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terça-feira, 11 de outubro de 2016

Guiné 63/74 - P16587: O cruzeiro das nossas vidas (25): O meu regresso a casa, no N/M Uíge (Manuel Resende (ex-alf mil art, CCAÇ 2585/BCAÇ 2884, Jolmete, Pelundo e Teixeira Pinto, 1969/71)


Foto nº 1 > N/M Uíge > Regresso a Lisboa > Março de 1971 > Jantar de Gala, onde estou eu (de óculos), à direita da foto o alf Marques Pereira, da minha Companhia, vive em Maputo. À esquerda da foto o alf José Alves Calado e o último creio que se chama Miranda, não tenho a certeza




Foto nº 2 > Uma foto do médico da meu Batalhão, dr. Dinis Martins Calado. Na viagem de ida para a Guiné, a bordo do Niassa [em 1969].




Foto nº 3 > E mais uma do nosso capelão Pe. António Gameiro, na mesma viagem, para a Guiné, no Niassa [1969]


Fotos  (e legendas): © Manuel Resende (2016) Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Comentário ao poste P16576 (*), inserido na página do Facebook do Manuel Resende (ex-alf mil art, CCAÇ 2585/BCAÇ 2884, Jolmete, Pelundo e Teixeira Pinto, 1969/71).


Parabéns por estares na Magnífica [Tabanca da Linha]. Caro Luís, eu tenho esse folheto do meu regresso no Uíge, digamos que em óptimas condições. 

Tenho uma vaga idéia do tenente Barata, lembro-me perfeitamente das crianças que vinham na viagem, mas não posso identificar ninguém. 

Quanto aos camaradas alferes conheço muitos. O meu Batalhão 2884 e o 2885 fomos e viemos juntos. Além do mais, os alferes dos dois Batalhões andaram em Mafra na mesma incorporação e alguns foram meus camaradas em Vendas Novas.

Tenho uma foto desse Jantar de Gala, onde estou eu (de óculos), à direita da foto o alf Marques Pereira, da minha Companhia, vive em Maputo. À esquerda da foto o alf José Alves Calado e o último creio que se chama Miranda, não tenho a certeza (Foto nº1). Fomos todos colegas em Mafra e Vendas Novas.

Em relação a outros nomes, conheço o Raúl Godinho, da minha Companhia; o médico Diniz Calado, médico do meu Batalhão 2884, presentemente director clinico das Termas da Curia, ainda estive com ele há pouco tempo (Foto nº2); e o nosso capelão Pe. António Gameiro (Foto nº 3) que não encontro em lado nenhum, já fui a Fátima, de propósito, ao Seminário a que eu penso que ele pertencia, e nada.

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domingo, 4 de setembro de 2016

Guiné 63/74 - P16447: Efemérides (234): Cerimónia de imposição de Medalhas Comemorativas das Campanhas a Combatentes da Guerra do Ultramar, levada a efeito no passado dia 21 de Abril de 2016 no Regimento de Transmissões do Porto (José Firmino, ex-Soldaddo At da CCAÇ 2585)

Vista panorâmica do Regimento de Transmissões do Porto


1. Mensagem do nosso camarada José Firmino (ex-Soldado Atirador da CCAÇ 2585/BCAÇ 2884, Jolmete, 1969/71) com data de 22 de Agosto de 2016:

Teve lugar no passado dia 21 de Abril do ano 2016, no Regimento de Transmissões – Porto, a entrega tardia, mas diz o ditado que vale mais tarde que nunca, da entrega de diversas Medalhas Comemorativas de Campanha com Legenda, na qual eu também marquei presença para receber aquilo que há muito tinha direito.

Numa cerimónia bonita e bem conduzida, onde não faltou a presença do Exmo. Comandante da Unidade, acompanhado por diversos oficiais, sargentos e praças.

