Mostrar mensagens com a etiqueta BCAÇ 1876. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta BCAÇ 1876. Mostrar todas as mensagens

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Guiné 63/74 - P9027: Os nossos regressos (27): Faz hoje 44 anos que desembarquei na Estação Ferroviária de Barcelos (José Lima da Silva)

1. Mensagem do nosso camarada José Lima da Silva*, ex-Soldado da CCAÇ 1496/BCAÇ 1876, Bissum, Pirada e Bula, 1966/67, com data de 11 de Novembro de 2011:

Boa noite caros amigos
Faz hoje 44 anos que às onze horas desembarquei do comboio na Estação de Barcelos, pois era o dia do meu regresso depois de cumprir o serviço militar na Guiné.

Só lamento não terem regressado todos mas, enfim, nem todos tiveram a mesma sorte. Hoje sentir-me-ia mais orgulhoso se de facto tivesse valido a pena. Só restou o risco que corremos, nada mais tivemos de proveito, a não ser as amizades que se criaram e se prolongam até à data, com raízes para se aguentar. Os nossos camaradas são amigos inesquecíveis, é o que se pode dizer, somos amigos eternos.

Com muita amizade vos desejo muita saúde
Boa noite de S. Martinho e um forte abraço para todos
JLS
____________

Notas de CV:

(*) Vd. poste de 22 de Agosto de 2011 > Guiné 63/74 - P8695: Louvores e condecorações (8): José Lima da Silva, ex-Soldado da CCAÇ 1496/BCAÇ 1876, condecorado com a Cruz de Guerra no dia 10 de Junho de 1968 na, então, Praça do Município, Porto

Vd. último poste da série de 15 de Agosto de 2011 > Guiné 63/74 - P8674: Os nossos regressos (26): O dia mais ansiado na Guiné. Um regresso atribulado (José Marques Ferreira)

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Guiné 63/74 - P8695: Louvores e condecorações (8): José Lima da Silva, ex-Soldado da CCAÇ 1496/BCAÇ 1876, condecorado com a Cruz de Guerra no dia 10 de Junho de 1968 na, então, Praça do Município, Porto

Porto, dia 16 de Junho de 1968 > O Soldado José Lima da Silva da CCAÇ 1496/BCAÇ 1876, condecorado com uma Cruz de Guerra.


1. Mensagem do nosso camarada José Lima da Silva*, ex-Soldado da CCAÇ 1496/BCAÇ 1876, Bissum, Pirada e Bula, 1966/67, com data de 17 de Agosto de 2011:

Camaradas
Li o mail que me enviaram, está tudo bem e passo a responder a algumas questões que me colocaram àcerca da minha passagem pela Guiné.

A condecoração foi proposta pelo Comandante do Pelotão Diamantino Pereira Monteiro, porque ao estarmos praticamente cercados pelo inimigo e sendo eu o municiador da bazuca, não estava a ser municiado pelo resto Secção que se dispersou, tendo eu próprio que me deslocar até junto de cada um, para me abastecer e servir o apontador.

Passou-se mais ou menos assim, quando que seriam e, deviam os camaradas na minha retaguarda, de mão em mão, fazerem-me chegar as granadas.

Bom mas isso já passou, apenas fica para História.

A cerimónia de condecoração aconteceu no dia 10 de Junho de 1968, na praça Almeida Garrett (Avenida dos Aliados, Porto).

Como já havia passado à disponibilidade, o fardamento para a cerimónia, recebi de véspera no antigo quartel da CICA 1 no Porto, onde tive que pernoitar e ter ordem unida, hoje não faria isso, mas como não era apenas eu que lá estava para o mesmo efeito...

Para aquele efeito, o fardamento não tinha armas, era simples.

Desculpem, mas não vos vou falar muito da minha passagem pela Guiné, e quanto a fotografias, não tenho, porque vivi numa casa com alguma humidade, e pensando que as tinha muito bem protegidas, não tinha, porque depois de mudar de casa, fui arrumar tudo e estavam irreconhecíveis, não havendo forma de as recuperar.

