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sexta-feira, 19 de maio de 2017

Guiné 61/74 - P17377: Historiografia da presença portuguesa em África (76): Subsecretário de Estado das Colónias em visita triunfal à Guiné, de 27/1 a 24/2/1947 - Parte V: De regresso, de Bafatá a Bissau, sexta-feira, 7 de fevereiro, com passagem por Fá (Mandinga), Bambadinca, Xitole e Porto Gole


Guiné > Região do Oio > Porto Gole > 2005 > O Rio Geba, junto a Porto Gole. Do outro lado, a margem esquerda. Mais à frente, para leste, o Rio Corubal vai desaguar no Rio Geba.

Foto: © Jorge Neto (2005)- Todos os direitos reservados {[Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Guiné-Bissau > Região do Oio > Porto Gole > 2005 > Marco comemorativo do V Centenário da Descoberta da Guiné (1446-1946) > Porto Gole, na margem direita do Rio, na estrada Bissau - Nhacra - Mansoa - Porto Gole - Bafatá (interdita no meu tempo, 1969/71. L.G.). A fotografia é do Jorge Neto (pseudónimo,. Jorge Rosmaninho, autor do blogue "Africanidades (Vivências, imagens, e relatos sobre o grande continente - África vista pelos olhos de um branco") que não já está ativo).

Este monumento foi inaugurado em 8/2/1947 pelo subsecretário de Estado das Colónis, engº  Rui Sá Carneiro, sendo governador geral Sarmento Rodrigues

Foto: © Jorge Neto (2005)- Todos os direitos reservados {[Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Guiné-Bissau > Região do Oio > Porto Gole > Pel Caç Nat 52 (1966/68) > 1966 > Marco comemorativo do V Centenário da chegada do primeiro explorador da Guiné, em Porto Gole, fotografado em 1966. Este é o lado oposto à fotografia do Jorge Nero. Dizeres, gravados na pedra: "Aqui chegou Diogo Gomes, primeiro explorador da Guiné, no ano de 1456". Foto de  Henrique Matos, o primeiro comandante do Pel Caç Nat 52 (Enxalé e Porto Gole, 1966/68), açoriano de São Jorge, que vive hoje em Olhão.

Foto: © Henrique Matos (2009). Todos os dreitos reservados.[Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]











Recorte da primeira página do "diário de Lisboa", nº 8693, ano: 26, edição de domingo, 9 de fevereiro de 1947 (Director: Joaquim Manso)

Cortesia de Casa Comum > Instituição: Fundação Mário Soares > Pasta: 05780.044.11044 > Fundo: DRR - Documentos Ruella Ramos

Citação:

(1947), "Diário de Lisboa", nº 8693, Ano 26, Domingo, 9 de Fevereiro de 1947, CasaComum.org, Disponível HTTP: http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_22338 (2017-5-19)


1. P
rossegue a viagem ("triunfal", segundo a imprensa da época) à Guiné, do subsecretário de Estado das 
 (Colónias, Engº Rui Sá Carneiro, pelo interior Norte, Centro e Leste (regiões do Cacheu, Oio, Gabú e Bafatá), uma década depois da última "campanha de pacificação" (Canhabaque, arquipélago dos Bijagós, 1936/37)(*). 

Recorde-se que era então, em 1947, governador-geral o comandante da Marinha, Manuel Sarmento Rodrigues,
futuro ministro das Colónias e depois do Ultramar.

O representante do Governo de Salazar tinha chegado ao território no dia 27 de janeiro de 1947, tendo por missão encerrar as comemorações do V Centenário do Descobrimento da Guiné (em 1446).



2. Da leitura da curta notícia da agência "Lusitânia", publicada no "Diário de Lisboa", na sua edição de 9/2/1947 (pp. 1), fizemos um resumo para ajudar os nossos leitores a perceber melhor o seu enquadramento:


(i) no dia 7 de fevereiro de 1947, sexta-feira,  ao fim da tarde, o subsecretário de Estado das Colónias, engº Rui Sá Carneiro,   chega à Praça do Império, em Bissau, depois de um périplo pelo interior da Guiné, que incluiu as regiões de Gabu e de Bafatá;


(ii) às 8h30 desse dia despede-se de Bafatá e segue em cortejo automóvel até Fá (Mandinga) onde visita a serração mecânica do português, o "madeireiro" Fausto Teixeira ou Fausto da Silva Teixeira, radicado na colónia há 20 anos; (no nosso tempo, meu e do "alfero Cabral", em 1969/71, já não havia vestígios desta serração mecânica, e muito menos do Fausto da Silva Teixeira);


(iii) entretanto, em Bambadinca (e não Sambadinca, grosseira gralha tipográfica), e sob a aclamação de "milhares de fulas" (sic), o representante do governo da metrópole procede à condecoração de "três grandes chefes, companheiros de Teixeira Pinto" (sic), durante as campanhas de pacificação (1913-15); é pena o jornalista não citar os seus nomes;


(iv) ainda em Bambadinca, uma centena de crianças das escolas católicas e da escola oficial,  cantam, por seu turno, o hino nacional;




Guiné-Bissau > Região de Bafatá > Setor de Xitole > 10 de março de 2009 > A antiga ponte Marechal Carmona, sobre o Rio Corubal, de há muito em ruínas... Já não era usada no tempo da guerra colonial... O primeiro camarada nosso a falar dela foi o David Guimarães que a revisitou em 2001. Sabemos agora que foi construída em 1937, e que colapsou logo a seguir... Quem terá sido o "engenheiro"  ?

