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domingo, 14 de abril de 2024

Guiné 61/74 - P25386: No 25 de abril de 1974 eu estava em... (29): Bissau, Depósito de Adidos, era oficial de justiça, na Secção de Justiça... e a viver com a minha mulher, em "segunda lua de mel"...( Joaquim Luis Fernandes, ex- alf mil, CCAÇ 3461/BCAÇ 3863, Teixeira Pinto, 1973, e Depósito de Adidos, Brá, 1974)


Joaquim Luís Fernandesnatural de Leiria, foi alf mil, CCAÇ 3461/BCAÇ 3863, Teixeira Pinto, 1973, e Depósito de Adidos, Brá, 1974; é autor da série "Acordar memórias"; membro da Tabanca Grande desde 21 de junho de 2013; tem 23 referências no nosso blogue.



1. As histórias das nossas vidas... Pequenas, mas são nossas. Quando as nossas almas forem pesadas, no Juízo Final, que importam as boas obras, e sobretudo as grandiosas ?...Vão-nos dar cabo do juízo mas é com os pecados... mortais. 

Joaquim, onde é que tu estavas no 25 de Abril ? (*)  Cuidado com as más companhias... Ah!, estavas em Bissau, ao pé do grande amor da tua vida, a avó dos teus netos... Estás perdoado... E já agora os teus antigos camaradas do BCAÇ 3863 não terão vindo no T/T Niassa, mas nos TAM (Transportes Aéreos Miliyares), em 16 de dezembro de 1973...


No 25 de abril de 1974 eu estava em... (29): Bissau, no Depósito de Adidos, era oficial de justiça, na Secção de Justiça... e a viver com a minha mulher, em "segunda lua de mel"...( Joaquim Luis Fernandes, ex- alf mil,  CCAÇ 3461/BCAÇ 3863, Teixeira Pinto, 1973, e Depósito de Adidos, Brá, 1974)

por Joaquim Luís Fernandes


Viva,  Luís Graça!

Só agora a responder à tua "trivial" questão: onde é que eu estava no 25 de Abril de 1974.(**)

A resposta é simples: estava em Bissau. Mas dito deste modo, a resposta que interesse tem?

E o que dizer mais, que suscite algum interesse?

Depois de no ano de 1973 ter estado em Teixeira Pinto, onde sofri e vi sofrer qb, de, apesar de tudo, reconhecer que era uma região pacífica quando comparada com outras, do Norte, Leste e Sul, mais próximas das fronteiras, com o aproximar do fim de comissão do BCAÇ 3863, onde estava integrado, apresentei um requerimento para que me fosse concedida a possibilidade de ficar integrado na Unidade que o iria render. O requerimento foi indeferido.

Interrogava-me então, sofrendo por antecipação, que sorte seria a minha, para que buraco me iriam mandar. Para alguma Companhia Africana?...

Em Dezembro de 1973, fui com o Batalhão para o Cumeré, onde o pessoal que tinha acabado a comissão aguardou o embarque para a Metrópole. Acompanhei os meus camaradas até ao navio Niassa (não recordo bem a data, dia 19 ou 20?) onde me despedi dos mais próximos.

E o meu destino imediato, foi apresentar-me no Depósito de Adidos em Brá, penso que a aguardar colocação.

E aconteceu, que por esses dias, tinha terminado a sua comissão nesta Unidade, o nosso camarada e amigo, Augusto Delfim Silva Santos, que prestava serviço na Secção de Justiça, criando aí uma vaga.

Pois foi precisamente essa vaga, penso eu, que me safou de pior destino. Fiquei colocado no Depósito de Adidos em Brá, na Secção de Justiça, como Oficial de Justiça.

E logo em eu, atirador de Infantaria, sem formação na área de Direito.

Mas a falta dessa formação académica, não me impediu de um bom desempenho nas funções em que fui incumbido, que mereceu um louvor do Comandante da Unidade, pelos bons serviços prestados nos Processos que me foram confiados.

E um convite para preencher o requerimento para a minha continuidade no Serviço Militar, que rejeitei.

Foi pois nestas funções e nesta Unidade, que vivi o 25 de Abril de 1974. Não recordo de nesse dia ter sabido do que se estava a passar em Lisboa.

A esse tempo, vivia com a minha mulher em Bissau e levava a vida de um casal em segunda "lua de mel". Estava demasiado concentrado na nossa vida a dois, para me dispersar em devaneios políticos.

Estes já tinha acontecido na minha mocidade, de adolescente e jovem, em formação de carácter, contra o Regime, opressor e caduco, de Salazar e Caetano.

Durante a Instrução Militar, sempre me associei com os camaradas que eram do "contra", cortando na casaca do Regime e da Instituição militar.

Também em Teixeira  Pinto, acompanhei os movimentos corporativos (mas também políticos) dos Oficiais do Quadro Permanente, que se manifestavam contra o Decreto Lei, que os prejudicava na promoção, sendo este o embrião do que viria a ser o Movimento do Capitães, do 25 de Abril de 1974.

Como sabemos, em Bissau, a "revolução" aconteceu em 26 de Abril de 1974. Do que se tornou visível e audível, lembro o movimento dos helicópteros, a baixa altitude sobre Bissau, em ações persuasivas sobre a cidade.

Não me embrenhei no que se estava a passar em Bissau e penso até que fiquei de noite no Quartel.

A minha mulher contou-me que ficou assustada com o movimento aéreo sobre a cidade e que estranhou que um Tenente, que morava em casa vizinha, viesse armado de G3 para casa, o que não era costume.

Sobre o que se seguiu a esse dia, mesmo não tendo retido tudo na memória, o que havia a contar não cabe neste comentário que já vai muito longo.

Abraços

JLFernandes



2. Ficha de unidade > Batalhão de Caçadores nº 3863

Identificação: BCaç 3863
Unidade Mob: RI 1 - Amadora
Cmdt: TCor Inf António Joaquim Correia
2.° Cmdt: Maj Inf Joaquim Abrantes Pereira de Albuquerque | Maj Inf João José Pires
OInfOp/Adj: Maj Inf João José Pires (acumulava)

Cmdts Comp:

CCS: Cap SGE Manuel Ferreira de Amorim
CCaç 3459: Cap Mil Inf António Mendes Robalo da Silva
Cap Mil Inf Joaquim Mendes Teixeira Ribeiro
CCaç 3460: Cap Mil InfFemando Manuel de Araújo Lacerda Morgado
CCaç 3461: Cap Inf Abílio Dias Afonso
Cap Mil Inf Aires da Silva Gouveia

Divisa: "Honra e Glória"
Partida: Embarque em 16Set71; desembarque em 22Set71 | Regresso: Embarque em 16Dez73

Síntese da Actividade Operacional

Após realização da IAO, de 27Set71 a 230ut71, no CIM, em Bolama, seguiu para o sector de Teixeira Pinto, em 240ut71, a fim de efectuar o treino operacional e a sobreposição com o BCaç 2905.

Em 24Nov71, assumiu a responsabilidade do referido Sector 05, com sede em Teixeira Pinto e abrangendo, então, apenas o subsector de Teixeira Pinto, com subunidades instaladas com as sedes em duas áreas diferentes, em Bassarel e Teixeira Pinto. 

Em 01Fev73, por transferência do CAOP 1 para outra área, o sector voltou a integrar os subsectores de Bachile e Cacheu. 

A partir de meados de Set73, as áreas de Teixeira Pinto e Bassarel foram individualizadas e
consideradas subsectores distintos. As suas subunidades mantiveram-se integradas
no dispositivo e manobra do batalhão, com excepção, inicialmente, da CCaç
3460.

Desenvolveu prioritariamente uma actividade de controlo, coordenação e segurança dos trabalhos dos reordenamentos das populações e sua promoção socioeconómica, a par de constante vigilância e acções de patrulhamento e segurança de itinerários tendentes a impedir eventuais acções inimigas sobre as populações e respectivos aldeamentos.

Dentre o material capturado mais significativo, refere-se 1 morteiro e 1 espingarda.

***

A CCaç 3459, após o treino operacional na regiao de Bachile desde 240ut71, seguiu, em 13Nov71, para Bassarel, a fim de render a CCaç 3327 e assumir a responsabilidade da referida área de Bassarel e dos destacamentos instalados nos reordenamentos de Chulame, Blequisse, Bajope e Binhante. 

Em 01Fev73, mantendo a sua sede em Bassarel, passou então a incluir os destacamentos
de Chulame e Churobrique.

Em 23Nov73, foi rendida no então subsector de Bassarel pela 3ª C/BCaç 4615/73 e recolheu a Bissau para o embarque de regresso.

***
A CCaç 3460 seguiu em 240ut71 para a região de Cacheu, a fim de efectuar o treino operacional e sobreposição com a CCaç 2659. 

Em 24Nov71, assumiu a responsabilidade do referido subsector de Cacheu, com um destacamento em Bianga, inicialmente na dependência do CAOP 1 e depois integrada
no seu batalhão.

Em 23Nov73, foi rendida pela 1ª C/BCaç 4615/73 e recolheu a Bissau para o embarque de regresso.

***
A CCaç 3461 seguiu em 240ut71 para Teixeira Pinto, a fim de efectuar o treino operacional, deslocando-se, em 12Nov71, para Carenque, a fim de efectuar a sobreposição com a CCaç 2660 e assumir a responsabilidade da área de Carenque, com pelotões destacados nos reordenamentos de Batucar e Caió, e outro em Teixeira Pinto. 

Em 01Fev73, a sede da subunidade foi transferida para Teixeira Pinto, onde assumiu a responsabilidade do respectivo subsector, agora com pelotões destacados em Carenque e Batucar.

Em 28Nov73, foi rendida n subsector de Teixeira Pinto pela 2ª C/BCaç 4615/73, tendo recolhido seguidamente a Bissau, a fim de aguardar o embarque de regresso.
 
Observações - Tem História da Unidade (Caixa n.º 94 - 2ª Div/4ª." Sec, do AHM).