Tenho outra condecoração, mais ligeira e, sem o mesmo valor (pelo menos para mim), condecoração essa que aconteceu no dia 28 de Maio de 1969 em Braga, no antigo Estádio 28 Maio. Nessa cerimónia também houve desfile militar, mas eu e outros, que também lá estavam para o mesmo efeito, vestíamos à civil, afinal era para nos dar a Medalha de Expedição e Campanha da Tropa Portuguesa, o porquê não sei porque não ouvi o discurso, nem estou muito interessado agora em saber.

OBS:- Se por acaso vier ter alguns momentos bons que me façam lembrar correctamente alguns episódios passados na Guiné, contar-vos-ei.

Saudações de amizade e consideração por todos.
JLS
____________

Notas de CV:

(*) Vd. poste de 16 de Agosto de 2011 > Guiné 63/74 - P8678: Tabanca Grande (296): José Lima da Silva, ex-Soldado da CCAÇ 1496/BCAÇ 1876 (Bissum, Pirada e Bula, 1966/67)

Vd. último poste da série de 29 de Abril de 2009 > Guiné 63/74 - P4266: Louvores e condecorações (7):O 10 de Junho de 1973 - Um louvor, uma estrada e suas gentes: Cadique/Jemberém (António Manuel da Conceição Santos)

- Em tempo:
Por que foram suscitadas dúvidas quanto à designação do local onde o nosso camarada José Lima da Silva recebeu a sua condecoração em 1968, esclarece-se que a então Praça do Município, na cidade do Porto, se passou a designar como Praça Gen Humberto Delgado a partir do dia 30 de Janeiro de 1975.

Carlos Vinhal
23AGO2011

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Guiné 63/74 - P8678: Tabanca Grande (296): José Lima da Silva, ex-Soldado da CCAÇ 1496/BCAÇ 1876 (Bissum, Pirada e Bula, 1966/67)

1. Mensagem do nosso novo camarada e tertuliano, José Lima da Silva, ex-Soldado da CCAÇ 1496/BCAÇ 1876, Bissum, Pirada e Bula, 1966/67, com data de 7 de Agosto de 2011:

Sou José Lima da Silva, ex-Soldado da CCAÇ 1496/BCAÇ 1876, natural de Barcelos, residente no Porto.

Embarquei para a Guiné em Janeiro de 1966, tendo regressado em Novembro de 1967. Estivemos em Pirada, Paúnca, Bula, Naga, Bissum, outras localidades pertencentes à zona militar de Bula, também estivemos em Encheia onde fomos dar apoio a um Pelotão que estava cercado pelos inimigos.

A nossa Companhia era de intervenção rápida, onde fosse necessário.

Saúde e felicidades para todos os camaradas em geral

José Lima da Silva
Ex-Soldado 81795/65



2. Comentário de CV:

Caro José Lima, bem-vindo à Tabanca Grande.
Estás apresentado à tertúlia embora te falte a foto actual e uma pequena história. Sabes que nestas coisas não facilitamos e a "jóia" tem que ser paga.

Proponho até que para começar que nos contes como ganhaste aquela Cruz de Guerra que ostentas na foto acima. A foto documenta algum "10 de Junho"? Se sim diz em que ano.
Reparo que não tens emblemas nem armas na farda pelo que estarias já na disponibilidade. Ou estou enganado?

Além de nos pores ao corrente destes pormenores poderás contar-nos outras histórias sobre a tua passagem pela Guiné e enviar-nos mais fotos para publicação. Não te esqueças de nos dizeres que local e situação documentam as fotos, para não acontecer como esta que não identifica o local e a cerimónia.

Já agora ficas informado de que temos na tertúlia o ex-Alf Mil Diamantino Pereira Monteiro da tua Companhia.

Ficamos à espera de mais notícias tuas. Até recebe desde já um abraço da tertúlia.