Depois de impostas as respetivas medalhas, seguiu-se o desfile das tropas em parada, com a fanfarra à frente, e ai senti como que um arrepio, lembrando outros tempos que já lá vão e em que gostei de ser militar, defender o meu País e honrar a nossa bandeira.

Finda a cerimónia, seguiu-se uma visita guiada ao Museu da Unidade. Sem dúvida, gostei de rever por lá algum material de transmissões que também usámos no cumprimento da nossa comissão de serviço.

Cumprimentos a todos os ex-Combatentes, familiares e amigos.
José Rodrigues Firmino.
Ex-Soldado Atirador da CCAÇ 2585/BCaç 2884
Jolmete, Guiné
1969/1971


Compasso de espera

Preparativos

Alinhados já em formatura

Comportamento à altura dos acontecimentos

Ponto mais alto

Já com as Medalhas impostas

O Comandante da Unidade, Senhor Coronel de Transmissões Carlos Jorge de Oliveira Ribeiro, a dirigir palavra aos medalhados

Foto de família


Equipamentos de Transmissões em exposição

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2. Comentário do editor

Diz o camarada Firmino que recebeu tardiamente a sua Medalha, tem razão, mas não há alternativa se não fazer o requerimento para a receber, já que ninguém sabe se ainda somos vivos e onde moramos.
Há ainda a opção de a comprar nos estabelecimentos da especialidade, tendo para o efeito de ser apresentada a Caderneta Militar, onde consta a OS da atribuição da Medalha e da respectiva legenda.
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Nota do editor

Último poste da série de 15 de julho de 2016 > Guiné 63/74 - P16305: Efemérides (233): 15 de novembro de 1970, às 11 da noite, o quartel e a vila de Nova Lamego são violentamente flagelados com fogo de 4 morteiros 82, durante 35 minutos... 3 mortos entre as NT, 4 feridos graves, 8 ligeiros; 8 mortos entre a população, 50 feridos graves, 30 ligeiros... Valeram-nos os Fiat G-91 estacionados em Bafatá... Spínola mandou construir um quartel novo, fora da vila, inaugurado em 31/1/1971 (Tino Neves, ex-1º cabo escriturário, CCS/BCAÇ 2893, 1969/71)

terça-feira, 17 de maio de 2016

Guiné 63/74 - P16101: Efemérides (226): Dia 20 de Abril de 2016, triste aniversário; 46 anos se passaram sobre o assassinato do Chão Manjaco (Manuel Resende, ex-Alf Mil da CCAÇ 2585)



Pelundo - Major Osório em primeiro plano


Pelundo - Major Passos Ramos, o primeiro à esquerda; Major Osório,
último à direita e de costas



Alferes Mosca em primeiro plano ajudando na preparação da ceia de Natal de 1969

Fotos (e legendas): © Manuel Resende (Ferreira) (2016).


1. Mensagem do nosso camarada Manuel Resende (ex-alf mil da CCaç 2585/BCaç 2884, Jolmete, Pelundo e Teixeira Pinto, 1969/71), com data de 20 de Abril de 2016, a propósito da passagem do 46.º aniversário do assassinato dos Majores PASSOS RAMOS, MAGALHÃES OSÓRIO, PEREIRA DA SILVA; Alferes Miliciano JOÃO MOSCA; dois condutores e um tradutor, no Chão Manjaco, no dia 20 de Abril de 1970.




Triste Aniversário

Caros amigos e camaradas
Hoje é o dia 20 de Abril. Por acaso alguém se lembra do que aconteceu no dia 20 de Abril de 1970 em Jolmete, precisamente há 46 anos?

Neste dia não houve saída para o mato, não saímos do quartel nem para caçar. Achámos estranho, mas o nosso Capitão Almendra disse aos Oficiais, não sei se a mais alguém, talvez ao Dandi, depois do almoço, que se estava a passar algo de anormal.

