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sexta-feira, 11 de abril de 2014

Guiné 63/74 - P12968: 10º aniversário do nosso blogue (4): Para além do Mário de Oliveira e do Arsénio Puim, terá havido mais capelães militares expulsos do CTIG... Terá sido o caso do alf mil capelão, também de nome Mário, do BCAÇ 4513 (Aldeia Formosa, Nhala, Buba, 1973-74), ainda em Bolama, na IAO... (Testemunho de um leitor e camarada nosso que pede reserva de identidade)


Guiné > Zona Leste > Setor L1 > Bambadinca > CCS / BART 2917 (1970/72) > s/d> O Alf Mil Capelão Arsénio Puim, expulso do Batalhão e do CTIG em Maio de 1971.

Foto: © Gualberto Magno Passos Marques (2009). Todos os direitos reservados



Guiné-Bissau > Região do Oio > Mansoa > 1995 > O jornalista Mário de Oliveira com o padre missionário que foi encontrar em Mansoa.

Foto: © Padre Mário da Lixa (2003) (com a devida vénia...)


1. Mensagem de um nosso leitor (e camarada) que não quer ser identificado, por razões que me apresentou e que eu aceitei como válidas, estando esta situação prevista nas regras originais do nosso blogue. 

Será apenas identificado pela última letra do alfabeto, Z (*). Tenho os contactos de telefone e endereço de email. Vive na região Centro.


Data: 27 de Março de 2014 às 03:07

Assunto: Capelães militares expulsos

Caríssimo Luís Graça.

Antes de mais, permite-me que me apresente. Sou [Z...],  ex-Alf.Mil. da 2ª CCaç. do BCaç. 4513 (Aldeia Formosa-Nhala-Buba - 1973-74), actualmente reformado.

Hesitei bastante antes de me decidir por este contacto, duvidando se valeria a pena. Mas, tudo vale a pena, vale sempre a pena... Isto, porque, li ontem (dia 25 de Março) no Blog que tão bem "comandas", e que visito diariamente desde que o descobri por acaso, há já uns anos, li, dizia, o seguinte: [vd. poste P12897]: «Em toda a história da guerra colonial, no CTIG, houve dois casos de capelães militares que foram "expulsos"», a propósito das referências ao Padre Mário da Lixa. 

Ora, acho que vale a pena corrigir esta afirmação e pôr em dúvida se, estaremos nós, hoje, em condições de saber quantos padres e não padres terão sido subtilmente, (ou com mediatismo como é o caso do Padre Mário da Lixa), afastados do território da Guiné sem deixar rasto. 

É preciso ter presente que a PIDE agia sem espalhafato e com muito profissionalismo. O caso que conheci de perto, o do Alf Mil Capelão que integrava o meu Batalhão no início, e que ainda não vi referido no Blog, é um indício de que podem ser muitos mais os padres que "desapareceram", ou foram afastados.

 Este que cito, e com quem me dava muito bem, "desapareceu" da noite para o dia, literalmente. Ao princípio, com ingenuidade e a medo, alguns ainda perguntavam: «Viste o Capelão? O que é que lhe aconteceu?». Mas a compreensão veio rápida e também o silêncio tácito e sensato. Todos pensaram: «O caso não me diz respeito». Caso abafado!

Tudo isto aconteceu apesar de, no dia de apresentação do Batalhão ao General Spínola em Bolama e na reunião que se lhe seguiu com ele e com todos os oficiais, ele lhe ter dito: «O nosso Alferes pode falar à vontade, dizer o que pensa, porque daquela porta - e apontou - não sairá uma palavra. (O Cmdt do Batalhão, enfiado, transpirava e bufava...). 

O General, antes, interpelara-me a mim. Queria saber o que eu pensava da nossa presença em África, da nossa acção na Guiné, do contributo dos militares naquela sociedade, etc. E eu, cobardemente, (sensatamente?), recitei-lhe a cartilha oficial, a que me ensinaram, sem introduzir originalidades nem virtuosismos, enfim, pensando que era o que ele queria ouvir (e não era), mesmo se o meu pensamento estava nos antípodas do que lhe dizia, devido à minha sólida politização, muito anterior à entrada para o Exército. 

O General ouviu-me em silêncio (e eu a ler-lhe o pensamento: «Mais um idiota!»), e depois interpelou o Alf Capelão. Quando este começou a falar, sem tibiezas e com uma audácia a roçar o desaforo, para as circunstâncias e para a época, eu não sabia onde me havia de enfiar... Foi então que o Gen. Spínola o interrompeu para o pôr à vontade, como citei antes. E ele continuou, pondo em dúvida o colonialismo e a legitimidade de tudo quilo que a maioria entende por legítimo, natural, a ordem das coisas..., mas também questionando o estado social da colónia, em pleno século XX, depois de 500 anos de colonização. 

