilizados no Oriente, no período de 1498 (chegada de Vasco da Gamaà Índia)  a 1580 (fim da II Dinastia), tanto por nós como pelos nossos adversários. "Aborda de uma forma inédita aspetos tão variados como a Estrutura, Mastreação e Velame, os vários Tipos de Navios, o seu Artilhamento, o Emprego táctico e a sua Construção" (Da contracapa)...

Faremos, em breve, uma recensão mais detalhada desta obra, da qual o autor nos vai oferecer 24 exemplares para distribuição, gratuita, pelos membros, interessados,  da Tabanca Grande (, sendo 4 destinados à equipa editorial do blogue).

Passamos a receber, desde já, por email, manifestações de interesse dos nossos camaradas em receber a obra. Os felizes contemplados receberão o seu exemplar, autografado, em Monte Real, no dia 14 de junho próximo, por ocasião do IX  Encontro Nacional da Tabanca Grande. A lista definitiva dos 20 contemplados deverá terá o OK do autor, representado em Monte Real pelo nosso editor Luís Graça.

[Vd. aqui também o CV do  Nuno Rubim, início de 2008]

1. Ficha técnica (de acordo com o catálogo da Biblioteca Nacional de Portugal),

A ORGANIZAÇÃO E AS OPERAÇÕES MILITARES PORTUGUESAS NO ORIENTE, 1498-1580 / NUNO JOSÉ VARELA RUBIM

AUTOR(ES):
Rubim, Nuno José Varela, 1938-

PUBLICAÇÃO:
Lisboa : Comissão Portuguesa de História Militar, 2012-

DESCR. FÍSICA:
v. : il. ; 24 cm

NOTAS:
O 2o v. foi editado pelo Falcata - Editores, Unipessoal

BIBLIOGRAFIA:
Contém bibliografia

CONTÉM:
1o v.: Geografia e viagens. - 306 p. . - 2o v.: Navios e embarcações. - 2013. - 210 p.

ISBN:
978-989-95946-8-5

DEP. LEGAL:
PT -- 341640/12

CDU:
94(469)"15"
910.4(=1:469)(5)"1498/1580"(091)




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Nota de leitura

Último livro de 23 de maio de 2014 > Guiné 63/74 - P13182: Notas de leitura (593): "O Eco do Pranto - A criança na poesia moderna guineense", recolha e coordenação de António Soares Lopes (Mário Beja Santos)

sábado, 17 de maio de 2014

Guiné 63/74 - P13155: Agenda cultural (315): Dia 18, domingo, Dia Internacional dos Museus: entrada gratuita no Centro de Interpretação das Linhas de Torres, Sobral de Monte Agraço



Fonte: Centro de Interpretação das Linhas de Torres (CILT)  (com a devida vénia...)



1. Através do nsso amigo e camarada José Pereira, ten cor inf, ref, do Núcleo de Torres Vedras da Liga dos Combatentes, recebenos a seguinte mensagem


Assunto - O Centro de Interpretação das Linhas de Torres (CILT) associa-se ao DIA INTERNACIONAL DOS MUSEUS, dia 18 de maio


No próximo dia 18 de maio celebra-se o Dia Internacional dos Museus, uma iniciativa do ICOM (International Council of Museums; UNESCO).

Este ano o tema é 'Museus: As coleções criam conexões'.

O Centro de Interpretação das Linhas de Torres (CILT) junta-se a esta comemoração através de um dia de ENTRADA GRATUITA.

Aproveite para conhecer ou revisitar-nos.

Centro de Interpretação das Linhas de Torres – CILT

Praça Dr. Eugénio Dias, n. 12 | 2590-016 Sobral de Monte Agraço

Tel. 261 942 296 | E-mail: cilt@cm-sobral.pt

Horário: De terça-feira a domingo. Das 10h30 às 13h00 e das 14h00 às 18h30 (encerra à segunda-feira e feriados)

Atenciosamente,

Serviço de Turismo de Sobral de Monte Agraço

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Nota do editor:

Último poste da série > 3 de maio de  2014 > Guiné 63/74 - P13090: Agenda cultural (314): Palestra "Vidas marcadas pela História: a Guerra Colonial portuguesa e os deficientes das Forças Armadas", dia 7 de Maio de 2014 na ADFA - Av. Padre Cruz - Edifício ADFA - Lisboa