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domingo, 21 de junho de 2015

Guiné 63/74 - P14775: Álbum fotográfico de Jaime Machado (ex-alf mil cav, cmdt do Pel Rec Daimler 2046, Bambadinca, 1968/70) - Parte I: Chegadas e partidas...


Porto > RC 6 > Abril de 1970> O Pel Rec Daimler 2046,  na passagem à disponibilidade (1): O Jaime Machado é o quarto, a contar da esquerda para a direita, na segunda fila. A composição incial ds subunidade eram 14 elementos, em maio de 1968.



Porto > RC 6 > Abril de 1970> O Pel Rec Daimler 2046,  na passagem à disponibilidade (2): o porta-estandarte



T/T Niassa > Viagem de regresso, Bissau-Lisboa, abril de 1970


T/T Niassa > Viagem de regresso, Bissau-Lisboa, abril de 1970


T/T Niassa > Viagem de regresso, Bissau-Lisboa, abril de 1970


T/T Niassa > Viagem de regresso, Bissau-Lisboa, abril de 1970


 Guiné > Bissau > fevereiro de 1970 >  O cargueiro Rita Maria, atracado no porto, visto da LDG que veio do Xime com o pessoal do Pel Rec Daimler 2046 (que irá ficar em Bissau ainda dois ou três meses, antes de regressar à metrópole)


Guiné > Bissau > fevereiro de 1970 > Porto: ao fundo do lado esquerdo, a fortaleza da Amura, e do lado direito, o cais acostável e o edifício das alfândegas... È mais provável que a foto tenha sido feita a partir ds LDG que chegava a Bissau, vinda do Xim


Guiné > Bissau > Porto > fevereiro de 1970 > Porto fluvial do Xime, tirada "à medida que nos afastavamos,  transportados na LDG para Bissau"



Guiné > Bissau > Porto > s/d > Não temos a certeza se a chegada da LGD a Bissau, vinda do Xime, tendo à esquerda a ilha de Rei



Guiné > Rio Geba > Fevereiro de 1970 > Viagem de LDG,  de regresso, do Xime a Bissau,  funa a comissão de serviço em Bambadinca


Guiné > Rio Geba > Fevereiro de 1970 > Viagem de LDG,  de regresso, do Xime a Bissau,  finda comissão de serviço em Bambadinca


Guiné > Rio Geba > Fevereiro de 1970 > Viagem de LDG,  de regresso, do Xime a Bissau,  finda a comissão de serviço em Bambadinca


Guiné > Rio Geba > Fevereiro de 1970 > Viagem de LDG,  de regresso, do Xime a Bissau,  finda a comissão de serviço em Bambadinca



Guiné > Rio Geba > Fevereiro de 1970 > Viagem de LDG,  de regresso, do Xime a Bissau,  funa a comissão de serviço em Bambadinca... Tanto a LDG 101 [Alfange] como a LDG 104 [Montante] estavam equipadas com 2 peças Oerlikon de 20 mm  


Guiné > Rio Geba > Fevereiro de 1970 > Viagem de LDG,  de regresso, do Xime a Bissau,  finda a comissão de serviço em Bambadinca


 Guiné > Rio Geba > Xime > Fevereiro de 1970 > Viagem de regresso a Bissau...Tendo em conta que o fotógrafo está em terra,  a foto diz respeito à chegada ao Xime da LDG que depois transportou o pessoal do Pel Rec Daimler 2046 até Bissau.


Fotos (e legendas): © Jaime Machado (2015). Todos os direitos reservados. [Edição: LG]


1. Inícío da publicação do álbum fotográfico do nosso camarada Jaime Machado, ex-alf mil cav,  Pel Rec Daimler 2046 (Bambadinca, 1968/70). Vive ma Senhora da Hora, Matosinhos.

 Alguns dados sobre o  Pelotão de Reconhecimento Daimler  n.º 2046 (*):

(i)  teve como unidade mobilizadora o Regimento de Cavalaria n.º 6, no Porto;

(ii)  foi organizado em 13 de Março de 1968, sendo  destinado a reforçar a guarnição normal da província da Guiné;

(iii) os exercícios de IAO  foram efetuados nas regiões limítrofes da cidade do Porto em conjunto com mais nove pelotões da mesma especialidade, todos com o mesmo destino, o TO da Guiné:

(iv) após o gozo dos dez dias de licença regulamentares,  embarcou no T/T Niassa, no cais da Rocha de Conde de Óbidos,  em Lisboa,  no dia 1 de Maio de 1968; 

(v) aportou a Bissau  a 6 de maio; 

(vi) na manhã do dia seguinte foi o pessoal do Pel Rec Daimler  2046 transferido para uma LDG [possivelmente a 101, Alfange ], tendo seguido diretamente pelo rio Geba, até ao Xime;;

(vii) seguiu depois em coluna auto para Bambadinca onde ficou ao serviço do comando do BART 1904 (Bambadinca, 1967/68) (rendido em setembro de 1968 pelo BCAÇ 2852, Bambadinca, 1968/70):

(viii) O Pel Rec Daimler 2046 tinha inicialmente a seguinte composição (14 elementos): 

Cmdt, alf mil cav Jaime de Melo R. Machado;
2º srgt cav, Jose Claudino F. Luzia
1º cabo cav, apontador de Daimler, José Óscar Alves Mendes
1º cabo cav, apontador de Daimler, João Manuel R Jesus
1º cabo cav, apontador de Daimler, Manuel Maria S. Alfaia
1º cabo cav, apontador de Daimler, João de Jesus Cardoso
1º cabo cav, apontador de Daimler, José Ferreira Couceiro
1º cabo SM, mecânico, Germano de Oliveira Fonseca
Soldado cav, condutor Daimer, António José Raposo
Soldado cav, condutor Daimer, Aníbal José dos A. Duarte
Soldado cav, condutor Daimer, Joaquim Pinho Marques
Soldado cav, condutor Daimer, José do Nascimento Lázaro
Soldado cav, condutor Daimer,  Arlindo da Conceição Silva
Soldado cav, condutor auto,Manuel Moreira Tavares

(ix) Baixas sofridas:  em 2/12/1968 foi evacuado para o HM 241, por doença, o 1.º cabo n.º 07731167 Mamuel Maria Serra Alfaia;  em 19/12/1968 foi o mesmo militar evacuado para o HMDIC, não tendo regressado ao pelotão;  em 1/4/1969 apresentou-se nesta subunidade,  para o substituir, o 1.º cabo n.º 12950268, António Luís dos Reis; em 22/9/1969 baixou ao HM 241 o 2.º Sargento n.º 51517311 José Claudino Fernandes Luzia; em 29/9/1969 foi evacuado para o HMP não tendo sido substituído.

