quinta-feira, 25 de abril de 2013

Guiné 63/74 - P11471: Efemérides (125): No passado dia 20 de Abril fez 43 anos que foram assassinados os Majores Passos Ramos, Magalhães Osório e Pereira da Silva, O Alferes João Mosca, dois Condutores e um tradutor (Manuel Resende)

1. Mensagem do nosso camarada Manuel Resende (ex-Alf Mil da CCaç 2585/BCaç 2884, Jolmete, Pelundo e Teixeira Pinto, 1969/71), com data de 20 de Abril de 2013:

Caros amigos e camaradas,

Hoje é o dia 20 de Abril. Por acaso alguém se lembra do que aconteceu no dia 20 de Abril de 1970 em Jolmete, precisamente há 43 anos?

O nosso Capitão Almendra, disse aos Oficiais, não sei se a mais alguém, talvez ao Dandi, depois do almoço, que se estava a passar algo de anormal.

Nesse dia iria acontecer uma reunião (a última) para a pacificação do “Chão Manjaco”, entre os chefes do PAIGC e os OFICIAIS do CAOP, num local junto à primeira bolanha a contar do Pelundo para Jolmete, a cerca de 5 Kms do Pelundo.
Essa reunião destinava-se a integrar todo o pessoal do PAIGC pelos aquartelamentos da zona, como já estava combinado em reuniões anteriores.

No dia anterior, 19, Domingo, o CAOP esteve em Bula, e ao jantar, o Sr. Major Pereira da Silva recebeu um telefonema, presume-se de Bissau, dizendo que um tal “LUIS” iria estar presente na reunião do dia seguinte. Segundo o que me lembro dos comentários da altura, diziam que ele ficou cabisbaixo, mudo e pensativo.

Só para resumir, o local foi alterado para a segunda bolanha, a 5 Kms de Jolmete. Porquê?

Devo confirmar que ouvi dois tiros por volta das 3 da tarde (e muitas outras pessoas também ouviram).

Foram barbaramente assassinados (pois estavam desarmados) os nossos Oficiais:

Major PASSOS RAMOS
Major MAGALHÃES OSÓRIO
Major PEREIRA DA SILVA
Alferes JOÃO MOSCA
Dois condutores dos jipes e um tradutor (total 7 pessoas).

Não é meu interesse aqui entrar em pormenores, pois apenas quero lembrar a memória destes Oficiais, que devem figurar em todos os escritos com letra maiúscula.

Junto algumas fotos tiradas por mim, mas lamento não ter do Sr. Major Pereira da Silva.

Major Passos Ramos o primeiro à esquerda

Major Osório em primeiro plano

Alferes Mosca em primeiro plano

Alferes Mosca

Manuel Resende
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Nota do editor:

Último poste da série de 22 DE ABRIL DE 2013 > Guiné 63/74 - P11445: Efemérides (124): Matosinhos comemorou o Dia do Combatente e o 4.º aniversário do Núcleo da Liga dos Combatentes (Carlos Vinhal)

Guiné 63/74 - P11470: No 25 de abril de 1974 eu estava em... (17): Bissorã, a ouvir as notícias da BBC, depois de regressar, de manhã, de um patrulhamento noturno (Henrique Cerqueira, Bissorã)

1. Mensagem do Henrique Cerqueira (ex- fur mll, 3.ª CCAÇ / BCAÇ 4610/72, e CCAÇ 13, Biambe e Bissorã, 1972/74)

Data: 25 de Abril de 2013 à12 12:49
Assunto: O meu 25 de Abril de 1974


Luís Graça:

Hoje,  25 de Abril de 2013, resolvi narrar um pouco do meu 25 de Abril de 74 . Pretendo assim homenagear deste modo essa data já com 39 anos mas que ainda está bem presente nas minhas memórias.

O texto não tem grande novidade mas mesmo assim resolvi mandar para apreciação dos meus camaradas editores que se acharem por bem o publiquem no nosso blogue que ainda respira festividade pelo seu aniversário.
Um abraço

Henrique Cerqueira


2. O meu 25 de Abril em 1974

Pois é,  hoje dia 25 de Abril de 2013, trinta e nove anos depois trouxe-me á memória o meu 25 de Abril de 1974 passado na Guiné.

Tinha ido eu com o nosso grupo de combate no dia 24 de abril de 1974 fazer mais um patrulhamento para a zona situada entre Bissorã e Biambe,  o qual se porlongou por toda a noite e felizmente sem 
qualquer acontecimento a assinalar. 

Pese embora a nossa guerra noturna com os mosquitos tudo correu com normalidade. Pela manhãzinha foi a hora de regressar ao aquartelamento e como era normal a malta quando chegava a Bissorã dava uma passagem pelo bar dos Sargentos tanto para saciar a sede como para depositar o armamento mais pesado,  pois que era nas traseiras do bar que havia a arrecadação de armamento.

Então nós nos deparamos com toda a malta junto de um pequeno rádio a ouvir notícias da BBC sobre os acontecimentos na Metrópole. Lembro-me que na altura se encontrava lá um elemento da PIDE/DGS e não se cansava de ameaçar o pessoal por estar a ouvir as ditas notícias (mal ele sabia o que o esperava).

Toda a gente ainda incrédula com a possibilidade do fim da guerra mas mesmo assim foi como se nada mais importasse e, a partir daí,  começou logo a rolar cerveja a festejar. Eu até esqueci as ferradelas dos mosquitos da noite passada no mato.