O teu novo camarada e amigo
Carlos Vinhal
____________

Notas de CV:

- Estandarte da CCAÇ 1546/BCAÇ 1887 da colecção do nosso camarada Carlos Coutinho, com a devida vénia

Vd. último poste da série de 3 de Agosto de 2011 > Guiné 63/74 - P8633: Tabanca Grande (295): Domingos Gonçalves, ex-Alf Mil da CCAÇ 1546/BCAÇ 1887 (Nova Lamego, Fá Mandinga e Binta, 1966/68)

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Guiné 63/74 - P5688: CART 1525, Bissorã, 1966/67: 1/3 do pessoal frequentou as aulas regimentais (Armando Benfeito da Costa / Rogério Freire)

1. Em homenagem ao Rogério Freire, que faz hoje anos, e à sua CART 1525, Os Falcões (Bissorã, 1966/67), publica-se um texto, retirado - com a devida vénia - da sua página, uma das mais antigas, dedicada à história de uma sub-unidade operacional no TO da Guiné.


O pequeno texto que se segue e que gostaria de divulgar foi em tempos enviado ao nosso saudoso coronel Piçarra Mourão, como um pequeníssimo contributo para o seu segundo livro. Nele se refere a acção educativa e de alfabetização levada a cabo pela Companhia durante os 22 meses que permaneceu na Guiné.


GUINÉ 1966/67 > Recordações … contributo para um livro

por Armando Benfeito da Costa, ex-Fur Mil


Da leitura do livro Guiné Sempre - [Testemunho de uma guerra] do mui ilustre coronel Piçarra Mourão, [ Editora Quarteto, 2001,] ressalta toda uma epopeia na qual é descrita a passagem, pela Guiné, da companhia de artilharia 1525, companhia independente adstrita ao Batalhão 1876.

Na resenha histórica, bem documentada naquele livro, o autor descreve histórias pessoais protagonizadas por ele próprio e por outros intervenientes, oficiais, sargentos e praças, ligadas sobretudo aos aspectos de âmbito militar em termos de relevância operacional e pouco mais.

Faltava, porém, algo que completasse essa passagem da companhia 1525 por terras da Guiné [...], o devido destaque e relato de outros eventos que, pelo seu valor e incidência, não deixaram de ser também importantes e marcaram, de uma outra forma, aqueles que estiveram envolvidos num projecto de índole educacional.

Passavam pouco mais de três meses de estada da 1525 na Guiné e já em Bissorã, foi proposto ao comandante de companhia a abertura de aulas regimentais dado que cerca de 1/3 das praças não possuía diploma oficial do ensino primário e, dentre elas, muitos analfabetos.

A proposta foi aceite e as aulas regimentais abriram a 19 de Maio de 1966. Muitos soldados frequentaram essas aulas a partir dessa data, repartindo-se pelas quatro classes que então se formaram, tendo em vista a obtenção do diploma da 3ª ou 4ª classe.

O horário de funcionamento era repartido por dois turnos, 17 às 18H30 e 21 ÀS 22h30, o primeiro dirigido às primeiras classes e o segundo às mais avançadas.

A actividade lectiva desenvolvia-se sempre com normalidade e os "estudantes" procuravam estar atentos e responder às exigências dos cursos que frequentavam. Todo este esforço era muitas vezes interrompido por um outro esforço, muito maior, provocado pelo desgaste físico e moral desenvolvido ao longo das "operações militares".

De qualquer maneira ficou-nos na memória que valeu a pena ter investido num projecto que veio a dar os seus frutos no final do ano lectivo de 1967 quando, após a realização dos exames do 1º e 2º graus (3ª e 4ª classes) os resultados falaram por si:
- Os 44 alunos que haviam frequentado a escola regimental da Companhia de Artilharia 1525, o haviam feito com sucesso, pois tinham obtido aproveitamento (11 da 3ª e 33 da 4ª), conseguindo regressar à metrópole com um diploma que lhes permitia inserir-se muito melhor na sociedade civil e responder melhor às exigências burocráticas dessa mesma sociedade.

Um outro aspecto ligado à influência da Companhia 1525 relaciona-se com a nomeação, por parte dos Serviços de Educação da Guiné, de um furriel miliciano, com o Curso do Magistério Primário, para exercer funções docentes na Escola Primária de Bissorã, onde teve a seu cargo o processo de ensino/aprendizagem das 3ª e 4ª classes, sendo que as duas primeiras classes eram leccionadas por um regente escolar nativo.

