quarta-feira, 9 de abril de 2014

Guiné 63/74 - P12954: Os Nossos Cartazes de Propaganda (1): Parte I (Fernando Hipólito): quanto podia valer a entrega de um homem e de uma arma...



Cartaz nº 1


Cartaz nº 1 A


Cartaz nº 2







Cartaz nº 2 A

Cartazes de propaganda das Forças Armadas Portuguesas, s/d,  dirigiiridos ao IN e incentivando a sua deserção...  Foram ercolhidos entre 1969 e 1971, pelo nosso camarada Fernando Hipólito e por ele digitalizados.

Imagens: © Fernando Hipólito (2014). Todos os direitos reservados. [Edição: L.G.]


1. O Fernando Hipólito é um colecionador nato... Foi rapar do seu baú mais estas preciosidades, que começamoas hoje a publicar...

São cartazes de propagannda "antiterrorista" ou "antisubserviva", dirigididos aos guerrilheiros dos movimenos nacionalistas que nos combatiam em Angola, Guiné e Moçambique, mas também às "populaçãoes do mato", bem como à população em geral  (e nomeadamente africano) sem esquecer os nossos soldados cujo moral era preciso alementar e reforçar, face às duras condições da luta antiguerilha e ao efeito perverso da usura do tempo...

O Fernando Hipólito [, foto atual à èsquerda, ] é  ogrã-tabanqueiro, com o nº 650...Recorde-se que passou pelo CISMI, Quartel da Atalaia, Tavira, 3º turno, 1968. Foi fur mil, CCAÇ 2544, Angola, 1969/71. Esteve a maior parte do tempo no leste, em Lumege. Está refo9rmado da sua atividade  de vendedor na empresa de tintas de impressão, atividade essa a que não será estranha o seu goso pela salvaguarda deste tispo de suportes em papel , cartazes de propaganda e outros documentos icónicos impressos, allguns dos quais nos são familiares.

Estes cartazes foram recolhidos por ele entre 1969 e 1971 e, como ele muito bem diz, têm valor documental e historiográfico. São documentos avulsos, que iremos publicando ao longo de vários postes, nesta nova série. Todos os comentários dos nossos leitores serão bem vindos. Intteressa-nos, pro exemplo, saber em que TO (teatro de operações) e em que época  foram usados...

Guiné 63/74 - P12953: Os nossos médicos (75): Memórias do Dr. Rui Vieira Coelho, ex-Alf Mil Médico dos BCAÇ 3872 e 4518 (8): Colegas meus

1. Em mensagem do dia 23 de Março de 2014, o nosso tertuliano Dr. Rui Vieira Coelho, ex-Alf Mil Médico que esteve integrado nos BCAÇ 3872 e 4518 (Galomaro, 1973/74), mandou-nos mais uma memória dos tempos em que exerceu medicina na Guiné:


COLEGAS MEUS

Braima era ferreiro, curandeiro, feiticeiro de Galomaro, a quem eu jocosa e pomposamente chamava de "Meu Colega", já que ambos procurávamos tratar das maleitas dos doentes, com armas diferentes e processos também .
As mésinhas, beberagens, infusões e rezas eram as alternativas aos processos médicos clássicos e à terapêutica medicamentosa e cirúrgica estabelecida.

Invariavelmente quando não surtiam efeitos, nos doentes locais, os procedimentos utilizados, lá vinha o "Meu Colega"e o paciente na procura de um diagnóstico e de uma terapêutica diferente que lhe pudesse aliviar o sofrimento que a doença produzia.
É um princípio basilar médico, quando não se sabe envia-se a quem possa saber e resolver a situação, pois uma "vida não tem preço".  O que era um facto é que cada vez mais gente da população local recorria aos serviços de saúde militar e civil, provavelmente devido à confiança de procedimentos implementados por todos os meus antecessores e pela melhoria das instalações e atendimento.

Também enquanto estive em Galomaro consegui que o Chefe de Posto da Administração local me desse uma habitação degradada que eu juntamente com os maqueiros Santos e André, que sabiam de construção civil, recuperámos e a transformámos na Maternidade de Galomaro com três camas para parturientes e com instalações sanitárias e sala de partos e acomodações para uma Enfermeira-Parteira que veio no fim da minha comissão.