(x)  Finda a comissão, em fevereiro de 1970, esta subunidade regressou à metrópole, no mesmo T/T Niassa, em abril de 1970.

(Continua)

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terça-feira, 12 de maio de 2015

Guiné 63/74 - P14600: Memória dos lugares (290): conjunto musical "Os Bambas D' Incas" em Mansambo, 1969 (José Maria Sousa Ferreira , o "Braga", viola solo, ex-sold mec auto, CCS/BART 1904 e Pelotão de Intendência, Bambadinca, 1968/70, e hoje empresário)



Foto nº 1

Guiné > Zona leste > Setor L1 (Bambadinca) > Mansambo (CART 2339, 1968/69) > 1969 > Atuação do conjunto musical, da CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70), Os Bambas D' Incas": dfa esquerda para a direita, Peixoto (viola ritmo), José Maria Sousa (viola solo), Neves (bateria) (também era da CCS), Tony (vocalista) e Otacílio (viola baixo)...





Foto nº 2

Guiné > Zona leste > Setor L1 (Bambadinca) > Mansambo (CART 2339, 1968/69) > 1969 > Atuação do conjunto musical, da CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70), Os Bambas D' Incas": > A malta em cima de um abrigo > Da esquerda para a direita,  José Maria Sousa (viola solo), de pé;  Tony (vocalista), sentado; Otacílio (viola baixo), de pé; Neves (bateria), sentado;  e Peixoto (viola ritmo), de pé. Até à data, o José Sousa có conseguiu contactar o Peixoto, que é de Ponta da Barca.



Foto nº 3

Guiné > Zona leste > Setor L1 (Bambadinca) > CCS/BCAÇ 2852 (1968/70) > Na festa do barbeiro da CCS...





Foto nº 4

Guiné-Bissau > Farim > 2011 > O José Maria Sousa Ferreira no rio Cacheu


Foto: © José Maria Sousa Ferreira (2015). Todos os direitos reservados. (Edição e legendagem: L.G.)



1. Mensagem, de 6 do corrente, do nosso camarada José Sousa  [JMSF]


[foto à esquerda: de seu nome completo, José Maria Sousa Ferreira , o "Braga", viola solo do conjunto musical Os Bambas D' Iincas; natural de Braga, é hoje empresário, sendo sócio de várias escola de condução no norte; ex-soldado de rendição individual (BART 1904 e Pelotão de Intendência, Bambadinca, 1968/70)]

 Oi,  Luís,

Como te tinha dito,  envio-te mais algumas fotos de Bambadinca, Mansambo e Farim. 

As fotos onde está o conjunto foram tiradas uma a actuar para a companhia que estava em Mansambo, e a outra em cima de um abrigo também em Mansambo. (**)

Esclareço que nestas fotos aparece também um membro novo que também fez parte do conjunto que é o baterista, 1º Cabo Neves, aliás, esta foto encontrei-a no meu sótão de recoradações. 

Na outra foto da época  [,foto nº 3,] , estávamos numa festa de aniversário do barbeiro da companhia. 

As outras fotos [, a publicar em próximo poste, tendo os editores pedido a troca do formato pdf por jpg, ] foram tiradas quando estive em férias em 2011, onde se pode ver a minha pessoa na varanda do Palácio do Governo, já destruído pela guerra civil, e as outras em Bamdadinca e Farim [, foto nº 4].

Um abraço do tamanho de Braga até Bambadinca e até ao dia 30,  no nosso almoço [, na Trofa].

José Maria (Braga).

Nota - Há umas fotos numa cerimónia que tivemos em Bambadinca, em que eu apareço a colocar um relógio no pulso do chefe militar.

A foto em que tenho a mão pelas costas de um negro, esse negro, era combatente inimigo (terrorista). 
O outro que está ao meu lado,  na mesma foto, era militar português.

José Maria Sousa Ferreira

Foto à direita: o vocalista Tony, que pelo nome e nº mecanográfico terminado em 61, pode ser o 1º cabo nº 14219661 António N. Sousa ("Era refratário, e tinha cinco a seis anos a mais do que nós", diz o Sousa; julga que era condutor, e natural de Lisboa, onde já cantava, com fadistas conhecidos como a Maria da Fé; desconhece-se atualmente o seu paradeiro; foi ele que em Bambadinca, por volta de maio de 1969, cantou para a Cilinha a famosa canção do Alberto Cortez, "Mónica", adaptando a letra].


Guiné > Zona leste > Setor L1 > Bambadinca > CCS/BCAÇ 2852 (1968/70) > Otacílio Luz Henriques, -1º cabo bate-chapas, do pelotão de manutenção comandado pelo alf mil Ismael Augusto, CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70)... Era o quinto elemento que faltava identificar. O José Maria anda a tentar falar com ele... Foto, sem legenda, do álbum do Otacílio Luz Henriques (que até há anos atrás morava em Paço de Arcos, Oeiras; o seu telefone não responde)

Foto: © Otacílio Luz Henriques (2013). Todos os direitos reservados. (Edição e legendas: LG)


Guiné > Zona Leste > Setor L1 (Bambadinca) > Mansambo > 1970 > Vista aérea do aquartelamento. Ao fundo, da esquerda para a direita, a estrada Bambadinca-Xitole. Foto do arquivo de Humberto Reis (ex-furriel miliciano de operações especiais, CCAÇ 12, Bambadinca, 1969/71)

Foto: © Humberto Reis (2006) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados.