Nesse dia iria acontecer uma reunião (a última) para a pacificação do “Chão Manjaco”, entre os chefes do PAIGC e os OFICIAIS do CAOP, num local junto à primeira bolanha a contar do Pelundo para Jolmete, a cerca de 4-5 Kms do Pelundo.
Essa reunião destinava-se a integrar todo o pessoal do PAIGC pelos aquartelamentos da zona, como já estava combinado em reuniões anteriores.

No dia anterior, Domingo 19, o CAOP esteve em Bula, e ao jantar, o Sr. Major Pereira da Silva recebeu um telefonema, presume-se de Bissau, dizendo que um tal “LUIS” iria estar presente na reunião no dia seguinte. Segundo o que me lembro dos comentários da altura, diziam que ele ficou cabisbaixo, mudo e pensativo, ... devido à presença inesperada dessa pessoa.

Estavam previstos 5 jipes (isto é o que me lembro da altura dos acontecimentos), mas ficaram reduzidos a três, pois o Sr. Major Pereira da Silva, que superintendia o assunto, não autorizou os outros a serem “martirizados”. Lembro-me de ouvir dizer que o nosso Capelão, Padre António Gameiro queria ir, mas não foi autorizado. Eu tinha a impressão que o nosso médico Dr. Diniz Calado, também queria ir, mas ainda há poucos meses estive com ele, abordei o assunto e o próprio disse-me “que nunca essa hipótese foi colocada, não queria participar em aventuras dessas”.

Bom, o local foi alterado para a segunda bolanha, a 5 Kms de Jolmete. Porquê? Como lá foram parar, cerca de 8 Kms mais a norte, mais próximos de Jolmete?

Devo confirmar que ouvi alguns tiros por volta das 3 da tarde (e muitas outras pessoas também ouviram). Foi muito comentado, pois nesse dia estávamos proibidos de “fazer fogo”, nem a caçar.

Foram barbaramente assassinados pois estavam desarmados:

Major PASSOS RAMOS
Major MAGALHÃES OSÓRIO
Major PEREIRA DA SILVA
Alferes JOÃO MOSCA
Nativo MAMADÚ LAMINE 
Nativo ALIÚ SISSÉ 
Nativo PATRÃO DA COSTA 

OBS: Os nativos eram dois condutores dos jipes e um tradutor.

Não é meu interesse aqui entrar em pormenores, pois apenas quero lembrar a memória destes Oficiais, que devem figurar em todos os escritos com letra maiúscula.

Junto algumas fotos tiradas por mim, lamento não ter nenhuma do Sr. Major Pereira da Silva.

Manuel Cármine Resende Ferreira
Alf. Mil. Art. em Jolmete (Pelundo – Teixeira Pinto)
CCAÇ 2585 – BCAÇ 2884

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2. Comentário do co-editor CV

São devidas desculpas ao Manuel Resende por só hoje estarmos a dar conta desta triste efeméride mas, como este assunto é por demais marcante na história da guerra da Guiné, qualquer dia é próprio para se falar dele.

Quanto a mim, não esqueço esta data porque foi o dia em que nos apresentámos, na Parada do Depósito de Adidos, ao General Spínola. A 21 seguiríamos para Mansabá para uma longa estadia, ali, que só terminaria a 23 de Fevereiro de 1972.

Temos mais de meia centenas de referência a este trágico episódio; Três majores | Alferes Mosca | Chão manjaco
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Nota do editor

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Guiné 63/74 - P15559: Votos de Bom Ano para a tertúlia (1): José Firmino, ex-Sold At Inf da CCAÇ 2585/BCAÇ 2884 e Albino Silva, ex-Sold Maqueiro do BCAÇ 2845

Votos de Bom Ano para a tertúlia


1. Mensagem do nosso camarada José Rodrigues Firmino (ex-Soldado At Inf da CCaç 2585/BCAÇ 2884, Jolmete, 1969/1971), com data de 29 de Dezembro:

Votos de bom 2016 para todos os ex-combatentes familiares e amigos.
Abraço 
Firmino


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2. Mensagem do nosso camarada Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845, Teixeira Pinto, 1968/70, com data de 30 de Dezembro de 2015:

Boa tarde Carlos Vinhal 
Em primeiro lugar desejo-te óptima saúde, e depois a continuação de Boas Festas, com excelente entrada em 2016, e que este novo Ano te traga tudo de bom, assim como para toda a malta da Tabanca Grande. 
Junto envio esta brincadeira, porque pensei que tinha perdido o jeito mas afinal parece que não. 
Um abraço, 
Albino Silva

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sexta-feira, 28 de março de 2014

Guiné 63/74 - P12907: Convívios (574): XXVI Almoço Convívio do BCaç 2884 (Mais Alto), 26 de abril de 2014, em Rio Maior (José Firmino)


1. O nosso Camarada José Rodrigues Firmino (Ex. soldado atirador da Companhia de Caçadores 2585/BCAÇ 2884 Jolmete, Guiné-Bissau 1969/1971), solicitou-nos a seguinte divulgação da próxima festa da sua Unidade.

XXVI ALMOÇO CONVÍVIO do BCAÇ 2884 (Mais Alto)


O BCaç 2884 (MAIS ALTO) composto pelas seguintes companhias: CCaç 2584 - CÓ, CCaç 2585 - JOLMETE, CCaç 2586 e CCS - PELUNDO. 


Terá lugar no próximo dia 26 de abril do corrente ano em Rio Maior, com concentração marcada junto a Igreja Paroquial de Rio Maior, segue-se a apresentação os cumprimentos aqui e ali, umas fotos para mais tarde recordar. 

Por volta das 11h30 será celebrada missa, como vem sendo habitual, pelos camaradas já falecidos, terminada a cerimónia religiosa, segue-se o patrulhamento e reconhecimento pelas tropas destacadas para o efeito, em direção ao complexo turístico Gato Preto, Quinta das Acácias, Estrada Nacional, 2040-335 Rio Maior.

Segue-se as entradas como habitual regando aqui e ali com branco ou tinto, para aqueles que não o possam fazer, não faltará a água, sumos e muito mais, seguidamente será servido o almoço.  

Findo este, segue-se a animação musical por artistas locais, que irão abrilhantar o nosso convívio até à hora do lanche e partilha do bolo comemorativo.

Igreja Matriz de Rio Maior, local da concentração 

Lembrar que a data limite das inscrições termina no dia 20 de Abril do corrente ano, preço por pessoa é de 30 Morteiradas. 

Como habitual os camaradas do Norte terão transporte assegurado a partir de Braga, pelas 07,00 horas, junto ao antigo hipermercado Feira Nova, 07,30 horas em Famalicão, na central de Camionagem e pelas 08,00 horas, no Porto, à entrada do Metro do Estádio do Dragão. 

A organização a cargo dos camaradas MANUEL MARIA PASCOAL, e AMÉRICO ANTÓNIO PINTO DA COSTA, Telm. 919227959 que desejam a todos ex.camaradas e familiares boa viagem seguido de excelente regresso às suas origens com um até para o ano. 

Coordenadas GPS: 39.328945 (W) -8.929728 (N) 

JOSÉ FIRMINO
Sold Atir CCaç 2585/BCaç 2884
(RÉGUA)
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Nota de MR:



quinta-feira, 6 de junho de 2013

Guiné 63/74 - P11676: Convívios (528): XXV Almoço-Convívio do BCAÇ 2884 (José Firmino)

1. O nosso Camarada José Rodrigues Firmino, que foi Sold. Atirador da CCAÇ 2585/BCAÇ 2884, Jolmete, 1969/1971, enviou-nos notícias do Almoço /Convívio da sua unidade.

XXV Almoço-Convívio do BCAÇ 2884 

Teve lugar no passado dia 1 de Junho do ano 2013, desta vez no Fundão, o XXV almoço do nosso Batalhão com cerca de 140 participantes, composto pelas seguintes companhias: 2584 - “Có”, 2585 – “Jolmete”, 2586 e CCS –“Pelundo”, que serviram o Estado Português no período 1969/1971 na Guiné. 

