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segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Guiné 61/74 - P19209: Lembrete (30): 40º almoço-convívio (e festa de Natal 2018) da Magnífica Tabanca da Linha, 5ª feira, dia 22, às 12h30, no Restaurante Caravela de Ouro, em Algés... Últimas inscrições até às 10h00 de amanhã. Até às 13h00 de hoje, estavam inscritos 52 magníficos/as que vão desejar, em voz alta e em coro, as melhoras do régulo Jorge Rosales, hospitalizado em Santa Maria! (Manuel Resende / Armando Pires)


Lista dos 52 inscritos até às 13h de hoje 


1. Mensagem do Manuel Resende‎, régulod de A Magnífica Tabanca da Linha, com data de ontem, à noite 

Caros Magníficos, irei publicando aqui as inscrições já feitas, sempre que se justifique, para que os próprios possam ver se já estão inscritos. [Até às 13 horas de hoje, eram 52, conforme lista que se publica acima]

Estamos a chegar ao fim do prazo, até amanhã, Segunda - 19, e até ao fim do dia (que será até às 10 horas de terça), pois tenho de confirmar o número de pessoas, para orientação do restaurante, no entanto se aparecer alguém depois, será sempre bem recebido. (*)


2. Mensagem. de ontem, do Armando Pires, na página da Magnífica Tabanca da Linha

Amigos e Camaradas

O excelentíssimo comandante Rosales foi ontem operado.  Uma cirurgia dura e demorada.
Encontra-se de momento nos cuidados intensivos.  Obviamente, sem visitas.
O Rosales é um vencedor.


3. Lembrete do régulo Manuel Resende (**)

Prato principal será BACALHAU À LAGAREIRO", com batatinhas a murro, grelos e saladas. Os antes e os depois já todos conhecem. Preço: 20 aéreos (tudo incluído).

Inscrições, por todas as formas já habituais (facebook, email, sms ou telemóvel), para Manuel Resende (919 458 210) até ao fim do dia 19, segunda-feira, o mais tardar 10h00 da manhã de 3ª feira.

Quando se inscreverem,  digam o nº de acompanhantes.

Informo que quem usa a Via Verde pode baixar o aplicativo "ESTACIONAR" da via Verde e utilizá-lo para estacionamentos, sem moedas. O local está abrangido por este sistema.
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(**) Último poste da séroe > 15 de maio de 2018 > Guiné 61/74 - P18635: Lembrete (29): Lançamento do livro de Mário Beja Santos, "Um Escafandrista nas Nuvens", Âncora Editora, amanhã, dia 16 de Maio, pelas 18 horas, no Auditório da Sociedade Portuguesa de Autores, em Lisboa

terça-feira, 15 de maio de 2018

Guiné 61/74 - P18635: Lembrete (29): Lançamento do livro de Mário Beja Santos, "Um Escafandrista nas Nuvens", Âncora Editora, amanhã, dia 16 de Maio, pelas 18 horas, no Auditório da Sociedade Portuguesa de Autores, em Lisboa

L E M B R E T E



CONVITE À TERTÚLIA DA TABANCA GRANDE

LANÇAMENTO DO LIVRO DE MÁRIO BEJA SANTOS, "UM ESCAFANDRISTA NAS NUVENS", AMANHÃ, DIA 16 DE MAIO DE 2018, PELAS 18 HORAS, NO AUDITÓRIO DA SOCIEDADE PORTUGUESA DE AUTORES, AV. DUQUE DE LOULÉ, LISBOA. 
APRESENTADOR, JOSÉ JORGE LETRIA.

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"UM ALMOÇO COM OS BRAVOS DO PELOTÃO"


Na véspera, elaborara o menu, fizera compras e agora lança-se ao trabalho. Uma sopa simples, como sempre frita a cebola, esquarteja e esfarripa couves e brócolos e um alho francês, junta umas ervilhas, enfiou as batatas aos gomos, salgou e apimentou, meteu um cubo para dar gosto e muito alho, como sempre ajuntou coentros. Quem diz comida para guineenses diz arroz, fê-lo com cenoura aos bocadinhos e meteu umas ervilhas. Quem recebe guineenses tem que saber várias coisas: os muçulmanos bebem água ou sumo, os animistas ou cristãos não dispensam um copázio de vinho, ou vários, e não há prato mais apreciado que bacalhau, cozido ou na brasa, à Zé do Pipo, em cebolada, a nadar em azeite. Berto decidiu-se por uma açorda de bacalhau, tinha pão alentejano, preparou tudo a preceito. Pedira encarecidamente a todos que se juntassem no largo da igreja de S. Domingos, e que tomassem o metro do Rossio, pedia para virem juntos, para terem a comida quentinha, preparou ainda uma salada de frutas e havia depois uma tisana com bolo da Madeira.

Este almoço estava aprazado desde há meses atrás, ao tempo em que lhe fora diagnosticado o cancro, Berto convidou o seu amigo Suleimane Djaló, antigo soldado, para almoçarem e explicou-lhe que tinha uma doença grave e que podia morrer, havia ali em casa um conjunto de objetos relacionados com a Guiné que ele queria oferecer a quem com ele combatera, coisas com valor sentimental. Aquele Futa-Fula calmeirão de cabelo pintado ouvira-o silenciosamente, só interrompendo, quando Berto falava em poder morrer para dizer que Deus era grande e que nós, os homens, nada sabíamos sobre a Sua inescrutável misericórdia. E mais disse a Suleimane que tinha preparado um documento que ficava em poder dos filhos para distribuir pequenas importâncias para os mais necessitados. Vivia, por um lado, tranquilo, com aqueles que dispunham de pensões por deficiência, ao serviço das Forças Armadas, havia outros que beneficiavam de segurança social, tinham obtido a nacionalidade portuguesa, mas havia um ou dois casos que o inquietavam muito, sentia que o estado de saúde do seu antigo guarda-costas, Inderissa Mané, se estava a deteriorar e que Dauda Seidi, depois de dois graves acidentes cardiovasculares precisava de muito apoio. Em suma, desejava estar com todos aqueles que com ele combateram, mais Dauda Seidi que conhecera em criança e que acompanhava tão fraternalmente desde que ele decidira fixar-se em Portugal, fora professor primário, a pretexto de uma formação em Setúbal foi-se deixando ficar, trabalhou arduamente na construção civil, foi explorado por patrões inescrupulosos que lhe retiraram dinheiro para a segurança social, Dauda veio a descobrir, quase 20 anos depois que não existiam os seus descontos, eram um ilustre desconhecido, uma infâmia que se praticava com muita gente.
(…)
Pouco passava da uma da tarde quando soou a campainha e Berto foi feliz abrir-lhes a porta, saiu para o patamar, gostava de os ver a subir, uns mais lestos outros a acusar a idade e a dificuldade das próteses. Como sempre, abraçou-os com carinho, a uns dava mesmo beijos, àquele que ele conhecera em criança, ao seu guarda-costas que sofrera horrores nas prisões guineenses, ele que fora um simples soldado comando, e a Suleimane, a quem devia talvez a vida. O que talvez importa esclarecer o leitor.