Em Galomaro também existia uma Missão de Sono com internamento e tratamento de doentes com tuberculose e lepra predominantemente, com doença de hansen (Sono) só um.
A malária, a desenteria amebiana a desidratação eram debeladas com relativa facilidade. No campo da saúde pública o programa de vacinação já estava bastante avançado: tuberculose, cólera, difteria, tétano e tosse convulsa assim como poliomielite estavam implementados como na metrópole, em toda a população. A hepatite, essa era endémica.

A higiene e a salubridade da população local eram muito reduzidas, dado não haver esgotos nem saneamento nem fossas sépticas. Os únicos seres que tratavam dos restos alimentares dos dejectos, ratos, cobras, animais mortos e lixeiras eram os Jagudis que eram. os guardiões da saúde pública na Guiné, pois limpavam o terreno de uma maneira exemplar e que estavam protegidos por lei que impediam de os molestar ou matar.
Para quem não sabe, os Jagudis são uma espécie de abutres, verdadeiros (Colegas) dos médicos de Saúde Pública.

Guiné > Região de Bafatá > Saltinho > Fevereiro de 2005 > O abutre ou jagudi (corruptela do crioulo jugude). 
Foto: © João/Paulo Santiago (2006). Direitos reservados.

O aquartelamento de Galomaro era relativamente novo e tinha instalações sanitárias adequadas, com esgotos cobertos e fossas sépticas.
Como "Colegas" tínhamos também os milhares de Morcegos que todas as noites, quando se ligavam os focos de iluminação para o exterior do aquartelamento, se alimentavam de milhões de insectos que se dirigiam para a luz.

Morcego, mamífero da ordem das Chiroptera e da família das Megachiroptera
Com a devida vénia a CulturaMix.com

A todos eles o meu agradecimento sincero.
Aos Morcegos, aos Jagudis e principalmente ao meu amigo Braima, todos eles "Meus Colegas"que me ajudaram durante a minha comissão a debelar muitas enfermidades e a preservar a saúde dos meus camaradas de armas e da população que me estava confiada por ser Delegado de Saúde da Zona de Galomaro-Cossé.

Alfa bravo do
Rui Vieira Coelho
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Nota do editor

Último poste da série de 13 DE MARÇO DE 2014 > Guiné 63/74 - P12832: Os nossos médicos (74): Memórias do Dr. Rui Vieira Coelho, ex-Alf Mil Médico dos BCAÇ 3872 e 4518 (7): "All you need is love" - as Berliet's rebenta-minas e os nossos picadores no trajecto entre Galomaro e Dulombi

Guiné 63/74 - P12952: Parabéns a você (717): Jorge Canhão, ex-Fur Mil Inf do BCAÇ 4612/72 (Guiné, 1972/74); Mário Gaspar, ex-Fur Mil Art MA da CART 1659 (Guiné, 1967/68) e Miguel Pessoa, Coronel Pilav Ref, ex-Tenente Pilav da BA 12 (Guiné, 1972/74)

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Nota do editor

Último poste da série de 8 de Abril de 2014 > Guiné 63/74 - P12946: Parabéns a você (716): José Augusto Ribeiro, ex-Fur Mil Art da CART 566 (Cabo Verde e Guiné, 1963/65)

terça-feira, 8 de abril de 2014

Guiné 63/74 - P12951: "Uadi-Bélaá" (Odivelas) (1): A terra para viver..., a terra de oportunidades..., a terra de acolhimento..., a terra com Jardins de Pedra (José Martins)

1. Mensagens, com anexo, do nosso camarada José Marcelino Martins (ex-Fur Mil Trms da CCAÇ 5, Gatos Pretos, Canjadude, 1968/70), enviadas respectivamente a:

Senhor Presidente da Junta de Odivelas, meu amigo 
Conforme nossa conversa havida em 22 de Fevereiro passado, aquando da inauguração da Rotunda Baden Powell, junto um texto acerca da utilização do Portão do Antigo Cemitério dos Tojais, em Odivelas, transformando-o num Memorial a todos os combatentes que, em Odivelas, desenvolveram a sua vida, contribuindo para o engrandecimento desta terra.
Espero que o texto e a ideia mereçam ser levados à Dra. Susana Amador, Presidente do Município, e que possa ser levado à prática. De qualquer das formas, agradeço o seu comentário.