O José Sousa esteve várias vezes em Mansambio, na altura da construção do aquartelamento, ainda no tempo do BART 1904. a cuja CCS pertencia... Era mecânico e andava com o reboque, a carregar cibes... E estava lá a 11 de Julho de 1968 quando o IN apanhou à unha o Francisco Manuel Monteiro, soldado de armas pesadas, do 4º Gr Comb  da CART 2339... Lembra-se de vir da fonte, onde foi sozinho, de G3, e ainda deu um tiro numa lata de coca-cola... No regresso ao quartel, deu com o Monteiro (que ele achava que seria Xavier, pela inscrição que recorda ter lido na faca de mato, e ser natural de Penafiel), que vinha em sentido inverso... O Monteiro ia lavar umas peças de roupa.... Teve azar, o IN estava à espera dele... A sua ausência só mais tarde foi notada... Nesse mesmo dia, e na perseguição, em conjunto com as NT, o alferes de milícia de  Moricanhe, cmdt do Pel Milícias 103,  acionou uma mina A/P, tendo sucumbido aos ferimentos. O José Sousa ainda se lembra bem do estado horrível em que ficou o corpo... Do Monteiro, a malta da CART 2339 só teve  notícias depois do 25 de Abril de 1974. Levado para Conacri, foi um dos 26 prisioneiros portugueses libertado em 22/11/1970, na sequência da Op' Mar Verde (***).



Guiné > Zona Leste > Setor L1 (Bambadinca) > Mansambo > CART 2339 (1968/69) > Construção, de raíz, do aquartelamento, de que hoje não há praticamente nenhum vestígio...  Fotos Falantes II > Foto nº 34 [Foto do arquivo de Torcato Mendonça, ex-alf mil art, CART 2339, 1968/69].

Foto: © Torcato Mendonça  (2006) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados.

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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 29 de abril de  2015 > Guiné 63/74 - P14540: Em busca de... (234): Elementos do conjunto musical "Os Bambadincas": o Toni (cantor romântico), o Serafim (baterista), o Peixoto (viola ritmo e cantor pop) e mais um outro 1º cabo, que era viola baixo...Eu sou o o "Braga", viola solo, e queria muito abraçar-vos, na Trofa, no próximo dia 30 de maio, por ocasião do convivio do pessoal de Bambadinca 1968/71

(**) Úlotimo poste da série > 6 de maio de 2015 > Guiné 63/74 - P14578: Memória dos lugares (289): Gampará, região de Quínara (Joviano Teixeira, sold cozinheiro, CCAÇ 4142, 1972/74)
(***) Vd. poste de 5 de novembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1248: Monteiro: apanhado à unha na fonte de Mansambo em 1968, retido pelo IN em Conacri, libertado em 1970 (Torcato Mendonça)

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Guiné 63/74 - P14540: Em busca de... (257): Elementos do conjunto musical "Os Bambadincas": o Toni (cantor romântico), o Serafim (baterista), o Peixoto (viola ritmo e cantor pop) e mais um outro 1º cabo, que era viola baixo...Eu sou o o "Braga", viola solo, e queria muito abraçar-vos, na Trofa, no próximo dia 30 de maio, por ocasião do convivio do pessoal de Bambadinca 1968/71


1. Mensagem do nosso camarada José Sousa [JMSF], que entrou recentemente para a nossa Tabanca Grande (*)

[Imagem à esquerda: José Sousa, o "Braga", viola solo do conjunto musical Os Bambadincas,  natural de Braga, e hoje sócio de uma escola de condução do Porto, ex-soldado de rendição individual (BART 1904 e Pelotão de Intendência, Bambadinca, 1968/70)]

 De: José Sousa

Data: 26 de abril de 2015 às 15:12

Assunto: Almoço do convívio do pessoal de Bambadinca (1968/71)... Em busca dos elementos do conjunto musical Os Bambadincas

 Camarada de armas, sou um ex-combatente da Guiné, estive sediado em Bambadinca (1968/70, por casualidade vi há dois dias atrás umas fotos onde mostra um grupo musical (Os Bambadincas) a actuar para todos os colegas em Bambadinca,  junto ás instalações dos oficiais e sargentos que me trouxeram muitas saudades, pois eu estou na foto, era o viola solo do conjunto (José Maria) conhecido por Braga.

Apesar de ter sentido um grande aperto no coração, foi uma enorme alegria ter visto ao fim de 46 anos os meus amigos: Toni (cantor romântico); Serafim (Baterista), Peixoto (viola ritmo e cantor pop) e o viola baixo que sinceramente não consigo lembrar-me do nome dele! (Acho que ele, antes de ir para o exército, praticava halterofilismo e trabalhava na oficina (chapeiro?), penso que sim.)

Eu pertencia ao Batalhão que vocês foram render [, o BART 1904], depois passei para os serviços de intendência que também estavam sediados em Bambadinca e a minha vida lá estava ligada com todos vós.

Caso estes meus colegas do conjunto musical estejam vivos e de saúde (por Deus espero que sim!), e se forem ao almoço convívio [,na Trofa, em 30 de maio,] (***),  para mim seria uma grande satisfação também participar e dar-lhes um abraço maior do que daqui até Bambadinca.

Agradecia que me dissessem alguma coisa. (****)

O meu telem. 969 456 423

José Sousa



Guiné > Zona Leste > Setor L1 > Bambadinca > CCS/BCAÇ 2852 (1968/70) > Por volta de  maio de 1969 > Atuação do conjunto musical "Os Bambadincas", formado por cinco elementos: da direita para a esquerda, o 1º cabo Tony ("cantor romântico"), o 1º cabo Serafim (bateria),  o 1º cabo Peixoto (viola ritmo e cantor pop), o José Maria de Sousa [, Ferreira, mais conhecido por "Braga";  era soldado do pelotão de intendência (viola solo)], e ainda "um outro 1º cabo que "deveria ser chapeiro e que, na vida civil, praticava halterofilismo"... Com exceção do Sousa, todos pertenciam ao BCAÇ 2852 e eram 1ºs cabos...

Pela consulta da história da unidade (BCAÇ 2852, Bambadinca, 1968/70), presume-se que:

(i) o Peixoto seja o 1º cabo escriturário José Faria Taveiro Peixoto, nº 11176267, do comando do batalhão, secção de pessoal e reabastecimento;

(ii) o Serafim deve ser o 1º cabo mecânico auto António Luis S. Serafim, nº 06148667, do pelotão de manutenção comandado pelo alf mil Ismael Quitério Augusto, nosso grã-tabanqueiro;

(iii) o Tony, pelo nome e nº mecanográfico terminado em 61, pode ser o 1º cabo nº 14219661 António N. Sousa ("Era refratário, e tinha cinco a seis anos a mais do que nós", diz o Sousa; julga que era condutor, e natural de Lisboa, onde já cantava, com nomes fadistas conhecidos como a Maria da Fé).

