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quinta-feira, 26 de junho de 2014

Guiné 63/74 - P13333: (Ex)citações (234): Comentários ao poste do António Medina sobre os acontecimentos de 1964 em Jolmete: Vasco Pires, António Graça de Abreu, Manuel Carvalho, Joaquim Luís Fernandes, Júlio Abreu, Manuel Luís Lomba, António Rosinha e António Medina



Guiné > Região do Oio > Jolmete > CCAÇ 2366/BCAÇ 2845, Jolmete, 1968/70 > As NT e a população.

Foto: © Manuel Carvalho (2012). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem;:LG]

Publicamos, seguindo uma ordem cronológica, os comentários suscitados até à data pelo poste P13326 (*). Sobre os acontecimentos de há 50 anos em  Jolmente (ou Djolmete), evocados pelo nosso camarada da diáspora António Medina (que vive nos EUA), não encontrei até agora nenhuma referência no Arquivo Amílcar Cabral, disponível para consulta pública no portal Casa Comum. O que não quer dizer absolutamente nada.. Em muitos casos o arquivo tem muitas lacunas e é decionante...(LG)


1. Vasco Pires  [ex-alf mil art, cmdt do 23.º Pel Art, Gadamael, 1970/72; membro da Tabanca Grande, a viver na diáspora, Brasil]

"War is hell,"

"You cannot qualify war in harsher terms than I will. War is cruelty, and you cannot refine it; and those who brought war into our country deserve all the curses and maledictions a people can pour out. I know I had no hand in making this war, and I know I will make more sacrifices to-day than any of you to secure peace."

General William Tecumseh Sherman

Parabéns Camarada, por conseguires exorcizar os teus "fantasmas".

PS - Esclarecimento:  Fiz a citação Major - General Sherman, por se tratar de um militar da terra de adoção do Camarada Medina.

Citei-o também, por ser o autor da célebre frase "War is hell", repetida até hoje à exaustão.

Transcrevi a frase seguinte, por ter sido feita, por um militar considerado intransigente, num momento de decisão particularmente difícil - a evacuação e incêndio de Atlanta.

Quanto a juízos de valor,nada tenho contra quem os faz, contudo, eu, tento não os fazer. (...)


2. Manuel Carvalho [ex-Fur Mil Armas Pesadas Inf, CCAÇ 2366/BCAÇ 2845, Jolmete, 1968/70]

Caros camaradas: Cerca de quatro anos depois, em  junho de 68 a minha companhia, a CCAÇ  2366, chegou a Jolmete e aí permanecemos cerca de um ano. O Blog tem fotos minhas desse mesmo barracão que era o edifício com mais qualidade que existia em Jolmete.(**)

A pouca população que havia tinha sido recuperada no mato.O Régulo atual de Jolmete julgo que é o Cajan Seidi. Por acaso não te lembras do nome desse Régulo?



Diz o António Medina: "Não se trata de nenhuma minha criatividade ou ficção, mas sim a descrição verdadeira de factos sucedidos, contados a mim na altura por quem foi testemunha e participante de uma acção bastante degradante e vergonhosa."

Portanto o António Medina não assistiu aos "fuzilamentos", ouviu contar.

Não digo que não possam ter acontecido, todas as guerras são sujas, tudo é possível, até o assassínio de três majores e um alferes, mais dois guias, gente do meu CAOP 1, em 1970, militares desarmados que iam em negociações de paz, exactamente na estrada do Pelundo para o Jolmete.

Estive sete meses em Teixeira Pinto, em 1972/73, estive no Jolmete em 1972, jamais ouvi esta história. Eu sei que já haviam passado oito anos, mas "fuzilamentos" deste tipo costumam deixar lastro na memória das gentes.

Gostava que estes "fuzilamentos" fossem confirmados por mais pessoas que se possam pronunciar com verdade, com factos, não de ouvir contar. (...)

4. Joaquim Luís Fernandes [ex-alf mil, CCAÇ 3461/BCAÇ 3863, Teixeira Pinto, 1973 e Depósito de Adidos, Brá, 1974]

Caros Camaradas e Amigos: Eu sou um sentimentalão! E se calhar muito ingénuo.

Ao ler esta narrativa sentia uns arrepios e um desgosto profundo e interrogava-me: Como terá sido possível tão medonho ato por parte de um corpo do exército português, formado e enquadrado por valores éticos, que condenariam em absoluto tal procedimento? Ou havia nesse tempo outra doutrina que eu desconheço?

E porque duvidar da verosimilhança da descrição do camarada António Medina?...

Tudo isto mexe comigo. Porque vivi aí os meus primeiros medos e pisei esse chão incerto e instável, sou remetido para as questões que tantas vezes coloquei a mim próprio: Porquê a antipatia que via espelhada nos rostos dos manjacos e a sua desconfiança e má vontade?

Teria a ver com a memória desses factos, ou eram memórias bem mais antigas, do tempo de Teixeira Pinto ou ainda mais antigas do tempo dos escravos do Cacheu?

Em 1973, em Teixeira Pinto, coabitávamos em paz aparente com a população local, (velhos, mulheres alguns jovens adolescentes e crianças) mas sentia que éramos "personas non gratas". Toleravam-nos enquanto os servíamos. Diziam-me os meu soldados: "Eles fazem de nós seus criados".

Também ainda não consegui encaixar bem, toda a tramóia dos assassinatos dos três majores, do alferes e dos acompanhantes, em 1970. Apesar de tudo o que li, ficaram-me vários hiatos sem explicação. Agora fico com mais esta dúvida: Será que um acontecimento não tem nada a ver com o outro? A minha intuição diz-me que sim. Pelo menos o local escolhido foi o mesmo. Porquê?... Esta história tem muito por contar! (...)