Saudações Senhor Presidente da Liga dos Combatentes, meu General 
Pela presente levo ao seu conhecimento uma proposta de construção de um Memorial aos Combatentes, no Concelho de Odivelas.
Tudo o que se fizer pelos combatentes, nunca será excesso.

Camaradas de Armas
Como é meu timbre, aqui vai mais um texto sobre combatentes, pensado na utilização de património existente, e sem utilização actualmente.
Partilho, como sempre, os textos que vou escrevendo e, caso mereçam a vossa concordância, poderão publica-los.

Fraterno abraço
José Marcelino Martins


PROPOSTA DE MONUMENTO - 1


Guiné 63/74 - P12950: 10º aniversário do nosso blogue (2): Obrigado, camarigos! (Joaquim Mexia Alves)


Cartaz de aniversário, Conceção do nosso "designer" © Miguel Pessoa (2014)

1. Mensagem, de hoje, do Joaquim Mexia Alves [, ex-Alf Mil Op Esp/Ranger da CART 3492/BART 3873, (Xitole/Ponte dos Fulas); Pel Caç Nat 52, (Ponte Rio Udunduma, Mato Cão) e CCAÇ 15 (Mansoa), 1971/73)]

 Meus camarigos

Venho, mais uma vez este ano, agradecer a todos as mensagens de parabéns, aqui na Tabanca Grande e também no Facebook da Tabanca Grande.

Sou um homem rico: Tenho muitos amigos! Obrigado!

Não posso deixar de afirmar que nestes últimos anos da minha vida tenho ficado ainda mais rico em amizades, fruto sem dúvida da Tabanca Grande, em boa hora fundada pelo Luís Graça, e construída passo a passo, não só por ele, mas pela dedicação inigualável do Carlos Vinhal, com a ajuda do Eduardo Magalhães Ribeiro e, em tempos, do Virgínio Briote.

Claro que, sem o concurso de todos aqueles que para a Tabanca Grande concorrem, com textos, com fotos, com comentários, seria impossível o extraordinário êxito deste ponto de encontro de combatentes, sobretudo da Guiné.

A todos, sem excepção, a minha enorme gratidão.

Por causa da Tabanca Grande aprendi muitas coisas sobre mim, ou seja, sobre modos como reajo a certos estímulos, diversas situações da vida, que,  reconheço agora, são reacções provocadas por um “ter estado na guerra”, e que eu dantes desconhecia, mas ao ler os meus camarigos, vou entendendo melhor.

Um grande, enorme e camarigo abraço do

Joaquim Mexia Alves



"O meu pai e eu, em Dezembro de 1971, escassos dias antes de partir para a Guiné"... 
Foto e legenda de Joaquim Mexia Alves, disponível na sua página do Facebook- [Olímpio Duarte Alves recebeu, em 1925, a propriedade e a concessão das Termas de Monte Real, tendo sido o seu grande impulsionador durante quase meio século e também governador do distrito de Leiria, 1959-1969]

Foto: © Joaquim Mexia Alves (2014). Todos os direitos reservados
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Nota do editor:

Guiné 63/74 - P12949: Em busca de... (240): À procura dos Artilheiros de 1969 em Gadamael (Manuel Vaz)

1. Mensagem do nosso camarada Manuel Vaz (ex-Alf Mil da CCAÇ 798, Gadamael Porto, 1965/67), com data de 7 de Abril de 2014: 

Amigo Vinhal:
Como sabes, há meses que procuro contacto com alguém do Pel Art 13º (Gadamael, MAR/69). 
Até ao presente nenhuma pista se mostrou remuneradora e pensei apresentar no Blogue uma "petição pública" nesse sentido. 
Se falhar, só resta a pesquisa no Arquivo Militar em Lisboa. 
Pedia-te que, respeitando o protocolo seguido nestas circunstâncias, publicasses este Poste no Blogue, a ver se finalmente surgem boas notícias. 

