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domingo, 2 de setembro de 2018

Guiné 61/74 - P18973: In Memoriam (318): O nosso amigo e camarada Joaquim Carlos Rocha Peixoto (1949-2018), ex-Fur Mil da CCAÇ 3414 (Guiné, 1971/73), faleceu hoje... O corpo estará, esta noite, em câmara ardente na Igreja das Freiras, em Penafiel, e as exéquias fúnebres serão amanhã, às 15 horas

IN MEMORIAM


Joaquim Carlos Rocha Peixoto 
(Penafiel  1949-Porto, 2018)



Realidade quase impensável e inaceitável quando se trata de um amigo de há tantos anos.

Acabou de chegar ao nosso conhecimento, através do seu inseparavél amigo e vizinho, José Manuel Cancela, a notícia do falecimento do nosso camarada e amigo Joaquim Carlos Rocha Peixoto, natural de Penafiel.

Especialmente à nossa querida amiga Tertuliana Margarida Peixoto, e demais família (filhas e netos), deixamos o nosso mais sentido pesar pela perda do seu dedicado marido, pai e avô.

Voltaremos para dar notícias quanto ao local onde o malogrado amigo estará em Corpo Ardente assim como com pormenores do seu funeral.

Os editores

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PS - Acabamos de saber, por notícia das 16h, da Tabanca Matosinhos, que o corpo do nosso querido camarada e amigo Joaquim Peixoto está hoje à noite em Camara Ardente na Igreja das Freiras em Penafiel (Perto da Praça da Feira). 


As exéquias fúnebres estão marcadas para amanhã - segunda feira - pelas 15 horas na referida Igreja.
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Nota do editor

Último poste da série de 12 DE JULHO DE 2018 > Guiné 61/74 - P18839: In Memoriam (317): João [Alfredo Teixeira da] Rocha (Ilha de Moçambique, 1944 - Porto, 2018), nosso grã-tabanqueiro n.º 775, a titulo póstumo (Luís Graça / Jaime Machado / Carlos Silva / Tabanca de Matosinhos / António Pimentel)

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Guiné 63/74 - P12034: Os nossos seres, saberes e lazeres (56): De comboio, até ao Pocinho, e visita ao Museu do Côa, com os grã-tabanqueiros Margarida e Joaquim Peixoto (Luís Graça / Alice Carneiro)


Marco de Canaveses, Paredes de Viadores, Candoz, Tabanca de Candoz > 3 de setembro de 2013 > Nascer do sol, do lado do concelho de Baião, em frente. O rio Douro corre ao fundo vale, do lado direito. Serra de Montemuro (e Cinfães, não visível), também do lado direito,



Baião > Mosteirô > Linha do Douro > Estação de Mosteirô > 3 de setembro de 2013 > É aqui apanhamos comboio para o Pocinho, nós, os da tabanca de Candoz (eu, a Alice e os meus cunhados Gusto e Nitas), que fica a 10/15 minutos, de carro, da estação de Mosteirô. Aguardamos aqui os nossos amigos Laura, do Porto, e o casal Peixoto, Joaquim e Margarida, de Penafiel.


Linha do Douro, a caminho do Pocinho > 3 de setembro de 2013 > Os "novos" comboios da REFER, comprados aos espanhois em segunda mão, num negócio discutível... Têm ar condicionado, as janelas não se podem abrir, os vidros andam sujos, para desespero dos amantes da fotografia.... Cartão vermelho para a CP.





Linha do Douro, a caminho do Pocinho > 3 de setembro  de 2013 > Alice e Marharida, em primeiro plano.


Linha do Douro, a caminho do Pocinho > 3 de setembro  de 2013 > O "Doruo Azul" navegando no Rio Douro, paralelo ao comboio.


Linha do Douro, a caminho do Pocinho > 3 de setembro  de 2013 > Paragem no Tua. Em primeiro plano, o Joaquim Peixoto.



Linha do Douro, a caminho do Pocinho > 3 de setembro  de 2013 > Um trecho fabuloso do Rio Douro...  A seguir ao Cachão da Valeira, não posso precisar onde.


Vila Nova de Foz Coa > Pocinho > 3 de setembro de 2013 > A empresa "Douro Total" leva-nos, de jipe (9 lugares), ao museu de Foz Coa.