5. Júlio da Costa Abreu [ex-1º cabo radiomontador do BCAÇ 506 (Bafatá) e ex-1º cabo comando, chefe da 2.ª equipa do grupo de comandos "Centuriões" (Brá, 1964/66); a viver na Holanda }


Ser ou não ser, eis a  questão...  Ter ou não ter razão... E de quem foi a culpa de terem fuzilado em Bambadinca depois do 25 de Abril tantos soldados Comandos, como por exemplo o Jamanca e muitos outros? Ou será que depois de eles terem confiado nos novos donos da Guiné, foi a paga que lhes deram? Isso também é  motivo para serem assassinados? E a guerra realmente nunca foi limpa mas isso é normal. (...)

 6.  Manuel Luís Lomba [ ex-Fur Mil da CCAV 703/BCAV 705, Bissau, Cufar e Buruntuma, 1964/66]

'Terei sido contemporâneo destas circunstâncias.Chegámos a Bissau (BCav 705) em 26/7/64 e a minha subunidade (CCav 703) foi de intervenção para Bula em Agosto, fez o seu baptismo de fogo em Naga e durante 20 dias reforçou a atividade operacional o BCaç 507, comandado pelo então t-coronel Hélio Felgas - que alinhava no mato.

Sem pretender sindicar a memória do camarada António Medina, acho algo de estranho. Aquele comandante exortava-nos à implacabilidade em relação à gente que nos recebesse à bala ou granada, mas incitava-nos ao cuidado de poupar populações. Enfatizava o dilema das mesmas - colocados entre a tropa e os "terroristas". Havia bastantes presos, junto à casa da guarda que recebiam o rancho geral e não me apercebi de maus tratos. Isto dois meses após esses eventuais factos. Cercar tabancas e fazer capturas foi o nosso dia a dia de cada dia operacional. Aconteceram atos lamentáveis? Com certeza. Mas o fuzilamento dos capturados diferido dois meses suscita melhores provas. Luís Cabral não refere esse evento no seu livro Crónica da Libertação. E aquele foi o tempo da prisão de importantes paigcistas, como Rafael Barbosa, Fernando Fortes, sem esquecer os que vieram a conspirar e assassinar Amílcar Cabral que não foram eliminados. (...)

7. Antº Rosinha [ex-fur mil em Angola, 1961/62, topógrafo da TECNIL, Guiné-Bissau, em 1979/93]

Todos os crimes e fuzilamentos e atrocidades cometidos pelos tugas estão adaptados ao discurso anticolonial conveniente às autoridades revolucionárias que tomaram conta do poder em toda a África.

Isto desde o início da guerra em 1961, sempre se acreditou em tudo o que vinha de Argel, Moscovo e Brazaville e Conacry.

Desde os números arredondados tipo os 50 mártires do Pidjiquiti até aos milhares de turras da UPA lançados ao mar, pelos luxuosos PV2 da FAP, tudo está "provado" e "comprovado".

Só falta descobrir o segredo das valas comuns e da contagem dos respectivos cadáveres.(...)

8. António Medina [ex-fur mil inf, CART 527, Teixeira Pinto, Bachile, Calequisse, Cacheu, Pelundo, Jolmete e Caió, 1963/65; vive nos EUA]

Acabo de tomar conhecimento de comentários feitos por alguns camaradas, mostrando certa relutância em aceitar a narrativa dos factos acontecidos na área de Jolmete. Cada um tem o direito de aceitar ou discordar e até pedir provas mais concretas desde que estejam disponíveis.

Segundo a teoria aplicada pelo Comandante do Batalhão de Bula , ver comentário do camarada Manuel Lomba porque assim reza o seu segundo parágrafo:

” AQUELE COMANDANTE EXORTAVA À IMPLACABILIDADE EM RELAÇÃO ÀS GENTES QUE NOS RECEBESSEM À BALA OU GRANADA MAS INCITAVA-NOS AO CUIDADO DE POUPAR POPULAÇÕES “.

Ora, o que foi feito em Jolmete ?

Pouparam, sim, a vida das mulheres e crianças. Mas sem condescendência, como vingança exterminaram os homens da tabanca, considerando o facto que talvez fossem coniventes com os autores da tal emboscada ou assim evitar o perigo de virem a pegar em armas. Foi uma acção bastante secreta como é óbvio. 

SE ENQUADRA OU NÃO NA TEORIA OPERACIONAL DAQUELE COMANDANTE?

Sabemos que casos semelhantes aconteceram não só na Guiné mas também em Angola e Moçambique, em grupos ou a nível individual.

O camarada Manuel Carvalho se refere ter estado em Jolmete em 1968, quatro anos depois, assim como que a pouca população que havia em Jolmete tinha sido recuperada no mato. isto vai ou não ao encontro do que escrevi, da fuga da população que restou e se refugiou no mato?

