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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020

Guiné 61/74 - P20692: Fotos à procura de...uma legenda (127): correção às legendas de fotos do poste P13445, de 1/8/2014: Forte de São Julião da Barra, Oeiras; estação ferroviária, Entroncamento; e estação rodoviária, Rio Maior (Rui Fonseca)


Foto nº 1 > Oeiras > Estuário do  Tejo>  Junho de 1970 > Forte de São Julião da Barra


Foto nº 6 > Entroncamento > Estação ferroviária


Foto nº 9 > Rio Maior >  Av João Ferreira da Maia > Do lado esquerdo, a antiga  estação rodoviária, hoje encerrada [, segundo Rui Fonseca, 2020]


Fotos, originalmente sem legendas, do álbum do Otacílio Luz Henriques, ex-1º cabo bate-chapas.  CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70). Pertencia ao pelotão de manutenção, que era comandado pelo alf mil Ismael Augusto, membro da nossa Tabanca Grande. o BCaç 2852 regressou à metrópole em 28/5/1970, um ano depois, curiosamente, do ataque a Bambadinca...

Fotos: © Otacílio Luz Henriques (2013). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné; legendagem complementar: Rui Fonseca, 2020]


1. Do nosso leitor Rui Fonseca:

Data: sexta, 28/02/2020 à(s) 08:00

Assunto; fotos do blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné

Boa tarde:

Tendo passado pela vossa Tabanca de memórias da Guerra Colonial, vi uma publicação vossa de sexta-feira, 1 de agosto de 2014 [, poste P13455], onde que têm fotografias lindíssimas do nosso antigo Portugal.

Querendo ser de utilidade, venho por esta via dar as seguintes informações sobre as legendas das fotos da dita publicação na esperança de que sejam de utilidade para uma melhor informação e uma melhor memória ao torná-las mais precisas.

Assim faço as seguintes sugestões para as respectivas fotos:

Foto nº 1;  trata-se de facto da entrada na barra do Tejo. No entanto trata-se da cidadela do Forte de São Gião, actual forte de "S. Julião da Barra", e não da cidadeda de Cascais.

A foto nº 6 é da estação [ferroviária] o Entroncamento.

Na foto nº 9, podemos ver a Avenida Ferreira da Maia em Rio Maior. O edifício da camionagem ainda existe embora esteja encerrado, e o edifício ao fundo da Avenida também ainda existe,  estando ao seu lado um 'mamarracho' enorme com cerca de 13 pisos[, já na Praça da República] [Vd. Goople Maps]

Não posso deixar de expressar o meu agradecimento e apreço por blogues como aquele que dinamiza com os seus camaradas, para memória e registo dos tempos que lá vão. (**)

Bem haja,

Rui Fonseca
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segunda-feira, 18 de novembro de 2019

Guiné 61/74 - P20362: Agenda cultural (714): 26 de novembro, 3ª feira, na Livraria-Galeria Municipal Verney, Oeiras, lançamento da 10ª edição do livro "Longas Horas do Tempo Africano", de Manuel Barão da Cunha. Prefácio de Isaltino Morais, presidente da CM Oeiras.


Capa da 10ª edição de "Longas Horas do Tempo Africano", do nosso camarada Manuel Barão da Cunha, cor cav ref,  que foi cmdt da  CCAV 704 / BCAV 705, Guiné, 1964/66. Em 1961, esteve em Angola  como alferes. Já em tempos foi-lhe feito um convite para integrar a nossa Tabanca Grande. Embora honrado pelo convite,  declinou, face às suas responsabilidades como animador de outras tertúlias.  Tem 70 referências no nosso blogue.


Manuel Barão da Cunha (n. 1938),
Alf cav,  Angola, c. 1961.
Foto de Fernando Farinha-


LANÇAMENTO DO LIVRO “LONGAS HORAS DO TEMPO AFRICANO”

O Município de Oeiras vai proceder ao lançamento da 10ª edição do livro “Longas Horas do Tempo Africano”, de Manuel barão da Cunha, no dia 26 de novembro, às 15:00, na Livraria-Galeria Municipal Verney. Rua Cândido dos Reis, 90, em Oeiras, cenro históricvo.

A apresentação estará a cargo de dr. Isaltino Morais, general Tomé Pinto, coronel Ataíde Montez e Daniel Gouveia, editor.



 

PREFÁCIO DE DR. ISALTINO MORAIS
PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE OEIRAS

Alguém disse um dia que, nos bons livros, os prefácios sobejam e, nos maus, pouco adiantam. Incluindo desde já Longas Horas do Tempo Africano no rol dos títulos com qualidade, darei o melhor para que estas linhas possam, ainda que muito discretamente, valorizar esta edição reestruturada que agora se apresenta ao público.

Prefaciar este livro de Manuel Barão da Cunha representa para mim, quer como Presidente de Câmara, quer como simples cidadão, uma total
identificação com aquilo que sustento no dia-a-dia: uma Oeiras sempre a afirmar-se no terreno da promoção e da divulgação da Educação, da Cultura, do Conhecimento e do Multiculturalismo.

Enquanto narrativa literária, Longas Horas do Tempo Africano sustenta-se também no multiculturalismo e na interculturalidade,
evidenciando uma arquitetura centrada à volta da guerra e envolvida por um discurso ritmado, bem estruturado e tendencialmente autobiográfico.

Além disso, não tenho dúvidas que se trata de um título que dá visibilidade ao conceito de lusofonia no sentido em que, de forma lúcida e competente, aborda sonhos e inquietações da comunidade de povos e de etnias na antiga África de expressão portuguesa, designadamente de Angola e da Guiné-Bissau.

Ocorre que, da mesma maneira que nem todos estamos aptos a pintar uma tela ou a esculpir a pedra, a aptidão para a escrita é privilégio só de alguns. E se nem todos sabemos escrever livros, será certamente porque para isso é necessário motivação e talento, a par de uma boa dose de experiência, de maturidade, enfim, de “mundo”.

Quem se atrever a contar uma história sem tais atributos corre sérios riscos de ver desaparecer os leitores. E um livro sem leitores é como uma livraria sem livros. De facto, para contar uma história há que saber cativar a atenção de quem lê, porque contar uma história é saber reproduzir emoções e sentimentos. É saber interpretar o mundo que nos rodeia. E Manuel Barão da Cunha abalançou-se, com sucesso, a essa árdua tarefa em Longas Horas do Tempo Africano.

Feito nómada por via da condição de militar de carreira, desde muito cedo e em contexto de guerra, começou a pôr à prova a sua capacidade para, nos diversos cargos e funções por si desempenhadas, liderar e
desenvolver um conjunto de esforços para ajudar e cooperar na ajuda às populações africanas mais carenciadas. Em certo sentido poder-se-á dizer que Barão da Cunha praticou no terreno aquilo que alguns se limitam a defender na teoria: mesmo durante a guerra soube construir o bem comum, ajudando terceiros, por paradoxal que isto possa parecer.

Vem à colação recordar que Oeiras acolheu e realojou aquela que será provavelmente a maior comunidade cabo-verdiana na diáspora, ou seja, se o município de Oeiras se preocupou – e continuará a preocupar – com questões relativas ao bem-estar e à coesão social, também Manuel Barão da Cunha, em pleno teatro de guerra, sentiu a preocupação de contribuir para a melhoria da qualidade de vida das populações angolanas e guineenses com as quais contactou de perto, o que, naturalmente, merece desde logo o nosso franco louvor.

No meio de metralhadoras, de carros de combate e de morteiros, este militar dinâmico, culto e meticuloso, reaprendeu, digamos assim, tudo aquilo que sabia do mundo, no meio do mato. Tal como no cinema há uma educação apoiada a partir do olhar, e na filosofia uma reflexão sobre as mais diversas situações, Barão da Cunha terá reaprendido a ver o mundo, baseando-se no poder da interrogação e no poder do silêncio. Na esteira dos velhos filósofos, também o autor de Longas Horas do Tempo Africano faz caber a essência humana dentro dos quatro elementos naturais. O mesmo é dizer que conhecimento, energia, matéria e sentimento, estáveis ingredientes deste livro, se fundem com Ar, Fogo, Terra e Água, somados a muito esforço e a muita dedicação.

