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terça-feira, 11 de outubro de 2016

Guiné 63/74 - P16589: Agenda cultural (506): Lançamento do livro de poemas "Sussuros Meus", da autoria de Fernando Jesus Sousa, dia 14 de Outubro de 2016, pelas 15 horas, no Salão Nobre da ADFA, Av. Padre Cruz, Lisboa

1. Mensagens do nosso camarada Fernando de Jesus Sousa (ex-1.º Cabo da CCAÇ 6, Bedanda, 1970/71, DAF), com datas de 23 e 30 de Setembro de 2016:

Caros amigos e leitores.

É com enorme satisfação e muita felicidade, que trago até vós, novidades!

"Quatro Rios e um Destino", não é mais um livro solitário. Tem finalmente companhia! Um segundo livro, "Sussurros Meus", para que ambos possam trilhar o mesmo caminho, até aos vossos espaços de leitura e proporcionar aos seus leitores, interesse e prazer, algumas reflecções e porventura algumas emoções.

Sussurros Meus é um livro de poesia, no qual o autor liberta muitos dos seus sentimentos, ficando assim as duas obras irmanadas nos mesmos valores. Porém, em Sussurros Meus, encontramos algo diferente. Aqui o amor é rei e senhor, interligado entre raízes, os sentimentos de alma e estados de espírito, que o autor verteu para o papel, na sua forma e estilo próprios.

A todos vós endereço o meu convite, extensivo também aos vossos amigos, para que, no dia 14 de Outubro, às 15 horas, nos acompanhem no momento solene da apresentação de mais esta obra, que eu espero e muito desejo, seja do agrado de todos os que percorrerem as suas páginas.

O lançamento será no Salão nobre da Associação dos Deficientes das Forças Armadas, Av. Padre Cruz, edifício ADFA Lisboa.

Conto com a vossa presença e apoio, naquele dia, em que ficará escrita mais uma página da história da minha vida, entre o ser e o estar.

Quatro Rios e um Destino e o seu autor, agradecem a vossa presença

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2. Deixo para os meus amigos um poema de que gosto muito. Faz parte dos 125 que completam "Sussurros Meus"

Livro a Lançar no próximo dia 14 de Outubro pelas 15 horas, na sede da Associação dos Deficientes das Forças Armadas, na Av. Padre Cruz em Lisboa, no Salão Nobre.
Aqui deixo o meu convite, para assistir ao lançamento de mais uma obra. Ficarei muito honrado com a sua participação. Vamos todos em amizade e respeito celebrar e brindar com um Porto de honra.


Outono

Cai a noite no outono,
Sente-se o frio lá fora.
Preciso de aconchego na minha alma!
Nesta noite, em que o silêncio mora,
Vazia de calor! E uma lareira sem chama!

Noite fria, esta, de outono!...
Na rua sente-se o frio.
A chuva bate fria, bate forte,
Para lá longe encher o rio.
Do vento, ouve-se o seu trote…

A correr, como um cavalo bravio,
De crina solta em pleno desafio.
Aperto o cobertor que me enrosca.
Neste pesado silêncio, gentio.
Nem o meu telefone toca!

Nem os cães vadios ladram!
Mas ouve-se a água, a caminho do rio…
Todos dormem, em silêncio profundo,
Porque cai a chuva e faz muito frio.
Até parece que fiquei só neste mundo!

Tenho uma pequeníssima satisfação:
Notar que apenas chove lá fora!
Mas sinto tanto frio no meu coração!
É tanta a solidão, que no meu peito mora!...
Porquê? O outono? Que seja sempre verão…

Continuo só, de caneta na mão,
Rabiscando o que me vai na alma.
Nem o cobertor aquece a minha solidão!
Nem a sinfonia da chuva me acalma.
Preciso de aconchego no meu colchão!...

20/11/2015
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Nota do editor

Último poste da série de 9 de outubro de 2016 > Guiné 63/74 - P16582: Agenda cultural (499): Apresentação do livro "Guerra da Guiné: A Batalha de Cufar Nalu", da autoria de Manuel Luís Lomba, ex-Fur Mil da CCAV 703 / BCAV 705, dia 13 de Outubro de 2016, pelas 15 horas, na Messe Militar do Porto, Praça da Batalha

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Guiné 63/74 - P15987: Nota de leitura (831): “As guerras coloniais portuguesas e a invenção da História”, por Luís Quintais, Imprensa de Ciências Sociais, 2000 (Mário Beja Santos)

1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 2 de Junho de 2015:

Queridos amigos,

Temos aqui uma narrativa de antropólogo que pediu ajuda à psiquiatria para conhecer as vítimas da desordem de stresse pós-traumático. Passadas estas décadas, como alguns livros recentemente ilustram, há famílias que continuam a sofrer com o sofrimento do ex-combatente que se recusa a desvelar as topografias da memória e a procurar alívio e a socorrer-se de terapêuticas.

Trata-se de um ensaio que põe frente a frente as ciências psiquiátricas e esta desordem a que continuamos indiferentes, viajamos com o autor num serviço do então Hospital Júlio de Matos, questionamos silêncios da muita gente que teme ingerências inoportunas do passado no presente. Talvez o último grande tabu das nossas guerras coloniais.

Um abraço do
Mário


Desordem de stresse pós-traumático: 
Quando a guerra é uma ferida da memória e um enigma para a medicina

Beja Santos

A desordem do stresse pós-traumático passou a ser alvo de estudos intensos a propósito da guerra do Vietname, gerando novos rumos para a psicoterapia e abalando o muito que se pensava saber acerca das ciências da memória. A memória de aqui se fala é traumática e a medicina, ao tempo da guerra colonial, praticamente que lhe passava ao lado. Mas acontece que muitos dos que vieram dos teatros de operações continuaram a sentir a guerra dentro de si, a viver em alerta, submetidos a uma ansiedade inexplicável, a comoverem-se imprevistamente numa sala de cinema ou num hospital.