O nosso camarada Carlos Silva, na sua última viagem à Guiné, andou no encalce desta "jóia arquitectónica", a antiga "Ponte Carmona"... Com um guia local, de catana na mão, a abrir caminho, num antiga picada que ia do Xitole até à ponte (assinalada, de resto, no mapa do Xitole)... O Carlos ficou fascinado com a beleza desta obra de engenharia...

Foto: © Carlos Silva (2009). Todos os direitos reservados..[Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



(v) durante o trajeto de regresso a Bissau, o engº Sá Carneiro ainda terá tempo de visitar "a grande ponte do Rio Corubal, de 210 de comprimento, construída em 1937", e que entretanto ruíra, num troço de 21 metros, durante a época das chuvas; ora esta ponte só pode ser a do Xitole,a ponte marechal Carmona,  sendo substituída mais tarde (1956) pela ponte general Craveiro Lopes, no Saltinho (**);

(vi) às 13 horas dessa sexta-feira, dia 7 de fevereiro de 1947,  o nosso homem está em Porto Gole, depois de cambar o rio Geba, em Bambadinca;


(vii) mas, antes disso, ainda teve tempo de condecorar "dois régulos" (provavelmente do Cuor e do Enxalé), pelos "relevantes serviços prestados a Portugal";  


(viii) no caso de Porto Gole, ficamos a saber, segundo a notícia dada pela agência "Lusitânia", publicada no "Diário de Lisboa", que se trata de uma povoação recentíssima, "com poucos meses de existência", ou seja, construída em 1946;


(ix) o jornalista da "Lusitânia" assinala que Porto Gole foi o primeiro ponto de penetração portuguesa no interior da Guiné, "há 91 anos" [gralha, deve ser 491 anos];


(x) aqui, os mandingas, em maioria, e também aos "milhares" (sic), assistem à inauguração do monumento a Diogo Gomes, o primeiro explorador do continente africano: reza a história que subiu o estuário do Geba com três caravelas (!); (estranha-se a ausência dos balantas do Óio);


(xi) antes do descerramemto do  monumento, foi proferido um discurso sobre o feito histórico, discurso esse que esteve a cargo do  2º tenente da marinha Teixeira da Mota, ajudante de campo do governador geral Sarmento Rodrigues; e foi brilhante, ou melhor "notável", como não podia deixar de ser, proferido pela maior autoridade da época em matéria de história da Guiné;


(xii) oferecido pelo administrador de Mansoa, sede de circunscrição, foi servido o almoço, à sombra dos mangueiros, em Porto Gole;


(xiii) o eng Sá Carneiro seguirá depois para Bissau, ainda a tempo de chegar e ser "vivamente aclamado", na Praça do Império, por: (i) funcionalismo; (ii)comerciantes; (iii) colonos; e (iv) indígenas;


(xiv) no  domingo, dia 9, partirá movamente para o interior, incluindo as "pitorescas ilhas dos Bijagós": irá visitar as ilhas de Bolama e Bubaque;





Guiné > Zona Leste > Circunscrição de Bafatá > Rio Geba > 1931 > Cambança do rio Geba, antes das pontes de cimento armado... "Jangada no Rio Geba. Passagem entre Bafatá e Contuboel"... Imagem reproduzida em "O Missionário Católico", Boletim mensal dos Colégios das Missões Religiosas Ultramarinas dos Padres Seculares Portugueses, Ano VIII, nº 81, Abril de 1931, p. 169 (Exemplar oferecido ao nosso blogue pelo camarada Mário Beja Santos).

Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2017)
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Notas do editor:

(*) Último poste da série > 4 de maio de  2017 > Guiné 61/74 - P17318: Historiografia da presença portuguesa em África (75): Subsecretário de Estado das Colónias em visita triunfal à Guiné, de 27/1 a 24/2/1947 - Parte IV: No chão fula, Bafatá e Gabu, 6 de fevereiro de 1947...

(**) Vd. poste de 8 de novembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5237: Memória dos lugares (53): Rio Corubal: As três pontes... (C. Silva / P. Santiago / M. Dias / Luís Graça)

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Guiné 63/74 - P14233: Libertando-me (Tony Borié) (3): O senhor Spencer, em Mansoa, industrial de madeiras, representante do Gazcidla e de uma agência de viagens.