Vila Nova de Foz Coa > Restaurante do Museu do Côa >  3 de setembro de 2013 > Almoço: excelente menu, excelente carta de vinhos, serviço profissional... O menu turístico são 11 euros... Mais garrafas de vinho "Tons de Duorum Doc Douro Tinto 2011" (magnífico!), pagamos menos de 15 euros cada um... Vista soberba sobre o rio e as suas margens... Durante a refeição, o nome de alguns camaradas da Guiné vieram à baila, por várias razões: o Zé Manel Lopes, produtor de vinhos Douro Doc; o João Crisóstomo, que ajudou, com a sua campanha internacional, a salvar as gravuras de Foa Coa mas também toda esta fantástica região, incluindo a famosa Quinta da Erva Moira (onde já foi recebido principescamente, segundo ele próprio me contou)...


Vila Nova de Foz Coa > Museu  do Côa > 3 de setembro de 2013 >  Da direita para a esquerda, Laura Fonseca, Margarida Peixota e Ana Soares (Nitas).


Vila Nova de Foz Coa >  Museu  do Côa > 3 de setembro de 2013 > Alguns dos conteúdos (1)


Vila Nova de Foz Coa > Museu  do Côa  > 3 de setembro de 2013 > Alguns dos conteúdos (2)


Vila Nova de Foz Coa > Pocinho > 3 de setembro de 2013 > Alguns dos conteúdos (3)


Vila Nova de Foz Coa > Museu  do Côa  > 3 de setembro de 2013 > Alguns dos conteúdos (4)


Vila Nova de Foz Coa > Museu  do Côa  3 de setembro de 2013 > Saída exterior do edifício (que é da autoria de jovens arquitetos da escola do Porto, Tiago Pimentel e Camilo Rebelo). Regresso a casa no comboio das 17 e picos... 

É um dos passeios mais bonitos e emocionantes (e mais baratos) que o pobre do tuga pode ainda hoje fazer na sua terra (que, para muitos, está por descobrir)... É a 3ª vez que vou ao Pocinho, de comboio... Mas o plano original era ir de barco (da empresa Douro Total) até Barca de Alva. Estvámos  a pensar em convidar vários casais. Uma avaria de última hora, no braco (que leva até 16 pessoas),  estragou-nos os planos. Fica para a próxima. A solução de recurso também não foi pior, na opinião dos meus amigos e companheiros de viagem. Todavia, a Alice achou, desta vez,  o Douro "mais descuidado"... Há muita gente a mandar ou a querer mandar. Ou se calhar há aqui um problema de autoridade... E as populações locais, por seu turno,  pouco ou nada ganham com os cruzeiros do Douro Azul & quejandos... Por favor, tugas, não matem a galinha dos ovos de ouro, como fizeram com o Algarve e se preparam para fazer com a costa vicentina alentejana... Neste país, parece que  não se sabe amar sem violar,,, (LG).

Fotos (e legendas): © Luís Graça  (2013). Todos os direitos reservados

1. Mensagem dos nossos tabanqueiros Margarida e do Joaquim Peixoto, de 7 do corrente:

Aos meus amigos Alice e Luís Graça quero agradecer o maravilhoso passeio de comboio que nos proporcionaram, até ao Pocinho, seguindo de carro até Foz Côa, onde degustámos no restaurante do Museu um delicioso almoço confeccionado com carne da região acompanhado por um delicioso vinho.

A viagem de comboio foi cheia de emoções e alegria, não só pela maravilhosa paisagem que o nosso olhar abrange ao longo do inigualável rio Douro, ora correndo em estreito leito ladeado por escarpas, rochas com efeitos fabulosos, ora deslizando num largo e aprazível leito, onde a encosta desenhada com as famosas vinhas do Douro, ( onde se destacam aqui e ali as majestosas casas e quintas dos produtores vinhateiros, que levam o seu néctar a outros mundos), refletem nas águas do rio as suas belas folhagens.

A paisagem é deslumbrante, a costa muda constantemente de aspeto conforme o comboio vai serpenteando a linha férrea ou a luz do sol pinta de cores diferentes a vegetação, contrastando o azul do céu com as águas calmas do rio, onde a paisagem e a cor do azul celestial se confundem com o verde caudal, transportando-nos a quais telas pintadas por famosos pintores que traduzem para quadros valiosos o que a Natureza se encarrega de embelezar no mundo em que vivemos..

Foi um dia repleto de boas sensações, de esquecimento do quotidiano, de bem estar, não só, como já referi, pelo magnífico panorama que desfrutámos, mas também,  e ainda mais importante, pela companhia que tivemos.