 Fonte: Excertos de Portugal. Estado-Maior do Exército. Comissão para o Estudo das Campanhas de África, 1961-1974 [CECA] - Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974). 7.º volume: Fichas das Unidades. Tomo II: Guiné. Lisboa: 2002, pp. 157/158.

_____________

Notas do editor:


(**) 12 de abril de 2024 > Guiné 61/74 - P25374: A 23ª hora: Memórias do consulado do Gen Bettencourt Rodrigues, Governador e Com-Chefe do CTIG (21 de setembro de 1973-26 de abril de 1974) - Parte XV: as ondas hertzianas também chegavam a Nhala, Gadamael, Pirada, Canquelifá...

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Guiné 61/74 - P25099: O nosso blogue em números (95): Faltam-nos 17 nomes para chegar aos 900 grão-tabanqueiros, dois batalhões (meta atingir no final deste ano em que comemoramos os 20 anos do nosso blogue)




Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Foto de família no ano em que fizemos o pleno (200 inscrições)... Infelizmente, vários dos camarada que lá estiveram, já não estão entre nós.. Cito alguns, de memória ( o Carlos Vinhal pode comfirmar, pela lista de presenças): António Estácio, Carlos Cruz, João Manuel Rebola, Joaquim Peixoto, Jorge Cabral ("alfero Cabra"), Jorge Rosales, Jorge Teixeira (Portojo), José Eduardo Oliveira ("Jero"), José Manuel Matos Dinis, Lúcio Vieira, Xico Allen... 

TABANCA GRANDE - LISTA ALFABÉTICA DOS 883 AMIGOS & CAMARADAS DA GUINÉ

(A / Ant)

A. Marques Lopes, Abel Maria Rodrigues, Abel Rei, Abel Santos, Abílio Delgado, Abílio Duarte, Abílio Machado, Abílio Magro, Acácio Correia, Acácio Mares, Adão Cruz, Adelaide Barata Carrêlo, Adelaide Gramunha Marques (ou Adelaide Crestejo), Adelino Capinha, Adélio Monteiro, Adolfo Cruz, Adriano Lima, Adriano Moreira, Adriano Neto, Afonso de Melo, Afonso M.F. Sousa, Agostinho Gaspar, Aires Ferreira, Albano Costa, Albano Gomes, Albano Mendes de Matos, Albertino Ferreira, Alberto Antunes, Alberto Branquinho, Alberto Grácio, Alberto Nascimento, Alberto Pires ("Teco"), Alberto Sardinha, Alberto Sousa Silva, Albino Silva, Alcides Silva, Alexandre Cardoso, Alexandre Margarido, Alfredo Fernandes, Alfredo Reis, Alice Carneiro, Almeida Campos, Almiro Gonçalves, Altamiro Claro, Álvaro Basto, Álvaro Carvalho, Álvaro Magro, Álvaro Mendonça, Álvaro Vasconcelos, Amaral Bernardo, Amaro Munhoz Samúdio, Américo Estanqueiro, Américo Russa, Amílcar Mendes, Amílcar Ramos, Ana Duarte, Ana Ferreira (ou Ana Paula Ferreira), Ana Maria Gala, Ana Romero, Anabela Pires, Aníbal Magalhães, Anselmo Garvoa, Antero F. C. Santos (n=63)

(António / António G)

António Abrantes, António Acílio Azevedo, António Agreira, António Alberto Alves, António Almeida, António Alves da Cruz, António Azevedo Rodrigues, António Baia, António Baldé, António Baltazar Pinto, António Barbosa, António Barroso, António Bartolomeu, António Bastos, António Bonito, António (ou Tony) Borié, António Branco, António Brum, António C. Morais da Silva, António Camilo, António Campos, António Carvalho, António Castro, António Clemente, António Correia Rodrigues, António Cunha (Passa), António da Costa Maria, 
António Dâmaso, António Delmar Pereira, António Dias, António Duarte, António Eduardo Carvalho, António Faneco, António Figueiredo, António Figuinha, António G. Carvalho, António Garcia Matos (ou António Matos), António Gomes da Cunha, António Graça de Abreu  (n=39)

(António  I / António V)

António Inverno, António J. Pereira da Costa, António J. Serradas Pereira, António Joaquim Alves, António Joaquim Oliveira, António (ou Tony) Levezinho, António Lopes Pereira, António Manuel Conceição Santos, António Manuel Oliveira, António Manuel Salvador, António Marques, António Marques Barbosa, António Marquês, António Marreiros, António Martins de Matos, António Mateus, António Medina, António Melo, António Melo de Carvalho, António Moreira, António Murta, António Nobre, António Osório, António P. Almeida, António Paiva, António Pimentel, António Pinto, António Ramalho, António Reis, António Rocha Costa, António Rodrigues, António Rodrigues Pereira, António Rosinha, António Sá Fernandes, António Salvada, António Sampaio, António Santos, António Santos Almeida, António Santos Dias, António Tavares, António Teixeira Mota, António Varela (n=41)


(Arl / Aura)

Arlindo Roda, Armandino Oliveira, Armandino Santos, Armando Costa, Armando Faria, Armando Ferreira, Armando Ferreira Gomes, Armando Fonseca, Armando Gonçalves, Armando Pires, , Arménio Estorninho, Arménio Santos, Armindo Batata, Armor Pires Mota, Arnaldo Guerreiro, Arnaldo Sousa, Arsénio Puim, Artur Conceição, Artur José Ferreira, Artur Ramos, Artur Soares, Augusto Baptista, Augusto Mota, Augusto Silva Santos, Augusto Vilaça, Aura Rico Teles (n=27)

(B)

Belarmino Sardinha, Belmiro Tavares, Belmiro Vaqueiro, Benito Neves, Benjamim Durães, Benvindo Gonçalves, Bernardino Cardoso, Bernardino Parreira, Braima Djaura, Braima Galissá (n=10)

(Cam / Carlos)

Campelo de Sousa, Cândido Morais, Carlos Afeitos, Carlos Alberto de Jesus Pinto, Carlos Alexandre, Carlos Américo Cardoso, Carlos Arnaut, Carlos Ayala Botto, Carlos Azevedo, Carlos Baptista, Carlos Barros, Carlos Carvalho, Carlos Farinha, Carlos Fernandes, Carlos Filipe Gonçalves, Carlos Fortunato, Carlos Fraga, Carlos Guedes, Carlos Jorge Pereira, Carlos Marques de Oliveira, Carlos Mendes, Carlos Milheirão, Carlos Moreno, Carlos Nery Gomes de Araújo, Carlos Órfão, Carlos Pedreño Ferreira, Carlos Pinheiro, Carlos Pinto, Carlos Prata, Carlos Ricardo, Carlos Rios, Carlos Silva, Carlos Silvério, Carlos Soares, Carlos Sousa, Carlos Valente, Carlos Valentim, Carlos Vieira, Carlos Vinhal (n=39)

(Carm / Crist)

Carmelino Cardoso, Carvalhido da Ponte, Casimiro Vieira da Silva, Cátia Félix, Célia Dinis, César Dias, Cherno Baldé, Cláudio Brito, Conceição Alves, Conceição Brazão, Conceição Salgado, Constantino Costa, Constantino Ferreira d'Alva, Constantino (ou Tino) Neves, Cristina Silva (n=15)

(D)

Daniel Jacob Pestana, Daniel Vieira, David Guimarães, David Peixoto, Delfim Rodrigues, Diamantino Monteiro (ou Diamantino Pereira Monteiro), Diana Andringa, Dina Vinhal, Domingos Fonseca, Domingos Gonçalves, Domingos Maçarico, Domingos Robalo, Domingos Santos, Duarte Cunha, Durval Faria (n=15)

(E)

Edgar Soares, Eduardo Ablu, Eduardo Campos, Eduardo Costa Dias, Eduardo Estevens, Eduardo Estrela, Eduardo J. Magalhães Ribeiro, Eduardo Moutinho Santos, Eduardo Santos, Egídio Lopes (Ten Pilav), Ernestino Caniço, Ernesto Duarte, Ernesto Ribeiro, Estêvão A. Henriques, Evaristo Reis (n=15) 
 

(F)

Felismina Costa, Fernandino Leite, Fernandino Vigário, Fernando Almeida, Fernando Andrade Sousa, Fernando Araújo, Fernando Barata, Fernando Calado, Fernando Cepa, Fernando Chapouto, Fernando de Jesus Sousa, Fernando de Sousa Ribeiro, Fernando Gomes de Carvalho, Fernando Gouveia, Fernando Hipólito, Fernando Inácio, Fernando José Estrela Soares, Fernando Loureiro, Fernando Macedo, Fernando Manuel Belo, Fernando Moita, Fernando Oliveira, Fernando Oliveira (Brasinha), Fernando Santos, Fernando Sucio, Fernando Tabanez Ribeiro, Fernando Teixeira, Ferreira da Silva, Ferreira Neto, Filomena Sampaio, Florimundo Rocha, Fradique Morujão, Francisco Baptista, Francisco Feijão, Francisco Gamelas, Francisco Godinho, Francisco Gomes, Francisco Henriques da Silva, Francisco Mendonça, Francisco Monteiro Galveia, Francisco Palma, Francisco Santiago, Francisco Santos, Francisco Silva (n=44)

(G)

Gabriel Gonçalves, Garcez Costa, George Freire, Germano Penha, Germano Santos, Gil Moutinho, Gilda Pinho Brandão (ou Gilda Brás), Gina [Virgínia] Marques, Giselda Antunes Pessoa, Gonçalo Inocentes, Graciela Santos, Gualberto Passos Marques, Guilherme Ganança, Gumerzindo Silva, Gustavo Vasques (n=15)

(H)

Hélder Sousa, Henrique Cabral, Henrique Cerqueira, Henrique Martins de Castro, Henrique Matos, Henrique Pinto, Herlânder Simões, Hernâni Acácio Figueiredo, Hilário Peixeiro, Horácio Fernandes, Hugo Costa, Hugo Guerra, Hugo Moura Ferreira, Humberto Nunes, Humberto Reis (n=15)

(I/João)