Bom,  depois de já convencido das mudanças na nossa política e com o fim á vista,  lá me dirigi a casa onde me esperava a minha mulher e filho (pois que ambos viviam comigo em Bissorã) e dei a novidade,  o que foi recebida com alguma incredulidade. É que dias antes tinha sido avisado que devido ao agravar da guerra na Guiné teria que mandar embora a família para a Metrópole que até já estaria um navio em Bissau de prevenção para a evacuação dos civis .

A verdade é que,  como todos sabem,  nada disso aconteceu embora até meados de Maio tenha havido alguma atividade do PAIGC flagelando ainda a nossa posição com um ataque de misseis terra/ar sem que tenha havido qualquer estrago tanto humano como material, pois que os misseis caíram na periferia de Bissorã,  de certeza que intencionalmente.

A partir daí foi o que toda a gente sabe. Algumas convulsões populares contra as nossas tropas, possivelmente para mostrar um revolucionarismo de última hora. O que mais tarde se veio a revelar é  que a população temia era o futuro,  o que infelizmente se veio a confirmar pois que hoje a Guiné é "Independente" mas continua pobre e massacrada por interesses que nada tem a ver com o desenvolvimento daquele povo.

Bom,  e foi assim o meu 25 de Abril de 1974.

Henrique Cerqueira
Ex-fur mil CCAÇ 13,  Bissorã
Batalhão 4610 /72

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Nota do editor:

Guiné 63/74 - P11469: Álbum fotográfico do Leopoldo Correia (ex-fur mil, CART 564, Nhacra, Binar, Teixeira Pinto, Mansoa, 1963/74) (2): Mais fotos de outros tempos (1958/61) : Bafatá, Olossato, Capé...


Foto nº 225 > Bombas de gasolina na Casa Barbosa [, Bafatá, s/d ] (1)


Foto nº 225 A > Bombas de gasolina na Casa Barbosa [, Bafatá, s/d ] (2)



Foto nº 224 > O Libanês Munir, Bafatá, 1959



Foto nº 226 > O Srn. Reis, Casa Gouveia, Olossato,1958 (1)


Foto nº 226 A > O Srn. Reis, Casa Gouveia, Olossato,1958 (2)


Foto nº 227 > O snr. Zito, Casa Gouveia, [Olossato ? Bafatá ?], 1958



Foto nº 228 > O Saldida , da Murtosa , e empregados da S. C .Ultramarina [s/d, s/l] (1)



Foto nº 228 A > Foto nº 228 > O Saldida , da Murtosa , e empregados da S. C .Ultramarina [s/d, s/l] (2)



Foto nº 230 > Casa Barbosa, de Capé, Equipe futebol, 1958 (1)



Foto nº 230 A > Casa Barbosa, de Capé, Equipe futebol, 1958 (2)


Foto nº 230 B > Casa Barbosa, de Capé, Equipe futebol, 1958 (3)


Foto nº 231 > Militares Portugueses , em 1961 [s/l] (1)




Foto nº 231 > Militares Portugueses , em 1961 [s/l] (2)


Foto nº 231 > O célebre pombal de Bafatá

Fotos (e legendas): © Leopoldo Correia (2013) Todos os direitos reservados. [Edição: L.G.]


1. O Leopoldo Correia (ex-fur mil da CART 564, Nhacra,Quinhamel, Binar, Teixeira Pinto, Encheia e Mansoa, 1963/65), enviou-nos "mais fotos de outros tempos", de Bafatá, Capé e Olossato, res+peitanes ao período entre 1958 e 1961...

Presumimos que o álbum seja do mesmo familiar seu, que trabalhou na Casa Gouveia, em Bafatá. e de que já publicámos dois postes (um sobre Bafatá e outro sobre o Olossato).

Estas velhas fotos, com mais de meio século, são uma preciosidade: ajudam-nos a reconstituir o "puzzle" da época anterior à guerra colonial., e em que graças ao desenvolvimento da agricultura colonial, virada para a exportação (amendoium, coconote, arroz....), os comerciantes locais, portugueses, caboverdianos e libaneses, tiveram o seu tempo áureo.

Obrigado, mais uma vez, ao nosso camarada e ao seu familiar, que ele continua a não identificar.

Guiné 63/74 - P11468: Convívios (515): Pessoal da CCAÇ 2315 no dia 4 de Maio em Cantanhede e da CART 2716 no dia 25 de Maio no Marco de Canaveses

ALMOÇO/CONVÍVIO DA CCAÇ 2315/BCAÇ 2835 (GUINÉ, 1968/69)

DIA 04 DE MAIO EM CANTANHEDE


1. Mensagem da nossa amiga Arminda Castro, filha do nosso camarada Manuel Moreira de Castro, ex-Soldado da CCAÇ 2315, com data de 22 de Abril de 2013:

Boa Tarde,
Gostaria de deixar uma informação a pedido do meu pai Manuel Castro, que se vai realizar o Almoço de Convívio da Companhia de Caçadores 2315 do Batalhão de Caçadores 2835, dia 04 de MAIO em Cantanhede/Coimbra, (Marialva Park Hotel).

A confraternização tem inicio a partir das 10h00.

Para qualquer esclarecimento ou até marcações deverão contactar o Sr. Henrique Santos para os números de telefone: 231 422 884 / 966 296 239 / 914 441 496.

