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terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

Guiné 61/74 - P20640: Agenda cultural (740): Lisboa, 8 de fevereiro de 2020, na apresentação do livro do José Saúde, "Um ranger na guerra colonial": quando o Alentejo e o Gabu se tocam - Parte III: Mais um momento memorável com o grupo "Os Alentejanos", de Serpa... Manga de ronco, Zé!

  

Vídeo (2'  39'') > Alojado em Luís Graça > Nhabijoes (2020) 


 Lisboa > Casa do Alentejo > 8 de fevereiro de 2020 > Sessão de lançamento do livro do José Saúde, "Um ranger na guerra colonial: Guiné-Bissau, 1973-1974: memórias de Gabu" (Lisboa, Edições Colibri, 2019, 220 pp.)(*)

Momento cultural: atuação do grupo musical "Os Alentejanos", de Serpa, com duas modas tradicionais que puseram a sala  ao rubro... com toda a gente a cantar, alentejanos e não alentejanos, amigos e camaradas do Zé Saúde...

Foi um momento muito especial, proporcionado pelo Grupo Os Alentejanos, de Serpa... É verdade, no Alentejo ( e na Casa do Alentejo...), ninguém canta sozinho... Hoje como ontem, no trabalho e no lazer, no campo e na taberna, na tristeza e na alegria, canta-se em "rancho"... De braço dado, de ombro com ombro...

Reconstituem-se aqui as letras das duas modas com que eles finalizaram a sua participação nesta tarde, em que o Alentejo se ajuntou ao Gabu,. Guiné... "Manga de ronco",. Zé!...E viva o Alentejo, e viva Portugal e viva a Guiné-Bissau!...


Vou-me embora, vou partir

Letra e música: popular, Alentejo
[Revisão / fixação de texto: LG]

Vou-me embora, vou partir mas tenho esperança
de correr o mundo inteiro, quero ir,
quero ver e conhecer, rosa branca,
e a vida do marinheiro sem dormir.

E a vida do marinheiro, branca flor,
que anda lutando no mar com talento,
adeus, adeus, minha mãe, meu amor,
eu hei-de ir,  hei-de voltar, com o tempo.


Vamos lá saindo
Letra e música: popular, Alentejo
[Revisão / fixação de texto: LG]

Hei-de m’ ir embora,
hei-de m’ ir andando.
Tu hás de ficar
em casa chorando.

Vamos lá saindo
por esses campos fora,
que a manhã vem vindo,
dos lados d’ aurora.

Dos lados d’ aurora,
a manhã vem vindo.
Por esses campos fora,
vamos lá saindo.

E eu dantes era,
e agora já não, 
da tua roseira 
o melhor botão.

Vamos lá saindo,
por esses campos fora,
que a manhã vem vindo,
dos lados d’ aurora.

Dos lados d’ aurora,
a manhã vem vindo.
Por esses campos fora
vamos lá saindo.

sábado, 31 de março de 2018

Guiné 61/74 - P18472: (De)Caras (106): Os 7 bravos da Tabanca de Matosinhos (...mais um, o Evaristo) com quem almocei na 4ª feira passada (Luís Graça) - Parte I


Matosinhos > Tabanca de Matosinhos > 28 de março de 2018 > Almoço semanal, à 4ª feira > Apareceu o editor do blogue da Tabanca Grande, de surpresa (, só o Zé Teixeira é que sabia, de véspera...). Éramos nove os convivas, na foto falto eu, que fui o fotógrafo, e o Evaristo, que foi fumar um cigarro à rua... Da esquerda para a direita: Carlos Louro (7), Leite Rodrigues (6), Zé Manel ("Josema")(5), Vitorino (4), Zé Teixeira (régulo da Tabanca) (3), José Ferreira (2) e Rodrigo (1).


Foto (e legenda): © Luís Graça (2018). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].


 (De)Caras (105): Os 7 bravos da Tabanca de Matosinhos (...mais um, o Evaristo) com quem almocei na 4ª feira passada (Luís Graça) - Parte I


(i) Mensagem de Luís Graça para o Zé Teixeira, depois do almoço na Tabanca de Matosinhos:

Data / hora: 29 de março de 2018 20:56:17
Para: José Teixeira
Assunto: Os 7 bravos da Tabanca de Matosinhos

Zé: Não estava à espera de tanto... Vocês foram gentis, hospitaleiros, bons camaradas,,, Ainda estive com a "tuna rural de Custóias" até às 20h!... E tiveram a gentileza, o Matias, de me levarem até casa, na outra banda, na Madalena!,,, Quis pagar o "táxi", mas não me aceitaram... No ensaio, fiz muitos vídeos, que me autorizaram a partilhar...

Olha, junto uma foto para tu poderes acrescentar os nomes da malta toda...

Boa e santa Páscoa!... Luís


(ii) Resposta do José Teixeira:

Data/hora: 30 de março de 2018 às 10:27

Assunto: Re: Os 7 bravos da Tabanca de Matosinhos

Bom dia,  Luís

Ainda bem que gostaste de estar connosco.