Estava eu em Bissau como empregado do BNU quando em 1970 se deu o caso dos três majores, um alferes e outros na estrada de Jolmete. Não obstante fossem militares e em guerra, o caso consternou os civis da cidade de Bissau. Teria sido vingança do PAIGC sobre a tropa colonial? (...) (***)
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Notas do editor

(*) Vd. poste de 24 de junho de 2014 > Guiné 63/74 - P13326: De Lisboa a Bissau, passando por Lamego: CART 527 (1963/65) (António Medina) - Parte II: Foi há 50 anos, a 24 de junho de 1964, sofremos uma emboscada no regresso ao quartel, que teria depois trágicas consequências para a população de Jolmete: como represália, cerca de 20 homens, incluindo o régulo e o neto, serão condenados à morte e executados pelas NT, dois meses depois

(**) Vd, poste de 24 de julho de 2012 > Guiné 63/74 - P10191: Memória dos lugares (189): Jolmete, quotidiano da tabanca e aquartelamento (Manuel Carvalho)

(***) Último poste da série > 20 de maio de  2014 > Guiné 63/74 - P13167: (Ex)citações (233): Venho manifestar o meu apoio ao camarada Veríssimo Ferreira pelo repto que faz ao camarada Manuel Vitorino (Manuel Luís Lomba)

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Guiné 63/74 - P13318: IX Encontro Nacional da Tabanca Grande (40): Tanto eu como o meu filho Richard e os meus cunhados Mateus e Florinda Oliveira que vieram da América, adorámos este convívio (Júlio da Costa Abreu, Amsterdão, Holanda)


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > Era a mesa n.º 1, se não me engano, Bissau / Brá / Bissalanca / Cumeré... E talvez a mais internacional... Da direita para a esquerda, o Júlio da Costa Abreu (Amsterdão, Holanda), o filho Richard (Amsterdão, Holanda), e o Alcídio Marinho (Miragaia, Porto).


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > O Júlio e o Richard


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > O  Alcídio Marinho e a esposa Rosa... Este casal veio, pela primeira, ao  convívio anual da Tabanca Grande em 2011, mais exatamente a 4 de Junho de 2011, a data em que se realizou aqui o VI Encontro Nacional, O Alcídio Marinho foi fur mil na CCAÇ 412 (Bafatá, 1963/65). O casal mora em Miragaia, Porto.


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > Do lado esquerdo da mesa n.º 1 (Bissau / Brá / Cumeré), sentaram-se: a Alice Carneiro (Alfragide / Amadora), esposa do fundador, administrador e editor do Blogue, Luís Graça, mais o Humberto Reis  (Alfragide / Amadora) e a sua companheira Joana (que vive na Praia  da Areia Branca, Lourinhã). O Humberto Reis foi meu camarada na CCAÇ 12 (Contuboel e Bambadinca, 1969/71). Era fur mil op esp. do 2.º Gr Comb. Tem vindo a quase todos os nossos encontros, desde o primeiro, em 2006, na Ameira, Montemor-O-Novo.



IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 > O Mateus e a Florinda Oliveira, naturais da Lourinhã, emigrados nos EUA desde 1977. Segundo percebi, eles vivem no estado de Rhode Island, o mais pequeno dos EUA em superfície. Tem um 1 milhão de habitantes, cerca de 9% dos quais são portugueses. O Mateus foi paraquedista, na CCP 122, comandada pelo cap paraquedista  José Manuel Terras Marques (CCP 122 / BCP 12, Bissalanca, BA 12, 1972/74).

Fotos (e legendas): © Luís Graça (2014). Todos os direitos reservados.


1. Mensagem, com data de 19 do corrente, do nosso camarada da diáspora  Júlio da Costa Abreu, técnico de manutenção da KLM; reformado, a viver em Amsterdão, Holanda, há mais de 40 anos;:

Amigo Luís Graça,

Em resposta ao teu e-mail já falei com o meu cunhado e junto o endereço de correio eletrónico dele, que é o da mulher, Florinda Oliveira, ela vai todos os dias ao computador. 

Na realidade tanto ele e a mulher assim como eu e o meu filho ficamos maravilhados com a reunião dos velhos camaradas da Guiné. a organização foi realmente fantástica.

Sem mais de momento e agradecendo a tua colaboração, despeço-me até à  próxima,

Júlio Abreu
Grupo de Comandos Centuriões
CCmds /CTIG, Brá 1964/66

2. Resposta de L.G., com data de 20 do corrente:

Obrigado, Júlio, gostei muito de me sentar na tua mesa e de vos conhecer, a ti, ao teu filho, e aos teus cunhados, Mateus e Florinda Oliveira. Como pudeste constatar, o Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (pelo menos de nome...).

Espero que nos continuemos a manter em contacto. Vou convidar o teu cunhado para entrar para a Tabanca Grande e contribuir com as suas memórias para o nosso repositório de informação e conhecimento sobre a Guiné e a nossa presença, em especial durante a guerra colonial. 

A Florinda que tem uma experiência interessante como madrinha de guerra, também fica convidada... Do Mateus só preciso de 1 foto, do tempo de paraquedista do CCP 122/BCP 12 (Bissalanca, BA 12, 1972/74)... Mas ele pode mandar também um foto atual tipo passe... Se ele tiver jeito para a escrita, que nos mande histórias da CCP 122... Ou pelo menos fotos digitalizadas e com legendas...

Fiquei feliz por saber da nossa origem comum e da feliz coincidência de nos sentarmos à mesma mesa... Além de portugueses, somos da Estremadura, vizinhos e conterrâneos... Tu, de Alenquer, eu, o Mateus e a Florinda, da Lourinhã, só com a serra de Montejunto a separar-nos. Tenho casa na Lourinhã, na Rua da Misericórdia (, numa rua do séc. XVI, a que vai para a Igreja do Castelo, do Séc. XIV)... Passo lá fins de semana e parte das férias. Tenho também amigos na tua terra, Alenquer. 

Um abraço (Alfabravo, como a gente diz no blogue) para ti e para o Richard. Um abraço também para o Mateus e a Florinda.

Luís Graça

PS - A Lourinhã é um concelho relativamente pequeno, em que a malta ainda se conhece uns aos outros: tem 146 km2 e menos de 25 mil habitantes.  O Mateus Oliveira é do Casal Novo, a 3 km da Loruinhã, a caminho de Ribamar (onde a Florinda e eu também temos parentes).