Foto: © José Carlos Lopes (2013). Todos os direitos reservados. (Edição e legendagem:  L.G.)
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(***) Vd. poste de 2 de abril de  2015 > Guiné 63/74 - P14430: Conivívios (661): Pessoal de Bambadinca 68/71: Trofa, 30 de maio de 2015 (Silvino Carvalhal / Fernando Sousa)

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Guiné 63/74 - P14503: Tabanca Grande (459): José Sousa (JMSF), soldado de rendição individual, do BART 1904 e depois do Pelotão de Intendência, viola solo do conjunto musical de Bambadinca, ao tempo do BCAÇ 2852... Grã-tabanqueiro nº 681




Guiné > Zona leste > Setor L1 > Bambadinca > BCAÇ 2852 (1968/70) > O José Sousa (JMSF), viola solo do conjunto musical de Bambadinca. De rendição individual, foi colocado em Bambadinca ao tempo do BART 1904. Finda a comissão deste, passou por Bissau e foi colocado em Bambadinca, no Pel Int, ao tempo do BCAÇ 2852, que sucedeu ao BART 1904. Terminou a sua comissão em abril de 1970.

Fotos: © José Sousa (JMSF) (2015). Todos os direitos reservados.

1. Mensagem do José Sousa, músico do conjunto musical de Bambadinca (viola solo), natural de Braga, e hoje sócio de uma escola de condução do Porto, ex-soldado de rendição individual (BART 1904 e Pelotão de Intendência, Bambadinca, 1968/70):

De: JMSF

Data: 14 de abril de 2015 às 11:37

Oi, Luís,  parece que os detetives do Batalhão estão a trabalha muito bem!!!

Um dos êxitos de Alberto Cortez, "Mónica" (1960)
Na verdade o Toni era radiotelegrafista, não só cantava o fado como também cantava muito bem músicas românticas célebres, estou a lembrar-me de um êxito do cantor argentino Alberto Cortez, "Mónica" (1960) versão aúdio da canção original, no You Tube...,  que ele dedicou naquela tarde à Cilinha do MNF, connosco a acompanhar. Adaptou a letra, substituindo Mónica por Cilinha... Foi um sucesso de arromba!... Podes ouvir uma

Brevemente enviarei algumas fotos que tenho de Bambadinca.

Agora só espero notícias da presença desses meus colegas do conjunto no almoço do Batalhão para, eu com muito gosto e ansiedade, estar presente.

Um abraço para todos do tamanho de Braga até Bambadinca-Guiné.


2. Mensagem enviada pelo nosso editor, L.G., em 13 do corrente:

Camarada: Aqui tens o poste que eu editei no blogue (*)... Com "novas" fotos e com as "tuas legendas"... Espero que tenha tomado boa nota das tuas informações... Se não, corrige-me por favor... E espero que aceites o meu convite para te juntares à nossa magnífica Tabanca Grande... Estamos a caminho dos 700 camaradas e amigos registados...
Abraço
Luís

PS -  Descobri que o Tony devia ser um radiogratelegrafista, com um número mecanográfico de 1961... Será ele? Dou conhecimento deste mail aos ex-alferes Fernando Calado (Transmissões) e Isamael Augusto (Pelotão de Manutenção), e ainda ao ex-fur mil José Carlos Lopes, que pertenceram, os três, à CCS/BCAÇ 2852, bem como ao "meu" 1.º cabo cripto Gabriel Gonçalves (mais conhecido por GG), da CCAÇ 2590/CCAÇ 12 (a Companhia dos "nharros", lembras-te? Somos de julho de 69/março de 71)... O GG cantava e tocava viola (clássica), animou muitas das nossas noites, no bar/messe de sargentos... É possível que  ele se lembre do Tony que tu dizes que era refractário, mais velho que a malta cinco ou seis anos, e que seria de Lisboa... tal como o GG. Tu regressaste a casa em abril de 1970, nós só um ano depois... É bem possível que o GG também se lembre de ti. Disseste-me ao telefone que a tua camarata era junto do lado esquerdo do edifício do comando, junto à pista de aviação, e que só mais tarde é que foste para as instalações novas da Intendência, junto ao cais fluvial de Bambadinca.


2. O fur mil trms, da CCAÇ 12, o José Fernando Almeida lembra-se bem do Toni e comentou o seguinte (*): "O Toni pertencia à CCS do BCaç 2852 e cantava o Fado muito bem. Era bastante indisciplinado, punha a cabeça do Alf Fernando Calado em água. Pertencia ao Serviço de Transmissões do Batalhão.".

O Fernando Calado também confirmou:

"Fernando Calado, 13/04/2015
Caros camaradas,
Trata-se, de facto, do Toni que era radiotelegrafista na CCS do BCaç 2852.

É um pouco mais velho que nós (espero que esteja vivo), cantava o fado, cantou para a Cilinha (lembro-me como se fosse hoje do ambiente da visita e do empenho do Toni) e praticava também outro tipo de actividades.

As fotos do Lopes são fantásticas.
Um grande abraço


3. Comentário do editor:

José Sousa, passas a integrar esta fantástica e já enorme caserna!... És o nº 681! (**)..  Como queres continuar a ser conhecido como José Sousa, como na tropa, pelas razões que me explicaste ao telefone e que não têm que vir a público, decidi acrescentar ao teu nome as iniciais JMSF, como de resto tu usas no teu endereço de email.

Sê bem vindo, e espero um dia destes conhecer-te em pessoa.  Faço votos também para que mais malta se recorde de ti, e das tuas atuações musicais. Manda mais fotos (, sei que não tens muitas,) e conta-nos mais alguma história desse conjunto musical de Bambadinca.

Já me disseste, ao telefone, que quando vocês foram cantar na passagem e no caranaval, na piscina de Bafatá, para as autoridades militares e civis e para as famílias de comerciantes locais, bem como para os militares aí sediados, o comando do BCAÇ 2852 arranjou-vos uma fatiota à civil, toda a janota... "Camisas de terylene", o que era um luxo na época... Vê se tens fotos desses espectáculos...

Quanto ao teu antigo batalhão,  o BART 1904, podes ver aqui cerca de duas dezenas de referências.

