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domingo, 23 de junho de 2013

Guiné 63/74 - P11749: A minha guerra a petróleo (ex-Cap Art Pereira da Costa) (10): "O Nosso Dicionário"

1. Mensagem do António J. Pereira da Costa cor art ref, ex-alf art CART 1692/BART 1914, (Cacine, 1968/69); e ex-cap art e cmdt, CART 3494/BART 3873 (Xime e Mansambo) e CART 3567 (Mansabá)  (1972/74):

Data: 19 de Junho de 2013 às 22:19

Assunto: "O Nosso Dicionário"

Olá,  Camarada

Aqui vão 4 páginas de um dicionário de termos militares relativos à Guiné. Foram os de que me lembrei. Se houver mais,  é só acrescentar. Um Ab.

2. A Minha Guerra a Patróleo (10) > 
O Nosso Dicionário Militar

Nota Prévia: Na elaboração deste pequeno dicionário:

(i)  não foram considerados acrónimos e abreviaturas regulamentares incluídas na linguagem militar do tempo;

(ii) Também não se consideraram designações regulamentares de certos materiais, ainda que tenham provindo de alcunhas ex. "jipe", (inicialmente "GP" ou "Jeep"); ex. matador (viatura militar de fabrico britânico da AEC), etc.;

(iii) Não se consideraram expressões de crioulo, pois essa é a língua usada pelos povos da Guiné para comunicarem entre si não constituindo, por isso, linguagem militar;

(iv)  As expressões da gíria militar "oriundas" de outros TO também não foram aceites, bem como as expressões vindas da I Guerra Mundial ou de outras, ex. ameixa de Elvas, (inicialmente pelouro e depois sinónimo de granada) e que ficaram na gíria militar, por que não foram "adoptadas" durante a Guerra Colonial.

Este critério reduziu muito o número de palavras ou expressões características da Guerra da Guiné.


APANHADO (do clima) – Situação do foro psicológico que poderemos comparar a certas situações de stress laboral e que se manifestava por comportamentos absurdos ou inconvenientes. O termo era, muitas vezes usado como chacota, para designar os militares com atitudes hilariantes e bem-dispostas, mas, noutros casos, era indício de um cansaço psicológico que não deixava de se fazer sentir em consequência da permanência na "Província".

ATACADORES DE PARAQUEDISTA (Ou de PM)
– Esparguete. Este tipo de massa era, talvez pela sua melhor capacidade para se conservar e baixo preço, muito frequente na alimentação das unidades militares. Acompanhava carnes, era incluído em sopas, mas há notícias de ter sido consumido de outros modos nomeadamente acompanhado de marmelada.

BANANA
– Rádio portátil de curto alcance normalmente usado para ligação entre grupos de combate e com uma forma bastante sugestiva. Permitia a ligação com a Força Aérea em duas frequências (uma de contacto inicial e outra para utilização subsequente). Inicialmente de origem francesa – o THC 736 de maiores dimensões foi substituído pelo AVP – 1, mais portátil e, sensivelmente, com o mesmo alcance.

BARCOS DE BRAÇO-DADO – Conjunto de duas embarcações que navegavam muitas vezes sem escolta e incluindo uma pequena força de fuzileiros pelos rios da Guiné. O aspecto exterior de ambas era idêntico. Porém, só uma tinha motor. Assim, navegavam solidamente ligadas pelas amuradas. Eram semelhantes a batelões com uma capacidade de carga, a granel, muito considerável. Frequentemente transportavam pessoas em condições bastante incómodas, sobre a carga e com reduzida protecção contra as intempéries.

BATE-ESTRADAS – Aerograma. A fim de simplificar o manuseamento da correspondência para o Ultramar foi criado este tipo de correspondência que já existia noutros países. Este tipo de "envelopes" abertos e consultáveis facilitava a possível acção da censura de guerra. O Movimento Nacional Feminino fazia a distribuição de aerogramas que também podiam ser obtidos noutras fontes, como as juntas de freguesia.

BAZOOKA – Cerveja de 0,6 dl. Exclusivamente para o Ultramar as cervejeiras (Sagres, Nocal, Cuca, etc.) apresentavam a cerveja em garrafas de 0,6 dl às quais foi dado aquele nome por oposição às normalmente comercializadas com 0,33 dl de capacidade e por consequência com maior poder "explosivo" como sucedia com as bazookas, armas anti-carro de calibre 6 cm ou, mais frequentemente, 8,9 cm de fabrico americano.

BIANDA – Comida em geral. Do crioulo arroz, base da alimentação da população.

BICHA DE PIRILAU – Designação comum a todos os TO. Progressão, em coluna por um, mantendo cada homem uma distância regulamentar, adequada à situação táctica, em relação ao que se lhe seguia.