Obviamente que a população civil não deixou de reconhecer o facto de a escola primária ter passado a usufruir do trabalho especializado de um professor branco, o que permitiu uma maior procura para a frequência daquele estabelecimento de ensino.

Acresce dizer que, apesar de não ter havido, naquele tempo, qualquer reconhecimento oficial pelo trabalho desenvolvido, foi gratificante ter-se verificado o grau de satisfação dos soldados e alunos autóctones, porque, uns, regressariam à metrópole mais apetrechados e mais aptos; os outros por terem adquirido conhecimentos que lhes permitiu a obtenção de diploma que abria, aos que pudessem, a possibilidade de prosseguirem estudos, em Bissau.

Ainda houve, ligado ao primitivo projecto educacional, um outro sub-projecto que consistia em alguns soldados frequentarem turnos de "explicações" para poderem vir a fazer exame do 2º ano do liceu, sub-projecto esse que não se revelou exequível, mormente por falta de meios.

Importa salientar que todo o trabalho lectivo não prejudicava o esforço de guerra quer ao nível docente como discente, pois na hora da verdade todos eram chamados a cumprir os seus deveres militares operacionais.

Mesmo assim e ainda hoje, passados que foram já 35 anos alguns têm recordado, num misto de saudade e alegria, a sua passagem pela Escola Regimental da Companhia de Artilharia 1525, aquando dos "Encontros" anuais que se vêm concretizando e em boa hora iniciados.

Que este modesto contributo para o novo livro que o coronel Piçarra Mourão pensa escrever sirva para relembrar que a Companhia 1525 não só combateu com valentia no teatro de operações e isso está bem patente no livro "Guiné, Sempre!", mas desenvolveu um outro combate, dirigido ao analfabetismo que grassava no seio da própria Companhia, contribuindo, também, para que um pouco da Língua e Cultura portuguesas fossem divulgadas pelos jovens que então frequentaram a Escola de Bissorã, alguns dos quais conseguiram obter o diploma do ensino primário.

Galifonge, 2002. 12. 03
(Armando Benfeito da Costa)

Imagens: Cortesia de CART 1525 (Bissirã, 1966/67)

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Guiné 63/74 - P3092: Os Nossos Seres, Saberes e Lazeres (1): Pinturas, de Jaime Machado; As Capelas de Leça, de José Oliveira

1. Vamos dar início a uma nova série, destinada a mostrar as aptidões dos nossos camaradas, ainda no activo ou já na situação de reforma, que de algum modo fazem terapia, preenchendo tempos, muitas vezes cheios de vazio, com actividades artísticas, culturais, bricolagem, desportos ao ar livre, agricultura biológica, fotografia, etc.

Quem tiver algo para mostrar à Tertúlia, relatos ou fotografias, que possa ser exemplo de alternativa para ocupar o tempo, pode mandar esses trabalhos para publicação.

2. No dia 25 de Maio de 2008, recebemos uma mensagem do nosso camarada Jaime Machado, ex-Alf Mil Cav do Pel Rec Daimler 2046, Bambadinca, 1968/70, com duas fotografias de quadros que ele próprio pintou.

Caros Amigos
Lembrei-me de vos enviar 2 fotos de 2 quadros a óleo (60 x 70cm) que pintei no ano passado com base em fotos que fiz na Guiné.

O primeiro quadro é de um miúdo que vendia bolos em Bissau, o outro é de uma bajuda no cais de Bambadinca.

Mais uma vez África, e particularmente Guiné, no coração.

Um abraço
Jaime


Foto 1 > Vendedor de bolos em Bissau. Quadro a óleo, pintado por Jaime Machado

Foto 2 > Bajuda no Cais de Bambadinca. Quadro a óleo pintado por Jaime Machado

Fotos © Jaime Machado (2008). Direitos reservados.
Legendas de CV

************

3. No passado dia 19 de Julho foi inaugurada, no Salão Nobre da Junta de Freguesia de Leça da Palmeira, uma exposição subordinada ao tema As Capelas de Leça, com trabalhos em madeira de autoria do Mestre Zé Cartaxo.

O Mestre Cartaxo é o nosso camarada ex-combatente da Guiné, José Francisco Oliveira, ex-1.º Cabo Sapador de Minas e Armadilhas que pertenceu à CCS/BCAÇ 1876, que esteve em Bula e Bissorã entre 1966/67.