PS - Pediste-me para corrigir a informação sobre o teu posto, não eras cabo mas sim soldado... Já está (*).
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Notas do editor:

(*) Vd. poste de  10 de abril de 2015  > Guiné 63/74 - P14455: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (97): José Maria de Sousa [ Ferreira, minhoto, com escola de condução no Porto], ex-sold mec aut (BCAÇ 1904 e PINT, Bambadinca, 1968/70) descobre os seus companheiros do conjunto musical a quem o Movimento Nacional Feminino ofereceu, em 1969, os instrumentos

(**) Último poste da série > 16 de abril de 2015 > Guiné 63/74 - P14480: Tabanca Grande (458): Gustavo Vasques, BCAÇ 619, Catió, 1964/66

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Guiné 63/74 - P14455: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (97): José Maria de Sousa [ Ferreira, minhoto de Braga, com escola de condução no Porto], ex-sold mec aut (BART 1904 e PINT, Bambadinca, 1968/70) descobre os seus companheiros do conjunto musical, da CCS/BCAÇ 2852, a quem o Movimento Nacional Feminino ofereceu, em 1969, os instrumentos


Guiné > Zona Leste > Setor L1 > Bambadinca > CCS/BCAÇ 2852 (1968/70) > Circa Maio de 1969 > Atuação do conjunto musical de Bambadinca, formado por cinco elementos: da direita para a esquerda,  o 1º cabo Tony  ("cantor romântico"), o 1º cabo Peixoto (bateria), o José Maria de Sousa [, Ferreira], soldado do pelotão de intendência (viola solo), o 1º cabo Serafim (viola ritmo), e ainda "um outro 1º cabo que "deveria ser chapeiro e que, na vida civil, praticava halterofilismo"... Com exceção do Sousa, todos pertenciam ao BCAÇ 2852 e eram 1ºs cabos...

Pela consulta da história da unidade (BCAÇ 2852, Bambadinca, 1968/70), presume-se que:

(i) o Peixoto seja o 1º cabo escriturário  José Faria Taveiro Peixoto, nº  11176267, do comando do batalhão, secção de pessoal e reabastecimento;

(ii) o Serafim deve ser o 1º cabo mecânico auto António Luis S. Serafim, nº 06148667, do pelotão de manutenção comandado pelo alf mil Ismael Quitério Augusto, nosso grã-tabanqueiro;

(iii) o Tony, pelo nome e nº mecanográfico terminado em 61, pode ser o 1º cabo nº 14219661 António N. Sousa ("Era refratário, e tinha cinco a seis anos a mais do que nós", diz o Sousa; julga que era condutor, e natural de Lisboa, onde já cantava, com nomes fadistas conhecidos como a Maria da Fé).




Guiné > Zona Leste > Setor L1 > Bambadinca > CCS/BCAÇ 2852 (1968/70) > Possivelmente Maio de 1969 > Da  direita para a esquerda, Peixoto (bateria),  Sousa (viola solo), Serafim (viola ritmo) e outro camarada não identificado (1º cabo, provavelmente bate chapas).





Guiné > Zona Leste > Setor L1 > Bambadinca > CCS/BCAÇ 2852 (1968/70) > Possivelmente Maio de 1969 &gt Parada do quartel de Bambadinca: visita da presidente do Movimento Nacional Feminino, Cecília Supico Pinto (1921-2011), mais conhecida por "Cilinha"  (1)...


Guiné > Zona Leste > Setor L1 > Bambadinca > CCS/BCAÇ 2852 (1968/70) > Possivelmente Maio de 1969 &gt Parada do quartel de Bambadinca: visita da presidente do Movimento Nacional Feminino, Cecília Supico Pinto (1921-2011), mais conhecida por "Cilinha"  (1)... Todos as guerras têm a sua "Pasionaria"... A "Cilinha" terá sido a nossa... Esta foto, notável, do José Carlos Lopes, é uma prova disso... É uma foto de antologia, editada por nós, a preto e branco...


Guiné > Zona Leste > Setor L1 > Bambadinca > CCS/BCAÇ 2852 (1968/70) > Possivelmente Maio de 1969 >  Parada do quartel de Bambadinca: visita da presidente do Movimento Nacional Feminino, Cecília Supico Pinto (1921-2011), mais conhecida por "Cilinha" (2)...

Fotos do álbum do José Carlos Lopes, ex-fur mil amanuense, com a especialidade de contabilidade e pagadoria, especialidade essa que ele nunca exerceu (na prática, foi o homem dos reabastecimentos do batalhão).(*)

Fotos: © José Carlos Lopes (2013). Todos os direitos reservados. (Editadas e legendadas por L.G.)


1. O José Maria de Sousa [Ferreira], de rendição individual, era soldado mecânico auto, sendo originalmente colocado na CSS/BART 1904, onde veio substituir um camarada ferido num braço.

Terminada, em setembro de 1969,  a comissão do BART 1904 (1966/68), o José Sousa [JMSF] vai para Bissau, mas logo a seguir é colocado no Pelotão de Intendência (PINT) de Bambadinca.  Tem, ao todo,  54 meses de vida militar. "Apanhou um porrada na metrópole por conduzir sem carta". Foi mobilizado para a Guiné. Já tocava viola na vida civil.

Em Bambadinca o José Sousa era muito solicitado para festas de anos e animações. Depois formou um conjunto com a malta da CCS/BCAÇ 2852. O Movimento Nacional Feminino (MNF) ofereceu-lhes os instrumentos. Tocaram, com grande sucesso, em vários sítios, incluindo Bafatá (na festa de Natal de 1969 e na passagem de ano). As fotos acima referem-se ao dia em que a Cilinha foi visitar Bambadinca...  e houve espectáculo musical no edício em U das messes e quartos de oficiais e sargentos.

O Sousa, que é sócio de um escola de condução no Porto, é natural de Braga, tem uma filha, médica, no IPO do Porto.  Hoje o seu nome completo é José Maria de Sousa Ferreira (JMSF). Na tropa, era só conhecido por Sousa.