Com uma viagem bastante longa para muitos, onde não faltou por vezes alguns enganos no percurso, a ponto de nem todos poderem chegar a tempo ao local de concentração, com a hora marcada para as 11:00h, no Seminário do Fundão e 11:30h celebração de missa pelos camaradas falecidos e finda a cerimónia religiosa rumar até ao Hotel Palace do Fundão, pôr alguma conversa em dia, algumas fotos pelo meio para mais tarde recordar: fica antes de mais a minha sugestão pessoal e porque não outras que durante o almoço fui ouvindo, porque não escolher futuramente um local fixo, que seria por exemplo a zona de Fátima ou arredores? Seria como se diz na gíria um meio-termo para todos, local que, como referência, tivesse o mínimo de condições para tal evento. 

Terminada a cerimónia religiosa (missa) e depois da sugestão atrás referida, há que rumar até junto do hotel, uns em viaturas próprias, outros como vai sendo habitual, no autocarro. Mais algumas fotos, alguns abraços, um olhar às barrigas duns e doutros, algumas com tamanho xxl…  pois já todos nós somos avós. 

Algumas formalidades cumpridas ordem de entrada no hotel, e pela primeira vez fazer reparo aquilo que entendo não correu bem, ou seja as entradas nada a condizer com os pergaminhos do batalhão 2884 (MAIS ALTO). Pouco para tantos, mesmo que todos saibamos que a nossa presença seja mais pelo convívio, há mínimos a respeitar. Dizer que onde devia estar a chouriça grelhada, estavam era folhas de couve, e o resto em pouca quantidade. Para muitos ficou apenas o cheiro. 

No início do almoço servem a sopa, seguidamente batatas a murro com bacalhau onde as postas não tinham lá muito tamanho, e eis que peço ao empregado para que me pusesse um pouco de azeite nas batatas, o qual não respondeu, pois se calhar nem vocacionado para tal tarefa estava, ou quem sabe não teve formação para uma razoável atitude diferente. Sinais dos tempos onde os mais novos por vezes não respeitam aqueles que já têm cabelos brancos. 

Segundo prato servido, mais algumas fotos pelo meio, e segue-se a sobremesa, bebidas, café, digestivos e bolo comemorativo do Batalhão. 

Lembrar que a animação esteve a cargo do nosso camarada ANTÓNIO CAMPOS e sua esposa CELESTE CAMPOS de Braga e uma ou outra voz desafinada. Enquanto o ANTÓNIO ia tocando afinadinho, a pandeireta desafinava, o mais importante foi e será sempre o convívio, esse sim é que motiva e convida a estar presente. 

Quero dar uma palavra de agradecimento a todos quantos queriam estar presentes e que por motivos vários não puderam. Como eu vou lembrando, o tempo vai escasseando e depois, um dia, quando gostaríamos de participar já por cá não andamos. 

Àqueles que mesmo não podendo estar mandaram mensagens para a rapaziada do Batalhão fica o nosso obrigado. Chegados ao fim de mais um convívio e com anúncio do próximo a ter lugar em Rio Maior, esperamos todos estar mais uma vez presentes. 

Para todos ex.camaradas e famílias fica meu abraço de amizade. 

Um até pró-ano e bem hajam. 
JOSÉ RODRIGUES FIRMINO (RÉGUA)








Para quem quiser ver todas as fotos, eis os respectivos links:

Fotos de Manuel Resende (Ferreira)

Fotos de José Rodrigues Firmino:
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Nota de M.R.:

Vd. último poste da série em:

28 DE MAIO DE 2013 > Guiné 63/74 - P11645: Convívios (527): Convívio da CCAÇ 84 (Alberto Nascimento)


quinta-feira, 25 de abril de 2013

Guiné 63/74 - P11461: Convívios (512): Divulgação do XXV Almoço/Convívio do BCAÇ 2884, dia 01 de Junho de 2013 no Fundão (José Rodrigues Firmino)

1. O nosso Camarada José Rodrigues Firmino, que foi Sold. Atirador da CCAÇ 2585/BCAÇ 2884, Jolmete, 1969/1971, solicita-nos a divulgação do próximo Almoço /Convívio da sua unidade. 