Obrigados,  Nitas e marido, Gusto,  pela vossa amizade e camaradagem.

Obrigados,  Laura,  pela simpatia e naturalidade em nos integrar nas suas amizades.

Bem hajam, Alice e Luís,  por, mais uma vez, mostrarem a vossa amizade, camaradagem e solidariedade compartilhando as vossas amizades connosco.

Da nossa parte retribuímos com todo o carinho a nossa amizade e sensibilidade.

A todos vós, em especial a ti, Alice, e ao Luís,  um forte e carinhoso abraço dos amigos,

Margarida e Joaquim Peixoto.

domingo, 16 de junho de 2013

Guiné 63/74 - P11712: VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande (17): Monte Real, 8 de junho de 2013 (Parte V): Manuel Luís Lomba, autor do livro, "Guerra da Guiné: A batalha de Cufar Nalu" (edição, de 2012, Terras de Faria Lda, Faria, Barcelos) e outros camaradas e amigos que nos honraram com a sua presença


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Almoço convívio > O João Marcelino (Lourinhã) e o Manuel Vaz (Póvoa de Varzim)


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Almoço convívio > Da esquerda para a direita, o Tó Zé (Pereira da Costa, a Maria João e o marido, Jorge Araújo.



Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Almoço convívio >  O João e a Celestina Sesifredo, do Redondo... O João foi 1º Cabo no Pel Nat Caç 52, no Mato Cão, no tempo do Joaquim Mexia Alves.. Já o convidámos para integrar a nossa Tabanca Grande.


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Almoço convívio > O Manuel Luís Lomba e o filho, Luís Manuel, que vieram de Faria, Barcelos. O Manuel Luís Lomba é autor do livro, "Guerra da Guiné: A batalha de Cufar Nalu". A edição, de 2012, é de Terras de Faria Lda, Faria, Barcelos (341 pp.)




Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Almoço convívio >  Diamantino Varrasquinho e a mulher Maria José,  de Ervidel, Aljustrel... "Foi 'meu' Furriel no 52 no Mato Cão", acrescenta o Joaquim Mexia Alves.


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Almoço convívio > A família do António Santos (Caneças / Odivelas): na foto só aparece a Graciela, mais a filha, o genro e as netas. Três gerações!


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Almoço convívio > A Margarida Peixoto (à esquerda), que veio de Penafiel (mais o Joaquim); e a Joaquina Carmelita, esposa do nosso camarada Manuel Carmelita (Vila do Conde).


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Almoço convívio > O Ernestinmo Caniço, ao centro, comandante do Pel Rec Daimler 2208; à sua direita, o António Proença e à sua esquerda esquerda o Carlos Pinto.


 Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Almoço convívio > O "alfero Cabral", em grande plano; em plano secundário, a filha do António Santos e o marido.


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Almoço convívio > Diz o Josema (Zé Manuel Lopes) para o Zé Manuel Cancela: "Sabes, estou cansado de fazer vinhos de cinco estrelas e não ter mercado para os escoar... Trouxe o carro cheio e levo-o meio cheio, de volta... Ficam aqui os meus contactos, para quem ainda não conhece o Pedro Milanos da Quinta Sra da Graça, da região demarcada do Douro: Quinta Senhora da Graça - S. João de Lobrigos, 5030 429 Santa Marta de Penaguião, telem. 916 651 639".

Fotos (e legendas): © Luís Graça (2013). Todos os direitos reservados.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Guiné 63/74 - P9718: Blogoterapia (206): Para os amigos que fiz nestes encontros de ex-combatentes e para os que fazem parte de todas as Tabancas (Margarida Peixoto)


 1. Mensagem da nossa amiga tertuliana Margarida Peixoto, chegada ontem ao nosso Blogue:

Para todos os amigos que fiz nestes encontros de ex-combatentes da Guiné e para todos que fazem parte de todas as Tabancas.

Páscoa!!!...
Ressurreição !!!...
Mistério !!!...
Verdade !!!...

Não importa o que seja. Importa sim, que seja o que for mexe connosco. Cria-se um ambiente de solidariedade, de paixão, de carinho, de amizade, de perdão, de alegria. Esquecem-se as mágoas. 

E num Ovo de Páscoa, embrulhado num lindo papel colorido, as crianças saltitam, esperando com entusiasmo e expectativa a surpresa que sairá lá de dentro. 