Idálio Reis, Ildeberto Medeiros, Inácio Silva, Inês Allen, Isabel Levy Ribeiro, Ismael Augusto, J. Armando F. Almeida, J. C. Mussá Biai, J. F. Santos Ribeiro, J. L. Mendes Gomes, J. L. Vacas de Carvalho, J. M. Pereira da Costa, Jacinto Cristina, Jaime Bonifácio Marques da Silva, Jaime da Silva Mendes, Jaime Machado, Jean Soares, Jéssica Nascimento, João Afonso Bento Soares, João Alberto Coelho, João Alves, João Bonifácio, João Carlos Silva, João Carreiro Martins, João Carvalho, João Cerina, João Crisóstomo, João Dias da Silva, João Graça, João Lourenço, João M. Félix Dias, João Martel, João Martins, João Meneses, João Melo, João Miranda, João Moreira, João Nunes, João Paulo Diniz, João Pereira da Costa, João Rodrigues Lobo, João Rosa, João Ruivo Fernandes, João S. Parreira, João Sacôto, João Santos, João Santiago, João Schwarz, João Seabra, João Varanda, João Vaz (n=51) 

(Joaquim / Jochen)

Joaquim Ascenção, Joaquim Cardoso, Joaquim Costa, Joaquim Cruz, Joaquim Fernandes, Joaquim Fernandes Alves, Joaquim Gomes de Almeida (o "Custóias"), Joaquim Guimarães, Joaquim Jorge, Joaquim Luís Fernandes, Joaquim Macau, Joaquim Martins, Joaquim Mexia Alves, Joaquim Nogueira Alves, Joaquim Pinheiro, Joaquim Pinto Carvalho, Joaquim Rodero, Joaquim Ruivo, Joaquim Sabido, Joaquim Sequeira, Joaquim Soares, Jochen Steffen Arndt (n=22)

(Jorge)

Jorge Araújo, Jorge Caiano, Jorge Canhão, Jorge Coutinho, Jorge Félix, Jorge Ferreira, Jorge Lobo, Jorge Narciso, Jorge Picado, Jorge Pinto, Jorge Rijo, Jorge Rosmaninho, Jorge Santos, Jorge Silva, Jorge Simão, Jorge Tavares, Jorge Teixeira (n=17)

(José)


José Afonso, José Albino, José Almeida, José António Sousa, José António Viegas, José Barbosa, José Barros, José Bastos, José Belo, José Brás, José Carlos Ferreira, José Carlos Gabriel, José Carlos Lopes, José Carlos Neves, José Carlos Pimentel, José Carlos Silva, José Carmino Azevedo, José Carvalho, José Casimiro Carvalho, José Claudino da Silva, José Colaço, José Corceiro, José Cortes, José Crisóstomo Lucas, José da Câmara, José Diniz de Souza Faro, José Emídio Marques, José Fernando de Andrade Rodrigues, José Fernando Estima, José Ferraz de Carvalho, José Ferreira da Silva, José Fialho, José Figueiral, José Firmino, José Francisco Robalo Borrego, José Gonçalves, José Horácio Dantas, José Jerónimo, José João Braga Domingos, José Lima da Silva, José Lino Oliveira, José Luís Vieira de Sousa, José Macedo, José Manuel Alves, José Manuel Cancela, José Manuel Carvalho, José Manuel Lopes (Josema), José Manuel Pechorro, José Manuel Samouco, José Manuel Sarrico Cunté, José Maria Claro, José Maria Monteiro, José Maria Pinela, José Marques Ferreira, José Martins, José Martins Rodrigues, José Matos, José Melo, José Moreira Neves, José Nascimento, José Nunes, José Paracana, José Parente Dacosta, José Pedro Neves, José Pedrosa, José Peixoto, José Pereira, José Pinho da Costa, José Quintino Romão, José Ramos, José Ramos (STM), José Rocha (ou José Barros Rocha), José Rodrigues, José Rosa da Silva Neto, José Rosário, José Salvado, José Santos, José Saúde, José Sousa (JMSF), José Sousa Pinto, José (ou Zé) Teixeira, José Torres Neves (Padre), José Vargues, José Vermelho, José Zeferino (n=84) 

(Jov/Juv)


Joviano Teixeira, Júlia Neto, Júlio Abreu, Júlio Benavente, Júlio César, Júlio Faria, Júlio Madaleno, Juvenal Amado, Juvenal Candeias, Juvenal Danado (n=10)

(L)

Lázaro Ferreira, Leão Varela, Leonel Teixeira, Leopoldo Correia, Lia Medina, Libério Lopes, Lígia Guimarães, Luciana Saraiva Guerra, Luciano de Jesus, Lucinda Aranha, Luís Branquinho Crespo, Luís Camões, Luís Camolas, Luís Candeias, Luís Carvalhido, Luís de Sousa, Luís Dias, Luís Fonseca, Luís Gonçalves Vaz, Luís Graça [Henriques], Luís Guerreiro, Luís Jales, Luís Marcelino, Luís Miguel da Silva Malú, Luís Mourato Oliveira, Luís Nascimento, Luís Paiva, Luís Paulino, Luís R. Moreira, Luís Rainha, Luiz Farinha, Luiz Figueiredo (n=32)

(Mam/Manuela)


Mamadu Baio, Manuel Abelha Carvalho, Manuel Amante, Manuel Amaro, Manuel Antunes, Manuel Barros Castro, Manuel Bastos Soares, Manuel Bento, Manuel Calhandra Leitão ("Mafra"), Manuel Carmelita, Manuel Carvalhido, Manuel Carvalho, Manuel Carvalho Passos, Manuel Castro, Manuel Cibrão Guimarães, Manuel Coelho, Manuel Correia Bastos, Manuel Cruz, Manuel Domingos Ribeiro, Manuel Domingues, Manuel Freitas, Manuel G. Ferreira, Manuel Gomes, Manuel Gonçalves, Manuel Henrique Quintas de Pinho, Manuel Inácio, Manuel João Coelho, Manuel Joaquim, Manuel José Janes, Manuel Lima Santos, Manuel Luís de Sousa, Manuel Luís Lomba, Manuel Macias, Manuel Maia, Manuel Mata, Manuel Melo, Manuel Oliveira, Manuel Oliveira Pereira, Manuel Palma, Manuel Peredo, Manuel Rebocho, Manuel Rei Vilar, Manuel Reis, Manuel Resende, Manuel Rodrigues, Manuel Salada, Manuel Santos, Manuel Seleiro, Manuel Serôdio, Manuel Sousa, Manuel Tavares Oliveira, Manuel Traquina, Manuel Vaz, Manuel Viegas (n=54)

(Mar / Mig)

Margarida Peixoto, Maria Arminda Santos, Maria Clarinda Gonçalves, Maria de Fátima Santos, Maria Helena Carvalho (ou Helena do Enxalé), Maria Joana Ferreira da Silva, Maria Teresa Almeida, Mário Arada Pinheiro, Mário Armas de Sousa, Mário Beja Santos (ou Beja Santos), Mário Bravo, Mário Cláudio [pseudónimo de Rui Barbot Costa], Mário Cruz ("Shemeiks"), Mário de Azevedo, , Mário Dias (ou Mário Roseira Dias), Mário Fitas (ou Mário Vicente), Mário Gaspar, Mário Leitão, Mário Lourenço, Mário Magalhães, Mário Migueis, Mário Oliveira (Capelão do BCAÇ 2930), Mário Santos, Mário Serra de Oliveira, Marisa Tavares, Marta Ceitil, Martins Julião, Maurício Nunes Vieira, Maximino Alves, Melo Silva, Miguel Pessoa, Miguel Ribeiro de Almeida, Miguel Ritto, Miguel Rocha, Miguel Vareta (n=36)

(N)

Natalino da Silva Batista, Nelson Cerveira, Nelson Domingues, Nelson Herbert, NI (Maria Dulcinea), Norberto Gomes da Costa, Norberto Tavares de Carvalho, Nunes Ferreira, Nuno Almeida, Nuno Dempster, Nuno Nazareth Fernandes (n=11)

(O/P/Q)

Orlando Figueiredo, Orlando Pinela, Osvaldo Cruz, Osvaldo Pimenta, Pacífico dos Reis, Patrício Ribeiro, Paula Salgado, Paulo Lage Raposo (ou Paulo Raposo), Paulo Reis, Paulo Salgado, Paulo Santiago, Pedro Cruz, Pedro Lauret (n=13)

(R)

Ramiro Figueira, Ramiro Jesus, Raul Azevedo, Raul Brás, Raul Castanha, Regina Gouveia, Ribeiro Agostinho, Ricardo Almeida, Ricardo Figueiredo, Ricardo Sousa, Ricardo Teixeira, Rogé Guerreiro, Rogério Cardoso, Rogério Chambel, Rogério Ferreira, Rogério Freire, Rogério Paupério, Rosa Serra, Rui A. Santos, Rui Baptista, Rui Esteves, Rui Felício, Rui Fernandes, Rui G. Santos, Rui Gonçalves, Rui Pedro Silva, Rui Silva, Rui Vieira Coelho (n=28)

(S/T)

Sadibo Dabo, Santos Oliveira, Sebastião Ramalho Lavado, Sérgio Pereira, Sérgio Sousa, Serra Vaz, Silvério Dias, Silvério Lobo, Sílvia Torres, Sílvio Abrantes (Hoss), Souleimane Silá, Sousa de Castro, Susana Rocha, Tibério Borges, Tina Kramer, Tomané Camará, Tomás Carneiro, Tomás Oliveira, Tony Grilo, Tony Tavares (n=20)

(V/X/W/Z)

Valdemar Queiroz, Valente Fernandes, Valentim Oliveira, Vasco da Gama, Vasco Ferreira, Vasco Joaquim, Vasco Santos,Victor Alfaiate, Victor Costa, Victor David, Victor Garcia, Victor Tavares, Virgílio Teixeira, Virgílio Valente, Virgínio Briote, Vitor Caseiro, Vítor Cordeiro, Vitor Ferreira, Vítor Junqueira, Vítor Oliveira, Vítor Raposeiro, Vítor Silva, Zé Carioca (ou José António Carioca) (n=23)