XXV Almoço/Convívio do BCAÇ 2884 
dia 01 de Junho de 2013 

O XXV almoço de confraternização do BCAÇ 2884 “Mais Alto”, composto pelas seguintes companhias: “2584 Có”, “2585 Jolmete”, “2586 e CCS Pelundo”, no periodo entre 07 de Maio de 1969 a 02 de Março de 1971, vai realizar-se este ano no Fundão. 

Atenção camaradas do Batalhão 2884 “Mais Alto”: 

Mais um ano, mais uma chamada para aquele que será o XXV almoço anual, desta vez a ter lugar na bonita cidade do Fundão, com concentração junto ao Seminário do Fundão às 11horas. 

Ás 11horas e 30 minutos celebração da missa pelos camarados falecidos, finda esta seguiremos ao hotel Palace do Fundão para o almoço, chegados ao hotel com alguma conversa pelo meio, uma outra foto para os netos mais tarde recordar. 

Pede a organização para que façam as inscrições atempadamente, lembrar aos camaradas do norte, que como de costume, sairá de Braga a camioneta com horário previsto para 06,45 horas junto ao antigo “Feira Nova” com paragem em Famalicão na estação de camionagem pelas 07,15 horas e no Porto, às 07,45 horas na Estação do Metro junto ao Estádio do Dragão. 

Para o repasto temos a seguinte ementa:

 Enchidos da Região, Rissóis, Orelha em Vinagrete, Pastéis de Bacalhau 
 Sopa de Legumes 
 Bacalhau Assado com Batata à Murro 
 Lombo à Serrana 
 Salada de Frutas e Semi-Frio 
 Vinho Tinto da Casa, Vinho Verde Branco, Refrigerantes, Águas e Café 
 Bolo e Espumante 
 Digestivos: Whisky Novo, Carolans, Licor Beirão, Macieira, Aguardente Velha 

Preço por pessoa 30 roquetadas, as crianças até aos 5 anos não pagam e dos 5 aos 12 pagarão 15 roquetadas. 

Data limite para inscrição: 25 de Maio de 2013. 

Fundão Palace Hotel*** 
Estrada Nacional nº 18 – Quinta Nova 
6230 - 476 Fundão 
Tel. (+351) 275 779 340 
Fax. (+351) 275 779 349 

Para os interessados nas dormidas: 
Quarto duplo 45 euros 
Individual 35 euros 
Crianças 20 euros 

Organizadores: 
Almerindo Serra Lopes e Américo António Pinto da Costa: Fixo - 224 020 024 e Telm. 919 227 959, Email: aguicostamaisalto@gmail.com

Até lá abraço camaradas. 
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Nota de M.R.: 

Vd. último poste desta série em: 


sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Guiné 63/74 - P10873: Memórias de Jolmete (Manuel Resende) (3): Alferes, temos que tramar o Capitão



BCAÇ 2884 - MAIS ALTO
CCAÇ 2585 - AQUELA MÁQUINA


MEMÓRIAS DE JOLMETE (3) 

“Alferes, temos que tramar o Capitão” 

(Esta estória tem como objectivo fazer uma pequena homenagem ao DANDI)

Manuel Resende

O nosso Capitão, António Tomás da Costa, já nos tinha prevenido durante o IAO, no Pragal, que seria promovido a Major em Agosto de 1969, e que por esse motivo teria de deixar a Companhia. Ele era do Quadro portanto as promoções tinham data certa. Teríamos de nos mentalizar que iríamos ter outro comandante durante a nossa comissão.