Um forte abraço,
Manuel Castro/Arminda Castro(filha)

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2. Mensagem do nosso camarada José Martins Rodrigues (ex-1.º Cabo Aux Enf da CART 2716/BART 2917, Xitole, 1970/72), com data de 22 de Abril de 2013:

Caro Amigo e Camarada Carlos Vinhal
Pedido de Publicação
Agradeço o favor de publicitares este Convívio nas páginas do nosso Blogue.
Dá-lhe o arranjo gráfico que entenderes adequado.
Junto em anexo a Ementa do Convívio.
Aceita um Cordial Abraço de Amizade
José Martins Rodrigues
Ex-1º Cabo Enfermeiro
CART 2716
1970/72


CART 2716 – XITOLE 1970/72 

17.º ALMOÇO/CONVÍVIO 

DIA 25 DE MAIO DE 2013 – MARCO DE CANAVESES 

A exemplo de anos anteriores o pessoal da CART 2716 – XITOLE - 70/72 vai reunir-se no seu 17º Almoço/Convívio no próximo dia 25 de Maio, desta feita no Restaurante Marisqueira Albufeira no Marco de Canaveses, junto ao rio Tâmega. 

Convocamos todos os Camaradas da CART 2716 a partilharem connosco aqueles especiais momentos de convívio, selados por aqueles fortes, sinceros e únicos abraços de AMIZADE E CAMARADAGEM. 

Para tal, basta inscreverem-se através dos 967 409 449 ou 229 517 464 (José Rodrigues) até ao dia 20 de Maio. 

Participa e traz a tua Família; a “festa” é tua. 

VAI SER MANGA DE RONCO. 

A Comissão Organizadora

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Nota do editor:

Último poste da série de Guiné 63/74 - P11465: Convívios (514): Divulgação do Encontro de Confraternização da CCAÇ 763, dia 16 de Junho, em Arruda/Alverca (Mário Fitas)

Guiné 63/74 - P11467: Humor de caserna (34): Vale mais uma boa foto do que mil palavras (Tony Borié)

1. Em mensagem do dia 11 de Abril de 2013, o nosso camarada Tony Borié (ex-1.º Cabo Operador Cripto do Cmd Agru 16, Mansoa, 1964/66), enviou-nos mais este pensamento voador... vale mais uma boa foto do que mil palavras.





Seguindo o ditado que diz: Vale mais uma boa foto, do que mil palavras, o Cifra, hoje vai dirigir-se, não só aos amigos antigos combatentes, mas também à juventude, alegre, que gosta de convívios, festas e namorar, mas sobretudo de jogos de computador.
Como se explicou no princípio, vale mais uma boa foto do que mil palavras, portanto vamos primeiro “falar da tal mentira”, que é todo aquele blá, blá, blá, onde diz que, para os que vivem no mundo onde se fala inglês, vão dizer, com toda a certeza:
- At the time of the Cipher, always with the thought in the G-3, Ezekiel, kept giving shots!

No mundo onde se fala francês, dizem:
- Au moment de l’Cipher, toujours avec le G-3 dans la pensée, gardé donnant coups!

Onde se fala germânico, friamente dizem:
- Zum Zeitpunkt des Cipher, immer mit dem G-3 in Gedanken immer geben shots!

No mundo que se fala espanhol, entre dois ou três “zzz”, dizem:
- En el momento de la Cifra, siempre con el G-3 en sus pensamientos, seguia dando tiros!

Os chineses, põem os pauzinhos de parte, se estiverem a comer, e depois dizem:
 

Perceberam? Não? Deixem lá, porque o Cifra também não percebeu, pois tem alguma dificuldade em pronunciar os pontos e as vírgulas.

E nós portugueses, dizemos:
- No tempo do Cifra, sempre com a G-3 no pensamento, o Ezequiel, não parava de dar tiros.


Sim é verdade, o Ezequiel, que andou pelas bolanhas de Mansoa e do Olossato, talvez pelo jeito que lhe ficou, pois não se separava da sua querida G-3, quando chegou a Portugal, depois do dever cumprido, nunca mais lhe perdeu o jeito, claro, com as G-3 sempre no pensamento.

Sempre fez o que estas G-3 mais modernas estão a tentar fazer na foto em cima, uma por cima da outra e vai daí, como não havia televisão nem computadores na aldeia, o resultado foi que continuando com essa saga de tiros e sempre dizendo, “chega-te para lá Maria Amélia”, deu no resultado que a foto mostra em baixo. O seu neto, o Nelo, saindo talvez ao avô, também quer mostrar que sabe manejar uma G-3, mas no computador e vai daí passa a noite toda dando tiros, na companhia da sua bonita namorada Gila, a quem passa a vida dizendo, “chega-te para aqui Gila, abre o olho e agarra-me nesse botão”, só que a diferença é que o Ezequiel teve que criar sete filhos e o neto Nelo, que não larga a companhia da sua bonita Gila, tem que sustentar quatro computadores!

Sem qualquer ofensa e com a maior humildade, a avó do Cifra dizia um velho ditado, que era mais ou menos assim:
- Quem sai aos seus não “denegenera”.

Não sei se é assim que se escreve, será?
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Nota do editor:

Último poste da série de 11 DE ABRIL DE 2013 > Guiné 63/74 - P11376: Humor de caserna (33): Vale mais uma boa foto do que mil palavras (Tony Borié)

Guiné 63/74 - P11466: Um Amanuense em terras de Kako Baldé (Abílio Magro) (10): Bombeiro (in)voluntário e outras histórias

1. Em mensagem do dia 17 de Abril de 2013, o nosso camarada Abílio Magro (ex-Fur Mil Amanuense. CSJD/QG/CTIG, 1973/74), enviou mais uma crónica para a sua série Um amanuense em terras de Kako Baldé.
A guerra vivida de modo mais soft mas não menos espectacular.