Temos uma série de gente conhecida, amigos comuns, como o João Picão, o José Picão, o pai deles (que já morreu e era o dono "adega do povo", a adega que tinha sempre a chave na porta, e matou a sede a muitos amigos e conhecidos que por lá passavam)... A esposa do João Picão, por sua vez, é irmã do nosso camarada, também ex-paraquedista, do BCP 21 (Angola, 1970/72), o Jaime Bonifácio Marques da Silva, natural do Seixal. 

Por sua vez, o pai da Florinda, do Toxofal, o ti Xico (Francisco) carteiro, ainda hojé é lembrado pelas pessoas da minha geração ou mais velhas. Estive este fim de semana a falar com antigos colegas de trabalho dele, carpinteiros como ele  na Serração do Vale do Medo (, na altura, antes do 25 de abril, um dos pirncipais empregadores do concelho da Lourinhã).
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quarta-feira, 18 de junho de 2014

Guiné 63/74 - P13301: IX Encontro Nacional da Tabanca Grande (37): O ano em que tivemos mais camaradas da diáspora lusitana: EUA, França, Holanda e Luxemburgo


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande - Palace Hotel Monte Real - 14 de junho de 2014 - . O Júlio Costa Abreu e o seu filho Richard. Vivem em Amesterdão, Holanda. O Júlio é natural de Alenquer. Emigrou há mais de 40 anos. Está reformado da KLM. 


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande > Palace Hotel Monte Real - 14 de junho de 2014 - O Mateus Oliveira e a Florinda (Boston / EUA)... O casal é natural da Lourinhã, ele do Casal Novo e ela do Toxofal. O Mateus foi paraquedista, durante 3 anos (CCP 122/BCP 12, BA 12, Bissalamca, 1972/74).


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande - Palace Hotel Monte Real > 14 de junho de 2014 - Mais dois companheiros da diáspora. À esquerda Manuel da Conceição Neves, emigrado em França, que se fez acompanhar de sua esposa Maria da Estrela, e à direita José Nunes Francisco, emigrado no Luxemburgo, que se fez acompanhar de sua esposa Deolinda, filha, genro e netos.


IX Encontro Nacional da Tabanca Grande - Palace Hotel Monte Real - 14 de junho de 2014 - Graça Nunes e Paulo Monteiro, filha e o genro do camarada José Nunes Francisco (Luxemburgo). Segundo percebi, o Francisco é natural de Vieira de Leiria, mas a filha vive na Batalha.

Fotos: © Luís Graça (2014) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados.



IX Encontro Nacional da Tabanca Grande - Palace Hotel Monte Real - 14 de junho de 2014 - O Carlos Vinhal, da comissão organizadora, recebe os nossos novos amigos José Nunes Francisco e esposa (Luxemburgo), mais a filha, o genro e netos.

Foi o ano que tivemos mais camaradas oriundos da diáspora lusitana (EUA, Holanda, França e Luxemburgo).  (LG)

Foto: © Manuel Resende (2014) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados.
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Nota do editor.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Guiné 63/74 - P13227: Camaradas da diáspora (9): Júlo Abreu, dos comandos do CTIG (Brá, 1964/66) à KLM, na Holanda, onde trabalhou 38 anos... Vem ao nosso IX Encontro Nacional, em Monte Real, dia 14

1. Júlio [Costa] Abreu, ex-1º cabo radiomontador do BCAÇ 506 (Bafatá) e ex-1º cabo comando, chefe da 2.ª equipa do grupo de comandos "Centuriões" (Brá, 1964/66) [, foto à direita, no seu quarto, em Brá]

Reformado da KML, vive na Holanda. Vai estar connosco no nosso convívio anual em Monte Real, dia 14 do corrente

Eis alguns dados do seu currículo:

(i) Data de nascimento: 30 julho 1942;

(ii) Signo: Leão:

(iii) Em maio de 1963 foi colocado na Escola Militar de Electromecânica para tirar o curso de Radiomontador;

(iv) Depois do curso, foi colocado no RI 2, em Abrantes, tendo sido mobilizado em rendição individual para o BCAÇ 506, estacionado em Bafatá;

(v) Chegou à Guiné em 17/1/1964, tendo sido pouco tempo depois transferido para as Oficinas Gerais do Batalhão de Transmissões no Quartel General em Bissau;

(vi) Devido ao seu espirito de aventura, resolve oferecer-se para os primeiros grupos de Comandos que se iriam formar na Guiné;

(vii) Frequentou o Curso de Comandos, tendo sido destinado ao Grupo Centuriões do Alf mil cmd Luís Rainha;

Júlio da Costa Abreu
(viii) Foi nomeado chefe da 2ª Equipa deste Grupo de Comandos;

(ix) Quando terminou a comissão de serviço, resolve ficar na Guiné, como técnico de rádio;

(x) Prestou assistência nos CTT às comunicações UHF para os telefones no interior da Guiné, tendo-me deslocado com frequência a Mansoa, Bafatá, Bambadinca e Bijagós;

(xi) Ao fim de uns anos resolve voltar a Portugal Continental, tendo trabalhado para o representante da J.V.C. e Ferguson;

(xii) No entanto como depois do à-vontade da vida livre da Guiné, não se sentia bem em Portugal e resolve emigrar para a Holanda aonde ainda hoje se encontra;

(xiii) Trabalhou como Técnico de Electrónica durante 38 anos na Companhia de Aviação Holandesa KLM da qual está presentemente reformado:

(xiv) Com o Luís Rainha e o João Parreira, fundou, em 27 de abril de 2010, o blogue Comandos da Guiné 1964-1966, de que é também coeditor;

(xv) Faz parte Tabanca Grande desde 23 de maio de 2008.  


