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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Guiné 63/74 - P8613: Agenda Cultural (147): Ciclo de Conferências-debate Os Açores e a Guerra do Ultramar - 1961-1974: história e memória(s) (Carlos Cordeiro) (5): Apontamento e fotos do dia 22 de Julho de 2011

Ponta Delgada / S. Miguel > Terceira sessão do ciclo de conferências “Os Açores e a Guerra do Ultramar (1961-1974): história e memória(s)”. 
Os dois conferencistas: o ex-1.º Tenente Fuzileiro Especial António Vasconcelos Raposo, de pé, no uso da palavra;  o ex-Alf. Mil. CMD Valdemiro Oliveira, sentado.


Mensagem de hoje, 28 de Julho de 2011, do nosso camarada Carlos Cordeiro (ex-Fur Mil At Inf CIC - Angola - 1969-1971), actualmente Professor na Universidade dos Açores, dando-nos notícia do rescaldo de mais uma conferência integrada no ciclo conferências-debates Os Açores e a Guerra do Ultramar – 1961-1974: história e memória(s)*, que ocorreu no passado dia 22 de Julho, sendo conferencistas, António Vasconcelos Raposo, antigo combatente em Angola como oficial Fuzileiro Especial e Valdemiro Correia, antigo combatente também em Angola como alferes miliciano Comando:

Caro Carlos,
Como estamos na “estação calmosa” própria para “vilegiatura” mas, como se vê, o blogue não foi veranear, envio umas fotos e um pequeno texto sobre a conferência da última 6.ª feira aqui na Universidade (pólo de Ponta Delgada, S. Miguel, Açores) para veres se “cabe” no blogue*.

Já agora aproveito para te contar que, no dia da conferência, de manhã, encontrei um amigo e antigo camarada da recruta no CISMI. Disse-me logo: Carlos, logo não posso ir à sessão, pois não estarei em Ponta Delgada. Um camarada de Lisboa, que esteve comigo na Guiné, telefonou-me a alertar para a conferência e disse-lhe então que não podia ir. Como é evidente, o camarada do meu amigo só pode ter lido a notícia publicada no Luís Graça & Camaradas da Guiné, ou então no Ultramar-terraweb.

No mesmo dia, o Tomás disse-me que tinha recebido um e-mail de um amigo do Canadá a pedir-lhe informações sobre a conferência, etc. Interessante isto. Ou será que “o Mundo é pequeno…”?

Um abraço amigo do
Carlos


Apontamento e fotos do dia 22 de Julho de 2011

Na última sexta-feira, lindíssimo dia de Verão, convidando a uma ida à praia ao fim da tarde, mais de quatro dezenas de pessoas quiseram marcar presença na terceira sessão do ciclo de conferências “Os Açores e a Guerra do Ultramar (1961-1974): história e memória(s)”, como que a incentivar os organizadores a prosseguir com o projecto de partilha de memórias e debate de estudos e investigações sobre tão marcante período da nossa História (e das nossas vidas).

A sessão, coordenada pela Prof.ª Doutora Susana Serpa Silva, membro da Comissão Científica, constou da apresentação da conferência “A Guerra Colonial: do emocional à exigência histórica do racional, a visão de dois oficiais da tropa de elite”, a cargo dos antigos combatentes em Angola (1973/75) António Vasconcelos Raposo, ex-1.º Tenente fuzileiro especial e Valdemiro Oliveira, ex-alferes miliciano “Comando”.

Como não tenho ainda na minha posse as comunicações escritas (estamos a pensar reunir todas as conferências em livro, se for possível), prefiro não tentar resumir os discursos de cada um dos oradores, pois podia desvirtuar os seus pontos de vista. Posso, no entanto, dizer que apontaram sobretudo para o segundo termo do subtítulo do ciclo: “memória(s)”. Por isto mesmo, foram comunicações emotivas e contagiantes, que despertaram um debate acalorado, sobretudo a propósito da complexidade das situações vividas no TO de Angola no pós-25 de Abril, tendo sido destacado o facto de, após o 25 de Abril, ainda terem morrido mais de cinco centenas de camaradas nos três TO.

Um dos camaradas da assistência relembrou, emocionado, a raiva que sentiu ao desembarcar no aeroporto de Figo Maduro em data posterior ao 25 de Abril, no termo da comissão. A sua companhia foi insultada com epítetos como fascistas, colonialistas, traidores, etc., tendo sido difícil conter a reacção dos soldados que se sentiam ultrajados depois de terem sofrido, na carne e no espírito, tamanhos sacrifícios no cumprimento do que consideraram ser o seu dever patriótico.
A sessão decorreu entre as 17H30 e as 20H00.

Panorâmica da assistência

Outra panorâmica da assistência. Note-se a significativa presença de senhoras.
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Nota de CV:

(*) Vd. poste de 20 de Julho de 2011 > Guiné 63/74 - P8576: Agenda Cultural (144): Ciclo de Conferências-debate Os Açores e a Guerra do Ultramar - 1961-1974: história e memória(s) (4) (Carlos Cordeiro)

Vd. último poste da série de 25 de Julho de 2011 > Guiné 63/74 - P8602: Agenda cultural (146): Reportagem, na TVI, em data a anunciar, sobre a expedição Latitude Zeroº - Rota Ingoré 2011 (24 de Fevereiro / 4 de Março de 2011)

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Guiné 63/74 - P8587: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (44): Aqui e ali, prossegue a recuperação da memória.... (Hélder Sousa)

Marginal de Ponta Delgada / Ilha de S. Miguel / Açores > Tomás Carneiro, Hélder Sousa e Carlos Cordeiro


1. Mensagem do nosso camarada Hélder Sousa (ex-Fur Mil de TRMS TSF, Piche e Bissau, 1970/72), com data de 18 de Julho de 2011:

Caros camaradas
Tenho estado um tanto afastado da colaboração activa com o nosso blogue.
Digo isso porque não tenho, nos últimos tempos, participado com qualquer tipo de intervenção, fosse de que género fosse. Quanto a participação passiva, isto é, leitor, também não tenho avançado muito, apenas beneficio do conhecimento das entradas e comentários, que vejo 'muito a fugir'.

Tal situação deve-se a que, como se devem recordar duma publicidade do nosso tempo a lâminas de barbear, muito pode acontecer durante a longa vida duma lâmina Nacet. Sucederam várias coisas, que não cabem aqui por não serem deste âmbito, inclusive um rebentamento de pneu (felizmente que não originou nada de grave), mas agora estou a utilizar esta semana, aproveitando umas condições especiais que o nosso camarigo Mexia Alves conseguiu para os membros da Tabanca Grande e, sendo assim, cá me encontro a tentar melhorar o físico e a mente, sendo certo que já estivemos a conversar e também com o camarigo Simeão Ferreira.

Ao estar assim um tanto afastado, perdi a participação nas felicitações de vários camaradas aniversariantes, que espero venham a tomar conhecimento que a minha falta não se ficou a dever a qualquer atitude pessoal mas sim por falta de meios.

Perdi também a entrada fulgurante do setubalense Pardete Ferreira, que se revelou bastante interessante, na medida em que veio trazer e dinamizar uma área normalmente reservada, com o reavivar da memória de muitas pessoas, relatos com vivacidade, perspectivas de novos contributos, etc., perdi o caso do comentário desaparecido e depois recuperado, perdi (mas li) o excelente texto/tema do José da Câmara com todos os comentários que tem vindo a suscitar, perdi a questão de serem ou não ridículas as cartas de amor, enfim, perdi a possibilidade de intervir em tempo certo mas vejo que o blogue, mau grado alguns amuos incompreensíveis, continua capaz de prender a atenção dos seus muitos seguidores.

Há no entanto um outro aspecto que queria referir.
Estive, no final da outra semana, numa actividade da minha associação profissional que ocorreu nos Açores, mais propriamente em S. Miguel.

Como não podia deixar de ser, entrei em contacto com os nossos camaradas Carlos Cordeiro e Tomás Carneiro que me foram visitar e como prova disso aqui envio as fotos anexas. Boa disposição, bons camaradas!
Mas não resisto a contar um pequeno episódio, que acho muito signifitivo e, para além de ser lisonjeiro para o alvo dos comentários, também me parece que prestigia o Blogue por ter amigos assim. Então lá vai!

A foto em que estamos os três à porta do Hotel onde decorreu o Congresso da minha Associação foi feita imediatamente antes de nos despedirmos e eu entrar num autocarro para uma visita turística no âmbito da actidade social do Congresso. A guia abordou-me e, pedindo desculpa pela questão, disse que tinha reparado que eu estava a conversar com o Professor Carlos e perguntou se éramos amigos. Disse que sim, que éramos amigos da guerra, e então ela desfez-se em elogios ao nosso camarigo Carlos Cordeiro. Que era muito boa pessoa, que era espectacular, muito bom professor, que todos aqueles que tinham tido a sorte de serem alunos dele estavam apaixonados, sim, é esse mesmo o termo, só que no bom sentido, esclareceu a guia, enfim, tudo do melhor e não posso deixar de aqui o registar, tudo de forma que me pareceu muito sincera, muito autêntica, muito genuína. Por mim, aqui deixo ficar: parabéns Carlos!

Outro aspecto dessa viagem é que tive também oportunidade de apreciar uma pequena mas significativa acção de reactivar a memória relativamente à guerra de África, levada a cabo pela secção local da Liga dos Combatentes, com uma exposição no átrio dum Centro Comercial (Solmar), muito visitada pelos passantes. Dessa exposição envio algumas fotos, de camaradas que estiveram na Guiné, sendo que o Sousa Henriques é conhecido pelos livros que já editou, o último dos quais sobre uma viagem recente, e o Cláudio Medeiros é um nome que me é familiar, acho que estive com ele, mas não me consigo localizar. Um dos visados estava lá, estive à conversa com ele (é o que tem o dedo a apontar), dei-lhe o endereço do nosso blogue na esperança que o filho possa ser um facilitador.


Carlos Cordeiro e Tomás Carneiro na Marginal da cidade de Ponta Delgada aquando do encontro com Hélder Sousa

Centro Comercial Solmar de Ponta Delgada / Terceira, onde decorreu uma exposição alusiva à Guerra de África > Bandeiras dos Promotores

A afirmação dos motivos

Alguns painéis expositores de fotografias de ex-combatentes açorianos da Guiné

Um forte abraço para vós
Hélder Sousa
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Notas de CV:

(*) Vd. poste de 24 de Junho de 2011 > Guiné 63/74 - P8470: Em Busca de... (166): Precisa-se de depoimentos para fazer a História da Pensão Central da Dona Berta (Hélder Sousa / José Ceitil)

Vd. último poste da série de 3 de Julho de 2011 > Guiné 63/74 - P8498: O Mundo é Pequeno e o nosso Blogue...é Grande (43): Manuel Freitas, que organiza há 9 anos os encontros do pessoal do HM241 (1967/71), acaba de descobrir o nosso blogue, graças ao António Paiva