Era um valente. E não apenas intelectualmente: vi-lhe dar um murro nos queixos a um soldado que apalpou o rabo a uma adolescente estudante de Bolama que seguia à nossa frente no passeio, que ele até voou!. Ficámos amigos e com muito respeito mútuo: ele era padre católico e eu ateu empedernido. Desapareceu depois de uma distribuição clandestina de panfletos à tropa sobre, creio, a má alimentação que era distribuída aos soldados, (ou a toda a tropa?).

Há uns anos comecei na Net a fazer tentativas de o encontrar, mas em vão. Nem do seu nome já estou certo, apenas me recordando que era Mário. Daí que tenha entrado em contacto com o Padre Mário da Lixa, nome que já conheço há muitos anos, mas apenas o nome, na esperança de que fosse ele próprio, (tinha muitas reservas), ou que me soubesse dar pistas. Ele foi muito amável comigo, mas não me pôde ajudar. Foi então que dei conta do desfasamento das nossas passagens pela Guiné. Desisti.

Muito mais teria para dizer, mas acho que já me excedi. Poderás, se o entenderes, fazer uso deste texto, (ou eliminá-lo), desde que não seja referido o meu nome. 

Porquê? Porque fiquei mal impressionado e muito preocupado quando, em tempos li no Blog referências a um "caso" que foi mediático e que se passou na minha Companhia, entre os alferes e o capitão e, desde aí, fiquei sempre a pensar que, pese embora a nobreza e os objectivos do Blog, e de ser um veículo honesto para o reencontro das pessoas e das ideias, também pode permitir intromissões despudoradas e mal informadas (intencionadas?), que foi o que se passou no caso da minha Companhia. 

Senti-me visado. Vi pessoas vangloriar-se de actos que não praticaram e outros fazerem críticas sem conhecimento de causa. Tudo foi mais complexo do que as pessoas pensam. E mais melindroso. As pessoas que opinaram não sabem, por exemplo, que a dada altura esteve eminente um acto da maior violência, que poderia ter "descambado" e provocado muitos mortos. Porque o caso gerou partidários e, no envolvimento, vieram ao de cima as piores qualidades humanas, traduzidas em vinganças, traições e cobardias, mesmo de quem não se esperaria. Imperou o bom-senso, felizmente. 

Sei do que falo porque estive directamente envolvido. (Foram precisos 40 anos para eu falar assim abertamente. E não sei se a despropósito). No Blog, apenas um veio a terreiro, honesto e sem papas na língua pôr os pontos nos iis: um furriel miliciano da minha Companhia, que não citarei. E ninguém falou mais no assunto. Por tudo isto, prefiro "não dar a cara". Não esquecerei o assunto mas não quero polémicas. E não só eu, pelos vistos... De toda a Companhia, que eu saiba, apenas um antigo camarada "dá a cara". Não é por acaso.

Caro Luís Graça. Repito que podes simplesmente apagar este relato sem qualquer melindre da minha parte. A menos que aches que traz alguma novidade em relação aos capelães afastados.

Se o entenderes, podes usar este mail para dizer alguma coisa.

Um abraço deste admirador do teu excelente trabalho (bem coadjuvado é certo),
o ex-combatente,  Z [...]


 2. Caro camarada:

Obrigado pela tua desassombrada e oportuna mensagem... Agradeço-te igualmente a sinceridade das tuas palavras. Devo dizer-te, desde já, que quero publicar o teu poste, sem te identificar pelo nome (conforme teu pedido)... É mais um contributo, importante, para este dossiê, delicado, que tem a ver com a "santa aliança" Estado Novo-Igreja Católica, nomeadamente em África e durante a guerra colonial...

Tens toda a razão em contestar a minha afirmação segundo a qual «em toda a história da guerra colonial, no CTIG, houve dois casos de capelães militares que foram "expulsos"... Em boa verdade, eu não me exprimi de maneira clara, concisa e precisa: queria eu dizer que apenas conhecia "dois casos", de que o blogue, de resto, já se tinha feito eco... No fundo, o que eu queria é que aparecessem mais depoimentos sobre os "nossos capelães", e eventualmente mais casos como os do Mário de Oliveiraário e do Arsénio Puim... Falamos de testemunhos em primeira mão, como o teu...

Falas-me do capelão do BCaç 4513 (Aldeia Formosa, Nhala, Buba, 1973-74),.. Que desapareceu sem deixar rasto, e cujo primeiro nome seria Mário...Vamos tentar descobrir o seu paradeiro, E para isso é importante a divulgação da tua mensagem. Não é habitual publicarmos mensagens sem identificação do autor, mas eu entendo a tua relutância e o teu melindre em dar a cara...Preciso, em todo o caso de saber em que data e em que poste foi abordado ou comentado o caso que referes:

(... ) Porque fiquei mal impressionado e muito preocupado quando, em tempos li no Blog referências a um "caso" que foi mediático e que se passou na minha Companhia, entre os alferes e o capitão e, desde aí, fiquei sempre a pensar que, pese embora a nobreza e os objectivos do Blog, e de ser um veículo honesto para o reencontro das pessoas e das ideias, também pode permitir intromissões despudoradas e mal informadas (intencionadas?), que foi o que se passou no caso da minha Companhia. 