Um abraço e Boa Páscoa para ti e família.
Manuel Vaz


À Procura dos Artilheiros de 1969 em Gadamael

A extinção de Aquartelamentos das NT na linha da Fronteira Sul, criou uma situação nova em Gadamael. Pela primeira vez, depois de obtido o controlo da estrada Cacine/Gandembel, o IN via alargado o seu campo de ação, numa zona sensível. O setor de Sangonha/Cacoca fora distribuído por Gadamael e Cacine, mas a proximidade da fronteira, a existência de estradas de penetração e as distâncias geradas criaram problemas novos.

 A 07/FEV/69 o Pel Rec 2085 é deslocado de Guileje para Gadamael e em Março seguinte é aqui colocado o Pel Art 13º. Tudo isto faz parte da memória da passagem dos Pelotões Independentes por Gadamael. Não foi muito difícil recolher elementos sobre os Pel Rec, mas ao abordar a presença dos Pel Art a pesquisa “encravou”.

Quando o Pel Art 13º chegou em MAR/69, estava em Gadamael a CART 2410 que em JUN/69 permutou a posição com a CCAÇ 2316 de Guileje. Esta, por sua vez em Setembro, é rendida pela CART 2478. A curta permanência das duas primeiras com o Pel Art impediu referências e contactos duradouros. Já a CART 2478, não tendo nenhum representante no Blogue nem tendo conseguido nenhum contacto, dificultou a recolha de informações(1)  sobre o que se passou em Gadamael entre SET/69 e DEZ/70, relativamente ao Pel Art 13º. Apesar da abordagem de vários camaradas, tentando encontrar contacto com os graduados do Pel Art 13º, o que se conseguiu recolher, limita-se a pouco: três fotografias e um nome.

Fotografias dos dois Furriéis do Pel Art 13º, gentilmente cedidas pelo camarada Luís Guerreiro

Pesquisando o nome de Fernando Lima, nas Páginas Brancas da PT, encontrei 13 telefones atribuídos, mas nenhum dos assinantes estivera em Gadamael. Já sobre o camarada da fotografia da direita, ainda não encontrei quem soubesse dizer sequer o nome.

Sobre o Alferes, comandante do Pel Art, o Camarada Vasco Pires sugere no Poste P11148, que o artilheiro que ele rendeu deve ser quem está na foto, nas suas costas “à paisana”, mas não sabe o nome dele. Há portanto forte probabilidade(2) do Pel Art 13º ter sido rendido pelo Pel Art 23º, talvez em SET/70 e termos na foto o Alf. do Pel Art 13º.

Fotografia publicada pelo Camarada Vasco Pires no Poste 11148, onde aparecem em destaque os Alferes artilheiros de Gadamael com o Vasco Pires à frente. Conhecidos, para além destes, estão ainda o Capitão Videira e o Alf. Mil. do Pel Rec, A. Costa Gomes, de óculos.

É esta a situação da pesquisa sobre o início da Artilharia em Gadamael. O que é imprescindível saber para reconstituir a memória do Pel Art 13º? Precisava saber: o nome do Alferes e as datas de chegada e partida de Gadamael do Pel Art 13º. Era ainda necessário saber quando o armamento do Pel Rec foi reforçado com o 3º Obus 10,5 e quando os Obuses foram agrupados em três espaldões, junto ao rio, do lado direito da saída do Aquartelamento e qual a razão desse local e desse agrupamento.

Será que algum leitor do Blogue pode dar uma ajudinha, esclarecendo estas dúvidas ou levando-nos ao contacto com alguém que saiba(3)  resolvê-las?

Poderão fazê-lo através do Blogue, enriquecendo o intercâmbio e o conhecimento de todos ou então para os meus contactos: familia.vaz@gmail.com // 252 615 517

Se mais esta tentativa falhar, resta remover resmas de O.S. no Arquivo em Lisboa!...
Obrigado
Manuel Vaz
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(1) - A HU desta Companhia é também muito sucinta, não registando nada sobre os Pelotões Independentes do seu tempo.