Sentam-se e começa a algazarra, a barulheira com o sorver da sopa, as manápulas em direção ao cesto do pão, comentários com a boca cheia, para Berto há pouco contentamento maior do que este, olha enternecido para esta velhada com quem ele conviveu diariamente por mais de dois anos todos os dias, que passaram as maiores agruras finda a guerra, que viviam com as maiores dificuldades e sempre a ajudar as famílias, Berto vai fazendo perguntas a cada um, há os filhos e há os netos, há mesmo divórcios, caso de Ieró Baldé que veio para Portugal e comprou uma mulher nova em folha, anos depois, e já com três filhos, tudo deu para o torto, Cumba anunciou que não queria viver mais com Ieró, este pediu a interceção do nosso alferes, nosso alferes foi a Chelas J, viagem proveitosa para se aperceber que o mundo mudara, que uma mulher guineense, a trabalhar a dias ou em supermercados, convivendo com outra gente sacrificada mas com sonhos e ambições, a mentalidade evoluíra, era o caso de Cumba que lhe dizia sem papas na língua que não aceitava viver com aquele velho, mesmo sendo bom homem, conhecera alguém que amava, já dera conhecimento aos filhos da sua decisão, queria ser feliz.
(…)
Naquela mole humana sentada na mesa da varanda, Mamadú Camará olha-o de forma perscrutante, vai começar o jogo de perguntas e respostas sobre a sua família que vive em Belfast. Mamadú Camará de há muito que vive em Portugal, em 1972, numa operação dos Comandos em Salancaur, foi atingido num calcanhar, andou anos na cirurgia a tentar uma reconstituição, todo falhou, acabaram por lhe amputar o pé, ficou deficiente das Forças Armadas. Arranjou uma relação estranhíssima com uma cabo-verdiana que tinha morto o primeiro marido com um facalhão do talho, juntaram-se quando ela saiu do presídio, já havia dois meninos do primeiro casamento apareceram depois mais três. Segundo Mamadú, o casamento foi um inferno, o valoroso Comando aceitou encarregar-se da educação dos cinco filhos, os seus e os de Filomena Cardoso Évora. Então não é que três daqueles filhos casaram com irlandeses e vivem na região de Belfast? É com prazer que Mamadú passa a comandar a conversa, todos o ouvem com atenção, os muçulmanos arrepiados com este Fula traidor que lambe a beiça a comer ovos com bacon, quase todos os dias, que gosta de uísque e frequenta pubs. Mamadú não veste como os outros combatentes, traja fato completo, com colete, sempre bem engravatado, é um gigante que claudica um pouco, devido à prótese, mas que lhe dá um andar distinto, ele tem consciência de que traz à conversa uma abertura sobre o mundo, a Irlanda é mar ignoto na vida destes guineenses agrilhoados pelo destino, conhecem pouco de Portugal, em tempos idos da juventude chegaram a visitar o Senegal, a Guiné-Conacri, a Gâmbia ou até o Mali, com a guerra tudo mudou, embora nas conversas se fale naqueles que emigraram e que procuram melhorar as suas vidas no Senegal.

Caminha-se para o meio da tarde, há quem já olhe para o relógio, Berto sugere que passem ao seu escritório, quer mostrar-lhes aqueles papéis, dar-lhes um destino especial. Algo que jamais esquecerá é quando entrega a Dauda o mapa da região do Cuor, andava sempre com ele dentro de um revestimento de plástico, dentro de um bolso na coxa do camuflado, aquele é o chão de Dauda, para um guineense o chão é sagrado, dali se parte e ali é imperioso regressar, deve-se ajudar a família que vive no chão, lembrar os mortos que estão no cemitério, o chão é uma condicionante para toda a vida, e ter agora aquele mapa com nomes de localidades que jamais existirão mas que fizeram a grandeza do Cuor, é motivo para deixar Dauda emudecido pela forte emoção. Entregam-se os outros bens, coisas que Berto trouxe da Guiné em 1970 e que devem ficar em mãos guineenses, pois claro. Promete-se novo encontro em breve, todos sabem que faz parte da encenação, se tudo correr bem vão encontrar-se daqui a alguns anos. Em caso algum os bravos do pelotão de nosso alferes conhecem a doença de Berto, só Suleimane é que está na posse do segredo daquele cancro, nesta hora, segundo diz o médico, altamente controlado, por isso nunca se falou da visita da morte, cada um deles leva cartas para entregar, abraçam-se, e Berto fica seraficamente a vê-los partir, ouve-se um rumorejo de crioulo, é o suficiente para ele retornar à Guiné, uma das chaves elementares da sua existência. Então, qualquer dia estaremos novamente juntos, fecha a porta e sente-se cheio de saudades daquele chão onde viveu tão intensamente, daqueles cheiros penetrantes, daquele solo arenoso que se lhe colava a todas as células do corpo, daquele sol ofuscante, daquelas gentes com quem viveu dentro do arame farpado. “Não queria morrer sem voltar à Guiné”, diz para si próprio, não sabe se é promessa ou se faz parte da oração diária, da dádiva de estar vivo e intensamente lembrado dos códigos da camaradagem de guerra, que nunca se desfazem.
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Nota do editor

Último poste da série de 13 de novembro de 2017 > Guiné 61/74 - P17969: Lembrete (28): Para os camaradas da 23ª hora: termina à meia-noite o prazo de inscrição para o 34º almoço-convívio, em Algés, da Magnífica Tabanca da Linha... O vice-régulo Manuel Resende estava audivelmente feliz, ao telefone, há um bocado: com 72 inscrições, ía-se entrar para o livro dos recordes do Guiness!... Atenção, malta, que o cabrito do "Caravela de Ouro" é da Serra, certificado, não é o "cabrito pé de rocha, manga di sabi" que alguns de nós comemos, em sandocha, no mercado de Bandim...

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Guiné 61/74 - P17969: Lembrete (28): Para os camaradas da 23ª hora: termina à meia-noite o prazo de inscrição para o 34º almoço-convívio, em Algés, da Magnífica Tabanca da Linha... O vice-régulo Manuel Resende estava audivelmente feliz, ao telefone, há um bocado: com 72 inscrições, ía-se entrar para o livro dos recordes do Guiness!... Atenção, malta, que o cabrito do "Caravela de Ouro" é da Serra, certificado, não é o "cabrito pé de rocha, manga di sabi" que alguns de nós comemos, em sandocha, no mercado de Bandim...

72 magníficos e magníficas já estavam inscritos às 20h00 de hoje para o próximo almoço/convívio da Tabanca da Linha, 5ª feira, dia 16, às 13h00, no restaurante "Caravela de Ouro", em Algés (*)...

O Manuel Resende, vice-régulo da Tabanca da Linha, estava hoje, às 20h00, audivelmente feliz pelo número de inscrições recebidas até então... Disse-nos ele que já "tínhamos batido o recorde do Guiness" com tantos amigos e camaradas da Guiné a preparar-se para dar à língua e ao dente, daqui a 3 dias, no "Caravela de Ouro, em Algés...

Ele garante (e o régulo Jorge Rosales certifica, de papel passado) que  cabrito no forno do "Caravela de Ouro" é mesmo da  Serra (com maiúscula), assado no forno, não é  nem cabrão,  nem "cabrito  de rocha, manga di sabi", que alguns de nós provámos em sandocha, em Bissau.... e até chorámos por mais!... 

Melhor, de facto, só o do "Caravela de Ouro", em Algés!
Afinal de contas, este país, em geral, e esta tabanca, em particular, estão longe de querer fechar as portas...

Os retardatários ainda têm uma hora, a 23ª, para se inscreverem... Repete-se a informação há dias publicada no nosso blogue (**):

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Guiné 61/74 - P17886: Lembrete (27): Amanhã, 21, às 15h30: Casa do Alentejo, Lisboa, sessão de apresentação, do livro do nosso camarada José Saúde, "AVC - Recuperação do Guerreiro da Liberdade". Atuação de: (i) Grupo Musical Os Alentejanos, de Serpa; e (ii) Grupo Coral Cantadores do Desassossego, de Beja.. Entrada livre.




Cartaz promocional do evento.  Entrada livre.

Vd, aqui referências ao nosso camarada José Saúde, autor do livro "AVC- Recuperação do Guerreiro da Liberdade" (Lisboa, Chiado Editora, 2017)., ex-fur mil op esp/ranger, CCS / BART 6523, Nova Lamego/Gabu, 1973/74; natural de Vila Nova de São Bento, Serpa, vive em Beja.

Sobre a Casa do Alentejo, no Palácio Alverca, Rua Portas de Santo Antão, 58, Lisboa, ver aqui página no Facebook e sítio na Net (**)

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Vd. também poste de hoje, 20 de outubro de 2017 > Guiné 61/74 - P17885: Agenda cultural (596):  Até 27 deste mês, exposição SILVA JÚNIOR, Arquitecto de O Magestic Clubc / Casa do Alentejo, Lisboa, R. das Portas de Santo Antão, 58... Visitas comentadas pela dr.ª Helena Pinto, especialista em História de Arte, dias 19 e 26, pelas 18.30h. Entrada livre.

Vd. ainda  postes de:

16 de outubro de 2017 > Guiné 61/74 - P17865: Notas de leitura (1004): “AVC Recuperação do Guerreiro da Liberdade, Uma vitória no mundo dos silêncios”, por José Saúde, Chiado Editora, 2017 (Mário Beja Santos)

(...) O livro intitula-se “AVC, Recuperação do Guerreiro da Liberdade, Uma vitória no mundo dos silêncios”, por José Saúde, Chiado Editora, 2017. A substância do testemunho é um AVC que deixou aos 55 anos o nosso confrade José Saúde entre a vida e a morte. É uma descrição detalhada, que não escusa o íntimo, desses momentos de descalabro em que não se sabe contabilizar o volume das perdas até à recuperação em que se reganha a dignidade e autonomia, graças a uma resiliência inabalável. (...)