Senti-me visado. Vi pessoas vangloriar-se de actos que não praticaram e outros fazerem críticas sem conhecimento de causa. Tudo foi mais complexo do que as pessoas pensam. E mais melindroso. As pessoas que opinaram, não sabem, por exemplo, que a dada altura esteve eminente um acto da maior violência, que poderia ter "descambado" e provocado muitos mortos. 

Porque o caso gerou partidários e, no envolvimento, vieram ao de cima as piores qualidades humanas, traduzidas em vinganças, traições e cobardias, mesmo de quem não se esperaria. Imperou o bom-senso, felizmente. Sei do que falo porque estive directamente envolvido. (Foram precisos 40 anos para eu falar assim abertamente. E não sei se a despropósito). (...)

Sobre o teu BCAÇ 4513 (e as suas várias companhias), temos apenas 18 referências... e não me lembro do tal "caso" (de insubordinação ?) a que te referes. É natural, o blogue tem 10 anos, 13 mil postes, 652 camaradas registados, fora os "visitantes", e mais de 45 mil comentários... Tens que me ajudar a identificar essa "cena"... de eu não me lembro:

(...) No Blog, apenas um veio a terreiro, honesto e sem papas na língua pôr os pontos nos iis: um furriel miliciano da minha Companhia, que não citarei. E ninguém falou mais no assunto. Por tudo isto, prefiro "não dar a cara". Não esquecerei o assunto mas não quero polémicas. E não só eu, pelos vistos... De toda a Companhia, que eu saiba, apenas um antigo camarada "dá a cara". (...)

Sim, o ex-1º cabo cripto José Carlos Gabriel, 2.ª CCAÇ / BCAÇ 4513 (Nhala, 1973/74)... Há outro camarada, o Fernando Costa , ex-fur mil trms, mas esse pertenceu à CCS/BCAÇ 4513 (Aldeia Formosa, mar73 / set74)...

Sobre os nossos capelães, há dois Mário Oliveira, o da Lixa (1967/68), que esteve em Mansoa, e um outro que andou por Catió (1971/72)... E este último era tenente miliciano...  Mas nenhum deles é do teu tempo.

Se tiveres um telefone fixo, diz.me, que eu ligo-te... De qualquier modo, vou ter um intervenção cirúrgica, a partir de 3ª feira, dai 1 de abril... e devo ficar uma semana no "estaleiro", sem poder editar o blogue... Mas os coeditores continuam de serviço... Se me quiseres contactar (ou responder por esta via), fico-te grato. Gostaria de publicar, até lá, o teu texto.... Tens os meus contactos: . Diz-se se posso (e devo) referir a tua companhia e batalhão omitindo o teu nome e posto... Concordas ?

Um alfabravo (ABraço). Luis

3.  No dia 30 de Março último, o nosso camarada Z... responmdeu-me nestes termos:

(...) Olá, caro amigo Luís Graça.

Fiquei muito contente ao abrir o Mail e ver logo que te deste ao trabalho de me responder.
É uma honra muito grande. Porque já sou teu amigo há algum tempo, mesmo sem o saberes nem me conheceres e porque tenho uma grande admiração (e respeito) pelo gigantesco trabalho que tens feito, mesmo ajudado, para manter em funcionamento este "veículo" que leva a todo o lado e a toda a gente uma mensagem, uma recordação, um abraço e muita divulgação. (***)

Como é possível? Como consegues ter tempo para me dar atenção em particular e ainda disponibilizar os teus contactos pessoais? Por tudo isto, espero que a "tal" intervenção cirúrgica não seja nada de especial... já agora, desejo-te uma rápida recuperação.

Ainda tentei à tarde ligar-te para casa, para te poupar o trabalho de leres estas linhas, mas não resultou. Eu também não me sentia muito à vontade para devassar a tua privacidade.
Sobre as questões colocadas, gostaria de as separar em duas partes: a questão dos alferes de Nhala [, sobre a qual peça reserva e é só para teu conhecimento].

Sobre a questão da publicação do texto sobre os Alferes Capelães, tem menos que saber: podes publicar todos os elementos menos o meu nome, embora para os daquela "guerra" seja facilmente identificável. Os Capelães que me referenciaste são anteriores à minha comissão. Já agora só mais uma curiosidade: tal como o Alf Capelão não chegou a sair de Bolama onde fazíamos o IAO, também o Cmdt. do Batalhão, Ten Cor Andrade e Sousa seria substituído (nunca soube as razões, ou não recordo), pelo Ten Cor. Carlos Ramalheira até ao fim da comissão. Cordelinhos do Spínola...

Não te roubo mais tempo. Muito gostaria de te dizer como, não "dando a cara", perco horas esmiuçando o "nosso" blog no prazer de rever as terras da Guiné e as suas gentes (tão maltratadas ainda hoje), rever caras conhecidas e rever amigos que não me conhecem. Outro deles, é o Mário Beja Santos, de quem já li tudo o que havia para ler, e que continuei a acompanhar no seu regresso à terra e às pessoas que ama, lá onde todos nós deixámos um pouco da pele, mas de onde trouxemos muito mais do que levámos.