CACO (Baldé) – Alcunha do brigadeiro e, depois, general António de Spínola, aludindo ao monóculo que usava. Diz-se que a lente não tinha graduação e que se destinava a compor a sua figura. Ao cert, sabe-se que o general usava óculos, sempre que precisava de ler. A designação baldé vem da protecção dada às populações e ao esforço que promoveu para a sua captação para o apoio às tropas e à política do governo.

CANHOTA – Espingarda. Inicialmente a espingarda Mauser, de calibre 7,9 mm, cujo desempenho insuficiente obrigou à aquisição de uma espingarda automática – a G – 3 (também de fabrico alemão) – de calibre 7,62 mm.

CAPITÃO-PROVETA – Nos últimos anos de guerra, devido a dificuldades de recrutamento, foram graduados no posto de capitão, oficiais, normalmente licenciados, que, após o curso de oficiais milicianos (COM), embarcavam com o posto de alferes miliciano para um estágio de quatro meses numa unidade operacional e num dos três TO para que pudessem familiarizar-se com o ambiente que iriam encontrar. Ao regressar eram graduados em tenentes, preparavam uma subunidade e voltavam a embarcar, agora como comandantes de companhia. Esta forma de recrutamento de comandantes de companhia entra em vigor quando se esgotou a possibilidade de chamar às fileiras os oficiais milicianos que não tinham sido mobilizados, ou porque a guerra ainda não se iniciara, à data da sua passagem à disponibilidade ou porque, durante o seu serviço militar, não tinham sido mobilizados como subalternos.

CICLISTAS – Feijões-frade. Esta designação estava divulgada na Metrópole e no Ultramar. Resulta da semelhança entre um pelotão de ciclistas a passar pelos espectadores. (todos iguais e movendo-se rapidamente). Julga-se que se deveria ao facto de este tipo de feijões (muito utilizado como acompanhamento de diversos pratos de peixe e conservas) ser cozido e depois a água da cozedura ser escorrida. Sendo todos iguais e movimentando-se depressa nessa altura temos que considerar que a "semelhança" era evidente.

CIFRA – Operador cripto. Até ao nível companhia existiam normalmente dois cabos operadores-cripto que cifravam e decifravam as mensagens, expedidas e recebidas. A alcunha vem claramente da sua actividade.

COSTUREIRINHA – Pistola-metralhadora PPSH de fabrico soviético de calibre 9 mm que equipou os exércitos da URSS e do Pacto de Varsóvia, respectivamente, durante a II Guerra Mundial e durante grande parte da Guerra Fria. Tinha um carregador circular de cerca de 60 munições e distinguia-se pelo som do seu funcionamento que lembrava uma máquina de costura.

EMBRULHAR
– Ser atacado pelo IN.

ENXOTA-PINTOS – Também chamado burro-do-mato ou simplesmente burrinho. Viatura de fabrico alemão Mercedes Unimog 411. Inicialmente era uma viatura agrícola destinada a serviços em pequenas explorações. Trabalhava a gasóleo e tinha um ruído de motor agudo e muito característico. Era uma viatura muito utilizada pela sua potência e manobrabilidade. Transportava habitualmente uma equipa de atiradores.

ESCRIBA – Primeiro-cabo escriturário que trabalhava, normalmente, na secretaria com o primeiro-sargento que "respondia [1]" pela companhia.

ESTILHAÇOS – Carne de frango, normalmente em pequena quantidade e, por isso, muito dividida em pequenos bocados, habitualmente comida misturada com massa ou com arroz.

FERRUGENTO – Qualquer elemento da "ferrugem", secção de manutenção auto, e não só, de uma subunidade.

KIKO, QUICO ou TAPA-CHAMAS – Barrete do uniforme n.º 3 ou do camuflado. Totalmente confeccionado em pano com uma pequena pala, em redondo, para diante, e outra, para trás, que se abria em duas partes, de forma a adaptar-se à nuca. Muitas vezes, para se não perder nos movimentos de progressão no mato, era atado por uma das pontas a uma platina do camuflado. Esta designação generalizou-se e era usada em todos os TO e na Metrópole.

KALACHE – Espingarda automática de fabrico soviético, utilizando o calibre 7,62 (curto) denominada Kalashnikov, nome do seu inventor Mikhail Kalashnikov. No exército de origem é designada por AK – 47 (Avtomat Kalashnikova odraztzia 1947 goda).

LERPAR – Por analogia com o jogo de cartas, significava morrer. Podia também ser usado em relação a qualquer outra coisa que falhasse ou não se concretizasse. (viagem, dinheiro a receber, etc.)

MANGA DE CAPOTE
– Tipo de massa alimentícia que também era assim designada pela própria Manutenção Militar e que aumentava substancialmente de volume, depois de confeccionada.

MÉZINHO ou PASTILHAS – Adoptando uma expressão do crioulo, era a designação dada a qualquer elemento da equipa sanitária da subunidade, normalmente o furriel.

NHARRO – Expressão de significado depreciativo que designava o preto (normalmente interessado em tirar partido da acção da tropa) ou o branco residente e exercendo comércio numa povoação do interior à maneira dos "lançados" no Brasil antigo.