Um Amanuense em terras de Kako Baldé

(Para quem não sabe, Kako Baldé era o nome por que era conhecido, entre a tropa, o General Spínola. Kako – (caco) lente que o General metia no olho. Baldé – Nome muito comum na Guiné) 

10 - Bombeiro (in)Voluntário

Tendo cumprido uma comissão militar na Guiné, entre Março de 1973 e Setembro de 1974, apenas ali passei um Natal; o de 1973.

No dia de Natal era habitual, segundo creio, todas as unidades militares na Guiné entrarem em prevenção a 100%, isto é: toda a gente a trabalhar durante as 24 horas do dia.

Dias antes, na CSJD/QG/CTIG onde eu prestava serviço, iniciaram-se as "conversações" no sentido de definir a contribuição que cada um iria dar para a realização de um convívio natalício naquela noite, o que abrangia toda a gente, incluindo o Chefe (TenCor Manuel de Moura).
Imaginava um são e alegre convívio, mas toda a noite sem dormir, comendo e bebendo de tudo um pouco (excepto água), afigurava-se-me uma prevenção a rondar talvez os 5%, na melhor das hipóteses.

Se numa qualquer repartição do QG/CTIG esse facto não parecia diminuir muito significativamente a sua "capacidade de defesa", já no mato não se poderia afirmar o mesmo, mas, ainda assim, parece que o convívio nessa noite também por lá se efectuava, a julgar pelos relatos de alguns ex-combatentes publicados neste e noutros blogues. Seria um Natal diferente, longe da família, é certo, mas onde a camaradagem própria dos militares proporcionaria, certamente, alguns momentos de alegria atenuando minimamente a saudades próprias da época.

Tanto na tropa como na vida civil, um bom desempenho, coragem, grande sentido do dever, e outros atributos que me são característicos e que a minha modéstia me impede de referir, trazem-nos, por vezes, trabalhos redobrados, já que nos momentos mais difíceis somos os primeiros a ser chamados para a "frente de batalha".
E foi asim que, naquele Natal de 1973, me escalaram para o serviço de Sargento de Piquete.

O Piquete raramente era chamado para qualquer tarefa e limitava-se a estar pronto para o que "desse e viesse", mas originou o meu afastamento do convívio natalício com os meus camaradas e superiores da CSJD. Mas se andava algo entusiasmado com a ideia de um Natal diferente passado entre militares, não posso dizer que as minhas expectativas tivessesm saído frustadas, pois acabei por passar uma noite de Natal bem diferente e bem regada, entre militares, população e bombeiros.

Então não é que, a meio da noite, nos colocaram pás e picaretas nas mãos e nos mandaram para o Pilão atacar um incêndio que deflagrara numa tabanca?!

Se com a HK-21 não me entendia lá muito bem, apesar da formação obtida (+/- 10 minutos), imaginem a minha destreza a manusear uma pá, ou picareta sem nunca ter tido qualquer formação, nem tão pouco saber como se puxava a culatra atrás!
- "Os generais devem estar loucos!", pensava eu com os meus botões.

Lá seguimos de Unimog até ao Pilão, armados de pás e picaretas para fazer não sabia bem o quê. Demoramos algum tempo a chegar ao objectivo já que o Unimog se deparava com algumas dificuldades de manobra dentro do Pilão e a tabanca em chamas se situava numa das extremidades do bairro.

Tivemos de circundar o bairro e, chegados lá, encontramos os bombeiros de Bissau a atacar o fogo que se circunscrevia apenas às travessas que suportavam o telhado de colmo que, entretanto, havia já sido consumido pelas chamas. Sentindo-me perfeitamente ridículo no comando de um pelotão armado de pás e picaretas, por ali ficamos quedos e mudos na esperança que o breu da noite encobrisse a nossa triste figura.

O pessoal dos bombeiros era todo guinéu e tendo, provavelmente, detectado a nossa caricata presença, resolveu atacar o fogo pelo lado oposto àquele onde nos encontrávamos e como as agulhetas eram apontadas para as travessas do tecto, a água que não acertava nas mesmas, ia cair direitinha em cima do Piquete, no outro lado da tabanca.

E assim passei o meu Natal de 1973 bem regado, com alguns militares, no meio da população do Pilão e com bombeiros danados p'ra agulheta. (à falta de champagne...!)


Outros pequenos episódios 

1 - Guarda de Honra em julgamento militar 

Nos tribunais militares os julgamentos eram efectuados com a presença de uma Guarda de Honra e durante a minha comissão na Guiné, apenas uma vez fui escalado para comandar um pequeno pelotão numa "cena dessas".
De camuflado, luvas e cordões brancos, sob uma temperatura a rondar talvez os 40ºC e com alguns 80% de humidade no ar, lá fomos para a sala de audiências que não tinha ar condicionado, mas sim uma ventoinha "gigantola" no tecto.

Quando o Juíz entrava todo de branco fardado, fazendo lembrar um vendedor de gelados que ali bem-vindo seria, a Guarda levantava-se, eu dava ordens de sentido-ombro armas-apresentar armas, "comme d'habitude" nestas ocasiões.

