terça-feira, 7 de junho de 2011

Guiné 63/74 - P8383: Monte Real, 4 de Junho de 2011: O nosso VI Encontro, manga de ronco (4): Fantástico, a todos os níveis (Mário Bravo)


Monte Real  > Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande > Luís Graça e Humberto Reis, dois vizinhos de Alfrtagide, dois camaradas da CCAÇ 12, dois históricos da Tabanca Grande... Um o fundador do blogue e o outro o cartógrafo-mor... Sem as cartas (militares) do Humberto, o blogue poderia existir, mas não nunca seria a mesma coisa...


Monte Real  > Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande  > O grandalhão  do Joaquim Mexia Alves que, além de membro da Comissão Organizadora, foi também o elo de ligação com o Palace Hotel que nos forneceu a logística, a hospedagem, e os comes & bebes, para além da magnífico e repousante ambiente do parque  das Termas...






Monte Real  > Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande > Outro membro da Comissão Organizadora e nosso co-editor, o Carlos Vinhal, ao centro, de pé... Ladeado pelo Fernando Gouveia (na foto, à esquerda) e o Jorge Narciso (na foto, à direita).



Monte Real  > Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande > O casal Hélder Sousa e Natividade (Setúbal)... A nossa nova amiga é periquita nestas andanças...



Monte Real  > Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande  >  O Juvenal Amado (Fatima / Ourém), em amena cavaqueira com o casal José Brás e esposa (Montemor-o-Novo)


Fotos: © Mário Bravo (2011) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados.



1. Mensagem, com data de hoje,  do nosso camarigo Mário Bravo (ou Mário Silva Bravo, médico reformado, a viver no Porto; veio ao nosso VI Encontro, acompanhado da esposa, também médica, Maria Lília; e vai dentro em breve encontrar-se com os seus ex-camaradas bendandenses, que reencontrou através do noso blogue):

Bom dia para todos os camarigos.

Pela primeira vez compareci no Encontro da Tabanca Grande, em Monte Real (*). O que posso dizer ? Que foi simplesmente fantástico a todos os níveis. Foi emocionante conhecer ao vivo todos aqueles que durante tanto tempo se cruzaram connosco de modo virtual. 

Isto só é possível, porque existe um blogue que tem poder mobilizador sem nlimites e nos dá a possibilidade de troca de opinião com todas as suas emoções.

Ouvi as mais diversas histórias, contadas por rapazes (de vinte e tal anos), hoje sexagenários.

Apreciei o modo simpatico e afectuoso com que me presentearam.

Não posso deixar passar o momento, sem me dirigir a uns camarigos que tiveram a seu cargo esta operação e são eles (a ordem não tem qualquer significado):


(i) O Joaquim Mexia Alves: é enorme em estatura física, mas muito maior na estrutura moral e vontade de partilha!...  Chegamos à conclusão que estivemos em Mafra, na recruta, na mesma companhia; 

(ii) Luis Graça, o responsável por estas nossas aventuras bloguistas. E que bela organização!; 

(iii) Carlos Vinhal e todos aqueles que de modos distintos permitem e irão continuar a permitir que esta salutar camaradagem cresça sem limite.

Para adornar um pouco este pequeno texto, junto umas fotos do momento.

Cumprimenta
Mário Bravo



[ Revisão / fixação de texto / edição e legendagem de fotos / título: L.G.]


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Nota do editor:

(*) Vd. último poste da série > 6 de Junho de 2011 > Guiné 63/74 - P8379: Monte Real, 4 de Junho de 2011: O nosso VI Encontro, manga de ronco (3): Figuras imponentes, caras bonitas, gente feliz sem lágrimas...

Guiné 63/74 - P8382: Recordações dos tempos de Bissau (Carlos Pinheiro) (2) : Pedaços históricos perdidos na Guiné

1. Mensagem de Carlos Manuel Rodrigues Pinheiro* (ex-1.º Cabo TRMS Op MSG, Centro de Mensagens do STM/QG/CTIG, 1968/70), com data de 14 de Maio de 2011:

Camarigo Carlos Vinhal
Mais uma vez estou a enviar uma artigo, desta vez sobre pedaços históricos perdidos na Guiné no ano de 1969.

Se entenderes que o mesmo merece ser publicado, estás sempre à vontade.