Falou comigo ao telefone. Já esteve na Guiné, em férias, há 3 anos, e claro visitou Bambadinca.  Quer ir ao convívio do pessoal de Bambadinca, 1968/71, que este ano se realiza na Trofa (**). Foi o Silvino Carvalhal, de Vila Nova de Famalicão,  que lhe deu o meu nº de telefone de casa. Mas foi através da Net que ele  descobriu estas fotos acima reproduzidas, e que o emocionaram,  Gostava agora de saber por onde param os seus companheiros do conjunto musical. Só não se lembra do nome do 5º elemento, "1º cabo, talvez chapeiro, da CCS"... (Consultando a história da unidade, verifica-se que o único 1º cabo bate-chapas era o Otacílio Luz Henriques; havia mais dois 1ºs cabos mec auto,  o João de Matos Alexandre e e o outro era o Serafim)...

 O conjunto musical de Bambadinca era formado por 5 elementos, todos eles 1ºs cabos, com exceção do do Sousa, havendo 1 cantor (o Tony), 3 guitarras elétricas e 1 baterista. O Sousa gostaria muito de reencontrar estes companheiros: o Tony seria de Lisboa, o Peixoto, de Póvoa de Lanhoso. O Serafim, bateria, também tocava viola.

Convidei o Sousa  a integrar o nosso blogue, o que ele aceitou de bom grado. Ficou de me mandaralgumas fotografias que ainda lhe restam do tempo da tropa. Tenho o seu telefone e endereço de email. (***)

PS - Não confundir este conjunto com um outro que andava pela Guiné, o Conjunto Musical das Forças Armadas. (O nosso camarada Vitor Raposeiro, ex-fur mil radiotelegrafista, STM, de rendição indiviual, que passou por Aldeia Formosa, Bambadinca, Bula e Bissau, 1970/72, também viria a   integrar esse Conjunto Musical das Forças Armadas, tendo saído de Bambadinca ao tempo do BART 2917; esse conjunto atuava por toda a Guiné).

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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 3 de janeiro de 2013 > Guiné 63/74 - P10993: Álbum fotográfico do ex- fur mil José Carlos Lopes, amanuense do conselho administrativo da CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70) (8): Há festa no quartel: visita da Cilinha e do conjunto musical das Forças Armadas, em abril ou maio de 1969

(**) Vd poste de 2 de abril de 2015 > Guiné 63/74 - P14430: Conivívios (661): Pessoal de Bambadinca 68/71: Trofa, 30 de maio de 2015 (Silvino Carvalhal / Fernando Sousa)

(***) Último poste da série > 17 de janeiro de 2015 > Guiné 63/74 - P14157: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (96): Não sei se era o senhor Comandante Pombo que estava aos comandos, sei que fiquei muito sensibilizado com esta boleia (António Dâmaso)

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Guiné 63/74 - P13955: Álbum fotográfico do alf mil art João Calado Lopes (BAC1, 1967/69): Bambadinca, vista do alto da antena de comunicações (Parte II)



Foto nº 28 > Bambadinca > c. 2º semestre de 1968 > Foto nº 28  >  Vista do quartel de Bambadinca, do alto da antena das comunicações (*),  na direção norteste-sudoeste (ao fundo, à esquerda,  o início da enorme  bolanha de Bambadinca, e as instalações do comando, quartos e messes de oficiais e sargentos; ao centro, a rua principal, que aatrevassa o arquelamento no sentido leste (Bafatá) - oeste (Xime) e o telhado da capela).  

Popr esta "rua" que devia o aquartelameno ao meio, passaram dezenas e dezenas de milhares de homens, ao lomgo da guerra, desembarcados em LDG no Xime (a 12 km) e em trânsito para todo leste: setor L1 (Bambadinca), setor L2 (Bafatá), setor L5 (Galomaro), setor L4 (Nova Lamego), setor L5 (Piche) e setor L6 (Pirada)... Todos tinham que passar, obrigatoriamente, por Bambadinca...

Do lado direito da foto, vê-se  o início de um conjunto de casernas (onde ficavam as praças da CCS, paralelas ao campo de futebol, à rede de arame farpado e da pista de aviação.




Foto nº 28  A > Bambadinca > c. 2º semestre de 1968 >   As instalações, construídas pelo BENG 447 (Bissau), em 1968,  ao tempo do BART 1904 (1967/68),  eram ainda muito recentes...Vê-se pelo tamanho das árvores, plantadas frente às instalações (, edifício em U. (messes e quartos) de oficiais e sargentos ( à esquerda)e do comando de batalhão (à direita)... 

Por aqui passaram, desde a sua construção, desde o 2º semestre de 1968 até setembro de 1974  os seguuintes cinco batalhões (**): 

(i) BART 1904 (fev-out 1968); (ii)  BCAÇ 2852 (out 1968-junho 1970); (iii) BART 2917 (mai 1970 - mar 1972); (iv) BART 3873 (dez 1971-abr 1974); e (v) BCAÇ 4616/73 (abr- set 1974)


Foto nº 28 ~B > Bambadinca > c. 2º semestre de 1968 > Do lado direito, as instalações dos sargentos (messe e quartos); do lado esquerdo, oficinas auto e a o depósito de engenharia.  Nas traseiras do depósito de engenharia e das  oficinas auto, deveria existir, na época, um abrigo ou um espaldão para a bazuca 8.9... No meu tempo, foram abertas valas ao longo de todo o vasto perímetro do aquartelamento. O aquartelanmento foi atacado em 28 de maio de 1969 por um força IN estimada em 100 homens, com 3 canhões sem recuo, 
 

Foto nº 28 C > Bambadinca > c. 2º semestre de 1968 > vista parcial do edifício em U (instalações de oficiais e sargentos), vendo-se a entrada (porta) para os quartos e messe de oficiais (lado direito): é visível a rede de arame farpado do lado sul do aquartelamento. sobranceiro à grande bolianha de Bambadinca, como o espaldão (circular) do morteiro 81... No tempo em que estive em que estive em Bambadinca (julho de 1969/março de 1971) não havia artilharia. Julgo que o autor destas fotos, o João Calado Lopes, alf muil art, BAC1, nunca esteve colocado enquanto tal, mas sim em trânsito para o leste (Piche).  O Torcato Mendonça, da CART 2339 (Fá Mandinga e Mansambo, 1968/69) também não se recorda ver obuses instalados em Bambadinca. No nosso tempo havia dois pelotões do BAC1,  um em Mansambo e outro no Xime. Qualquer destes aquartelamentos também só teve obuses 105 mm, Krupp  (ou 10.5, como dizíamos).