Para me contactares, para além deste mail; fica com o meu telefone fixo e telemóvel [...]

Boa recuperação e um abraço.

Sempre ao dispor (...)

____________

Notas do editor:

(*) Vd. página II Série do Blogue > Como entrar para a Tertúlia dos Amigos e Camaradas, ex-combatentes, da Guiné (1963/74)

(...) Os autores são sempre identificados pelo seu nome (excepcionalmente, por pseudónimo, ou iniciais, em caso de razões ponderosas) e são responsáveis pelo que escrevem ou editam. O mesmo acontece [, utilização de pseudónimo ou iniiciais] com militares ou combatentes, de um lado e de outro, ainda vivos, cujo comportamento possa ser objecto de crítica, por razões criminais, éticas, disciplinares ou outras. (...)

(**) Sobre o Mário Oliveira, tenente miliciano capelão que esteve em Catió, ver aqui:

30 de janeiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1474: O capelão Mário Oliveira, de Catió, que ia a Bedanda (Mário Bravo)

28 de Janeiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1469: Bedanda, manga de saudade ou uma dupla sinistra, o padre e o médico (Mário Bravo, CCAÇ 6)

Guiné 63/74 - P12966: 10º aniversário do nosso blogue (3): Resultados preliminares (n=67) da nossa sondagem ("Camarada, com que regularidade falas da guerra, aos teus filhos?")... Mais de um terço admite que nunca falou ou raramemte fala, da guerra, aos seus filhos...



Cartaz dos 10 anos da nossa Tabanca Grande 
Conceção do nosso "designer" © Miguel Pessoa (2014)


1. No dia 23 de abril, completamos 10 anos de existência. São cinco comissões na Guiné. O que é obra...

A efeméride já começou a ser comemorada (*), contando com a boa vontade, o entusiasmo e a participação de muitos dos nossos amigos e camaradas que já têm, lugar cativo à sombra (ou ao sol) do nosso mágico poilão...

E uma das formas de participar é responder `à sondagem que está em curso, "on line"  (vd. canto superior esquerdo do blogue) e que tem como pergunta: "Camarada, com que frequência falas da guierra aos teus filhos ?"...

Em boa verdade, deveríamos fazer duas sondagens, cada uma com um pergunta ligeiramente diferente: (i) "Camarada, com que frequência falavas da guierra aos teus filhos, antes de entrar para o blogue ?"; (ii) "Camarada, com que frequência falas da guierra aos teus filhos, hoje, depois de entrares para o blogue?"...

Eu penso que muitos de nós só há dez anos para cá tirou q  rolha da boca, ou a pedra do vulcão, ou abriu o baú das memórias há relativamente pouco tempo, agora que a guerra acabou há 40 anos, os filhos cresceram, e as vidas profissionais chegavam ao fim...Temos hoje não só outra distância (em relação aos aconmtecimentos) como outra disponibilidade (nomeadamente mental) e até outyra sabedoriam, sob a forma de ver as coisas e verno-nos a nós próprios.

Eu próprio deixei de pensar e de falar na guerra, mal regressei. Ou tentei fazê-lo. Sói depois de acabar o meu curso de licenciatura em sociologia, em 1980, é que comecei a escrever e a publicar ar os primeiirso textos (no extinto semanário "O Jornal")... Mas lá em casa a guerra caontinuava tabu...Não se falavaa dela...até ao aparecimento e desenvolvimento do blogue  e a o envolvimento da família nos nossos primeiros encontros...

Julgo que o mesmo se terá psssado com muitos outros camaradas... 

2. O tema desta sondagem surgiu-me a partir do título do livro da jornalista e nossa amiga Catarina Gomes, ela própria filha de um combatente, já falecido ("Pai, tiveste medo?", Lisboa,  Matéria-Prima Edições, 2014, 248 pp). 

Admito que eu muitos casos os nossos filhos nos façam perguntas insólitas e difíceis: (i) pai, andaste na guerra ? (ii) pai, mataste alguém ?; (iii) pai, viste morrer camaradas teus ?; (iii) pai, tiveste medo ?... E admito que tenham curisidade em saber: (v) pai, temos algum mano oui mana na Guiné ?... São perrguntas que os meus filhos já me fizeram...

Em geral, as nossas recordações entre camaradas, nos convívios anuais, da unidade ou subunidadee a que pertencemos. Podemo levar a família, mas as conversas mais íntímas deixam de fora a mulhere e os filhos... Felizmente que as coisas se estão a alterar e que a nossa comunicaç
ão melhorou, no seio da famíli, dos amigos e dos camaradas, com a nossa maior exposição pública através do nosso blogue e dos blogues que depois se foram criando e mais recemetemente atarvés do Facebook...

Mas, mesmo assim, não deixa de ser motivo de preocupação o fato de mais de 1/3 dos primeiros respondentes à nossa sondagem admitir que nunca  ou muita raramente ter falado com os filhos sobre a guierra...