Terceiro episódio da série "Libertando-me" do nosso camarada Tony Borié, ex-1.º Cabo Operador Cripto do CMD AGR 16, Mansoa, 1964/66.




O senhor Spencer era uma robusta pessoa, que eu não sabia se era de origem cabo-verdiana ou guinéu, era para todos “o Senhor Spencer”, era comerciante em Mansoa, em especial de madeiras, também lá havia na altura outro comerciante que se dedicava a madeiras, mas de origem europeia e, creio que vivia em Bissau.

Mas o “senhor Spencer” é o progonista da nossa história.

Nas muitas vezes em que nos juntávamos na célebre “sueca”, aquele jogo de cartas muito popular entre os militares, em que quem perdia pagava, neste caso era “licor”, como ele dizia, não cerveja ou vinho, que o bebam vocês lá no quartel, dizia ele, coçando o estômago, já um pouco saliente.

Era proprietário de uma camioneta que só existia a cabine e o esqueleto atrás, com umas traves presas por cordas, dizia que era o suficiente para ir buscar os “toros de madeira” ao interior das matas, para transportar ao fim do mês para Bissau, onde o seu destino era o continente. Às vezes, alguns brincavam com ele, perguntando-lhe, quando regressava com a camioneta, com dois ou três “toros” em cima, deitando muito fumo:
- Quantos mataste para te carregarem a camioneta, com toda essa madeira roubada?

Ele ficava furioso, mas controlava-se, sorrindo.


Um dia disse-me que em Bissau o informaram que havia um novo produto, já muito famoso, que iria substituir a lenha para cozinhar, era o “Gazcidla”, ele próprio iria ser o agente em Mansoa, assim como iria facilitar qualquer pessoa que quisesse viajar para fora da Guiné, pois também iria representar uma agência de viagens da capital, pedindo-me que lhe fizesse um cartaz publicitário para colocar junto à sede do clube “Os Balantas”, num largo em cimento que na altura lá existia, em frente, ou ao lado, do clube onde nós os militares jogávamos andebol e basquetebol.


Ajustámos que ele dava a tinta e outros materiais, eu só fazia os “rabiscos”, pagando ele 65 pesos. Como combinado, rabisquei conforme me foi possível, colocou-se o cartaz e, no primeiro dia da época das chuvas, os “rabiscos” desapareceram, pois a tinta era de muito fraca qualidade.

Conclusão, tive que rabiscar tudo outra vez, dizendo-me ele para fazer realçar a garrafa de “Gazcidla” e o avião.


Tony Borie, Fevereiro de 2015
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Nota do editor

Último poste da série de 1 de fevereiro de 2015 > Guiné 63/74 - P14209: Libertando-me (Tony Borié) (2): 10 de Junho e a visita do Primeiro Ministro de Portugal à Comunidade Portuguesa de Newark

Guiné 63/74 - P14230: Memória dos lugares (286): a ponte-cais de Binta e o madeireiro Manuel Ribeiro Carvalho (José Eduardo Oliveira / Antº Rosinha)








Guiné > Região do Cacheu > Binta > CCAÇ 675 (1964/66) >  Ponte-cais de Binta, no rio Cacheu > Fotos do álbum do nosso camarada  José Euardo Oliveira (JERO), natural de Alcobaça,


Fotos: © José Eduardo Oliveira  (2015). Todos os direitos reservados.

1. Comentário do JERO ( (ex-Fur Mil da CCAÇ 675, Quinhamel, Binta e Farim, 1964/66) (*)


"Tropecei" com particular emoção neste anúncio do madeireiro Manuel Ribeiro de Carvalho, que conheci em Binta no 2º.semestre de 1964. Pertenci à CCaç.675 que esteve em Binta desde 30 de Junho de 64 a finais de Abril de 1966. Fui o Furriel Enfermeiro da Companhia e recorda-me de ter tratado do sr.Ribeiro duas vezes: a uma retenção de urinas, em que tive de o algaliar,  e um "ataque" de abelhas muito grave.

A minha Companhia fez-lhe segurança em algumas idas ao mato para cortar madeiras quando se aproximava a data do carregamento de barcos que vinham até Binta, pelo Rio Cacheu. 

Falei muitas vezes com ele. Era uma pessoa de bom trato e , nesse tempo, já com uns 30 anos de Guiné. Quando vi o seu "anúncio" nesta postagem fiz uma autêntica viagem ao passado. E já vão 50 anos !!! Obrigado., JERO


2. Comentário do Antº Rosinha:

Amigo Jero, Binta era de facto um antigo importante ponto de embarque de troncos de madeira, talvez a maior parte para exportação.