Tu, para nós és uma referência, porque ousaste pegar no clarim e pôr os combatentes a pensar Guiné - o tempo que tanto nos marcou e teimávamos a fechar dentro da mente. Talvez hoje, muitos dos que têm passado pela Tabanca Grande, Tabanca Pequena de Matosinhos e tantas outras que se foram abrindo por esse Portugal,  não estivessem tão bem do foro psicológico. Pois ler, escrever e partilhar as alegrias, as dores e sofrimento, no fundo os acontecimentos que passamos numa guerra que não nos dizia nada e não queríamos fazer, e que teimavam em ficar retidos na mente,  fez-nos muito bem a todos.

Não só as tabancas que se foram instituindo, mas também as que pontualmente se foram criando e logo desapareceram, isto é, foi-se gerando dentro dos combatentes a necessidade de falarem do passado, graças à ação natural e espontânea daqueles que foram atingidos pelas nossas tabancas e começaram a falar de Guiné, quando encaravam com outros ex-combatentes.

Sobretudo criaram-se laço de amizade profunda, tiraram muitos ex-combatentes das quatro paredes da sua casa e puseram-nos a viver a vida de forma mais comunitária, em ambiente onde nos entendemos bem, onde nos sentimos irmanados.

O que tu chamas "Tuna rural de Custóias" também é, de algum modo uma tabanca, pois ali se acoitam vários ex-combatentes da Guiné, para tocar e cantar e para umas petiscadas de vez em quando. Fico feliz por saber que te sentiste bem. Eu, moro ali ao lado e vou até lá muitas vezes.

Lamento que tenham estado tão poucos convivas na Tabanca de Matosinhos. O período Pascal não ajudou, pois a média de presenças anda pelos vinte convivas. Na fotografia tens, da direita para a esquerda: Carlos Louro (7), Leite Rodrigues (6), Zé Manel (5), Vitorino (4), Zé Teixeira (3), José Ferreira (2) e Rodrigo (1).

Com votos de Boa Páscoa, dá um beijinho à Alice e aos filhotes

Um grande abraço para ti do Zé Teixeira

Boa e santa Páscoa!... Luís


(iiii) Resposta do Luís Graça:

Data / hora: 30 de março de 2018 11:08




Zé: Obrigado pelas tuas palavras amigas. E, como amor com amor se paga, já sabes que tens, deste lado, um amigo, uma casa, uma tabanca... Ainda estou pela Madalena, devo ir mais logo para Candoz... Penso regressar 3ª feira a Lisboa.

Obrigado pela legenda da foto... As que não foram tiradas por mim, ficaram tremidas... Na foto, falta o Evaristo... Sabes-me dizer qual é o apelido dele ? É uma história triste, a que me contaste, a seu respeito...

Vou mandar os vídeos que fiz, são mais de 8 GB... Estás interessado em ficar com uma cópia ? Eu e o Júlio  [, que toca violino, a par do Zé Ribeiro,]  temos em comum dois cunhados, que são cunhados dele e meus. O Júlio casou com uma rapariga que é irmã de uma cunhada e de um cunhado da Alice...Mesmo sendo eu "mal casado" aos olhos da malta cá de cima (, foi o primeiro casamento civil, no Marco de Canaveses, em 1976, em 7 de agosto de 1976...), são meus cunhados também...

Um xicoração, Luís


(iv) Resposta do José Teixeira


Data / hora: 30 de março de 2018 12:10




Luís: Obrigado pela tua amizade que já vem de longe.

Creio que ninguém sabe o apelido do Evaristo [que esteve na Guiné, na Marinha]. Apareceu há cerca de três anos e creio que somos os únicos amigos que ele tem. À quarta feira é sempre o primeiro a chegar e nunca falha. A cabeça é que parece já estar um pouco gasta. Creio que se separou e abandonou (ou foi abandonado por) a  família na sequência da "infiltração" da religião através da mulher que lhe tirou tudo quanto tinham poupado. Vive da reforma que nos parece ser razoável, ao menos isso.

Abraço, Zé.

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sábado, 23 de maio de 2015

Guiné 63/74 - P14650: Agenda cultural (403): Uma iniciativa do INATEL: "É de Fones!"... 500 tocadores de instrumentos musicais tradicionais portugueses (gaitas, concertinas, cavaquinhos, violas campaniças, bombos, adufes, castanholas, chocalhos, canas rachadas...) fazem esta tarde a festa em Lisboa!... A não perder, povo que ainda cantas e tocas, contra a depressão coletiva!