A Companhia 2585 chegou a Jolmete a 17-05-69, e após o tempo de sobreposição com a 2366 ficamos entregues a nós próprios, e fizemos a guerra à nossa maneira, como já foi dito noutra publicação neste, em “A MINHA GUERRA”, Poste 7151 do Blog Luís Graça & Camaradas da Guiné. Praticamente saíamos para o mato todos os dias e patrulhávamos sempre os possíveis trilhos por onde o IN poderia vir para atacar o quartel, ou trilhos de passagem de grupos, pois a nossa zona era essencialmente de passagem da Coboiana para Ponta Nhaga. Normalmente levávamos um grupo de combate, parte do Pelotão de Caçadores Nativos Nº 59 e alguns elementos do Pelotão de Milícias Nº 128 comandados pelo Cajan. Periodicamente, ou quando havia indícios de passagem de colunas do IN, as operações eram a nível de dois grupos de combate, Pelotão de Caçadores Nativos e Pelotão de Milícias quase sempre comandados pelo Dandi. Não é minha intenção fazer aqui um relato das operações que fizemos, mas somente salientar a brincadeira que por iniciativa do Dandi e com a nossa colaboração fizemos ao nosso comandante de companhia que estava prestes a abandonar Jolmete para ir para o QG em Bissau já como Major.

Estávamos em fins de Julho/princípios de Agosto de 1969, quando o Dandi veio ter comigo e comentou: - Alferes, então o Capitão nunca saiu para o mato e quando faz o relatório das operações assina sempre como comandante da operação, e Alferes não diz nada? Um dia destes temos de o levar a dar uma volta. Aceitei de imediato a sugestão, mas disse-lhe que tinha de ser uma “volta” sem riscos, pois a nossa consideração por ele era grande, pelo menos da minha parte.

Falei com o Alf. Marques Pereira, comandante do 3º grupo de combate e com o Alf. Mosca, comandante do pelotão de Caçadores Nativos Nº 59, e os três juntamente com o Dandi organizamos uma operação, à partida sem riscos de contacto com o IN, mas que seria, logo pelo fresquinho da manhã atravessar uma bolanha com água pela cintura, daríamos uma volta ao quartel e regressaríamos por outro lado atravessando outra bolanha. Esta foi a maldade sugerida pelo Dandi. Nada de mal, mas que serviria para ele ter uma noção do que custava sair para o mato todos os dias.

A primeira parte da operação e a mais importante seria convencer o nosso Capitão a aceitar ir comandar no terreno. Já não me lembro dos pormenores, mas foi-lhe dito que era uma operação de caça, e ele aceitou. Os Furriéis também foram informados da operação a brincar, mas íamos preparados para o pior, pois eventualmente poderia haver algum contacto. O nosso Capitão apresentou-se cedinho, equipado a rigor de G3 e cartucheiras à cintura, tudo como mandava a sapatilha. Ele tinha uma caçadeira calibre 12 automática de 5 tiros e pediu a alguém para a levar, dizia ele que no regresso podia aparecer alguma gazela. Esta arma era usada pelo Dandi para caçar, e foi-lhe oferecida antes da sua partida para o QG em Bissau. Andados alguns quilómetros por trilhos e corta mato, já com a roupa seca no corpo após o atravessamento da primeira bolanha, chegámos a um pequeno descampado com um bom embondeiro a fazer sombra. Estávamos numa zona em que, pela nossa experiência, não haveria problema, e não houve. Eu, para esta operação e pela primeira vez, até levei a minha máquina fotográfica, e seguia relativamente perto do Capitão. O Dandi em vez de ir na frente, como costumava, ia como guarda-costas dele. À ordem de parar para descansar todo o pessoal emboscou. Diz-me ele: ó Ferreira, (eu na tropa era Ferreira) tire uma fotografia para recordar esta operação. Chamou os Alferes e alguns Furriéis que estavam mais próximos para ficarem na foto. Estava eu a fazer o enquadramento e diz-me ele: alto, não tire ainda para eu compor as cartucheiras, quero ficar com um ar de guerreiro.