Camaradas, que ainda responderam, façam-no, com toda a liberdade e sinceridade... Ainda temos 4 dias para "fechar a urna"... E é uma forma, útil e generosa, de participara nas comemorações do 10º aniversário do nosso blogue...  Escrevam também, aqui, os vossoscomentários....Obrigado. LG

_______________

SONDAGEM >   CAMARADA, COM QUE FREQUÊNCIA FALAS DA GUERRA AOS TEUS FILHOS ?

Respostas preliminares (n= 67, às 13h00,  dia 11/4/2014),  nos dois primeiros dias, e quando ainda faltam quatro para encerrar a urna

1. Nunca falei / 2. Falei uma ou duas vezes  > 23 (34%)

3. Falo com alguma frequência  > 29 (43%)

4. Falo com bastante frequência / 5. Falo com muita frequência >  10 (15%)

 6. Não aplicável, não tenho filhos  >  2 (3%)

7. Não aplicável, não passei por situações de guerra >  3 (4%)


___________

Nota do editor:


Vd.postes anteriores da série > 



1 de abril de 2014 > Guiné 63/74 - P12922: 10º aniversário do nosso blogue (1): 10 anos a blogar... 652 camaradas e amigos registados... 13 mil postes publicados... 5,5 milhões de visitas... 50 mil comentários... Obrigados ao Miguel Pessoal pela prenda que já nos mandou!... Obrigados aos nossos editores, colaboradores permanentes, autores, leitores, comentadores!...

terça-feira, 8 de abril de 2014

Guiné 63/74 - P12950: 10º aniversário do nosso blogue (2): Obrigado, camarigos! (Joaquim Mexia Alves)


Cartaz de aniversário, Conceção do nosso "designer" © Miguel Pessoa (2014)

1. Mensagem, de hoje, do Joaquim Mexia Alves [, ex-Alf Mil Op Esp/Ranger da CART 3492/BART 3873, (Xitole/Ponte dos Fulas); Pel Caç Nat 52, (Ponte Rio Udunduma, Mato Cão) e CCAÇ 15 (Mansoa), 1971/73)]

 Meus camarigos

Venho, mais uma vez este ano, agradecer a todos as mensagens de parabéns, aqui na Tabanca Grande e também no Facebook da Tabanca Grande.

Sou um homem rico: Tenho muitos amigos! Obrigado!

Não posso deixar de afirmar que nestes últimos anos da minha vida tenho ficado ainda mais rico em amizades, fruto sem dúvida da Tabanca Grande, em boa hora fundada pelo Luís Graça, e construída passo a passo, não só por ele, mas pela dedicação inigualável do Carlos Vinhal, com a ajuda do Eduardo Magalhães Ribeiro e, em tempos, do Virgínio Briote.

Claro que, sem o concurso de todos aqueles que para a Tabanca Grande concorrem, com textos, com fotos, com comentários, seria impossível o extraordinário êxito deste ponto de encontro de combatentes, sobretudo da Guiné.

A todos, sem excepção, a minha enorme gratidão.

Por causa da Tabanca Grande aprendi muitas coisas sobre mim, ou seja, sobre modos como reajo a certos estímulos, diversas situações da vida, que,  reconheço agora, são reacções provocadas por um “ter estado na guerra”, e que eu dantes desconhecia, mas ao ler os meus camarigos, vou entendendo melhor.

Um grande, enorme e camarigo abraço do

Joaquim Mexia Alves



"O meu pai e eu, em Dezembro de 1971, escassos dias antes de partir para a Guiné"... 
Foto e legenda de Joaquim Mexia Alves, disponível na sua página do Facebook- [Olímpio Duarte Alves recebeu, em 1925, a propriedade e a concessão das Termas de Monte Real, tendo sido o seu grande impulsionador durante quase meio século e também governador do distrito de Leiria, 1959-1969]

Foto: © Joaquim Mexia Alves (2014). Todos os direitos reservados
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Nota do editor:

terça-feira, 1 de abril de 2014

Guiné 63/74 - P12922: 10º aniversário do nosso blogue (1): 10 anos a blogar... 652 camaradas e amigos registados... 13 mil postes publicados... 5,5 milhões de visitas... 50 mil comentários... Obrigados ao Miguel Pessoal pela prenda que já nos mandou!... Obrigados aos nossos editores, colaboradores permanentes, autores, leitores, comentadores!...


Poster do nosso 10.º aniversário. Autoria do © Miguel Pessoa (2014)

1. Amigos/as e camaradas: não colecionamos estatísticas mas os números também têm um função didática... Saber falar com números ajuda-nos a descrever e compreender melhor o que se se passa à nossa volta, ou até o que se passa connosco... Neste caso, esta pequena/grande aventurta em que nos metemos, em 2004,  o blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné, sem poder imaginar que um dia iríamos celebrar 10 anos de existência... E que chegaríamos a ter este número, digno de registo, de 652 amigos e camaradas da Guiné, (i) que vivem nos 5 continentes... e (ii) que aceitaram algumas regras básicas comuns, (iii) permitindo um convívio são, e uma partilha de memórias e de afetos, à volta de uma terra, de uma guerra, e de um período histórico que vai de 1961 a 1974, grosso modo. (Nos últimos 3 meses entraram mais 16 membros para a nossa Tabanca Grande, o que representa uma média de mais de 5 por mês. Em 31/12/2013, éramos 636].