Foto nº 28 D > Bambadinca > c. 2º semestre de 1968 >  Edifício do comando de batalhão (incluindo o gabinete de planeamento de operações)... Ao fundo, do lado direito, descortina-se algumas tabancas que pertenciam ao reordebnamento de Bambadincazinho (ou Bambadincazinha, como o Beja Santos lhe chama).,

Conferir estas imagens com as vistas aéreas de Bambadinca que temos publicado, nomeadamente as do álbum do Humberto Reis. Praticamente a totalidade das instalações e edifícios de Bambadinca da época de 1969/70 estão identificados. Conferir aqui.

Foto: © João Calado Lopes (2014). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: LG]
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Notas do editor:

(*) Último poste da série > 28 de novembro de  2014 > Guiné 63/74 - P13952: Álbum fotográfico do alf mil art João Calado Lopes (BAC1, 1967/69): Bambadinca, vista do alto da antena de comunicações (Parte I)

(**) Vd.poste de  27 de agosto de 2008 > Guiné 63/74 - P3151: Unidades sediadas em Bambadinca entre 1962 e 1974 (Benjamim Durães)

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Guiné 63/74 - P10951: Álbum fotográfico do ex- fur mil José Carlos Lopes, amanuense do conselho administrativo da CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70) (6): A Cilinha em Bambadinca, talvez em finais de 68 ou meados de 69



Guiné > Zona Leste > Setor L1 > Bambadinca > CCS/BCAÇ 2852 (1968/70) >  Uma foto, algo invulgar,  que me deixou agradavelmente surpreendido, recolhida  do álbum do José Carlos Lopes, ex-fur mil amanuense, com a especialidade de contabilidade e pagadoria, especialidade essa que ele nunca exerceu (na prática, foi o homem dos reabastecimentos do batalhão: tudo o que chegava a Bambadinca, por terra, ar ou rio, e que não se  destinasse à Intendência, passava pelas mãos do Lopes, ou mesmo era dizer, era do pelouro do Lopes).

1. Na foto vê-se, acima das cabeças de um grupo de militares, a célebre Cilinha, a Cecília Supico Pinto (1921-2011), histórica fundadora e líder do Movimento Nacional Feminino (MNF), em visita ao setor L1, Bambadinca.  Ainda não descobriu em que data é que isso foi, mas  só pode ter sido no final do segundo semestre de 1968 ou no primeiro semestre de 1969. Quando estive em Bambadinca, com a minha companhia, em intervenção ao setor L1, de julho de 69 a março de 71, nunca dei conta da visita de nenhuma dirigente, metropolitana ou local, do MFN. Por sua vez, o comando e a CCS do BCAÇ 2852 foram para Bambadinca em finais de setembro de 1968, depois de dois meses en Brá. O BCAÇ 2852 foi substituir o BART 1904.

Telefonei ao camarada Lopes (, estivemos juntos em Bambadinca, de julho de 1969 a maio de 1970, ), e ele já não pode precisar em que data é que foi tirada a fotografia. Pessoalmente inclino-me mais para a hipótese de ter sido na época seca, ou seja, nos primeiros meses de 1969. Não estou a ver a senhora a andar na Guné na época das chuvas...

No lado esquerdo, vê-se um militar com os galões de major. O Lopes acha que era o major de operações Viriato Amílcar Pires da Silva que será substituído, em setembro de 1969, pelo célebre "major elétrico", o António Augusto Cunha Ribeiro.

Peço aos camaradas de então que me completem ou corrijam a legenda. 

Foto: © José Carlos Lopes (2013). Todos os direitos reservados. (Editada e legendada por L.G.)

2. Comentário de L.G.:

Pela consulta do livro de Sílvia Espirito Santo (Cecília Supico Pinto: o rosto do Movimento Nacinonal Feminino. Lisboa: A Esfera dos Livros, 2008, p. 117), pode concluir-se que  a Cilinha esteve na Guiné em 1969, e nomeadamente em Maio:

"O tempo, o treino e o reconhecimento transformaram-na num soldado - o soldado Pinto. Teve direito a um camuflado, a uma arma e, dada 'a relevância dos actos de bravura em combate', em Bula, ma unidade do brigadeiro Henrique Calado, foi promovida de soldado Pinto a primeiro-cabo Pinto.

"Apesar de ter anunciado que não queria mais promoções, e desejava 'passar à disponibilidade' como primeiro cabo, em Maio de 1969, em Olossossato, a Companhia de Caçadores [...]  2402 nomeou-a 'Capitoa honorária'. Essa foi a patente máxima da sua 'carreira' militar' " (....).

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Guiné 63/74 - P10739: Memória dos lugares (198): A ponte do Saltinho e o ninho da metralhadora Breda (Paulo Santiago, Pel Caç Nat 53, 1970/72 / Luís Graça, CCAÇ 12, 1969/71)



Guiné > Zona leste > Setor L5 (Galomaro> Saltinho > 1972 > Pel Caç Nat 53 > Vista aérea da ponte e do Rio Corubal no Saltinho, antes da construção do reordenamento de Contabane, na margem esquerda (hoje, Sinchã Sambel).

Foto: © Paulo Santiago (2010). Todos os direitos reservados.[Editada por L.G.]


Fto nº 202 > Ponte do Saltinho... Militares da CCAÇ 12 que acabavam de chegar, em coluna logística, oriunda de Bambadinca... Presumo que a foto de seja do 3º ou 4º trimestre de 1969... Em primeiro plano, à esquerda, de costas, o Humberto Reis com 1º cabo, do seu 2º Gr Comb, o "Alfredo"... Mais à frente, à direita, também de costas, mas assinaldo com um círculo a vermelho, sou eu...Como se vê na foto, não havia na altura nem cavalos de frisa,. nem postos de sentinela, nem ninhos de metralhadora, nos topos da ponte...



Foto  > Arlindo Roda, fir mil da CCAÇ 12, fotigrafado, de no in´cio da ponte, do lado do Saltinho... Em primeiro plano, há duas inscrições que merecem ser descodificadas: dois números,  818, 1646... O primeiro deve um nº de identificação ou de inventário desta obra de arte; o segundo (, pintado à mão),
é mais provavelmente o nº da CART 1646 / BART 1904 (1967/68), que esteve no Xitole e Saltinho.