(2) - O Camarada Vasco Pires lembra-se que a Companhia que estava em Gadamael, quando lá chegou, era a CART 2478 e que o Pel Art que comandou foi o Pel Art 23º, mas não se lembra que Pel Art rendeu, nem tem a certeza da data/mês em que chegou.

(3) - A partir de Abril, terão lugar muitos encontros de Companhias, associando camaradas dos Pelotões Independentes. Seria uma boa altura para localizar alguém do Pel Art 13º
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Nota do editor

Último poste da série de 5 DE ABRIL DE 2014 > Guiné 63/74 - P12933: Em busca de... (239): Alfredo Custódio António, ex-Condutor Auto da CCAÇ 2660/BCAÇ 2905 (Teixeira Pinto, 1970/71) procura o seu camarada e amigo Silva de Lisboa

Guinjé 63/74 - P12948: Fotos à procura... de uma legenda (26): Mais um sítio de passagem, para alguns de nós, no tempo de tropa... Qual ? (Luís Graça)





Fotos: © Luís Graça (2014). Todos os direitos reservados. [Edição: LG]


1. A série "Fotos à procura... de uma legenda" (*) funciona como um "tapa-buracos", sobretudo no tempo das férias de verão, em que escasseia o material para o blogue... Mas não deixa de ser didática... Obriga (ou, melhor, convida) os leitores do blogue a um exercício de imaginação, ou de memória.

Hoje, depois de  ter regressado a casa, ao fim da tarde de ontem,  depois de 7 dias hospitalizado, e do consequente  "jejum bloguístico" (desde 3ª feira , 1 do corrente, que não publicava nada), e  depois de ter feito o meu exercío matinal com as minhas duas novas amigas, canadianas, proponho-vos quie liguem o vosso GPS e identifiquem  o sitio, ou melhor, a cidade ou vila  portuguesa, onde foram tiradas estas fotos...

As fotos são  receente, são  deste ano... numa altura em que eu já mancava da perna direitam, e se tornava penoso a subir  e a descer escadas, ruas e ruelas,,, Há pistas demasidado óbvias. De qualquer modo, foi um sítio por onde alguns de nós passaram na tropa.

Meus bons amigos e camaradas da Guiné, ponham lá a legenda, enquanto eu vou dar mais umas voltinhas de canadianas, dentro das quatro paredes da minha sala, porque já me doi o rabo de estar sentado, a perna direita  estendida ao comprido  e a trabalhar com o portátil...  

Mandem histórias para a série "A cidade ou vila que eu mais amei ou odiei na no meu tempo de tropa, amtes de ser mobilizado para o CTIG"... Um alfabravo para todos, Luís Graça.
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Guiné 63/74 - P12947: Lembrete (2): Lançamento do livro "Da Guiné Portuguesa à Guiné-Bissau: Um Roteiro" por Francisco Henriques da Silva e Mário Beja Santos, a ter lugar no Salão Nobre da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, Largo S. Domingos, Lisboa, amanhã, dia 9 de Abril, pelas 18 horas (Francisco Henriques da Silva / Mário Beja Santos)

1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 12 de Março de 2014:

Meu estimado camarada,
Gostava muito que me honrasse com a sua presença no lançamento de um trabalho onde investi alguns anos de estudo, fi-lo em colaboração com um querido amigo de longa data, o antigo embaixador Francisco Henriques da Silva, que também pertence à tertúlia e que combateu na Guiné entre 1968 e 1970, tendo se distinguido no decurso da guerra civil de 1998-1999, onde teve uma atuação diplomática incomum.

Procurámos pôr termo a uma lacuna escandalosa, em termos culturais, sintetizando o que há de mais relevante desde o descobrimento, passando pela ocupação efetiva, os tempos de Sarmento Rodrigues, a luta pela independência, a história da Guiné-Bissau, fazendo ponte para o que há de mais relevante em leituras e bibliografia.