Guiné > Bissau > Finais de 1965 > Numa esplanada da capital (Hotel Portugal?), da esquerda para a direita, Júlio Abreu (1º cabo), Virgínio Briote (alf mil) e Toni Ramalho (alf mil, mais tarde médico no Porto).

Fotos (e legendas):  © Júio Abreu (2008). Todos os direitos reservados [Edição: L.G.]

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Guiné 63/74 - P12495: Boas Festas (2013/14) (11): António Paiva, Albino Silva, Abel Santos, António Eduardo Ferreira, Sousa de Castro e Júlio Abreu


1. Mensagem do nosso camarada António Paiva, ex-Soldado Condutor Auto no HM 241, Bissau, 1968/70:

A toda esta família desejo
UM FELIZ E SANTO NATAL
com saúde, paz e alegria.

António Paiva



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2. Mensagem do nosso camarada Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845,Teixeira Pinto, 1968/70:


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3. Mensagem do nosso camarada Abel Santos, ex-Soldado Atirador da CART 1742 - "Os Panteras" - Nova Lamego e Buruntuma, 1967/69:

Aos camaradas e editores do nosso Blogue, assim como aos meus camaradas da CART 1742, que no próximo ano comemora os 45 anos da chegada da Guiné, desejo um Santo Natal e um bom ano 2014.

Abraço
Abel Santos


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4. Mensagem natalícia do nosso camarada António Eduardo Ferreira, ex-1.º Cabo Condutor Auto da CART 3493/BART 3873, MansamboFá Mandinga e Bissau, 1972/74: 




É NATAL

Estamos a poucos dias da celebração do nascimento de Jesus, tempo que desde muito novo fui habituado a viver de maneira diferente.
Talvez por pertencer a uma família pobre, como era a maioria da gente da minha aldeia, não era hábito receber presentes, e aqueles que os recebiam entendiam isso como uma dádiva muito especial…
Os tempos hoje são outros e a oferta de prendas que era feita a alguns dos mais pequenos, generalizou-se entre todos, dos mais novos aos outros…
O social tomou conta da tradição, ao ponto de alguns darem a quem não precisa, mesmo que amanhã lhe venha a fazer falta. A instituição bancária, o dono da pequena loja, a grande superfície comercial, o café da esquina, o restaurante e outros, a todos os seus clientes desejam um Natal feliz e um próspero ano novo, ou então boas festas…
Depois na prática o que fazem? O banco se a pessoa precisa mesmo, é quase certo que não empresta, as grandes superfícies comerciais provavelmente sobem os preços, o café da esquina, o restaurante e outros com menos capacidade de intervenção no mercado, não os alteram, mas se pudessem… mas todos desejam o melhor aos seus clientes. É o marketing… como tal temos que aceitar.

Agora entender isso como interessante para lembrar um acontecimento bíblico, não consigo perceber.
Mais me custa entender quando por vezes algumas pessoas ligadas à igreja pactuam com tais comportamentos. Outros apoiam a construção de presépios com centenas de figuras e, mais alguns figurantes… mais se parecendo com uma feira.
Reconheço que talvez não seja a pessoa mais certa para falar destes assuntos, em que a religião a política e outros interesses se misturam, mas digo aquilo que penso. Alguns pensam o mesmo… mas preferem o silêncio.
Para que muitas pessoas pudessem ter um Natal melhor, bastava receber uma palavra amiga, de incentivo àquele que luta contra as mais variadas adversidades.
Uma palavra de esperança a quem já deixou de acreditar…
Estender a mão que ajuda a levantar aquele que um dia tropeçou e caiu…
Tentar abrir uma janela para que a luz possa entrar naquela casa, onde tudo é escuridão… e com menos palavreado. Talvez assim, muita gente tivesse um Natal mais feliz.
Para terminar, permitam-me que deseje a todos um Natal com muita saúde e esperança, porque com ela a vida se torna mais fácil.
António Eduardo Ferreira

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5. Mensagem natalícia do nosso camarada Sousa de Castro, ex-1.º Cabo Radiotelegrafista, CART 3494/BART 3873, Xime e Mansambo, 1971/74:

Para toda família da Tabanca desejo que tenham um Natal e um novo Ano cheio de coisas boas!
A. Castro


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6. Mensagem do nosso camarada Júlio Abreu, Chefe da 2.ª Equipa do Grupo de Comandos "Os Centuriões" (Guiné, 1964/66).

Caro Amigo Luís Graça,
Não apenas para ti, mas sim para toda a equipa do nosso Blogue assim como para todos os nossos camaradas que estiveram na Guine e lambem para todos que não estiveram lá, mas se interessam pelos antigos e modernos problemas desta ex-Província Portuguesa, desejo um NATAL MUITO FELIZ E UM ANO NOVO 2014 MUITO FELIZ, são os meus votos que vos envio deste frio Pais (Holanda) onde me encontro radicado.

Júlio Abreu
Grupo de Comandos Centuriões
Ex-Guiné Portuguesa

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7. Comentário do editor

Este poste é último desta série de Natal 2013.
Outros camaradas se nos dirigiram em mensagens para conhecimento, mas que não cabem aqui por não serem directa e objectivamente dirigidas ao Blogue ou à tertúlia. Outros ainda nos enviaram trabalhos em Power Point, repassados, que tecnicamente não é possível publicar.
A todos agradecemos os votos formulados.