A lápide, em bronze, evoca a "visita, durante a construção" do então Chefe do Estado Português, general Francisco Higino Craveiro Lopes, acompanhado do Ministro do Ultramar, Capitão de Mar e Guerra Sarmento Rodrigues, em 8 de Maio de 1955. Era Governador Geral da Província Portuguesa da Guiné (tinha deixado de ser colónia em 1951, tal como os outros territórios ultramarinos) o Capitão de Fragata Diogo de Melo e Alvim... Craveiro Lopes nasceu em 1894 e morreu 1964. Foi presidente da República entre 1951 e 1958 (substituído então pelo Almirante Américo Tomás).

Fotos: © Arlindo Teixeira Roda (2010). Todos os direitos reservados. [Editada por L.G.]



Guiné > Zona Leste > Sector L5 (Galomaro) > Saltinho > 1972 > Vista aérea do Rio Corubal, da ponte Craveiro Lopes , e 4 arcos (, construída em cimento armado e inaugurada em 1955), e do aquartelamento do Saltinho (na margem direita, instalações hoje transformadas em unidade hoteleira)... A montante da ponte, pode-se ver restos da "passagem submersível", em uso até 1955. Nesta foto de 1972 também é evidente a não existência,  nos topos, de quaisquer cavalos de friza ou postos de sentinela ou ninhos de metralhadora. Foto do nosso camarada Álvaro Basto, régulo da Tabanca Pequena (Matosinhos)

Foto: © Álvaro Basto (2007). Todos os direitos reservados.

1. Mensagem do Paulo Santiago, com data de hoje:

Luís

A propósito do teu último comentário no poste P10730, anexo uma foto (está algures no blogue),  onde se vê nada existir na ponte [, a primeira foto acima publciada, neste poste]. Existiam apenas, na foto não se notam, dois cavalos de frisa, um em cada topo. Esta foto foi tirada antes de iniciada a construção do reordenamento na outra margem.

Ao fundo, à direita da ponte, está o abrigo do meu pelotão. Junto do abrigo, à sua esquerda, o ninho da Breda que ficava no enfiamento daquela obra de arte.

Abraço
P. Santiago.


2. Mensagem de L.G., enviada hoje ao Paulo Santigao, com conhecimento ao Humberto Reis e ao Tony Levezinho:

Paulo: Mando-te umas fotos do álbum do meu camarada Arlindo Roda, da CCAÇ 12.. São do Saltinho, e devem ter sido tiradas, as de mais baixa numeração (nº ) em meados de 1970, já no tempo do novo batalhão, o BART 2917... Há malta da CCS que foi connosco, o caso do fur mil enf Coelho (que vive hoje em Beja, e tinha a esposa em Bambadinca).

Não me parece que as fotos, que não trazem legenda, tenham sido todas tiradas na mesma altura... As da numeração mais alta (F1000200 e ss.) , parecm-me mais antigas (3º ou 4º trimestre de 1969)... A maior parte das vezes, as nossas colunas logísticas não iam s ao Saltinho, fazíamos a segurança até ao Xitole, e voltávamos... O Xitole depois encarregava-se de fazer chegar ao Saltinho os abastecimentos...

Eu apareço, de costas, numa ou duas fotos, na ponte (nº 202)... Aparentemente se não veem nem cavalos de frisa nem posto de sentinela nem "ninho" de metralhadora... Terá sido confusão minha ?

Provavelmente já existia o tal abrigo do teu pelotão, à direita, antes do início da ponte, e o tal da ninho da Breda, à esquerda do abrigo, que podia varrer todo o tabuleiro da ponte, em caso de ataque IN pela ponte... Deve ter sido ido que eu vi, na altura, emboar tu ainda estivesses lá...

Devo ter ido ao Saltinho ainda em 1969 (no tempo do BCAÇ 2852), e depois em meados de 1970 (no tempo do BART 2917)... Já não te posso garantir quantas vezes lá fui... Um das minhas idas está documentada, e na altura a ponte estava cheia de ervas, denotando pouco ou nenhum uso ...

Ofereço-te estas belíssimas fotos que vou publicar no blogue...Mando também para o Humberto e para o Tony, pode ser que eles se lembrem de mais pormenores... Fiz um aproveitamento da tua foto aérea da ponte...para veres melhor os pormenores... Tens também uma de 1972, do Álvaro Basto.

Queres fazer algum comentário para eu inserir no poste ?... A ponte não era iluminada à noite... Vocês iam para o lado de lá ? Era seguro ? Donde vinham os ataques ? Alguma vez foste de viatura até Contabane ? Ou mais longe, Mampatá ? Quando é que a estrada ficou interdita ?

O Arménio Estorninho ainda se lembra de ter feito uma "coluna auto de Aldeia Formosa-Saltinho-Aldeia Formosa, com passagem por Contabane, que encontrava-se incendiado e evacuado."... Isto, em agosto de 68, sendo a finalidade da coluna a entrega de "material sobressalente para viaturas auto" no Saltinho. Também nos diz que por volta 1970 a Ccaç.2701 estava aquartelada no Saltinho, sendo o Furriel Mec Auto o José Luís dos Reis.

Também o Zé Brás já comentou aqui que "a estrada Xitole-Aldeia Formosa cheguei a fazê-la sozinho com um condutor em jeep ainda em 67 e sem problemas"...

Em comentário ao mesmo poste, o P10730,  eu expliquei ao Arménio, no meu tempo (junho de 69/março de 1971) a estrada acabava na ponte do Saltinho, se não estou em erro... e que ainda timha "uma vaga ideia de lá no fim haver um ninho de metralhadores, montado para defesa da ponte e do aquartelamento do Saltinho"... Ou teria sido "miragem minha", interrogava-me eu ?

Nessa altura, o percurso até Quebo estava "interdito"... O mesmo aconteceu entre novembro de 1968 e agosto de 1969, em relação ao troço de estrada Mansambo-Xitole... Fomos nós, CCAÇ 12 e outras forças, que o (re)abrimos nessa altura... Foi uma época épica de colunas logísticas de Bambadinca para o Xitole e o Saltinho (que até então só podiam ser abastecidos via Galomaro).


Um abração. Luís
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Nota do editor:

Último poste da série > 28 de novembro de 2012 > Guiné 63/74 - P10734: Memória dos lugares (197): Elvas, património mundial da humanidade - Forte de Nossa Senhora da Graça (ou Forte Lippe) - A barrilada (António José P. da Costa)