Por isso mesmo o venho convidar a estar connosco num lançamento que em muito se prende com a minha participação no nosso blogue.

Um abraço do
Mário


"Da Guiné Portuguesa à Guiné-Bissau: Um Roteiro" 
Palácio da Independência, 9 de Abril, pelas 18h

C O N V I T E 

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Notas do editor

(*) Vd. poste de 6 DE MARÇO DE 2014 > Guiné 63/74 - P12798: Agenda cultural (305): O livro "Da Guiné Portuguesa à Guiné-Bissau - Um Roteiro", co-autoria de Francisco Henriques da Silva e Mário Beja Santos, vai ser apresentado no próximo dia 9 de Abril de 2014, pelas 18 horas, no Palácio da Independência. Apresentadores: Julião Soares Sousa e Eduardo Costa Dias

Último poste da série de 26 de Março de 2014 > Guiné 63/74 - P12901: Lembrete (1): 5ª feira, 18h30, FNAC Chiado, Lisboa, a nossa amiga Catarina Gomes, filha de ex-combatente, e jornalista, apresenta o seu primeiro livro "Pai, tiveste medo?"... Entre outros grã-tabanqueiros, estarão presentes o nosso camarada Zé Teixeira e o seu filho Tiago, médico (uma das 12 histórias pertence-lhe; outra é de um dos filhos do João Bacar Jaló)

Guiné 63/74 - P12946: Parabéns a você (716): José Augusto Ribeiro, ex-Fur Mil Art da CART 566 (Cabo Verde e Guiné, 1963/65)

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Nota do editor

Último poste da série de 7 de Abril de 2014 > Guiné 63/74 - P12940: Parabéns a você (715): António Rocha e Costa, ex-Alf Mil Op Especiais da CCAV 2539 (Guiné, 1969/71); Fernando Manuel Belo, ex-Soldado Condutor Auto do BCAV 8323 (Guiné, 1973/74) e Mário de Azevedo, ex-Fur Mil Inf da CCAÇ 6 (Guiné, 1970/72)

segunda-feira, 7 de abril de 2014

Guiné 63/74 - P12945: Estórias avulsas (77): A história do dia seguinte! (João Alberto Coelho)

1. O nosso Camarada João Coelho (ex-Alf Mil Op Esp/RANGER da 1.ª CART do BART 6522 – S. Domingos -, 1972/74) enviou-nos a seguinte mensagem e algumas fotos do seu álbum de memórias. 

Camaradas, 

Tal como prometi quando me apresentei no blogue, aqui vai:

A história do dia seguinte

Como disse, fomos flagelados com granadas de canhão sem recuo (cerca de sessenta). Enquanto ocorria a flagelação, o alferes Rocha (artilheiro), foi batendo a zona com o obus do meio com tiros para cima da fronteira a norte e nordeste, e com o do lado direito, para uma bolanha imensa que ficava a nordeste do aquartelamento e de onde parecia que as granadas estavam a ser lançadas. Então ao fim de pouco tempo deixaram de cair e nós pensámos que tudo tinha terminado. 

Só que 10 a 15 minutos depois somos novamente flagelados, desta vez com 6 misseis terra-terra (foguetões de 122 mm). Apenas 1 caiu na extremidade sul do aquartelamento, fazendo estragos nalgumas viaturas. 

No dia seguinte, bem cedo, lá fui eu com dois pelotões, bem armados e dispostos a tudo, a caminho de um marco da fronteira, lugar onde pensámos terem sido lançados os foguetões. Sem qualquer dificuldade encontrámos o local onde estiveram as rampas de lançamento. Ainda estivemos para entrar numa aldeia Senegalesa perto daquele local, mas tivemos o bom senso de não o fazer. 

Agora, faltava descobrir o local de onde tinham sido disparados os canhões. Começámos a bater a bolanha e mais ou menos a 2/3 para sul, demos com uma cratera provocada por rebentamento de granada de obus, a cerca de três metro e no meio do lugar onde estiveram os 2 canhões. Em volta, o capim era amarelo e vermelho e através de um informador soubemos que o IN teve várias baixas entre mortos e feridos. 

