Fotos: © Torcato Mendonça (2010). Todos os direitos reservados
Olá, Virgínio Briote.
Que bom ver-te, vb. Sodade...sodade!
Também eu gostei da minha G3 (*). Era quase uma peça de arte, coronha de madeira polida pelo uso, ronco com mesinho na parte mais estreita, meiga e sentia-se certamente estimada. Tanto assim que respondeu sempre ao que lhe pedi.
Só para nós, vb, também passaste por aqueles momentos de solidão da emboscada montada ou a ansiedade do assalto e, nesse momento, eu e ela éramos um, falava com ela, um afago, uma palmada de carinho. Nada me dizia, claro, mas a resposta era dada no tiro, na rajada curta ou do empurrar do dilagrama... Disso talvez gostasse menos, era violento e os roletes tinham maior esforço.
Há aí mais que uma foto com ela. Era a minha defesa, a minha defensora. Deixei-a em Bissau com ronco e tudo. Já aqui perguntei por ela. Certamente julgaram-me louco. Não. Há amores que se não esquecem.
Volta mais vezes. Agora um abraço do T.
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Nota de L.G.:
(*) Vd. poste de 24 de Novembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7329: Kalashnikovmania (3): A minha namorada, a G3, que me foi fiel durante toda a comissão (Virgínio Briote)