(...) O meu AVC restringiu-me a uma limitadíssima linha de fronteira entre o viver e o morrer. Sobrevivi. Recuperei e cá estou pronto para lançar mais uma obra que narra um mundo de experiências e que partilho com os companheiros deste revés. (...) 

(**) Último poste da série > 10 de setembro de ã, 212017 > Guiné 61/74 - P17753: Lembrete (25): hoje, domingo, dia 10 de setembro, às 17h30, na Chiado Café Concerto, Avenida da Liberdade, nº 180, Lisboa, lançamento do novo livro do nosso camarada José Saúde, "AVC - Recuperação do Guerreiro da Liberdade"

domingo, 10 de setembro de 2017

Guiné 61/74 - P17753: Lembrete (26): hoje, domingo, dia 10 de setembro, às 17h30, na Chiado Café Concerto, Avenida da Liberdade, nº 180, Lisboa, lançamento do novo livro do nosso camarada José Saúde, "AVC - Recuperação do Guerreiro da Liberdade"



Convite do autor, editora e do nosso blogue:


Camaradas que residam na grande Lisboa,

apareçam hoje, domingo, dia 10 de setembro, às 17h30,

no Chiado Café Concerto, Avenida da Liberdade, nº 180, 


[ou Tivoli Forum, 180, Piso -1, Sala F], 

na sessão de apresentação do novo livro do José Saúde,

ex-fur mil op esp/rangerl, CCS do BART 6523 

(Nova Lamego/Gabu, 1973/74).

A sessão conta com a presença do nosso editor, Luís Graça,

que é professor, jubilado, da Escola Nacional de Saúde Pública 

da Universidade NOVA de Lisboa. (**)

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Guiné 61/74 - P17641: Lembrete (25): No próximo dia 4 de Agosto, às 18h00, o Clube de Leitura da Biblioteca Municipal Almeida Faria, Montemor-o-Novo, realizará a segunda sessão integrada no Ciclo de Leitura e Debate subordinada ao tema "A Guerra Colonial”, com a intervenção do Coronel Carlos Matos Gomes (José Brás)



1. Mensagem do nosso camarada José Brás (ex-Fur Mil da CCAÇ 1622, Aldeia Formosa e Mejo, 1966/68) com data de 28 de Junho de 2017:

No próximo dia 04 de Agosto (uma sexta-feira) às 18h00, o Clube de Leitura da Biblioteca Municipal Almeida Faria, Montemor-o-Novo, realizará a sua segunda sessão integrada num Ciclo de Leitura e Debate com pano de fundo a “Guerra Colonial” na Literatura portuguesa.

Esta sessão terá a apresentação do Coronel Carlos Matos Gomes que, a partir de “Nó Cego” abordará "África na Literatura Portuguesa - Um tema de uma geração".



A sessão tem entrada livre, aberta e incentivada à participação de membros e não membros do Clube de Leitura.

Integrado no ciclo, decorrerá no espaço da Biblioteca, uma exposição com mais de uma centena de títulos sob o tema da Guerra Colonial.
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 Nota do editor

Último poste da série de 8 de julho de 2017 > Guiné 61/74 - P17557: Lembrete (23): Hoje, sábado, na Tabanca dos Melros (Fânzeres, Gondomar), apresentação do II volume do livro do José Ferreira, "Memórias Boas da Minha Guerra"... Daqui a um bocado, às 10h30, que de manhã é que se começa o dia... E como prenda o autor deixa aqui, em reedição, mais um dos seus microcontos, e que, não é por acaso, tem a ver com o tema da atualidade (do nosso blogue...), o Serviço Postal Militar (SPM), e as suas pequenas misérias e grandezas, já depois do 25 de Abril, no rescaldo da guerra colonial

segunda-feira, 31 de julho de 2017

Guiné 61/74 - P17636: Lembrete (24): Hoje há uma mesa reservada para os amigos e camaradas da Tabanca de Porto Dinheiro, na ACR da Ventosa do Mar, Lourinhã, para o jantar da tradicional batatada de peixe seco... Dois lugares, simbólicos, serão os do par luso-americano-esloveno João e Vilma Crisóstomo que de Dubrovnik nos mandam um alfabravo fraterno (Eduardo Jorge Ferreira, o régulo)

1. Mensagem do João Crisóstomo, com data de ontem:


Meus caros,

Não posso negar que tenho raiva de não poder estar aí com vocês (*): quando eu era miúdo ajudei muitas vezes os meus pais e manas (eram nove) a secar o chicharro e depois tinha de ficar em cima do telhado a enxotar as moscas. (Nove raparigas e um rapaz... e como tal esse trabalho de espantar as moscas cabia-me a mim!).

Quem me dera pois poder estar aí com vocês para os ouvir e compartilhar as vossas memórias também... Mas não pode ser. Vou a Portugal em meados de Agosto, mas agora não dá; a minha Vilma decidiu que era tempo de conhecer Dubrovnik, onde cheguei ontem. Tomamos um interregno das nossas férias em Brestanica, na Eslovénia ( Brestanica é uma pequena cidade vizinha, a 6 quilómetros de Sevnica, terra da “famosa” Melania Trump, em frente de cuja casa ainda passei há dois dias…).

Bom, embora com raiva, atenuada pelas circunstâncias de não me poder queixar do lugar onde estou, aqui vai o meu grande abraço para todos vocês.

Até uma outra ocasião… com a minha eslovena Vilma que alinha sempre para estas coisas portuguesas como se em Portugal tivesse nascido... (**)

João Crisóstomo


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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 27 de julho de 2017 > Guiné 61/74 - P17624: Convívios (819): Estão convocados os camaradas e amigos da Tabanca de Porto Dinheiro para atacar a monumental "batatada tradicional de peixe seco" no dia 31 de julho, segunda feira, com concentração por volta das 19h, na Associação Cultural e Recreativa da Ventosa (do Mar), Lourinhã.... E, já agora, sabem porque é que as tropas de Junot perderem a batalha do Vimeiro em 1808 ? É porque não sabiam que o peixe seco da Lourinhã era um produto "gourmet"... (Eduardo Jorge Ferreira, o régulo)

(**) Último poste da série > 8 de julho de 2017  Guiné 61/74 - P17557: Lembrete (23): Hoje, sábado, na Tabanca dos Melros (Fânzeres, Gondomar), apresentação do II volume do livro do José Ferreira, "Memórias Boas da Minha Guerra"... Daqui a um bocado, às 10h30, que de manhã é que se começa o dia... E como prenda o autor deixa aqui, em reedição, mais um dos seus microcontos, e que, não é por acaso, tem a ver com o tema da atualidade (do nosso blogue...), o Serviço Postal Militar (SPM), e as suas pequenas misérias e grandezas, já depois do 25 de Abril, no rescaldo da guerra colonial

sábado, 8 de julho de 2017

Guiné 61/74 - P17557: Lembrete (23): Hoje, sábado, na Tabanca dos Melros (Fânzeres, Gondomar), apresentação do II volume do livro do José Ferreira, "Memórias Boas da Minha Guerra"... Daqui a um bocado, às 10h30, que de manhã é que se começa o dia... E como prenda o autor deixa aqui, em reedição, mais um dos seus microcontos, e que, não é por acaso, tem a ver com o tema da atualidade (do nosso blogue...), o Serviço Postal Militar (SPM), e as suas pequenas misérias e grandezas, já depois do 25 de Abril, no rescaldo da guerra colonial

Capa do II Volume do livro "Memórias
Boas da Minha Guerra", de José Ferreira
(Lisboa: Chiado Editora, 2017)
1. O Zé Ferreira teve a gentileza de convidar o nosso editor Luís Graça para apresentar o segundo volume do seu livro, justamente na Tabanca dos Melros... 

Desta vez conseguiu-se "compaginar" as agendas, como dizem os políticos da nossa praça, e o nosso editor Luís Graça está neste momento à espera que o Zé, vindo de Crestuma onde vive, passe pela Madalena (, localidades do mesmo concelho, Vila Nova de Gaia), para o levar até à Quinta dos Choupos - Choupal dos Melros (que fica em Fânzeres, Gondomar, e onde está sediada a Tabanca dos Melros).

Às 9h45 o Zé Ferreira vem-me buscar e eu estou ansioso por dar um abraço fraterno aos meus bons amigos e camaradas do Norte que vão estar presentes (há 70 inscrições para o almoço), incluindo o meu querido coeditor Carlos Vinhal (e a Dina), o Carlos Silva (um dos régulos da Tabanca dos Melros), o Jorge Teixeira (conhecido como o "bandalho-mor", chefe do Bando do Café Progresso), a par dos penafialenses Joaquim Peixoto, José Cancela e respetivas esposas ("sempre, sempre ao lado dos seus homens"!)...