Para toda a tertúlia, em meu nome pessoal e no Luís e do Eduardo, deixo aqui os votos de Boas Festas Natalícias com saúde, vividas no quentinho da família.

Carlos Vinhal
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Nota do editor

Último poste da série de 22 DE DEZEMBRO DE 2013 > Guiné 63/74 - P12489: Boas Festas (2013/14) (10): Luís Fonseca, José Teixeira, Benito Neves, Mário Beja Santos, Albano Costa, Domingos Gonçalves, Francisco Palma e José Carlos Mussá Biai

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Guiné 63/74 - P8891: Inquérito online: Com que frequência tens visitado ultimamente o nosso blogue? Resultados finais






Guiné > Região de Tombali > Catió > Álbum fotográfico de Benito Neves (ex-Fur Mil Atirador da CCAV 1484, Nhacra e Catió, 1965/67, membro da nossa Tabanca Grande desde Abril de 2007) > Fotos 14, 15 e 16 > Catió 1967- Material capturado em Cabolol, no decurso da Operação Penetrante,  em 27 de Junho de 1967.

Fotos e legendas: © Benito Neves (2007). Todos os direitos reservados.

1. De acordo com a nossa sondagem sobre os hábitos de frequência de visita ao nosso blogu (que decorreu desde 3 a 10  passada),  apurámos os seguintes resultados (n=247)


Todos os dias
  92 (37,2%)

Quase todos os dias
  82 (33,2%)

Dia sim, dia não
  16 (6,5,%)

1 vez por semana
  24 (9,7%)

2 a 3 vezes por mês
  12 (4,9%)

1 vez por mês
  6 (2,4%)

Raramente
  9 (3,6%)

Nunca, ou hoje por mero acaso
  6 (2,4%)

                                                                     Total de respostas      247 (100,0%)


Resumindo,  7 em cada 10 dos respondentes são visitantes assíduos do nosso blogue: vêm cá todos ou quase todos os dias... Há um segundo grupo, mais pequeno (16%), que mantém uma regularidade semanal na sua visita ao blogue. Os restantes (menos de 14%) visitam muito esporádica ou raramente o blogue (uma ou menos de uma vez por mês). Não sei se é o caso do Benito Neves, bancário reformado, a viver em Abrantes, e de quem não temos tido notícias há bastante tempo.

A todos os respondentes (membros ou não da nossa Tabanca Grande)  resta-nos agradecer a sua participação e, nalguns casos, os seus comentários.

Registamos, a título de exemplo, um  dos últimos comentários, de um camarada nosso que vive na Holanda, com data de 7 do corrente:

(...) Vou todos os dias ao blogue, e por vezes mais de uma vez por dia,  pois gosto de saber sempre noticias sobre o meu tempo de Guiné, assim como tambem notícias actualizadas. Como reformado e estando longe de Portugal (Holanda),  é sempre agradável estar informado. Júlio Abreu, Grupo de Comandos Centuriões (TO da Guiné, 1964/66) (...)

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Nota do editor:
 

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Guiné 63/74 - P6806: Parabéns a você (134): Francisco Palma da CCAV 2748 e Júlio Abreu do BCAÇ 506 e Grupo de Comandos Os Centuriões (Editores)

1. Hoje, dia 30 de Julho de 2010, fazem anos os nossos camaradas:
 

Francisco Palma, Soldado Condutor Auto da CCAV 2748/BCAV 2922 e
Júlio Abreu do BCAÇ 506 e Grupo de Comandos "Os Centuriões".

A estes nossos camaradas a Tertúlia vem por este meio desejar um dia de aniversário cheio de alegria e uma vida longa, com saúde, junto dos seus familiares e amigos.

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Notas de CV:

Vd. poste de 30 de Julho de 2009 > Guiné 63/74 - P4758: Parabéns a você (15): Francisco Palma da CCAV 2748 e Júlio Abreu do BCAÇ 506 e Companhia de Comandos do CTIG (Editores)

Vd. último poste da série de 17 de Julho de 2010 > Guiné 63/74 - P6755: Parabéns a você (133): Dia 17 de Julho de 2009 - Álvaro Basto, ex-Fur Mil Enf da CART 3492 (Editores)

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Guiné 63/74 - P6192: Blogues da nossa blogosfera (34): Comandos-Guine 1964 a 1996, de Luís Raínha, o centurião-mor


O blogue Comandos Guiné 1964 a 1966 foi criado em 23 de Fevereiro de 2010 pelo nosso camarada Luís Raínha, que foi Alf Mil Comando, comandente do Grupo Os Centuriões. É também o principal editor, tendo como co-editores o João Parreira, membro do nosso blogue, e o Júlio Abreu, a residir na Holanda.

O cabeçalho do blogue tem, como fundo,. uma imagem de grupo, tirada em 8 de Novembro de 2008, por ocasião do 2º Encontro dos Velhos Comandos da Guiné 1964-1966, realizado no restaurante Os Severianos, sito na estrada Lourinhã-Torres Vedras.

Nessa foto, reconmhecemos como membros da nossa Tabanca Grande o Amadu Djaló (nº 9, Grupos Fantasmas e Centuriões), João Parreira (nº 13, Grupos Fantasmas e Apaches), Júlio Abreu (nº 18, Grupo Centuriões) e Mário Dias (nº 19, Grupos Camaleões e Apaches)... O Luís Raínha não aparece na foto, não tendo ido muito provavelmente ao encontro.

Aos nossos camaradas - que fazem questão de se chamar "velhos comandos" do CTIG, 1964/64 - desejamos os melhores votos de sucesso bloguístico.