Lista dos amigos/as e camaradas que da lei da morte se foram libertando (n=143):

A

Agostinho Jesus (1950-2016) | Alberto Bastos (1948-2022) | Alcídio Marinho (1940-2021) | Alfredo Dinis Tapado (1949-2010) | Amadu Bailo Jaló (1940-2015) | Américo Marques (1951-2019) | António Branquinho (1947-2023) | António Cunha ("Tony") (c.1950 - c. 2022) | António Eduardo Ferreira (1950 - 2023) | António da Silva Batista (1950-2016) | António Dias das Neves (1947-2001) | António Domingos Rodrigues (1947-2010) | António Estácio (1947-2022) | António Manuel Carlão (1947-2018) | António Manuel Martins Branquinho (1947-2013) | António Manuel Sucena Rodrigues (1951-2018) | | António Rebelo (1950-2014) | António Teixeira (1948-2013) | António Vaz (1936-2015) | Armandino Alves (1944-2014) | Armando Tavares da Silva (1939-2023) | Armando Teixeira da Silva (1944-2018) | Augusto Lenine Gonçalves Abreu (1933-2012) | Aurélio Duarte (1947-2017) | (n=24)

C

Carlos Alberto Cruz (1941-2023) | Carlos Azeredo (1930-2021) | Carlos Cordeiro (1946-2018) | Carlos Domingos Gomes (Cadogo Pai) (1929-2021) | Carlos Filipe Coelho (1950-2017) | Carlos Geraldes (1941-2012)  | Carlos Marques dos Santos (1943-2019) | Carlos Rebelo (1948-2009) | Carlos Schwarz da Silva, 'Pepito' (1949-2012) | Carronda Rodrigues (1948-2023) | Celestino Bandeira (1946-2021)  | Clara Schwarz da Silva (1915-2016) |  Cláudio Ferreira (1950-2021) | Coutinho e Lima (1935-2022) | Cristina Allen (1943-2021) | Cristóvão de Aguiar (1940-2021) | Cunha Ribeiro (1936-2023) | Celestino Bandeira (1946-2021) | Clara Schwarz da Silva (1915-2016) | (n=19)


D/E/FG/H/I

Daniel Matos (1949-2011) | Domingos Fernandes (1946-2020) | Eduardo Jorge Ferreira (1952-2019) | Ernesto Marques (1949-2021) | Fernando Brito (1932-2014) | Fernando Costa (1951-2018) | Fernando [de Sousa] Henriques (1949-2011) | Fernando Magro (1936 - 2023) | Fernando Rodrigues (1933-2013) | Francisco Parreira (1948-2012) | Francisco Pinho da Costa (1937-2022) | França Soares (1949-2009) | Gertrudes da Silva (1943-2018) | Humberto Duarte (1951-2010) |  Inácio J. Carola Figueira (1950-2017) | Isabel Levezinho (1953-2020) | Ivo da Silva Correia (.c 1974-2017) | (n=17)

J
 João Barge (1945-2010) | João Cupido (1936-2021) | João Caramba (1950-2013) | João Diniz (1941-2021) | João Henrique Pinho dos Santos (1941-2014) | João Rebola (1945-2018) | João Rocha (1944-2018) | João Silva (1950-2022) | Joaquim Cardoso Veríssimo (1949-2010) | Joaquim da Silva Correia (1946-2021) | Joaquim Peixoto (1949-2018) | Joaquim Vicente Silva (1951-2011) | Joaquim Vidal Saraiva (1936-2015) | Jorge Cabral (1944-2021) | Jorge Rosales (1939-2019) | Jorge Teixeira (Portojo)  (1945-2017) | José António Almeida Rodrigues (1950-2016) | José António Paradela (1937-2023) | José Augusto Ribeiro (1939-2020) José Barreto Pires (1945-2020) |  José Carlos Suleimane Baldé (c.1951-2022) |  José Ceitil (1947-2020) | José Eduardo Alves (1950-2016) | José Eduardo Oliveira (JERO) (1940-2021) | José Fernando de Andrade Rodrigues (1947-2014) | José Luís Pombo Rodrigues (1934-2017) | José Manuel Dinis (1948-2021) | José Manuel P. Quadrado (1947-2016) |  José Marcelino Sousa (1949 - 2023) |  José Martins Rosado Piça (1933-2021) | José Maria da Silva Valente (1946-2020) | José Marques Alves (1947-2013) | José Moreira (1943-2016) | José (ou Zé) Neto (1929-2007)|  José Pardete Ferreira (1941-2021) | Júlio Martins Pereira (1944-2022) (n=36)

L/M/N

Leopoldo Amado (1960-2021) |  Libório Tavares (Padre) (1933-2020) | Lúcio Vieira (1943-2020) | Luís Borrega (1948-2013) | Luís Encarnação (1948-2018)|  Luís Faria (1948-2013) | Luís F. Moreira (1948-2013) |  Luís Henriques (1920-2012) | Luís Rosa (1939-2020) | Mamadu Camará (c. 1940-2021) | Manuel Amaral Campos (1945-2021) | Manuel Carneiro (1952-2018) | Manuel Castro Sampaio (1949-2006) | Manuel Dias Sequeira (1944-2008) |  Manuel Marinho (1950-2022) | Manuel Martins (1950-2013) | Manuel Moreira (1945-2014)  | Manuel Moreira de Castro (1946-2015) | Manuel Varanda Lucas (1942-2010) | Manuel Gonçalves (Nela (1946-2019 |  Marcelino da Mata (1940-2021) | Maria da Piedade Gouveia (1939-2011) |  Maria Ivone Reis (1929-2022) | Maria Manuela Pinheiro (1950-2014) | Mário de Oliveira (Padre) (1937-2022) | Mário Gualter Pinto (1945-2019) | Mário Vasconcelos (1945-2017) | Nelson Batalha (1948-2017) | Nuno Rubim (1938 - 2023)  (n=29)


O/P/Q/R/S/TU/V/X/Z

Otelo Saraiva de Carvalho (1936-2021) | Paulo Fragoso (c.1947-2021) | Queta Baldé (1943-2021) | Raul Albino (1945-2020) | Renato Monteiro (1946-2021) | Rogério da Silva Leitão (1935-2010) | Rui Alexandrino Ferreira (1943-2022) | Teresa Reis (1947-2011) | Torcato Mendonça (1944-2021) | Umaru Baldé (1953-2004) | Vasco Pires (1948-2016) | Veríssimo Ferreira (1942-2022) | Victor Alves (1949-2016) | Victor Barata (1951-2021) | Victor Condeço (1943-2010) | Vítor Manuel Amaro dos Santos (1944-2014) |  Xico Allen (1950-2022) | Zélia Neno (1953 - 2023) (n=18)

Total de grão-tabanqueiros em 6/1/2024 = 883
 

Últimas dez entradas (da mais recente para a menos recente; entre parênteses, o nº de grão-tabanqueiro):

Alberto Pires ("Teco") (883), António Reis (882), Souleimane Silá (881), António A
lves da Cruz (880), Cunha Ribeiro (879), João Moreira (878), José Marcelino Sousa (877), Carronda Rodrigues (876), Inês Allen (875), Rogério Paupério (874)    (**)
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quinta-feira, 7 de dezembro de 2023

Guiné 61/74 - P24926: Contos com mural ao fundo (Luís Graça) (13): O cruzeiro das nossas vidas

Foto do álbum de Luís Henriques (1920-2012), que foi 1º cabo inf, 3º Companhia, 1º Batalhão, RI 5, Mindelo, São Vicente, Cabo Verde, 1941/43, entretanto integrado no RI 23. Sem legenda no verso. Com toda a probabilidade, a autoria é da famosa Foto Melo.


O N/T Serpa Pinto, com as cores da CCN - Companhia Colonial de Navegação. Fonte:  Blogue Restos de Colecção >  7 de outubro de 2015 > Paquete "Serpa Pinto" (com a devida vénia...)

O N/T Serpa Pinto foi uma das glórias da nossa marinha mercante. Era um navio de passageiros, com  cerca de 142 metros de comprimento e cerca de 8,3 mil toneladas de arqueação bruta,  operado, desde 1940 (e até 1954), pela Companhia Colonial de Navegação na Carreira da América do Norte (Lisboa–Nova Iorque), na Rota do Ouro e Prata (Lisboa–Rio de Janeiro–Buenos Aires) e na Rota das Caraíbas (Lisboa–Havana), entre 1940 e 1955... Era originalmente  um navio inglês, da Royal Mail.  Em 1944 esteve na iminência de ser afundado por um submarino alemão. Foi salvo "in extremis"...

Para mostrar aos beligerantes da II Guerra Mundial, que pertenciam a um país neutral, os  nossos navios (bem como os barcos de pesca, incluindo a "frota branca")  eram pintados de negro,  com o nome de Portugal, bem visível, pintado a branco,  tal o nome do navio. Toda as as tripulações da nossa marinha mercante, bem como da nossa frota bacalhoeira,  sem esquecer a marinha de guerra, foram verdadeiros heróis, naquela época. E não poucos, bravos marinheiros e pescadores, perderam a vida, engrossando a lista de vítimas da nossa história trágico-marítima

De facto, e embora com pavilhão de um país neutral, os nossos navios e barcos da frota pesqueira  eram frequentemente intercetados tanto pelos Aliados como pelas potências do Eixo (e em especial pelos alemães, cujos submarinos "infestavam" o Atlântico...) e alguns foram atacados e afundados. Por exemplo, o  barco de pesca "Exportador primeiro" foi cobardemente atacado a tiro de canhão por um submarino italiano, a sul do Cabo de São Vicente, em 1/6/1941... Ou o navio de carga  e passageiros, da CCN, o "Ganda", afundado, "por engano", por um submarino alemão, ao largo da costa de Marrocos, em 22/6/1941... Estes são apenas 2 dos 11 navios, de pavilhão português,  afundados durante a II Guerra Mundial. 