Parece ser que o autor se antecipou ao grande desafio do século XXI: a construção de novas formas de colaboração entre todos, em lógicas adequadas às complexas e exigentes expectativas dos tempos modernos.

Veja-se portanto em Longas Horas do Tempo Africano um belíssimo exemplo da proximidade entre povos e entre culturas, e em Manuel Barão da Cunha um novo explorador do continente africano, no sentido etnográfico e antropológico da palavra, fazendo-me até recordar Almada Negreiros no Portugal Futurista, obra com mais de 100 anos mas sempre atualíssima. Dizia Almada: «Eu não pertenço a nenhuma das gerações revolucionárias. Eu pertenço a uma geração construtiva».

Para nosso deleite este é um livro alimentado por uma narrativa bem medida e melhor organizada, confirmando estarmos na presença de alguém que domina a língua portuguesa e que sabe comunicar de forma interessante as suas ideias. De alguém que terá tido, na sua juventude, bons mestres na aprendizagem do idioma materno. Basta verificar como, ao longo de todas as páginas de Longas Horas do Tempo Africano,a estética direta e despretenciosa da frase coteja com a elegância e o rigor da análise, pormenor só mesmo ao alcance dos bons escritores.

Como se este atributo não fosse bastante, Barão da Cunha revela-se mestre na arte da observação de territórios e de almas, compondo ideias, descrevendo cenários, retratando gentes, criando diálogos e não se cansando nunca de refletir sobre vivências e de se interrogar sobre a natureza humana. Do mesmo modo que Almada, também Barão da Cunha pertence a uma geração construtiva. Associado à sua sensibilidade, tudo isto se traduz num inegável contributo para a historiografia portuguesa contemporânea sobre um dos acontecimentos mais impactantes da vida do nosso país: a guerra colonial ou a guerra de África (1961-1974) que, nos seus 14 anos de duração, mobilizou quase um milhão de jovens portugueses e que − 45 anos depois da “Revolução dos Cravos” − ainda terá abundantes feridas por cicatrizar e traumas por sarar.

Conveniente será destacar que a contribuição de Manuel Barão da Cunha é, neste campo, muito robusta. Basta ver a sua biobibliografia onde, para além de Longas Horas do Tempo Africano avultam – entre outras - obras como A Flor e a Guerra e Radiografia Militar. Depois, há também as dinâmicas preponderantes que impôs ao projeto editorial designado por Colecção Fim do Império, uma iniciativa de responsabilidade tripartida por Câmara Municipal de Oeiras, Liga dos Combatentes e Comissão Portuguesa de História Militar, com o propósito cívico de evitar o esquecimento sobre matéria tão dominante e tão influente na nossa História. Aos militares – e não militares – participantes neste projeto, aqui ficam as minhas mais sinceras felicitações.

Como antes afirmei, mais do que um mero exercício de escrita como memória de um mundo que tão bem conheceu, a obra que concentra agora a minha atenção, comporta-se como um registo autobiográfico ao espelhar a personalidade do autor. Na verdade Barão da Cunha convive bem com este conceito de memória cultural pois não tem qualquer fixação traumática com o passado, procurando tão-só que este funcione como uma espécie de bagagem necessária para que a sociedade saiba construir melhor o seu futuro. Consegue até evitar que aquilo vulgarmente designado por “passado negativo” se transforme em memória verdadeiramente ativa. E se o faz é justamente para não despertar revanchismos já que a memória pode ser perigosa e destrutiva caso desenterre ódios e rancores. Felizmente, nada disso sucede nesta obra de Barão da Cunha.

Longas Horas do Tempo Africano é, pois, um repositório de tolerância, bem como uma coletânea sobre confiança e sobre liderança.

Desperta-nos igualmente para três outras realidades: a primeira tem a ver com a importância do coletivo, em contraponto com o “cada um por si” ou com o “salve-se quem puder”. A outra relaciona-se com a necessidade de nós, em todas as circunstâncias – não nos limitarmos à compreensão de apenas uma parte do problema. Temos de fazer sempre o possível para compreendermos o todo. Mal comparado, será como olharmos para um puzzle tentando encaixar umas peças nas outras até encontrarmos uma imagem final que nos permita compreender todo o painel. Por último, uma terceira realidade: o peso e o valor de rápidas decisões, pese embora as tensões e as pressões do momento.

Longas Horas do Tempo Africano tem o mérito de tratar sensatamente todas estas questões. Todavia, em minha opinião, a virtudemmaior vai direitinha para a capacidade do autor, ele próprio um ex-combatente, analisar as fronteiras dos atos de bravura ou de cobardia.

Atente-se agora, com maior profundidade, no início do título escolhido por Manuel Barão da Cunha para esta obra: Longas Horas... São duas palavras que avançam a ideia de que, numa guerra, a momentos de extrema violência podem seguir-se horas de tédio e tremendo fastio.

Enfim, Manuel Barão da Cunha nesta sua revisitação de terras africanas deixa também antever muita imaturidade em termos de organização no dealbar de tudo, o que não deixa de ser natural num país que, quase de repente, se viu confrontado com uma guerra em três frentes:Angola, Guiné-Bissau e Moçambique. Curiosamente, também António Lobo Antunes, no seu romance Até que as pedras se tornem mais leves que a água, 2017, escreve sobre a vivência dos nossos jovens soldados, muitas vezes submetidos às desorientações e aos caprichos dos seus superiores.

Mas a guerra aprende-se a fazer e, passados os anos iniciais, cerraram-se fileiras e as tropas portuguesas tornaram-se num extraordinário exemplo de coragem e de superação.

Sei do que falo porque estive “lá”. Sei que a guerra nos afeta a todos, embora afete mais diretamente quem está no terreno. Dói mais na alma de quem, por força das circunstâncias, tem de estar alerta para tanto sacrifício e para tanta tormenta e desespero. E aquela terrível dúvida sempre a vir à superfície “naquelas longas horas”: para quê lutar? Porquê lutar? Incertezas a atravessarem-se no espírito dos soldados, como relata Manuel Barão da Cunha.

Quando se faz a guerra há que conhecê-la por dentro como Manuel Barão da Cunha procurou sempre fazer nos teatros de operações por onde passou. Acredito que não será fácil conhecê-la, nem será fácil esquecê-la.

Lembro-me ainda do impacto que tiveram Os Cus de Judas ou Memória de Elefante, outros notáveis livros de Lobo Antunes sobre esta temática.
– Mas porquê falar da guerra e escrever sobre a guerra? Porquê revisitá-la? Por catarse? Para se experimentar a liberdade em relação a uma memória opressora? Não sei, mas de uma coisa tenho a certeza: os efeitos traumáticos da guerra colonial ainda não deixaram de ser um assunto tabu em Portugal, talvez pelo sentimento de perda de que se reveste. Por isso mais valor dou a Longas Horas do Tempo Africano e a toda a historiografia da guerra colonial. Parabéns, Dr. Manuel Barão da Cunha, quer por este livro, quer pela Cruz de Guerra que lhe foi atribuída, premiando atos e feitos de bravura, por si praticados em campanha.

Concluo, esperando com este Prefácio não ter sido formal e redundante. Pela minha parte podem crer que procurei ser útil, objetivo, compreensível e conciso q.b. Muito mais poderia ser dito, é certo, sobre o livro, sobre o autor, sobre a guerra colonial e sobre regimes políticos. Até sobre o Município de Oeiras poderia ter falado um pouco mais. Vontade não me faltou… mas já fico feliz se tiver conseguido motivar todos para a leitura das páginas que se seguem, pois o autor merece-o.

E enquanto ficamos à espera do próximo livro de Manuel Barão da Cunha, deixem-me então findar o Prefácio – que vai longo – citando o Acto Constitutivo da UNESCO, Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura: «Nascendo as guerras no espírito dos homens, é no espírito dos homens que devem ser criados os baluartes da paz». Nada mais verdadeiro!»

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FICHA TÉCNICA:

10.ª Edição: Câmara Municipal de Oeiras (CMO).

Título: Longas Horas do Tempo Africano.

Autor: Manuel Barão da Cunha (mbaraocunha@gmail.com , MBC).

Prefácio: dr. Isaltino Afonso de Morais, presidente da CMO.