1ª Edição | 23 Maio 2015 | Lisboa

Do sítio da INATEL, com a devida vénia:


500 tocadores de instrumentos musicais tradicionais, acompanhados pelos Gaiteiros de Lisboa, como grupo embaixador e Amélia Muge como guardiã de todos os fones, invadem a Baixa Pombalina para celebrar de forma original as sonoridades, técnicas e formas de execução das quatro famílias de instrumentos que fazem parte da nossa paisagem sonora:

Cordofones (instrumentos de corda), Aerofones (instrumentos de sopro), Membranofones (instrumentos de percussão), Idiofones (instrumentos de vibração), todos juntos como nunca os (ou) viu.

Partindo de quatro praças distintas |15h30 - Praça da Alegria e dos Cordofones, Praça do Comércio e dos Aerofones, Praça Luís de Camões e dos Membranofones, Praça do Martim Moniz e dos Idiofones - em desfile rumo ao Rossio de todos os fones, num espectáculo sonoro singular e revelador da nossa identidade e da riqueza do nosso Património Cultural Imaterial (PCI).

A Fundação INATEL, cumprindo a sua missão de entidade responsável pela salvaguarda do PCI, promove a 1ª edição do É DE FONES! consagrado à valorização do património musical coletivo, com a participação de músicos, profissionais e amadores, tocadores populares, professores e alunos de música, concretizando-se numa verdadeira invasão da cidade pelos instrumentos musicais tradicionais, enriquecida pela diversidade sonora do território português.

PROGRAMA

15h30
Concentração de tocadores na Praça da Alegria, na Praça do Martim Moniz, na Praça do Comércio e na Praça Luís de Camões
Início dos cortejos rumo ao Rossio de Todos os Fones

16h00
Praça da Alegria e dos Cordofones
Casa do Povo de Corroios
Grupo de Cavaquinhos do Louriçal
Pedro Mestre e Campaniças

16h15
Praça do Comércio e dos Aerofones
Associação Gaita-de-Foles
Concertinas do Vale do Tejo
Escola de Música Tradicional do Centro Cultural Alto do Moinho
Gaitas da Golegã da Associação Cultural Cantar Nosso
Xuventude de Galicia

16h35
Praça Luís de Camões e dos Membranofones
GigaBombos do Imaginário da Associação Cultural Teatro Imaginário
Grupo de Adufeiras da Casa do Povo de Paul
Orquestra de Percussão Eclodir Azul

16h50
Praça do Martim Moniz e dos Idiofones
APEM – Associação Portuguesa de Educação Musical
Castanholas de Freamunde – Pedaços de Nós
Chocalheiros de Vila Verde de Ficalho
Grupo das Pedrinhas de Arronches
Orquestra de Canas Rachadas de Aveiras de Cima
Trupe da Cana Rachada

17h20
Rossio de Todos os Fones
Concerto dos Gaiteiros de Lisboa (Embaixadores) e Amélia Muge (Guardiã)

18h00
Rossio de Todos os Fones
Concerto com todos os tocadores dirigidos pelos Gaiteiros de Lisboa (“Embaixadores”)

Percursos dos Desfiles
- Praça do Comércio | Arco da Rua Augusta | Rua Augusta | Rossio
- Praça do Martim Moniz | Rua Dom Duarte| Praça da Figueira| Rua do Amparo | Rossio
- Praça da Alegria | Avenida da Liberdade | Praça dos Restauradores | Rua 1.º de Dezembro, Praça Dom João da Câmara | Rossio
- Praça Luís de Camões | Largo do Chiado | Rua Garrett | Rua do Carmo | Rossio


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Nota do editor:

Último poste da série > 22 de maio de  2015 > Guiné 63/74 - P14647: Agenda cultural (401): Apresentação do livro "Nós Enfermeiras Paraquedistas", coordenação de Rosa Serra, dia 29 de Maio de 2015, pelas 17 horas, no Clube Militar de Oficiais de Setúbal, Praça do Bocage - Setúbal

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Guiné 63/74 - P13540: Os nossos seres, saberes e lazeres (73): Há festa na Tabanca de Candoz, com o grupo de bombos de Santa Eulália, Ariz, Marco de Canaveses...




Vídeo 5' 44''




Vídeo 1' 47''






Marco de Canaveses > Paredes de Viadores e Manhuncelos >  Candoz > Tabanca de Candoz >  26/7/2014.> Grupo de Bombos de Santa Eulália, Ariz, no peditório para a festa em hona de Nossa Senhora do Socorro (que é semopre no último fim de semana de julho)

Fotos e vídeos: © Luís Graça (2014). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem: LG)


1. Tinha prometido ao Agostinho que publicava estes vídeos no nosso blogue. Ele é o cantador do Grupo de  Bombos de Santa Eulália, Ariz, Marco de Canaveses. Toca também concertina e caixa. Ele herdou o talento do seu avô que cantava à desgarrada. É uma geração, a do jovem Agostinho,  que, felizmente. já não irá à guerra (esperamo-lo bem!), e que é guardiã e continuadora de tradições desta nobre e valente gente do Douro Litoral.  Estas tradições fazem parte dos "nossos seres, saberes e lazeres" e são acarinhadas pelo pessoal da Tabanca de Candoz... O concelho do Marco de Canaveses pagou um pesado imposto em sangue, suor e lágrimas durante a guerra colonial: 45 dos seus filhos lá morreram, por terras de Angola, Guiné e Moçambique (vd lista nominal no portal Ultramar Terraweb).