Estarão, por certo, outros camaradas, incluindo tabanqueiros da grande Tabanca Pequena de Matosinhos. Não tenho aqui a lista dos convivas. Não tenho, por exemplo,  a certeza se o Gil Moutinho, o anfitrião, poderá estar presente, De qualquer modo, estou também ansioso por conhecer a sua "casa", de que tenho ouvido as melhores referências. Espero ainda encontrar outros "melros" como o David  Guimarães (que é aqui da Madalena, mas fez de Espinho a sua terra adotiva), os manos Carvalho (o António e o Manuel), ambos a jogar em casa,  e muitos outros mais... 

O "grande melro", cofundador e coeditor da Tabanca dos Melros, o saudoso  Jorge Portojo (1948-2017) estará seguramente connosco, em espírito: acabou de ser muito  condignamemte homenageado pela Tabanca dos Melros (e pela  tertúlia do Bando do Café Progresso) nó último convívio dos "melros", em 13 de maio passado.
A título de consolo, para quem não puder estar hoje na Tabanca dos  Melros, tomei a liberdade de escolher um dos "microcontos" do nosso escritor, José Ferreira  (que é de Fiães, concelho da Feira, mas que escolheu Crestuma, Vila Nova de Gaia, para amar, orar, viver, trabalhar, escrever e fazer campeões de canoagem!...). Como o tema está na ordem dia do nosso blogue (, aqui nunca se fala diretamente da atualidade do país...), vem a propósito repescar uma história que tem a ver com o SPM e o rescaldo da guerra colonial, já no pós-25 de Abril.

[Com a devia vénia ao autor e ao editor (Chiado Editora, que não vai estar presente porque não faz a mínima ideia onde fica Fânzeres, e só se digna fazer promoções dos seus livros e autores em Lisboa, Porto e Coimbra)...Em boa verdade, o primeiro editor do José Ferreira foi o nosso blogue...]


2. Memórias Boas da Minha Guerra

VÍCIOS ESTRANHOS OU FRUTOS DA ÉPOCA

por José Ferreira

[in "Memórias Boas da  Minha Guerra", vol. II. Lisboa: Chiado Editora, 2017, pp. 184-187] (**)

Regressei de Angola, onde estive a trabalhar, logo após o 25 de Abril de 74. Vim de férias (“licença graciosa”, 4 a 5 meses  com prolongamento). Como funcionário camarário [, da Câmara Municipal de Cabinda], beneficiava de todas as regalias da função pública, às quais se juntavam ainda os benefícios de compensação pelo isolamento e/ou perigosidade. Para receber os vencimentos tinha que me deslocar a Lisboa, ao Ministério do Ultramar (ou Defesa Nacional), ali para os lados de Belém [, ou melhor, na avenida da ilha da Madeira, no Restelo].

Naquele dia, como cheguei mais tarde a Lisboa, aproveitei para almoçar na zona ribeirinha e esperar pelas 14h30 para ir receber o vencimento. Após o almoço, abeirei-me do Tejo, onde me chamou a atenção um jovem cabo miliciano, que olhava o horizonte, lá para o Farol do Bugio.
 – Então, como vai essa peluda? – perguntei-lhe.
 – Peluda, não. Direi mesmo que estou aqui fodido com a puta da tropa. 
– Não me digas? Agora que se deu o 25 de Abril, em que andais por aí à balda, de cabelo à Beatle e livres de ir para a guerra! – interpelei. 
– Pois, pois, mas isto ainda está muito confuso – respondeu o jovem, que continuou: 
– Ainda estão militares a ir lá para fora e o filho da puta do meu sargento quer mandar-me para lá. 
– Mas o sargento tem assim tanta força para isso? – perguntei.
– Este tem. É que eu há dias, no comboio, entusiasmei-me com esta coisa do 25 de Abri, e contei a um furriel a marosca em que o sargento andava envolvido. Pensei que o furriel era miliciano e, afinal, era outro chico e amigo do sargento – confessou o militar preocupado. 

E continuou: 
– Estava a contar sair por estes dias, tenho a namorada já grávida, lá na terra, perto de Amarante, e o capitão, que também deve mamar, já me avisou: "Ganha juízo, se não ainda levas com uma guia de marcha especial"– E continuou: – Os chicos protegem-se uns aos outros. 
– Também nunca gramei esses gajos – disse eu e acrescentei: – Estive na Guiné e passei por muitas merdas, mas procurei afastar-me sempre dessa cambada. Embora tenha de confessar que também havia alguns a merecer alguma consideração. Mas, afinal, como é possível essa preocupação? 
– Trabalho no SPM, Serviço Postal Militar. É por ali que passa toda a correspondência militar, incluindo as encomendas. Aquilo presta-se a muita vigarice. Há cartas em que o dinheiro sai com facilidade e, nas encomendas, há uma percentagem grande que fica por ali. Por outro lado, há encomendas de contrabando que não entram nos registos. E, como eu não queria nada, deixaram-me em roda livre, sem serviço e sempre desenfiado. Só que agora, meti o pé na poça e eles não perdoam. 

E continuou: 
– Há lá um grupo de sargentos e furriéis com o vício de jogar. E jogam forte. Este sargento, quando mete a mão ao bolso, até diamantes lhe aparecem nas mãos. Ele tem um colega que está nos Adidos, ali na Travessa da Calçada, atrás da Ajuda, junto de Lanceiros 2, que, muitas vezes, vai lá jogar. Ainda é mais viciado do que o meu sargento. Mas, agora, anda como uma barata, devido à diminuição de mortes no Ultramar. 
– O que é que isso tem a ver com o assunto? – perguntei. Ele logo respondeu: 
– O gajo deve ser o responsável pelo armazém onde passam os militares mortos. Já estava muito habituado ao rendimento das madeiras caras, que vêm a servir de caixões. Ele deve vender bem essas madeiras exóticas.

Uns seis anos depois, por altura das festas do S. Gonçalo [, em Amarante], participámos [, o meu clube,] numa prova de canoagem no Rio Tâmega. A largada, acima de Fridão, lançava-nos, em pequenas pirogas, para os vários perigos, bem patentes em quedas, rápidos, correntes e redemoinhos. Vencê-los era um prazer incrível. A nossa chegada junto da ponte era um espectáculo. Logo que cortávamos a meta, deleitávamo-nos a olhar para o público ruidoso que ocupava todos os espaços envolventes. Grandes momentos da minha canoagem! Enquanto aguardava a distribuição dos prémios, sinto uma mão no ombro esquerdo: 
– Não se lembra de mim?
– Não, não estou e ver… como – respondi.  Ele continuou: 
– Há uns anos estivemos a conversar em Belém, junto ao rio, estava eu fodido que não sabia que fazer à puta da vida. 
– Sim, sim, já me lembro – respondi e aproveitei logo para perguntar:
– E então, como é que te safaste? 
– Olha, tenho a agradecer muito o teu conselho. Acabei por contar tudo a um oficial de confiança e bem identificado com a revolução. Não o fiz como acusação, mas sim como defesa do que me poderia vir a acontecer. 
– E depois? – perguntei, bastante curioso. E ele continuou: 
– Foi porreiro! Deixaram-me em paz, tratavam-me como um lorde e mandaram-me logo embora. As coisas correram de tal maneira bem, que ainda hoje estou convencido de que foi milagre. Todos os anos aqui venho, ao S. Gonçalo, para agradecer essa graça, juntamente com a mulher e este rapazola que já quer ir para a canoagem. “Nasceu antes do tempo”, mas vai ser um grande campeão.

[Revisão e fixação de texto: LG]
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(**) Vd. também poste de 28 de janeiro de 2012 > Guiné 63/74 - P9411: Outras memórias da minha guerra (José Ferreira da Silva) (13): Vícios ou frutos da época

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Guiné 61/74 - P17242: Lembrete (22): Lançamento do 6.º Volume - Aspectos da Actividade Operacional, Tomo II - Guiné, Livros I, II e III da obra "Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África", a ter lugar no próximo dia 18 de Abril de 2017, pelas 15h30, no Aquartelamento da Amadora da Academia Militar, com uma intervenção do nosso confrade Mário Beja Santos



1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70) com data de hoje, 13 de Abril de 2017:

Meus estimados amigos,
Solicitaram-me da organização [ver mensagem abaixo] que todos os meus convidados informassem por via telefónica o seu interesse em participar no evento. Peço-vos pois, em caso afirmativo, que façam tal diligência.