Diz a Wikipedia a propósito do N/T  Serpa Pinto: 

 "Foi o navio de passageiros que, durante a Segunda Guerra Mundial mais viagens transatlânticas realizou entre Lisboa, Nova Iorque e Rio de Janeiro, transportando refugiados da guerra em geral, e particularmente judeus em fuga do nazismo, trazendo de volta à Europa, cidadãos de origem germânica expulsos dos países americanos. Adquiriu assim popularidade, ficando conhecido pelos epítetos de "Navio da Amizade", "Navio Herói" e "Navio do Destino". (...)

O incidente mais grave ocorreu na noite de 26 de maio de 1944 quando se encontrava 600 milhas a leste das Bermudas, a caminho de Filadélfia. Depois de examinada a documentação e feito refém o primeiro imediato do navio português, um submarino alemão, U-2, ordenou a evacuação total dos 500 passageiros para as baleeiras (em 15 minutos!) e solicitou a Berlim o torpedeamento do Serpa Pinto. Durante toda a noite, a tripulação e os passageiros aguardaram nos escaleres pela decisão do Estado-Maior da Marinha Alemã.

Depois dessa noite de angústia, só pelas 3 horas da tarde do dia seguinte chegou a resposta do almirante Karl Dönitz (1891-1980), a de não autorizar o afundamento... Recorde-se que, na altura, a Marinha Alemã já em estava em pleno declínio. (No final da guerra, a Alemanha terá perdido mais de metade da sua frota de submarinos. )

Na operação de abordagem do N/T Serpa Pinto, faleceram três passageiros, o médico do navio (vítima de um ataque cardíaco), um cozinheiro (que se atirou ao mar), e um bebé polaco de 16 meses de idade (que seguia acompanhado pelos pais judeus).

Fonte: NovoMilénio > Rota de Ouro e Prata, página de José Carlos Rossini > 7 de julho de 2013 > Navios: o Serpa Pinto

O cruzeiro das nossas vidas  

por Luís Graça


"Sobre a nudez forte da verdade, o manto diáfano da fantasia" 
(Eça de Queiroz, A Relíquia, 1887) 


A bordo do Niassa
Quarta feira,  28 de Maio de 1969. 


Eis-te nos tristes trópicos, parafraseando o título brasileiro do livro de viagens e de etnografia do  francês Lévi-Strauss,  que levas na babagem que está no porão. (Trazes uma mala de cartão cheia de livros, convencido de que vais passar umas férias a um país exótico com extensas praias de areia branca e fina, bordejadas de palmeirais, e bar aberto.)

Atravessaste hoje o Trópico de Câncer, com velocíssimos peixes voadores e alguns alegres e endiabrados  golfinhos a acompanhar-nos. Quem sabe se não vieram do estuário do Tejo a "escoltar-te"... Deviam pressentir o nosso destino e queriam consolar-nos e quiçá proteger-nos...

Lembraste-te, por outro lado, do romance escaldante do Henry Miller, também em edição brasileira (não havia edição portuguesa), mais tarde proibida pela ditadura militar. (Ditadura e erotismo parecem que não combinam bem; mas as grandes democracias norte-americana e britânica, para não falar do Vaticano, puseram  também o livro no  Index Librorum Prohibitorum).

Lembraste-te sobretudo do "teu velho", que esteve em Cabo Verde, como "expedicionário" (adoras a palavra!), com o posto de 1º cabo, em plena II Guerra Mundial, mobilizado pelo RI 5, das Caldas da Raínha. (Ironia da história, também foi lá que fizeste a recruta, era o quartel mais perto da tua casa.)

Mas a ti não te chamam "expedicionário", indivíduo que faz parte de uma "expedição", o mesmo é dizer, "enviamento de tropas a determinado ponto e com determinado fim".  Sabes, isso sim,  que vais para a Guiné.  Mas não exatamente para fazer o quê: a tua reduzidíssima companhia (um terço do que seria normal),  leva um capitão, quatro alferes, um primeiro sargento, dois segundos sargentos, "todos chicos", mais 13 furriéis milicianos (5 especialistas e 8 atiradores de infantaria, e umas cinco dezenas de praças, entre cabos e soldados, todos especialistas em qualquer coisa, condutores,  mecânicos, operadores de transmissões, enfermeiros, cozinheiros,  etc.)

Segredo de polichinelo... Alguém, na véspera de desembarcares em Bissau, irá dar com a língua nos dentes, e dizer, numa rodada de uísques, que a malta iria dar formação a uma companhia... da "nova força africana" do Spínola!... Ninguém gostou da "sorte grande"... E ficou a pairar no ar a dúvida sobre o nosso próximo destino...
 
E enquanto ainda estavas a bordo do T/T Niassa (que navegava ao largo da costa de Marrocos, sem qualquer escolta visível...),  vieram à tona de água da memória as histórias de tubarões que o "teu velho" te contava, ainda quando criança. Ele gostava de fazer mergulho e nadar, na baía do Mindelo, do Porto Grande, mas tinha medo que se pelava dos tubarões! E dava-te exemplos arrepiantes: de um que ficou com o peito todo marcado pela dentadura de aço de um tubarão: de um outro, abocanhado, que conseguiu escapar mas sem uma perna; de um terceiro tipo, que ele salvou de morrer afogado, tinta-se atirado do cais, desesperado, depois de lhe ter sido amputado o  pilau (por "venéreo", acrescentava pudicamente o teu velho, sem te explicar que raio de doença era essa).

Trazes contigo uma das suas fotos. Lês no verso: "No dia em que fiz 22 anos tirei esta fotografia em Mindelo, celebrando as minhas vinte e duas primaveras felizes.   Em 19/8/942. S. Vicente, C. Verde. Senti neste dia muitas saudades dos meus, dos amigos e também da minha terra (...)".

"Vinte e duas primaveras felizes", com todo o mundo em guerra, em plena II Guerra Mundial!...  E o Atlântico , cemitério de centenas de navios e dezenas e dezenas de milhares de vidas.

Em 28 de maio de 1969 (data aziaga!), na véspera de chegares a Bissau, tu tinhas 22 anos e 4 meses. Do fundo da memória, vêm-te à superfície fotos amareladas de barcos e tubarões. Barcos ingleses, italianos, alemães, portugueses, ancorados na baía do Mindelo, ou ao largo, numa entente cordiale... Grandes navios de cruzeiro italianos transformados em hospitais, e que traziam doentes, refugiados e diplomatas... Acabada a grappa a bordo, bebiam álcool puro, os diplomatas ao serviço do "Duce", contava-te o teu pai...

Lembraste-te de um desses navios da nossa frota da marinha mercante, o Mouzinho de Albuquerque, que tomou o nome de um trágico herói colonial... Dizem que o Mouzinho, o herói de Chaimite, o "carrasco do Gungunhana" (dizia-te a tua professora da 4ª classe) se suicidou por não suportar o boato que corria nos mentideros de Lisboa de que era o amante da rainha Dona Amélia, fidelíssima esposa do seu amado rei D. Carlos... (Ele era o precetor de um dos principes; por outro lado o rei estava longe de ser um exempo de virtudes.)

E o mítico Serpa Pinto (cento e quarenta e tal metros de comprido, um pouco menos que o Niassa), que na Jugoslávia escapara, em 1940, de cair nas garras dos nazis,  para passar a ostentar o pavilhão português... Estará no periscópio  de um U-2 para ser abatido quatro anos depois.

A bordo do Niassa perguntavas-te a ti próprio:

– E se Cabo Verde tivesse sido invadido, em 1941, 42 ou 43, como ao que parece chegou a estar nos planos dos Aliados ou até das potências do Eixo ? 

Muito provavelmente tu nunca terias nascido, ou se tivesses nascido falarias hoje alemão,  e não estarias agora a caminho da Guiné, a bordo do Niassa, um navio da carreira colonial fretado pelo exército… O teu pai só tinha barco (e correio) de três em três meses, mas escrevia todos os dias, compulsivamente (as cartas dele e as dos camaradas que não sabiam ler nem escrever).

Alguém se lembrou, entretanto, de abrir uma garrafa de "champagne" (um espumantezeco nacional, de cabaré) como se a malta tivesse atravessado o Equador ("ali mais abaixo"),  em alegre cruzeiro de meninos ricos de colégio fino pelo Atlântico Sul. Era o sargento Vidigal que também já andara noutros  "cruzeiros", a caminho de Angola e Moçambique.  Com um sorriso verde-amarelo, também participaste estupidamente, a contra-gosto,  nesse ritual de iniciação, erguendo a tua taça:

– Afinal, estamos todos no mesmo barco! – comentaste para o teu parceiro do lado, o furriel miliciano enfermeiro..., a quem desde cedo, desde Santa Margarida, tinham posto a alcunha do Pastilhas... (Todos os enfermeiros eram Pastilhas.)

Não chegaste a saber se ele terá percebido o teu humor negro. Não era tipo para achar piada às tuas piadas, ali deslocadas. Recorda-lo,  ainda hoje, como um homem simples, sensível, tímido, reservado, com ar bonacheirão mas assustado, a par de uma calvície precocemente galopante:

– Estamos todos no mesmo barco, camarada!... Quero eu dizer: estamos fo...didos, quilhados, lixados,  embarcados numa aventura que pode ser sem regresso… –  repetias-lhe tu, em vão.

Tu que te julgavas um tipo bem educado e civilizado, começaste a falar mal, a praguejar como o carroceiro que, na tua terra, fazia o serviço combinado com a CP, e tinha quatro possantes cavalos pretos que puxavam a sua galera.  Rosnavas, entre dentes, desde que soubeste da tua mobilização para a Guiné, em finais de fevereiro de 1969. A falar mal, a beber e a fumar. Falava-se mal, na tropa. Bebia-se e fumava-se, em demasia, no teu tempo de tropa. Como se o Niassa fosse uma extensão marítima do Cais do Sodré e das suas espeluncas. 