“As guerras colonias portuguesas e a invenção da História”, por Luís Quintais, Imprensa de Ciências Sociais, 2000, é um trabalho etnográfico que tem por centro sessões de psicoterapia. Luís Quintais, então assistente de Antropologia da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra integrava-se nos grupos de terapia e estabeleceu contactos com vários ex-combatentes que frequentavam o Serviço de Psicoterapia e que se reuniam na APOIAR – Associação de Apoio aos Ex-Combatentes Vítimas de Stresse de Guerra. Trata-se de um pertinente ensaio em que o investigador demanda o que pode a ciência psiquiátrica face a esta desordem, quais as terapias possíveis, como apreciar o contexto português, como lidar com a memória, o trauma, por onde param as melhores terapias para tratar estas vítimas que se infelicitam e condenam os seus meios familiares à derrisão e à angústia.

Escreve o autor que qualquer indivíduo para ser diagnosticado com a desordem de stresse pós-traumático tem de: ter sido exposto a um acontecimento que vivenciou ou testemunhou envolvendo morte ou ferimento grave e em que a resposta pode ter implicado impotência, horror ou medo; essa pessoa irá revivenciar o acontecimento traumático através de penosas recordações, pesadelos e até sentir que o acontecimento traumático está a acontecer de novo; tudo conjugado, a vítima padece de intenso sofrimento psicológico e a sua fisiologia pode ser severamente afetada por essas recordações, sonhos e até mesmo alucinações.

Há duas formas de intervenção terapêutica para atacar esta desordem: a farmacoterapia e a psicoterapia. Diz o autor que os fármacos prescritos são usados, fundamentalmente, para controlar situações descritas como patológicas e que concorrem com a desordem do stresse pós-traumático: por pressão, ansiedade generalizada e abuso de substâncias químicas ou álcool. As psicoterapias socorrem-se de técnicas que se apoiam na comunicação verbal e emocional. Há três abordagens psicoterapêuticas: a terapia comportamental, a terapia cognitiva e a terapia psicodinâmica. Pretende-se acima de tudo reduzir a ansiedade e as reações que a acompanham expondo os pacientes a estímulos que sejam claramente inofensivos.

O médico que mais preocupações tem revelado quanto à obtenção de diagnóstico desta desordem em Portugal tem sido Afonso de Albuquerque. Em 1986, a ADFA – Associações dos Deficientes das Força Armadas organizou uma reunião sobre stresse de guerra e Afonso de Albuquerque propôs-se a estudar e a fazer um diagnóstico desta desordem. Assim apareceu, a partir de 1990, o Serviço de Psicoterapia Comportamental do Hospital Júlio de Matos, em Lisboa, serviço esse que não lidava só com o stresse pós-traumático mas também com o tratamento de fobias. É um serviço hospitalar de consulta externa. Nesse ano 2000, tinha cerca de 4000 mil consultas por ano. Ainda no século XX Afonso de Albuquerque e colegas que com ele trabalhavam sugeriam que havia em Portugal cerca de 140 mil ex-combatentes sujeitos a esta desordem.

Entramos agora nas topografias da memória, o autor assiste às sessões, regista os casos, houve as vítimas, acompanha o trabalho que assenta na necessidade em “deitar cá para fora”. O autor tece um juízo: “Pensar estes homens como vítimas de processo de adaptação fisiológica e psicológica afigura-se como a única maneira cultural e socialmente sancionável de tornar o insuportável suportável. Trata-se, se quisermos, de humanizar o inumano, um exercício que tem como agente simbolicamente mediador uma retórica sobre o sofrimento”.

E depois ouvimos as vítimas que combateram em Angola e Moçambique. Entramos nos meandros profundos das sessões de psicoterapia onde se jogam a memória individual e memória social, o corpo individual e o corpo social, para constituir um processo de criação de memórias em vários pontos do espaço-tempo. Passa-se em revista o trabalho da APOIAR, as relações desta com a ADFA e ouvem-se vítimas como o nosso confrade Mário Vitorino Gaspar que descobriu que era dado por falecido na sua caderneta. Numa entrevista a João Paulo Guerra, Mário Gaspar não esconde a sua constante conflitualidade: “Na rua meto o bedelho em tudo. Onde eu vejo uma situação que eu acho que não é justa… E então não há recuo possível, uma pessoa avança e não recua”. Só com a terapia de grupo é que começou a falar das suas experiências de guerra. Foi o motor do jornal da APOIAR, era assim que constantemente voltava à guerra.

Mas há outro ângulo, por sinal bastante instável, das topografias da memória: os silêncios das vítimas. E autor volta a tecer outro juízo: “Todas as formas mais ou menos voluntárias de silenciamento de que têm sido objeto as guerras coloniais só podem, em meu entender, explicar-se dada a impossibilidade de nos confrontarmos com a atrocidade e a violência extremas que se inscrevem no tecido da sua história. Atrocidade e violência que espelham indisfarçadamente a ininteligibilidade e a contingência das ações humanas e os desesperados esforços de constituição de sentido dos que as praticaram ou a elas se sujeitaram”.

Sobre esta desordem, também o autor diz que não conseguiu encontrar soluções tranquilizadoras: estamos perante algo para o qual as ciências sociais contemporâneas não encontram respostas claras.
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Nota do editor

Último poste da série de 15 de Abril de 2016 Guiné 63/74 - P15978: Nota de leitura (830): Jorge Sales Golias, um capitão eng trms, no TO da Guiné (1972/74), que teve um papel prepoderante no MFA, no 25 de abril e no processo de descolonização: escreve um livro de memórias 40 anos depois

terça-feira, 8 de março de 2016

Guiné 63/74 - P15832: Controvérsias (130): O "nosso Cabo Miliciano", que em 1965 ganhava 90 escudos de pré (34,24 euros, hoje), fazendo o serviço de sargento... (Mário Gaspar)


Artigo do nosso camarada Mário Gaspar, publicado na revista da ADFA, "Elo", de 15 de janeiro de 2016. Foi-nos na mesma altura também enviado para publicação no blogue. Ficou em lista de espera... 

Achámos por bem publicá-lo agora, na nossa série Controvérsias (*)... Por curiosidade, o 1.º Cabo Miliciano em meados dos anos 60, no tempo do Mário Gaspar, ganhava 90 escudos de pré... Ficam os nossos leitores a saber quanto equivalia essa importância hoje, em euros, conforme o ano: em 1960, 38,72 €; em 1965, 34,24€; em 1970, 25,64 €; e 1974, 14,58 €... Já em tempos recuados o nosso camarada Libério Lopes escreveu um poste semelhante (**), nesta série (que tem tido pouco uso, ultimamente) ...