Durante o julgamento permanecíamos de pé, de mãos quentinhas e com o suor a escorrer por todo o corpo, fazendo-nos sentir sermos nós os verdadeiros réus a cumprir já parte da pena.
Recordo-me que, nesse dia, foram três julgamentos seguidos (era talvez época de saldos).
A situação lá se foi aguentando (que remédio!), mas na hora da leitura da sentença é que a coisa se tornava feia. Todos em sentido enquanto o homem lia os "preliminares" e, quando proferia uma frase semelhante a: "Determino em nome da lei", eu dava voz de apresentar armas e assim permanecíamos até ao fim da leitura que demorava uma eternidade, fazendo com que as armas aumentassem exponencialmente de peso.

No meu caso a arma era uma FBP cujo peso era bem inferior ao da G3 e cujo apresentar d'armas era sobre o peito aguentando-se razoavelmente a posição, mas o resto de pessoal armado de G3, ao fim de alguns minutos já não conseguia manter a arma firme na vertical, tremendo como varas verdes.
De soslaio, apercebi-me que alguns foram aproximando as respectivas coronhas da barriga, acabando por as poisar no cinturão, transformando a Guarda de Honra num cerimonial com pouca verticalidade.

Segundo me recordo, um dos julgamentos referia-se a um soldado metropolitano que, a caminho de uma qualquer patrulha, saltou da viatura e regressou ao aquartelamento, desobedecendo ao Alferes. Este ter-lhe-á posteriormente aplicado apenas um castigo de alguns "reforços à benfica", castigo esse que foi considerado demasiado brando, o que terá originado, também, um processo disciplinar ao Alferes.
Quanto à pena sofrida pelo soldado, não me recordo bem, mas julgo que foi de alguma dureza.

Num outro julgamento o réu era um civil negro, já com algumas chuvas passadas, baixote, descalço (e eu de luvas brancas!) e de uma etnia qualquer que obrigou à presença de um outro militar, também negro, no papel de tradutor. Não me recordo já de qual o crime cometido por aquele civil, nem da pena a que foi condenado, mas apenas que, após uma pergunta do Juíz, o "intérprete" ter entrado em longa algaraviada com o réu, finda a qual simplesmente respondeu:
- "Ele disse que não"


2 - Certidão de óbito cacimbada 

Como referi anteriormente, quando cheguei à Guiné já lá se encontrava o meu irmão Álvaro que prestava serviço na Secretaria do HMBIS e a quem ainda faltava cerca de um ano para terminar a comissão. Claro que eu, sendo "piriquito fresquinho", fui alvo de muita "música" do "velhinho", nomeadamente com telefonemas sobre os assuntos mais estapafúrdios que se possam imaginar.

Um certo dia encontro num dos processos que me chegaram às mãos uma certidão de óbito que, após a respectiva assinatura, continha mais ou menos, os seguintes dizeres: Panderonga Parabó Lundó Médico Anatomopato

Tratando-se embora de uma brincadeira algo tétrica, não deixei de esboçar um sorriso e associar aquele acto mórbido ao cacimbo entretanto já suportado pelo mano Álvaro.

Telefonei-lhe imediatamente para o Hospital e ele desatou a rir à custa da ignorância do "piriquito".
Afinal - Panderonga Parabó Lundó - era o nome de um médico Anatomopatologista, de origem indiana, que prestava serviço no HMBIS.

Ia lá eu adivinhar semelhante tal!
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Nota do editor:

Último poste da série de 20 DE MARÇO DE 2013 > Guiné 63/74 - P11283: Um Amanuense em terras de Kako Baldé (Abílio Magro) (9): Rancho melhorado

Guiné 63/74 - P11465: Convívios (514): Divulgação do Encontro de Confraternização da CCAÇ 763, dia 16 de Junho, em Arruda/Alverca (Mário Fitas)


1. O nosso camarada Mário Fitas, ex-Fur Mil OpEsp que pertenceu à CCAÇ 763, Cufar, 1965/67, enviou-nos uma mensagem solicitando a divulgação do próximo Almoço /Convívio da sua unidade. 

COMPANHIA DE CAÇADORES 763 

ENCONTRO DE CONFRATERNIZAÇÃO 
16 de JUNHO de 2013 

Companheiros, Familiares e Amigos 

Quando, generosamente, arriscámos a nossa vida na Guerra da Guiné, era impensável que o agradecimento do país, agora que já estamos mais velhos, se viesse a traduzir em nos tratarem com desprezo, como “lixo”, que quanto mais depressa desaparecer, melhor. 

Essa “garotada” que por aí anda a comandar os nossos destinos, ou não têm pais, ou não os conhecem ou se comportam tal qual “cão que não conhece dono”. 

Mas nós sabemos bem, Companheiros, o valor que temos e não será com a afronta permanente e a injustiça, que serão capazes de nos tirar o orgulho de termos lutado heroicamente pelo país e por TODOS que nele viviam. 

Só nós, Companheiros, somos capazes de compreender bem o que representou e ainda representa, os sacrifícios que fizemos naquela Guerra da Guiné e a dura vida de trabalho que a seguir tivemos de enfrentar para possibilitar o melhor possível, o bem-estar das nossas Famílias. 

Porque assim é, Companheiros, vos convidamos, a vós e às vossas Famílias, para nos juntarmos em mais um ENCONTRO DE CONFRATERNIZAÇÃO e, assim, relembrar com saudade, aquela enorme aventura e, continuar a dizer, de cabeça erguida, que nós cumprimos o nosso dever e que a Pátria nos deve esse reconhecimento. 

Venham daí dar a vossa prova de vida e confraternizar com alegria. 

Um grande abraço 
A COMISSÃO 

Na foto: Eram 75 mas todas foram tiradas e a estrada para Bedanda foi aberta. 