Quando chega o verão, há foguetes e alegria no ar. Estes jovens ganham uns cobres acompanhando os mordomos das festas no peditório , casa a casa. Neste caso, o peditória era para a festa da padroeira da freguesia de Paredes de Viadores (e que agora passou taambém a incluir a antuga freguesia de Manhuncelos), a  Nossa Senhora do Socorro, que tem uma  capela que remonta ao séc. XIX, num dos pontos altos do território da freguesia...

O Grupo de Bombos de Santa Eulália de Ariz tem página no Facebook.

2. Diga-se, de passagem, que Ariz, que é sede de freguesia, é hoje conhecida pelo seu carnaval, os seus foliões e cabecudos,  mas também, no seu passado histórico, pela famigerada "forca de Ariz" onde terão sido foram exsecutados (, ficando  dependurados os seus cadáveres, como forma de terror) muitos dos condenados à morte até à extinção da pena capital no nosso país...  mas também alguns dos portugueses, vítimas da guerra civil, fratricida, entre liberais e absolutistas (1828-1834).

Ariz fazia parte, até 1852, do extinto concelho de Bem-Vuver (que ocupava a parte do sul do atual concelho de Marco de Canaveses)... Por estas terras também o lendário herói do "banditismo social", Zé do Telhado ( Castelões de Recesinhos, Penafiel, 1818  / Mucari, Malanje, Angola, 1875). e o seu bando, cujas façanhas ficaram na memória das gentes dos vales do Sousa e Tâmega (onde nasceu Portugal).  Desterrado, Zé do Telhado morreu em Angola (onde a sua memória ainda é, ao que parece, venerada). (LG)

domingo, 1 de dezembro de 2013

Guiné 63/74 - P12374: Agenda cultural (297): Comemorações do 1º de Dezembro, em Lisboa, na Av Liberdade, 14h30: 18 bandas filarmónicas e mais de mil músicos em desfile, culminando na interpretação conjunta de 3 hinos patrióticos, Maria da Fonte, Restauração e Nacional

1. Reproduzida, com a devida vénia, a seguinte notícia do portal Agenda Cultural de Lisboa:


MÚSICA › ESPETÁCULOS > 1 dez/13 > Domingo, às 14h30

21 agrupamentos e mais de 1000 músicos, provenientes dos mais diversos pontos do país descem a Avenida da Liberdade, dia 1 de dezembro, às 14h30, numa merecida homenagem a esta prática musical e à importante acção formativa e cívica das bandas filarmónicas.

Tendo como ponto de partida o monumento aos Mortos da Grande Guerra, o desfile descerá até à Praça dos Restauradores, terminando com uma interpretação conjunta das bandas participantes dos hinos da Maria da Fonte [, ouvir aqui a marcha da Maria da Fonte no sítio do Corpo de Fuzileiros], da Restauração e Hino Nacional, sob a direcção do Maestro Luís Filipe Ferreira (Sociedade Filarmónica União e Capricho Olivalense).

2. Nota de L.G.:

É o  1º de dezembro que não é feriado... E porque infelizmente é  ignorada ou esquecida por todos nós, recorde-se aqui a letra do Hino da Restauração (e já agora a música, tocada por um grupo de cordas da  Sociedade Recreativa 1º Dezembro – Vila Verde de Ficalho, Serpa; cortesia de Tiago Pereira, que tem um sítio fabuloso que todos os portugueses que amam a sua terra devem conhecer e divulgar: A Música Portuguesa a Gostar dela Própria):

Hino da Restauração

Portugueses celebremos
O dia da Redenção
Em que valentes guerreiros
Nos deram livre a Nação.

A Fé dos Campos de Ourique
Coragem deu e valor
Aos famosos de Quarenta
Que lutaram com ardor.

P'rá frente! P'rá frente!
Repetir saberemos
As proezas portuguesas.

Avante! Avante!
É voz que soará triunfal.
Vá avante, mocidade de Portugal!
Vá avante, mocidade de Portugal!


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Nota do editor:

Último poste da série >  26 de novembro de 2013 > Guiné 63/74 - P12346: Agenda cultural (296): Convite, Tertúlia Imperii Finis: "Os Deuses Não Moram Aqui" de Maria Saturnino, dia 27 de Novembro pelas 15h00 no Palácio da Independência em Lisboa (M. Barão da Cunha)

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Guiné 63/74 - P12219: Convívios (545): Uma festa em cheio, na sessão de lançamento do livro do José Saúde: Lisboa, Casa do Alentejo, 26/10/2013 (Parte I): Atuação do grupo musical "Os Alentejanos", de Serpa, que nos emocionaram, com a moda "Lá vai uma embarcação / Por esses mares fora, / Por aqueles que lá vão / Há muita gente que chora"



Vídeo (2' 46''). Alojado em You Tube / Nhabijoes

Lisboa > Casa do Alentejo > 26 de outubro de 2013 > Sessão de lançamento do livro do José Saúde, "Guiné-Bissau, as minhas memórias de Gabu, 1973/74" (Beja: CCA - Cooperativa Editorial Alentejana, 170 pp. + c. 50 fotos) (Preço de capa: 10 €).