Um grande abraço
Carlos Pinheiro


RECORDAÇÕES DOS TEMPOS DE BISSAU (2)

Pedaços históricos perdidos na Guiné em 1969

Só o facto de estarmos em guerra, só o facto de estarmos em África, mas também pelo facto das comunicações da altura não serem nada, nem de perto nem de longe, do que hoje dispomos, leva-me a relatar alguns factos, mais ou menos históricos, que não presenciámos, que não testemunhámos por estarmos forçadamente ausentes do nosso cantinho, da nossa família, dos nossos amigos, mas dos quais nunca duvidámos uma vez que, mesmo à distância, lá nos chegaram, dias mais tarde, ecos desses mesmos factos que hoje são mesmo históricos por razões diversas.

Logo no início do ano de 1969 foi lançado na RTP, a única televisão da época, um programa que foi marcante para a altura. Tratou-se do ZIP ZIP, um programa de Raul Solnado, Fialho Gouveia e Carlos Cruz que apareceu, certamente “permitido” pela primavera Marcelista, uma vez que Salazar tinha caído da cadeira no ano anterior e Marcelo já governava. Segundo rezam as crónicas, foi um programa audaz para a época, mas a malta do meu tempo que estava na guerra, perdeu-o pura e simplesmente.

Imagem retirada do site da RTP, com a devida vénia

Outro facto histórico, este de nível mundial desse período, aconteceu exactamente no dia 20 de Julho de 1969**. Foi a chegada do primeiro homem à Lua que a Televisão terá transmitido em directo e a que nós não tivemos oportunidade de assistir. Ouvimos falar, lemos nos jornais com alguns dias de atraso, mas não presenciámos o facto e o feito. É caso para dizer que lemos e ouvimos, mas não vimos.

Foto retirada da Wikipédia, com a devida vénia

Também perdemos outro acontecimento, marcante para a história de Portugal, que ocorreu no dia 27 de Julho de 1969. Foi a morte de António de Oliveira Salazar cujo funeral nacional foi efectuado de comboio de Lisboa para a sua terra natal, Vimieiro, Santa Comba Dão, tendo o país ficado de luto durante três dias. Até na Guiné esse luto foi garantido com a bandeira nacional a meia haste. Mas não presenciámos, só ouvimos falar, mais nada, para além de sentirmos mais algum rigor nas prevenções militares naqueles dias.

Foto retirada do site Fotos Sapo, com a devida vénia

Outro facto importante para a época e que a história regista e a que nós não assistimos e muito menos participámos, foram as Eleições legislativas de 1969***. As primeiras que se realizaram com Marcelo no Governo, precisamente no dia 26 de Outubro daquele ano e onde concorreram, para além da União Nacional, o partido do Governo, a CEUD Comissão Eleitoral de Unidade Democrática, a CDE Comissão Democrática Eleitoral e a CEM Comissão Eleitoral Monárquica. Soubemos depois que a União Nacional elegeu todos os 120 Deputados naquela espécie de acto eleitoral, como mandavam as regras da época, a bem da nação, a bem da evolução na continuidade.

Fotos retiradas do site do Parlamento, com a devida vénia

Cada um à sua maneira, foram factos perdidos devido à situação que estávamos a viver, no auge da guerra, quando os mísseis já eram uma arma dos nossos opositores no terreno.

Em contrapartida, para além do facto de estarmos na guerra, muitos sofrerem o horror dos combates e dos ataques, da fome e da sede, muitos morrerem na flor da idade e muitos outros terem ficado estropiados no corpo e no espírito, ganhámos o privilégio de podermos passar a consumir Coca-Cola, importada directamente de Inglaterra e até de Moçambique, bebida esta que na Metrópole era proibida. Aliás, já que estamos a falar de privilégios, na Guiné também podíamos beber água Perrier e Vichy vindas de França e até leite da Holanda da Twin Girls, uma vez que era difícil a entrada naquelas terras de águas ou leite da Metrópole. Vá-se lá saber porquê.

Relatar estes acontecimentos passados tantos anos, denota algum saudosismo, mas também serve para lembrar que a guerra deixou marcas das mais variadas estirpes. Hoje, nada disto aconteceria. Ou melhor aconteceria, acontece tudo, mas todo o mundo, Iraque ou Afeganistão, por exemplo, estaria informado no momento, em directo, em todas as televisões.