Se te lembras tinha uma ponte cais de madeira, pois o governo de Luís Cabral que dava muita importância ao transporte fluvial, ainda conseguiu dinheiro para substituir a pequena ponte cais de madeira por uma idêntica mas em betão armado.

Luís Cabral foi corrido e já não viu a sua obra.

Mas os guineenses já não precisavam da ponte cais porque com o equipamento e máquinas modernas e grandes tractores e camiões da VOLVO que a Suécia ofereceu, num instante cortaram e transportaram a maioria dos grandes troncos no porto de Bissau, e por via terrestre. (...)


3. Comentário do editor:

Jero, se puderes manda-nos algumas fotos da ponte-cais de Binta (**).

Obrigado pelo teu primeiro comentário a este poste. Mais de meio século depois, consegues sentir e transmitir uma emoção concreta ao ler um anúncio de uma revista de 1956, que fala de um tal Manuel Ribeiro de Carvalho (*), madeireiro, que tu conheceste em 1964, em Binta, e a quem trataste, de um problema de saúde.

É a prova, mais do que provada, de que tu, Jero, estás vivo e bem viv, e que o Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande.

Partilho a tua emoção. Mal de nós quando perdermos a capacidade de nos emocionarmo-nos.

Xicoração estremenho do Luís

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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 5 de fevereiro de  2015 > Guiné 63/74 - P14221: Historiografia da presença portuguesa em África (53): Revista de Turismo, jan-fev 1956, número especial dedicado à então província portuguesa da Guiné: anúncios de casas comerciais - Parte IX (Mário Vasconcelos): o madeireiro Manuel Ribeiro de Carvalho (Binta, Farim) e a carpintaria mecânica de Humberto Félix da Silva (Bissau)

(**) Último poste da série > 2 de fevereiro de 2015 > Guiné 63/74 - P14211: Memória dos lugares (284): Fortaleza da Amura, estátua de Diogo Gomes, ponte cais de Bissau e edifício da Alfândega (Arménio Estorninho / Agostinho Gaspar / António Bastos)

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Guiné 63/74 - P14221: Historiografia da presença portuguesa em África (58): Revista de Turismo, jan-fev 1956, número especial dedicado à então província portuguesa da Guiné: anúncios de casas comerciais - Parte IX (Mário Vasconcelos): o madeireiro Manuel Ribeiro de Carvalho (Binta, Farim) e a carpintaria mecânica de Humberto Félix da Silva (Bissau)








Digitalizações:  Mário Vasconcelos (2015). [Edição: LG]



1. Continuação da publicação de anúncios de casas comerciais, da Guiné. Reproduzidos, com a devida vénia, de Turismo - Revista de Arte, Paisagem e Costumes Portugueses, jan/fev 1956, ano XVIII, 2ª série, nº 2. (*).

Trata-se de uma gentileza do nosso camarada Mário Vasconcelos [,ex-alf mil trms, CCS/BCAÇ 3872, Galomaro, COT 9 e CCS/BCAÇ 4612/72,Mansoa, e Cumeré, 1973/74; foto atual à direita] que descobriu um exemplar, já raro, desta edição, no espólio do seu falecido pai.

Hoje publicamos mais dois anúncios: 

(i) O Manuel Ribeiro de Carvalho, que seria em 1956, antes da guerra, "o maior exportador de madeiras da Guiné"; tendo serração mecânica em Binta, Farim;

(ii) O Humberto Félix da Silva, de Bissau, telefone nº 6 (!), tinha carpintaria e marcenaria mecânica",  efetuava "todos os trabalhos de construção civil" e, muito importante, tinha "camionagem própria"...

A guerra deu cabo destes negócios, nomeadamente o da exploração e da exportação de madeira. 

Sabemos que o aproveitamento da "fileira florestal" vai se intensificar durante  a II Guerra Mundial, na sequência do aumento das cotações da madeira. As florestas do Cacheu, ricas em bissilião, vão ser duramente castigadas. A exportação de madeira, da província, passa dumas míseras 131 toneladas (32 contos), em 1931-35, para 24 vezes mais, em 1946-50: 3133 toneladas (2514 contos).

Coma o início da guerra, em 1963, as exportações rapidamente entraram em declínio: 13551 t (6734 contos), em 1960; 3406 toneladas (1848 contos), em 1965. A quebra mais acenuada, nessa década,   é a partir de 1963, onde o volume das exportações ainda ultrapassou as 17250 toneladas (e os 7900 contos). (Fonte: Dragomir Knapic - Geografia económica de Portugal: Guiné. Lisboa: Instituto Comercial de Lisboa, 1966, pp. 33/34).

Alguém se lembra destas duas empresas e dos seus donos ? Ainda conheci, em Contuboel, um madeireiro!....A serração do Albano ainda existia no meu tempo (junho/julho de 1969), quando Contuboel foi Centro de Instrução Militar, donde saíram, de entre outras, as futuras CCAÇ 11 e 12. A malta da CART 2479 / CART 11 deve-se lembrar bem do Albano. (**) (LG)

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Nota do editor:.