Acabado o descanso continuamos o nosso percurso, e eis senão quando aparece outra bolanha. Mais uma vez água pela cintura. Diz o Capitão: ó Dandi, então não havia outro caminho para evitar a bolanha? É que isto de secar a roupa no corpo é muito desconfortável… Não me lembro quantas fotografias eu tirei nesta operação, mas a única que tenho é a Nº 1, já anteriormente publicada, mas agora com legenda. Este pequeno episódio foi verídico no seu essencial, embora 43 anos depois a memória já não ajuda nos pequenos pormenores.


Foto nº 1 – Operação de patrulhamento comandada pelo Sr. Cap. Tomás da Costa 1- Cap. Tomás da Costa, 2 - Dandi, 3 - Alf. Joaquim Mosca, 4 - Alf. Marques Pereira, 5 - Fur. Meireles, 6 - Fur. Guarda



Foto nº 2 – Jantar de festa no refeitório dos soldados 1- Cap. Tomás da Costa, 2 - Alf. Joaquim Mosca, 3 - Alf. Ferreira (eu), 4 - Fur. Meireles, 5 - Fur. Furtado (enfermeiro)



Foto nº 3 – Um cafezinho depois do almoço - 1 - Cap. Tomás da Costa, 2 - Alf. Godinho, 3 - Alf. Marques Pereira


Foto nº 4 – Cap. Tomás da Costa com a esposa e as duas filhas numa visita a Jolmete

A seguir vou apresentar todas as fotografias que tenho tiradas com o Dandi. No meu tempo ele tinha sete esposas e sempre com ânsia de arranjar mais, pois quantas mais tivesse maior era o seu estatuto social, dizia ele. Teria cerca de 25/30anos de idade e era Natural do Jol, portanto, em princípio seria Manjaco. Os proventos dele resumiam-se à caça que fazia e vendia à Companhia e às saídas para o mato, pois ele recebia por cada operação que fazia. Era uma pessoa leal, não me lembro de qualquer desavença que possa ter havido. O seu nome era ”DASSIM DJASSI”. Numa das visitas que o Sr. General Spínola fez a Jolmete, prometeu que o iria propor para uma Cruz de Guerra, mas segundo as minhas últimas informações ele talvez nunca a teria recebido. Teve sim umas férias em Lisboa, mas sinceramente não sei de pormenores.

Não me admiro nada que, devido às burocracias militares, não tenha sido possível atribuí-la, pois nem sempre o QG fazia o que o Sr. General queria. Veja-se o caso das graduações de Alferes em Capitão, que deram que falar naquela altura. Na minha Companhia o Alferes Almendra, graduado em Capitão e comandante da mesma durante cerca de 18 meses, hoje Coronel reformado, depois da saída do Sr. Major Tomaz da Costa, na altura do regresso à Metrópole, ainda recebia o vencimento de Alferes e sem aumento. Lembro que em Outubro de 1969 houve aumentos de vencimentos. Coisas de Marcelo Caetano. Claro que depois tudo terá sido regularizado, mas não era como o Sr. General queria. Lembro que no jantar de despedida no palácio do Governo, o Sr. General Spínola falou no assunto e disse ao Cap. Almendra que iria receber até ao último centavo, nem que para isso tivesse de pagar do seu bolso.


Foto nº 5 – Dandi junto aos memoriais da 2366 e 2585


Foto nº 6 – Eu com o Dandi e uma das esposas


Foto nº 7 – Eu com o Dandi em pose para a foto

Manuel Resende
ex-Alf Mil da CCaç 2585/BCaç 2884,  Jolmete, Pelundo e Teixeira Pinto, 1969/71
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 6 de Junho de 2011 > Guiné 63/74 – P8377: Memórias de Jolmete (Manuel Resende) (2): FNAC - Fundação Nacional dos Apanhados do Clima