Carlos Pinheiro
29 de Julho de 2010
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Notas de CV:

(*) Vd. poste de 20 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8138: Memória dos lugares (152): A cidade de Bissau em 1968/70: um roteiro (Carlos Pinheiro)

(**) Vd. poste de 19 de Março de 2006 > Guiné 63/74 - DCXL: Estórias de Dulombi (Rui Felício, CCAÇ 2405) (3): O dia em que o homem foi à lua

(***) Vd. poste de 4 de Novembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5206: Efemérides (31): as eleições de 26/10/1969, as oposições democráticas (CDE e CEUD) e a escalada da guerra (João Tunes)

Vd. primeiro poste da série de 1 de Novembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7204: Recordações dos tempos de Bissau (Carlos Pinheiro) (1) : Dia de Todos os Santos de 1968

Guiné 83/74 - P8381: Notas fotocaligráficas de uma viagem de férias à Guiné-Bissau (João Graça, jovem médico e músico) (13): 16 de Dezembro de 2009, a caminho do Gabu, passando por Contuboel, outrora um eldorado














Guiné-Bissau >  Região de Bafatá > Contuboel > 16 de Dezembro de 2009 > c. 11h00 >  
Nas duas foto de cima, o dignitário  Braima Sissé, numa delas fotografado com o João Graça. 

Por cima do dignitário, a foto emoldurada de Fodé Irama Sissé, um importante letrado e membro da confraria quadriyya [, islamismo sunita, seguido pela maior parte dos mandingas da Guiné; tem o seu centro de influência em Jabicunda, a sul de Contuboel; a oputra confraria, tidjanya, é seguida pela maior parte dos fulas]. 

O Braima Sissé foi apresentado ao João Graça como sendo um estudioso corânico, filho de uma importante personalidade da região, amigo dos portugueses na época colonial [, presume-se que fosse o próprio Fodé Irama Sissé].  

O Braima Sissé foi identificado pelo seu, meu e nosso amigo  Eduardo Costa Dias, antropólogo,  professor e investigador do ISCTE, membro da nossa Tabanca Grande ... 

Nas restantes fotos, a ponte sobre o Rio Geba, que nos traz à memória sobretudo momentos de paz e tranquilidade... Foi também aqui que conheci o Renato Monteiro, o homem da piroga... Em Junho/Julho de 1969, Contuboel era um centro de instrução militar... Foi lá que se formou a futuras CCAÇ 11, CCAÇ 12 e CCAÇ 14. Foi o único eldorado que conheci na Guiné... 

(...) Até o humor do meu companheiro de viagem
é deslocado…
Viemos no mesmo camarote,
no T/T Niassa,
a tresandar a óleo e a vomitado…
Vou agora mais descontraído,
sem pena nem tema,
numa surpreendente estrada alcatroada,
entre Bambadinca e Bafatá…
Vais gozar as delícias do sistema,
meu safado:
- Contuboel - dizem-te - é um eldorado…


Fotos: © João Graça (2009) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservado.



Mapa actual da Guiné-Bissau > Escala 1/500 mil > Pormenor: Regiões de Bafatá e de Gabu > Posição relativa de Bambadinca, Bafatá, Contuboel e Gabu (localidades assinaladas por uma elipse, a azul)... As distâncias quilométricas entre estas quatro localidades da zona leste são, mais ou menos, as seguintes: Bambadinca-Bafatá: 30 km; Bafatá-Contuboel: 30 km; Bafatá-Gabu: 50 km...

(Mapa de 1981, desenhado e publicado pelo Instituto Nacional de França, Paris. Com a devida vénia... Clicar na imagem para ampliar). 


1. Continuação da publicação das notas do diário de viagem à Guiné, do João Graça, acompanhadas de um selecção de algumas das centenas fotos que ele fez, nas duas semanas que lá passou (*)... 

16/12/2009, 3ª feira, 12º  dia, visita rápida a Contuboel a caminho do Gabu

[Não há qualquer apontamento sobre a viagem de Tabatô a Gabu, na manhã de 16 de Dezembro de 2009. Apenas fotos, e algumas, poucas, sobre Contuboel].