Atuação do grupo musical "Os Alentejanos", de Serpa. Um homenagem sentida a um combatente da terra, o José Romeiro Saúde, nascido em Vila Nova de São Bento (em 23/11/1950), mas que foi cedo para Beja, a sua segunda terra, onde ainda hoje vive e onde nasceram as suas duas filhas.  Os dois concelhos viram sacrificados no "altar da Pátria", 69 dos seus filhos, durante a guerra do ultramar/guerra colonial: 35, de Beja; 34, de Serpa...

A "moda" que acima se reproduz evoca esses duros tempos em que os mancebos partiam para o Ultramar, ìndia, Angola, Guiné, Moçambique ... Ver, mais abaixo, a respetiva letra que começa assim: "É tão triste ver partir / Um barco do Continente, / Para Angola ou Moçambique / Lá lai outro contingente"...(LG)


Lisboa > Casa do Alentejo > 26 de outubro de 2013 > Um salão de cheio de gente, entre os quais diversos antigos combatentes, incluindo uma meia dúzia de membros da nossa Tabanca Grande: além do Luís Graça e do José Saúde, o Augusto Ismael, o Fernando Calado, o Manuel Joaquim, o José Vermelho, o Pedro Neves... Enfim, cito de cor, e corro risco de omitir mais alguém...  Sem esquecer, uma presença muito especial, que me emocionou, a de  Adelaide Gramunha Marques (ou Adelaide Crestejo), irmã do nosso malogrado Martinho Gramunha Marques, alf mil morto numa emboscada em 30/1/1965 em Madina do Boé. Era camarada e amigo do nosso António Pinto (a quem mando um abraço afetuoso  em meu nome e em nome da Adelaide, e em nome de mais dois manos que a acompanhavam, um irmão e uma irmã; tirámos uma foto, juntos, que hei-de publicar num próximo poste).



Lisboa > Casa do Alentejo > 26 de outubro de 2013 > A segunda parte da sessão, com a apresentação do autor e do livro. A mesa foi presidida pela dra. Rosa Calado (, esposa do nosso camarada Fernando Calado, e professora de história, e ambos naturais de Ferreira do Alentejo), que tem, na direção da Casa do Alentejo, o pelouro da cultura e do patrimómio. Em segundo plano, o Zé Saúde e o Luís Graça. (Um agradecimento é devido ao José Vermelho, que foi um precioso auxiliar do fotógrafo... Foi ele nos tirou as fotos, durante a segunda parte da sessão: é outro alentejano da diáspora: nascido em Marvão, foi depois para Castelo de Vide e, aos 18 anos,  abalou sozinho para Lisboa...).


Lisboa > Casa do Alentejo > 26 de outubro de 2013 > Felicíssimo, o Zé Saúde, com tantos amigos e camaradas à sua volta. Aqui apreciando, na primeira parte da sessão, os seus amigos "Os Alentejanos", que vieram de propósito de Serpa, para atuar na Casa do Alentejo... No foto, o Zé está à mesa com uma amiga de Beja, que o veio ajudar na sessão de venda de livros; e mais à esquerda a sua esposa.


Lisboa > Casa do Alentejo > 26 de outubro de 2013 > Grupo musical "Os Alentejanos", de Serpa, amigos do José Saúde, e que animaram a primeira parte da festa, antes da apresentação do autor e do livro pelo nosso editor Luís Graça e por Rosa Calada (diretora da Casa do Alentejo, com o pelouro da Cultura e Património).

Este grupo de música tradicional alentejana é um naipe de cinco vozes magníficas cuja atuação  nos alegrou, encantou e emocionou a todos... Fica aqui um registo para os nossos queridos leitores.

Vídeo, fotos e legendas : © Luís Graça  (2013). Todos os direitos reservados


Lá vai uma embarcação

É tão triste ver partir
Um barco do Continente,
Para Angola ou Moçambique
Lá lai outro contingente.

Tanta lágrima perdida,
Quando o barco larga o cais,
Adeus, minha mãe querida,
Não sei se voltarei mais.

Lá vai uma embarcação
Por esses mares fora,
Por aqueles que lá vão
Há muita gente que chora.

Há muita gente que chora,
Com mágoas no coração,
Por esse mares fora
Lá vai uma embarcação.

É tão triste ver partir
Um barco do Continente,
Para Angola ou Moçambique
Lá lai outro contingente.

Tanta lágrima perdida,
Quando o barco larga o cais,
Adeus, minha mãe querida,
Não sei se voltarei mais.