O enfermeiro, por seu turno,  era incapaz de dizer uma asneira: constava-se que já era enfermeiro na vida civil… Mas tu sabias pouco ou nada dele. Em boa verdade, sabíamos muito pouco uns dos outros.  Nem valia a pena fazer perguntas: nunca tinhas ido às terras deles, nem eles à tua... Para ti, Freixo de Espada à Cinta era no Cu de Judas... Viajava-se ainda muito pouco nos anos 60...  Portugal, todavia, estava bem representado, de Norte a Sul, na tua minicompanhia: dos alferes e furriéis milicanos, havia gente de todo o lado, do Algarve a Trás-os-Montes, da Estremadura  ao Minho, sem esquecer  a Madeira e o Alentejo. 

Tinha piada, as voltas que o mundo dará: o Pastilhas, que voltarás a encontrar muito mais tarde, em 1991, na Anadia, no 1º encontro do pessoal da companhia, vinte anos após a "peluda", virá  depois a fazer o curso de medicina.   E o ranger Azevedo, transmontano, tinha-se tornado empresário e autarca. 

A bordo comia-se e sobretudo bebia-se o dia todo, pelo menos os privilegiados dos graduados, para matar o tédio, para suportar a angústia da viagem, para fazer lastro e sobretudo para não dar parte de fraco e andar a chamar pelo Gregório pelos cantos do navio. 

Não há gaidjas, queixava-se o Vidigal, o 2º sargento do quadro, também ele transmontano, que à última hora ainda havia desafiado alguns gajos da corda   para ir fazer a despedida ao Bairro Alto. Um safado que, à conta da úlcera no estômago, iria depois arranjar maneira de escapar à dura vida no mato.  Um 1º cabo irá tomar conta da sua secção... Sempre era mais novo, com pelo menos 15 anos de diferença... Aquela guerra só podia ser feita por putos com 20 anos... Pobre do capitão que tinha 38 e estava à bica para ser promovido a major.

Era a velha tradição das rotas da navegação colonial, o álcool.  Havia os viciados da lerpa e do king. Como haveria depois, no teatro de operações da Guiné (no TO da Guiné, para utilizar a nossa linguagem de código), os viciados do álcool, da comida, do sexo, da caça, da guerra, da escrita diária de aerogramas (ou "bate-estradas")... 


Os oficiais superiores (eram poucos, e iam em rendição individual), esses, divertiam-se com o tiro ao alvo na popa do navio, enquanto a malta da classe turística escrevia cartas, aos pais, namoradas, noivas, mulheres, madrinhas de guerra..., cartas que tu imaginavas já molhadas de lágrimas salgadas e de saudades.

As praças, essas, vomitavam nos porões. (Só uma vez tiveste "estômago" para  "ir lá baixo".) Eram a "carne para canhão",  transportada como gado, queixava-se o nosso cripto, o Joselito. Um riacho de água verde-escura, fedorenta,  escorria pelo convés. Todo o navio fedia, tresandava a merda,  e no meio do cheiro nauseabundo havia um desgraçado de um desertor  que ia a ferros, qual gado levado para feira. Diziam que fora apanhado pela Pide na fronteira de Vilar Formoso, e recambiado para Santa Margarida, ainda a tempo de apanhar o comboio-fantasma até ao Cais da Rocha Conde de Óbidos onde o esperava o Niassa. (Enfim, uma história mal contada, como tantas outras, com que nos entretinhamos para aliviar a angústia da incerteza sobre o nosso destino, uma vez desembarcados em Bissau.)

– De mal o menos, ó Peniche , vais como básico, para a Guiné. Melhor do que seres atirador ou ficares a apodrecer no presídio militar de Elvas ou Penamacor…– consolaste-o tu e Oliveira, que estava de sargento de dia.

O pobre do desertor era alvo da chacota da maralha: alguém insinuara que o gajo era maricas e que não teve tomates (sic) para ir para a guerra… Faltosos, refractários e desertores eram a "escória da Nação", opinava o Gravata... Era um velho truque da velha instituição militar que das tripas sabia fazer coração, que da merda fazia nervos de aço, e dos cagarolas heróis... Só para manter o moral das tropas, só para aguentar a guerra, de vitória em vitória até à derrota final…

– Até quando ? – interrogavas-te tu, em silêncio.

– Lembrem-se, seus cabrões, que vocês são a fina flor da nação! – massacrava-te o tenente da tua companhia, na parada em Tavira, no Curso de Sargentos Milicianos…

Dentro de um dia desembarcaríamos na Guiné da qual espantosamente tu não sabias nada a não ser aquilo que te haviam impingido nos bancos da tua velha escola do Conde de Ferreira (onde o teu velho e o teu avô também andaram, e se calhar ainda o avô do teu pai) e que tu terias reproduzido, como um papagaio, no exame da 4ª classe ou da admissão no Liceu Passos Manuel:

– Descoberta pelo navegador português Nuno Tristão, que viria a ser morto pelos indígenas ao tentar desembarcar numa das ilhas do arquipélago dos Bijagós, a Guiné tem mais do que um terço da superfície de Portugal Continental...

E acrescentavas tu,  de acordo com o livro de leitura:

–  O clima é tropical húmido, e o território muito plano e baixo, com vastas regiões alagadiças e pantanosas, o que torna difícil a adaptação do europeu. Quanto à vegetação, predomina a floresta tropical e a savana arbustiva. A população – um pouco mais de meio milhão de almas – divide-se por uma grande variedade de grupos da raça negra, sendo os mais importantes os balantas, animistas, e os fulas, muçulmanos. 

E finalizava com a informação sobre a agricultura da província que dava tudo, era só semear e adubar com sol e chuva... Tão rica que até exportava arroz... para a o faminto arquipélago de Cabo Verde.

Desde que deixáramos as Canárias, que tu não suportavas aquele calor pegajoso, aquela angústia difusa que destilavas através dos poros da pele. Tinhas sintomas de febre e já não sabias distinguir onde acabava a realidade e começava o delírio. O Pastilhas deu-te um LM para baixar a febre. LM, o comprimidinho milagroso , a panaceia do Laboratório Militar, que o nosso Pastilhas  irá distribuir, às centenas, todos os dias, à população indígena , e que sofria de todos os males, do paludismo à lepra, da desnutrição à desinteria, das doenças venéreas à tuberculose...

De facto tudo fora tão brutal: a ordem de mobilização recebida em Castelo Branco, aonde davas instrução de recruta; a ressaca dos primeiros copos na noite do tremor de terra, em 28 de fevereiro de 1969; a apresentação no Campo Militar de Santa Margarida; a Escola Preparatória de Quadros e a Instrução de Aperfeiçoamento Operacional (IAO)  com os rocambolescos assaltos nocturnos aos bivaques do inimigo para sacar tudo o que fosse bebível e comestível; os breves dias, tristes, vazios, de licença antes do embarque, em que decidiste não te despedir de ninguém; a viagem directa, nocturna, quase clandestina, em comboio especial até ao cais de embarque, no porto de Lisboa; os capacetes brancos dos polícias militares; os nossos familiares e amigos de rosto tenso, alguns, poucos,  de gravata preta; as gaivotas, agoirentas,  estranhamente pousadas nos mastros dos navios; as fragatas do Tejo, silenciosas mas tensas, polvilhando o estuário; os guindastes, o Tejo, a ponte que, de Almada, tu viras elevar-se das águas nos primeiros anos de 60; o Cristo-Rei, de braços abertos como um espanta-pardais numa tela de Dali; o apito breve mas pungente do navio, breve como um tiro, arrepiante como o sentimento indefinível de quem em Lisboa partia e de quem em Lisboa ficava; o marinheiro que soltava as amarras, um vulto, uma mão, um lenço…

E, já no mar alto, ao largo da costa da África Ocidental, entre o Senegal e Cabo Verde, tu próprio tiveras a sensação de ter atravessado o pórtico do tempo e entrado num barco-fantasma, sobrevivente da odisseia dos antigos nautas, à deriva nos medonhos mares de que nos falavam as velhas histórias trágico-marítimas…

Que fazia tu, que fazíamos nós – o Pastilhas, o Vidigal, o Joselito, o Tony, o Ranger Azevedo,  o Zé Neves, o Campanhã, o Meia Leca, o Vagomestre,  o Vat 69, o sacana do Gravata, e tantos outros, que ainda mal conhecias, mais o desgraçado do Peniche, e centenas e centenas de homens, milicianos ou do contigente geral, estes último acondicionados como gado em beliches, nos porões nauseabundos, ali naquele barco da carreira colonial, vogando fora do tempo e do espaço, como se o Gil Eanes nunca tivesse dobrado o temido Cabo Bojador, desfeitas as lendas do Mar Tenebroso e assim aberto o caminho marítimo para o longínquo sul, para o fim do mundo, e para os eldorados que havia por achar?!...

– Duplamente embarcado, meu velho. Fo...dido, quilhado! – repetias tu, de novo para o Pastilhas ao avistarem ao longe algumas  luzes trémulas 
Ilha do Rei, à entrada do Porto de Bissau, no estuário do Geba,  e ao ouvirem pela primeira vez uma tempestade tropical que, no meio do alvoroço provocado pelo grito Terra à Vista!, alguém confundira com o tão temido ribombar dos canhões.

– As principais exportações são o amendoim, o coconote, as madeiras exóticas e o óleo de palma. A capital e a residência do Governador é a linda e moderna Bissau... Blá-blá, blá-blá...

Foi a pensar nas zonas pantanosas e alagadiças da Guiné, nos seus mil e rios e braços de mar, nas suas margens lodosas, nos seus tentáculos traiçoeiras, que tu encomendaste ao teu velho
 um par de botas de cano alto, à cavaleiro... Coitado do teu velho que nunca passará da cepa torta,  pomposamente colectado nas finanças como industrial de sapataria, e dando trabalho a um série de mânfios (sapateiros eram às carradas na tua terra, antes do grande éxodo do país... Julgavas tu, na tua santa ignorância ou ingenuidade, que ficarias melhor protegido contra as temíveis sanguessugas e víboras, crocodilhos e outra bicharada... Felizmente, tiveste  o bom senso de cancelar a encomenda à última hora, com as medidas e a forma do pé já nas mãos de um dos oficiais de sapateiro que trabalhavam para o teu pai...