A mesa, coberta com uma toalha branca, é enfeitada com iguarias alusivas a esta quadra: Amêndoas, Pão-de-ló, folar, etc… 

A Família vai-se reunindo numa casa ou noutra, para beijar a Cruz. 

Lá longe, os sinos tocam e as campainhas do “ compasso “ fazem-se ouvir numa melodia calma, transmitindo Paz e Alegria. 

Então, queridos amigos, que magia é esta, que nos faz sair do quotidiano para celebrarmos, em harmonia, a Ressurreição de Jesus ?!!! ´´

E a Fé, a crença que, mesmo não queiramos admitir, está bem lá no fundo de todos nós. 

É a vontade de ser feliz, é a vontade de abraçar os familiares e amigos, é a vontade de voltar às origens. É tempo de redenção. 

Que todos os corações estejam abertos e receptivos à entrada de Jesus. 

Nesta Páscoa, estão todos reunidos por laços que fizeram na Guiné, por laços que só vós ex-combatentes conseguem sentir, explicar e unirem-se cada vez mais. Laços que se fizeram de mil e uma cores, conforme o vosso espírito se encontrava nesse momento. Laços, que ninguém conseguirá desamarrar. 

Por isso, quero desejar a todos vós, uma Páscoa feliz, recheada de mistérios, sonhos e tudo aquilo que vos une, dizendo bem alto: 

Aleluia, Aleluia, Aleluia… 

Margarida Peixoto 
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Notas de CV:

(*) Vd. poste de 30 de Dezembro de 2011 > Guiné 63/74 - P9293: Tabanca Grande (315): Margarida Peixoto, Professora do Ensino Básico Aposentada, esposa do nosso camarada Joaquim Carlos Peixoto

Vd. último poste da série de 6 de Abril de 2012 > Guiné 63/74 - P9712: Blogoterapia (205): O Cateterismo de Deus (Joaquim Mexia Alves)

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Guiné 63/74 - P9293: Tabanca Grande (315): Margarida Peixoto, Professora do Ensino Básico Aposentada, esposa do nosso camarada Joaquim Carlos Peixoto

1. Quem de algum modo está ligado à Guiné, a nós ex-combatentes e tem colaboração publicada no nosso Blogue, tem "direito", se assim entender, a fazer parte do nosso núcleo de amigos que é já bem extenso, felizmente.

Está nesta situação a nossa nova tertuliana, mas já "velha amiga", Margarida Peixoto que aceitou o meu convite pessoal para fazer parte da nossa equipa e que promete colaborar sempre que a ocasião se proporcione.

Quem é Margarida Peixoto e porque está aqui?

Margarida Assunção Oliveira Rocha Ribeiro da Rocha Peixoto é esposa do nosso camarada Joaquim Carlos Rocha Peixoto que foi Fur Mil Inf MA na CCAÇ 3414, Bafatá e Sare Bacar, de 1971 a 1973. Ambos estão aposentados de uma das mais bonitas profissões do mundo, Professor do Ensino Primário.


Esta foto, do nosso camarada Manuel Carmelita, documenta o casal Peixoto num momento de boa disposição durante o Encontro da Tertúlia em 2010.

Encontro da Tertúlia 2011, em Monte Real, Margarida Peixoto com outra das nossas amigas,  a Felismina Costa. Momento captado por Joaquim Carlos Peixoto.

Há muita maneira de participar no nosso Blogue, e a Margarida já deu os primeiros passos, como se pode aquilatar a partir do seu marcador.
Não vamos pedir à nossa tertuliana Margarida que nos conte as suas memórias de guerra porque não as tem, a menos que já estivesse de algum modo ligada ao marido no tempo de tropa ou tivesse outro familiar que cumprisse a sua comissão de serviço na guerra colonial. As nossas mulheres na qualidade de mães, irmãs, namoradas/noivas, madrinhas de guerra e familiares dos combatentes, tiveram o seu combate na retaguarda com a incerteza, a saudade e a dor que sentem de modo diferente. Digo eu que, ao contrário do que está escrito na Bíblia, a primeira mulher (Eva) não foi "feita" a partir de uma costela do homem (Adão), porque todos nós, homens, somos parte de uma mulher, a nossa mãe.

O Peixoto vai permitir, e a Margarida aceitar, o envio de um beijinho de boas vindas em nome da tertúlia.