(Continua)

[ Revisão / fixação de texto / selecção, edição e legendagem de fotos: L.G ]

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Nota do editor:

(*) Vd. último poste da série > 27 de Maio de 2011 > Guiné 83/74 - P8338: Notas fotocaligráficas de uma viagem de férias à Guiné-Bissau (João Graça, jovem médico e músico) (12): 16 de Dezembro de 2009, a despedida matinal de Tabatô, a caminho do Gabu


segunda-feira, 6 de junho de 2011

Guiné 63/74 - P8380: Agenda Cultural (128): Lançamento do livro Dias de Coragem e de Amizade, de Nuno Tiago Pinto, editado pela Esfera dos Livros: Lisboa, sede da ADFA, Av Padre Cruz, dia 7 de Junho, 18h30



Título > Dias de Coragem e Amizade
Colecção: > História Divulgativa
Nr de páginas > 400 ilustrado
PVP c/ IVA > 23 €
ISBN > 978-989-626-316-4
Formato >16 x 23,5
Encadernação > Brochado
Ano de edição: 2011

Sinopse (Fonte: A Esfera dos Livros... Adaptação livre,  com a devida vénia):


«O fundamental neste livro é que, através daquilo que os protagonistas descrevem, nós, os portugueses de hoje, temos acesso à história dos anos da guerra como ela ficou gravada naqueles que a fizeram. Não é pouca coisa.» Coronel Matos Gomes in Prefácio.

O jornalista Nuno Tiago Pinto ouviu cada um dos 50 testemunhos que fazem parte deste livro e captou o momento mais dramático da sua experiência nos três cenários da guerra colonial – Angola, Guiné e Moçambique.

(i) O médico Abílio Alves esteve um ano e meio em Nambuangongo, Angola, a tentar salvar vidas, com poucos meios e sob ataques constantes;

(ii) António Lobato foi o primeiro piloto a despenhar-se na Guiné, o chamado Vietname português, e aquele que mais tempo esteve preso nas mãos do PAIGC – sete anos;


(iii)  Maria Arminda Lopes Pereira dos Santos [ membro da nossa Tabanca Grande,] pertenceu ao primeiro grupo de enfermeiras pára-quedistas e durante dez anos percorreu vários cenários da guerra colonial;


(iv)  António José Freire foi atingido, em Angola, por um estilhaço que lhe arrancou uma parte do crânio; ao todo, foi operado 18 vezes à cabeça;


(v) José Vicente decidiu arriscar a vida ao volante de um Unimog para a companhia não ficar uma noite inteira sem água. Sofreu um acidente e ficou paraplégico...


São relatos impressionantes, feitos na primeira pessoa, de actos de coragem e de amizade, de medo, heroísmo, desespero, de soldados, médicos, enfermeiras que combateram, de diferentes formas, em nome da pátria. 


Ao todo, foram mobilizados para os três teatros de guerra entre 800 mil, e um milhão de portugueses. Destes, mais de nove mil morreram em combate ou num dos muitos acidentes que, por descuido, falta de preparação ou infortúnio,  acabaram por causar vítimas. Os outros milhares de portugueses regressaram a casa com marcas físicas ou psicológicas de uma guerra que os transformou e marcou para sempre. Esta é a sua história.

Sobre o autor [, foto à esquerda, da editora> Nuno Tiago Pinto:

(i)  Nasceu em 1978, em Lisboa; (ii) licenciou-se em Relações Internacionais; (iii) tirou o curso de especialização em jornalismo no CENJOR; (iv) passou pela redacção da Sic Notícias; (v) foi jornalista e editor de Internacional e de Sociedade no semanário O Independente; (vi)  está desde 2006 na revista Sábado onde é sub-editor da secção Portugal.

Guiné 63/74 - P8379: Monte Real, 4 de Junho de 2011: O nosso VI Encontro, manga de ronco (3): Figuras imponentes, caras bonitas, gente feliz sem lágrimas...


Monte Real, Café Central > 3 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande (*) > Na véspera do encontro, houve tempo para, sentados à mesa do Café Central, bebermos uma imperial, comer uns caracóis ou umas bifanas, e sobretudo pôr a conversa em dia... Nós, ou alguns de nós, que pernoitámos no Palace Hotel (gozando as delícias do sistema, pois claro...).


Na foto, o nosso imponente Miguel Pessoa, da Comissão Organizadora, mais a esposa do Hélder Sousa, a Natividade (que veio ao nosso encontro pela primeira vez)...No outro lado da mesa, e que o fotógrafo não apanhou,  a Giselda, o Humberto Reis (que veio pela primeira vez sozinho, sem a sua saudosa Teresa), o Carlos, a Dina, o Hélder, a Alice e... o fotógrafo...  Também por lá passaram o Jaime Brandão (que vive em Monte Real) e o António Graça de Abreu (sem a sua elegantíssima Wang, que preferiu ficar a descansar no hotel)...