PAGA-DEZ – Grande lagarto de cores vivas, mas inofensivo que se movimenta por pequenos e rápidos lanços. Ao parar subitamente, fazia um movimento com as patas dianteiras semelhante ao das flexões de braços em apoio no solo. "Pagar dez" (flexões de braços) era a punição mais comum durante o treino físico, praxe militar ou em consequência de um qualquer procedimento tido como não regulamentar.

PBX – Designação atribuída a um qualquer elemento da secção de transmissões da subunidade. Corruptela da expressão em inglês Private Branch Exchange (mudança de ramais privados) e que designava, naquele tempo, um centro de distribuição telefónica pertencente a uma entidade que geria, no seu interior, os seus próprios serviços telefónicos.

PERIQUITO ou PIRA – Novato. Todo aquele que tinha acabado de chegar à Guiné para continuação do serviço militar. Esta designação era utilizada noutros sectores da vida e da acção nas unidades ou fora delas.

PICAR (a estrada) – Operação de grande perigo que consistia em progredir por itinerário ou trilho procurando detectar minas (normalmente) ou armadilhas. Uma vez que a quase totalidade das minas usadas pelo inimigo eram de plástico ou de madeira não era possível utilizar o detector de minas. Por isso este trabalho era realizado com recurso a uma vara de verguinha afiada – a pica – que se espetava no solo e pelo som ou pela diferença de textura do terreno encontrada permitia a detecção do engenho.

REBENTA-MINAS – Designação, comum a todos os TO, para a primeira viatura de uma coluna auto, geralmente mais pesada, de cabine recuada e com diversos sacos de areia, visando aumentar-lhe o peso e proteger o pessoal da cabine, no caso de ser accionada uma mina anti-carro.

SALGADEIRA ou SOBRETUDO DE MADEIRA
- Caixão.

SUPOSITÓRIO – Granada de artilharia. Aludindo à forma aerodinâmica deste tipo de munições.

TROPA-MACACA – Unidades do Exército, de quadrícula ou intervenção, formadas na Metrópole ou do recrutamento local, não incluídas na designação de tropa especial (comandos, pára-quedistas ou fuzileiros especiais).

TUGA – Designação pejorativa dada pelo PAIGC aos militares portugueses.

TURRA – Designação pejorativa dada aos combatentes do PAIGC. Abreviatura de terrorista.

VAGUEMONSTRO – Furriel vagomestre da companhia.

VÉLHICE – Expressão designava uma unidade ou grupo de unidades que já tinha terminado a sua comissão ou estava à espera que tal sucedesse, a curto prazo.

VÉLHINHO. – Militar de uma unidade da velhice.

VIÚVA NEGRA
– Mina anti-pessoal PMN de fabrico soviético. De plástico negro e formato circular, apresentava duas tampas que lhe conferiam um aspecto de pequena panela e continha uma quantidade relativamente pequena de explosivos. Era adequada a ser manuseada por guerrilheiros pouco evoluídos como sapadores, já que tinha a particularidade de, uma vez implantada, só ficar activa após algum tempo destinado a cortar com um arame semelhante a uma corda de guitarra uma cavilha de chumbo.
__________

[1] Esta expressão designava as funções gerais administrativas e logísticas do primeiro-sargento de qualquer subunidade. Actualmente estas funções são desempenhadas por um sargento-ajudante.

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Nota do editor:

Último poste da série > 28 de fevereiro de 2013 > Guiné 63/74 - P11172: A minha guerra a petróleo (ex-Cap Art Pereira da Costa) (9): A praxe da Ivone

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Guiné 63/74 - P11737: FAP (74): A instrução do AL III no meu tempo: em Janeiro de 68, eu e mais cinco pilotos do P1 de 67, juntamente com quatro pilotos da Academia Militar e o Senhor Dom Duarte de Bragança, iniciamos com o Al II o curso de helis... Saí de Tancos com um total de 291 horas de voo, e no dia 1 de Outubro de 68 fazia uma evacuação (TEVS) em Cabuca.... (Jorge Félix)



Guiné > Região de Tombali > Guileje > CCAÇ 726 (Out 64 / Jul 66) > O pessoal em operações militares: na foto, acima, transporte às costas de um ferido, evacuado para o HM 241, em Bissau, por um helicóptero Alouette II (versão anterior do Alouette III, que nos era mais familiar, sobretudo para aqueles que chegaram à Guiné a partir de 1968). Foto do Alberto Pires, editada pelo Jorge Félix.

Fotos: © Alberto Pires (Teco) / AD - Acção para o Desenvolvimento, Bissau (2007) / Jorge Félix (2009). Direitos reservados.



Tancos > Base Aérea nº3 > 1967 > 1º Curso de Pilotos de Helicópteros, onde pela 1ª vez também foram incorporados milicianos, segundo informação do Jorge Félix, aqui, junto a um Allouette II, no meio dos seus camaradas, onde se inclui o Duarte Nuno de Bragança.