Aproveito a oportunidade para vos desejar uma Páscoa feliz,
Mário Beja Santos

************

2. Mensagem enviada a Mário Beja Santos, hoje, pelo Cor Eng Manuel Pires:

Exmº Sr. Professor Beja Santos, 
Na sequência e em aditamento ao meu e-mail de 30 de Março envio-lhe um texto, que retirei da internet, e que será lido no evento em assunto, como nota biográfica, antecedendo a sua intervenção. 
Solicito-lhe o obséquio de nos enviar a sua expressão de concordância (ou não) sobre o conteúdo do referido texto. 

Com os melhores cumprimento 
O Adjunto da Direção 
Manuel Pires Cor Eng

 
Mário Beja Santos nasceu em Lisboa, em 1945. Licenciado em História, foi alferes miliciano de infantaria na Guiné, de 1968 a 1970. Toda a sua vida profissional, entre 1974 e 2012, esteve orientada para a política dos consumidores. É autor de mais de três dezenas de títulos relacionados com as temáticas da política dos consumidores. Foi professor do ensino superior; colaborou durante mais de duas décadas em emissões radiofónicas ligadas à defesa do consumidor; foi autor e apresentador de programas televisivos e teve uma participação ativa no consumerismo europeu. Colabora em blogues e revistas digitais, na imprensa diária e regional. 

Alguns dos seus últimos livros são dedicados à Guiné: Diário da Guiné – Na Terra dos Soncó; Diário da Guiné – O Tigre Vadio; Mulher Grande; A Viagem do Tangomau; Adeus, até ao meu regresso, um levantamento da literatura sobre e de combatentes na Guiné, e Da Guiné Portuguesa à Guiné-Bissau: Um Roteiro escrito em colaboração com Francisco Henriques da Silva. Continua a investigar na área da política dos consumidores, tendo publicado recentemente Profetas do Consumo e, em 2015, De Freguês a Consumidor, 70 Anos da Sociedade de Consumo e a História da Defesa do Consumidor em Portugal. 

No que respeita à sua participação cívica e associativa, mantém-se ligado à problemática dos direitos dos doentes e da literacia em saúde, domínio onde já escreveu algumas obras orientadas para o diálogo dos utentes de saúde com os respetivos profissionais, matérias em que continua a trabalhar, ao nível de artigos e livros. Tem presentemente no prelo História(s) da Guiné Portuguesa. 
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Nota do editor

Último poste da série de 3 de março de 2017 > Guiné 61/74 - P17103: Lembrete (21): É já manhã, sábado, dia 4, às 15h00, na Galeria-Livraria Municipal Verney, Oeiras, a sessão de lançamento do livro do nosso camarada Jorge Ferreira, sobre Buruntuma, Gabu, da época de 1961/63... Apresentação do nosso editor Luís Graça. Concerto de Korá com o nosso grã-tabanqueiro, o mestre Braima Galissá... Contamos com todos os que puderem aparecer!

sexta-feira, 3 de março de 2017

Guiné 61/74 - P17103: Lembrete (21): É já manhã, sábado, dia 4, às 15h00, na Galeria-Livraria Municipal Verney, Oeiras, a sessão de lançamento do livro do nosso camarada Jorge Ferreira, sobre Buruntuma, Gabu, da época de 1961/63... Apresentação do nosso editor Luís Graça. Concerto de Korá com o nosso grã-tabanqueiro, o mestre Braima Galissá... Contamos com todos os que puderem aparecer!


Guiné > Região de Gabu > 3ª CCAÇ (Nova Lamego, 1961/63) > Buruntuma > c. 1961/62  > Uma das tarefas do alf mil Jorge Ferreira foi a colocação de marcos... na fronteira com a República da Guiné... (pág. 22).


Guiné > Região de Gabu > 3ª CCAÇ (Nova Lamego, 1961/63) > Buruntuma > c. 1961/62  > Bajuda fula (p. 53)... O Jorge Ferreira também fez o "retrato" de quase toda a gente, dos "djubis" aos Homens Grandes, das belíssimas bajudas ao régulo de Canquelifá, que morava em Buruntuma, dos militares metropolitanos aos guineenses...  O seu livro de fotografia é uma homenagem às gentes do Gabu, e em especial ao povo de Buruntuma, lá no "cu de judas", junto à fronteira com a Guiné-Conacri... É um documento, hoje, de inegável interesse documental e até etnográfico (, nomeadamente a parte relativa ao "mosaico humano")...

Fotos: © Jorge Ferreira (2016). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís & Camaradas da Guiné] (Reprodução com a devida autorização do autor...)


1. O Jorge [da Silva] Ferreira passou a integrar a nossa Tabanca Grande, em 19/9/2016, com o nº  728 (*)- Tem um blogue de fotografia,  que merece ser divulgado e conhecido. A sua paixão pela fotografia remonta à sua juventude, como ele nos conta. 

E acaba de publicar um belíssimo livro de fotografia com o sugestivo título: "Buruntuma: algum um dia serás grande... Guiné, Gabu; 1961/63"... (**)


[Foto à esquerda: Ação de nomadização... O Jorge Ferreira, de calções e de pistola metralhadora FBP... Alf Mil, de rendição individual, pertenceu à  da 3.ª CCAÇ... Depois de 5 meses em Nova Lamego, foi destacado para  Buruntuma, em outubro de 1961, de 20 soldados metropolitanos (pertencentes à CCAV 252) e 20 guinenses, da 3ª CCAÇ: foi o primeiro oficial português a comandar uma guarnição miçitar naquele ponto sensível do território; Buruntuma na altura teria um milhar de habitantes; ficou lá 11 meses, tempo que lhe permitiu construir o primeiro aquartelamento, fazer ações de nomadização e dar apoio psicossocial à população: terminou a sua comissão de serviço, no TO da Guiné, em junho de 1963;  recorde-se que a 3.ª CCAÇ estava sediada em Nova Lamego, tendo mais tarde dado origem à CCAÇ 5, "Gatos Pretos", sediada em Canjadude]


2. Npágina de fotografia do Jorge Ferreira pode ler-se:

(...) "Não sou um fotógrafo profissional nem mesmo um amador. Sou apenas um 'caçador de imagens' que desde muito jovem se sentiu atraído pela fotografia, passando a fazer parte do meu quotidiano. Quando comecei a viajar pela Europa, à boleia, ainda aluno do secundário, estava-se em 1953, levava na mochila uma Voigtlander Vitessa e com ela captei inúmeras imagens dos países ocidentais e de alguns do leste europeu. Em ambas as regiões ainda eram visíveis sinais expressivos da destruição causada pela II Guerra Mundial. (...)

Em 1961, concluído o 3.º ano da licenciatura em Ciências Políticas e Sociais [pelo ISCUP, na Junqueira] fui chamado a cumprir o serviço militar e mobilizado para a ex-Guiné Portuguesa, actual Guiné Bissau, onde os Ventos da História resultantes das conclusões da Conferência de Bandung (Indonésia) / 1955 se tinham começado a fazer sentir através do apoio internacional aos Movimentos Independentistas.

A minha experiência de comando de um pelotão integrando militares portugueses e nativos, em igual número, foi extremamente enriquecedora e, embora em clima de guerra, moldou-me fortemente o carácter e levou-me a acreditar que a multirracialidade é um dos pilares em que deve assentar a sã e pacífica convivência entre os diferentes povos e raças da Humanidade.

Durante os 25 meses em que permaneci neste pedaço de solo africano foi minha companheira inseparável, nos bons e maus momentos, uma câmara Konika S que me permitiu captar a diversidade étnica e religiosa do 'chão' que corresponde à actual Guiné Bissau, verdadeiro “mosaico humano polícromo”, e o convívio harmonioso de brancos e negros ainda que em cenário de conflito armado." (...)

Finda a Comissão, regressei a Portugal. Entretanto conclui os 2 anos que faltavam para obter a minha licenciatura, abracei a carreira profissional na Área das TI [, Tecnologias de Informação,] concretamente como Técnico e posteriormente como Gestor de Sistemas de Informação, e constituí Família,  tornando-me exclusivamente Repórter fotográfico da Vida familiar, registando os seus momentos mais marcantes, férias, nascimento do filho e dos netos, convívio com os Amigos e viagens por Portugal e pelo Mundo. Só muito recentemente, com a perda inesperada da minha mulher e companheira inseparável ao longo de 40 anos [, Gabriela,] voltei à Fotografia como hobi. (...)