Monte Real, Termas > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande > A Alice (de costas), a Helena (esposa do Mário Fitas) e a Dina Vinhal (com o seu inseparável leque)... Depois de um passeio matinal, até às instalações das termas que ainda distam umas centenas de metros do hotel, se+paradas por uma larga avenida empedrada e ladeada de seculares eucaliptos...




Monte Real  > Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande > Uma das muitas caras bonitas que alegraram o nosso convívio: a Maria de Lurdes, uma alentejana de olhos verdes, companheira do nosso camarigo Jorge Canhão (Oeiras)...



Monte Real  > Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande > Mais três das nossas queridas bajudas: da esquerda para a direita, a Fernanda Basto (esposa do Régulo da Tabanca de Matosinhos, o Álvaro Basto), uma outra que não sou capaz de identificar (ao meio, sem crachá ou cartão de identificaçãoi, em clara infração ao RDM... Peço imensa desculpa à nossa amiga pelo reparo e pela minha incapacidade em idenficá-la!) e, por fim, Maria Elizabete, esposa do Francisco Silva (hoje, cirurgião ortopedista no Hospital Amadora-Sintra)... A Fernanda e a Elizabete já não são debutantes (ou piras), são caras nossas conhecidas de anteriores encontros... 






Monte Real  > Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande > Sempre delicado e feliz entre as bajudas (... feliz, sem lágrimas, com cachimbo, em mangas de camisa, ligeiramente desfocado pelo momentâneo mas ligeiro embaciamento da lente da máquina, em tarde de calor e  humidade)... Ele, quem é, quem é ? O nosso Alfero, o nosso impagável Alfero Cabral, o único, o verdadeiro que eu conheci no TO da Guiné, o Jorge, pois claro...  E elas, quem são, quem são ? Wang Hai e  Maria Helena Fitas (sentadas), Graciela Santos (de pé)...



Monte Real, Termas > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande  > Falando inevitavelmente de Mansabá: o ilhavense Jorge Picado e o nosso editor Carlos Vinhal (Leça da Palmeira / Matosinhos)...  Sem desprimor para todos os demais participantes, o Jorge Picado é um caso sério de jovialidade e alegria de viver, "apesar das mazelas que este inverno lhe deixou"...



Monte Real  > Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande  > Dois dos mais pontuais e matinais partipantes: o Mário Fitas (CCAÇ  673, Cufar, 1965/67) e o Alcídio Marinho (CCAÇ 412, Bafatá, 1963/65)... O Mário veio,  mais a sua Maria Helena, de Estoril/Cascais, e o Alcídio trouxe, de Miragaia/Porto, a sua Rosa, a "porta-estandarte" da companhia dos "capacetes  verdes"...




Monte Real  > Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande  > Em que é que estará a pensar o nosso camarigo Vasco Ferreira (Vila Nova de Gaia) ? Na sua CCAÇ 4540 que era mais conhecida no TO da Guiné por serem mesmo "um caso sério"... Recorde-se que o Vasco foi Alf Mil e andou por CumeréBigeneCadiqueCufar e Nhacra, entre 1972 e 1974... (Julgo que o Vasco  trouxe com ele a sua bajuda, Margarida)...
  




Monte Real  > Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande >  A Ana, em primeiro plano... Veio expressamente do Fundão, com muita ternura, acompanhar o seu companheiro de uma vida, o nosso querido Torcato, seis anos mais velho... Surpreendia-a, no meio da tropa,  a beber o seu uísque (que era uma das nossas bebidas de caserna preferidas) e a bater-se com o Joaquim Mexia Alves numa animada conversa sobre o momento político actual...    Com grande serenidade, justificou-se dizendo que o uisquinho faz bem ao coração... A Ana trabalha no histórico Jornal do Fundão... Foi outra das caras bonitas que deram mais ronco ao nosso ronco... Tenho pena de nunca ter tempo suficiente para pôr as nossas mulheres a falar, sem barreiras nem máscaras, dos encontros  da tropa a que elas vêm nem sempre com grande entusiasmo, por amor, por dever de solidariedade, por desfastio, por compaixão (eu sei lá, especulo!)... Afinal, elas foram e não foram à guerra... Boa parte delas,s e não a maioria, já se conhecem dos anteriores encontros, o primeiro dos quais foi na Ameira, Montemor-o-Novo, em 2006...