O blogue tem por objectivo explícito "o reconstruir do puzzle que foi a nossa passagem pela Guiné", através do "relato honesto daquilo que então nos aconteceu" e que eles fazem questão de querer transmitir "aos presentes, aos filhos, aos netos e aos vindouros".

O historial militar do Luís Rainha, de 69 anos de idade, reformado, residente em Tavarede, Figueira da Foz, é apresentado no blogue nestes termos:

(i) Alf Mil Inf, tendo frequentado o COM em Mafra;

(ii) Fez um estágio de Educação Física Militar e frequentou com aproveitamento o Cursos de Operações Especiais, Oficial Miliciano de Infantaria, Ranger, e Operações Especiais, Oficial Miliciano Comando;

(iii) Colocado no Regimento de Cavalaria 7, em Lisboa;

(iv) Foi incorporado no BCAV 705/CCAV 704 e mobilizado para a Guiné;

(v) Os primeiros meses passou-os na CCAV 704 e os restantes nos Comandos do CTIG, onde formou o Grupo Centuriões;

(vi) Os seus instrutores foram o então Major Monteiro Dinis, Cap Nuno Rubim, Alf Mil Justino Godinho, Alf Mil Pombo dos Santos, Alf Mil Maurício Saraiva, Sargento Mário Dias e Furriel Mil Miranda (participantes na Op Tridente, com excepção dos dois primeiros);

(vi) Foi contemporâneo dos Alf Mil António Vilaça, Neves da Silva, Vítor Caldeira, V. Briote e do então Cap Garcia Leandro;

(vii) Foram-lhe atribuídos dois louvores, um ao serviço do BCAV 705 e outro ao serviço dos Comandos do CTIG atribuído pelo Comandante Militar da Guiné;

(viii) Mais tarde foi condecorado com a Cruz de Guerra de 2.ª Classe.

O João Parreira, por sua vez:

(i) É um lisboeta de gema, nascido em Alcântara;

(ii) Ainda antes da tropa, ingressou, em 2 de Dezembro de 196,l no Ministério dos Negócios Estrangeiros;

(iii) Prestou o Serviço Militar entre 9 de Agosto de 1963 e 19 de Agosto de 1966;

(iv) Estando colocado no BCaç 8 em Elvas, foi selecionado para frequentar o Curso de Operações Especiais;

(v) Fez um estágio no CMEFD (Centro Militar de Educação Fisica e Desporto), em Mafra, de 30 de Março a 3 de Maio de 1964;

(vi) Tendo ficado apurado, recebeu ordem para se apresentar no CIOE Centro de Instrução de Operações Especiais) em Penude (Lamego), onde frequentou o 3º Curso, C-24, que decorreu a 4 de Maio a 7 de Junho de 1964, tendo tirado o Curso com aproveitamento;

(vii) Foi incorporado na CART 730 / BArt 733, com destino à Guiné;

(viii) Fez a Comissão na Guiné de 8 de Outubro de 1964 a 14 de Agosto de 1966, primeiro na CArt 730/BArt 733;

(ix) Foi ferido em 9 de Janeiro de 1965, numa Operação à Base de Bafantandem, na Zona do Cancongo;

(x) Depois, foi para o Grupo Fantasmas, do Cap Saraiva (a que pertenceu também o Amadú Djaló);

(xi) Foi outra vez ferido em 20 de Abril de 1965 na Operação Açor, nas Tabancas de Portugal, na Zona do Incassol;

(xii) Vou a ser ferido, pela terceira vez, em Maio de 1965 na Operação Ciao, em Catungo, Cacine, "mesmo ao lado do Morais, que morreu logo ali, com o João Parreira a olhar para ele, sem nada poder fazer";

(xiii) Regressou ao MNE em Setembro de 1966; "com saudades de África", foi para o Consulado Geral de Portugal em Salisbúria, Rodésia, em 23 de Dezembro de 1966;

(xiv) Passou ainda pelas Embaixadas de Salisbúria na Rodésia, Blantyre no Malawi, Londres na Inglaterra, Lusaka na Zâmbia e Harare no Zimbadbwe.

(xv) Em Agosto de 1994, voltou a Lisboa, trabalhando no MNE;

(xvi) Da Guiné, nãou trouxe medalhas, a não ser "as que (...) trago comigo, e que estão aqui, no corpo";

(xvii) Pelo serviço prestado mo MNE, foi agraciado pelo Presidente da Repùblica com a Ordem do Infante D. Henrique.




O Júlio da Costa Abreu foi 1.º Cabo Radiomontador do Batalhão 506, Bafatá, antes de ser Chefe da 2.ª Equipa do Grupo de Comandos "Os Centuriões".



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Nota de L.G.:

(*) Último poste desta série > 30 de Janeiro de 2010 > Guiné 63/74 - P5730: Blogues da nossa blogosfera (33): Site da CCAÇ 4740 (Armando Faria)

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Guiné 63/74 - P4758: Parabéns a você (15): Francisco Palma da CCAV 2748 e Júlio Abreu do BCAÇ 506 e Companhia de Comandos do CTIG (Editores)

Hoje, dia 30 de Julho de 2009, fazem anos os nossos camaradas:
Francisco Palma da CCAV 2748 e
Júlio Abreu do BCAÇ 506 e Grupo de Comandos "Os Centuriões".



1. Francisco Palma foi Condutor Auto Rodas na CCAV 2748, Canquelifá, 1970/72 (*).

A escassos meses de terminar a sua comissão, ficou com mais de 30% de incapacidade quando o seu burrinho (Unimog 411) accionou uma mina AC.
É hoje DFA.