Jorge Ferreira


Lisboa > Festival Todos - Caminhada de Culturas > 11 de Setembro de 2011 > Arquivo Municipal de Lisboa  > Núcleo Fotográfico > Exposição Todos > A Alice Carneiro com o nosso amigo Braima Galissá, natural do Gabu, o grande tocador de kora da Guiné-Bissau... Fomos encontrá-lo, nesta exposição, a tocar kora... Divinalmente, como só ele sabe fazer... Falou-nos da sua banda, "Bela Nafa", , e da sua colaboração também com a banda do Kimi Djabaté...  Demos-lhe em abraço em nome de toda a Tabanca Grande, e em especial dos seus amigos João Graça e Mário Beja Santos... 

Amanhã vamo-nos reencontrar, os três, na Galeria-livraria Verney...

Foto e legenda: © Luís Graça / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2011). Todos os direitos reservados.


3. O Jorge Ferreira fez questão de convidar o nosso editor, Luís Graça, para apresentação do livro, que tem o apoio expresso do nosso blogue. A sessão é amanhã às 15h00 na Galeria-Livraria Municipal Verney, em Oeiras. (**)

A expensas do autor do livro, o  mestre Braima Galissá, nascido em 1964 no Gabu (e a viver e trabalhar em Portugal como músico e pedagogo, desde 1998), irá dar um toque de magia a esta sessão, oferecendo-nos um concerto de Korá... (Entrou para a nossa Tabanca Grande, formalmente, este ano, em 11 de janeiro; tem o nº 732).

Mais uma razão, adicional,  para os camaradas da Grande Lisboa (e não apenas os da Linha) comparecerem! (***)
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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 19 de setembro de 2016 > Guiné 63/74 - P16502: Tabanca Grande (495): Jorge Ferreira, ex-alf mil, 3ª CCAÇ (Bolama, Nova Lamego e Buruntuma, 1961/63), nosso grã-tabanqueiro nº 728...

(**) 27 de fevereiro de 2017 > Guiné 61/74 - P17089: Agenda cultural (543): Sessão de lançamento do livro de fotografia do nosso camarada Jorge Ferreira sobre Buruntuma, Gabu, 1961/63... Apresentação a cargo de Luís Graça, editor do nosso blogue.... Concerto de Korá com mestre Braima Galissá, nosso grã-tabanqueiro... Local e data: Galeria-Livraria Verney, Centro Histórico de Oeiras, sábado, dia 4 de março, às 15h00... Estamos todos convidados!

domingo, 5 de fevereiro de 2017

Guiné 61/74 - P17022: Lembrete (20): O lançamento do livro de João Freire, "A Colonização Portuguesa da Guiné: 1880-1960", é na Biblioteca Central da Marinha, em Belém (com entrada pela portal principal do mosteiro dos Jerónimos), nesta 4ª feira, dia 8, às 18h. Apresentadores: cmdt Luís Costa Correia e antropólogo Eduardo Costa Dias




1. Lembrete de João Freire, meu antigo colega do ISCTE-IUL,  e antigo oficial da marinha, autor de "A colonização portuguesa da Guiné: 1880-1960" (*):

Data: quarta-feira, 1 de Fevereiro de 2017 23:30

Assunto: livro Guiné

Teria gosto na vossa presença na sessão de lançamento do meu livro A Colonização Portuguesa da Guiné 1880-1960 que terá lugar na 

Biblioteca Central de Marinha (com entrada pela porta principal do mosteiro dos Jerónimos).

Serão apresentadores da obra: (i)  o comandante Luís Costa Correia; e (ii)  o antropólogo Eduardo Costa Dias, professor do ISCTE-IUL.(**)

João Freire
__________________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 31 de janeiro de 2017 > Guiné 61/74 - P17009: Agenda cultural (539): Lançamento do livro "A Colonização Portuguesa da Guiné", do prof João Freire, sociólogo (Lisboa, Comissão Cultural de Marinha, 2017), em Belém, na Biblioteca Central da Marinha, no próximo dia 8, 4ª feira, às 18h.

(**) Último poste da série > 6 de dezembro de 2016 > Guiné 63/74 - P16806: Lembrete (19): Lançamento do livro "História(s) da Guiné-Bissau - Da luta de libertação aos nossos dias", da autoria do nosso camarada Mário Beja Santos, hoje, pelas 18 horas, no Auditório da Associação Nacional das Farmácias, em Lisboa

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Guiné 63/74 - P16806: Lembrete (19): Lançamento do livro "História(s) da Guiné-Bissau - Da luta de libertação aos nossos dias", da autoria do nosso camarada Mário Beja Santos, hoje, pelas 18 horas, no Auditório da Associação Nacional das Farmácias, em Lisboa


LEMBRETE PARA O LANÇAMENTO DO LIVRO "HISTÓRIA(S) DA GUINÉ-BISSAU - DA LUTA DE LIBERTAÇÃO AOS NOSSOS DIAS", DA AUTORIA DO NOSSO CAMARADA MÁRIO BEJA SANTOS, HOJE, PELAS 18 HORAS NO MUSEU DA FARMÁCIA



Extrato do livro “História(s) da Guiné-Bissau”, a lançar hoje 6 de Dezembro 

Os últimos dias de Portugal na Guiné Portuguesa

por Beja Santos

A 27 de Abril, começaram em Bissau manifestações populares exigindo a libertação dos presos políticos, extinção da PIDE/DGS e a abertura de negociações com o PAIGC. A agitação crescia cada vez que chegavam jornais de Lisboa.

É um tropel de acontecimentos, parece que os próprios atores não têm comando no conjunto da peça. A 7 de Maio, Carlos Fabião, graduado em brigadeiro, escolhido por confiança de Spínola, seguramente tendo em consideração os doze anos que levara em comissões na Guiné, é nomeado como Encarregado do Governo e Comandante-Chefe da Guiné. Quando chega a Bissau, logo se apercebe que a missão de Spínola o encarregara perdera a razão de ser. Regista-se indisciplina nas Unidades, o MFA local vai tomando conta do poder, a Comissão Coordenadora estende-se à Armada e Força Aérea, qualquer esforço defensivo e dar continuidade ao processo político de autodeterminação são meros exercícios de retórica. Em Lisboa, o poder político procura negociar com o PAIGC, Mário Soares, já Ministro dos Negócios Estrangeiros, viaja para Dakar, conversa amistosa com os líderes senegaleses e com Aristides Pereira, o encontro é inconclusivo, não havia ainda qualquer compromisso formal sobre o cessar-fogo. Seguir-se-ão conversações em Londres e em Argel, todo este processo da descolonização conhece clarificação com a Lei 7/74, onde se inclui a aceitação da independência dos territórios ultramarinos. Em 10 de Setembro, em Lisboa, ocorre o reconhecimento de jure. Em 24 de Setembro, em Madina do Boé foram solenemente comemorados o cinquentenário de Amílcar Cabral, os 17 anos do PAIGC (alegadamente fundado em 19 de Setembro de 1956) e o primeiro aniversário da independência, as autoridades portuguesas estão presentes.

A descompressão da guerra passara a ser uma realidade, a seguir ao 25 de Abril começaram encontros mais ou menos formais, de um modo geral, independentemente de casos de indisciplina, de alguma agressividade bacoca de alguns líderes militares do PAIGC, a paz em respeito mútuo alargou-se pelo território. Na sequência deste processo foram-se estabelecendo protocolos para uma retirada das tropas portuguesas e a entrada das forças do PAIGC. Para dar cumprimento ao anexo dos acordos de Argel tomaram-se medidas que vieram a ter consequências dramáticas. Vejamos como.

Dentro dos 28 pontos deste anexo, há que relevar as seguintes matérias: as Forças Armadas Portuguesas entrariam em retração e facilitariam a transmissão gradativa dos serviços da administração; a República da Guiné-Bissau obrigava-se a neutralizar os seus meios antiaéreos suscetíveis de afetar a circulação de aeronaves e de voos de reconhecimento no espaço aéreo à responsabilidade das Forças Armadas Portuguesas; as Forças Armadas Portuguesas obrigavam-se a desarmar as tropas africanas sob o seu controlo; uma comissão mista coordenaria a ação das duas partes; o governo português comprometia-se a pagar todos os vencimentos até 31 de Dezembro de 1974 aos cidadãos da República da Guiné-Bissau desmobilizados das suas forças militares ou militarizadas, bem como aos civis cujos serviços às Forças Armadas portuguesas ficavam dispensados; o governo português comprometia-se a pagar as pensões de sangue, de invalidez e de reforma a que tinham direito quaisquer cidadãos da República da Guiné-Bissau por motivo de serviços prestados às Forças Armadas Portuguesas; o governo português participaria num plano de reintegração na vida civil dos cidadãos da República da Guiné-Bissau que tivessem prestado serviço militar nas Forças Armadas Portuguesas e, em especial, dos graduados das Companhias de Comandos Africanos.