Fotos (e legendas): © Luis Graça (2011). Todos os direitos reservados

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Nota do editor:

Guiné 63/74 - P8378: Monte Real, 4 de Junho de 2011: O nosso VI Encontro, manga de ronco (2): O dia dos Na Kontra...



Monte Real, Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande &gt (*); Dois homens do Oio: Raul Albino ( ex-Alf Mil da CCAÇ 2402/BCAÇ 2851, ,Mansabá e Olossato, 1968/70)  e Rui Silva (ex-Fur Mil da CCAÇ 816, BissorãOlossatoMansoa, 1965/67). Tive finalmente a oportunidade de conhecer, em carne e osso, o Rui (e a esposa, Regina Teresa), que vive em Santa Maria da Feira... O Raul, por sua vez, é de Vila Nova de Azeitão, e também veio acompanhado da esposa, Rolina. Raul, antigo quadro técnico da IBM, falou comigo sobre a necessidade de encontrar ou explorar novas soluções informáticas para um blogue que cresceu muito, demasiado até, sobretudo nestes útimos três anos...



Monte Real, Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande > Dois homens do sul, mais exactamente de Gadamael, onde ambos foram feridos, embora nunca se tenham encontrado lá: J. Casimiro Carvalho e C. Martins (este último comandante do último Pel Art que esteve em Gadamael, antes da sua entrega ao PAIGC em Junho ou Julho de 1974; por razões deontólogicas e profissioniais, C. Martins, que é médico, não pretende integrar formalmente a nossa Tabanca Grande, preferindo manter o seu estatuto de leitor e comentador do nosso blogue)... O J. Casimiro Carvalho veio de propósito trazer-nos um abraço dos Piratas de Guileje, a CCAV 8350, reunidos no mesmo dia em Amiais de Cima, Santarém. Um gesto que foi devidamente apreciado por nós. O C. Martins, por sua vez, já confirmou o arrematou o acrílico, reperesentando uma belo rosto feminino africano, por 120 "aéreos"...



Monte Real, Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande > Três homens de Penafiel que se conheceram... através do nosso blogue:  da esquerda para a direita, José Barros Rocha (aproveito para desmentir que alguma vez tenha sido bancário; é despachante alfandegário no Porto...), José Manuel Cancela (que veio, mais uma vez, com a sua Carminda) e, por fim, o Joaquim Peixoto (que também veio acompanhado da sua Margarida)...

 O Joaquim, régulo da Tabanca de Guilhomil (Polvoreira, Guimarães), estava encantado por, através do blogue, ter descoberto um parente que anda a fazer a genealógica da família... (Transcreve-se no final a mensagem que no passado dia 27 de Maio recebemos na caixa do correio da Tabanca Grande e que reencaminhámos para o nosso Prof Peixoto)(**).



Monte Real, Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande > O Torcato Mendonça (que fez um enorme esforço para estar presente no nosso almoço com a sua Ana, uma mulher de coragem, e que me trouxeram, a mim e à Alice, duas caixinhas das adoráveis cerejas do Fundão, obrigado amigos pela vossa ternura!) e, mais uma vez, o nosso querido Pirata de Guileje, J. Casimiro Carvalho, aqui folheando o livro do Fernando Henriques (ou Fernando de Sousa Henriques), Picadas e Caminhos da Vida na Guiné...



Monte Real, Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande > Na hora da dolorosa, dois tesoureiros improvisados recolhem o patacão...
 Como sempre, os amigos e camaradas da Guiné são pessoas de boas contas, nunca sendo preciso chamar os homens do fraque: comeram e beberam (bem, com bar generosamente aberto...) e não voltaram às suas tabancas sem pagar... Da esquerda para a direita, o Hélder, o JERO e a uma jovem (e lindíssima) colaboradora do Palace Hotel (munida da indispensável maquineta para os pagamanentos electrónicos)... 


Monte Real, Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande > Não direi que são dois dinossauros da Tabanca Grande, mas são duas caras conhecidas de todos nós, dois grandes camarigos, dois nomes que já parte do nosso núcleo histórico (logo do nosso ADN): o Alfero Cabral (Lisboa)  o Alfero Pimentel (Porto e Figueira da Foz)... O Pimentel veio de propósito de Amiais de Cima, mais o Hernâni Figueiredo, par nos dar um especial Alfa Bravo...