Tendo deixado de exercer a profissão de Carpinteiro Naval, dedica-se à execução de réplicas de barcos à escala.

Há poucos anos assumiu a tarefa de construir todas as Capelas de Leça da Palmeira, tendo agora em mãos a execução da Igreja Matriz. Promete construir também os monumentos religiosos da freguesia de Matosinhos. Trabalho não lhe falta, tenha ele saúde para levar a efeito tal tarefa.

Deixo alguns exemplos dos trabalhos expostos, sendo que a localização de alguns junto a janelas, impede as fotos de mostrar a real qualidade dos mesmos.

Foto 1 > Mestre Zé Cartaxo junto da futura Igreja Matriz de Leça da Palmeira

Foto 2 > Capela do Corpo Santo (Sec. XVII), situada num alto, onde terá existido o primeiro farol para guia das embarcações que navegavam na perigosa costa marítima de Matosinhos.

Foto 3 > Capela do Sagrado Coração de Jesus (Sec. XIX)

Foto 4 > Todas as Capelas têm os telhados amovíveis para que se possam ver os pormenores dos interiores. Eis um exemplo.

Foto 5 > Capela de Santana (Sec. XVII), situada no monte com o mesmo nome

Foto 6 > Capela da Boa Nova (Sec. XIV). Neste trabalho aparece representado o farol que substituiu o primeiro existente junto da Capela do Corpo Santo. Em 1948 este velho farol da Boa Nova foi temovido, dando lugar ao ainda actual e majestoso Farol da Boa Nova.

Fotos © de António Maria e Carlos Vinhal (2008). Direitos reservados.
Legendas de Carlos Vinhal

domingo, 30 de setembro de 2007

Guiné 63/74 - P2144: PAIGC: O misterioso helicóptero interceptado pela FAP em meados dos anos 60 (J. C. Abreu dos Santos / Diamantino P. Monteiro

Guiné > Bissalanca > Base Aérea n.º 12 > Agosto de 1967 > Helicóptero capturado ao PAIGC >


"Em contrapartida, o inimigo dispunha por vezes de recursos superiores, como é o caso do abastecimento aéreo em que chegaram a ser utilizados helicópteros de grande porte, fretados no estrangeiro. Este heli foi capturado na zona norte do território, depois de identificado pelos pilotos de um avião de transporte Dakota e logo interceptado pelos jactos Fiat da Força Aérea Portuguesa" (DMP).

Foto: Página de Dimantino Pereira Monteiro > CCAÇ 14 > Guiné - À margem da Guerra Colonial > Fotos em tempo de guerra. (com a devida vénia...).


1. Mensagem enviada pelo J.C. Abreu dos Santos, regular visitante do nosso blogue, aos nossos editores em 14 de Setembro:

Assunto - Heli-apoio ao PAIGC - Agosto de 1967

Exmos. Srs,

Reenvio, à vossa atenção, a sequência de mensagens trocadas com Diamantino Pereira Monteiro, ex-Alf Mil Inf Cmdt do 1.º PEL/CCAÇ 1496. Anexo ao presente e-mail, um ficheiro com foto abaixo referida.

Solicito de V.Exas. o reendereço desta mensagem, para antigos oficiais pilotos-aviadores que tenham prestado serviço na Esquadra 121 da BA12, ou comentários que entendam sobre a matéria.

Grato pela atenção que possam dispensar ao assunto, queiram aceitar os melhores cumprimentos de
J.C. Abreu dos Santos


2. Mensagem de 8 de Setembro de 2007, enviada pelo J.C. Abreu dos Santos para o Diamantino Pereira Monteiro, ex-Alf Mil Inf Cmdt 1.º Pel / CCAÇ 1496, com conhecimento ao Manuel Coelho, ex-militar do 2.º Pel/ CCAÇ 1496.