– Tite, Fulacunda, Jabadá! - alguém alvitrava nomes, como se fosse o cicerone daquele estranho tour by ngiht de aproximação à capital de um país em guerra...


Bissau. 
Quinta feira, 29 de Maio de 1969... 


De manhã, a malta desembarcava numa cidadezinha plana,  desenhada a régua e esquadro no tempo da República (a avenida principal, a única avenida digna desse nome, chamava-se "da República"),  de casas térreas, de adobe, rachas de cibe e chapas de zinco, com quintais cheios de mangueiras, papaieiras, bananeiras e trepadeiras, e onde em dois ou três quarteirões  se concentrava a administração, o comércio,  a tropa e a religião (católica, apostólica e a romana).

Nas ruas, sujas das primeiras enxurradas de fim de maio, putos vendiam mancarra e tu começavas a aprender as minhas primeiras palavras de crioulo. Gilas, de balandrau branco, óculos de sol e transistor a tiracolo, mercadejavam bugigangas de contrabando, falando um estranha mistura de francês, crioulo e dialectos locais. Os sons, os sabores e as cores de África baralhavam-te os sentidos e as emoções.


Nunca esquecerás aquela baforada de ar quente quando, nos primeiros dias, saímos dos Adidos e púnhamos o pé em cima da terra vermelha escaldante ou do asfalto quase líquido... E dos primeiros pesos gastos em bebidas em lata  bem geladinhas... Foi em Bissau que tu pela primeira vez viste bebidas em lata que se bebiam dum sorvo, à sombra de uma mangueira ou debaixo de uma ronceira ventoínha... E quanto nais bebias, mais a sede aumentava, devido o teor de açúcar... Foi em Bissau que descobriste a Seven-Up, a Orange ou a Coca-Cola, em lata...

Em relação à Cola-Cola, confessarias mais tarde que não te tornaste fã, talvez por uma razão tão estúpida como  político-ideológico: partilhavas dos preconceitos da época segundo a qual a Coca-Cola era a água suja do imperialismo norte-americano... O ódio ao imperialismo estava na moda, por causa da guerra do Vietname  e da velha doutrina Monroe segunda qual a América era dos americanos, explicava-te o Zé Neves, que era jornalista,  o mais politizado de todos nós.

As imagens que tu tens de Bissau, entre 30 de maio e 2 de junho de 1969, são fugidias, impressionistas, estereotipadas... Logo de manhãzinha, já as esplanadas estavam cheias de tropa à civil, beberricando cerveja, enquanto no mastro da fortaleza oitocentista da Amura flutuava uma descolorida bandeira verde-rubra. Indiferente aos velhos canhões de bronze e aos poilões pintados com uma barra branca, uma mulher passava com o filho às costas e um balaio à cabeça. Canoas talhadas em grossos troncos de poilão partiam do lodoso cais do Pijiguiti, sulcando as águas lamacentas da ria, em busca de mafé...

Tinhas uma vaga ideia do que se passara naquele cais, 10 anos atrás, em 3 de agosto de 1959, pelo que leras ou escutaras da pouca propaganda clandestina do PAIGC que  chegava à capital do império, ou que era difundida pelas emissões que se ouviam, às tantas da noite, das rádios afetas aos forças oposicionistas: a Rádio Portugal Livre, a emissora clandestina dos comunistas, e a Rádio Voz da Liberdade, que emitia partir de Argel, ligada à Frente Patriótica de Libertação Nacional.

Ronceiros aviões levantavam voo de Bissalanca e, no meio da praça do Império, em cima de um Unimog, de pé e de braços abertos, frente ao mamarracho do monumento "Ao Esforço da Raça", há um sacana que exclama, histriónico (seria o Azevedo, o Ranger, que ia no UNimog da frente):

– Camaradas, cinco séculos de honra e glória vos contemplam! 

E toda a gente teve de gramar a formatura de boas vindas, no dia seguinte em Brá, e o discurso do "ventríloquo" do  general Spínola:

– Bem vindos à Spinolândia! – ironizava o Zé Neves, que não ia à bola com o com-chefe. 

Estragado com o calendário do fim-de.semana ficara o Vidigal que, não tendo arranjado transporte nem guarda-costas, desistira da ideia de ir ao Pilão... "mudar o óleo" (sic). 

Nos Adidos, três ou quatro topónimos eram pronunciados com um misto de temor e de respeito:  Gandembel, Madina do Boé, Guileje... Os dois primeiros aquartelamentos tinham sido "retirados" no princípio do ano de 1969...


Pelo Geba acima, na LDG 101 Alfange... 
Segunda feira, 2 de junho de 1969. 

Três dias depois iriam dar-te uma G-3, novinha em folha, e uma ração de combate, para de seguida te porem no fundo duma LDG, a caminho do Leste, Rio Geba acima, escoltados por uma equipa de fuzileiros navais que, à medida que o rio estreitava, batiam com fogo de morteirete a cerrada vegetação das margens (o tarrafe) até às proximidades do Xime, em Ponta Varela… Uma ração de combate e dois cantis de água mais ou menos potável:

– Seus sacanas – vociferava  o Ranger, ao lado do capitão, de lencinho preto ao pescoço, era o seu "amuleto"  – aprendam desde hoje a gerir a auguinha. E ficam a saber que neste barco de cruzeiro, rio Geba acima, não há bar aberto a estas horas...

Íam dois, tu e o Pastilhas, sentados em cima de uns colchões de espuma, empilhados numa Berliet, à mistura com centenas de malas de viagem, algumas já rebentadas e atadas por cordões… O fogo de morteirete dos fuzileiros apanhou-te de surpresa… E qual não é o teu espanto quando o enfermeiro, à saída da primeira granada se lançara de cabeça para o fundo da LDG!… 

Tu, que era de armas pesadas de infantaria, não tiveste felizmente reflexos tão rápidos como os dele que, na queda, acabou por ser a  primeira vítima da Companhia na Guiné.

– Vítima do fogo amigo! – comentaste, entre a risota, a compaixão e a  apreensão, ao vê-lo de olho inchado, e o sobrolho a sangrar.

Com um olho-à-Belenenses e com contusões no rosto, o pobre do Pastilhas, por ironia enfermeiro, foi o primeiro de nós a testar a competência dos nossos cabos auxiliares de enfermagem, seus subordinados dos serviços de saúde militar, que, noutras circunstâncias bem mais dramáticas, irão salvar a vida a alguns de nós: pelo menos sabiam aplicar um garrote e administrar o soro... a um desgraçado, atingido por tiro ou estilhaço n0 mato ou na picada.

 Como um cão apanhado na rede! –  resmungavas tu sentado na capota da Berliet, prescrutando a linha do horizonte, a bordo da LDG Alfange...

Pobre do Olho-à-Belenenses, pobre do Pastilhas!... A alcunha, as alcunhas, ficaram-lhe para sempre coladas à pele. 

Hoje, reconstituindo os acontecimentos em retrospectiva, pensas que ele foi o o teu  primeiro herói, ou melhor, o teu primeiro anti-herói: nunca o viste  a pegar uma arma, nunca deu um tiro (nem sequer contra um jagudi),  nunca matou ninguém, duvidas até que fosse capaz de pôr a G-3 em posição de tiro; nunca alinhara com a malta em operações, mesmo nas grandes operações; recorda-lo sempre de bata branca, na palhota que servia de enfermaria, no posto médico de Bambadinca, e onde todos os dias uma interminável fila de mulheres, crianças e velhos aguardava a sua consulta de enfermagem (alguns seguramente gente de Nhabijões, Mero, Santa Helena, Fá Balanta, etc.,  quiçá até vivendo no mato, sob controlo do PAIGC, ou do IN, como se dizia eufemisticamente)...

Como enfermeiro, era um tipo competente, despachado, lesto, e a quem de resto recorríamos, com frequência, para picar as nossas bolhas de água nos pés, curar os nossos  esquentamentos, com umas valentes doses de penicilina, ou aliviar os febrões do nosso paludismo, ou pintar o cu com uma estranha poção à base de tintura de iodo quando chegávamos lá, de pernas arqueadas, com a flor do Congo estampada no cu...

Ele foi o talvez o mais útil de todos nós, soube cuidar de nós e da população local... Em contrapartida, gostávamos de lhe pregar partidas, algumas de mau gosto, gratuitas e até perigosas: recordas-te de um dia, às tantas da noite, no regresso de um patrulhamento ofensivo com emboscada até à meia-noite,  dois ou très chanfrados, "apanhados do clima", o terem acordado, com uma pistola Walther apontada à cabeça; ou de o termos obrigado, com a cumplicidade do comandante da companhia (qwue até era um homem bonacheirão), já na parte final da comissão, a vestir o camuflado, a pegar na G-3 e a pôr ao ombro a mochila dos primeiros socorros... 

Simularam uma ida ao mato, soprando-lhe ao ouvido temíveis nomes como Ponta Varela, Poindom, Ponta do Inglês, Baio, Burunbtoni, Fiofioli, Curobal... Dissemos-lhe que ele não nunca poderia voltar connosco a Lisboa, virgem, sem o baptismo de fogo... 

Cinquenta metros depois de termos passado a porta de armas a caminho do objectivo, o Pastilhas teve um colapso, um ataque de pânico, vomitou por cima e por baixo, acabou por ser ele a pregar-nos um grande susto... Levámo-lhe de urgência ao posto médico...

No dia seguinte lá estava ele a servir as suas pastilhas e a dar as suas picas e os co,primidos LM, os "mezinhos",  aos doentes africanos da tabancas em redor... Era aí que ele se sentia gente, e sobretudo enfermeiro a tempo inteiro... Um homem absolutamente deslocado na tropa e na guerra...

Voltarás a encontrá-lo, muitos anos mais tarde, vinte anos depois, na Anadia no "Zé dos Leitões": era o dr. Andrade, médico de clínica geral em Aveiro, e médico do trabalho, numa fábrica de automóveis em Cacia.