1. Mensagem,  com data de 20 de janeiro de 2016,  do Mário Gaspar,

[Foto à esquerda: Mário Gaspar, ex-Fur Mil At Art e Minas e Armadilhas da CART 1659, Gadamael e Ganturé, 1967/68; lapidor de diamantes, reformado; cofundador e antigo dirigente da APOIAR - Associação de Apoio aos Ex-Combatentes Vítimas do Stress de Guerra]

Camaradas,

Enviei este texto para o Jornal ELO, e foi publicado. Se considerar ser de publicar no Blogue podem fazê-lo

Mário Vitorino Gaspar
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Notas do editor:

(*) Último poste da série > 6 de dezembro de 2013 > Guiné 63/74 - P12402: Controvérsias (129): Pequena reflexão (António Matos)

(**) 26 de junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4584: Controvérsias (26): Cabo Miliciano: Cabo, Sargento ou Soldado? (Libério Lopes)
(...) Dizia o Manuel Maia, há alguns dias, que o único país do Mundo onde existiu o posto de Cabo Miliciano foi em Portugal. E tem razão. Só em Portugal isso podia acontecer e foi devido à lucidez brilhante de um Ministro do Exército do Governo de Salazar que isto podia acontecer. Se não me engano foi o Santos Costa. Se não for, e se alguém souber ao certo quem foi, é bom transmitir a todos os camaradas para lhe prestarmos as nossas homenagens…

Foi um indivíduo inteligente ao tomar esta atitude, poupou milhões ao Estado, só que criou inúmeros problemas.

Com o vencimento de um soldado, tinha um Cabo a fazer um serviço de Sargento. É claro que alguns comandantes usavam e abusavam do seu poder discriminatório para rebaixar os Cabos Milicianos.

Fui Cabo Miliciano no Batalhão de Caçadores 6, em Castelo Branco, desde Janeiro de 62 a Abril de 63. Dei salvo erro três recrutas e, por falta de aspirantes muitas vezes comandámos pelotões de 100 recrutas.

Neste quartel aconteceram, com o comandante de então, coisas interessantes. Ao Cabo Miliciano era proibido frequentar o bar dos soldados, porque faziam serviço de Sargento. Só que os sargentos do QP não nos deixavam entrar no seu Bar.

Houve, inclusivamente, um Cabo Miliciano de Sargento de Dia ao Batalhão que, ao querer tomar café no Bar de Sargentos, durante a noite, foi posto na rua por um 1.º Sargento. Isto serviu para que os Cabos Milicianos se juntassem e conseguissem uma pequena sala onde se reuniam e tinham uma máquina de café.

Como defesa da classe, deliberamos só responder quando nos tratassem por Cabo Miliciano e não por cabo. Ainda estou a ver o Comandante a chamar o Silva… gritando: ó nosso cabo… ó nosso cabo - e o Silva… não lhe respondia. O comandante aproxima-se dele e pergunta-lhe se não o tinha ouvido chamar. O Silva retorquiu-lhe: O meu comandante desculpe mas chamou nosso cabo e eu sou Cabo Miliciano. O Comandante engoliu e calou. Serviu de exemplo para todo o quartel.

Esse mesmo senhor quis aplicar-me como castigo, de me ver à civil na rua, uma carecada (”écada” no meu tempo).

Em Março de 1963 fomos promovidos a Furriéis Milicianos. Nunca nenhum de nós entrou alguma vez no Bar de Sargentos. (...)

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Guiné 63/74 - P15616: Ser solidário (193): A Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA), distinguida com o Prémio Direitos Humanos 2015, "pelo seu papel notável de 41 anos de apoio aos ex-combatentes vítimas da guerra colonial"

Lisboa > Assembleia da República > Sala do Senado > 10 de dezembro de 2015 > José Arruda, Presidente da Direção Nacional da ADFA, recebe, das mãos do Presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, o Prémio Direitos Humanos 2015.

Lisboa > Assembleia da República > Sala do Senado > 10 de dezembro de 2015 > José Arruda, Presidente da Direção Nacional da ADFA, no uso da palavra,

Fotos: cortesia do  portal da ADFA


Notícia - Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA) distinguida com Prémio Direitos Humanos 2015

No passado dia 10 de dezembro, José Arruda, Presidente da Direção Nacional da ADFA, recebeu, das mãos do Presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, o Prémio Direitos Humanos 2015.

O prémio foi entregue na Sala do Senado, na Assembleia da República – Palácio de São Bento, em Lisboa. No decurso da cerimónia comemorativa do Dia Nacional dos Direitos Humanos, José Arruda congratulou-se pela distinção, dizendo na ocasião que “os nossos 41 anos de experiência, na defesa de todos os deficientes militares e dos valores da Liberdade e da Cidadania, são desta forma reconhecidos”.

O galardão foi atribuído à ADFA pela Assembleia da República, por decisão do Presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, e sob proposta do Júri do Prémio Direitos Humanos, constituído no âmbito da Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias,  "pelo seu papel notável de 41 anos de apoio aos ex-combatentes vítimas da Guerra Colonial".

O Prémio Direitos Humanos 2015 foi também atribuído ex-aequo à Plataforma Global de Assistência Académica de Emergência a Estudantes Sírios, "pela resposta que, em tempo real, ofereceu, logo no início da atual crise dos refugiados, aos jovens sírios".

O Prémio Direitos Humanos “destina-se a reconhecer e distinguir o alto mérito da atividade de organizações não-governamentais ou original de trabalho literário, histórico, científico, jornalístico, televisivo ou radiofónico, divulgados em Portugal entre 1 de julho do ano anterior e 30 de junho do ano da atribuição, que contribuam para a divulgação ou o respeito dos direitos humanos, ou ainda para a denúncia da sua violação, no País ou no exterior, da autoria individual ou coletiva de cidadãos portugueses ou estrangeiros”.

