Reproduzido com a devida vénia, por sugestão do João Crisóstomo, nosso camarada da Guiné e membro da nossa Tabanca Grande (*)
(i) é natural de A-dos-Cunhados, Torres Vedras; (ii) foi alf mil, na CCAÇ 1439 (Enxalé, Porto Gole, Missirá, 1965/66); (iii) vive em Nova Iorque desde 1975; (iv) é um mediático ativista comunitário, tendo estado ligado à defesa de três causas que tiveram repercussão internacional e que nos dizem muito, a nós, portugueses (gravuras de Foz Coa, independência de Timor Leste e memória de Aristides Sousa Mendes); e, não menos importante, (v) integra a nossa Tabanca Grande desde 26 de julho de 2010.
Aristides Sousa Mendes homenageado em igrejas e sinagogas à volta do mundo
O diplomata português Aristides de Sousa Mendes será homenageado em igrejas e sinagogas de todo o mundo no dia 17 de junho, lembrando os seus esforços de salvar milhares de judeus do regime nazi.
A iniciativa para o dia em que se celebram 60 anos após a morte do diplomata e 70 anos do holocausto judeu é de João Crisóstomo, um português residente em Nova Iorque que organizou uma iniciativa semelhante em 2004.
[Foto à direita, João Crisóstomo, na sua terra natal, Paradas, A-dos-Cunhados, Torres Vedras, em 15 de outubro de 2013; foto de L.G.]
Nesse ano, foram celebradas 34 missas e celebrações em sinagogas em 22 países, da África do Sul ao Canadá e à Venezuela.
As homenagens acontecem nos dias 17, 20 e 22 de junho e vão celebrar também Luís Martins de Sousa Dantas, um diplomata brasileiro que salvou cerca de 800 pessoas.
“Decidi celebrar o 17 de junho, a que chamo o Dia da Consciência, porque acho que as pessoas devem ser celebradas por aquilo que de bom fizeram em vida e não pelo dia em que nasceram ou morreram”, disse João Crisóstomo.
Os prelados do Rio de Janeiro, Vaticano, Bordéus e Luxemburgo já confirmaram a sua participação. João Crisóstomo diz já ter contatado vários outros países, como África do Sul e Bélgica.
Nos EUA, estão agendadas missas em Newark, Long Island e Yonkers, perto de centros de comunidades imigrantes portuguesas.
Em Portugal, o Patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, já confirmou a sua participação, bem como as Dioceses de Braga, Viseu, Bragança, Setúbal e Beja.
“O bispo das Forças Armadas, a Ordem Franciscana, a Comunidade de Sto. Egídio e as comunidades israelitas de Lisboa e Porto também já responderam afirmativamente”, disse João Crisóstomo.
O português está a tentar agora o apoio do próprio Papa Francisco.
“Escrevi-lhe uma carta, na esperança de uma reação que valorizasse o ato de consciência do cônsul. Já falei com D. Renato Martino (prefeito emérito do Pontifício Conselho Justiça e Paz) e também com o Cardeal Saraiva Martins (prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos). Continuo a acreditar que sua Santidade possa liderar a iniciativa”, disse João Crisóstomo.
Quanto à participação das sinagogas na homenagem, o trabalho está a ser coordenado pela Fundação Raul Vallenberg, de que João Crisóstomo é vice-presidente.
Em 1940, o cônsul português de Bordéus terá salvo milhares de judeus e outros refugiados de guerra, visando vistos sem autorização do Ministério dos Negócios Estrangeiros português, facto que levou à sua punição disciplinar. (**)
[Foto à direita, João Crisóstomo, na sua terra natal, Paradas, A-dos-Cunhados, Torres Vedras, em 15 de outubro de 2013; foto de L.G.]
Nesse ano, foram celebradas 34 missas e celebrações em sinagogas em 22 países, da África do Sul ao Canadá e à Venezuela.
As homenagens acontecem nos dias 17, 20 e 22 de junho e vão celebrar também Luís Martins de Sousa Dantas, um diplomata brasileiro que salvou cerca de 800 pessoas.
“Decidi celebrar o 17 de junho, a que chamo o Dia da Consciência, porque acho que as pessoas devem ser celebradas por aquilo que de bom fizeram em vida e não pelo dia em que nasceram ou morreram”, disse João Crisóstomo.
Os prelados do Rio de Janeiro, Vaticano, Bordéus e Luxemburgo já confirmaram a sua participação. João Crisóstomo diz já ter contatado vários outros países, como África do Sul e Bélgica.
Nos EUA, estão agendadas missas em Newark, Long Island e Yonkers, perto de centros de comunidades imigrantes portuguesas.
Em Portugal, o Patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, já confirmou a sua participação, bem como as Dioceses de Braga, Viseu, Bragança, Setúbal e Beja.
“O bispo das Forças Armadas, a Ordem Franciscana, a Comunidade de Sto. Egídio e as comunidades israelitas de Lisboa e Porto também já responderam afirmativamente”, disse João Crisóstomo.
O português está a tentar agora o apoio do próprio Papa Francisco.
“Escrevi-lhe uma carta, na esperança de uma reação que valorizasse o ato de consciência do cônsul. Já falei com D. Renato Martino (prefeito emérito do Pontifício Conselho Justiça e Paz) e também com o Cardeal Saraiva Martins (prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos). Continuo a acreditar que sua Santidade possa liderar a iniciativa”, disse João Crisóstomo.
Quanto à participação das sinagogas na homenagem, o trabalho está a ser coordenado pela Fundação Raul Vallenberg, de que João Crisóstomo é vice-presidente.
Em 1940, o cônsul português de Bordéus terá salvo milhares de judeus e outros refugiados de guerra, visando vistos sem autorização do Ministério dos Negócios Estrangeiros português, facto que levou à sua punição disciplinar. (**)
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Notas do editor:
(**) Último poste da série > 28 de maio de 2014 > Guiné 63/74 - P13204: Efemérides (159): Foi há 45 anos, o ataque a Bambadinca, dois meses depois da Op Lança Afiada... Parágrafo lacónico na história do BCAÇ 2852: "Em 28 [de Maio de 1969], às 00H25, um Gr IN de mais de 100 elementos flagelou com 3 Can s/r, Mort 82, LGF, ML, MP e PM, durante cerca de 40 minutos, o aquartelamento de Bambadinca, causando 2 feridos ligeiros"