Em nome dos editores
Carlos Vinhal
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Nota de CV:

(*) Vd. último poste de Margarida Peixoto de 23 de Dezembro de 2011 > Guiné 63/74 - P9257: O nosso sapatinho de Natal: Põe aqui o teu pezinho, devagar, devagarinho... (8): Mensagens das nossas amigas tertulianas Felismina Costa e Margarida Peixoto

Vd. último poste da série de 27 de Dezembro de 2011 > Guiné 63/74 - P9277: Tabanca Grande (314): António Osório, ex-Fur Mil Rec Inf da CCS/QG (Guiné, 1970/72)

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Guiné 63/74 - P9257: O nosso sapatinho de Natal: Põe aqui o teu pezinho, devagar, devagarinho... (8): Mensagens das nossas amigas tertulianas Felismina Costa e Margarida Peixoto

MENSAGENS DE NATAL DAS NOSSAS AMIGAS
FELISMINA COSTA E MARGARIDA PEIXOTO

1. À Tabanca Grande de Luís Graça & Camaradas da Guiné 
e a todas as Tabancas dela derivadas

Meus amigos
“Muito em cima da hora“, porque os afazeres nesta data, são múltiplos, não quis no entanto deixar passar esta quadra, sem vos enviar os meus votos de “Festas-Felizes”.

Num ápice, desapareceu 2011!
365 dias, voaram!
E, se por um lado, nos custa ver voar os anos, por outro, é um prazer achar que passaram depressa.
Tristes dos que, com a nossa idade, acham que os dias são enormes e que as noites são infindáveis!
Quanto a vida nos permita ocupação, quanto o tempo nos ofereça capacidades para preencher as horas da nossa vida, é um bem incalculável, somente apreciado por aqueles que se sentem limitados nas suas capacidades físicas.
Assim, bem digo a velocidade a que o tempo corre!
Bendigo o tempo vivido!
Bendigo a aprendizagem permitida no tempo, no meu tempo de vida!

Nestas seis décadas, somos testemunhas de evoluções e retrocessos, certamente de mais evoluções que retrocessos, lembramos um passado comum, embora cada um de seu modo diverso, mas comum, em que somos capazes de compreender o que cada um sente e viveu.
Não cabe aqui o desfiar do tempo que já vivemos, a universalidade contextual da nossa existência, mas digo-vos que, apesar de todas as contingências, dos grandes erros humanos que lamento, a vida, é o maior bem!
Nela crescemos, física e intelectualmente, diferenciados por capacidades e oportunidades, e por isso mesmo, formamos um todo, diverso entre si, rico pela multiplicidade dos conhecimentos adquiridos.
É neste contexto que vos saúdo!

Agradeço a todos a partilha dos vossos conhecimentos, dos vossos sentimentos, da vossa visão do tempo, presente e passado.
Quero reafirmar-vos o meu prazer, em fazer parte desta “família” de gente bonita, de seres humanos extraordinários, que se mantêm unidos, que partilham lembranças de dias difíceis, que com tudo os uniu, pois que é nas dificuldades que as pessoas se unem.

E, é por saber que o Natal aproxima mais as famílias, que há um espírito de maior união, que há até uma necessidade de ir ao encontro dos amigos, saber deles, falar do passado para manter o presente, que vos quero desejar uma reunião natalícia, Alegre e Feliz.

Quero também desejar, que o Novo Ano traga estabilidade, paz para todo o mundo, discernimento para os homens que tem por missão a governação dos povos, de forma, a que haja uma mais justa distribuição da riqueza, para que me possa sentar à minha mesa humilde, contente por saber, que em qualquer parte do mundo, o mais pobre, tenha como eu, o pão e o conforto do seu lar.

A todos vós, o meu abraço imenso, fraterno e solidário.
A vossa amiga de sempre
Felismina Costa


2. É NATAL

É Natal!
Foi-nos dado um tempo, mas todos temos a consciência que atravessar esse tempo não é deixá-lo passar ao sabor do vento, chegando ao fim do dia sem reflectirmos o que fizemos de bom, de positivo de humanitário nas vinte e quatro horas que passaram por nós, ou nós por elas.
A juventude vai passando e as recordações da mocidade vão-se avivando, fazendo-nos pensar no que somos e no que poderíamos ter sido.
Melhores?!!!
Piores?!!
Ou simplesmente como somos?
Não importa, o que realmente conta é a nossa consciência, a nossa postura na vida, os nossos sentimentos.