Fonte: Texto e fotos: adaptados do portal da ADFA, com a devida vénia,
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quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Guiné 63/74 - P15414: Fotos à procura de... uma legenda (65): Os que deram, não a vida, mas uma parte do seu corpo (um pé, uma perna, uma mão, um braço, ou os olhos) pela Pátria (José Maria Claro / Francisco Baptista)


Foto nº 1 B > HMP [Hospital Militar Principa],  Lisboa, c. 1969/70 > Cinco camaradas amputados por efeito de minas na guerra do ultramar / guerra colonial



Foto nº 1 A > Foto nº 1 C > HMP [Hospital Militar Principa],  Lisboa, c. 1969/70. O José Maria Claro é o segundo a contar da esquerda.


Foto nº 1 > No HMP [Hospital Militar Principa],  Lisboa > O José Maria Claro é o segundo a partir da esquerda.


 

Foto nº 2 > CCAÇ 2464, Biambe, 1969 > O José Maria Claro, na brincadeira, "com um camarada do rolo de peso", o cilindro manual que se usava na construção e manutenção dos arruamentos dos nossos aquartelamentos...


Foto nº 3 > CCAÇ 2464, Biambe, 1969. O José Maria Claro, cheio de energia, vida e otimismo, no campo de futebol (improvisado) do quartel, antes da maldita mina A/P o ter mandado para Lisboa, para o HMP... É hoje DFA. Recorde-se, por outro lado, que a ADFA - Associação dos Deficientes das Forças Armadas comemora este ano o seu 40º aniversário.


 Fotos (e legendas): © José Maria Claro (2015). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: LG]



1. O nosso grã tabanqueiro José Maria Claro foi soldado radiotelegrafista de engenharia, da CCAÇ 2464 / BCAÇ 2861, esteve em Biambe, setor de Bula, em 1969...

Foi curta a sua estadia no  TO da Guiné. Vitimado por uma mina antipessoal, que lhe causou a perda de um dos membros inferiores.  foi evacuado para a Metrópole, para o Hospital Militar Principa (HMP), em Lisboa. (*) 


.2. Comentário do nosso camarada Francisco Baptista [,ex-alf mil inf, CCAÇ 2616/BCAÇ 2892 (Buba, 1970/71) e CART 2732 (Mansabá, 1971/72)]


Amigo e camarada José Maria Claro,  salta à vista a alegria com que te moves e te divertes, só tu ou com outros camaradas,  antes da maldita mina te ter roubado uma perna.

A tua última fotografia [, no HMP, em Lisboa,] depois de toda a sequência anterior,  é de um homem corajoso que não está disposto a desistir de viver seja qual for a contrariedade. O que nos ensinas é que a vida é um caminho a percorrer sejam quais forem as dificuldades do percurso.

O teu poste fotográfico diz mais do que mil palavras. (**)

Muita saúde e felicidades que bem mereces e muito obrigado pela lição de optimismo que me deste.

Um abraço. Francisco Baptista

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Notas do editor:


(*) 25 de novembro de 2015 > Guiné 63/74 - P15411: Memória dos lugares (323): Biambe em 1969, fotos de José Maria Claro, DFA, ex-Soldado Radiotelegrafista da CCAÇ 2464


(**) Último poste da série > 8 de outubro de 2015 > Guiné 63/74 - P15220: Fotos à procura de... uma legenda (64): visita do gen Arnaldo Schulz e do brig Reimão Nogueira a Porto Gole, em fevereiro de 1967... O insólito: (i) duas caixas de cerveja (Cristal e Sagres) no banco traseiro do helicóptero; (ii) um comandante-chefe, de máquina fotográfica a tiracolo, com ar de turista...

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Guiné 63/74 - P15345: Agenda cultural (434): espectáculo musical solidário, "Vida, Memória, Cidadania", promovido pela ADFA - Associação dos Deficientes das Forças Armadas, Lisboa, dia 13, 6ª feira, às 21h, na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa




1. Cartaz e mensagem da ADFA - Associação dos Deficientes das Forças Armadas:


Participa na construção da história da Associação!

O teu contributo é importante para a preparação do Livro dos 40 anos da ADFA!

Com o patrocínio da Fundação Montepio, a ADFA vai realizar um espetáculo musical solidário intitulado “Vida, Memória, Cidadania”, que decorrerá no próximo dia 13 de Novembro, às 21h00, na Aula Magna da Reitoria da Universidade de Lisboa, na Alameda da Universidade.

Este evento cultural, para além da angariação de fundos para o livro dos 40 anos da ADFA, constituirá, também, um momento de afirmação solidária e de cidadania da ADFA e dos Deficientes Militares que, passados mais de 40 anos sobre o fim da Guerra Colonial, continuam ativos e empenhados na preservação das memórias e dos valores que abraçamos desde 14 de maio de 1974.

O espetáculo está a ser divulgado nas Redes Sociais e Media, especialmente na RDP e RTP.

O ingresso para este espetáculo terá o custo de 10,00 euros, estando os bilhetes à venda na Ticketline, FNAC, Worten, Sede Nacional e Delegações, adiantando-se que os associados mediante a apresentação do bilhete terão um desconto de 30% na aquisição do Livro dos 40 Anos da ADFA, a publicar.

Na ADFA, os ingressos deverão ser solicitados à colaboradora da Sede Nacional, Sónia Cerejo, através do telefone- 217 512 638.

Vem participar com a tua família!

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Nota do editor:


Último poste da série > 9 de novembro de 2015 > Guiné 63/74 - P15344: Agenda cultural (433): lançamento do livro de Joana Ruas, "Os Timorenses: 1973-1980", da Sextante Editora: Lisboa, 11 de novembro, 4ª feira, às 18h00, no auditório da Fundaçãio Mário Soares

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Guiné 63/74 - P15151: Agenda cultural (425): Apresentação em Lisboa, na sede da ADFA - Associação dos Deficientes das Forças Armadas, do livro "Cabra-cega: do seminário para a guerra colonial", de João Gaspar Carrasqueira (pseudónimo literário de A. Marques Lopes) - Parte I



Foto nº 1


Foto nº 2


Foto nº 3


Foto nº 4


Foto nº 5


Foto nº 6


Foto nº 7



Vídeo (5'  13''). Alojado em You Tube > Luís Graça


Lisboa, ADFA - Associação dos Deficientes das Forças Armadas, 17 de setembro de 2015, 15h >  Lançamento do livro "Cabra-cega: do seminário para a  guerra colonial", de João Gaspar Carrasqueira (pseudónimo literário de A. Marques Lopes, foto nº 1) (Lisboa, Chiado Editora, 2015, 582 pp.).