LOCAL DO ENCONTRO
QUINTA DO MARQUÊS DA SERRA 
Estrada das Quebradas – ADANAIA 
(a 3 Kms de Arruda e a 7 Kms de Alverca) 

Horário: 
Chegada – 11h30
Almoço - 13h00 

Preço: 
Militares e Familiares – 23,00 € p/ pessoa; Crianças – até aos 3 anos (inclusive) grátis e dos 4 aos 9 anos (inclusive) 11,50 €. 

INSCRIÇÕES: Inscreve-te de imediato. 
Foi muito difícil conseguir este preço, mas é preciso, rapidamente, sabermos quantos somos. Colabora. Não faltes! 
Sem ti, o Encontro tem muito menos interesse. 
ANDA DAÍ !!!! CONTAMOS CONTIGO !!! 

EMENTA 

Entradas: 
Rissóis de marisco; Pastéis de bacalhau; Croquetes; Frutos secos; Queijos laminados; Chouriço, Farinheira e Morcela assados. 
Sumo de laranja; Cerveja; Vermute; Vinho branco e tinto; Moscatel. 

Pratos: 
Creme de Legumes 
Bacalhau fresco à Minhota 
Perna de Porco recheada com Farinheira 

Sobremesa: 
Salada de Frutas 
Mousse de chocolate 

Bebidas: 
Vinhos Branco, Tinto e Verde; Cerveja; Sumo de Laranja; Coca-Cola, 7up; Águas 

- Digestivos servidos com o café 

Bolo Comemorativo e Espumante 

CONTACTOS: 
Mário Ralheta ………….….. 965591915 - Bernardino Pinto 
Fernando Albuquerque…… 914908920 - Belarmino Acúrsio 
Artur Teles ………………..... 969031452 - Camilo 
Jorge Paulos ............... 962333356 – Amadeu Carreira 

A Qta do Marquês da Serra foi o local onde realizámos o encontro de 2003 e que a maioria conhece 

De qualquer modo juntamos em anexo um mapa com os 2 itinerários de acesso: 
Pela A10 - Arruda, que não existia em 2003 e que é melhor 
Pela EN10 – V.Franca, Alverca 

LOCAL do ENCONTRO 
Qta. do Marquês da Serra 
( Estrada Alverca - Arruda dos Vinhos ) 


NOTAS: 

Itinerário 1 - Saindo da Portagem de Alverca, na 1ª Rotunda, seguir na direcção de Vila Franca (EN10). 

Dentro de Alverca, vira para Arruda dos Vinhos. Segue as placas para a Arruda, passa por Calhandriz, À-dos-Melros, e chega à ADANAIA, a 7 kms de Alverca, e vês à tua esquerda a Qta do Marquês da Serra, numaencosta da serra.. 

Desde a placa da ADANAIA à Quinta são 800 metros. 

Itinerário 2 – Saída na A10 para a Arruda dos Vinhos. 

Saindo da Portagem, logo na 1ªRotunda está uma placa de indicação da Qta. Do Marquês da Serra, que fica a 3KM. Há mais placas indicativas até lá. 

Na dúvida, contacta a Comissão. 
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Nota de M.R.: 

Vd. último poste desta série em: 

Guiné 63/74 - P11464: Tabanca Grande (396 ): Novo membro, o nº 615: Mário Vasconcelos (ex-alf mil trms, CCS/BCAÇ 3872, Galomaro; COT 9, Mansoa, CCS/BCAÇ 4612/72, Mansoa, 1973/74)

1. Mensagem de 20 do corrente, Mário Vasconcelos [,. foto atual à direita]

Identificação

Ex Alf. Mil. Trms de Inf  nº 06070666

Percurso

(i) Incorporado na EPI (Mafra) em 25/04/72;

(ii) Colocado no RAP3 (Fig. da Foz) em 16/10/72;

(iii) Embarque no UÍGE com destino à Guiné em 01/03/73;

(iv) Colocado na CCS do BCAÇ 3872 (Galomaro) em 02/03/73 sob o comando do Ten Cor Inf José Castro e Lemos (rendição individual do ex Alf Mil Trms Mota, falecido por doença);

(v) Após fim de comissão do BCAÇ 3872 (Março 73), colocado no COT 9 (Mansoa) sob o comando do Ten Cor Inf Pedro Henriques, nas transmissões e adjunto na secção de informações, na direcção do Maj Inf Eurico César Moreno;

(vi) Desactivado o COT9, adido à CCS/BCAÇ 4612/72 (Mansoa) sob o comando do Ten Cor Inf Eurico Simões Mateus;

(vii) Colocado no Cumeré em 13/08/74, sob o comando do Ten Cor Inf António Cândido de Lucena Gaya, funções de conferência e entrega de material de guerra, em Bissau;

(viii) Passagem à disponibilidade em 01/10/74.


Apenas uma breve nota:

No período de 1972 a 1974, meus pais tiveram três dos seus actuais filhos, no serviço militar obrigatório, em territórios africanos distintos. Assim, para além do meu caso pessoal:

- José Manuel Lage Sampaio Vasconcelos, Fur Mil Sapador:  teve por unidade mobilizadora o Regimento de Infantaria nº 1 (Amadora); pertenceu ao Batalhão de Caçadores nº 3885 (CCS/CCAÇ 3550/51/52) colocado na Região militar de Moçambique e aquartelado em Fingoé, Zambué e Muze no período (Abril72/Julho74); Passagem à disponibilidade em Julho de 1974;

- Fernando António Lage Sampaio Vasconcelos, Alf Mil: foi incorporado em Jan/72 nas Caldas da Rainha para o curso de Sargentos Milicianos; Em Abril/72 frequentou em Mafra o curso de oficiais milicianos e em Ago/72, o de operações especiais em Lamego (CIOE); embarque em Mar/73, em Companhia de Intervenção Independente instalada no Quartel do Grafanil (RI 20) em Luanda; regressou em 11 de Dezembro de 1974 com passagem à disponibilidade.