Monte Real, Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande > Mais três camarigos indefectíevis:  o JERO (dono do mosteiro de Alcobaça), o Jorge Rosales (Cascais, régulo da Tabanca da Linha) e o José Rocha (Penafiel)... Prometi ao Rosales ir um dia destes visitar a sua Tabanca, uma das primeiras afiliadas da nossa Tabanca Grande...


Monte Real, Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande > Em primeiro plano, o Joaquim Mexia Alves que foi, juntamentecom o Carlos Vinhal e o Miguel Pessoa, quem mais uma vez organizou o nosso encontro (e pelo segundo ano, no Palace Hotel, com agrado geral). Em segundo plano, da esquerda para a direita, outros dois históricos, o J. L. Vacas de Carvalho (Lisboa)  e o Henrique Matos (Olhão). E a propósito do Vacas de Carvalho, devo acrescentar que os Pel Rec Daimler estiveram bem representados: além dele, contámos com a presença do Jaime Machado (Senhora da Hora / Matosinhos) e o Ernestino Caniço (Tomar)... O Caniço, hoje médico, comandou um Pel Rec Daimler (o 2208) na região de  Mansoa. e Mansabá (1970/72).


Fotos (e legendas): © Luis Graça (2011). Todos os direitos reservados

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Notas do editor

(*) Último poste da série > 5 de Junho de 2011 >  Guiné 63/74 - P8374: Monte Real, 4 de Junho de 2011: O nosso VI Encontro, manga de ronco (1): As primeiras fotos




(**) Exmo. Sr. Luís Graça: Fortuitamente ao navegar pela internet deparei-me com o vosso blog, e em especial a mensagem http://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2010/09/guine-6374-p6978-convivios-187-tabanca.html , onde referem um convívio com um vosso camarada proprietário da Quinta de Guilhomil, em Polvoreira - Guimarães. Seria seu nome Joaquim Carlos Rocha Peixoto e natural de Penafiel.


Como suponho ser o Sr. Joaquim Peixoto ainda meu familiar, pois também eu descendo de uns Vales Peixotos das freguesias de Canelas e de Sebolido, concelho de Penafiel, ligados à freguesia de Polvoreira, vinha pedir-lhe o favor de fornecer este meu contacto de email ao Sr. Joaquim Peixoto (se possível) para que ele entrasse em contacto comigo, ou em alternativa que me fornecesse o contacto do mesmo, o que desde já agradeço.


Isto porque venho desenvolvendo nas horas vagas um trabalho de pesquisa genealógica da familia, e poderei certamente obter mais algumas informações através do Sr. Joaquim Peixoto e/ou fornecer ao mesmo outras que já possuo se forem do seu interesse.


Desde já agradeço a disponibilidade e a amabilidade. Com os melhores cumprimentos, Eduardo de Vasconcelos Cardoso, Casa da Silveira (Lagares, Penafiel).


O Joaquim estava visivelmente feliz por ter reencontrado este elo (perdido) da família e não se cansava de repetir, em Monte Real: De facto, Luís, o Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande. E eu respondi-lhe: Este é a vantagem (mas também o inconveniente) de deixarmos rastos na Net...

Guiné 63/74 – P8377: Memórias de Jolmete (Manuel Resende) (2): FNAC - Fundação Nacional dos Apanhados do Clima

1. O nosso Camarada Manuel Resende*, ex-Alf Mil At da CCaç 2585 do BCaç 2884, que esteve em Jolmete, Pelundo e Teixeira Pinto, (1969/71), enviou-nos a seguinte mensagem:

BCaç 2884 – Mais Alto
CCaç 2585 – Aquela Máquina


O tempo da nossa passagem pela guerra, mais concretamente pela Guiné, não foi feito só de tristezas, desalentos, saudades, … enfim, tantos outros sentimentos que não vale a pena enumerar. Também passamos os nossos bons momentos de boa disposição, camaradagem, convívio, etc. 

Na companhia 2585 de Jolmete 1969-1971 houve, em determinada altura, meados de 1970 depois do assassinato dos Oficiais do CAOP, um grupo de graduados, que de tão apanhados que estavam, criaram a FNAC. Não estejam já a imaginar uma empresa de ar condicionado para a Guiné, nem tão pouco uma editora de livros ou discos de vinil. Não, tratava-se pura e simplesmente de uma fundação. A “FUNDAÇÃO NACIONAL DOS APANHADOS DO CLIMA”, em abreviaturas FNAC.