Os primeiros pilotos milicianos de helicópetros da FAP > 14 de Março de 2008 > "Éramos oito milicianos (Eu, Antolin, Cavadas, Melo, Baeta, Pinto e Duarte) e três da Academia Militar (Braga, Afonso e Costa). O Pinto faleceu em Outubro de 2007, em Lisboa, vítima de doença. O Oliveira faleceu no acidente de aviação em Tancos, em 72 ou 73. Estes dois companheiros estiveram comigo na Guiné. O Melo anda em sítio incerto na Venezuela (vou saber pormenores da 'chatice' que foi a vida dele por lhe terem roubado um Allouette III da FAP). O Baeta faleceu em Gago Coutinho, Angola, Março de 1969, num acidente, voo nocturno, Heli. O Cavadas também já faleceu em acidente de Heli, andava nas pulverizações, no Alentejo. O Antolin está de perfeita saúde, Comandante da TAP reformado, a viver em Lisboa. O Duarte é... Sua Alteza D. Duarte Nuno de Bragança, esteve em Moçambique [ou Angola ?]  e vive em Lisboa. O Pinto, também reformado da TAP, faleceu há quatro meses. Do Braga, Afonso e Costa, sei muito pouco (...). Jorge Félix".

Foto (e legenda): © Jorge Félix. Todos os direitos reservados  [Cortesia de: Blogue do Victor Barata > Especialistas da BA 12, Guiné 1965/74.]



Guiné > Algures > Jorge Félix, allf mil pil heli Al III (BA 12, BA 12, Bissalanca, 1968/70) e António Spínola (Com-Chefe e Governador Geral, CTIG, 1968/73)... O tratamento por "pilav" era reservado aos pilotos-aviadores que vinham da Academia Militar.

Foto: © Jorge Félix (2010). Todos os direitos reservados



1. Mensagem do Jorge Félix [, ex-alf mil pil, AL III, Esq 122, BA 12, Bissalanca, 1968/70,], com data de ontem, em resposta ao nosso convite para nos contar como se tornou um valoroso e glorioso "maluco" do heli AL III que faz agora 50 anos na nossa querida FAP (*)


Meu Caro Luis Graça: 

já tinha respondido a este mail, quando me apercebi que seria para os "50 anos do AL III", e como isso aconteceu no dia 20 de Abril, em Beja, onde eu estive, apaguei tudo, por pensar estar fora de tempo. Como voltas "à carga", vou tentar ser útil.

Desde já um abraço ao Pardete Ferreira pelas simpatiquissimas palavras.

Caro Fernando Leitão:

Aproveito para contar algo que será desconhecido da maioria. No ínicio da FAP, os primeiros pilotos vieram da arma de Cavalaria, razão existirem tantos termo da sua gíria:

(i) O "pilão", par de coices - afocinhamento do avião; 

(ii) "borrego", nega ao saltar um obstaculo - aterragem não conseguida; 

(iii) "cavalo de pau",  instrumento que dá o equilibrio do avião - ...

No meu tempo, as idades para concorrer, eram os 17 e 21 anos. Fazia parte das condições ser solteiro, ter autorização do pai.... Centenas de "mancebos" concorriam, uns para "andarem mais perto de Deus", outros para fugirem do "diabo"...

Depois de apertados exames medicos aparecem em São Jacinto (Fevereiro 67), BA7, meia centena de alunos para iniciar as "voadelas". Recordo que  havia um Alferes, um Aspirante e um Cabo, portanto ,recrutados das FT.

O avião de inicio de instrução foi o CHIPMUNK, onde aprendíamos os pequenos segredos de voo.
Fui largado depois de 15 horas,  no dia 21 de Abril de 67 no 1635.[ não sentir o instrutor a corrigir, a emendar, a ajudar ... (o silencio dos Deuses) foi a alegria plena]. 

 Depois da aterragem, na placa, o instrutor esperava-nos para o "caldaço no pescoço e o pontapé no traseiro". Quem estivesse por perto e já fosse Pilav também "molhava a sopa". 

O banho na Ria,  ao fim da tarde,  fazia parte da praxe dos "recém-largados". Fazia-se coincidir com a partida da lancha da Marinha, assim, os que estivessem sobre a ponte de atracagem também poderiam ir ao banho .

Era também tradição oferecer uma garrafa de "whisky" ao instrutor e fazia~se um jantar de confraternização, alunos e instrutores.

Depois desta fase, passava-se para o T-6...

No dia 28 de Junho fui largado no T-6 (1656) com 13 horas de voo. Com 170 horas de voo, acabei em São Jacinto e obtimha  o tão desejado Brevet, "as asas no peito". (Das centenas de recrutas, restaram 20 pilotos;  a seleção natural diminuiu para metade este número).