Natal! Palavra mágica! Católicos ou não, esta quadra mexe connosco.
Ao sentimento de amor, de sensibilidade, de darmos as mãos em sinal de Paz e Amizade.
Que as luzes cintilando em cada casa, árvore ou rua, apaguem a revolta e a tristeza, transformando-as num manto de serenidade, e numa certa tranquilidade. E sem sabermos como, sentirmos ainda, mesmo ao de leve, uma esperança de uma vida melhor.

Ainda que a Fé, esteja longe de nós, mesmo que pensemos que tudo isto não passa de um conto de “fadas” ninguém fica indiferente ao olhar para o Presépio. Ele representa a Vida, a Família a União.

Neste Natal, em que vós ex-combatentes estais unidos pela amizade, pelo passado, pelo que de bom e de mau vos uniu, desejo-vos a todos assim como à vossa Família, que o “ vazio “ que sentiam antes de se encontrarem nesta maravilhosa aventura da vida, seja um acumular de glórias no vasto horizonte das vossas vivências.

Que a Estrela que guiou os Reis Magos até à cabana onde nasceu o Menino Jesus, vos guie para uma vida de Paz, saúde e alegria.

Que o Presépio construído em Belém represente a vossa família.

O tempo que aqui passamos é breve. Pensemos nesta realidade e vivamos este momento com toda a Glória do Universo a que pertencemos.

Um Bom Natal e que o Ano Novo vos reúna novamente.
Margarida Peixoto
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 23 de Dezembro de 2011 > Guiné 63/74 - P9255: O nosso sapatinho de Natal: Põe aqui o teu pezinho, devagar, devagarinho... (6): Onde não mora o Natal. Mensagem do José Eduardo liveira (JERO)

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Guiné 63/74 - P9145: Convívios (391): Assim foi o jantar de Natal da Tabanca de Matosinhos (Margarida Peixoto)

1. Recebemos do nosso camarada Joaquim Carlos Peixoto este testemunho de sua esposa Margarida a propósito do Jantar de Natal da Tabanca de Matosinhos que decorreu no passado dia 3 de Dezembro na freguesia do Bonfim, cidade do Porto.


JANTAR DE NATAL

TABANCA PEQUENA DE MATOSINHOS

3 DE DEZEMBRO DE 2011, a Junta de Freguesia do Bonfim, situada na Invicta cidade do Porto, cidade cheia de história e lendas, por onde passaram mui Nobres Senhores da Alta Sociedade, estava toda iluminada para receber os mui Nobres ex-combatentes da Guiné. E, não lhes chamo nobres por possuírem qualquer título ou Dom, que lhes foi atribuído por um feito qualquer, ou por terem nascido em berço de ouro numa família, já de si nobre.
São Nobres, porque deram a sua juventude por uma causa que nem eles percebiam muito bem, dada a sua tenra idade, mas que sabiam que era para defender a Pátria.

Mui Nobres, sim, são estes Homens, que vivendo uma juventude em risco, vendo amigos e camaradas caindo ao som de uma bala perdida ou do rebentamento duma mina.

Nobres, sim, porque não vislumbravam nenhum futuro e os sonhos iam-se desvanecendo.

Nobres, sim, porque regressando sem alguém lhes ter dito um “obrigado”, continuam a viver.

Nobres, sim, porque mesmo no meio da desilusão e do nada, levantaram os braços para viverem com dignidade e honestidade o dia de amanhã.

São alguns destes Homens, que já na meia-idade, se reúnem sem ressentimentos do passado e com energia suficiente ainda relembrarem os tempos passados na Guiné-Bissau, tentando ajudar o povo desta mesma Guiné; que mais uma vez se reuniram para, não só passarem uns bons momentos juntos, matando saudades, relembrando a sua mocidade, mas também para angariar fundos para ajudar essa terra mística e atraente que é a Guiné-Bissau.

E como prova de que, na verdade, estes camaradas fizeram a história da sua vida, passando de camaradas a amigos, fizeram-se acompanhar das suas “bajudas”, reforçando ainda mais o sentido de amizade e solidariedade.
Pensava eu que tinha alguma queda para descrever o que me vai na alma, mas perante tal situação, não encontro palavras para exprimir o carinho, o sentido de gratidão e a nobreza de sentimentos que este grupo transmite.
Quero frisar com todo o entusiasmo e dar os parabéns a todos quantos contribuíram para que este evento fosse um êxito.