2. A celebração do nosso aniversário não é um pretexto para o autoelogio, o narcisismo, a vanglória... É apenas mais uma ocasião para reforçarmos os laços de camaradagem e de amizade que nos unem. No caso pessoal do nosso editor Luís Graça, mas também dos demais editores e colaboradores permanentes, o blogue veio fazer alargar e enriquecer a nossa rede de relações humanas e sociais: temos hoje mais amigos do que em 2004... E mais: sabemos muito mais sobre a história daquela terra verde e rubra (bem como da nossa própria terra) do que sabíamos em 2004... O blogue tem sido não só um ponto de encontro dos ex-combatentes da guerra da Guiné (1963/74) como também uma valiosa fonte de informação e conhecimento, para a comunidade, lusófona e não só, em que nos inserimos... Investigadores,  escritores, professores, alunos, jornalistas, empresas... têm-nos procurado, a pedir-nos algum tipo de apoio: por ex., acesso a imagens.

3. Não menos importante, temos posto muita gente a escrever e até a publicar livros, em prosa e em verso, o que não deixa de ser legítimo motivo de orgulho... Somos uma geração que se recusa a morrer e desaparecer sem deixar rasto, marcas, peugadas, dedadas, ADN... Orgulhamo-nos de sermos uma geração que soube fazer a guerra e a paz!... E disso damos testemunho, discretamente, todos os dias, de há 10 anos a esta parte. Fundámos, além disso, uma Tabanca Grande que tem, simbolicamente, um poilão ao meio, alto, frondoso, mágico, fraterno, protetor, com bons irãs e tudo no seu cocuruto, irãs que zelam por nós! E essa Tabanca Grande já se desmultiplicou por outras, de maior ou menor dimensão da Tabanca de Matosinhos à Tabanca do Centro, da Tabanca dos Melros à Magnífica Tabanca da Linha...

4. E temo-nos reunido, todos os anos, num encontro nacional, que este ano o será IX... Mais uma vez em Monte Real, como é costume, mas ainda sem  data marcada, porque este ano aconteceu um percalço ao nosso editor Luís Graça: vai esta tarde ser hospitalizado para uma intervenção cirúrgica, e voltará com uma anca nova, pronto para retomar o trilho da velha picada da vida... Isto significa, para já, 6 ou 8 semanas de estaleiro, sem obrigações profissionais e com atividade bloguística muito mais reduzida... Valer-se-á dos santos da casa, o São Carlos Vinhal, o São Eduardo MR e e os demais anjos, querubins e bons irãs que pousam no poilão da Tabanca Grande, e que são afinal todos vocês... (a quem vou pedir um esforço adicional para alimentar esta boca voraz que é o nosso blogue, que precisa de 4 a 5 postes por dia, muitos textos, muitas fotos, e sobretudo de novos "piras", muitos "piras"...).

5. Infelizmente, nestes 10 anos, também já nos deixaram 33 amigos/as e camaradas, pela lei inexorável da morte.  São 5% do total dos nossos 652 grã-tabanqueiros... Temos o dever de manter viva a sua memória, aqui registada sob a forma das fotos e textos que deles e sobre eles publicámos. Alegra-nos, por outro lado, sermos cada vez mais abordados pelos filhos/as e netos/as de camaradas nossos que, ou já morreram, ou têm dificuldade em comunicar connosco. Recorde-se, de resto,  o nosso lema, que nada tem de demagógico: "Os filhos dos nossos camaradas nossos filhos são".

6. Veja-se também o que aqui escrevemos, todos nós (editores, colaboradores, leitores...) nos anteriores aniversários (, efeméride que só se começou a comemorar a partir de 2010, por iniciativa do nosso infatigável coeditor Carlos Vinhal e do Jorge Félix, outro camarada da primeira hora):

6º aniversário do nosso blogue (2010)

7º aniversário do nosso blogue (2011)

8º aniversário do nosso blogue (2012)

9º aniversário do nosso blogue (2013)

7. A partir de hoje, 1 de abril (, dia das mentiras...), começamos as comemorações do 10º aniversário do nosso blogue, extensivas á nossa página no facebook, Tabanca Grande Luís Graça). A melhor prenda? É a esperança de continuarmos a blogar por mais dez anos, se para tanto não nos faltar o engenho, a arte... e a saúde!..