(P*) Vd. os dois postes anteriores:

3 de fevereiro de 2015 > Guiné 63/74 - P14213: Historiografia da presença portuguesa em África (53): Revista de Turismo, jan-fev 1956, número especial dedicado à então província portuguesa da Guiné: monumentos - Parte I (Mário Vasconcelos): destaque para o edifício da administração civil (Bissau) e o monumento aos pilotos italianos mortos em 1931 (Bolama)

30 de janeiro de  2015 > Guiné 63/74 - P14205: Historiografia da presença portuguesa em África (52): Revista de Turismo, jan-fev 1956, número especial dedicado à então província portuguesa da Guiné: anúncios de casas comerciais - Parte VIII (Mário Vasconcelos): Mais 4 lojas de Bissau, três delas já com telefone

(**) Sobre outros madeireiros na Guiné:

7 de junho de 2010 >  Guiné 63/74 - P6549: O Nosso Livro de Visitas (92): O Xitole que eu e os meus pais conhecemos até 1962 (Maria Augusta Antunes, filha de Henrique Martinho, antigo madeireiro)

27 de julho de  2010 > Guiné 63/74 - P6794: O Nosso Livro de Visitas (96): Quem se lembra do Dr. Noronha (de Bafatá), Toscano de Almeida, madeireiro, do Dias Saboeiro, figuras que povoam a minha infância ? (Maria Augusta Antunes, que cresceu no Xitole, na década de 1950)

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Guiné 63/74 - P13270: Ser solidário (160): Petição: Parem imediatamente o tráfico ilegal de madeira na Guiné-Bissau!... (Patrício Ribeiro / Luís Graça)


1. De  Bissau,  com data de 6 do corrente, o nosso camarada e amigo Patrício Ribeiro manda-nos a seguinte mensagem:

As más noticias...

Todos os dias a bicha dos contentores a tardinha, chega em duas filas,  desde o Palácio, até aos portões do porto de Bissau,  contornado a Amura e estrada à volta de Bissau, por de trás da Alfandega.

São muitas dezenas de contentores por dia, há quem diga que são mais de 100 que diariamente a entrar no porto...

Um abraço

Patricio Ribeiro

2.  PETIÇÃO | Parem imediatamente o tráfico ilegal de madeira na Guiné-Bissau!

Caros/as amigos/as e camaradas da Guiné:

A exploração e tráfico ilegal de madeira na Guiné-Bissau está a  tomar proporções assustadoras,  colocando em perigo os ecossistemas do país e as comunidades que dele dependem. É importante que todos/as nos mobilizemos no sentido de apelar às autoridades nacionais e internacionais a agirem, rapida e prontamente. 


  Leiam, divulguem e assinem  esta petição, disponível, aqui, no síto da AVAAZ.org - Community Petitions [, inmagem acima,]  em português, francês e inglês. Reproduz-se a seguir a versão em português.

Nós já a subscrevemos, a título individual. Basta indicar o nome, o endereço de email e o país. Esta petição foi lançada em 4 do corrente, pelo grupo Acção C., da Guiné-Bissau, e destina-se a aer entregue a: (i) Presidente da República e primeiro ministro da Guiné-Bissau; (ii) Presidente da República Popular da China; (iii) Secretário Geral das Nações Unidas e União Europeia.,

A publicação no blogue desta petição em nada viola, no nosso entender, o princípio, nº 7,  da "não-intromissão, por parte dos portugueses, na vida política interna da atual República da Guiné-Bissau (um jovem país em construção), salvaguardando sempre o direito de opinião de cada um de nós, como seres livres e cidadãos (portugueses, europeus e do mundo)".(Ver O Nosso Livro de Estilo). Escusado será recordar, mais uma vez, que as opiniões aqui expressas, sob a forma de postes ou de comentários, são da única e exclusiva responsabilidade dos seus autores, (LG).

Manifesto
Os recursos florestais da Guiné-Bissau estão a ser brutalmente extirpados,  ameaçando a manutenção da sua diversidade genética, a conservação da biodiversidade no país e colocando em perigo as comunidades locais que dependem dos ecossistemas.

Estudos da Organização Internacional das Madeiras Tropicais indicam que apenas 1% da exloração madeireira nos trópicos é sustentável.

A licença anual de exploração está fixada em 20.000 m3,  embora este valor tenha sido afixado sem qualquer tipo de avaliação prévia ou estudo sobre a capacidade de exploração sustentável no país.

A madeira é na maior parte das vezes arrumada em contentores nas matas, e não nas madeireiras como a lei obriga, fugindo totalmente ao controlo da quantidade cortada e processada.