Mafra, EPI- Escola Prática de Infantaria,  Abril de 1972, 3º pelotão, da 3ª CI.


Nas botas, da parada donde vim,
Ecoa o som da marcha compassada
Fustigando em louco frenesim
Minh ’alma caminhando destroçada.

Vale-me a força do querer,
No tempo d´hoje ou já distante;
Ter a sorte de entender,
Que o tempo cai, em cada instante.



Saí quando, praticamente, se foram fechando as portas de armas na Guiné. Seja…, fui um “pira “de todos vós. Contudo, para o não ser sempre, desejaria, após esta minha entrada na Tabanca, ver novas entradas firmadas, dando-me alguma velhice.

Não se trata de hierarquia ou recriação de estatuto, apenas ver aumentar o usufruir desta encetada abertura, a todos os títulos digna de nota.

Ainda não li todo o correio criado, coisa que demora o seu tempo. Apesar disso, e com o que já observei, sente-se todo um fluir num percurso bem agilizado. De lápis nas mãos, que as armas foram já recolhidas, senti ao longo de todas as picadas, percorridas nos mapas mentais de nossas recordações, atiradores perfeitamente fixados nos objectivos, sapadores levantando minas e armadilhas das nossas vivências, artilheiros centrados nos trilhos das nossas memórias, marinheiros percorrendo em botes águas pessoais ou de grupo, gentes da manutenção e transmissões mantendo de pé esta estrutura, e pessoal de todos os ramos, que, sem notarem, são autênticos aviadores de mentes, quando chegam nas asas da poesia.

São muitas as descrições pessoais e colectivas narradas, traduzidas em desabafos libertadores e abraços de amizade que a escrita permite trocar. Vai-se fazendo história contando estórias.


Recordando um pouco:

Uma das primeiras missões, algum tempo depois da minha integração na CCS do BCAÇ3872, fui chamado ao comando para diligenciar um auto de averiguações. Tinha por base, a disputa havida entre um soldado da CCS e um milícia local.

Como é normal, procedi à audição separada dos intervenientes. Não foi difícil entender as respostas, verdadeiras ou falsas, prestadas pelo nosso tropa. O problema surgiu quando chegou a vez do milícia. Como não tinha experiência suficiente sobre o dialecto local, fiquei baralhado de todo. É que, para mim, ambos se incriminavam ou inocentavam do mesmo modo. Nessa altura “cá quero”, “cá tem”, “cá bai”, ainda significavam, quero, tem ou vai, e não o contrário como seria esperado.

Fechei o auto. Fui ao comando e informei, dadas as circunstâncias, que era de todo impossível especificar qual o réu ou o inocente, no que às partes dizia respeito. Claro, levei a minha primeira estocada, verbal por ora, na condição de me apurar linguisticamente para o futuro. Por sorte, ou não, o certo é que não tive para esse futuro qualquer outro auto.

Deste desaguisado, havido entre os contendores, o milícia ficou com o relógio de pulso avariado. Como boa alma, predispus-me a tentar compor-lhe a máquina e que assim sendo, me procurasse dias depois. Acedeu. E não é que, com uma pancada aqui, o espevitar da mola acolá e uns toques no volante, o referido bicho retornou à vida diária.

O assustador foi, dias depois da entrega, ser chamado à porta de armas para atender alguns africanos com outros relógios para consertar.

A tempo larguei a tarefa na base de que para cada galho o seu macaco. Hoje, face à crise de trabalho que no país grassa e nos desgraça, fico-me a pensar em como nessa altura se conseguiria ser empreendedor.

2. Comentário de L.G.:

Camarada Mário: O teu pedido de ingresso nesta comunidade virtual a que chamamos Tabanca Grande honra-nos a todos, a nós, a ti,  à tua familia. Não importa o posto, a arma, a especialidade, a antiguidade: qualquer camarada da Guiné tem, por direito próprio, um lugar à sombra do nosso mágico e fraterno poilão!

Gostei da originalidade da tua apresentação ao nosso coletivo: penso que apanhaste e descreveste muito bem o espírito e o propósito que nos anima.  Parafraseando o teu poema  Vale-nos a força do querer,
No tempo d´hoje ou já distante; /Ter a sorte de entender, / Que o tempo cai, em cada instante. Somos um blogue também contra o esquecimento, mesmo sabendo que temos o tempo, inexorável, a contar contra nós...