Assunto - Fotos de Guerra

Refª - Secção "Fotos de Guerra" constante do v/ endereço http://guinecolonial.home.sapo.pt//

[...] questão #2 - Onde se refere que um «heli foi capturado na zona norte do território, depois de identificado pelos pilotos de um avião de transporte Dakota e logo interceptado pelos jactos Fiat da Força Aérea Portuguesa», vem a informação acompanhada da fotografia de um heli com inscrição lateral superior «Bristow Helicopters», estacionado na placa de um aeródromo (base aérea?), vendo-se mais atrás dois caça-bombardeiros mono-hélice T6-Harvard.

Sendo certo que em Abril de 1966 os caça-bombardeiros jacto Fiat G91-R4 Gina entraram ao serviço da Esq 121-Tigres na BA12-Bissalanca, e considerando o valor historiográfico da citada foto, pedido de informação: qual exacta «zona norte do território» onde aquele heli foi interceptado; e qual a origem do respectivo documento fotográfico (autor, data e local onde a mesma foi obtida).

Saudações cordiais, de
J.C. Abreu dos Santos

3. Resposta do Diamantino:

[...] Quanto ao heli, a fotografia foi tirada por mim póprio em Agosto de 1967 na Base Aérea de Bissalanca. Desconheço os pormenores da captura já que, como sabe, o serviço de informação das FA era muito restritivo. O que sei foi o que me contaram pilotos da Força Aérea e não vai além do que escrevi no site.

Disponha sempre

Um abraço do
Diamantino Pereira Monteiro

4. Resposta do J.C. Abreu dos Santos, com data de 14 de Setembro:

Diamantino Pereira Monteiro,

[...] 2. Relativamente ao assunto que motivou o m/anterior e-mail: a Bristow Helicopters era (e ainda é) uma empresa britânica; em 1966 vendeu 2 daqueles aparelhos (Westland Wessex) ao governo do Ghana, o qual, como é sabido, à época prestava apoio financeiro e logístico ao PAIGC.

Um daqueles helis (cujas especificações técnicas e respectivos números de série, são de domínio público), foi dado como "destruído" mas sem precisar onde, como e quando; o outro, décadas depois decorridas foi reconstruído pela BH e revendido a um país sul-americano. Considerando a s/informação - fotografia de s/autoria feita em Ago67 na BA12-Bissalanca -, serve este meu e-mail para solicitar autorização de divulgação daquela fotografia e texto explicativo, no weblog do ex-fur mil Luís Graça, http://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/ por forma a obter outros dados mais concretos sobre o mesmo assunto; ou, permito-me sugerir que, acaso lhe não cause incómodo "trabalhoso", seja de sua iniciativa a mesma divulgação e consequente "pedido de informações" aos internautas que habitualmente visitam aquele weblog.

Saudações cordiais, de
J.C. Abreu dos Santos


5. Mensagem de Diamantino Pereira Monteiro para J.C. Abreu dos Santos, com data de 14 de Setembro:

Assunto: Da Paz e da Guerra

Caro Abreu dos Santos:

[...], ao mesmo tempo em que formalizo a autorização para divulgação da foto em apreço, lhe peço que o faça nos moldes e nos sitios que entender. [...]

Um abraço do
Diamantino Monteiro

6. Comentário do editor L.G.:

O Diamantino Pereira Monteiro entrou recentemente para a nossa tertúlia (1), devidamente apadrinhado e acolhido pelo nosso co-editor e camarada Carlos Vinhal. Foi foi oportuna a mensagem do J. C. Abreu dos Santos: o seu olho clínico descobriu, primeiro do que todos nós, esta foto do misterioso helicóptero. Os camaradas da Força Aérea talvez saibam mais pormenores sobre esta história. Ficamos a aguardar. Obrigado aos dois, J.C. Abreu dos Santos e Diamantino Pereira Monteiro.

____________

Nota de L.G.:

(1) Vd. post de 13 de Agosto de 2007 > Guiné 63/74 - P2045: Tabanca Grande (30): Apresenta-se o Diamantino Pereira Monteiro (ex-Alf Mil, CCAÇ 1496/BCAÇ 1876, 1966/67)

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Guiné 63/74 - P2045: Tabanca Grande (30): Diamantino Pereira Monteiro, ex-Alf Mil, CCAÇ 1496/BCAÇ 1876 (Bissum, Pirada e Bula, 1966/67)

1. Mensagem de Diamantino Pereira Monteiro, ex-Alf Mil da CCAÇ 1496/BCAÇ 1876, Bissum, Pirada e Bula, para o editor do Blogue:

Caro companheiro:
Antes de mais os meus parabéns pela excelente ideia do site, que vem preencher uma lacuna importante na historiografia da Guerra Colonial.