Outros textos: drs. João Aguiar e M. Beja Santos; ten gen A. Tomé Pinto, V. Rocha Vieira, A. Sousa Pinto e J. Chito Rodrigues; alm J. Ribeiro Pacheco; gen A. Ramalho Eanes; eng.º M. Anacoreta Correia; prof. doutor H. Coutinho Gouveia; cor tir J. Costa Matos; drs. M. Homem de Mello, Sena e Silva, Luís Rosa e António Carrelhas; pintor e poeta A. Neves e Sousa, profs. doutores António Barreto, Manuel Belchior, Teresa Rita Lopes e René Pélissier; jornalista J. Paulo Guerra; ator Michael Caine; cor Ruben Domingues, José A. Montez, L. Dias Antunes, Álvaro Varanda e Paulo Domingos; outros: combatentes Fernando Farinha, Hélder Teixeira, Armando Inácio, Constantino de Brito, Edgar Silva, Vítor de Jesus, Manuel Dá Mesquita e Góis Pinto; luso-angolanas Teresa Richter, Açucena Arruda e Helena Pinto Magalhães; luso-moçambicana escultora Maria Morais.

Fotografia da capa: rapariga macua do Norte de Moçambique, de Pedro Cunha.

Edições anteriores:

Aquelas Longas Horas, narrativas sobre a atual epopeia africana, Serviço de Publicações da Mocidade Portuguesa, 1968.12, 1.ª edição, 115 pp, 4.000 exemplares;

Aquelas Longas Horas, 2.ª edição revista, do Autor, depositária EditorialmAster, Lisboa, 1970.12, 3.000 exemplares;

3.ª edição revista, do Autor, distribuição Didática Editora, Lisboa, 1971.12, 3.000 exemplares;

4.ª edição revista, do Autor, distribuição Agência Internacional de Livros e Publicações, Lisboa, 1972, 2.500 ex.; num total de 12.500.

1.ª e 2.ª Edições de Tempo Africano: Lisboa, Didática Editora, 1972, 3000 + 3.500 exemplares, 175 pp, num total de 6.500;

Tempo Africano, aquelas longas horas em sete andamentos, 3.ª/7.ª edição reorganizada e aumentada, Câmara Municipal de Oeiras, 2008.11, 368 pp, 500 exemplares; 

Tempo Africano, aquelas longas horas em 8 andamentos, 4.ª/8.ª edição
revista e aumentada, coleção Fim do Império, n.º 2, DG Edições, 2010.11, 508 pp,750 exemplares; 

Tempo Africano, aquelas longas horas, 5.ª/9.ª edição reestruturada, coleção Fim do Império, n.º 2, DG Edições, 2016, 366 pp, 300 exemplares; num total de 1.550 ex.; 

e um total global de 12.500 + 6.500 + 1.550 = 20.550 exemplares.
Composição e maquetagem: DG Edições.

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Nota do editor:


terça-feira, 29 de outubro de 2019

Guiné 61/74 - P20287: Agenda cultural (707): Curso “A Herança Judaica em Portugal” pela Universidade Lusófona: dias 9, 16, 23, e 30 de novembro, Livraria-Galeria Municipal Verney/ Col. Neves e Sousa, Oeiras


Guiné > c. 1954/55 > Carlos Schwarz da Silva, "Pepito" (Bissau, 1949-Lisboa, 2014), entºao  com "seis/sete anos",  e Clara Schwarz da Silva (Lisboa, 1915- Lisboa, 2018).

Foto do arquivo de João Schwarz da Silva, que vive em Paris, e que edita a página da Web, "Des Gens Intéressants". São três membros da mesma família que fazem parte da nossa Tabanca Grande e têm ascendência judaica, como muitos outros portugueses que ignoram completamente esse facto, a herança (genética) hebraica...

Fonte: Página "Des Gents Intéressants", de João Schwarz da Silva (2017) (com a devida vénia...)


1. Mensagem de Maria José Rijo, técnica superior da CM Oeiras:

Data: 29 out 2019 13:52



Assunto: Curso “A Herança Judaica em Portugal” pela Universidade Lusófona:

Sinopse:

Potenciada pela recente lei que permite aos descendentes dos sefarditas obter a nacionalidade portuguesa, a procura e reencontro com a memória e identidade judaica é hoje um forte ponto de interesse em Portugal. Verifica-se uma intensa dinâmica cultural em torno desta temática com a proliferação de museus e centros interpretativos.

Que lugar dão os portugueses a esse património quase desconhecido que hoje se começa a vislumbrar?

Este curso proporcionará uma abordagem aos aspetos mais importantes e significativos da cultura sefardita, neste reencontro fundamental com a nossa História.



Livraria-Galeria Municipal Verney/ Col. Neves e Sousa, Oeiras


9 Nov, sáb, 15h: Curso Lusófona (1ª sessão) – "A herança judaica em Portugal: A antiguidade da presença na Península Ibérica", por Paulo Mendes Pinto.

16 Nov, sáb, 15h: Curso Lusófona (2ª sessão) – "A herança judaica em Portugal: Sinagogas, Judiarias e Comunidades",  por António Caria Mendes.

23 Nov, sáb, 15h: Curso Lusófona (3ª sessão) – “A Inquisição no património mental”,  por Susana Bastos Mateus


30 Nov, sáb, 11h: Curso Lusófona (4ª sessão) – “As cosmopolitas comunidades da diáspora: Amesterdão e Nova Iorqu",  por Susana Bastos Mateus e Carla Vieira


Preço: 15€ (para todas as sessões)

Informações e inscrições: galeria.verney@cm-oeiras.pt;


Maria José Rijo

Técnica Superior
Livraria-Galeria Municipal Verney/ Col. Neves e Sousa
Divisão de Bibliotecas e Equipamentos Culturais
Câmara Municipal de Oeiras
Rua Cândido dos Reis, nº90-90 A
2780-211 Oeiras

Tel: 21 440 83 29/ Ext: 51505

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Nota do editor:

Último poste da série > 23 de outubro de 2019 > Guiné 61/74 - P20269: Agenda cultural (706): III Encontros Literários de Montemor-o-Novo, a levar a feito na Biblioteca Municipal Almeida Faria, entre os dias 24 e 27 de Outubro (José Brás)

quarta-feira, 21 de março de 2018

Guiné 61/74 - P18441: Bibliografia de uma guerra (86): “África, Quatro Ases e uma Dama”, por Fernando Farinha, Daniel Gouveia, Conde Falcão, Pedro Cunha e Maria Morais; Programa Fim do Império, Âncora Editora, 2017 (Mário Beja Santos)



1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 22 de Dezembro de 2017:

Queridos amigos,
Projeto bem esgalhado, este, imagens da guerra e da paz, da extrema tensão e violência à transbordante atitude do cuidado e registo da ternura. É só de lamentar não aparecerem imagens da guerra e da paz na Guiné onde se combateu, o mais surpreendente é que imagens não faltam. E o projeto é bem coroado com aquela dama que nos explica o porquê de uma escultura em pedra para homenagear que lá longe combateu, e que podemos venerar em Oeiras.
Um acervo de imagens onde há relicários como as fotografias de Fernando Farinha ou o constante olhar deslumbrado de Daniel Gouveia.
Um livro que vale muitíssimo a pena por isso.

Um abraço do
Mário


África, quatro ases e uma dama

Beja Santos

O título do livro, tratando-se de uma coleção que se prende com testemunhos da presença portuguesa no espaço imperial português, não deixa de ser intrigante. No introito, é referido que dos quatro ases de um baralho de cartas, dois são negros, cor fria (ou ausência de cor), “espadas” e “paus”, e podem ser relacionados com violência, guerra; os outros dois são vermelhos, cor quente, “copas” e “ouros”, podendo lembrar afetos e riqueza. Terá havido de tudo isto nessa errância portuguesa; e quando à dama, acolhe-se o testemunho de uma escultora que talhou na pedra uma homenagem ao militar português. É um livro de imagens selecionadas de diferentes títulos. Logo o ás de espadas, a figura central é o grande repórter de guerra Fernando Farinha, um nome obrigatório da guerra de Angola.

Fernando Farinha, ex-sargento miliciano do Grupo de Dragões de Angola, foi jornalista e fotojornalista em Angola e Lisboa. O ás de ouros cabe por inteiro a Daniel Gouveia, que foi alferes miliciano no Norte de Angola e que publicou nesta mesma coleção dois livros primorosos, um dos quais integra um cd com 198 fotografias. Não se admirará o leitor de ver nestas imagens o feitiço africano, a comoção muitas vezes contida no encontro de culturas, no registo da solicitude ou pelo deslumbramento da natureza. O ás de paus coube ao Coronel de Cavalaria Conde Falcão, deixa-nos fundamentalmente lembranças de Nancatári, Norte de Moçambique, com ligações a Mueda e Montepuez. E se até agora tínhamos o registo da guerra, o ás de copas é atribuído a Pedro Cunha que fotografou em Moçambique e Guiné, afetos e valores no pós-guerra, são imagens que devemos associar a países independentes. A dama de copas é a escultora Maria Morais que nos irá falar e mostrar um conjunto escultórico que homenageia os combatentes que morreram em África e fala-nos demoradamente do embondeiro.
É este, em síntese, o aliciante de “África, Quatro Ases e uma Dama”, por Fernando Farinha, Daniel Gouveia, Conde Falcão, Pedro Cunha e Maria Morais, Programa Fim do Império, Âncora Editora, 2017.

O acervo de Fernando Farinha, insista-se, fala do vendaval angolano, logo uma fotografia no rio Lifune, cenário de dramática jornada integrada na operação Viriato, da reconquista de Nambuangongo, assistimos igualmente a trabalhadores bailundos a abandonarem fazendas, registos épicos das tropas a retomar posições quando a guerrilha debandou, os grupos especiais preparados para o combate, e também os Dragões de Angola e os seus cavalos.

Daniel Gouveia tem outro registo. Aliás, basta ler o que aqui escreve a preludiar as suas sugestivas imagens: “Ideias estereotipadas eram destruídas num simples relance. Por exemplo, que os nativos eram pouco asseados. Mentira. A dada altura, transplantou-se uma população de 700 almas que estava sendo incomodada pelos grupos independentistas e forçada a apoiá-los em logística e recrutamento de jovens para futuros guerrilheiros. Foram trazidos para junto do nosso quartel, até aí deserto de população civil. As instalações militares situavam-se no alto de uma colina. No fundo do vale, 200 metros abaixo, passava um ribeiro. Pois as mulheres, todas as manhãs, faziam essa viagem de ida e volta duas vezes. A primeira, para trazer água para dar banho às crianças. Só depois disso voltavam, para ir buscar água para a comida”.

Conde Falcão entremeia viaturas nas picadas, cenas de aldeamento, somos confrontados com uma árvore enorme envolvida por planta parasita, muitas crianças. Com Pedro Cunha temos testemunhos do quotidiano, é de uma enorme beleza a imagem que nos deixa de pescadores no rio Cacheu.

Monumento 'Presença do Soldado Português em África' - inaugurado em 21 de Junho de 1997 . Localizado no Jardim do Ultramar, em Oeiras.
Foto: Com a devida vénia a Maria Morais

E chegamos a Maria Morais que nos conta com enorme delicadeza a evolução do seu projeto, a sua matéria-prima foram três grandes blocos de pedra semi-rijo que vieram de uma pedreira de Porto Mós. Trabalho de fôlego, como ela descreve: “O material eleito foi a pedra; cinzelar a pedra requer, para além de força de braços, a utilização de máquinas rebarbadoras pesadas, martelos pneumáticos, retificadoras, freses diamantadas, escopros e macetas, um local sujeito ao ruído provado pelo rasgo desferido na pedra pelo movimento mecânico, assim como requeria igualmente um local arejado que permitisse evacuar as constantes de nuvens de pó que me cobriram”.
E quanto ao resultado, a escultura que hoje podemos contemplar em Oeiras, dá uma explicação: “Procurei transmutar para a escultura em pedra as memórias de África, através das minhas memórias. No fundo, este conjunto escultórico é uma colagem tridimensional dessas memórias perpetuadas naquele material nobre – a pedra. O embondeiro aparece numa atitude tutelar, pela sua grandeza, magnificência. As pedras verticais e oblíquas representam capim, tantas vezes trilhado pelos nossos homens e quem sabe se, por entre esse capim, não terá ficado para sempre o murmúrio do adeus sem regresso de muitos deles”.
Espraia-se pelo assombro com que olha o embondeiro, conhecido pelos nomes de adansónia, calabaceira, bombácea, imbondeiro e mais, e dá-nos informações úteis, vale a pena registar algumas: “Dependendo da sua idade, esta árvore pode atingir entre 5 a 25/30 metros de altura; o seu diâmetro pode alcançar até 7/11 metros. No Zimbabué existe um embondeiro cujo diâmetro corresponde ao abraço estendido de 30 homens. O tronco é oco e resistente ao fogo. Nos meses de maior pluviosidade serve de reservatório de água. Algumas espécies podem armazenar até 120 mil litros de água, constituindo assim uma fonte de subsistência rural para as povoações limítrofes. Abriga inúmeros seres vivos nos buracos dos seus longos e esguios troncos, mas é o morcego que poliniza a sua única flor anual. Uma flor de rara beleza formal, grande e pesada, com vistosos pedúnculos, pétalas brancas sedosas e com estames aglomerados esfericamente, que nas extremidades terminam num pompom de cor púrpura”.

Grupos especiais em operação

O engenho das crianças não tem limites

Netinha conduzindo a sua avó cega

O Programa Fim do Império foi coordenado até há pouco tempo pelo Coronel Manuel Barão da Cunha e teve a ele associado a Liga dos Combatentes, a Comissão Portuguesa de História Militar e a Câmara Municipal de Oeiras.
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Nota do editor

Último poste da série de 31 de janeiro de 2018 > Guiné 61/74 - P18271: Bibliografia de uma guerra (85): “O céu não pode esperar”, por António Brito; Sextante Editora, 2009 (Mário Beja Santos)

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Guiné 61/74 - P18194: Convívios (835): Vai realizar-se no próximo dia 18 de Janeiro mais um convívio da Magnífica Tabanca da Linha, no Restaurante "Caravela de Ouro", em Algés (Manuel Resende)


Vai realizar-se no próximo dia 18 de Janeiro, quinta-feira, com início às 13 horas, mais um convívio da Magnífica Tabanca da Linha, o 35º, no Restaurante "CARAVELA DE OURO",  em Algés. 

Esperamos que mais uma vez seja do vosso agrado. 
Podem comparecer a partir do meio dia, para assim terem tempo para alguma conversa.

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E M E N T A

APERITIVOS:
Martini tinto e branco - Porto seco - Moscatel - Bolinhos de bacalhau Croquetes de vitela - Rissóis de camarão - Tapas de queijo e presunto 

SOPAS: 
Creme de legumes - Creme de marisco 

PRATO DE PEIXE:
Bacalhau à Minhota 

SOBREMESA:
Salada de fruta ou Pudim Café 

BEBIDAS:
Vinho branco e tinto (Ladeiras de Santa Comba-vinho da casa) 
Águas - Sumos - Cerveja 

PREÇO POR PESSOA - 20.00€ (Crianças dos 5 aos 10 anos pagam metade) 

Restaurante "Caravela de Ouro"

Localização: 
Alameda Hermano Patrone, 1495 Algés (Jardim de Algés, junto à marginal) 

Inscrições até às 24 horas do dia 15 para: 

Jorge Rosales 914 421 882 - jorge.v.rosales@gmail.com 

Manuel Resende 919 458 210 - manuel.resende8@gmail.com 

ou dizendo "vou" ao convite do Facebook no nosso grupo.

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INSCRITOS: lista provisória

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Nota do editor

Último poste da série de 4 de dezembro de 2017 > Guiné 61/74 - P18043: Convívios (834): Almoço de Natal e inauguração do Museu da Tabanca dos Melros, dia 9 de Dezembro de 2017, na Quinta dos Choupos

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Guiné 61/74 - P17816: Agenda cultural (587): Apreciação dos 3.º e 27.º livros da coleção Fim do Império, da autoria do Major Piloto-Aviador Carlos Acabado, "Kinda" e "Histórias de uma Bala Só" (Manuel Barão da Cunha)

18.º CICLO DE TERTÚLIAS FIM DO IMPÉRIO, EM OEIRAS
CENTRO DE APOIO SOCIAL DAS FORÇAS ARMADAS 

181.ª Tertúlia Fim do Império

Apreciação de livros do Major Piloto-Aviador Carlos Acabado
 coleção Fim do Império:

3.º livro, "Kinda", por Carlos Acabado

27.º livro, "Histórias de uma Bala Só", por Carlos Acabado
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Nota do editor

Último poste da série de 23 de setembro de 2017 > Guiné 61/74 - P17790: Agenda cultural (586): Conferência "Guiné-Bissau - Roteiro da Memória", dia 4 de Outubro de 2017, pelas 17 horas, na Associação 25 de Abril, em Lisboa

domingo, 19 de março de 2017

Guiné 61/74 - P17157: Agenda cultural (547): Comemoração do Dia da Poesia, com o lançamento de 28.º livro Fim do Império, "Caminhos... dos Valores, da Guerra e da Paz", e apresentação de "Força Restante", da autoria de General Joaquim Chito Rodrigues, Livraria-Galeria Municipal Verney/Colecção Neves e Sousa, Oeiras, dia 21 de Março de 2017, às 15 horas (Manuel Barão da Cunha)



1. Mensagem do nosso camarada Manuel Barão da Cunha, Coronel de Cav Ref, que foi CMDT da CCAV 704/BCAV 705, Guiné, 1964/66, com data de hoje, 19 de Março de 2017:

Bom dia caro camarada Carlos Vinhal, 
Teremos depois de amanhã a nossa 166.ª Tertúlia, Oeiras, 28.º livro, Gen Chito Rodrigues, e dia 29, Lisboa, dois livros de Dr. Manuel Fialho, de Moura, Alf. Mil. na Guiné (anexos). 

Fique bem, abraço de 
MBC


17.º CICLO DE TERTÚLIAS DO PROGRAMA FIM DO IMPÉRIO OEIRAS

166.ª Tertúlia

Livraria-Galeria Municipal Verney/Colecção Neves e Sousa, Oeiras

Dia 21 de Março de 2017 (terça-feira), às 15 horas

Comemoração do Dia da Poesia, com lançamento de 28.º livro Fim do Império, "Caminhos... dos Valores, da Guerra e da Paz", e apresentação de "Força Restante", ambos de Âncora Editora e da autoria de General Joaquim Chito Rodrigues, com autor, editor e General Carlos António Corbal Hernandez Jerónimo.


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Nota do editor

Último poste da série de 14 de março de 2017 > Guiné 61/74 - P17139: Agenda cultural (546): Apresentação do livro de fotografia, "Buruntuma", do nosso camarada Jorge Ferreira, em Oeiras, no passado sábado, dia 4 (Parte II) - Fotos de tocadores de korá e atuação do mestre Braima Galissá

sexta-feira, 3 de março de 2017

Guiné 61/74 - P17103: Lembrete (21): É já manhã, sábado, dia 4, às 15h00, na Galeria-Livraria Municipal Verney, Oeiras, a sessão de lançamento do livro do nosso camarada Jorge Ferreira, sobre Buruntuma, Gabu, da época de 1961/63... Apresentação do nosso editor Luís Graça. Concerto de Korá com o nosso grã-tabanqueiro, o mestre Braima Galissá... Contamos com todos os que puderem aparecer!


Guiné > Região de Gabu > 3ª CCAÇ (Nova Lamego, 1961/63) > Buruntuma > c. 1961/62  > Uma das tarefas do alf mil Jorge Ferreira foi a colocação de marcos... na fronteira com a República da Guiné... (pág. 22).


Guiné > Região de Gabu > 3ª CCAÇ (Nova Lamego, 1961/63) > Buruntuma > c. 1961/62  > Bajuda fula (p. 53)... O Jorge Ferreira também fez o "retrato" de quase toda a gente, dos "djubis" aos Homens Grandes, das belíssimas bajudas ao régulo de Canquelifá, que morava em Buruntuma, dos militares metropolitanos aos guineenses...  O seu livro de fotografia é uma homenagem às gentes do Gabu, e em especial ao povo de Buruntuma, lá no "cu de judas", junto à fronteira com a Guiné-Conacri... É um documento, hoje, de inegável interesse documental e até etnográfico (, nomeadamente a parte relativa ao "mosaico humano")...

Fotos: © Jorge Ferreira (2016). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís & Camaradas da Guiné] (Reprodução com a devida autorização do autor...)


1. O Jorge [da Silva] Ferreira passou a integrar a nossa Tabanca Grande, em 19/9/2016, com o nº  728 (*)- Tem um blogue de fotografia,  que merece ser divulgado e conhecido. A sua paixão pela fotografia remonta à sua juventude, como ele nos conta. 

E acaba de publicar um belíssimo livro de fotografia com o sugestivo título: "Buruntuma: algum um dia serás grande... Guiné, Gabu; 1961/63"... (**)


[Foto à esquerda: Ação de nomadização... O Jorge Ferreira, de calções e de pistola metralhadora FBP... Alf Mil, de rendição individual, pertenceu à  da 3.ª CCAÇ... Depois de 5 meses em Nova Lamego, foi destacado para  Buruntuma, em outubro de 1961, de 20 soldados metropolitanos (pertencentes à CCAV 252) e 20 guinenses, da 3ª CCAÇ: foi o primeiro oficial português a comandar uma guarnição miçitar naquele ponto sensível do território; Buruntuma na altura teria um milhar de habitantes; ficou lá 11 meses, tempo que lhe permitiu construir o primeiro aquartelamento, fazer ações de nomadização e dar apoio psicossocial à população: terminou a sua comissão de serviço, no TO da Guiné, em junho de 1963;  recorde-se que a 3.ª CCAÇ estava sediada em Nova Lamego, tendo mais tarde dado origem à CCAÇ 5, "Gatos Pretos", sediada em Canjadude]


2. Npágina de fotografia do Jorge Ferreira pode ler-se:

(...) "Não sou um fotógrafo profissional nem mesmo um amador. Sou apenas um 'caçador de imagens' que desde muito jovem se sentiu atraído pela fotografia, passando a fazer parte do meu quotidiano. Quando comecei a viajar pela Europa, à boleia, ainda aluno do secundário, estava-se em 1953, levava na mochila uma Voigtlander Vitessa e com ela captei inúmeras imagens dos países ocidentais e de alguns do leste europeu. Em ambas as regiões ainda eram visíveis sinais expressivos da destruição causada pela II Guerra Mundial. (...)

Em 1961, concluído o 3.º ano da licenciatura em Ciências Políticas e Sociais [pelo ISCUP, na Junqueira] fui chamado a cumprir o serviço militar e mobilizado para a ex-Guiné Portuguesa, actual Guiné Bissau, onde os Ventos da História resultantes das conclusões da Conferência de Bandung (Indonésia) / 1955 se tinham começado a fazer sentir através do apoio internacional aos Movimentos Independentistas.

A minha experiência de comando de um pelotão integrando militares portugueses e nativos, em igual número, foi extremamente enriquecedora e, embora em clima de guerra, moldou-me fortemente o carácter e levou-me a acreditar que a multirracialidade é um dos pilares em que deve assentar a sã e pacífica convivência entre os diferentes povos e raças da Humanidade.

Durante os 25 meses em que permaneci neste pedaço de solo africano foi minha companheira inseparável, nos bons e maus momentos, uma câmara Konika S que me permitiu captar a diversidade étnica e religiosa do 'chão' que corresponde à actual Guiné Bissau, verdadeiro “mosaico humano polícromo”, e o convívio harmonioso de brancos e negros ainda que em cenário de conflito armado." (...)

Finda a Comissão, regressei a Portugal. Entretanto conclui os 2 anos que faltavam para obter a minha licenciatura, abracei a carreira profissional na Área das TI [, Tecnologias de Informação,] concretamente como Técnico e posteriormente como Gestor de Sistemas de Informação, e constituí Família,  tornando-me exclusivamente Repórter fotográfico da Vida familiar, registando os seus momentos mais marcantes, férias, nascimento do filho e dos netos, convívio com os Amigos e viagens por Portugal e pelo Mundo. Só muito recentemente, com a perda inesperada da minha mulher e companheira inseparável ao longo de 40 anos [, Gabriela,] voltei à Fotografia como hobi. (...)

Jorge Ferreira


Lisboa > Festival Todos - Caminhada de Culturas > 11 de Setembro de 2011 > Arquivo Municipal de Lisboa  > Núcleo Fotográfico > Exposição Todos > A Alice Carneiro com o nosso amigo Braima Galissá, natural do Gabu, o grande tocador de kora da Guiné-Bissau... Fomos encontrá-lo, nesta exposição, a tocar kora... Divinalmente, como só ele sabe fazer... Falou-nos da sua banda, "Bela Nafa", , e da sua colaboração também com a banda do Kimi Djabaté...  Demos-lhe em abraço em nome de toda a Tabanca Grande, e em especial dos seus amigos João Graça e Mário Beja Santos... 

Amanhã vamo-nos reencontrar, os três, na Galeria-livraria Verney...

Foto e legenda: © Luís Graça / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2011). Todos os direitos reservados.


3. O Jorge Ferreira fez questão de convidar o nosso editor, Luís Graça, para apresentação do livro, que tem o apoio expresso do nosso blogue. A sessão é amanhã às 15h00 na Galeria-Livraria Municipal Verney, em Oeiras. (**)

A expensas do autor do livro, o  mestre Braima Galissá, nascido em 1964 no Gabu (e a viver e trabalhar em Portugal como músico e pedagogo, desde 1998), irá dar um toque de magia a esta sessão, oferecendo-nos um concerto de Korá... (Entrou para a nossa Tabanca Grande, formalmente, este ano, em 11 de janeiro; tem o nº 732).

Mais uma razão, adicional,  para os camaradas da Grande Lisboa (e não apenas os da Linha) comparecerem! (***)
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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 19 de setembro de 2016 > Guiné 63/74 - P16502: Tabanca Grande (495): Jorge Ferreira, ex-alf mil, 3ª CCAÇ (Bolama, Nova Lamego e Buruntuma, 1961/63), nosso grã-tabanqueiro nº 728...

(**) 27 de fevereiro de 2017 > Guiné 61/74 - P17089: Agenda cultural (543): Sessão de lançamento do livro de fotografia do nosso camarada Jorge Ferreira sobre Buruntuma, Gabu, 1961/63... Apresentação a cargo de Luís Graça, editor do nosso blogue.... Concerto de Korá com mestre Braima Galissá, nosso grã-tabanqueiro... Local e data: Galeria-Livraria Verney, Centro Histórico de Oeiras, sábado, dia 4 de março, às 15h00... Estamos todos convidados!

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Guiné 61/74 - P16969: Agenda cultural (536): Lançamento do livro "O General Eanes e a História Recente de Portugal - II Volume", por M. Vieira Pinto, Âncora Editora, apresentação do Embaixador Francisco Henriques da Silva, dia 25 de Janeiro de 2017, às 15,00 horas, no Museu do Combatente, Forte do Bom Sucesso, Lisboa (Manuel Barão da Cunha)

C O N V I T E



3 anos após a publicação do I volume do livro "O General Ramalho Eanes e a História Recente de Portugal", M. Vieira Pinto[1] lança o II Volume, no dia em que o General comemora o seu 82.º aniversário. 

A obra será apresentada pelo Embaixador Dr. Francisco Henriques da Silva e pela Mestre Sílvia Torres. 

A sessão, integrada nas comemorações do 8.º aniversário do Programa Fim do Império, terá lugar no próximo dia 25 de Janeiro, quarta-feira, às 15:00 horas, no Museu do Combatente, Forte do Bom Sucesso (junto à Torre de Belém), Lisboa. 

 «Ramalho Eanes, que estava em serviço em Angola, não participou no movimento do dia 25, mas sendo imediatamente chamado a Lisboa, foi, usando o seu prestígio e autoridade pessoais, um agente fundamental da evolução para a nova constitucionalização de Portugal, impedindo o triunfo dos extremismos e apoiando a entrega do poder ao eleitorado. Pondo de lado pequenos incidentes, pelo prestígio militar, e sabedoria ganha no conhecimento vivido da maior parte do findo império, foi conduzido pelas Forças Armadas aos mais altos postos, destacando-se, nesse processo complexo, ter sido eleito, por maioria esmagadora, Presidente da República, em 1976, por isso Comandante Supremo das Forças Armadas, mais a Chefia do Estado-Maior das Forças Armadas, e Presidente do Conselho da Revolução.» 

(Excerto do testemunho de Adriano Moreira)

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[1] - Manuel Paulo Lalande Vieira Pinto é licenciado em Direito pela Universidade de Lisboa. 
Foi quadro, administrador e consultor de diversas empresas privadas, públicas, e de serviços públicos. 

Presidiu aos Conselhos Directivos do Instituto de Gestão Financeira da Segurança Social e do Gabinete Português de Estudos Humanísticos. 

Desempenhou, como catedrático convidado, funções docentes no ensino superior particular, de que foi fundador com várias personalidades. 

É autor de algumas obras de natureza técnica, didáctica, histórica e biográfica, entre elas, "Adriano – Vida e obra de um grande português" (2010, DG Edições), tendo também participado no 6.º livro da colecção «Fim do Império», Memórias do Oriente, de Dias Antunes.

(Com a devida vénia a Âncora Editora)
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Nota do editor

Último poste da série de 5 de janeiro de 2017 Guiné 61/74 - P16921: Agenda cultural (536): dia 6, sexta-feira, às 15h00, no ISCPS, polo universitário da Ajuda, Lisboa: conferência anual da CCIPGB/ISCSP sobre a Guiné-Bissau: Guiné-Bissau. Governança e Mercado: Região da CEDEAO

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Guiné 63/74 - P16817: Agenda cultural (529): Integrado no 16.º Ciclo das Tertúlias Fim do Império, apresentação do livro "TEN.GENERAL ALÍPIO TOMÉ PINTO, O Capitão do quadrado", dia 13 de Dezembro de 2016, pelas 15 horas, na Livraria-Galeria Municipal Verney/Colecção Neves e Sousa, Oeiras (Manuel Barão da Cunha)

1. Mensagem do nosso camarada Manuel Barão da Cunha, Coronel de Cav Ref, que foi CMDT da CCAV 704/BCAV 705, Guiné, 1964/66, com data de 9 de Dezembro de 2016:

Com votos de bom fim de semana, recordamos última tertúlia do 8.º ano do Programa Fim do Império e 155.ª, com importante participação de Autor/General Tomé Pinto e Editor/Professor Pedro Sousa.

Abraço e votos de saúde, de
M. Barão da Cunha


16.º CICLO DE TERTÚLIAS DO PROGRAMA FIM DO IMPÉRIO OEIRAS

155.ª Tertúlia

Livraria-Galeria Municipal Verney/Colecção Neves e Sousa, Oeiras

Dia 13 de Dezembro de 2016, às 15 horas
2.ª terça-feira por causa do Natal


"TEN.GENERAL ALÍPIO TOMÉ PINTO, O Capitão do quadrado"[1], de Sarah Adamopoulos e T-General Alípio Tomé Pinto, prefácio do General Ramalho Eanes, edição de Ler Devagar, 2016, 413 pp, lançado em Lisboa em 7 de Abril de 2016.
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Notas do editor

[1] - Vd. poste de 5 de dezembro de 2016 > Guiné 63/74 - P16801: Notas de leitura (908): “Ten General Alípio Tomé Pinto, O Capitão do Quadrado”, pela jornalista Sarah Adamopoulos e pelo biografado, Editora: Ler Devagar, 2016 (Mário Beja Santos)

Último poste da série de 8 de dezembro de 2016 Guiné 63/74 - P16813: Agenda cultural (528): Mestre Braima Galissa e sua banda, hoje, no B.Leza, Cais do Sodré, Lisboa, a partir das 22h30

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Guiné 63/74 - P16709: Agenda cultural (514): Lançamento do livro "25 de Novembro, Reflexões", coordenação do Coronel Manuel Barão da Cunha, no próximo dia 15 de Novembro de 2016, pelas 15h00, na Livraria/Galeria Municipal Verney, Rua Cândido dos Reis, 92, em Oeiras

 C O N V I T E 
 



Mensagem do nosso camarada Manuel Barão da Cunha, Coronel de Cav Ref, que foi CMDT da CCAV 704 / BCAV 705, Guiné, 1964/66, com data de 4 de Novembro de 2016:

Caríssimos,
Recordamos o lançamento do livro "25 de Novembro, Reflexões" no próximo dia 15, pelas 15h00, em Oeiras, na Livraria Municipal (ver anexo), compreendendo 30 autores, incluindo os Generais António Barrento, Vasco Rocha Vieira; Monteiro Pereira, Ramalho Eanes, Dr. José Manel Barroso.
Fiquem bem, quem puder ir será bem-vindo e também agradecemos divulgação,

Manuel Barão da Cunha
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Nota do editor

Último poste da série de 7 de novembro de 2016 > Guiné 63/74 - P16694: Agenda cultural (507): Apresentação do livro "Quatro Rios e um Destino", da autoria de Fernando de Jesus Sousa (DFA), ex-1.º Cabo da CCAÇ 6, dia 10 de Novembro de 2016, pelas 15 horas, na Messe Militar do Porto, sita na Praça da Batalha

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Guiné 63/74 - P16502: Tabanca Grande (495): Jorge Ferreira, ex-alf mil, 3ª CCAÇ (Bolama, Nova Lamego e Buruntuma, 1961/63), nosso grã-tabanqueiro nº 728...


Projeto de capa para o livro, profusamente ilustrado, e a ser publicado em breve, "Buruntuma: algum dia serás grande. Guiné, Gabu, 1961-63", da autoria de Jorge Ferreira, que foi alf mil da 3ª CCAÇ, tendo estado em Buruntuma com o seu pelotão (20 metropolitanos e 20 guinenses) entre  novembro de 1961 e julho de 1962. A 3ª CCAÇ estava sediada em Nova Lamego.

Aqui na foto, o Jorge Ferreira aparece com o régulo de Buruntuma, que era tenente de 2ª linha, junto ao marco fronteiriço ("República Portuguesa: Província da Guiné"). O seu próximo livro tem inegável interesse documental e etnográfico.

Buruntuma, sendo uma localidade fronteiriça, tinha posto da PIDE - Polícia Internacional e de Defesa do Estado. O Jorge Ferreira conheceu outras localidades do leste da Guiné, como Pirada e o célebre comerciante Mário Soares. O Jorge, na 3ª CCAÇ, em Nova Lamego, lembra-se ainda do  ten mil médico António  Sancho, mais tarde conhecido cirurgião plástico.



Guiné > Zona leste > Região de Gabu > Buruntuma > 1961/62 > 3ª CCAÇ > O alf mil Jorge Ferreira, fotografado junto ao armazém da mancarra (que ainda hoje existe, em ruinas).



Guiné > Zona leste > Região de Gabu > Buruntuma > 1961/62 > 3ª CCAÇ > O alf mil Jorge Ferreira, junto à incipiente rede de arame farpado do destacamento... Para alguns de nós, Buruntuma era o "cú de Judas" da Guiné... Hoje temos mais de 70 referências a Buruntuma no nosso blogue... Com a entrada do Jorge Ferreira temos ter seguramente mais e enriquecer o nosso espólio fotográfico...



Guiné > Zona leste > Região de Gabu > Buruntuma > 1961/62 > 3ª CCAÇ > O alf mil Jorge Ferreira


Fotos: © Jorge Ferreira (2016). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís & Camaradas da Guiné]

1. Mensagem de Jorge Ferreira, com data de 15 do corrente:

Caro Prof. Luis Graça e Companheiro:

Muito sensibilizado pelo caloroso acolhimento que me dispensou, envio-lhe como combinado a mini versão da "maquete" do meu livro.

O CV e as minhas fotos serão enviadas oportunamente.

Com consideração e grato pela atenção.

Jorge Ferreira


2. Mensagem do Jorge Ferreira de 16 de junho passado:

Boa noite.  Prof. Luís Graça

Os meus agradecimentos pela gentileza do seu acolhimento ao meu contacto telefónico de hoje.

Como lhe referi, tenho em fase de conclusão um Livro de Fotografias sobre Buruntuma (1961/62) que tenciono publicar no último trimestre deste ano. Entretanto estou dialogando com duas entidades prestigiadas o seu parocínio. Porém, com ou sem patrocínio, o Livro será publicado.

No fim do corrente mês a "maquete" para entregar na Gráfica estará concluída e depois seguir-se-á o necessário diálogo sobre as provas gráficas.

Como na 1ª quinzena de Julho estarei ausente no estrangeiro, gostaria de após o meu regresso conhecê-lo pessoalmente e abordar o tema do Livro, de acordo com as suas disponibilidades de tempo.

Grato pela atenção, apresento-lhe os meus melhores cumprimentos.

Jorge Ferreira




Guiné > Zona leste > Região de Gabu > Posição relativa de Buruntuma, junto à fronteira coma  Guiné-Conacri > Carta de Buruntuma > Escala 1/50 mil (1957)


3.  Comentário do editor L.G. :

Jorge: Como combinado, aqui vai o link com a carta / mapa de Buruntuma, escala 1/50 mil de 1957...

Foi um prazer conhecer-te, camarada... Como mandam as boas regras do blogue, tratamo-nos doravante por tu, como camaradas que fomos no passado e que continuamos a ser, no presente. E deixa de títulos, postos, idade ou outras barrreiras à nossa comunicação.  São as regras do blogue (*).

Camaradas da Tabanca Grande: o Jorge, veteraníssimo camarada que esteve um ano em Buruntuma, entre  novembro de 1961 e julho de 1962,  quando ainda a guerra não tinha começado oficialmenmte, tem um livro lindíssimo sobre aquela terra e as suas gentes que ficaram no nosso coração... Prometi dar a notícia, em primeira mão, no nosso blogue... Conhecemo-nos há dias, pessoalmente, embora já desde meados de junho que temos vindo a falar ao telefone. Pedimos, há tempos, amizade na página do Facebook da Tabanca Grande, mas falta apresentá-lo formal e condignamente no nosso blogue. 

Eu e o Jorge Ferreira, que mora no concelho de Oeiras, para além da Guiné, temos várias coisas em comum: a frequência do ISCSP - Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, onde ele se licenciou depois de ter vindo da Guiné, (e onde eu frequentei o 1º ano da licenciatura em ciências sociais, em 1975/76, na mesma alturta em que lá esteve o cap cav Salgueiro Maia); vários amigos do Instituto de Informática do Ministério das Finanças e da DGOA - Direção Geral de Organização Administrativa); a paixão pela fotografia, etc...  Trabalhou, depois do regresso, em maio de 1963,  da Guiné , nos serviços mecanográficos do exército até 1972 onde teve, entre outros, como colega o Manuel Barão da Cunha, conhecido escritor da guerra de África, be, como o seu irmão Francisco.

O Jorge [da Silva] Ferreira, que passa a ser o nº grã-tabanqueiro nº 728 (**), tem um blogue de fotografia que merece ser divulgado e conhecido.  É um homem culto e viajado. e que cultiva a memória. No seu blogue, diz com modéstia que não é  "um fotógrafo profissional nem mesmo um amador". Descreve-se  apenas como um" caçador de imagens" (...) "que desde muito jovem se sentiu atraído pela fotografia, passando a fazer parte do [seu] quotidiano". Retomou a fotografia depois de enviuvar há 5 anos, fazendo do seu blogue também uma tocante homenagem à sua companheira de uma vida,  Gabriela, e mãe do seu filho (que, se não erro, vive nos EUA).

Sobre a sua comissão de serviço na Guiné, para onde foi mobilizado em 1961, escreveu:

(...) "A minha experiência de comando de um pelotão integrando militares portugueses e nativos, em igual número, foi extremamente enriquecedora e, embora em clima de guerra, moldou-me fortemente o carácter e levou-me a acreditar que a multirracialidade é um dos pilares em que deve assentar a sã e pacífica convivência entre os diferentes povos e raças da Humanidade.

"Durante os 25 meses em que permaneci neste pedaço de solo africano foi minha companheira inseparável, nos bons e maus momentos, uma câmara KONIKA S que me permitiu captar a diversidade étnica e religiosa do “chão” que corresponde à actual Guiné Bissau, verdadeiro 'moisaco humano polícromo', e o convívio harmonioso de brancos e negros ainda que em cenário de conflito armado.

"Estas imagens pela importância que revestem para mim, encontram-se agrupadas autonomamente em 'MEMÓRIAS' tal como foram captadas há cerca de 50 anos sem qualquer manipulação e por isso com as deficiências resultantes da sua 'velhice'.

"Finda a Comissão, regressei a Portugal. Entretanto conclui os 2 anos que faltavam para obter a minha licenciatura [em ciências sociais e políticas], abracei a carreira profissional na Área das TI [Tecnologias da Informação], concretamente como Técnico e posteriormente como Gestor de Sistemas de Informação, e constitui FAMíLIA, tornando-me exclusivamente Repórter fotográfico da Vida familiar, registando os seus momentos mais marcantes, férias, nascimento do filho e dos netos, convívio com os Amigos e viagens por Portugal e pelo Mundo". (...)


Feita esta breve apresentação (, complementada com um resumo do seu CV profissional, abaixo reproduzido), desejamos-lhe o melhor sucesso para o seu livro e uma agradável e frutuosa estadia na nossa Tabanca Grande, à sombra do nosso mágico e fraterno poilão.






4. Informação sobre a 3ª CCAÇ (José Martins, nosso colaborador permanente, ex-fur mil trms, CCAÇ 5, Canjadude, 1968/70):

3ª Companhia de Caçadores Indígenas:

 (i) esta unidade foi constituída em 1 de Fevereiro de 1961, como unidade da guarnição normal do CTIG;

(ii) era formada por quadros metropolitanos e praças indígenas do recrutamento local;

(iii) iniciou a sua formação adstrita à 1ª CCAÇ I;

(iv) em 1 de agosto de 1961, com a constituição de dois pelotões, substitui a 1ª CCAÇ I na guarnição de Nova Lamego;

(v) desloca elementos para guarnição de várias localidades do Setor Leste, por períodos e constituição variáveis, sendo de destacar as localidades de Che-Che, Béli e Madina do Boé;

(vi) passou a guarnecer, em permanência,  as localidades de Béli e Madina do Boé instalando, em 6 de maio de 1963, um pelotão em cada localidade;

(vii) em 1 de abril de 1967 passa a designar-se por Companhia de Caçadores nº 5, com sede em Canjadude.
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Notas do editor:


(**) Vd. postes da série O Nosso Livro de Estilo:

22 de Julho de 2011 > Guiné 63/74 - P8588: O Nosso Livro de Estilo (1): Política editorial do Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné

12 de agosto de 2011 >Guiné 63/74 - P8662: O Nosso Livro de Estilo (2): Comentar (nem sempre) é fácil)...

7 de dezembro de 2012 > Guiné 63/74 - P10770: O Nosso livro de estilo (7): Cerca de 400 abreviaturas, siglas, acrónimos, expressões idiomáticas, gíria, calão, crioulo... Para rever, aumentar, melhorar...

domingo, 17 de janeiro de 2016

Guiné 63/74 - P15626: Agenda cultural (456): Integrado no 14.º Ciclo das Tertúlias Fim do Império, comemoração do 7.º aniversário do Programa Fim do Império, com assinatura de protocolo entre as entidades zeladoras do Programa (CMO, LC e CPHM), apresentação do caderno Programa Fim do Império, "Sete anos!" e presença de patrocinadores, editores e autores, dia 19 de Janeiro de 2016, pelas 15 horas, na Livraria-Galeria Municipal Verney/Colecção Neves e Sousa, Oeiras (Manuel Barão da Cunha)

1. Mensagem do nosso camarada Manuel Barão da Cunha, Coronel de Cav Ref, que foi CMDT da CCAV 704/BCAV 705, Guiné, 1964/66, com data de 14 de Janeiro de 2016:

14.º CICLO DAS TERTÚLIAS FIM DO IMPÉRIO

Livraria/Galeria Municipal Verney
 

Dia 19 de Janeiro de 2016

Integrado no 14.º Ciclo das Tertúlias Fim do Império, comemoração do 7.º aniversário do Programa Fim do Império, com assinatura de protocolo entre as entidades zeladoras do Programa (CMO, LC e CPHM), apresentação do caderno Programa Fim do Império, "Sete anos!" e presença de patrocinadores, editores e autores, dia 19 de Janeiro de 2016, pelas 15 horas, na Livraria-Galeria Municipal Verney/Colecção Neves e Sousa, Oeiras. 

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Nota do editor

Último poste da série de 12 de janeiro de 2016 Guiné 63/74 - P15608: Agenda cultural (455): Sessão de lançamento do livro do Juvenal Amado, "A tropa vai fazer de ti um homem": Lisboa, Chiado Clube Literário & Bar, Av da Liberdade, sábado, 23 de janeiro, 16h30, com a presença em força da malta tabanqueira

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Guiné 63/74 - P15489: Agenda cultural (447): Lançamento do 22.º livro, "As Guerras do Capitão Agostinho", de Carlos Gueifão e da reedição do 5.º livro, "Arcanjos e Bons Demónios", de Daniel Gouveia, no dia 15 de Dezembro de 2015, pelas 15 horas, na Livraria-Galeria Municipal Verney/Colecção Neves e Sousa, Oeiras (Manuel Barão da Cunha)

1. Mensagem do nosso camarada Manuel Barão da Cunha, Coronel de Cav Ref, que foi CMDT da CCAV 704/BCAV 705, Guiné, 1964/66, com data de 7 de Dezembro de 2015:

Integrado no 14.º Ciclo das Tertúlias Fim do Império, lançamento do 22.º livro, "As Guerras do Capitão Agostinho", de Carlos Gueifão e da reedição do 5.º livro, "Arcanjos e Bons Demónios", de Daniel Gouveia, no dia 15 de Dezembro de 2015, pelas 15 horas, na Livraria-Galeria Municipal Verney/Colecção Neves e Sousa, Oeiras. 

Fiquem bem e votos de Natal com Paz e Novo Ano com Saúde,
Manuel Barão da Cunha


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Nota do editor

Último poste da série de 13 de dezembro de 2015 Guiné 63/74 - P15481: Agenda cultural (446): Lançamento do livro "Marinha de Guerra Portuguesa – do Fim da II Guerra Mundial ao 25 de Abril de 1974”, de Pedro Lauret, 4ª feira, dia 16, no Museu da Marinha, às 18h. Apresentação a cargo do alm Fernando Melo Gomes e dr. Artur Santos Silva

domingo, 15 de novembro de 2015

Guiné 63/74 - P15369: Agenda cultural (436): 124.ª Tertúlia do Fim do Império, a levar a efeito no próximo dia 18 de Novembro de 2015, no Centro de Apoio Social - Oeiras (IASF), durante a qual serão apresentados dois livros e inaugurada uma exposição de fotografias sobre Timor (Manuel Barão da Cunha)

Em mensagem de hoje, 15 de Novembro de 2015, o nosso camarada Manuel Barão da Cunha, Coronel de Cav Ref, que foi CMDT da CCAV 704 / BCAV 705, Guiné, 1964/66, dá-nos conta da próxima tertúlia do Fim do Império, a levar a efeito já no próximo dia 18 de Novembro, no Centro de Apoio Social - Oeiras (IASF), durante a qual serão apresentados dois livros, um de sua autoria e outro da autoria do 1.º Sargento Tadeu de Almeida. 
Será ainda inaugurada uma exposição de fotografias de Vítor Cordeiro, sobre Timor, intitulada Expressões Lorosae.



14.º CICLO DAS TERTÚLIAS FIM DO IMPÉRIO

124.ª Tertúlia

Centro de Apoio Social - Oeiras (IASF)

Dia 17 de Novembro de 2015

1 - Lançamentos de 20.º livro Fim do Império, "Radiografia Militar e os Quatro DDDD?", de M. Barão da Cunha, com autor e Presidente da CMO (a confirmar);


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2 - Lançamento do 21.º livro, "Na Fronteira de Timor", do 1.º Sargento Tadeu de Almeida, com Coronel José Aparício e autor.


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3 - Inauguração da exposição fotográfica sobre Timor, de Eng. Vítor Cordeiro.

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Nota do editor

Último poste da série de 11 de novembro de 2015 Guiné 63/74 - P15353: Agenda cultural (435): Lançamento do livro "O Fedelho Exuberante", da autoria do Mário Beja Santos, dia 18 de Novembro, pelas 18 horas, no Auditório do Museu da Farmácia, Rua Marechal Saldanha, n.º 1, ao Calhariz, em Lisboa