A primeira denúncia e revolta popular ocorreu em Quínara em Outubro de 2012, quando jovens do setor de Fulacunda identificaram cidadãos chineses usando uma licença de exploração da madeireira Folbi que lhes permitia explorar diariamente dois contentores de madeira (aproximadamente 34 m3/dia).

Esta denúncia, assim como as restantes que se seguiram, nunca obtiveram resposta ou tomada de posição do anterior Governo de Transição.

Atualmente das 8 regiões do país as que estão a ser alvo de tráfico ilegal de madeira são todas aquelas onde ainda existem manchas florestais, nomeadamente: 


  • Cacheu (setor de Cantchungo); 
  • Oio (setores de Farim, Mansabá e Bissorã); 
  • Bafatá (Setores de Contuboel, Bambadinca, Galomaro, Ganadu e Xitole), 
  • Gabú (setores de Pitche, Mansabá e Bissorã);
  • Tombali (Quebo e Catió);
  • Quínara (setores de Buba, Fulacunda e Tite).

Nestas regiões o corte de madeira foi realizado também em áreas protegidas onde o corte massivo de qualquer madeira está interdito!

No corredor ecológico de Salifo por exemplo, no Parque Nacional do Dulombi cuja criação, funcionamento e financiamento está a cargo das Nações Unidas, foram retirados 300 contentores (5.100 m3) entre Janeiro e Março de 2014 sob pressão militar.
No Parque Natural das Lagoas de Cufada, na aldeia de Bacar Conté, foram cortadas 116 árvores só no mês de Janeiro de 2014.

Ameaças e agressões aos camponeses são feitas por militares sempre que há resistência em qualquer parte do país em cooperar, colocando frequentemente os seus direitos humanos em causa,  aliada a uma completa inação das forças policiais.

Os relatos e as denúncias aumentam a cada dia que passa. Neste ritmo de exploração ilegal de madeira os ecossistemas da Guiné-Bissau entrarão num irreversível colapso!
Nós,  cidadãos nacionais e internacionais, plenos cidadãos de direito, exigimos uma tomada de posição imediata.

Ao Presidente da Républica e Governo recém eleitos na Guiné-Bissau:
  • suspensão imediata da concessão de novas licenças e revogação das licenças concedidas a empresas infratoras.
  • avaliação do impacto ecológico, social e económico do desmatamento ilegal;
  • abertura de um inquérito ao trafico ilegal de pau-de-sangue e outras árvores exóticas no país, em particular nas áreas protegidas, florestas comunitárias e florestas sagradas;
  • reflorestação das áreas afetadas;
  • expulsão do país das pessoas estrangeiras condenadas e envolvidos no tráfico de madeira e julgamento e condenação dos nacionais diretamente envolvidos;
  • aplicação de uma moratória à exploração de pau-de-sangue por 10 anos.
Ao Presidente da República Popular da China:
  • que a China assuma a sua responsabilidade na destruição das florestas dos países em desenvolvimento onde tem estabelecido parcerias de cooperação;
  • que a China reveja o seu conceito de cooperação ajudando na mitigação do problema;
Ao Secretário Geral das Nações Unidas e à União Europeia:
  • se pronuncie sobre o formato de cooperação da China com os países em desenvolvimento, fornecendo um relatório público sobre essas relações de cooperação e seus impactos para os últimos, lembrando que as Nações Unidas encontram-se engajadas em ajudar os países como a Guiné-Bissau a atingir os objectivos do milénio;
  • apoie a sociedade civil Guineense no reforço de capacidades em matéria de advocacia através de facultação de ferramentas operacionais que permitam a esta participar nas tomadas de decisão referentes ao desenvolvimento do país em matéria de exploração de recursos naturais.
Para assinar a petição, clicar aqui. [Revisão e fixação do texto, incluindo negritos, da responsabilidade do editor LG].

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Nota do editor:

terça-feira, 27 de julho de 2010

Guiné 63/74 - P6794: O Nosso Livro de Visitas (95): Quem se lembra do Dr. Noronha (de Bafatá), do Toscano de Almeida, madeireiro, do Dias Saboeiro, figuras que povoam a minha infância ? (Maria Augusta Antunes, que cresceu no Xitole, na década de 1950)


Guiné-Bissau > Região de Bafatá > Saltinho > Rio Corubal > Novembro de 2000> Uma das mais belas tiradas pelo Albano Costa (ou seu filho, Hugo Costa), aquando da sua visita à Guiné-Bissau... Mulheres e crianças tomando banho nos rápidos do Saltinho... Poucos de nós tiveram o privilégio de, em tempo de guerra, contemplar uma cena idílica, quase bíblica,  como esta... Na época o Rio Corubal era um dos sítios onde o tuga não se atrevia a tomar banho, com excepção do Saltinho... É dos rios míticos que, quais fantasmas, nos povoam a memória... E que deve ser familiar à nossa leitiora Maria Augusta Antunes, que viveu lá perto até ao início da década de 1960...