O que se irá passar, e de acordo com a escassa documentação existente, é que as Forças Armadas portuguesas abandonaram o território dentro dos prazos estipulados, e não se cuidou de garantir a normalidade do sistema económico e financeiro da própria vida administrativa e da natureza dos serviços de primeira grandeza, a começar pela saúde e pela educação, garantia do abastecimento a todos os níveis, e uma adaptação equilibrada na transferência da ordem colonial para a República independente. Em “Crónica da Libertação”, Luís Cabral virá dizer que encontrou os cofres vazios quando chegou a Bissau, que os colonialistas tinham partido com tudo, e com esta frase parecia deixar no ar que houvera um abandono puro e simples e que as novas autoridades foram confrontadas com o vazio do poder. Obviamente que a questão é mais complexa. O PAIGC, em toda a sua ingenuidade, estimara que o modelo administrativo adotado na luta de libertação se podia aplicar automaticamente à nova situação, com correções e ajustes. Presidia a mentalidade da coletivização, nunca se dimensionou que os Armazéns do Povo transacionavam muitos bens oferecidos por países amigos e que havia uma troca com as populações fora de controlo das autoridades portuguesas que entregavam os seus produtos agrícolas.

Não há uma referência nos Acordos de Argel à manutenção da presença portuguesa num regime de transição faseado, para evitar sobressaltos no funcionamento dos hospitais, dos estabelecimentos escolares, dos portos e na própria recolha de impostos. Com sobranceria, os quadros dirigentes do PAIGC julgavam-se capacitados para pôr pessoas habilitadas em todos os postos. E havia um fator ideológico preponderante, muito mais tarde invocado como fator determinante: era preciso mostrar aos movimentos de libertação irmãos (MPLA e FRELIMO) que o sistema colonial estava a soçobrar, era irreversível, as conversações para a independência de Angola e Moçambique não podiam ser arrepiadas por manobras dilatórias.

O PAIGC parecia embalado pela Constituição do Boé, acreditava piamente numa vigorosa participação popular que faria enfunar as velas dos ventos revolucionários, e que rapidamente se poria em ação uma política económica enfocada no investimento industrial e no setor público. Acresce que a Constituição do Boé dava como certo e seguro o funcionamento das instituições: a Assembleia Nacional Popular, o Conselho de Estado, o Conselho dos Comissários de Estado, os Conselhos Regionais e o Poder Judicial. Atente-se que no artigo primeiro da Lei n.º 3/73, de 24 de Setembro, foi nomeado o primeiro Conselho de Comissários de Estado, tendo como Comissário Principal Chico Té e 15 comissários e subcomissários. Como é óbvio na generalidade dos casos, estes dirigentes políticos estavam impreparados para enfrentar a realidade de um território descolonizado à pressa e inadaptado aos sonhos de Amílcar Cabral. Aliás, o líder fundador previra dificuldades de monta para reverter a economia colonial ao modelo que ele preconizava que seria uma adaptação de economia planificada onde a experiência vivida nos anos da luta tivesse a sua quota-parte de inserção.

E vamos assistir ao esbarrondar desses sonhos, ao agravamento de tensões internas, a escolhas económicas erradas e a uma total incapacidade de proceder a uma reconciliação nacional, isto quando uma boa parte da antiga colónia tinha participado no processo de “africanização” da guerra e tomado declaradamente partido pelas propostas de Spínola.
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Notas do editor

Último poste da série de 19 de outubro de 2016 > Guiné 63/74 - P16616: Lembrete (18): É já amanhã, dia 20, 5ª feira, a sessão de lançamento do livro do nosso camarada Paulo Salgado, "Guiné: Crónicas de Guerra e de Amor", na Associação 25 de Abril, Rua da Misericórdia, 95, Lisboa, às 18h00... Com a presença do autor (que vive em Vila Nova de Gaia) e apresentação a cargo do escritor Rogério Rodrigues.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Guiné 63/74 - P16616: Lembrete (18): É já amanhã, dia 20, 5ª feira, a sessão de lançamento do livro do nosso camarada Paulo Salgado, "Guiné: Crónicas de Guerra e de Amor", na Associação 25 de Abril, Rua da Misericórdia, 95, Lisboa, às 18h00... Com a presença do autor (que vive em Vila Nova de Gaia) e apresentação a cargo do escritor Rogério Rodrigues.


Guiné-Bissau > Região do Oio > Olossato > Ponte de Maqué > 1976 

Foto: © Paulo Salgado (2016). Todos os direitos reservados.


Guiné-Bissau > Maqué > 2006 > " O mais belo poilão que conheço da Guiné" (Paulo Salgado) [. na foto, o Paulo Salgado, sentado, e Moura Marques, de pé, ambos antigos militares da CCAV 2721, Olossato e Nhacra, 1970/72].

Foto (e legenda): © Paulo & Conceição Salgado (2006). Todos os direitos reseravdos






1. Mensagem do Paulo Salgado (ex-alf mil cav op esp, CCAV 2721, Olossato e Nhacra, 1970/72); membro da nossa Tabanca Grande, desde 18 de setembro de 2005 (*); manteve, no nosso blogue, uma colaboração regular, com pelo menos duas séries, em 2005/2006, quando esteve em Bissau à frente do Hospital Nacional Simão Mendes:  Crónicas de Bissau (ou o 'bombolom' do Paulo Salgado) e Bombolom II (ver aqui através do marcador Bombolom):

Data: 17 de outubro de 2016 às 23:15
Assunto: Lançamento do livro (**)

Caro Luís,

Segue um novo formato de divulgação do lançamento do livro - para recordar aos camaradas do blogue.(***)

Até quinta-feira.
Um abraço 

Paulo Xavier Fernandes Cordeiro Salgado
Administrador Hospitalar - ENSP/UNL
Pós-graduado em Administração Pública - UMinho
Pós-graduado em Direito dos Contratos - UCP
Mestre em Gestão-Especialização em Gestão e Administração de Unidades
de Saúde-UCP
_____________


(...) Fiz a minha comissão no Olossato e Nhacra entre Abril de 1970 e Março de 1972.

Fiz uma segunda comissão em 1990/92, como cooperante na área da saúde. Matei fantasmas; chorei no Olossato; ri-me com as crianças que rodearam a minha viatura; revisitei o Suleiman que me reconheceu passados vinte anos!!! E depois vieram alguns homens grandes...e imensos...

Tenho ido várias vezes a Bissau desde 1996 - os amigos que tenho feito...! As desilusões que tenho sentido da parte dos guineenses. Mas também a esperança.

Irei fazer outra comissão de um ano, dentro de poucos dias...! Loucura? Utopia? Talvez.

Mas sejamos claros: indo de encontro aos objectivos que definiste: olhar a África e para África só faz sentido no plano de um vero e recíproco respeito. 


(...) Nós fizemos parte de uma História que não está contada. Há muitas histórias e estórias, encontros e desencontros; há quem queira olhar para trás e compreender; há quem deseja nem sequer pensar no que passou e no que se passou. Compreendamo-nos todos. Pois somos diferentes. (...)

(**) Vd. postes de:


terça-feira, 15 de março de 2016

Guiné 63/74 - P15857: Lembrete (17): É já amanhã, dia 16, a apresentação do livro do Juvenal Amado, no almoço semanal da Tabanca de Matosinhos



Lembrete: Dia 16, 4.ª feira, na Tabanca de Matosinhos Tertulia, o nosso camarada Juvenal Amado vai apresentar o seu livro "A Tropa Vai Fazer de Ti Um Homem! Guiné 1971-1974" [Lisboa, Chiado Editora, 2015, 308 pp. | Preço de capa (papel): 15 €; ebook (edição digital): 3 €].

O Manuel Passos escreveu, na página do Facebook da Tabanca de Matosinhos Tertúlia, a seguinte mensagem:

"Só para relembrar, quarta-feira, 16/3/2016, Almoço... O nosso companheiro, ex-combatente,  Juvenal Amado vai estar na Tabanca de Matosinhos Tertúlia na apresentação do seu Livro. Vamos dar-lhe aquele abraço que só nós sabemos fazer, com a nossa presença, Tabanqueiros!"...


Guiné > Zona leste > Setor L5 A> Galomaro > CCS/BCAÇ 3872 (1971/74)
Com Luis Arrepia, José Manuel Confraria, João Narciso, Adelino José Costa, Germano Gomes e Mário Vasconcelos [nosso grã-tabanqueiro, ex-alf mil trms, CCS/BCAÇ 3872, Galomaro, COT 9 e CCS/BCAÇ 4612/72,Mansoa, e Cumeré, 1973/74].