Se "por sorte", a granada não tivesse caído ali, possivelmente a flagelação continuaria e talvez as baixas fossem do nosso lado. 

A título de comentário, eu acho que o ataque foi muito bem planeado e executado, pois as granadas caíram quase todas à frente dos obuses, e se o IN tivesse um elemento a corrigir o tiro, tínhamos passado um mau bocado. 

Eu com outro camarada a assistir a um "RONCO"
O primeiro grupo de guerrilheiros do PAIGC a visitar S. Domingos (Com um comissário político do PAIGC e o 1º Sargento Cardante)
Em cima do célebre obus.
No varandim da messe (ao meu lado estão bocados de foguetão e bocados de granada de canhão)
 Estávamos perto de tudo... 

Obrigado pela vossa atenção a este meu relato. 

Abraços para todos os amigos, 
João Coelho
Alf Mil Op Esp/RANGER da 1.ª CART do BART 6522 –

Emblema de colecção: © Carlos Coutinho (2010).Direitos reservados. 
Fotos: © João Coelho (2010). Direitos reservados. 
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Notas de M.R.:

Vd. o último poste desta série em: 

Guiné 63/74 - P12944: Brochura, "Deveres Militares", SPEME, 2ª ed, 1969 (Fernando Hipólito): Parte VII: Deveres do Cabo da Guarda e Apresentação aos Superiores - ("Consciente de que entre os soldados se verificava ainda a existência de um grande número de elementos com iliteracia e baixa escolaridade, o Exército, entre 1961 e 1974, utilizou o humor dos cartunistas, de forma pedagógica, para alertar e instruir sobre questões de segurança e sobrevivência ou sobre a regulamentação da disciplina militar.")

1. Finalização da publicação dos Deveres Militares, edição SPEME de 1969, em banda desenhada com muito humor à mistura, enviado ao nosso Blogue pelo camarada Fernando Hipólito, ex-Fur Mil da CCAÇ 2544, Angola, 1969/71.











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Nota do editor

Poste anterior da série de 5 DE ABRIL DE 2014 > Guiné 63/74 - P12937: Brochura, "Deveres Militares", SPEME, 2ª ed, 1969 (Fernando Hipólito): Parte VI: Deveres do Cabo de Dia à Companhia - ("Consciente de que entre os soldados se verificava ainda a existência de um grande número de elementos com iliteracia e baixa escolaridade, o Exército, entre 1961 e 1974, utilizou o humor dos cartunistas, de forma pedagógica, para alertar e instruir sobre questões de segurança e sobrevivência ou sobre a regulamentação da disciplina militar.")

Guiné 63/74 - P12943: Os nossos seres, saberes e lazeres (70): Pinturas a partir de fotos com mais de 40 anos (Jaime Machado)

1. Mensagem do nosso camarada Jaime Machado (ex-Alf Mil Cav, CMDT do Pel Rec Daimler 2046, Bambadinca, 1968/70) com data de 4 de Abril de 2014:

Caro amigo e camarada Carlos
Em anexo envio alguns quadros que pintei a partir de fotos que tirei na Guiné. 
Algumas dessas fotos foram tiradas há mais de 40 anos. 
Se entenderes que tem algum interesse publica, por favor.

Um abraço
Jaime Machado



Quadro acrílico s/ tela, 40x40, a partir de foto tirada em Bambadinca em 1968

Quadro óleo s/ tela, 60x50, a partir de foto tirada em Bambadinca em Setembro de 1969.

Quadro acrílico s/ tela, 40x40, a partir de foto tirada em Cansamba em 1969.

Quadro acrílico s/ tela, 60x60, a partir de foto tirada na Guiné em 2010.

Quadro óleo s/ tela, 60x50, a partir de foto tirada em Bissau em Fevereiro de 1970
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Nota do editor

Último poste da série de 4 DE ABRIL DE 2014 > Guiné 63/74 - P12931: Os nossos seres, saberes e lazeres (69): Provérbios em crioulo (Enviado pelo Major OpEsp/RANGER - na situação de reforma -, Humberto Bordalo)