Fotos (e vídeo): © Luís Graça (2015). Todos os direitos reservados.


1. A apresentação do livro esteve a cargo do nosso grã-tabanqueiro, o escritor e crític o literário, especialista na literatura da guerra colonial,  Mário Beja Santos (foto nº 2). 

Estiveram presentes alguns camaradas da Tabanca Grande:

(i) o Jaime Bonifácio Marques da Silva, que veio de propósito da Lourinhã, e fez um intervenção no final (, é o 2º da primeira fila, a contar da esquerda, foto nº 3);

(ii) o Alfredo Reis, camarada do A. Marques Lopes na CART 1690, Geba, 1967/68 (é o primeiro do lado esquerdo, na foto nº 3, mora em Santarém, e é veterinário reformado);

(iii) o Fernando Sousa, autor de Quatro Rios e um Destino" (Lisboa, Chiado Editora, 2014);

(iv) o Mário Gaspar (foto nº 6), fundador e ex-dirigente da associação APOIAR, e que fez um intervenção;

(v) o Luís R. Moreira e o Hélder Sousa (foto nº 4)...

(vi) também um camarada, de apelido Alves (se não erro), que pertenceu à CCAÇ 3, em Barro, por onde também, andou o A. Marques Lopes, na 2ª parte da sua comissão (foto nº 7).

Da ADFA, além do 2º vice-presidente da direção nacional, Manuel Lopes Dias, que estava na mesa em representação do presidente, comendador José Arruda (, ausente no estrangeiro), estavam também presentes o Rafael Vicente (se não me engano, jornalista do ELO, jornal da associação) (foto nº 5) e o Carmo Vicente, sócio fundador da ADFA, srgt mor reformado, que esteve na Guiné, por duas vezes, no BCP 12, da última vez na CCP 122, autor de "Gadamael" (livro de que ele hoje se distancia, dizendo que "a guerra, para mim,  acabou"). 

Há ainda vários vídeos que fiz por ocasião desta sessão,  e que irei editar oportunamente, nomeadamente um com a intervenção do Beja Santos e outro com as palavras de encerramento, proferidas pelo 2º vice-presidente da ADFA, o Manuel Dias Lopes.

Foram, entretanto, vendidos nesta sessão vários exemplares do livro do A. Marques Lopes, ao preço (reduzido) de 10 euros.


2. Mensagem de hoje do A. Marques Lopes:


Ainda tenho 20 exemplares do livro "Cabra-cega, do seminário para a guerra colonial" [Lisboa, Chiado Editora, 2015, 582 pp, coleção Bio, género Biografia]. Poderei enviá-lo pelo correio para quem quiser. Custará 13, 98€ (10€ preço do livro + 3,98€ de portes). 

É um preço especial que faço para os ex-combatentes e outros amigos, pois na editora [, a Chiado, ] o preço é 19,00€ (mais portes,  se for enviado pelo correio). 

O meu NIB é 000704100093079000997

Agradeço divulgação.

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Guiné 63/74 - P15119: Lembrete (13): A apresentação do livro "Cabra-cega: do seminário para a guerra colonial", da autoria de João Gaspar Carrasqueira (pseudónimo do nosso camarada A. Marques Lopes): amanhã, 5ª feira, dia 17, pelas 15h00, na Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA), av Padre Cruz, Lisboa

1. Aqui vai um lembrete para todos os leitores deste blogue: conforme foi há dias noticiado (*), o nosso grã-tabanqueiro A. Marques Lopes, depois de Matosinhos,  vai fazer o lançamento do seu livro "Cabra-Cega: do seminário para a guerra colonial", aqui em Lisboa, na ADFA - Associação dos Deficientes das Forças Armadas, av Padre Cruz, 5ª feira, dia 17 do corrente.

A apresentação está a cargo de outro grã-tabanqueiro, o Mário Beja Santos [, que já aqui publicou três postes sobre o livro]..

O evento realiza-se  às 15h00, no auditório Jorge Maurício.

Aqui fica a localização da ADFA no mapa. (**)





Ficha técnica:

Título: Cabra-Cega
Autor: João Gaspar Carrasqueira  [ pseudonimo de A,Marques Lopes]
Editora: Chiado Editora
Local: Lisboa
Data de publicação: Junho de 2015
Número de páginas: 582
ISBN: 978-989-51-3510-3
Colecção: Bíos
Género: Biografia
Preço de capa: 19,00 euros (papel)


2. Nota de leitura de Mário Gonçalves [Portal Livros & Leituras, 2/7/2015] (reproduzido com a devida vénia...]

(...) António Aiveca é o protagonista desta grande história. O homem que, tal como eu, também foi obrigado a ir para a Escola Prática de Infantaria (Mafra) conhecer o “calhau”, imortalizado por José Saramago no Memorial do Convento, para tirar a especialidade de sniper (atirador) no curso de oficiais milicianos, é o centro de todas as atenções desta narrativa.

Aliás, a personagem existiu mesmo. Foi um homem de carne e osso. Apesar de já ter falecido, foi amigo do autor. Foi confidente. E foi precisamente com base em conversas e até em muitos documentos deixados que João Gaspar Carrasqueira montou este romance.

Aiveca tem um percurso de vida sui generis. Vai, imaginem, da vida eclesiástica (controversa) à guerra de ultramar, na Guiné.

As peripécias cruzam-se com lugares, pessoas e tempos. As descrições, os cenários e as ações, no teatro de operações, são fabulosas.

Há armas, medo e aventura. O verde dos camuflados e as alcunhas. A G3 em luta com a catana e a fisga. A cabra-cega. As divisas dos sargentos e os galões dos oficiais. Há cavalheiros e dinâmica própria dos heróis. Apelidos, muitos apelidos. Há muito combate. Há o silvo dos ricochetes no capim. Há o peso das armas, as rações de combate, as casernas, as formaturas e até alguma estupidez dos superiores. Há o capitão, o furriel, o cabo e o soldado. Há a chuva e o calor. Muito calor!

Nas palavras, há magia. Interessante! (...)