Aproveitamos  o ensejo para, publicamente, agradecer ao Miguel Pessoa o cartaz do nosso 10º aniversário, uma belíssima prenda, fruto do seu talento e generosidade. Toda a gente gostou. O Zé Martins resumiu bem a opinião dos editores e colaboradores permanentes: "Para mim está simples, objectivo e, sobretudo, luminoso.",

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Guiné 63/74 - P12733: O Nosso Livro de Estilo (8): O que fazer com este blogue ? (Parte III): Joaquim Luís Fernandes (ex-alf mil, CCAÇ 3461 / BCAÇ 3863, Teixeira Pinto, 1973; e Depósito de Adidos, Brá, 1974)



Guiné > Região de Cacheu > Teixeira Pinto  > CCAÇ 3461 / BCAÇ 3863 (Teixeira Pinbto, 1973) > Visita de Acção Social e Psicológica em Caió, com o camarada tabanqueiro, alf mil médico Mário Bravo e outros camarada da CCaç 3461, alf mil  Moreira que estava “atabancado” em Carenque,  e o alf mil Teixeira,  da CCS, aquando da visita às ilhas de Jeta ou Peciche.

Foto (e legenda): © Joaquim Luís Fernandes (2013). Todos os direitos reservados
Joaquim Luís Fernandes, 
residente em Maceira, Leiria,  
técnico de desenho e projeto 
da indústria de moldes  para 
plásticos, tabanqueiro nº 621
1. Mensagem do nosso camarada Joaquim Luís Fernandes [ex-alf mil, CCAÇ 3461/BCAÇ 3863, Teixeira Pinto, 1973: e Depósito de Adidos, Brá, 1974]:

Data: 19 de Janeiro de 2014 às 02:54

Assunto: P12557- O Nosso Blogue em Números - Divagação -Proposta: A[ssociação] Tabanca Grande


Caro Camarada Luís Graça:

Insigne fundador, administrador, editor do Blogue, de grande sabedoria e mestria como animador e moderador da "comunidade" Tabanca Grande, seu grande e prestigiado Régulo.

Desculpa tantos atributos que te endereço, mas aceita-os como expressão sincera do meu apreço pelo trabalho que tens feito e continuas a desenvolver, tão bem assessorado pela equipa que te acompanha, da qual não posso deixar de referir o nome do Carlos Vinhal, que foi o meu apresentador à Tertúlia e me tem acolhido com grande simpatia e camaradagem. A minha saudação amiga e grata.

Vem esta mensagem na sequência do poste 12557 - O Nosso Blogue em Números - em que, na ocasião comentei, não encontrar palavras que exprimissem o que neles via. Agora, as que me ocorrem, são: Muita vida de muitas vidas.

Perante as dimensões que o Blogue alcançou, em dados, em informações e conhecimentos, na rede de relações, mas principalmente, na massa crítica que elas contêm, então e em jeito de brincadeira e como desafio para a celebração do 10º aniversário do Blogue, lancei a ideia de este poder vir a evoluir até à constituição de uma associação mais formal. Não explicitei o que estava a sugerir ou a pensar, nem manifestei grande convicção no que escrevi, mas não fui inocente e sabia bem que não era fácil e não bastava o que disse. Já tinha em mente esta mensagem.

Também não irei escrever agora tudo o que me vai na cabeça, nem isso interessa, mas sinto que devo transmitir mais do que disse e esperar ser compreendido, para que possa obter algum acolhimento e reflexão, de que aguardarei resultados.

Eu sei que o Blogue tem objetivos editoriais bem definidos, que vem cumprindo com muito mérito, alcançando bons resultados, e deles não proponho que se afaste ; Todos eles são bons e importantes. Sei também das 10 regras a respeitar, que se me afiguram equilibradas, de bom senso e necessárias. Os resultados falam por si.

Porém, dentro destas regras, poderá existir em algumas, uma certa elasticidade, (que já tenho verificado sem qualquer mal) que possa possibilitar dar origem a uma qualquer associação, filha do Blogue, que poderia até herdar o seu nome, Tabanca Grande. Seria constituída por elementos do Blogue, voluntários, ao jeito de outra associação sem fins lucrativos, de índole cultural e informativa, com intervenção ou participação nos média, criando opinião, participando de forma organizada na vida democrática, mas não se confundindo com os partidos. 

Sei que não estou a explicitar tudo o que penso e nem isso interessa agora. Os objetivos seriam: De forma simples e despretensiosa procurar pela sua ação, influenciar a Sociedade, as Organizações Políticas, os Órgãos do Poder, no sentido de obter para os ex-combatentes das Guerras Ultramarinas e em particular os da Guiné, algum reconhecimento público que tem faltado, assim como alcançar algumas condições favoráveis e justas, para a vida dos ex-combatentes ainda vivos.

Dou como exemplo: (i) a redução da idade da reforma;  (ii) apoio extraordinário na área da saúde; e (iii) mais reconhecimento público (e não só) para com os ex-combatentes da Guiné, que por lá ficaram abandonados, que serviram Portugal, lutando ao lado dos soldados da Metrópole e das Ilhas...