Lá vai uma embarcação
Por esses mares fora,
Por aqueles que lá vão
Há muita gente que chora.

Há muita gente que chora
Com mágoas no coração,
Por esse mares a fora
Lá vai uma embarcação.

Letra: 

Reproduzida, com a devida vénia,  do sítio Joraga Net > O Cante do Cante: Grupos Corais Alentejanos, página criada e mantida por José Rabaça Gaspar.

[Obrigatório visitar esta página, que contem um repositório riquíssimo de dezenas de "modas" da músicas tradicional Alentejana. Letras e  músicas recolhidas e gravadas por Francisco Baião e Manuel Aleixo, São Matias, Beja, 2011]

Contacto de "Os Alentejanos", 
música tradicional Alentejana, 
Serpa

Telem: 962 766 339 / 938 527 595

Email: joaocataluna@gmail.com

________________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 25 de outubro de 2013 > Guiné 63/74 - P12202: Agenda cultural (290): O nosso amigo e camarada de Beja, José Saúde, convida os camaradas da região de Lisboa para a sessão de apresentação do seu livro de memórias do Gabu (1973/74): Casa do Alentejo, sábado, 26, às 15h30... Há depois animação e convívio!

(**) Último poste da série > 28 de outubro de 2013 > Guiné 63/74 - P12212: Convívios (544): Magnífica Tabanca da Linha: 5ª feira, 17 de outubro de 2013 (Parte IV): Silêncio, meus senhores, que se vai cantar o fado!... Não se cantou, mas ficou a promessa (ou a ameaça ?) de, no 10º aniversário da Tabanca Grande, se fazer uma grande tarde (ou noite) do fado... Um dos nossos fadistas estava lá, e deu um arzinho da sua graça, o Armando Pires

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Guiné 63/74 - P10702: Tabanca de Candoz: Há a bazuca e a... mazurca; ou aqui não há festa sem música, sem dança no terreiro, sem contradança, valsa, fado, baile mandado..., ou seja, sem as velhas, novas, tunas rurais de Entre Douro e Minho...



Marco de Canaveses > Uma tuna rural dos anos 40 do séc. XX... (Fonte: AGUIAR, P. M. Vieira de - Descrição Histórica, Corográfica e Folclórica de Marco de Canaveses. Porto: Esc Tip Oficina de S. José. 1947). (Reproduzido com a devida vénia...)




Vídeo (2' 10'): © Luís Graça (2012). Todos os direitos reservados. (Clicar aqui para visualizar o vídeo, alojado no You Tube > Nhabijões)

 Quinta de Candoz, Paredes de Viadores, Marco de Canaveses, 20 de outubro de 2012... Festa de família, festa nortenha, festa portuguesa!... Esta é uma mazurca, daquelas que o povo de Candoz adora dançar!... Músicos: João e Júlio (violinos) + Nelo e Tiago (violas). O 1º violino é o nosso camarada Júlio Vieira Marques, que esteve na Guiné em meados dos anos 60 (O segundo a contar da esquerda). O 2º violino é o João Graça,  nosso grã-tabanqueiro (O primeiro  contar da esquerda)... (O Júlio e o João nunca ensaiaram juntos, e é a segunda vez que tocam juntos; a última foi também numa festa de família, há ano e meio).


1. A Tabanca de Candoz pode não ter ainda direito(s) de cidadania... no âmbito da Federação das Tabancas da Tabanca Grande (Matosinhos,  Melros, Centro, Linha,  Guilamilo, São Martinho do Porto, Lapónia ...) mas de tempos a tempos gosta de dar notícia de si, evidenciar-se, enfim, mostrar-se um bocadinho na montra do blogue. 

Até há pouco tempo, havia dois gatos pingados da Guiné, associados  a esta modesta Tabanca que fica lá para as bandas do Douro, com vistas para o rio Douro e  as serras do Marão, Aboboreira e Montemuro: o fundador deste blogue (e  um  dos seus editores), Luís Graça, e um tal Manuel Carneiro de quem o primeiro escreveu o seguinte no blogue A Nossa Quinta de Candoz, em 7 de outubro de 2007:

Foto à esquerda:  Manuel Carneiro, festa de N. Sra. Socorro, Paredes de Viadores, 27 de julho de 2008. (Crédito fotográfico: L.G.)


"Costuma-se dizer que o mundo é pequeno quando encontramos alguém, em circunstâncias, inesperadas ou insólitas. Alguém que já não vemos há muito, alguém de quem ouvimos falar mas que não conhecemos, enfim, alguém que gostaríamos de (re)encontrar.