Após o jantar propriamente dito, onde se vivia num perfeito ambiente de harmonia e amizade, fomos presenteados pelo Rancho Folclórico do Porto que enriqueceu o convívio com a sua apresentação de uma riqueza cultural, revivendo tempos passados, exibindo um guarda-roupa de sonho, que fazia as delícias de cada um de nós.

No final do espectáculo assistimos a uma investida às iguarias natalícias, ofertadas pelos comensais que satisfizeram as delícias do pecado da gula. Não posso deixar de referir, o bolo que viajou do Algarve até ao Porto, representando a Tabanca Pequena de Matosinhos e os seus habitantes, assim como dar os parabéns à autora do quadro leiloado. Felicitar também o autor da cerâmica apresentada e que é uma verdadeira obra de arte. Uma última nota para referenciar a mestria e arte do leiloeiro, o conhecido Zé Manel da Régua.

À Junta de Freguesia e a todos quantos contribuíram para que este jantar se tornasse em mais um passo importante para solidificar esta amizade, bem como todos os que percorreram centenas de quilómetros para se reunirem com antigos camaradas, os meus parabéns e obrigada por verificar que neste lindo Portugal à beira mar plantado ainda há gente com sentimentos Nobres.

Margarida Peixoto

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Nota de CV:

Vd-último poste da série de 4 de Dezembro de 2011 > Guiné 63/74 - P9135: Convívios (383): Rescaldo do último Encontro de 2011 da Tabanca do Centro, dia 30 de Novembro de 2011 em Monte Real (Carlos Pinheiro / Miguel Pessoa)

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Guiné 63/74 - P8740: Convívios (372): Tabanca de Guilamilo, 21 de Agosto de 2011: A arte de bem receber da Margarida e do Joaquim Peixoto (ex-Fur Mil, CCAÇ 3414, Saré Bacar e Bafatá, 1971/73)


Tabanca de Guilamilo, freguesia de Polvoreira, concelho de Guimarães > 21 de Agosto de 2011 > Não é fácil de lá chegar... O dono da casa foi-nos esperar à saída da autoestrada...

Tabanca de Guilamilo, freguesia de Polvoreira, concelho de Guimarães > 21 de Agosto de 2011 >  Os sete magníficos; a contar da direita, António Carvalho (ou simplesmente Carvalho de Mampatá), Zé Rodrigues, Zé Manel Lopes, Zé Cancela, Joaquim Peixoto - régulo da tabanca -, Manuel Carmelita, Brito da Silva;  mais um, Luís Graça, na ponta esquerda...  

Aqui reunem-se, de vez em quando, os amigos da Guiné, diz o letreiro, bem humorado, afixado no alpendre da casa, centenária, cheia de mistério e de história, ensombrada por um irã, que repousa sobre um diospireiro (Diospyros kaki, originário da China) , e que dizem ser a alma (penada) de um frade que terá sido morto durante a guerra civil de 1828-1832...  Em suma, dizem os pergaminhos da casa (que em tempos até serviam para os caseiros fazer os porta-enxertos das vides...) que o casarão já foi convento, extinto provavelmente em 1834, como todos os outros em Portugal...
 


Tabanca de Guilamilo, freguesia de Polvoreira, concelho de Guimarães >  21 de Agosto de 2011 >  Algumas das iguarias com que nos brindaram os donos da casa, a Margarida e o Joaquim Peixoto, professores do ensino básico, reformados, a viver habitualmente em Penafiel... O cabritinho (não confundir, com o anho ou o cordeiro a que tinham direito os senhores professores quando no activo...) e o respectivo arroz de forno (com açafrão) eram dignos de uma página de finmo recorte literário do grande gourmet que também era o Eça de Queiroz... Ou melhor, e passe a publicidade: A Margarida teve a nota máxima... Um dia ainda haveremos de editar o livro de receitas de todas as nossas tabancas... E o cabrito de Guilamilo, à moda da professora Margarida Peixoto, deverá lá figurar como uma das nossas maravilhas gastronómicas...
 

Tabanca de Guilamilo, freguesia de Polvoreira, concelho de Guimarães >  21 de Agosto de 2011 >  Os aperitivos, cá fora, na antiga eira da quinta... Do lado esquerdo, O Zé Cancela (Penafiel) e  o Zé Manel Lopes (Régua); do lado direito, duas das esposas, a do Zé Cancela e a do António Carvalho (Gondomar)...  (As duas são Luísas, se não me engano... Não fixei todos os nomes, lapso de que peço mil perdões.)