Dizia-nos o Francisco aquando a sua apresentação em Novembro de 2007:

[...]
Notícias da minha malta... Bem, como deves calcular, houve muita porrada, foram 22 meses de Canquelifá com todas as noites de sono incompletas (reforços e ataques).

Sofremos 15 ataques nocturnos directos mais dois com foguetões 122, chamados mísseis, 4 de cada vez... Estes eram respondidos com Obus 14. O alvo era o aquartelmento, mas as flagelações foram sem consequências graves, com raros feridos, tanto para as nossas tropas com para a os indígenas do aldeamento, que conviviam connosco dentro do arame farpado.

Há a registar ainda o rebentamento de uma mina anticarro, onde eu fui o único ferido. Sofri fracturas múltiplas em ambos os pés, quando conduzia um Unimog 411 (Burro do Mato) que transportava mais 11 Camaradas. Faltavam só 3 semanas para o regresso. Hoje sou DFA com 30,58% de deficiência. Com a idade as sequelas agravam-se, mas estou vivo.

[...]

Ao nosso camarada Francisco Palma desejamos a melhor saúde possível dentro dos seus condicionalismos. Que passe este dia de aniversário acompanhado de seus familiares e amigos, festejando a longa vida que ainda tem pela frente. Nós, deste lado, fazemos força para em 2048 haver uma formatura geral dos centenários. Aquela colheita de 1948 foi mesmo excelente.

Canquelifá > CCAV 2748 (1970/72) > O Francisco Palma posando junto ao brazão da CCAÇ 1623.
__________


2. Júlio da Costa Abreu, ex-1.º Cabo Radiomontador do Batalhão 506, Bafatá, e Chefe da 2.ª Equipa do Grupo de Comandos "Os Centuriões".

Este nosso camarada escolheu a Holanda para viver, um país civilizado e aberto, no mais lato sentido da palavra.

Daqui de Portugal os teus amigos e camaradas desta Tertúlia, desejam-te um feliz dia de aniversário junto dos teus familiares e amigos, e enviam-te um abraço de parabéns.

Como irás comemorar os 100 anos primeiro que nós editores, cã estaremos nessa altura para dar o devido relevo ao acontecimento.

Moínho típico da Holanda. Este país tem parte do seu território abaixo da cota do nível médio do mar. Estes moínhos drenavam a água dos canais.

Foto: © Carlos Vinhal (2009). Direitos reservados.


Recordemos as palavras de Júlio Abreu aquando da sua apresentação à Tertúlia em 23 de Maio de 2008:

[...]
Caros amigos, estando hoje no meu computador, deu-me a ideia de através do Google procurar saber se haveria alguma coisa sobre o meu antigo Grupo de Comandos Centuriões.

Qual não foi a minha surpresa ao encontrar bastantes artigos sobre o meu grupo assim como muitas notícias dos meus tempos de Guiné!

Quando fui para lá, fiquei no Batalhão 506 em Bafatá, como Radiomontador. Meti os papéis para frequentar o curso de Sarg Radiomontador em Paço de Arcos e, quando abrisse o curso, seria automaticamente graduado em Furriel, pois na altura era 1.º Cabo.

Pouco tempo depois fui transferido para as oficinas de rádio do Batalhão de Transmissões no Quartel-General em Bissau. Ao fim de poucos meses como iam ser criados os Comandos na Guiné, ofereci-me como voluntário para os Comandos.

Depois das provas fui incorporado no Curso em que foi criado o meu Grupo de Comandos Centuriões do Alf Rainha. A partir da criação do grupo fui chefe de equipa.
[...]
Quando voltei para a Metrópole e depois de ter estado empregado no representante da marca JVC em Portugal, resolvi vir para a Holanda onde estou há 36 anos, tendo trabalhado sempre na Companhia de Aviação KLM como técnico de Rádio.
[...]


Algumas fotos ao acaso:

Quartel dos Comandos - Brá - Dia em que recebemos o emblema dos Comandos

Quartel de Brá, fim de comissão

Partida para o mato com a minha equipa

Parada no Quartel de Brá - Dia em que recebemos o emblema dos Comandos

No meu quarto em Brá

Fotografia de 'Ronco'

Despedida dos Comandos, Abraço Cap Rubim

À porta do gabinete do Comandante dos Comandos Capitão Rubim

Fotos: © Júlio Abreu (2008). Direitos reservados.

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Notas de CV:

(*) Sobre Francisco Palma, Vd. postes de:

24 de Outubro de 2007 > Guiné 63/74 - P2211: O monumento da CCAÇ 1623, Canquelifá, 1966/68 (Francisco Palma, CCAV 2748, 1970/72)

5 de Novembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2242: Tabanca Grande (39): Francisco Palma, ex-condutor auto, ferido em combate, CCAV 2748 / BCAV 2922, Canquelifá (1970/72)

25 de Novembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2303: Tabanca Grande (42): Francisco Palma, Soldado Condutor Auto da CCAV 2748/BCAV 2922 (Canquelifá, 1970/72)

26 de Março de 2008 > Guiné 63/74 - P2684: Convívios (43): CCAV 2748, dia 1 de Junho de 2008 em Almeirim (Francisco Palma)


(**) Sobre Júlio Abreu, Vd. poste de 23 de Maio de 2008 > Guiné 63/74 - P2876: Tabanca Grande (71): Júlio Abreu, ex-1.º Cabo da Companhia de Comandos do CTIG (1964/66)


Vd. último poste da série de 17 de Julho de 2009 > Guiné 63/74 - P4701: Parabéns a você (14): Dia 17 de Julho de 2009 - Álvaro Basto, ex-Fur Mil Enf da CART 3492