Foi o que aconteceu com o Manuel Carneiro, ex-pára-quedista da CCP 121/BCP 12, que esteve na Guiné entre 1972 e 1974. Quem, primeiro, me falou do Manuel Carneiro foi o Victor Tavares, à mesa do Restaurante Vidal, em Aguada de Cima, Águeda, em 2 de Março último, tendo a nosso lado o Paulo Santiago, que jogava em casa…

"Como então tive ocasião de escrever, o Victor é um digno representante dessa escola de virtudes humanas e militares que foram (e são) os paraquedistas. Ele foi sobretudo um valoroso elemento da CCP 121 /BCP 12 que, na Guiné, entre 1972 e 1974, sofreu nove baixas mortais: seis na Operação Pato Azul (Gampará, Março de 1972) e três na valorosa 5ª coluna que, entre 23 e 29 de Maio de 1973, rompeu o cerco a Guidaje. Estes espisódios já aqui foram evocados pelo Victor, com dramatismo, autenticidade e rigor (*). (...)

"À mesa, na conversa que com ele tive, ao almoço, deu também para perceber que ele é também um grande homem, um grande português e um grande camarada, que foi um notável operacional mas que não se envaidecia pelo seu brilhante currículo como combatente e pelo facto de ainda hoje privar com os seus antigos oficiais, incluindo aquele que foi seu comandante e que atingiu o posto de major-general (se não erro, Bação da Costa Lemos, hoje na reforma), posto esse que é dificilmente alcançável entre as tropas pára-quedistas... O Victor foi e continua a ser muito respeitado pela família paraquedista, camaradas e superiores hierárquicos... A sua presença, na nossa Tabanca Grande, também nos honra, sobretudo pela sua grande experiência, camaragem e lealdade.

"Foi também nessa ocasião que eu vim a saber que um grande camarada e amigo do Victor foi um tal Manuel Carneiro, conterrâneo da minha mulher, Maria Alice Ferreira Carneiro, natural de Paredes de Viadores, concelho do Marco de Canaveses… Não têm qualquer parentesco entre si, apesar do apelido Carneiro…

"No dia 2 de Setembro de 2007, seis meses depois, acabo por conhecer o Manuel Carneiro. Estava eu a acabar as minhas férias de Verão, passando os últimos dias na pacatez e frescura de Candoz, com vista para a albufeira da barragem do Carrapatelo… No dia 2 era a festa do São Romão, orago da freguesia, Paredes de Viadores. Por volta das 16h, decidimos ir dar uma volta até ao sítio onde se realizava a festa do São Romão que não se compara, nem de longe nem de perto, com a grande festa anual da freguesia e do concelho, que é a Senhora do Socorro, na última semana do mês de Junho de cada ano…

"São Romão resume-se, em boa verdade, a um pequena procissão e pouco mais. Mas nesse dia actuava o Rancho Folclórico da Associação Juvenil de Paredes de Viadores…. Assisti  à (e filmei a) segunda parte deste simpático e jovem rancho, fundado em 1997. No final, entendi dever dar uma palavrinha reconhecimento e de estímulo ao respectivo director, que eu não sabia quem era…

"Levaram-me até ele e, qual não é a minha surpresa, quando lá chegado ele dispara, rápido, a seguinte exclamação:
- Mas... é o Dr. Luís Graça!
- Já nos conhecemos de algum lado ?
- Do blogue, pois, claro! Do blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné! Sou camarada do Victor Tavares, paraquedista da 121…
- Podes então dispensar o doutor… Dá-me cá um abraço, que os camaradas da Guiné tratam-se todos por tu!

"Fiquei então a saber que o Manuel Carneiro, de 55 anos, pai de três filhas, era nosso vizinho, conhecia muito bem a família da minha mulher, os Carneiro de Candoz, que era refomado da CP, que residia no Juncal, mesmo junto à estação do Juncal (Linha do Douro, entre Marco de Canaveses e Mosteiró) e que assumira há pouco tempo funções de director do Rancho Folclórico da Associação Juvenil de Paredes de Viadores

"A conversa inevitavelmente foi parar ao blogue, à Guiné e aos paraquedistas. O Manuel Carneiro está amiúdas vezes com o Victor, nos convívios periódicos da Companhia (CCP 121) e do Batalhão (BCP 12). Prometi-lhe apadrinhar a sua entrada na nossa Tabanca Grande. Disse-me que ainda não tinha email mas que ía com frequência visitar o nosso blogue, a partir do computador da filha mais nova…

"Prometi-lhe também divulgar o rancho por quem ele tem muito amor e a que dedica um boa parte do seu tempo, tanto no nosso blogue como no blogue da família, a Nossa Quinta de Candoz… Aqui fica, hoje, e com o atraso de mais de um mês, uma parte do prometido… A voz que se ouve no vídeo [ A Nossa Quinta de Candoz, poste de  7 de outubro de 2007 é do Manuel Carneiro a quem eu saúdo, como novo membro da nossa tertúlia". 

Na realidade, o Manuel Carneiro nunca chegou a ingressar, formalmente, na nossa Tabanca Grande, por falta de endereço de email e da foto da praxe, do tempo dos páras, mais a história que faz parte da joia de entrada; mas ainda estamos a tempo de corrigir essa anomalia, se ele continuar hoje a interessar-se pelo nosso blogue. Ultimamente não nos temos visto.