Nas 150 horas de T-6, Maio de 67 a Dezembro de 67, aprendeu-se tudo que o avião "deve "fazer": o rolar, descolar, voltas de pista, formação, navegação, voo por instrumentos, acrobacia, voo noturno, "rapadelas", tiro , ... e crescia~se ou não, no Bar dos especialistas, dos "marinheiros, nas escapadelas a Aveiro, no "Gato Preto" ....

Aqui chegados era a partida para o Ultramar.

Nesse ano a FAP abriu o primeiro curso de Helicópeteros para pilotos que não eram do quadro. Ofereci-me como voluntário e ao mesmo tempo ofereci-me para a Guiné. (a razão de me oferecer para a Guiné, teve a ver com o tempo da comissão).

Consta na minha caderneta: (Dezembro de 67) Encerra-se a presente caderneta em virtude do seu titular marchar para a Base Aérea nº 3, a fim de frequentar o Curso complementar de Helicópeteros nos termos do rádio BP...

Em Janeiro de 68, eu e mais cinco pilotos do P1 de 67, juntamente com quatro pilotos da Academia Militar e um  Sr Duarte de Bragança, iniciamos com o Al II ,o curso de helis.

Tenho registado 60 horas de AL II até junho de 68, quando comecei com o AL III. Fiz 30 horas de AL III antes de embarcar para a Guiné.

Sobre as modalidades de voo que  "referem" no questionário, naquele tempo, estou convencido que fizemos tudo. Salvamento de guincho e voo de montanha, na altura, forma para mim estranha por pensar que não iria usar isso na "Guerra ", o que veio a acontecer. O Guincho foi utilizado por mim só para manutenção ...

O voo noturno, com os instrumentos que à época existiam, seria o modo de voo a que requeria mais atenção.

Estou convencido que no final do curso que me foi ministrado, estava bem preparado para seguir para o "teatro das operações".

Saí de Tancos com 291 horas, na totalidade, e no dia 1 de Outubro de 68, fazia uma evacuação (TEVS) em Cabuca.

O meu nº da FAP era (é ?) o 114/66.

Estou a perder-me a ficar longo e maçador...
Se mais houver em que possa ajudar, ficarei ao dispor.

Abraço, Luís Graça e Fernado Leitão.

Jorge Félix

2.  Troca de mensagens com o ten cor pilav F. Leitão, com data de ontem:

(i) Caro camarada da FAP, ten cor F. pilav Leitão:

Aqui vai, em primeira mão, mais um contribuição, a do nosso querido amigo, Jorge Félix, experimentado alf mil pil, que voou, como poucos,  aos comandos do AL III no TO da Guiné, em 1968/70... Um Alfa Bravo. Luis Graça

(ii) Luís Graça, Jorge Félix:

Muito obrigado por este testemunho valioso! Vou incorporar a informação transmitida.

Um respeitoso abraço,

Fernando Leitão
Tenente-Coronel Piloto Aviador
Área de Ensino Específico da Força Aérea
Instituto de Estudos Superiores Militares
Rua de Pedrouços 1449-027 LISBOA
Tel: 213002143 / Tel mil: 226140

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Guiné 63/74 - P2479: Guileje: Simpósio Internacional (1 a 7 de Março de 2008) (10): Lançamento oficial, ignorado pela RTP-África

Guiné-Bissau > Bissau > Universidade Colinas do Boé > 24 de Janeiro de 2008 > Cerimónia de lançamento oficial do Simpósio Internacional de Guileje > Mesa, presidida pela Ministra dos Combatentes da Liberdade da Pátria, Isabel Buscardini.

1. Mensagem, com data de ontem, do nosso amigo Pepito, da comissão organizadora do Simpósio Internacional: Guileje na rota da Independência da Guiné-Bissau (1):

LANÇAMENTO OFICIAL DO SIMPÓSIO

Foi hoje, dia 24 de Janeiro, feita a apresentação oficial e pública do Simpósio Internacional de Guiledje.

O acto decorreu nas instalações da Universidade Colinas do Boé sob a presidência da Ministra dos Combatentes da Liberdade da Pátria, Isabel Buscardini, na presença dos Embaixadores da União Europeia, de Portugal, da Guiné-Conakry, de Cuba, do Senegal, dos representantes do INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa, AD - Acção para o Desnvolvimento e Universidade Colinas de Boé, dos orgãos de comunicação social privados e comunitários, bem como de muitos jovens interessados pela História da Guiné-Bissau.

Como o assunto era relativo à História e Cultura, a televisão nacional e a RTP África, sempre mais preocupadas em dar relevo a outras questões mais relevantes como o narcotráfico e a presença da AL-QAEDA, primaram pela ausência. Critérios....

A sessão começou com a apresentação de um conjunto de slides evocativos de Guiledje, das companhias portuguesas que por lá passaram, dos combatentes do PAIGC e do Quartel antes e depois do assalto final.