O campo de ação será muito mais vasto, mas não entrarei por agora em divagações,

Por fim, devo declarar, que também sou parte interessada. Veja-se o meu caso: farei este ano 63 anos, se Deus quiser. Faço descontos, para a então "Caixa de Previdência" e hoje "Segurança Social", ininterruptos, (exceptuando o tempo da tropa) desde 1968, (já lá vão 45 anos) e o meu horizonte de reforma está a ameaçar afastar-se para os 66 anos (se eu lá chegar). 

Como eu, quantos milhares de ex-combatentes haverá? Entretanto terei que continuar a competir, para sobreviver no mercado do trabalho, com jovens de 30, 40 anos. Coisa injusta para uns e para outros. É mau para o País e pior para mim, digo eu. Mas Que posso fazer?...

Agora alguns números para reflexão:

Dos sete camaradas que nos deixaram mais pobres no Blogue em 2013, um era de 1947, logo com 66 anos; quatro eram de 1948, com 65 anos; dois de 1950 com 63 anos. Média inferior a 65 anos. Mas mais: Tomando como referência as idade dos vinte e nove camaradas do Blogue que já partiram, com menos de 75 anos foram vinte e seis, com uma média de idades de 63,8 anos. Só três acima dos 75 anos. [Negritos e realce a amarelo: editores]

​Sei que estes números não têm valor estatístico do todo nacional, mas não deixam de ser uma amostragem e uma indicação que as mazelas que herdamos da guerra, fazem os seus estragos. Pergunto: Há estudos rigorosos sobre este tema que nos mostrem a quantas andamos? Se houver, tu saberás Luís, será uma da tuas especialidades! Ou estou enganado? Poderás partilhar essas informações com os mortais, que foram carne para canhão?

Presumo, que no nosso universo de ex-combatentes na Guiné, as estatísticas que têm justificado, com o aumento da esperança de vida, o aumento da idade das pensões e reformas, são uma balela e como tal, devem ser denunciadas e combatidas, reivindicando um ajustamento da Lei, que contemple esta situação especial, desfavorável para nós.

Caro camarada e amigo Luís Graça, se me excedi, desculpa o atrevimento. Eu sei, que tudo neste Blogue começou em ti e por ti tem vivido. Eu sou um pira, um quase nada nesta comunidade, com fraca participação e sem qualquer legitimidade de apropriação das suas potencialidades, o que aliás, não pretendo.

O conhecimento que fui adquirindo do Blogue e da tua grandeza de alma, deu-me a ousadia de sonhar. Eu sei sei que sou um sonhador e por vezes os pés descolam da terra. António Gedeão cantou: " O Sonho Comanda a Vida" e Sebastião da Gama escreveu " Pelo Sonho é que Vamos". Eu também quero deixar-me embalar em sonhos... de mais Verdade, mais Respeito, mais Justiça. mais Solidariedade, mais Amor....  

Mas irei com calma, mesmo continuando a sonhar.

Creio que transmiti a ideia. Se houver alguma dúvida, fico inteiramente ao dispor para esclarecer o que me for possível. Mas deixo tudo ao teu mais elevado critério e sem o mínimo de pressão. Faz desta mensagem o que considerares melhor e eu aceitarei qualquer desfecho, sem mágoa ou azedume. Só tenho que me penitenciar por ter sido tão longo e agradecer-te a paciência de me teres lido.
Aproveito para desejar-te boa saúde e expressar os meus votos, de que a intervenção cirúrgica que anunciaste para breve, seja bem sucedida, que tudo corra bem e fiques como novo e cheio de força, para muitos quilómetros neste nosso encantador Portugal.

Muito obrigado e um forte abraço
Joaquim Luís Fernandes

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Nota do editor:

Postes desta série:

7 de dezembro de 2012 >  Guiné 63/74 - P10770: O Nosso livro de estilo (7): Cerca de 400 abreviaturas, siglas, acrónimos, expressões idiomáticas, gíria, calão, crioulo... Para rever, aumentar, melhorar...

20 de setembro de 2012 > Guiné 63/74 - P10409: O Nosso Livro de Estilo (6): O que fazer com este blogue ? (Parte II ): Depoimentos de A. Pires, C. Pinheiro, D. Guimarães, L. Ferreira, B. Santos, C. Rocha, F. Súcio, B. Sardinha , T. Mendonça e JERO

18 de setembro de 2012 > Guiné 63/74 - P10402: O Nosso Livro de Estilo (5): O que fazer com este blogue ? (Parte I) : Depoimentos de H. Cerqueira, L. Graça, A. Branquinho, J. Manuel Dinis, J. Mexia Alves, J. Amado, Manuel L. Sousa, José Martins, Hélder Sousa e Eduardo Estrela

15 de agosto de 2011 > Guiné 63/74 - P8675: O Nosso Livro de Estilo (4): O que nós (não) somos... Em dez pontos!


12 de agosto de  2011 >Guiné  63/74 - P8662: O Nosso Livro de  Estilo (2): Comentar  (nem sempre) é fácil...

22 de Julho de 2011 > Guiné 63/74 - P8588: O Nosso Livro de Estilo (1): Política editorial do Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné