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quarta-feira, 12 de junho de 2019

Guiné 61/74 - P19885: Efemérides (305): O dia do Combatente Limiano, 10 de junho de 2019 (Mário Leitão, Ponte Lima)











Ponte de Lima > 10 de Junho de 2019 > Homenagem aos combatentes limianos

Fotos (e legendas): © Mário Leitão (2019). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem do António Mário Leitão:


O Mário Leitão, hoje farmacêutico reformado, foi fur mil 
na Farmácia Militar de Luanda, Delegação, n.º 11 do Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos (LMPQF), no mil, período de 1971 a 1973; é natural de (e residente em) em Ponte de Lima, é membro da nossa Tabanca Grande, tem cerca de 3 dezenas de referências no nosso blogue; é autor de 3 livros publicados: "Biodiversidade das Lagoas de Bertiandos e S. Pedro d´Arcos" (2012), "História do Dia do Combatente Limiano" (2017) e "Heróis Limianos da Guerra do Ultramar" (2018)

 Data - 12 de junho de 2019 00:53

 Assunto - Dia do Combatente Limiano / 2019

 Camarada Luís Graça, aqui envio imagens da grande Homenagem aos 80 Limianos, mortos ao serviço de Portugal, na Grande Guerra e na Guerra Colonial, promovida pelo Núcleo de Ponte de Lima da Liga dos Combatentes.

 A Igreja Matriz ficou repleta de familiares, combatentes e amigos, com diversas autoridades militares e civis que se associaram ao evento. Da Galiza vieram alguns membros da Irmandade de Cavaleiros Legionários. A missa de sufrágio foi presidida pelo Alferes Capelão Ricardo Barbosa, do RC6 de Braga, que foi auxiliado pelo Capitão Capelão da Guiné,  José António Pereira Correia, da CCaç 3547, Os Répteis de Contuboel.

 No Memorial dos Combatentes decorreu uma homenagem muito linda, emotiva e cheia de significado. Nela usou da palavra o antigo presidente da câmara Dr. Francisco Abreu de Lima, responsável por Ponte de Lima ter sido o primeiro município do País a aprovar e realizar uma homenagem dos seus filhos mortos pela Pátria. O Comandante Territorial da GNR e o Capitão do Porto de Viana do Castelo marcaram presença.

Seguiu-se o Primeiro Almoço do Combatente Limiano, que reuniu 108 convivas na EXPOLIMA. Aqui fica o registo para o acervo da Tabanca Grande.

Abraço!
Mário Leitão
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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Guiné 61/74 - P19528: Convívios (887): 1.º Almoço de Confraternização do Combatente Limiano: Ponte de Lima, 10 de Junho de 2019 (Manuel Pereira e Mário Leitão)


Página do Facebook do Núcleo de Ponte de Lima da Liga dos Combatentes




Mnauel Pereira
 1. O nosso camarada e grã-tabanqueiro  Manuel [Oliveira] Pereira, é um  limiano de pura gema [, ou seja, natural de Ponte de Lima]. Foi fur mil, CCAÇ 3547,   "Os Répteis de Contuboel", (Contuboel 1972/74), subunidade que pertencia ao BCaç 3884 (Bafatá, 1972/74).

Foi um dos primeiros camaradas da Guiné a dar a cara no nosso blogue. Conhecemo-nos no I Encontro Nacional da Tabanca Grande, na Ameira, Montemor-O-Novo, em 2006. Temo-nos encontrado de vez em quando por aí, em Lisboa. Trabalhou durante anos no Hospital da CUF, em Lisboa, como técnico de gestão, ligado à produção, licenciando-se, entretanto, em Direito. Depois da reforma, regressou à sua terra natal onde, com o Mário Leitão e outros antigos combatentes, tem animado o Núcleo local da Liga dos Combatentes..

O Núcleo de Ponte de Lima da Liga dos Combatentes tem página no Facebook:

(..) Este "espaço", agora, reactivado, pretende - com a ajuda de todos - ser "ponto de encontro", mas também "ponte", entre todos os "Combatentes Limianos", quer no contexto nacional, quer na diáspora. 

Iremos, sempre que possível, dar as informações que entendermos úteis, à nossa condição de "combatentes", quase "esquecidos" pelo poder político.
Mário Leitão

Iremos igualmente e, para maior transparência à nossa "missão", dar a conhecer toda a actividade do Núcleo. Assim, correspondência, actas, comunicados, fotografias e outra documentação, será aqui disponibilizada.

Para que os objectivos acima descritos, sejam alcançados, precisamos de "sócios" e muito particularmente da colaboração de todos. (...) 

É ele que está a organizar,  juntamente com o Mário Leitão, o 1.º almoço de confraternização do Combatente Limiano, no próximo 10 de junho de 2019.
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Nota do editor:

Último poste da série > 23 de fevereiro de  2019 > Guiné 61/74 - P19520: Convívios (886): Encontro do pessoal do BCAV 3846, a levar a efeito no próximo dia 17 de Março de 2019, no Cartaxo (Delfim Rodrigues, ex-1.º Cabo Aux Enf.º)

quinta-feira, 23 de março de 2017

Guiné 61/74 - P17171: Convívios (789): 40.º Encontro do pessoal da CCAÇ 3547 - "Os Répteis de Contuboel", dia 27 de Maio de 2017 na Vila do Bombarral (Manuel Oliveira Pereira)




1. Mensagem do nosso camarada Manuel Oliveira Pereira (ex-Fur Mil da CCAÇ 3547 - "Os Répteis de Contuboel", Contuboel, 1972/74), com data de 16 de Março de 2017, solicitando a divulgação do 40.º Encontro/Convívio da sua Unidade, coincidente com o 43.º aniversário do regresso da Guiné.

Amigos, ex-camaradas,
Solicito a divulgação do Encontro/Convívio da CCaç 3547 "Os Répteis de Contuboel"´, a ter lugar na Vila do Bombarral próximo dia 27 de Maio.
Se estiver por cá, penso também fazer-vos companhia a 29 de Abril; Amieira já vai longe.
Logo que tenha definida a minha agenda de "obrigações familiares", informar-vos-ei.

Continuo a procurar nos meus arquivos - um pouco espalhados - mas também a encetar contatos com elementos da CCS (Bafatá), C.Caç. 3547 (Contuboel), CCaç 3548 (Geba) e CCaç 3549 (Fajonquito), todas do BCaç 3884, a fim de "arranjar" a fotografia do nosso Comandante de Batalhão, Ten. Cor. Correia de Campos.

Abraço,
Manuel OLIVEIRA PEREIRA,
ex-Fur. Mil.
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Nota do editor

Último poste da série de 21 de março de 2017 > Guiné 61/74 - P17165: Convívios (788): XX Encontro do pessoal da CCAÇ 4150 - "Os Apaches do Norte", dia 14 de Maio de 2017, na Senhora da Aparecida, Lousada (Albano Costa)

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Guiné 63/74 - P14575: Convívios (675): 38º Encontro da CCaç 3547/BCAÇ 3884, “Os Répteis de Contuboel”... Leiria, 31/05/2015

1. O nosso Camarada Manuel Oliveira Pereira, da CCAÇ 3547/BCAÇ 3884 (Contuboel, 1972/74), solicitou-nos a publicação do seguinte convite para o convívio anual da sua Unidade:

Agradecemos a divulgação no nosso 38.º Encontro/Convívio que terá lugar no próximo dia 30 (último sábado) de Maio, em Leiria.

Gratos pela atenção,
Atentamente,
Manuel OLIVEIRA PEREIRA 

38º Encontro/Convívio CCAÇ 3547/BCAÇ 3884

2. A História da CCAÇ 3547, transcrita, com a devida vénia da sua página no Facebook [Companhia de Caçadores Répteis].

CCAÇ 3547: Chaves (Portugal) e Guiné (Contuboel, Sonaco, Bambadinca Tabanca, Sare Bacar, Nova Lamego, Madina Mandinga; Galomaro e Dulombi).

A CCaç.3547) era uma subunidade do BCAÇ 3884, com origem no BC10, unidade militar sediada na cidade de Chaves (Portugal).

A mobilização e a missão das novas unidades operacionais tinham por destino o teatro de guerra na então província ultramarina da Guiné. Quase em simultâneo também Angola e Moçambique combatiam a política colonial portuguesa na busca das respectivas independências, o que viria a acontecer, não sem antes deixar um rasto de morte e muitas outras sequelas (...).

O Batalhão partiu para a Guiné no fim de Março de 72. Aí chegado, foi aquartelado no Cumeré para fazer a IAO que durou cerca de um mês. 

Terminada a formação, as unidades partiram para os “seus perímetros de acção”, o Leste da Guiné, a saber: (i) CCS e Comando Operacional do BCaç 3884 em Bafatá; (ii) a CCaç 3547 em Contuboel; (iii) a CCaç 3548 em Geba; e (iv) a CCaç.3549 em Fajonquito.

A CCaç 3547 foi logo rebatizada pelos seus membros de “Os Répteis de Contuboel” e pela rádio do PAIGC como “As Almas Brancas”. Para além da sua sede – Contuboel – , tinha na vila de Sonaco um “destacamento”, composto por um Grupo de Combate e um pelotão de Milícias.

Por força (?) da sua boa localização (um subsetor sem guerra), a Companhia ficou, logo no iníci, e até ao fim da comissão, mutilada nos seus efectivos, por ausência quase permanente, de dois dos seus "grupos de combate", em destacamento/reforço de outras Companhias, nomeadamente Bafatá, Bambadinca Tabanca, Sare Bacar, Nova Lamego, Madina Mandinga, Galomaro e Dulombi.

Cedeu igualmente alguns dos seus graduados para as Companhias de Caçadores Africanas e Delegado/Agente de ligação para, em representação de todo o Batalhão junto das Direcções de Serviços e Quartel Mestre General, providenciar toda a logistica necessária à actividade do Batalhão.

A Companhia, na sua sede, funcionou como Centro de Instrução de Milícias (forças paramilitares), cujos formandos tinham por missão dar apoio e defesa local às populações nativas.

Ao longo da sua Missão e, apesar de teoricamente a área de actuação ser um paraíso, a Companhia, não conseguiu sair incólume aos efeitos da Guerra. Logo no início, num estúpido acidente de viação um dos seus homens ficou gravemente ferido, de que resultou numa paraplegia. Outras mazelas surgiram mas sem consequências de maior, porém, se a "missão" começou mal, terminou ainda da pior maneira; mesmo na recta final e a escassos dias de completarmos 24 meses, uma traiçoeira mina “rouba”, na plenitude da juventude, a vida a um dos nossos melhores!...

A Companhia regressa em fins de Junho de 1974 e termina a sua “missão”. A desmobilização vem a acontecer no dia 30 de Julho de 1974
___________ 

Nota de M.R.: 

Vd. último poste desta série em: 

quarta-feira, 5 de março de 2014

Guiné 63/74 - P12795: Convívios (566): 40º aniversário do regresso da CCAÇ 3547 (Os Répteis de Contuboel, 1972/74)... Santa Maria de Lamas, 31/5/2014



Crachá da CCAÇ 3547 (Contuboel, 1972/74) e guião do BCAÇ 3884 (Bafatá, 1972/74)




1. Anúncio do próximo convívio anual [vd. acima] e  História da CCAÇ 3547, transcrita, com a devida vénia da sua página no Facebook [, Companhia de Caçadores Répteis]:


CCAÇ 3547:  Chaves (Portugal) e Guiné (Contuboel, Sonaco, Bambadinca Tabanca, Sare Bacar, Nova Lamego, Madina Mandinga; Galomaro e Dulombi).

A CCaç.3547) era uma subunidade do BCAÇ 3884, com origem no BC10, unidade militar sediada na cidade de Chaves (Portugal).

A mobilização e a missão das novas unidades operacionais tinham por destino o teatro de guerra na então província ultramarina da Guiné. Quase em simultâneo também Angola e Moçambique combatiam a política colonial portuguesa na busca das respectivas independências, o que viria a acontecer, não sem antes deixar um rasto de morte e muitas outras sequelas (...).

O Batalhão partiu para a Guiné no fim de Março de 72. Aí chegado, foi aquartelado no Cumeré para fazer a IAO que durou cerca de um mês. 

Terminada a formação,  as unidades partiram para os “seus perímetros de acção”, o Leste da Guiné, a saber:  (i) CCS e Comando Operacional do BCaç 3884 em Bafatá; (ii) a CCaç 3547 em Contuboel; (iii) a CCaç 3548 em Geba; e (iv)  a  CCaç.3549 em Fajonquito.

A CCaç 3547 foi logo rebatizada pelos seus membros de “Os Répteis de Contuboel” e pela rádio do PAIGC como “As Almas Brancas”. Para além da sua sede – Contuboel – , tinha na vila de Sonaco um “destacamento”, composto por um Grupo de Combate e um pelotão de  Milícias.

Por força (?) da sua boa localização (um subsetor sem guerra), a Companhia  ficou, logo no iníci, e até ao fim da comissão, mutilada nos seus efectivos, por ausência quase permanente, de dois dos seus "grupos de combate", em destacamento/reforço de outras Companhias, nomeadamente Bafatá, Bambadinca Tabanca, Sare Bacar, Nova Lamego, Madina Mandinga, Galomaro e Dulombi.

Cedeu igualmente alguns dos seus graduados para as Companhias de Caçadores Africanas e Delegado/Agente de ligação para, em  representação de todo o Batalhão junto das Direcções de Serviços e Quartel Mestre General,  providenciar toda a logistica necessária à actividade do Batalhão.

A Companhia, na sua sede, funcionou como Centro de Instrução de Milícias (forças paramilitares), cujos formandos tinham por missão dar apoio e defesa local às populações nativas.

Ao longo da sua Missão e, apesar de teoricamente a área de actuação ser um paraíso, a Companhia, não conseguiu sair incólume aos efeitos da Guerra. Logo no início, num estúpido acidente de viação um dos seus homens ficou gravemente ferido, de que resultou numa paraplegia. Outras mazelas surgiram mas sem consequências de maior, porém, se a "missão" começou mal, terminou ainda da pior maneira; mesmo na recta final e a escassos dias de completarmos 24 meses, uma traiçoeira mina “rouba”, na plenitude da juventude, a vida a um dos nossos melhores!...

A Companhia regressa em fins de Junho de 1974 e termina a sua “missão”. A desmobilização vem a acontecer no dia 30 de Julho de 1974.

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Nota do editor:

Último poste da série > 28 de fevereiro de 2014 >Guiné 63/74 - P12781: Convívios (565): CCAÇ 2533 (Canjambari e Farim, 1969/71): Alverca, Quinta Marquês da Serra, em 22/3/2014... Organização: Joaquim Lessa, da Tipografia Lessa, Maia, que também é o editor da brochura "Histórias da CCAÇ 2533"

Guiné 63/74 - P12794 : Memória dos lugares (264): Contuboel e Sonaco, junho/julho de 1969, ao tempo da CCAÇ 2590 / CCAÇ 12 (Humberto Reis / Luís Graça)


Guiné > Zona Leste > Setor L2 (Bafatá)  > Contuboel > Julho de 1969 > CCAÇ 2590/CCAÇ 12 (1969/71) > O alferes miliciano de operações especiais Francisco Moreira, no meio do Humberto Reis (à sua direita) e do Tony Levezinho (à sua esquerda). O nosso Moreira era o homem de confiança do comandante da companhia, o Cap Inf Carlos Alberto Machado Brito (, hoje cor ref). O Moreira passou por Lamego,  pelo CIOE, tal como o Reis.



Guiné > Zona Leste > Setor L2 (Bafatá)  > Contuboel > 15 de Julho de 1969 > CCAÇ 2590/CCAÇ 12 (1969/71) > O alferes miliciano Francisco Magalhães Moreira (1º Gr5 Comb), à esquerda, acompanhado pelo Tony Levezinho (furriel) (2º Gr Comb), o António Fernando R. Marques (furriel), o José António G. Rodrigues (alferes, já falecido) e o Joaquim Augusto Matos Fernandes (furriel) (estes três últimos do 4º Gr Comb), preparando-se para sair até Sonaco (a nordeste de Contuboel).




Guiné > Zona Leste > Setor L2 (Bafatá) > Contuboel > "Em 10 de Julho de 1969, numa canoa no Geba a caminho de Sonaco... Reconhecem-se da esquerda para a direita o Tony Levezinho, eu, o alf Francisco Moreira, o Rocha, condutor, o alf Rodrigues, já falecido, e o djubi, manobrador da canoa, de pé" (HR).

A CCAÇ 2590 (mais tarde, CCAÇ 12) realizou os exercícios finais da instrução de especialidade dos seus soldados africanos,  entre 6 e 12 de Julho, a 10 km a norte de Contuboel.  Sonaco era um destacamento do subsetor de Contuboel, tendo em permanência um grupo de combate da unidade de quadrícula de Contuboel mais um pelotão de milícias. Não me consta que alguma vez tenha sido atacada ou flagelada, tal como Contuboel. (LG)


Fotos: © Humberto Reis (2006) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados.


1. A propósito de uma recente referência a Contuboel e a Sonaco (*), dois topónimos de que se fala pouco, aqui no nosso blogue (, e em especial, Sonaco, que só tem meia dúzia de referências)...

O Humberto Reis, autor das fotos que acima publicamos (, que nâo têm de resto, a qualidade a que nos habituou: são de formato reduzido e fraca resolução,,,)  diz que "foi a Sonaco duas, ou três  vezes em passeio", no tempo em que a CCAÇ  2590/CCAÇ 12 esteve em Contuboel, ou seja, menos de dois meses, de 2 de Junho a 18 de Julho de 1969, na fase de instrução de especialidade dos nossos soldados do recrutanmento local . (Só um terço da companhia, os quadros e os especialistas, eram de origem metropolitana).

Sonaco era "um local sem quaisquer problemas", garante o Humberto... E eu confirmo:  pelo menos, não havia risco de emboscada ou de minas, nesse tempo... O braço armado do PAIGC não chegava até lá... Havia vários tampões, entre a fronteria com o Senegal e o subsetor de Contuboel a que pertencia Soncao. A terra tinha vários comerciantes, quer portugueses quer libaneses.

Não sei como as coisas evoluiram, depois... Enfim, era um sítio onde a malta do leste, de outros setores (como o L1,  de Bambadinca)  ia comprar vacas... O Torcato Mendonça, por exemplo, que "vivia" em Mansambo, já aqui referiu que chegou a comer alguns bifinhos das vacas de Sonaco... E eu também, em Bambadinca...

Igualmente havia quem fosse, de Bafatá, a Sonaco para pescar peixe, no rio Geba, à granada...como era o caso do Manuel Mata, (do EREC 2640, Bafatá, 1969/71). (E, a propósito, passei um belíssímo fim de semana na terra dele, o Crato; telefonei-lhe, mas ele já não usa o nº de telefone fixo que eu tinha na agenda).

A CCAÇ 2590 (mais tarde, CCAÇ 12) realizou os exercícios finais da instrução de especialidade dos seus soldados africanos, entre 6 e 12 de Julho, a 10 km a norte de Contuboel.  Andámos por lá a brincar às guerras, com balas de salva (!)... Só os graduados de cada grupo de combate (alferes, furriéis e cabos metropolitanos) levavam nas cartucheiras algumas balas a sério, não fosse o diabo tecê-las...

Em 20/6/1969, escrevi no meu diário:

 "O chão fula vai resistindo, mal, ao cerco da guerrilha. De Piche a Bambadinca ou de Galomaro a Geba, os fulas estão cercados. Mas por enquanto, Bafatá, Contuboel ou Sonaco ainda são sítios por onde os tugas podem andar, à civil, desarmados, como se fossem turistas em férias! Contuboel é ainda um oásis de paz, com um raio de uns escassos quilómetros"...

Tenho ideia de lá ter ido também, a Sonaco, mas não tenho grandes memórias do sitio... Muito menos uma foto, mas pode ser que apareçam mais (**)... (LG)



Guiné > Zona leste > Região de Bafatá > Mapa de Sonaco (1957) (Escala 1/50 mil) > Pormenor da posição relativa de Sonaco, na margem esquerda do Rio Geba, a nordeste de Contuboel... Era uma região bastante povoada e próspera...

Os vagomestres das nossas companhias no leste conheciam Sonaco, onde iam comprar vacas... Pelo menos até ao início dos anos 70, e antes da intensificação da guerra na região fronteiriça, a norte, era um região calma... E acho que continuou calma... até ao fim.

Temos apenas meia meia dúzia de referências a Sonaco no nosso blogue... Era posto administrativo e pertencia ao subsetor de Contuboel. Tenho ideia de que, no meu tempo (junho/julho de 1969) havia lá um pelotão destacado, da unidade de quadrícula de Contuboel (, que já não recordo qual fosse, mas em princípio não podia ser a CART 2479 / CART 11; seria talvaz a CCAÇ 2436, 1968/70: passou por Bissau, Galomaro, Contuboel e Fajonquito; ou ainda a  CCAÇ 2436, que esteve em Quinhamel, Fajonquito, Contuboel e Nhacra; ambas pertenciam ao BCAÇ 2856, sediado em Bafatá).

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2014).



Guiné > Zona Leste > CAOP2 > Setor L2 (Bafatá) > Guão do BCAÇ 3884 (Bafatá, 1972/74) com unidades de quadrícula em Contuboel (CCAÇ 3547), Geba (CCAÇ 3548) e Fajonquito (CCAÇ 3549).
Guiné > Zona Leste > CAOP2 > Setor L2 (Bafatá) > Susetor de Contuboel >   1972/74 > Em Contuboel estava a CCAÇ 3547 (Répteis de Contuboel),   do nosso camarada Manuel Oliveira Pereira, ex-fur mil. (Trabalha, ou trabalhou em tempo, no Hospital da CUF). É membro da nossa Tabanca Grande desde a 1ª série do blogue. A CCAÇ  3547 tem página no Facebook.

Quem também passou por Contuboel e Sonaco foi o nosso camarada açoriano, e notável escritor, Cristóvão Aguiar (n. 1940), ex-al mil da CCAÇ 800 (1965/67), uma companhia independente. O seu diário de guerra foi publicado no nosso blogue, organizado pelo nosso devotado colaborador, amigo e camarada José Martins. (***)

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Notas do editor:

(*) Vd. poste de:

3 de março de 2014 > Guiné 63/74 - P12790: Memórias de um Lacrau (Valdemar Queiroz, ex-fur mil, CART 2479 / CART 11, Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/70) (Parte IV): Passaram os quatro primeiros meses... Em Contuboel, ainda longe da guerra...

(...) No romance, os militares pertencem a um CCAÇ 666 (que nunca existiu, no TO da Guiné). O nosso camarada José Martins, entretanto, conseguiu,  com o seu olho clínico, identificar, a partir da leitura do livro (e da consulta do 8º Volume, Tomo II da CECA, Fichas História das Unidades, Guiné, pag. 342), a subunidade a que pertenceu o Alf Mil Luís Cristóvão Dias de Aguiar, e que era a CCAÇ 800 (Contuboel, 1965/67):

Companhia de Caçadores nº 800

Unidade Mobilizadora: RI 15 – Tomar.

A subunidade foi formada com data de 1 de Janeiro de 1965, conforme Ordem de Serviço nº 2 de 4 de Janeiro de 1965 do Regimento de Infantaria 15 de Tomar. Destinava-se, inicialmente, ao arquipélago de Cabo Verde, tendo a partida prevista para a data de 13 de Abril de 1965.

Comandante: Capitão Inf Carlos Alberto Gonçalves da Costa, sustituído em Setembro de 1965 pelo Capitão Miliciano de Cavalaria António Tavares Martins (que tinha vindo da CCav 489/Bcav 490) (...).

Constituíam o quadro de Oficiais subalternos os Alferes Milicianos:

João Belchurrinho Baptista;
Luís Cristóvão Dias Aguiar;
João Faria Cortesão Casimiro;
e João Baptista Alves.

Partida: Embarque em 17 de Abril de 1965; desembarque em 23 de Abril de 1965; Regresso: Embarque em 20 de Janeiro de 1967 (...).

A CCAÇ 800 actuou sobretudo no subsetor de Contuboel, a nordeste de Bafatá.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Guiné 63/74 - P10141: Em busca de... (197): À procura de camaradas da CCS e da CCAÇ 3547 do BCAÇ 3884 (Fernando Pereira Garcia Lopes)




 1. O nosso Camarada Fernando Pereira Garcia Lopes, ex-Sold. da CCAÇ 3547 do BCAÇ 3884, Contuboel – 1971/73, enviou-nos o seguinte apelo. 



À procura de camaradas



Envio-vos duas fotos, uma com camaradas de transmissões da CCS do BCAÇ 3884, em Bafatá e outra com camaradas da CCAÇ 3547 do BCAÇ 3884 (Contuboel). 

O meu nome é Fernando Pereira Garcia Lopes, estive em CONTUBOEL entre Maio de 1971 e 1973. 

Fui em rendição individual e procuro contacto de ex-camaradas com os quais nunca tive contacto depois de regressar. 

Espero que este e-mail me ajude a encontrar algum deles. 

O meu e-mail é: fpglopes@gmail.com 

Em ambas as fotos estou à direita. 

Desde já o meu obrigado. 



Bafatá > Com camaradas de transmissões da CCS do BCAÇ 3884 

Com camaradas da CCAÇ 3547 do BCAÇ 3884 (Contuboel) 

Mini-guião da Colecção Carlos Coutinho (2012) © Direitos reservados.
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Nota de M.R.: 



Vd. último poste desta série em:

10 DE JULHO DE 2012 > Guiné 63/74 - P10140: Em busca de... (196): Fur Mil Rânger Peixeiro da CCS/BART 2920 (Bafatá, 1970/72)


Bom dia amigos e camaradas, 

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Guiné 63/74 - P3306: O Nosso Livro de Visitas (34): Raul Freitas, ex-Fur Mil da Companhia Terminal, de Março de 1972 a Agosto de 1973


Guiné > Bissau > Antigas instalações da Casa Gouveia > Companhia Terminal > 5 de Março de 1973 > Raul Freitas à secretária

Fotos: © Raul Freitas (2008). Direitos reservados.


1. No dia de 12 de Setembro de 2008, no poste P3196 (*), o camarada Daniel Vieira, ex-Fur Mil, que fez parte da Companhia Terminal, sediada em Bissau, procurava pistas para encontrar os seus antigos camaradas.

O nosso camarada Manuel Oliveira Pereira, ex-Fur Mil da CCAÇ 3547/BCAÇ 3884, no poste P3264 (**) deu umas achegas ao Daniel.

No passado dia 8, recebemos uma mensagem de outro nosso camarada, desta feita, do Raul Freitas, ex-Fur Mil, que também andou pela Companhia Terminal (***).

Transcrevo a sua mensagem:

Guimarães, 08/10/2008

Caro camarada Luís Graça, ao passar os olhos pelo blogue que com tanta dedicação mantens, deparei com um apelo do Daniel Vieira (Fur Mil), que gostaria de contactar com os camaradas que estiveram na Companhia Terminal.

Pois já lhe telefonei a dar conta da minha existência e do entusiasmo que partilho com todos aqueles que passaram pela Guiné.

É verdade, embarquei no Niassa em Junho de 1971, em rendição individual.

Alguns dias em Bissau a aclimatar-me aos mosquitos, de quem fui um apetecido pitéu durante toda a comissão, estive cerca de 3 meses em Bolama a colaborar numa recruta de naturais.

Regressado a Bissau, fui mandado numa LDP durante dois ou três dias até Cacine. Esperava-me o destacamento de Cameconde, onde permaneci cerca de dois meses até que a CCAÇ 2726, maioritária de naturais dos Açores, regressou à Metrópole, em meados de Fevereiro de 1972.

No regresso de Cacine a Bissau, embarcados na LDG Montante, lembro com nostalgia uma paragem numa ilha paradisíaca cujo nome já não recordo. Fomos a nado da LDG até à ilha. Fabuloso.

Em Bissau, fui colocado na COMPANHIA TERMINAL em Março ou Abril de 1972.

Lembro-me perfeitamente do Capitão Schultz, de um Alferes, outro nome que não recordo, do Sargento Cebola, do Sargento Manuel Joaquim Folgôa, que há cerca de meia dúzia de anos visitei na sua casa de Belas (Sintra); recordo com saudade do Cabo Pedrosa (?) que estou convicto ser natural de Soure (Coimbra).

E dos civis guineenses? O Samba Baldé, o Cabral, o Chico e outro rapaz muito competente que trabalhava comigo no escritório da Companhia Terminal.

Lembro-me da pessoa, de momento não me lembro do nome, do chefe dos estivadores no cais do Pidjiguiti, um cabo-verdiano de meia-idade.

Nós fazíamos a contabilidade e a folha de pagamentos da mão-de-obra dos estivadores embarcados, para carga e descarga dos abastecimentos.

Espero que alguém me ajude a contactar com o Sousa (?), Fur Mil que trabalhava no QG, na contabilidade, que suponho ser natural de Seia.

Anexo algumas fotos minhas desses tempos; uma tirada à secretária onde trabalhava na Companhia Terminal, nas antigas instalações da Casa Gouveia, outra à porta da repartição. Para quem se lembrar segue a única foto que tenho do Samba Baldé.

Para ajudar à reconstituição da memória, lembro que o Capitão Schultz, simbolicamente plantou uma papaeira em Outubro de 1972 junto à soleira da repartição. Esta planta tinha a espessura de um dedo humano. Em Abril de 1973 já tinha dado frutos.

Em Agosto de 1973, regressei finalmente a casa.

Um grande abraço de saudade e de solidariedade para todos.

Raul Freitas
(ex Fur Mil)
Salgueiral
4835-091 Guimarães
Tlf: 253522030 / Tlm 917520977



Guiné > Bissau > Companhia Terminal > 5 de Março de 1973 > Raul Freitas à porta da Repartição

O Raul Freitas em Bissau

Foto de Samba Baldé, funcionário da Companhia Terminal
___________________

Notas de CV:

(*) - Vd. poste de 12 de Setembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3196: Em busca de...(39): Companhia Terminal (Bissau, 1973/74) (Daniel Vieira)

(**) - Vd. poste de 2 de Outubro de 2008 > Guiné 63/74 - P3264: A Companhia Terminal , Bissau, 1973/74 (Manuel Oliveira Pereira)

(***) - Vd. poste de 23 de Setembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3229: História resumida da Companhia de Terminal e do Batalhão de Intendência (José Martins)

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Guiné 63/74 - P1706: No 25 de Abril de 1974 eu estava lá (2): Em Galomaro, região de Bafatá (Manuel Pereira, CCAÇ 3547 / BCAÇ 3884)

1. Depoimento do camarada Manuel Pereira, ex-Fur Mil do CCAÇ 3547, sobre o 25 de Abril de 1974 na Guiné (1):

Bom dia amigos Tertulianos,

Eu sou um dos muitos que a alvorada de Abril apanhou na Guiné. 

O meu batalhão terminou a sua Comissão a 25 de Dezembro de 1973, mas por birra do Spínola a quem o Governo não atribuía mais tropa para a região (a fábrica estava a falir... Lembro que uma companhia que se destinava a S.Tomé, foi desviada pelos Fiats (?) para a Guiné – fazia parte dela um jogador famoso do F C Porto - Lemos), obrigou os velhinhos a adiarem o seu retorno à Metrópole.

 Viemos (eu vim mais tarde) a 30 de Junho de 1974.

Dizia eu, que estava lá. É verdade, no dia 25 de Abril estava em reforço do Batalhão de Galomaro e só depois a 28 ou 29 é que foi com o meu Grupo ocupar as instalações abandonadas do Dulombi. 

Chorei de raiva (ninguém viu), mas foi. Já no Dulombi sou informado, por alguém do MFA, que o Coronel Tir Cmd de Galomaro, com quem sempre me incompatibilizava nos briefings, tinha sido detido e levado de Galomaro. Abandonei o Dulombi a 29 de Maio e neste aquartelamento apenas ficou uma secção de milícia.

Sobre o MFA e a nossa participação – o BCAÇ 3884 –, enquanto força oculta do mesmo, posso adiantar que a nossa missão caso o Movimento falhasse na Metrópole, seria – todos Cmd de Companhia estavam ao corrente – a sublevação, arregimentar outras unidades, deslocar-nos para Norte, passarmos a fronteira (havia contactos com oficias do exército do Senegal) e daí reentrarmos na Guiné talvez por Colina do Norte, Farim, Mansoa ou Bula e por fim Bissau.

Felizmente não foi necessário. Muitos de nós, eventualmente, teríamos caído. Nem todos estariam de acordo com as nossas opções. Para aqueles que de forma generosa se voluntariaram para esta arrojada missão, o meu (nosso) eterno agradecimento. 

Mesmo que os três D não se tenham ainda realizado – fica a esperança –digo, VALEU A PENA. VIVA O 25 de ABRIL!

Documentação e protagonistas directos seguirão num próximo capítulo.

Um abraço a Todos e particularmente aos que estarão em Pombal.
Manuel Pereira
Ex-Fur Mil da
CCAÇ 3547 - Os Répteis de Contuboel, 1972/74
__________

Nota de L.G.:

(1) Vd. post anterior > 27 de Abril de 2007 > Guiné 63/74 - P1705: Em 25 de Abril de 1974 eu estava lá (1): Em Cansissé, região do Gabu (Américo Marques, 3ª CART do BART 6523)

quarta-feira, 26 de julho de 2006

Guiné 63/74 - P991: A tragédia do Quirafo e os 'básicos' que não tiveram 'cunha' para ficar na 'guerra do ar condicionado' (Manuel Pereira)

Mensagem do nosso camarada Manuel Oliveira Pereira, ex-Fur Mil da CCAÇ 3547/BCAÇ 3884:

Bom dia Luis, bom dia a todos.

Sobre o assunto - emboscada na picada - recordo-me de ouvir relatos do acontecimento. Entre algumas das minhas funções enquanto membro do BCAÇ 3884, uma delas foi ter sido também delegado de Batalhão que me obrigava a deslocações constantes entre o mato e Bissau, no caso, o corredor Bambadinca-Xime-Bissau.

Tive por companheiros delegados de outros Batalhões, um deles o Joaquim Catana de Galomaro. Poderei trazê-lo aqui para que pela sua mão e voz relate o acontecimento, mas do que eu sei, sem de momento poder precisar o número de baixas - mas foram muitas -, é que se tratoum da aparente paz e inexistência de ataques naquele corredor. (Digo aparente porque, tal como o leopardo na espera da presa, também o IN foi sempre paciente).

A balda instalou-se nas colunas e, ao que parece, com a conivência do seu comando, ao ponto de se simularem armas com paus e coisas afins. As colunas, segundo se dizia, eram autênticas passeatas até ao dia da grande emboscada.

Gostaria de ressalvar que, da minha experiência enquanto residente em Bissau, muitos dos relatos apresentavam uma realidade desfocada da realidade vivida no mato. Os comentários no Clube (QG Santa Luzia) - muitos nunca saíram do perímetro da COMBIS -, eram (quase) sempre atribuídas à irresponsabilidade dos básicos que não tiveram cunha para ficar em Bissau.

Como é óbvio, não partilho desta opinião até porque alinhei no duro e, como já há muito referi, muitos foram os locais onde permaneci como operacional e comandante de pelotão (Contuboel, Sonaco, Bafatá, Bambadinca tabanca, Sare Bacar, Nova Lamego, Medina Mandinga, Galomaro e Dulombi - aqui só com o meu grupo, a Companhia deste Batalão tinha abandonado a posição, o Curobal estava perto e com este número de homens o coração esteve sempre a bater) .

Refiro ainda as muitas viagens no Geba em comboio de batelões, para reabastecimento das unidades no interior - a malta do Xime e Bambadinca sabem a que me refiro -, bem assim como as de Dakota, Nord'atlas e DO por todo o território e muito em particular as levas in extremis de munições por esta via a Nova Lamego e Aldeia Formosa no período quente de 1973, já que a via fluvial, marítima e terrestre, era morosa para as necessidades.

Lembro inclusivé a leva de 36 urnas para esta última localidade por o stock se ter esgotado, tantas eram as baixas nas nossas forças...

Tudo este relato para quê? Para vos dizer que sei, vivi e sofri a martirizarão do mato e a boa vida dos guerrilheiros do ar condicionado.

Vou procurar o Catana para que faça o relato da emboscada. Eu estarei por aqui.

Um abraço a todos,
M. Oliveira Pereira
(ex-Fur Mil CCAÇ 3547)

segunda-feira, 17 de outubro de 2005

Guiné 63/74 - P224: Tabanca Grande: Manuel Oliveira Pereira, ex-Fur Mil da CCAÇ 3547, Contuboel, 1972/74 - Notícias do BCAÇ 3884 (Bafatá, Contuboel, Geba e Fajonquito, 1972/74)

Mensagens do Manuel Oliveira Pereira (ex- Fur Mil da CCAÇ 3547 - Os Répteis de Contuboel, 1972/74) enviadas à nossa tertúlia (1) e ao Maurício Nunes Vieira (2) (ex-radiotelegrafista da CCS do BCAÇ 3884, Bafatá, 1972/74).

1. Amigo (ex-Combatente) Luís Graça,

Terei muito gosto em fazer parte da vossa (nossa) tertúlia.

Constato que o nosso passado comum se voltou a cruzar: trabalho na Direcção Geral de Saúde (já passei pela ENSP - Escola Nacional de Saúde Pública), trabalho também no Hospital da Cuf, mas não sou médico.

Prometo voltar em breve a este espaço com algumas estórias e fotos.




2. Terei muito gosto em fornecer toda a informação sobre o BCAÇ 3884 e em particular sobre a CCS (1).

Para me identificares aqui vai em anexo umas fotos – eu próprio e a outra com o Coronel Castelo e Silva. Entre outras coisas também fui o Delegado do Batalhão e era conhecido por Oliveira Pereira.

O ex-Fur Mil Oliveira Pereira e o Cor. Castelo e Silva, num dos convívios anuais.

© Oliveira Pereira (2005)

Muito embora fosse da CCAÇ 3547 [aquartelada em Contuboel], mas pelas diversas funções que me foram atribuídas, privei de perto com todas as Companhias e no caso concreto da CCS, destaco os Furriéis Pinto Leite, Ferreira, Costinha, Egas Martins, Boga, Dinis, Floro, Barcelos, Tenente Cintra; os Majores Vargas Cardoso e J. M. Gonçalves; os Coronéis Correia de Campos, Castelo e Silva; o 1º Sargento Canelhas; os Soldados Luis Guerreiro e Coutinho; os Alferes Osório, Pinto e Brás, etc.

Ainda hoje e passados todos estes anos ainda nos vamos encontrando, quer nos encontros anuais - vou habitualmente a todos –, quer de uma forma mais amiúde com alguns dos muitos “amigos” de todo o batalhão.

Um Volto em breve.
Um abraço.


O emblema da CCAÇ 3549 (Fajonquito) (2)



Emblema da CCAÇ 3548 (Geba)
_____________

(1) Este batalhão ("Velozes e agressivos", era o seu lema), esteve na Guiné entre Março de 1972 e Julho de 1974, e dele faziam parte, além da Companhia de Comando e Serviços (CCS), sedeada em Bafatá, as companhias de quadrícula estacionadas em Contuboel, Geba e Fajonquito, as CCAÇ 3547, 3548 e 3549, respectivamente.

Vd. post de 9 de Outubro de 2005 > Guiné 63/74 - CCXXXIV: Camaradas do BCAÇ 3884 (Bafatá, 1972/74), procuram-se!

(2) Fajonquito fica a sudeste do Olossato, entre Bissorã e Farim. vd. Carta da Guiné (1961)

domingo, 9 de outubro de 2005

Guiné 63/74 - P213: Em busca de: Camaradas do BCAÇ 3884 (Bafatá, 1972/74), procuram-se! (Maurício Nunes Vieira)

Guiné-Bissau > Região de Bafatá > 1996:
Ponte sobre o rio Geba na estrada Bafatá-Geba.

© Humberto Reis (2005) (ex-Fur Mil Reis, da CCAÇ 12, Bambadinca, 1969/71)

1. Texto do Maurício Nunes Vieira:

Gostaria de contactar com ex-combatentes do BCAÇ 3884, do qual faziam parte a CCAÇ 3547, CCAÇ 3548 e CCAÇ 3549, estacionadas em Geba, Fajonquito e Contuboel, respectivamente (1). Eu fazia parte da CCS, que estava sediada em Bafatá (1972/74). Era comandante o tenente coronel Correia de Campos,o 2º comandante era o conhecido major Vargas (ligado ao Ginásio Clube Português).

Eu era radiotelegrafista. Recordo entre outros o Machado e o Freitas, de Guimarães; o Rato, da Vidigueira; o escriturário Pais, de Lisboa, o Martins, também de Lisboa, além do Faria, do Luis Catarino, da Vidigueira, do Martins, de Vila Real, do furriel Alves, não esquecendo o nosso furriel Martins, de transmissões.

Agradecia contacto para e-mail:
maunuvi@hotmail.com

Telemóvel > 914614074
Telefone de serviço > 219236088 (Câmara Municipal de Sintra)

Maurício Nunes Vieira

Um abraço a todos os ex-combatentes, especialmente aos que sofreram na Guiné.


2. Comentário de L.G.:

Amigos e camaradas de tertúlia:

Temos um aqui mais um camarada que quer entrar para a tertúlia, presumo... Para já quer saber notícias dos antigos camaradas do seu BCAÇ 3884 (Bafatá, 1972-1974)... Quem se lembra deste Batalhão ? Quem é deste tempo e da região leste é o Sousa de Castro, o Manuel Ferreira, o Luís Carvalhido e outros tertulianos...

PS - Os periquitos, para entrar na tertúlia, têm que mandar uma foto antiga e contar uma estória... Ficou assim combinado... O Maurício está dispendado da estória, porque já nos deu aqui uma série de elementos... Em contrapartida, deve-nos pelo menos uma (boa) foto, digitalizada... De resto, será bem vindo,se ele quiser fazer parte deste grupo (que jé é um grupo de combate reforçado mas ainda não chegou a companhia e muito menos a batalhão).


3. Encontrei na Net uma referência a este Batalhão, o BCAÇ 3884. Trata-se de um comentário, inserido no livro de visitas da CCAÇ 3378 - Os Kimbas do Olossato (1971/1973). Aqui o reproduzo:

M. Oliveira Pereira (24-04-2003 - 12:24:10 AM)

Camarada ex-combatente,

Fui Furriel Miliciano. Tenho desde há algum tempo acompanhado a vossa página e pela qual vos dou os meus parabéns. Seguindo o vosso exemplo, estou também a elaborar uma dedicada ao meu Batalhão (como informação geral) e em particular à minha Companhia (CCAÇ 3547).

Estivémos na Guiné entre Março de 72 e Julho de 74. A sede do BCAÇ 3884 (CCS) estava sedeada em Bafatá e as companhias operacionais 3547, 3548 e 3549, respectivamente em Contuboel, Geba e Fajonquito, no Leste da Guiné. Muitas foram as localidades / tabancas palmilhadas e ocupadas [por nós]: Cumeré, Bafatá, Bambadinca Tabanca, Sare Bacar, Nova Lamego, Medina Mandinga, Galomaro, Dulombi e claro está CONTUBOEL e SONACO.

Desde o nosso regresso que, de uma forma ou de outra, nos temos encontrado. A CCAÇ 3547 [Contuboel], pioneira nestas andanças, já vai no seu 26ª encontro; a 3548 [Geba] sete ou oito vezes; a 3549 [Fajonquito] tomou lhe o gosto e também já fez o seu 5º convívio.

Também realço o facto de um grupo do qual fiz parte, constituído por dois ou três elementos das ex-companhias, aproveitando a experiência da CCAÇ 3547, organizaram com êxito o Encontro de todo o Ex-Batalhão na cidade de Chaves, em comemoração do 25º aniversário do nosso retorno.

Foi uma festa que será difícil esquecer pois as mais de 700 pessoas presentes no evento, vindas de todas as partes do mundo e aqueles que, embora não presentes fisicamente, tiveram a gentileza de, aproveitando as novas tecnologias, se porem em contacto com os já carecas, barrigudos e desdentados ex-companheiros.

Deixando agora de lado a minha/nossa vida de companhia/batalhão e enquanto a nossa página não é activada (2), pedia que fosse informado o nosso próximo encontro, a saber: A Companhia de Caçadores 3547, Os Répteis de Contuboel , vão ter o seu 26º convívio no próximo dia 7 de Junho na região de Santarém, mais concretamente na Estação Zootécnica Nacional, na localidade de Vale de Santarém. O ponto de encontro será pelas 10.30. horas na estação da CP em Santarém. Contactos: Vitorino (Santarém) telefones 919 992 835 (a qualquer hora) e 243 760 067 (telefone de casa, depois das 20.30 horas)(3)

O nosso muito obrigado.
Manuel Oliveira Pereira
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Notas de L.G.

(1) Para uma localização destas povoações da Guiné-Bissau, na zona leste, a norte de Bafatá, vd. a carta da antiga província portuguesa da Guiné (1961), dos Serviços Cartográficos do Exército. Fajonquito ficava a noroeste de Contuboel, já perto da fronteira com o Senegal.

(2) Vd sítio da CCAÇ 3547 (Contuboel, 1972/74) (em construção)

(2) No sítio da ADFA - Associação dos Deficientes das Forças Armadas, no resepctivo "ponto de encontro", há mais informação sobre esta unidade:

Companhia de Caçadores 3547 - "Répteis de Contuboel" (Guiné 1972/74)> 28º encontro, em Ponte de Lima [em 2005]. Contactos - M. Oliveira Pereira: 96 412 88 42, mailto:ccac3547repteis@sapo.pt