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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 14 de setembro de 2015 > Guiné 63/74 - P15111: Agenda cultural (423): Convite para a apresentação do livro "Cabra-Cega: Do seminário para a guerra colonial", da autoria de João Gaspar Carrasqueira, dia 17 de Setembro de 2015, pelas 15 horas, na ADFA (Associação dos Deficientes das Forças Armadas), Av. Padre Cruz, em Lisboa. A apresentação estará a cargo do Dr. Mário Beja Santos (António Marques Lopes)

(**) Último poste da série > 20 de julho de 2015 > Guiné 63/74 - P14904: Lembrete (12): Repasto da Magnífica Tabanca da Linha, em Oitavos, Guincho, Cascais, dia 23, 5ª feira... O prazo de inscrição termina hoje à meia-noite... Espera-se meia centena de convivas, entre eles, três "periquitos": (i) o mítico comandante Pombo; (ii) a sua dedicada filha Maria João; e (iii) o maj gen PQ Avelar de Sousa (que foi cmdt da CCP 123 / BCP 12, 1972/74)

segunda-feira, 14 de setembro de 2015

Guiné 63/74 - P15111: Agenda cultural (423): Convite para a apresentação do livro "Cabra-Cega: Do seminário para a guerra colonial", da autoria de João Gaspar Carrasqueira, dia 17 de Setembro de 2015, pelas 15 horas, na ADFA (Associação dos Deficientes das Forças Armadas), Av. Padre Cruz, em Lisboa. A apresentação estará a cargo do Dr. Mário Beja Santos (António Marques Lopes)

1. Mensagem do nosso camarada A. Marques Lopes, Coronel Inf, DFA, na situação de reforma, ex-Alf Mil da CART 1690 (Geba, 1967) e da CCAÇ 3 (Barro, 1968), com data de 12 de Setembro de 2015:

Caríssimos
Quando foi anunciado o lançamento do livro em Matosinhos houve várias ideias para que fosse apresentado também na zona sul. Vai ser feito agora.
Envio-vos, com pedido para que seja publicada, a notícia dada pelo jornal "Elo" da ADFA.
Tive de fazer-lhe correcções porque tinha erros (podem ver a notícia original pela consulta do jornal de Agosto 2015).

Abraço
A. Marques Lopes

C O N V I T E

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Nota do editor

Último poste da série de 14 de setembro de 2015 > Guiné 63/74 - P15109: Agenda cultural (422): Almeida: Museu Histórico Militar: Exposição Temporária: “Guerras Peninsulares - Recriação de um Acampamento Militar”, até 30 de setembro

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Guiné 63/74 - P14092: Convívios (647): A Tabanca de Bedanda na sede nacional da ADFA, em Lisboa, Av Padre Cruz, no passado dia 18, a convite do Fernando de Jesus Sousa, autor de "Quatro Rios e um Destino” (Chiado Editora, 2014)


Lisboa >  Av Padre Cruz > ADFA > 18 de dezembro de 2014 > Convívio da Tabanca de Bedanda > Fernando Jesus e Beja Santos


 Lisboa >  Av Padre Cruz > ADFA > 18 de dezembro de 2014 > Convívio da Tabanca de Bedanda > Renato Vieira de Sousa (cor ref, antigo cmdt da CCAÇ 5), e o "Salazar" (alcunha do Eduardo Cesário Rodrigues, que também passou pela CCAÇ 6)


 Lisboa >  Av Padre Cruz > ADFA > 18 de dezembro de 2014 > Convívio da Tabanca de Bedanda >  Beja Santos com os bedandenses João Martins e José Vermelho



Lisboa >  Av Padre Cruz > ADFA > 18 de dezembro de 2014 > Convívio da Tabanca de Bedanda >  O Manuel Lema Santos e o Fernando de Jesus Sousa


Lisboa >  Av Padre Cruz > ADFA > 18 de dezembro de 2014 > Convívio da Tabanca de Bedanda >  O Rui Santos e o Carlos Jesus Pinto



Lisboa >  Av Padre Cruz > ADFA > 18 de dezembro de 2014 > Convívio da Tabanca de Bedanda >  O Carlos Alberto de Jesus Pinto, nosso grã-tabanqueiro desde 12 de outubro de 2011  (foi 1.º  cabo condutor apontador Daimler do Pel Rec Daimler 2208, Mansabá e Mansoa, 1969/71;  nunca esteve em Bedanda,  mas foi "adotado" pelos bendandenses).




Lisboa >  Av Padre Cruz > ADFA > 18 de dezembro de 2014 > Convívio da Tabanca de Bedanda > Em primeiro plano, o reaparecido Joaquim Pinto Carvalho e o seu vizinho do Cadaval, o Belarmino Sardinha. Entrre os dois, em segundo plano o Carlos Alberto de Jesus Pinto.


Lisboa >  Av Padre Cruz > ADFA > 18 de dezembro de 2014 > Convívio da Tabanca de Bedanda > O Joaquim Pinto Carvalho com o chapéu do saudoso Tony Teixeira (1948-2013)


Lisboa >  Av Padre Cruz > ADFA > 18 de dezembro de 2014 > Convívio da Tabanca de Bedanda >  o Rui Santos, o "nosso mais velho", foi quem se ofereceu para receber a massa do almoço, 7 euros por cabeça... Os galináceos, caseiros, criados pelo Fernando Jesus em Palmeira, foram oferecidos por ele,,,


Lisboa >  Av Padre Cruz > ADFA > 18 de dezembro de 2014 > Convívio da Tabanca de Bedanda > O Beja Santos, o Luís Nabais (que já integrou em tempos os órgãos sociais da ADFA)  e, se a memória me não falha, o José Manuel Farinho Lopes, que integra  os atuais corpos sociais da ADFA como secretário do Conselho Fiscal Nacional


Fotos (e legendas): © Luís Graça (2014). Todos os direitos reservados. [Edição: L.G.]


1. O pretexto foi um livro e uns galináceos, caseiros... O autor do livro e o criador dos galináceos é o nosso camarada Fernando de Jesus Sousa (ex-1º cabo at inf, Bedanda, 1970/71, DFA).(*)

 Além dos camaradas que aparecem nas fotos, lembro-me ainda do Hugo Moura Ferreira, que chegou atrasado, bem como o João António Carapau (médico reformado).