O Grupo Os Fidalgos apresentaram um excelente conjunto de músicas guineenses, algumas das quais serão repetidas no Sarau Cultural que ocorrerá durante o Simpósio [Vd. programa no sítio ofical do Simpósio].

Guiné-Bissau > Bissau > Universidade Colinas do Boé > 24 de Janeiro de 2008 > Cerimónia de lançamento oficial do Simpósio Internacional de Guileje > Dois momentos da actuação do Grupo Teatral Os Fidalgos ( 2).

Seguiram-se as diversas intervenções dos promotores e patrocinadores (3) que realçaram a importância do Simpósio como contributo para a reconciliação nacional à volta de valores fundamentais como a Independência e a figura impar de Amílcar Cabral, a aproximação ainda maior dos guineenses e portugueses, os ensinamentos da Luta para esta nova fase de desenvolvimento e o facto de ser a primeira vez na história que antigos povos que se confrontaram de armas na mão se vão encontrar de forma fraternal para abordar o seu passado comum.

Todos consideraram que o Simpósio irá contribuir para a criação de uma nova imagem da Guiné-Bissau, um país de HISTÓRIA e CULTURA.



Guiné-Bissau > Bissau > Universidade Colinas do Boé > 24 de Janeiro de 2008 > Cerimónia de lançamento oficial do Simpósio Internacional de Guileje > Dois aspectos da assistência

A finalizar, procedeu-se a uma breve degustação de algumas bebidas feitas com aromas silvestres e que serão consumidas durante o Simpósio, tendo três delas ganho o primeiro combate: Grad, Pó di Pila e Patchanga.


Guiné-Bissau > Bissau > Universidade Colinas do Boé > 24 de Janeiro de 2008 > Cerimónia de lançamento oficial do Simpósio Internacional de Guileje> Três bebidas, de produção artesanal, premiadas...

Repare-se no nome das bebidas, associadas ao armamento do PAIGC: Grad, Pó di Pila e Patchanga. Recorde-se que: (i) o Grad, ou Graad, ou Jacto do Povo, era o Foguetão 122 mm; (ii) a Patchanga era a famosa irritante 'costureirinha' (segundo a designação dos 'tugas'), a Pistola-Metralhadora SHPAGIN Cal 7,62 mm M-941 (PPSH), de origem soviética; (iii) O Pó de Pila deveria ser o Lança Granadas-Foguete PANCEROVKA P-27 (também conhecido, na giría dos guerrilheiros do PAIGC, como Bazuca Bichan, Lança Grande, Pau de Pila)(4). (LG).

Fotos: © Pepito / AD- Acção para o Desenvolvimento (2008). Direitos reservados. (Texto e fotos editados por L.G.)

__________

Notas de L.G.:

(1) Vd. último poste desta série:

24 de Janeiro de 2008 > Guiné 63/74 - P2478: Guileje: Simpósio Internacional (1 a 7 de Março de 2008) (9): Inimigos de ontem, amigos de hoje

(2) Este grupo de teatro tem um blogue próprio, um "sítio que aborda a cultura na Guiné Bissau", e que se chama justamente Os Fidalgos. Animam também o Centro de Intercâmbio Teatral de Bissau, que é uma parceria com a AD - Acção para o Desenvolvimento (do nosso Pepito) e a Cena Lusófona.

Em meados de 2007 tive o privilégio de assistir, no Teatro Nacional D. Maria II, em Lisboa, ao espectáculo apresentado por este grupo, com a peça Namanha Makbunhe (escrita a partir da obra-prima Macbeth, de William Shakespeare).

Vd. também poste de 10 de Junho de 2007 > Guiné 63/74 - P1831: Macbeth em África ou Namanha Makbunhe no Teatro da Trindade, com os Fidalgos, grupo de teatro de Bissau (Beja Santos)

(3) Promotores:

Acção para Desenvolvimento (AD)
Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa (INEP)
Universidade Colinas do Boé (UCB)

Patrocionadores:

Governo da Guiné-Bissau
União Europeia
Instituto Português de Apoio ao Desenvolvimento (IPAD)
Instituto Marquês de Valle Flôr

Comissão de Honra:

Presidente da República da Guiné-Bissau, General João Bernardo Vieira
Dr. Francisco Benante, Presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau
Dr. Martinho N’Dafa Cabi, Primeiro-Ministro da Guiné-Bissau
Doutor Nuno Severiano Teixeira, Ministro da Defesa de Portugal
Doutor João Cravinho, Secretário de Estado da Cooperação Internacional de Portugal
Prof Doutor Patrick Chabal, docente da King’s College, Londres, Grã-Bretanha
Prof Doutor Luís Moita, Vice-Reitor da Universidade Autónoma de Lisboa, Portugal
Dr. Óscar Oramas, Ex-Embaixador de Cuba na Republica da Guiné-Conakry.
Prof Doutor João Medina, Professor Catedrático da Universidade de Lisboa, Portugal
Flora Gomes, Cineasta guineense
Prof Doutor Peter Mendy, docente no Rhoad Islands College, Boston, USA.

Links > Outros Sites

Luís Graça & Camaradas da Guiné

Xitole

(4) Vd. poste de 27 de Junho de 2007 > Guiné 63/74 - P1890: PAIGC: Gíria revolucionária... ou como os guerrilheiros designavam o seu armamento (A. Marques Lopes)

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Guiné 63/74 - P1890: PAIGC: Gíria revolucionária... ou como os guerrilheiros designavam o seu armamento (A. Marques Lopes)


Portugal > Lisboa > s/d > Cartaz de propaganda de apoio à luta dos povos das colónias africanas portuguesas. Cartaz da UAC - Unidade Anti-Colonial. Imagem gentilmente cedida por Jorge Santos, ex-fuzileiro especial em Moçambique, membro da nossa tertúlia e autor de uma já clássica e exaustiva página sobre a Guerra Colonial (2005).



Um RPG-2, com o respectivo porta-granadas. Em russo: Ruchnoi Protivotankovii Granatomet (RPG-2). Uma temível arma que data do princípio dos anos 50. Deixou, entretanto, de ser usada pelo exército russo. Mas foi muito popular entre os exércitos de guerrilha em todo o mundo. Era a bazuca dos pobres... É uma arma muito leve (tubo= 2,86kg.; tubo + granada= 4,48 kg.) e de fácil manobra. Alcance efectivo= 100 metros (LG).

Fonte: © The Sword of Motherland Foundation (2005), com a devida vénia.

Guiné > Zona Leste > Sector L1 > CART 3494 (Xime e Mansambo, 1972/74) > 1973 > "Diverso material apreendido ao PAIGC numa operação, levada a cabo pela em 1973. Fico na dúvida se já em Mansambo ou ainda no Xime" (Sousa de Castro). São visíveis as famosas metralhadoras ligeiras Kalashnikov, que se tornaram verdadeiro objecto de culto até aos dias de hoje (1), granadas de RPG7, porta-granadas de canhão s/r...

Foto: © Sousa de Castro (2007). Direitos reservados.


Guiné > PAIGC > s/d > A Kalash, a famosa AK-47, desenhada pelo russo Mikhail Timofeevich Kalashnikov (nascido em 1919) equipava na altura todos os exércitos de guerrilha do mundo, além dos exércitos do Pacto de Varsóvia. Até meados dos anos 90 calcula-se que se tenham fabricado mais de 70 milhões de Kalash, de acordo com o modelo oficial ou em versões pirateadas. Esta arma continua no imaginário de todos os ex-combatentes da Guiné. Recordo-me de em Bambadinca, no regresso da operação de invasão a Conakry (Op Mar Verde), alguns tipos da 1ª Companhia de Comandos Africanos (qu estavam sediados em Fá Mandinga, a tabanca do Jorge Cabral) andarem a oferecer-nos Kalash, que faziam parte parte dos seus roncos, por 500 pesos... Tive o bom senso de não comprar nenhuma... (LG).

Foto: Fonte desconhecida (2).

1. Mensagem do A. Marques Lopes (que em Julho estará em férias na sua querida Nazaré):

Caros camaradas:

A propósito dos acrónimos, gírias e calão (3), aqui vai, para conhecimento ou lembrança, como é que os guerrilheiros do PAIGC chamavam ao seu armamento.

Abraço

A. Marques Lopes

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Tipo de Armamento > DESIGNAÇÃO

Foguetão 122 mm > GRAAD ou JACTO DO POVO


Morteiro 120 mm > BADORA


Canhão S/R B-10 > BEDISCanhão S/R 75 mm > TECHONGO


Lança Granadas-Foguete PANCEROVKA P-27 > BAZOOKA BICHAN, LANÇA GRANDE, PAU DE PILA, BAZOOKA CHINÊSLança Granadas-Foguete RPG-2 > BAZOOKA CHINA (*), BAZOOKA LIGEIRO, LANÇA PEQUENOLança Granadas-Foguete 8,9 cm (M20 B1) > BAZOOKA CUBANA

Metralhadora Pesada DEGTYAREV (DSHK) Cal. 12,7 mm M-38/56 > DEKA, DESSEQUE, DCK,Metralhadora Pesada GORYOUNOV Cal. 7,62 mm M-943 SG > TRIPÉ, GORRO NOVOMetralhadora Pesada ZB – 37 ZDROJOVSKA > TRIPÉ, TRIPÉ BESSA


Metralhadora Ligeira DEGTYAREV DP Cal. 7,62 mm > BIPÉ DISCO ou DISCO BIPÉ SOVIÉTICOMetralhadora Ligeira DEGTYAREV RDP Cal. 7,62 mm > BIPÉ CHECO, BIPÉ PACHANGAMetralhadora Ligeira M-52 Cal. 7,62 mm > BIPÉ CAUDO, BIPÉ MAQUESSENMetralhadora Ligeira BORSIG Cal. 7,92 mm > BIPÉ

Espingarda Automática KALASHNIKOV (AK) Cal. 7,62 mm > AKA ou ACAG3, PM SOVIÉTICOEspingarda Automática SIMONOV (SKS) Cal. 7.62 mm > CARABINA AUTOMÁTICA ou CHIME AUTOMÁTICA, CANHE BALE (JOL), CARABINA SINECE, CARABINA CHINESA, E.S.A SIMAEspingarda M-52 Cal. 7,62 mm > CARABINA CHECA
Espingarda MAUSER K98K > MAUSEREspingarda Semi-automática M-52 Cal. 7,62 mm > CHIME AUTOMÁTICA, CARABINA BOMBARDEIRACarabina MOSIN-NAGANT M-944 > CARABINA RÔSSIA (SOVIÉTICA

Pistola-Metralhadora M-23 > MERENGUE
Pistola-Metralhadora M-25 > MERENGUE ou RICON RICOPistola-Metralhadora SHPAGIN Cal. 7,62 mm M-941 (PPSH)> PACHANGA, METRO ou METAR (**)Pistola-Metralhadora SUDAYEV Cal. 7,62 mm M-943 (PPS) > PM de FERRO, DECÉTRIS,MODELO PACHANGA, PM CHINESA
Pistola-Metralhadora THOMPSON Cal. 11,4 mm > RICO JAZ-THOMPSONPistola-Metralhadora BERETTA N-38/42 e M-38ª> BERETTAPistola-Metralhadora SHMEISSER MP-38 e MP-40 > COPTER



Pistola CESKA ZBROJOVKA Cal. 7,65 mm > PISTOLA SEMI-AUTOMÁTICA
Pistola CESKA ZBROJOVKA Cal. 6,35 mm > PISTOLA SEMI-AUTOMÁTICA PEQUENA

Uma pistola de origem soviética, Tokarev, de 7,62, igual ou parecida à que que foi apreendida ao guerrilheiro Festa Na Lona, na Ponta do Inglês, no decurso da Op Safira Única ... Pelo que me recordo, esta pistola ficou à guarda do Alf Mil Abel Maria Rodrigues, comandante do 3º Grupo de Combate, que a tomou como ronco... Não sei se a conseguiu trazer para o Continente e legalizá-la... Ao que parece, esta arma teve a sua estreia na Guerra Civil de Espanha, em 1936, nas fileiras do exército republicano, estando distribuída a pilotos e tripulações de tanques, entre outros... (LG) (4).

Fonte: © Kentaur, República Checa (2006).



Guiné > Região do Cacheu >Caboiana > 38ª CCmds > Acção Jovenca > 31 de Dezembro de 1972 > A espingrada semiautomática russa Simonov, capturada a um guerrilheiro abatido.


Foto: © Amilcar Mendes (2006). Direitos reservados.



Lisboa > Museu Militar (1) > O foguetão 122 mm ou a arma especial Grad (na terminologia do PAIGC).

Foto: © Nuno Rubim (2007). Direitos reservados.

Guiné > Bissau > Fevereiro de 1968 > Exposição de armamento apreendido ao PAIGC, por ocasião da visita do Presidente da República, Alm Américo Tomás > Metralhadoras pesadas Degtyarev, de origem soviética (6).

Foto: © Victor Condeço (2007). Direitos reservados .

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Notas de A.M.L.:

(*) Mas era de fabrico soviético, tal como o RPG-7 .

(**) Nós chamavamos-lhe costureirinha.

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Notas de L.G.:

(1) Vd. post de 29 de Maio de 2006 > Guiné 63/74- DCCCXVIII: Confissões de um pacifista: A minha paixão pela bela Kalash (João Tunes)

(2) Vd. post de 16 de Maio de 2005 > Guiné 69/71 - XIX: O festival das kalash, das 'costureirinhas', dos rockets e dos katiousha (Luís Graça)

(3) Vd. último post da série Abreviaturas, etc. > 26 de Junho de 2007 > Giuiné 63/74 - P1887: Abreviaturas, siglas, acrónimos, gíria, calão, expressões idiomáticas, crioulo (3)... (Zé Teixeira)

(4) Vd. post de 19 Março de 2006 > Guiné 63/74 - DCXLI: Ponta do Inglês, Janeiro de 1970 (CCAÇ 12 e CART 2520): capturados 15 elementos da população e um guerrilheiro armado (Luís Graça)

(5) Vd. post de 15 de Novembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1280: A vida de um comando (A. Mendes, 38ª CCmds) (7): Um tiro de misericórdia em Caboiana

(6) Vd. post de 13 de Maio de 2007 > Guiné 63/74 - P1756: Exposição de armamento apreendido ao PAIGC, aquando da visita de Américo Tomás (Bissau, 1968) (Victor Condeço)