Voltaste a encontrá-lo mais tarde e lembras-te de ele me ter falado, sem ressentimentos, com muito orgulho, com um brilhozinho nos olhos, dos seus dois filhos, um deles médico e professor na NOVA e outro engenheiro aeroespacaial, a trabalhar em Montepellier, França
.. 

Perdeste-lhe entretanto o rasto,   mas confessaste ao Zé Neves que gostaria de voltar a encontrá-lo,  para lhe dizer que ele agora fazia parte da tua "galeria de heróis", a ele que tinha sido vítima  de  algumas das nossas brincadeiras mais estúpidas, praxes de mau gosto, que ele suportou com a sua proverbial bonomia... Na realidade, sermpre houve "bullying" na caserna, e não apenas na esccola, na catequese, no liceu, ou no local de trabalho.

– A guerra é estúpida e cruel, e torna os homens estúpidos e cruéis. E o homem, 
 primata social, territorial e predador,  tem, além disso, a particularidade comportamental de ser o único animal do mundo que mata ou humilha as suas presas por mero prazer, usando a violência gratuitamente, sem necessidade... – comentataste tu para o Zé Neves, agora jornalista reformado, profundo conhecedor do Bairro Alto, em Lisboa, e que tu reencontravas com alguma frequência na Cervejaria Trindade, nos idos anos de 1975.

O Pastilhas tivera o azar de ter sido marcado, desde muito cedo, como alguém que parecia transmitir medo, fraqueza, vulnerabilidade, insegurança  sinais a que qualquer predador está atento, quando observa uma potencial presa. O enfermeiro era um verdadeiro animal acossado nos primeiras semanas ou meses na Guiné: ainda antes do lusco-fusco era frequente vê-lo a rondar os abrigos como se estivessemos na iminência de um ataque...  

Por outro lado, ele cometera, ainda a bordo do Niassa, um erro tático ao relacionar-se, de maneira preferencial, com o grupinho do 1º sargento Gravata, com quem de resto tinha mais afinidades ... Os furriéis milicianos, sobretudo os operacionais, em conflito com Gravata, marcaram o Pastilhas e às vezes faziam-lhe a vida negra...

 Não tens qualquer esperança que ele te leia este "conto com mural ao fundo"... Há uma conversa que tu e ele começaram  no Niassa e  se prolongou  pela LDG Alfange, mas que ficou por terminar... Nunca gostaste de conversas interrompidas a meio... De qualquer modo,  vais ter de lhe perguntar: 

–  Afinal, em que ponto é que a gente ia, depois daquele incidente na LDG quando  seguíamos rio acima até ao Xime ?... Ainda te lembras, em 2 de junho de 1969?"... 

Claro que ele não se vai lembrar de coisa nenhuma: terá sido o primeiro de todos nós a esquecer a Guiné... para sempre! 

– Guiné ?!, um pesadelo de um noite de verão!... Esquece, não sejas masoquista!... – arrematava-te o Zé Neves, entre duas imperiais e um bife à Trindade, no verão quente de 75 .

© Luís Graça (2006). Nova versão, revista e melhorada, em 1/12/2023. 
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Nota do editor:

Último poste da série > 31 de outubro de 2023 > Guiné 61/74 - P24808: Contos com mural ao fundo (Luís Graça) (12): de Montemuro a Montmartre ou uma história de vida "casapiana"

sábado, 17 de junho de 2023

Guiné 61/74 - P24405: Prova de vida (8): Martins Julião (ex-alf mil, CCAÇ 2701, Saltinho, 1970/72), um dos históricos da Tabanca Grande e do nosso I Encontro Nacional, na Ameira, Montemor-o-Novo, em 14/10/2006

Distintivo da CCAÇ 2701 (Saltinho, 1970/72), cujo pessoal se reúne hoje, em convívio,  em Cantanhede. 


Guiné > Zona Leste > Região de Bafatá > Sctor L1 > Xitole > 1970 > O alf mil José Luís Vacas de Carvalho, de lencinho ao pescoço no Xitole, sentado em cima de uma das suas Daimler (Pel Rec Dsimer 2206, Bambadinca, 1969/71)... À sua direita, o fur mil op esp, Humberto Reis, o nosso fotógrafo... À direita, o fur mil at inf, Arlindo Roda, outro grande fotógrafo, ambos da CCAÇ 12 (Bambadinca, 1969/71)... Atrás do Roda, o fur mil enf enf José Alberto Coelho, da CCS / BART 2917 (Bambadinca, 1970/72)... 

Não temos a certeza sobre a data desta coluna logística ao Xitole e talvez ao Saltinho: deve-se ter realizado, ainda na época seca, mas já np 2º trimestre de 1970, na altura da chegada do BART 2917.

A CCAÇ 2701 já estava no Saltinho. Recorde-.se que em 10 de maio de 70, após sobreposição com o BCaç 2851, o BCAÇ 2912 assumiu a responsabilidade do Sector L5, com sede em Galomaro, e abrangendo os subsectores de Dulombi (CCAÇ 2700), Saltinho (CCAÇ 2701), Cancolim (CCAÇ 2699)  e Galomaro. O cmd da CCAÇ 2701 era o cap inf Carlos Trindade Clemente, e o Martins Juliáo era um dos alferes da companhia.

Foto: © Humberto Reis (2006). 
odos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem de Martins Julião (ex-alf mil, CCAÇ 2701, Saltinho, 1970/72), membro da nossa Tabanca Grande desde 23 de julho de 2006 (*), e um dos "históricos" do nosso I Encontro Nacional, na Ameira, Montemor-o-Novo (**), mas de quem, espantosamente, ainda continuamos a não ter nenhuma foto, à civil ou à militar...

Data - terça, 13/06/2023, 18:03

Luis, sou o Martins Julião; ainda estou vivo.  (***)

Grande abraço e havemos de nos voltar a encontrar.

Parabéns Para ti e ao Blogue cuja leitura nunca falho.




Montemor-o-Novo > Ameira > 14 de Outubro de 2006 >  I Encontro Nacional da Tabanca Grande > O grupo de "tertulianos" (foi assim que nos começámos a tratar, os membros da "tertúlia da Guiné"...),  fotografados, por volta da 13h, antes do almoço no Restaurante Café do Monte, na Herdade da Ameira. Ainda não tinham chegado todos/todas... Não consigo identificar aqui o Martins Julião e a esposa.

Fotos (e legenda): © Luís Graça (2006) . Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

2. Lista (nunca validada pelo grande organizador deste encontro histórico, o Carlos Marques Santos, já falecido) dos presentes na Ameira, Montemor-o-Novo, em 14/10/2016 (*). Nem todos/as couberam nas fotografias (e começamos por pedir desculpa se falhamos o nome de alguém)... Para já a lista era de 53 participantes, 6 dos quais (11,3%) infelizmente já faleceram:
  • António Baia (Amadora) (pertencia ao BINT);
  • António Pimentel (Porto / Figueira da Foz):
  • António Santos e esposa (Caneças / Loures);
  • Aires Ferreira (região centro);
  • Carlos Alberto Oliveira Santos (Coimbra) (fur mil, CCAÇ 2701, Saltinho, 1970/72) (falecido em 2022, nunca chegou a integrar formalmente a Tabanca Grande, o que achamos injusto: participou em pelo, menos 3 enconstros nacionais)
  • Carlos Fortunato e esposa (Lisboa);
  • Carlos Marques dos Santos (1943-2019) e esposa (Coimbra);
  • Carlos Vinhal e esposa Dina, (Matosinhos);
  • David Guimarães e esposa, Lígia (Espinho);
  • Fernando Calado (Lisboa);
  • Fernando Chapouto e esposa (Bobadela / Loures);
  • Fernando Franco (1951-2020) e esposa (Venda Nova / Amadora);
  • Hernâni Figueiredo (Ovar);
  • Humberto Reis e esposa, Teresa Reis (1947-2011) (Alfragide / Amadora);
  • Jorge Cabral (1944-2021)  (Lisboa);
  • José Bastos (região norte);
  • José Casimiro Carvalho (Maia);
  • José Luís Vacas de Carvalho (Lisboa  e Montemor-o-Novo);
  • José Martins e esposa (Odivelas);
  • Luís Graça e esposa, Alice Carneiro (Alfragide/Amadora);
  • Manuel Lema Santos e esposa (Massamá / Sintra);
  • Manuel Oliveira Pereira e esposa (Lisboa, vive hoje em Ponte de Lima);
  • Martins Julião e esposa (Oliveira de Azeméis?);
  • Neves, empresário em Bissau (de que só sabemos o apelido...)
  • Paulo Raposo (Ameira / Montemor-o-Novo);
  • Paulo Santiago (Águeda);
  • Pedro Lauret (Lisboa);
  • Raul Albino (1945-2020) (Vila Nogueira de Azeitão, Setúbal);
  • Rui Felício (Lisboa);
  • Sampedro (ex-capitão, do BCAÇ 3884 , Bafatá, Contuboel, Geba e Fajonquito, 1972/74)
  • Sérgio Pereira e esposa (Lisboa);
  • Tino (ou Constantino) Neves e esposa (Laranjeiro, Almada);
  • Vitor Junqueira e filha (Pombal);
  • Victor David e esposa (Coimbra);
  • Virgínio Briote e esposa (Lisboa).
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Notas do editor:
 
(*) Vd. poste de 23 de julho de  2006 > Guiné 63/74 - P981: Tabanca Grande: Martins Julião, ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 2701, Saltinho, 1970/72

(...) "Só há pouco tempo conheci este espaço de encontro. O Paulo Santiago (Pel Caç Nat 53, Saltinho), foi o camarada responsável pela minha apresentação aos camaradas de tertúlia.Chamo-me Martins Julião, fui Alferes Miliciano de Infantaria da CCAÇ 2701 (Saltinho, Abril de 1970/Abril de 72).Hoje sou um pequeno empresário e gerente de uma unidade industrial, após mais de 20 anos como professor do Ensino Secundário" (...).