Estiveram presentes no almoço o José Eduardo Gaspar Arruda, presidente da direcção nacional da ADFA,  e o Manuel Lopes Dias, 2º vice presidente da direção nacional, além da jornalista Isabel Tavares e de um repórter fotográfico do jornal "i" que estavam a fazer um reportagem sobre a ADFA e os seus 40 anos de existência. (**)

Eu e o Beja Santos fomos gentilmente convidados pelo Fernando de Jesus Sousa (que teve
referências elogiosas ao nosso blogue, de que ele, de resto, é membro efetivo).

Uma das ideias discutidas, durante o almoço, foi a possibilidade de utilização das excelentes instalações da  sede da ADFA para próximos convivios da malta da Guiné, em especial dos que vivem na região da Grande Lisboa e se sentam à sombra do poilão da Tabanca Grande.

Tive oportunidade de conhecer dois camaradas que são habitués da sede da ADFA,  o Luís Nabais e o Carmo Vicente.





Vídeo (2' 55''), alojado em You Tube > Luís Graça

Fernando de Jesus Sousa, no uso da palavra. O pretexto foi o lançamento, recente, do seu livro  “Quatro Rios e um Destino” (Lisboa, Chiado Editora, 2014).

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Notas do editor:

(*) Último poste da série > 12 de dezembro de  2014 > Guiné 63/74 - P14014: Convívios (646): Magusto do Combatente no Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes, dia 29 de Novembro de 2014 (Armando Costa / Abel Santos / Carlos Vinhal)

(**) Vd. no jornal i "on line" > 25 de dezembro de 2014 > Deficientes de guerra. A realidade que alguns preferiam esconder, por Isabel Tavares

Alguns excertos (com a devida vénia):

(,,,) São 13 mil só na Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA). E não estão lá todos. Estima-se que tenham ficado 30 mil feridos em combate. E mais 40 a 50 mil homens afectados por stresse de guerra. Tantas décadas depois continuam a chegar à instituição processos e pedidos de ajuda para qualificar combatentes da guerra colonial como deficientes das Forças Armadas. Gente à procura de uma pensão, de uma vida mais digna, se não para si, pelo menos para os seus. O Estado atrasa-se na qualificação e as indemnizações materiais teimam em não chegar. (...).

(...) Na ADFA quase todos são voluntários. Mas mais nunca é de mais e aqui é fácil entender porquê. Embora a maioria tenha aprendido a ser tão autónoma quanto possível, há coisas que um cego ou um tetraplégico não conseguem fazer, como cortar um bife, levantar uma colher, um garfo ou uma chávena de café "com cheirinho". São gente que aprendeu a depender da boa vontade dos outros. (...)


(...) No entanto, continuam a existir realidades que ultrapassam a ficção. As próteses dos deficientes militares, grande parte pernas e olhos, são compradas através da central de compras públicas do Estado. Ou seja, uma perna ou um olho, que qualquer técnico acredita que deveriam ser tratados como uma impressão digital, exigem o lançamento de um concurso público. Das três casas candidatas, ganha a que oferecer o preço mais baixo. Já houve resultados desastrosos. Um militar recebeu um olho tamanho standard, metido à força dentro da órbita. A operação valeu-lhe uma valente infecção e um internamento que só por sorte não teve consequências mais graves. Mas não foi caso único.


Outro militar contou que está à espera de uma perna há mais de um ano. As próteses, que podem custar, em média, 7 mil euros, têm de ser trocadas de dois em dois anos e muitas vezes têm de ser afinadas. Este engenheiro de 75 anos não quis ser identificado porque há amigos e familiares que até hoje não sabem que não tem um dos membros inferiores. Foi sempre seguido pela mesma casa, porque se trata de um processo "um bocadinho cirúrgico". No seu caso, um desgaste de cinco milímetros estava a provocar-lhe graves problemas de coluna e também na perna boa. Acontece além disso que a prótese que está a usar era a mais barata do concurso e não a feita na casa que sempre o seguiu e já conhece o seu corpo de cor. "Isto não é a mesma coisa que comprar arroz e batatas", diz. As consequências não se fizeram esperar: dores agudas e coxear como nunca.

Este problema ainda não está completamente sanado e é apenas um dos que o ministro da Defesa, José Pedro Aguiar-Branco, se comprometeu a resolver definitivamente. Outro tem a ver com a requalificação do estatuto de deficiente das Forças Armadas, nomeadamente naquilo que são os afectados pelo stresse pós-traumático. "Os afectados pelo stresse pós-traumático ficaram esquecidos, mas a verdade é que eclodiu na nossa cabeça algo muito estranho", diz José Arruda. Este algo muito estranho pode levar à depressão e pode levar a matar. Ou apenas a discussões que fazem voar próteses e impropérios até à chegada da GNR, como aconteceu há uns anos na sede da ADFA. Mas nessa altura eram todos bons rapazes. (...)

(...) E o calvário continua, num tempo que devia, mais que nunca, ser de afecto. Não os deixaram ser miúdos e "agora vamos mais a funerais". No tempo que sobra é preciso ir a juntas médicas, procurar testemunhas do tempo da guerra, fazer requisições para o Ministério da Defesa, ir a médicos, psicólogos, psiquiatras, advogados, Segurança Social. Como no campo de batalha, cada um encontra a sua estratégia de sobrevivência. José Arruda, cego, amputado, corre com a sua personal trainer e, diz quem já viu, ninguém o apanha. Corre porquê? "Corro para ter alento."


domingo, 28 de dezembro de 2014

Guiné 63/74 - P14091: Ser solidário (177): Saudação natalícia do presidente da direção nacional da Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA), comendador José Gaspar Arruda, e bilhete postal comemorativo doss 40 anos da ADFA



Já se encontra à venda nas estações dos correios o bilhete-postal comemorativo do 40º anos da ADFA - Associação dos Deficientes das Forças Armadas. A data de 23 de novembro de 1974 tem para os deficientes das Forças Armadas um triplo significado: (i) ocupação do palácio da Independência, 1ª sede nacional da ADFA; (ii) 1ª manifestação pública dos Deficientes das Forças Armadas; e (iii) 1ª edição do jornal ELO.