Foto: © Albano Costa (2006). Direitos reservados


1. Comentário da nossa leitora Maria Augusta Antunes (*), com data de hoje, ao poste P6434 (**)

Por favor, algum dos soldados que chegaram à Guiné em 63, se lembra do Dr. Noronha, de Bafatá? Do Sr. Toscano de Almeida, madeireiro, que ajudou a levar tantos colonos para a Guiné? Do Dias Saboeiro?

Porque não li nada sobre eles e julgo que deviam dar a conhecer estas pessoas a quem brancos e negros desse tempo tanto devem... Eu era pequena e pouco sei deles... mas gostaria de aprofundar as suas origens e até conhecer os seus descendentes para lhes contar o que me lembro deles. Eles povoam as memórias da minha infância.


2. Comentário de L.G.:

Cara leitora, e já nossa amiga do Xitole: 

Obrigado pela sua "visita" (***). Aqui fica, com visibilidade, o seu comentário ao poste do nosso camarada Beja Santos, em que se faz a recensão do livro do António Estácio, guineense, pessoa do seu tempo, nascida em Bissau. 

Se quiser adquirir o livrinho dele (Nha Carlota), sugiro que lhe telefone (219229058 ou 962 696  155). Trata-se de uma edição de autor. (Infelizmente, o nosso camarada e amigo António Estácio, faleceu em 2022. LG).

O Toscano de Almeida é citado várias vezes nesse livro de memórias. O António Estácio faz parte da nossa Tabanca Grande. Clique aqui para saber mais... 

Apareça sempre que quiser e puder. Inclusive fica convidada para ingressar no nosso blogue, como membro de pleno direito. Seria uma honra para nós podermos partilhar mais memórias da sua infância na Guiné. Mantenhas. Luís Graça

PS - Convido-a a ver um vídeo de 6 minutos sobre o Xitole, posto no You Tube pelo nosso camarada Álvaro Basto... Foi feito por Hugo Costa, filho do nosso camarada Albano Costa (de Guifões / Matosinhos) aquando de uma visita em grupo à Guiné-Bissau, em Novembro de 2009. O vídeo também pode ser visto no blogue Xitole, poste de 12 de Dezembro de 2007.

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Notas de L.G.:

(*) Nascida em 1948, no concelho de Tomar. Imigrou ainda bebé com os pais para a Guiné, donde regressou aos 12 anos [c. 1960]. Fonte: Comentário ao blogue Fundo da Rua > Domingo, 14 de Dezembro de 2008 > Um Ministro em Paio Mendes

Vd. também 7 de Junho de 2010 > Guiné 63/74 - P6549: O Nosso Livro de Visitas (92): O Xitole que eu e os meus pais conhecemos até 1962 (Maria Augusta Antunes, filha de Henrique Martinho, antigo madeireiro)

 (**) Vd. poste de 20 de Maio de 2010 > Guiné 63/74 - P6434: Notas de leitura (109): Carlota Lima Leite Pires, 'Nha Carlota' (1889-1970), de António Estácio (Mário Beja Santos)

(...) Uma das singularidades da Nha Carlota foi o seu salazarismo indefectível, proibia que se falasse mal de Salazar. Fez sociedade com um dos filhos do antigo Presidente da República António José de Almeida, Manuel Alexandre Toscano de Almeida (confesso que de algum modo me baseei nesta personagem para criar o primeiro marido da Benedita, Albano Toscano, do meu livro “Mindjer Garandi”).


Este Manuel Toscano era opositor ao regime de Salazar, participou na sublevação da Guiné de 17 de Abril de 1931, foi demitido da função pública e depois enveredou pelos negócios. Viajou várias vezes a Portugal, numa delas, já perto do final da sua vida, foi recebida por Salazar. Nessa audiência ofereceu ao ditador um retrato dele próprio feito a carvão com a seguinte dedicatória: “Um homem tão grande para um país tão pequeno”. (...)

(***) Último poste desta série > 18 de Julho de 2010 > Guiné 63/74 – P6757: O Nosso Livro de Visitas (95): Cassiano Reginatto, um nosso leitor no Brasil que gosta de África

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Guiné 63/74 - P6549: O Nosso Livro de Visitas (92): O Xitole que eu e os meus pais conhecemos até 1962 (Maria Augusta Antunes, filha de Henrique Martinho, antigo madeireiro)





Guiné-Bissau > Região de Bafatá > Xitole > Janeiro de 2006 > Casa, em ruínas,  de Jamil Nasser, comerciante de origem libanesa. Fotos do Dr. Rui  Fernandes, médico.

Fotos: Cortesia de  © Rui Fernandes / Carlos Silva


1. Mensagem com data de 5 do corrente, enviada por Maria Augusta Antunes:


Olá, muito boa noite.