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Guiné 63/74 - P15651: Lembrete (16): É já amanhã, dia 23, sábado, às 16h30, em Lisboa, no "Chiado Clube Literário e Bar", que o nossso camarada Juvenal Amado vai lançar o seu livro!... Diz-nos ele: ""Camaradas, não sei se a tropa fez de mim um homem, mas decerto fez-me arranjar amigos como vocês. Apareçam!"




É já amanhã, sábado, dia 23 de janeiro de 2016, que vai ser lançado o livro do nosso camarada Juvenal [Sacadura] Amado: "A tropa vai fazer de ti um homem"(Lisboa, Chiado Editira, 2015, 308 pp. | Preço de capa (papel): 15 €; ebook (edição digital): 3 €. (*)

A Chiado Editora, representada em Portugal, Brasil e Angola, é "a maior editora do mundo em língua portuguesa", com "mais de 1000 novos títulos por ano", ou sejam, 3 por dia...



1. Este é um lembrete (**) para todos aqueles nossos leitores, que podem e querem ir a esta sessão, e muito em particular os nossos amigos e camaradas da Guiné. Apareçam, estão todos convidados!.

É, além disso,  um honra termos mais um camarada (e já são muitos!) com um livro, publicado, impresso em papel, com a sua história de vida e as suas memórias.

É um livro escrito com ternura e sensibilidade poética, mas também muita garra e.  autenticidade humana. São mais de 300 páginas e mais de 80 pequenas histórias que, interligadas, constituem o percurso de um homem e de uma geração de portugueses que cedo conheceram a "picada da vida" (a infância dura, a escola autoritária, a usura física e mental do trabalho nos cmapos, nas fábricas, nos escritórios,  a tropa, a guerra, o sangue, o suor, as lágrimas, mas também as alegrias do amor, da amizade, da camaradagem)...

O livro tem uma dedicatória: "O meu amigo João Caramba que em 7 de março de 2013 se fez memória",

O autor descobriu o gosto (e a paixão) pela escrita no nosso blogue. É um colaborador ativo, atento e leal, contando já com cerca de 190 referências. Na dedicatória autografada que nos mandou, o Juvenal teve a gentileza de escrever o seguinte: "Luís, não sei se a tropa fez de mim um  homem, mas decerto fez-me arranjar amigos como tu"...

E nas páginas 9/10, ele acrescenta: "Na verdade, não escrevi para mim mas para nós (...)" E acrescentaria, "por nós, por muitos de nós!"... Enfim, deixa "um obrigado especial ao Luís Graça, pelo que representa para mim e para muitos dos ex-combatentes da Guiné, e ao Carlos Vinhal, que me apoiou e incentivou a continuar a escrever, e aos camaradas, de várias idades, latitudes, tendências, que me ajudaram  a chegar aqui e publicar estas histórias" (...).

Parabéns, camarada!... Desejo-te uma belíssima e concorrida sessão de lançamento do teu livro, porque tu mereces, nós merecemos!... (LG)






Como chegar ao Chiado Clube Literário e Bar, na  Galeria Comercial Tivoli Fórum, Av Liberdade, 180 D, Piso 1, Loja F, em Lisboa
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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 12 de janeiro de 2016 > Guiné 63/74 - P15608: Agenda cultural (455): Sessão de lançamento do livro do Juvenal Amado, "A tropa vai fazer de ti um homem": Lisboa, Chiado Clube Literário & Bar, Av da Liberdade, sábado, 23 de janeiro, 16h30, com a presença em força da malta tabanqueira

(**) Último poste da série > 9 de dezembro de 2015 > Guiné 63/74 - P15467: Lembrete (15): Lançamento do livro "História(s) da Guiné Portuguesa", da autoria de Mário Beja Santos, com apresentação do Prof. Eduardo Costa Dias e Dr. António Duarte Silva, amanhã dia 10 de Dezembro, 5.ª feira, pelas 18 horas, no Palácio Conde de Penafiel, Rua de S. Mamede ao Caldas, n.º 21 - Lisboa

quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Guiné 63/74 - P15467: Lembrete (15): Lançamento do livro "História(s) da Guiné Portuguesa", da autoria de Mário Beja Santos, com apresentação do Prof. Eduardo Costa Dias e Dr. António Duarte Silva, amanhã dia 10 de Dezembro, 5.ª feira, pelas 18 horas, no Palácio Conde de Penafiel, Rua de S. Mamede ao Caldas, n.º 21 - Lisboa

LEMBRETE para o lançamento do livro HISTÓRIA(S) DA GUINÉ PORTUGUESA, da autoria de Mário Beja Santos, com apresentação do Professor Eduardo Costa Dias, do ISCTE, e Dr. António Duarte Silva, investigador, amanhã dia 10 de Dezembro, 5.ª feira, pelas 18 horas, no Palácio Conde de Penafiel, Rua de S. Mamede ao Caldas, n.º 21 - Lisboa.



Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos:

A todos os meus amigos, 
As "História(s) da Guiné Portuguesa" procuram avançar com mais hipóteses que venham no futuro a ser consideradas com alguma pertinência pela equipa de historiadores que meter ombros nessa tremenda lacuna da nossa cultura que é a ausência de uma história da Guiné Portuguesa. 
O meu livro procura introduzir dados novos que a moderna historiografia tem vindo a considerar, entre outros: a presença dos judeus na região da Senegâmbia; a natureza do tráfico de escravos na região; o impacto das guerras de pacificação, do século XIX para o século XX, na natureza de uma Guiné transformada em colónia-modelo; mais alguma iluminação sobre a natureza dos movimentos nacionalistas e o desenvolvimento da luta de libertação. 
Carreei, em sequência cronológica, muita documentação que não utilizei no livro a quatro mãos que escrevi em 2014 "Da Guiné Portuguesa à Guiné-Bissau: Um Roteiro". Pedi a dois investigadores eméritos, Eduardo Costa Dias e António Duarte Silva, que na sessão de apresentação procedessem a um debate sobre as lacunas existentes e o modo de as preencher. 
Havendo hoje tanta investigação sobre o período colonial, tantas obras referentes à guerra colonial da Guiné, não se conhece nenhum estudo que abarque os quatros anos da governação de Arnaldo Schulz. 
Conto com a vossa companhia nesta sessão de lançamento e dentro das vossas possibilidades agradeço-vos a mais ampla divulgação possível. 

O reconhecimento e a cordialidade do 
Mário

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Nota do editor

Último poste da série de 18 de novembro de 2015 Guiné 63/74 - P15379: Lembrete (14): Lançamento do livro "O Fedelho Exuberante", da autoria do Mário Beja Santos, dia 18 de Novembro, pelas 18 horas, no Auditório do Museu da Farmácia, Rua Marechal Saldanha, n.º 1, ao Calhariz, em Lisboa

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Guiné 63/74 - P15379: Lembrete (14): Lançamento do livro "O Fedelho Exuberante", da autoria do Mário Beja Santos, dia 18 de Novembro, pelas 18 horas, no Auditório do Museu da Farmácia, Rua Marechal Saldanha, n.º 1, ao Calhariz, em Lisboa



C O N V I T E


1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 9 de Novembro de 2015:

Queridos amigos, 
No próximo dia 18, quarta-feira, pelas 18 horas, no auditório do Museu da Farmácia, Rua Marechal Saldanha n.º 1, ao Calhariz, em rua paralela ao elevador da Bica, terá lugar o lançamento do meu livro “O Fedelho Exuberante”
Quem puder chegar às 17 horas, terá uma visita guiada gratuita conduzida pelo diretor do museu, Dr. João Neto. 
Terei a maior das satisfações em contar com a vossa companhia e conversar convosco sobre esta crónica familiar e de costumes de um período a que a historiografia designa por Anos de Chumbo. 

Um agradecimento antecipado e o abraço do 
Mário

Capa do livro "O Fedelho Exuberante"
Clicar na imagem para facilitar a leitura
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Nota do editor

Último poste da série de 16 de setembro de 2015 Guiné 63/74 - P15119: Lembrete (13): A apresentação do livro "Cabra-cega: do seminário para a guerra colonial", da autoria de João Gaspar Carrasqueira (pseudónimo do nosso camarada A. Marques Lopes): amanhã, 5ª feira, dia 17, pelas 15h00, na Associação dos Deficientes das Forças Armadas (ADFA), av Padre Cruz, Lisboa