Tabanca de Guilamilo, freguesia de Polvoreira, concelho de Guimarães > 21 de Agosto de 2011 >  Em primeiro plano, a esposa do Brito da Silva (cuja entrada, na Tabanca Grande, se aguarda...) e a Alice, da Tabanca de Candoz...  O Brito da Silva, natural de Baião (e, portanto, vizinho da Tabanca de Candoz) vive, por sinal, na Madalena, Vila Nova de Gaia, onde eu (e a Alcie) costumo ir com frequência...
 

Tabanca de Guilamilo, freguesia de Polvoreira, concelho de Guimarães > 21 de Agosto de 2011 >  O Joaquim Peixoto - régulo da tabanca - exibindo uma surpreendente oferta do Manuel Carmelita à Tabanca Grande, representada por mim, um relógio de parede com o logótipo da solidária e alegre Tabanca de Matosinhos... 

O Manuel Carmelita, que é um verdadeiro artista, casado com a Joaquina Carmelita, vive em Vila do Conde, ofereceu igual prenda ao Pepito, director executivo da AD - Acção para o Desenvolvimento, a passar férias em Portugal (e réguo da Tabanca de São Martinho do Porto),  aquando da sua  visita (muito comentada) à Tabanca Pequena, no passado dia 17 de Agosto...

O Joaquim estava superfeliz, por  uma série de razões: (i) acabava de se reformar; (ii) tinha conseguido, em finais de Julho, realizar o 1º encontro da sua companhia, a CCAÇ 3414 (Sare Bacar, 1971/73), "graças ao teu/nosso blogue"; (iii) trazia a Guilamilo alguns dos seus amigos e camaradas da Tabanca de Matosinhos, mais chegados, incluindo o Brito da Silva (ex-Fur Mil Mec da sua companhia); (iv) tivera a agradável surpresa da vinda dos já velhos amigos Luís Graça e Alice Carneiro, da Tabanca de Candoz; (v) juntava também os seus filhos e genro... E, last but not the least, (vi) através do nosso blogue, um ilustre parente desconhecido contactou-o, por mail e depois por telefone, dando-lhe conhecimento dos desenvolvimentos da árvore genealógica dos Peixoto e da história de Guilamilo...


Tabanca de Guilamilo, freguesia de Polvoreira, concelho de Guimarães > 21 de Agosto de 2011 > Os anfitriões, Margarida e Joaquim, na hora dos discursos... Antes do Old Parr ("from Scotland for The Portuguese Armed Forces with love"...) e da aguardente, amarelinha,  do frade, feita outrora na quinta... (O Joaquim fez questão de presentear cada um dos seus convidados com uma garrafa desse precioso líquido, em cuja feitura estava presente o alquimista do frade; a Margarida, por sua vez, e mais uma vez, surpreendeu-nos com os seus delicados mimos, para as senhoras, que também eram oito... No seu brilhante e bem disposto improviso, a Margarida fez questão de sublinhar o quão bem tinha feito ao seu marido o reencontr com os camaradas da Guiné.)
 


Tabanca de Guilamilo, freguesia de Polvoreira, concelho de Guimarães > 21 de Agosto de 2011 >  À hora refeição, em que participou também a família Peixoto (Margarida e Joaquim, mais os seus dois filhos e o genro, marido da Joana).

 A Tabanca de Guilamilo (que já foi falsamente baptizada, por mim, como Guilhomil) dá assim mais um magnífico exemplo de camarigagem e de gosto pela convivialidade, sã e fraterna,  dos camaradas da Guiné que, de norte a sul, se reúnem sob o poilão da nossa magnifica Tabanca Grande... Neste caso, os convivas (incluindo eu) têm uma dupla pertença, são também "tabanqueiros" da Tabanca de Matosinhos, e fazem jus ao slogan, "Uma, duas, três, muitas tabancas"...

O Joaquim Peixoto (bem com os seus convidados nortenhos, acima identificados) reúne-se regulamente, às 4ªas feiras, para o já sacramental e célebre almoço no restaurante  Milho Rei  (A chamada Tabanca Pequena, que tem também uma página no Facebook, é descrita como um "espaço feito para e por ex-combatentes da Guerra do Ultramar na Guiné e que se juntam semanalmente em Matosinhos para perpetuarem uma amizade iniciada na sua juventude em África em tempos de Guerra").


Fotos (e legendas): © Luis Graça (2011). Todos os direitos reservados 

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