2. Outros dois são tabanqueiros, por direito próprio, jogam em casa, são da família Carneiro, foram ex-combatentes, mas não passaram pela Guiné:  os meus cunhados António Carneiro (o irmão mais velho da Alice) e o Zé Carneiro, o caçula, o mais novo. Há um, terceiro mancebo, o Manuel, hoje com 69 anos, que ficou livre da tropa.

O António, o mais velho, depois de regressar do Brasil, aos 24 anos, teve de cumprir o serviço militar. Era refratário... Estamos em meados dos anos sessenta. Com a especialidade de 1º cabo magarefe, da Manutenção Militar, foi mobilizado para Moçambique.

Em Tete, o António sofreu um grave acidente com uma pistola-metralhadora ligeira, uma UZI, disparada acidentalmente por um camarada... Milagrosamente salvou-se. tem um fecho "éclair", de alto a abaixo, do peito à barriga... O tiro perfurou-lhe sete órgãos. Hoje é um DFA - Deficiente das Forças Armadas (com cerca de 2/3 de incapacidade).

O mais novo, o Zé, por seu turno, foi parar a Angola... Foi 1º cabo trms inf, de rendição individual. Já  não se lembra a que companhia esteve ligado. Nem nunca encontrei ninguém desse tempo. Só se lembra de assentar arraiais em Camabatela, e andar a guardar cafezais lá para os lados de Negage e Quitexe. Não tem saudades nem da tropa nem de Angola.

Sobre a família, mesmo sendo suspeito, o que eu posso dizer é que  é gente danada para trabalhar, em casa e no campo, arrumar, lavar, cozinhar, organizar, fazer bolinhos, enfeitar, pôr os melhores panos na mesa, mesmo que no melhor pano às vezes caia a nódoa; é gente gregária, solidária, com valores cristãos; é, enfim, gente danada para a festa, a folia,  a brincadeira, a brejeirice, a dança, a música... Tanto elas como eles, ou ainda mais elas do que eles...

3. Agora junta-se à  pequena Tabanca de Candoz mais um camarada, esse, sim,  da Guiné, nada mais nada menos do que um corneteiro, de uma companhia que eu só fixei ser qualquer coisa como mil quatrocentos ou mil quinhentos e tal. e que terá andado por Madina do Boé... Tudo isto passa-se em meados da década de 60. Tenho que saber mais pormenores, mas ontem à noite não consegui apanhá-lo em casa (Mora em Matosinhos e tem oficina na Maia).



Quinta de Candoz, 20 de outubro de 2012 . Júlio Vieira Marques, violino (da tuna rural  Os Baiões)

Vídeo (2' 01''): Luís Graça (2012)

O Júlio faz parte do grupo musical Os Baiões, e é um entusiástico representante da tradição das tunas rurais que tiveram, nomeadamente na região do Marão, o seu apogeu nos anos 50. Até por volta dos seus 40 anos, o Júlio  também era um excelente tocador de violão. Um acidente com uma máquina de cortar madeira (ele é marceneiro de profissão), levou-lhe a falange do indicador da mão direita, obrigando-o a trocar o violão pelo violino (Repare-se na mão que segura o arco do violino,  no vídeo que aqui pode ser visualizado )... 

O Júlio é um exemplo extraordinário de força de vontade, talento, sensibilidade, coragem, disciplina e persistência. É, além disso, um homem afável e amigo do seu amigo. A morte, há uns anos atrás, de um companheiro e amigo, tocador de violão, levou-o a fazer um prolongado processo de luto, de vários anos, em que deixou pura e simplesmente de tocar. Para felicidade dele e nossa, acabou o luto, e hoje é capaz de estar um dia ou uma noite a tocar violino, sozinho ou acompanhado. 


O seu reportório é impressionante. Autodidata, também é construtor de violinos. Tem afinidades com a família de Candoz, é cunhado da Rosa, a irmã mais velha da Alice. A sua atuação em Candoz, em 20/10/2012, juntamente com outros músicos (tudo prata da casa!, tudo primos: João, Tiago, Luís Filipe, Miguel, Nelo, Joãozinho, violas, violões, bandolins, cavaquinhos, etc.), foi no âmbito das Bodas de Ouro de Casamento da Rosa & do Quim (, que é também, ele, um excelente "mandador de baile mandado", como se comprova neste outro vídeo disponível na nossa conta You Tube > Nhabijoes).

Espero, entretanto,  que o meu (e nosso) camarada Júlio aceite o meu convite para integrar formalmente a Tabanca de Candoz e a tabanca-mãe, a Tabanca Grande. Ficamos seguramente mais ricos com a sua presença humana e o seu talento musical.
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Nota do editor:


(*) Vd. postes  de:

9 de Novembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1260: Guidaje, de má memória para os paraquedistas (Victor Tavares, CCP 121) (2): o dia mais triste da minha vida