Quem por lá passou, como nós, sente necessidade de lembrar à nova geração e aos políticos e militares actuais, que nós pagámos e continuamos a pagar muito caro o simples facto de termos pertencido à geração colonial.

Por isso gostaria de entrar na tertúlia e para tal envio os dados solicitados:

Nome: Diamantino Pereira Monteiro

Posto na guerra: Alferes Miliciano

Unidade: CCAÇ 1496/BCAÇ 1876

Comissão: de Janeiro de 1966 a Novembro de 1967

Locais de permanência: Bissau, Pirada, Paúnca, Bafatá, Bula e Bissum

Residência: Soure, Coimbra

Email: dpmonteiro@sapo.pt

Página sobre a Guerra na Guiné: Guiné - À margem da guerra colonial/

Sobre a minha página, muito gostaria de ler os teus comentários assim como dos camaradas da tertúlia.

Junto duas fotos minhas

Um grande abraço de camaradagem do
Monteiro


2. Comentário do co-editor Carlos Vinhal

Caro Monteiro, desculpa a demora da tua apresentação, mas foste mais uma vítima da nossa adaptação ao trabalho de equipa dentro do Blogue.

Pequena falta aqui, outra acolá e lá vamos acertando as agulhas, à custa de aparentes desconsiderações.

A partir de hoje vais ter mais visitas à tua página sobre a Guiné , onde eu aprendi que qualquer atirador (sem ofensa para ti e para mim), munido com meia dúzia de aspirinas e ar sério, se convertia num médico mais ou menos convincente. Isto no nosso tempo, numa zona de guerra e à falta dos verdadeiros técnicos de saúde, é bom de ver.

Na Guiné não se fazia só guerra. Também se ensinava, tratava-se da saúde e mata-se a fome aos naturais.

Companheiro Monteiro, fica assim oficializada a tua entrada no nosso Blogue.

Esperamos que tragas até nós algumas das estórias do teu blogue, se for essa também a tua vontade.

quinta-feira, 3 de novembro de 2005

Guiné 63/74 - P249: Unidades com sítios da Net (1) (Jorge Santos)

Três sugestões do Jorge Santos para quem gostar de surfar na Net (isto já tem mais de três meses, as nossas desculpas ao nosso tertuliano Jorge, ex-fuzileiro em Moçambique, autor da página A Guerra Colonial, e que desde o verão passado tem andado em viagem pela Eurolândia):


(i) COMPANHIA DE CAÇADORES 1496 (BCAÇ 1876)

Guiné > Pirada (1966/1967)



Página de Diamantino Pereira Monteiro (Alferes Miliciano), que pode ser consultada em:

http://guinecolonial.home.sapo.pt/

Destaque para as bem humoradas "pequenas histórias com homens... à margem da guerra colonial" (um conjunto de crónicas ou croniquetas sobre o dia dia das NT), incluindo um delicioso glossário. Fico a saber que em 1966 ao aerograma se chamava bate-estradas. No nosso tempo (1969/71), e na nossa região (Bambadinca), era conhecido como o corta-capim. Também há uma xecelente documentação fotográfica sobre a guerra e o pós-guerra... Parabéns ao Diamantino! L.G.


(ii) COMPANHIA DE CAVALARIA 3378

Guiné > Olossato (1971/1973)

Página de José Fernando Tomé (Furriel Miliciano),
que pode ser consultada em:

http://kimbas.no.sapo.pt/

E-mail:

oskimbas@netcabo.pt




(iii) 2ª COMPANHIA DO BATALHÃO DE CAÇADORES 4610

Guiné > Cafine/Cobumba/Dufal (1972/1974)


Página de Fernando Teixeira (Furriel Miliciano), que pode ser consultada em:

http://osterriveis.no.sapo.pt/

E-mail: osterriveis@sapo.pt