Começo por pedir desculpe da minha ousadia em lhe escrever, Sr. Luís Graça.

Sou Maria Augusta Antunes Martinho, e fui para a Guiné ainda bebé com a minha mãe e irmão ao encontro do meu pai, Henrique Martinho, madeireiro e colono então no Cumeré.

Mais tarde montaram a serração no Xitole, para onde nos mudamos. Com o meu pai estava também o sr. Pires. Fizeram ambos as suas casas de raíz e também a casa aonde guardavam o arroz e o sal, que faziam parte do pagamento do trabalho diário dos negros, trabalhadores da serração.

Pois a razão deste mail é exactamente o desejo que tenho de corrigir uma informação do seu blogue.
Na verdade, a casa do sr. Jamil (se a memória não me trai,  de seu nome completo Jamil Nene Nasser), compadre dos meus pais, (pois foi o padrinho de baptizado de um dos meus irmãos, nascidos naquela casa),  não era nenhuma daquelas mencionadas no álbum de fotografias do Xitole (*), mas sim uma casa que ficava no cruzamento da estrada que,  vinda de Bambadinca, passava pelas nossas e à entrada do Xitole virava para a estrada do Saltinho. Vi a verdadeira casa do sr. Jamil no blogue do sr.  Carlos Silva. Como eu a conheço bem!

Quando em 1962 o meu pai veio da Guiné, pediu ao compadre Jamil que olhasse pela casa na esperança de um dia voltar e para evitar ela ser ocupada pelos negros. Assim também sucedeu com a do Sr. Pires.

Vivi e cresci a ouvir falar da Guiné. Transmito isso aos meus filhos e neto. Os meus queridos pais faleceram sem lá poder voltar. Mas isso são outras histórias.....

Como deve calcular posso falar do sr. Jamil, pois que era visita constante de nossa casa.
Se estiver interessado dar-lhe-ei os pormenores que souber

A minha casa é a que tem os 2 anexos juntos,  um era a cozinha e a casa aonde o meu pai punha a caça quando vinha do mato, e o outro era a casa de banho.

Espero não o ter aborrecido e tomado o seu tempo.

Aceite os melhores cumprimentos

Maria Augusta Antunes Martinho


2. Comentário de L.G.:

Maria Augusta, não maça nada. Bem pelo contrário, todos os membros deste blogue (e são muitos) que passaram pelo Xitole (ou que conheceram o Xitole e muitos dos seus habitantes, incluindo não já o seu pai mas o seu compadre, Jamil Nasser) ficam-lhe gratos por este reavivar de memórias.  Esteja à vontade para escrever o que bem entender sobre as suas recordações da Guiné, incluindo o Xitole e o Cumeré, sítios a que esteve ligada a sua família. As memórias da Guiné não são monopólio de ninguém, e o objectivo deste blogue é justamente partilhá-lhas, entre portugueses e guineenses de várias gerações. Ainda há dois meses publicámos também aqui, nesta série O Nosso Livro de Visitas, uma mensagem de Maria Helena Carvalho, filha de um português, estabelecido até 1962, no Enxalé (**).

Recomendo-lhe também uma visita o blogue Xitole, criado e mantido por camaradas nossos que em diferentes períodos estiveram aquarteladas nessa bonita localidade da margem direita do Rio Corubal.

Sobre o Xitole temos, no nosso blogue, mais de oitenta referências (ou marcadores). De qualquer modo, os anos que antecederam o início da guerra colonial (que começou, oficialmente, em 23 de Janeiro de 1963, em Tite, segundo a historiografia do PAIGC) estão mal documentados no nosso blogue. Gostaríamos muito que nos contasse a história de vida da sua família e as razões (imperiosas) que levam o seu pai a abandonar a serração e a casa no Xitole, em 1962. Diferente foi a estratégia do sr. Jamil, comerciante, que decidiu ficar, e que conviveu com alguns de nós, incluinmdo o Alf Mil Capelão Arsénio Puim (CCS/ BART 2917, 1970/72) e o Joaquim Mexia Alves (que foi Alf Mil Op Esp, tendo passado entre 1971 e 1972 pela CART 3494). 

Maria Augusta, dou-lhe ainda os parabéns por se preocupar em transmitir aos seus filhos e netos as suas recordações de infância da Guiné.
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Notas de L.G.:

(*) Fotos de 2001, tiradas pelo nosso camarada David Guimarães (ex- Fur Mil At Inf MA, CART 2614, Xitole, 1970/72)

(**) Vd. poste de 6 de Abril de 2010 > Guiné 63/74 - P6116: O Nosso Livro de Visitas (85): Maria Helena Carvalho, filha do Pereira do Enxalé, localidade onde nasceu há 60 anos, hoje residente nas Caldas da Rainha (Luís Graça)