Fonte: Cortesia do sítio da ADFA




Presidente da direção nacional da ADFA deseja Festas Felizes. Foto; Cortesia do sítio da ADFA


1. Com a devida vénia, do sítio da ADFA, notícia de 19-12-2014:

"O Presidente da Direção Nacional da Associação dos Deficientes das Forças Armadas, comendador José Gaspar Arruda, neste ano tão importante para a nossa Associação, pois está a celebrar o 40º aniversário da sua fundação, com espírito solidário, deseja o todo o povo português em geral e aos deficientes das Forças Armadas em particular, votos de um Natal com generosidade, tolerância, paz, saúde e muita força e empenho para continuarmos a nossa luta pela dignidade de TODOS e em especial pela plena inclusão das pessoas portadoras de deficiência".


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Nota do editor:

sábado, 8 de novembro de 2014

Guiné 63/74 - P13860: Agenda cultural (351): Lançamento do primeiro livro do nosso camarada bedandense, Fernando Sousa, "Quatro Rios e Um Destino", no passado dia 30 de outubro, na sede da ADFA, em Lisboa

Autor: Fernando Sousa
Editora: Chiado Editora
Local: Lisboa
Data de publicação: Setembro de 2014
Número de páginas: 304
ISBN: 978-989-51-2033-8
Colecção: Bios
Género: Biografia
Preço de capa: 14€ (papel) | 3E (eBook) [Encomendar aqui]

Sinopse

"Este livro  fala de realidades. Fala de mim, da minha vivência, da minha forma de ser e de estar, da minha entrega a tudo aquilo em que acredito. Das minhas convicções, dos meus sentimentos, da minha passagem por uma Guerra e suas consequências,  de pesadelos sem fim, das muitas emoções.

Nele procurei inserir e exaltar os ensinamentos assimilados, das várias gerações com que me fui cruzando neste caminho da vida, de várias épocas, em dois mundos e duas culturas diferentes.

É também e, sobretudo, o meu testemunho, um avivar de memórias, um sopro da alma, um grito de revolta, de uma dor comida, um desejo ardente, um despertar de consciências e um exemplo de vida
."


Fernando Sousa

Fernando [de Jesus] Sousa  [, foto atual, à direita]


(i) é membro da nossa Tabanca Grande desde 6 de agosto último (*):

(ii) foi 1º cabo 1.º Cabo da CCAÇ 6, Bedanda, 1970/71;

(iii) foi gravemente ferido em Julho de 1971;

(iv)  nasceu a 24 de Dezembro de 1948 em Bebeses, concelho de Penedono distrito de Viseu;

(v) "marcado pela dureza do trabalho desde tenra idade,  sem possibilidades de poder estudar" (...) vveu na primeira pessoa a guerra na Guiné, hoje “Guiné Bissau"  /(...); fFormado na escola da vida, tirando proveitos das poucas habilitações literárias,  desfrutando de uma vivência sempre em constante aprendizagem, e nunca enjeitando desafios" (Fonte: Chiado editora):




Lisboa > ADFA - Associação dos Deficienets das Forças Armadas > 30 de outubro de 2014 > Sessão de lançamento do livro do Fernando Sousa, "Quatro Rios e Um Destino" (Lisboa: Chiado Editora, 2014, 304 pp.).(**) > Aspeto geral da assistência.



Lisboa > ADFA - Associação dos Deficienets das Forças Armadas > 30 de outubro de 2014 > Sessão de lançamento do livro do Fernando Sousa, "Quatro Rios e Um Destino" (Lisboa: Chiado Editora, 2014, 304 pp.) > O autor, Fernando Sousa, é o segundo a contar da esquerda para a direita: "Tenho à minha esquerda Rita Costa,  directora de edição da Chiado Editora, seguida do apresentador do livro,  prof. Dr. António Lavouras Lopes" (...) "e á  minha direita, o comendador José Eduardo Gaspar Arruda, presidente da Associação dos Deficientes das Forças Armadas".



Lisboa > ADFA - Associação dos Deficienets das Forças Armadas > 30 de outubro de 2014 > Sessão de lançamento do livro do Fernando Sousa, "Quatro Rios e Um Destino" (Lisboa: Chiado Editora, 2014, 304 pp.) > A sessão de autógrafos.

Fotos do Bruno Sousa, inseridas na página doi Facebook da Tabanca Grande (2014).
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segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Guiné 63/74 - P13809: Lembrete (8): A apresentação do livro "O Corredor da Morte", de autoria do nosso camarada Mário Vitorino Gaspar é já amanhã, pelas 15h00, no Auditório Jorge Maurício da Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA), no Edifício ADFA, na Avenida Padre Cruz, em Lisboa

L E M B R E T E


Apresentação do Livro "O Corredor da Morte", de Mário Vitorino Gaspar, amanhã, dia 28 de Outubro pelas 15H00, no Auditório Jorge Maurício da Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA), no Edifício ADFA, na Avenida Padre Cruz, em Lisboa.

- Preside o Presidente da Direcção Nacional da Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA), Comendador José Eduardo Gaspar Arruda;

- A Apresentação do Livro vai ser feita pela Professora Ermelinda Caetano, e

- Mário Vitorino Gaspar como Autor do Livro.



No Capítulo do Livro: “9. O Rebentamento Durante o Batuque”, o autor descreve este trágico atentado contra a população.  Viveu de perto, e continua a rever este drama e descreve-o com o coração. 

Para quem tenha dúvidas, na História da Unidade consta: “Não queremos também deixar de assinalar neste Relatório um facto que nos causou profunda impressão e desgosto, já pelas consequências que dele resultaram, já porque apesar de todos os esforços desenvolvidos pelas autoridades e civis, não lográmos vê-lo esclarecido inteiramente para apuramento das responsabilidades e aplicação da Justiça. Trata-se do atentado cometido em Ganturé, contra a população, em 4 JUL 67, através do lançamento de uma granada que explodiu durante um batuque de que resultaram dez mortos e cerca de vinte feridos”
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Nota do editor

Último poste da série de 7 de Setembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13583: Lembrete (7): O próximo Encontro da Magnífica Tabanca da Linha será no dia 11 de Setembro de 2014, na estrada do Guincho, em Cascais (José Manuel Matos Dinis)