A FNAC era composta por todos os oficiais e sargentos da Companhia 2585 que quisessem aderir. Praticamente aderiram todos. Os aderentes, como fazia parte dos estatutos, tinham de ter um nome artístico. Depois de fazerem o juramento de adesão, ficavam a pertencer ao grupo dos “organizados”, pelo que recebiam o respectivo cartão de “sócios”. Junto fotos de alguns cartões (só consegui estes).


De cima para baixo, da esquerda para a direita: Fur Mil Araújo, Alf Mil Godinho, Fur Mil Gomes, Fur Mil Gondar, Alf Mil Ferreira, Fur Mil Filipe, 2ºSarg Mesquita, Fur Mil Rodrigues e 1ºSarg Vinagre

A direcção da FNAC era exercida por:

Presidente: José Manuel Gonçalves Rodrigues (ex-fur), de nome artístico “GEM-GIS-KAN”
Secretário: António Alberto Miguéis Marques Pereira (ex-alf) de nome artístico ” WASINGTON”.

Tesoureiro: Manuel Joaquim Meireles (ex-fur) de nome artístico “O MENINO DO BARREIRO”. 

Além dos estatutos pensados e escritos ponto a ponto, com a colaboração dos associados, e votados sempre em assembleia-geral, e do cartão individual com foto artística do associado, foi desenhado pelo (ex-fur) Cristo um emblema de lapela. Aproveitando a vinda de férias à Metrópole do nosso presidente, foi encarregue de os mandar fazer na Fotal em tempo útil. Assim aconteceu.



Capa dos estatutos da FNAC
 
 

À distância de 40 anos tenho pena que o parágrafo nº 1 dos estatutos restringisse a adesão apenas a graduados da CCAÇ 2585, pois tivemos muitas solicitações para aderências por parte de outros que gostariam de pertencer, o que viria a valorizar no futuro (agora) os convívios. Enfim, temos de interpretar os estatutos à luz dos tempos de então, apanhados, à espera da peluda e cheios de boas intenções.

Agora perguntam os amigos leitores deste apontamento… “então e onde está a FNAC”? Boa pergunta, mas sinceramente não sei responder. Ainda tenho esperanças, com a ajuda desta publicação de nos voltarmos a reunir. Tenho contactos com o presidente, o (ex-fur) Rodrigues, que vive no Fundão e com o tesoureiro o (ex-fur) Meireles, que vive em Linda-a-Velha. Espero que o (ex-alf) Marques Pereira também apareça.

A FNAC, paralelamente ao que acontecia na parte militar, também deu alguns louvores aos organizados que mais apanhados estivessem. A mim tocou-me também esse galardão, que passo a reproduzir.

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A seguir vou publicar uma cópia dos estatutos.

 





A FNAC tinha também como missão animar todo o pessoal da 2585, não eram só os graduados que andavam stressados. Para isso fundamos a “RADIO PIRATA DE JOLMETE”. Esta Rádio, cujo aparelho transmissor era um receptor a válvulas do curso da “RÁDIO ESCOLA” que eu tinha tirado no último ano antes da minha entrada na tropa, e que tinha levado para a Guiné, serviu para, com uma adaptação feita por mim, transformá-lo em “receptor-emissor”.

Com uma boa antena cedida pelo nosso furriel Gomes de transmissões, e instalada entre a minha caserna e o refeitório dos soldados, conseguia captar perfeitamente a EN em onda média e dar um pouco de música durante o jantar. Convém dizer que o som era dado por uma coluna feita pelo nosso carpinteiro, tipo corneta com um altifalante que eu levei e que me tinha custado na “Astro-Técnica” 2.200$00, com 40 W de potência. Pesava cerca de 10 KG. 

Mais à noite retransmitia a EN e outras em onda curta, numa frequência que todos os pequenos receptores a pilhas com OM-OC captavam. Nesta frequência era transmitido também um programa de discos pedidos que às vezes fazíamos, no abrigo do Comando, numa pequena sala do 1º Sargento Vinagre.

Na foto que a seguir mostro, vê-se o grupo de locutores em acção. À esquerda o (ex-fur) Guarda, ao centro o (ex-fur) Rodrigues (nosso presidente) e à direita o (ex-alf) Marques Pereira (nosso secretário).

Fotos: © Manuel Resende (2010). Direitos reservados.

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Nota de M.R.:

Vd. último poste desta série em:

10 de Novembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5246: Memórias de Jolmete (Manuel Resende) (1): A visita dos Deputados a Jolmete em Julho de 1970