Tens já aqui muita malta das unidades por onde passaste. Já vi que conheces os cantos da Tabanca Grande. Põe-te, por isso,  à vontade. Para memória futura dos muitos tabanqueiros que cá estão e dos demais que ainda hão de vir, tu és o nº 615. Ficas agora com a responsabilidade de arranjar um "pira" para continuar a manter viva e ativa a nossa Tabanca Grande. Gostaria de te conhecer  pessoalmente no nosso próximo encontro, em Monte Real, 8 de junho de 2013.
Um Alfa Bravo caloroso.
Luis Graça.
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Nota do editor:

Último poste da série > 24 de abril de 2013 > Guiné 63/74 - P11460: Tabanca Grande (395): Francisco Alberto Cardoso Santiago, ex-1.º Cabo TRMS da CCS/BART 3873 (Nhabijões, 1972/74)

Guiné 63/74 - P11463: 9º aniversário do nosso blogue: Questionário aos leitores (26): Respostas (51/52): Armando Fonseca (Pel Rec Fox 42, Guileje e Aldeia Formosa, 1962/64); e Joaquim Peixoto (CCAÇ 3414, Bafatá e Sare Bacar, 1971/73)


Adicionar legenda
Resposta nº > Armando Fonseca [, ex-Soldado Condutor,  Pel Rec Fox 42, Guileje e Aldeia Formosa, 1962/64]


(1) Quando é que descobriste o blogue ?

R: Descobri o blogue em Novembro de 2009
(2) Como ou através de quem ? (por ex., pesquisa no Google, informação de um camarada)

R: Informação de um camarada Ex Alferes de minas e armadilhas que esteve na guerra por volta dos anos 63/64
(3) És membro da nossa Tabanca Grande (ou tertúlia) ? Se sim, desde quando ?

R: Desde o inicio de 2010
(4) Com que regularidade visitas o blogue ? (Diariamente, semanalmente, de tempos a tempos...)

R: Diariamente
(5) Tens mandado (ou gostarias de mandar mais) material para o Blogue (fotos, textos, comentários, etc.) ?

R: Já mandei alguns que foram publicados e outros não, talvez por falta de interesse
(6) Conheces também a nossa página no Facebook [Tabanca Grande Luís Graça] ?
´
R: Sim e vejo com regularidade
(7) Vais mais vezes ao Facebook do que ao Blogue ?

R: Não geralmente visito os dois
(8) O que gostas mais do Blogue ? E do Facebook ?

R: As crónicas sobre as vivencias de cada um durante a sua permanencia na guerra
(9) O que gostas menos do Blogue ? E do Facebook ?

R: As tricas que por vezes são levantadas por opiniões diferentes sem que sejam respeitadas as opiniões de cada um
(10) Tens dificuldade, ultimamente, em aceder ao Blogue ? (Tem havido queixas de lentidão no acesso...)

R: Nunca senti dificuldades
(11) O que é que o Blogue representou (ou representa ainda hoje) para ti ? E a nossa página no Facebook ?

R: Relembrar factos passados e apreender outros factos passados por outros camaradas
(12) Já alguma vez participaste num dos nossos anteriores encontros nacionais ?
R: Não, nunca participei em nenhum encontro
(13) Este ano, estás a pensar ir ao VIII Encontro Nacional, no dia 8 de junho, em Monte Real ?

R: Ainda estou a pensar, mas as condições económicas agravam-se cada vez mais?
(14) E, por fim, achas que o blogue ainda tem fôlego, força anímica, garra... para continuar ?

R: Claro que tem força suficiente para continuar, até porque estão a aparecer novos colaboradores
(15) Outras críticas, sugestões, comentários que queiras fazer.

R: Sem mais comentários



Resposta  nº 51 > Joaquim Peixoto [ex-Fur Mil Inf MA, CCAÇ 3414, Bafatá e Sare Bacar, 1971/73]

1 – Descobri o blogue em 22 de Maio de 2007

2 – Descobri-o através duma pesquisa no Google. Procurei a palavra “Sare Bacar”, localidade onde estive na Guiné. Fiquei muito impressionado, porque perguntavam no blogue quem conhecia determinado camarada que tinha falecido na Guiné. Esse camarada era da minha companhia e tinha falecido ao meu lado. De imediato escrevi um pequeno texto a contar a situação.

3- Comecei a ser membro da Tabanca Grande passados poucos dias.

4 – Visito o Blogue diariamente.

5 – Tenho mandado poucos artigos ( quase sempre por preguiça) e alguns comentários.

6 – Conheço muito mal a página do Facebook, porque ainda não me adaptei bem a este sistema.

7 – Vou muito mais vezes ao Blogue.

8 – No Blogue gosto das pequenas histórias, contadas de uma maneira muito simples, e dos conhecimentos que fui adquirindo e do reviver de vivências do passado.

9 – Não há assuntos que possa dizer que não gosto. Todos eles são interessantes, cheios de recordações e de calor humano que só os” camarigos” sabem reconhecer.

10- Nunca tive qualquer espécie de dificuldade.

11 – O blogue representa uma companhia feita de amizade, onde cada um de nós manifesta, sem receio, o que foi a sua juventude e o que lhes vai na alma.

12 - Desde que sou membro da Tabanca Grande participei em todos os encontros nacionais, assim como a minha mulher.

13 – Já estou inscrito para o próximo encontro.

14 – Claro que sim. Ainda estamos vivos. A nossa amizade, os nossos conhecimentos vividos lá ou cá, a nossa força e vontade de gritar aos quatro ventos que fomos uma juventude sacrificada, mas que vencemos e hoje somos uma “família”, faz com que continuemos… Para é morrer!

15 – Todos os que têm acesso ao Blogue participem, contando com fervor o que calam ainda nas suas entranhas.

Obrigado ao Luís Graça e a todos que contribuíram para a criação deste Blogue, proporcionando assim o desabafo de muitos e o alívio de outros que puderam, sem receio libertarem-se do azedume que lhes consumia a alma.

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Nota do editor:

Último poste da série > 24 de abril de 2013 > Guiné 63/74 - P11458: 9º aniversário do nosso blogue: Questionário aos leitores (25): Respostas (48 e 49) dos nossos camaradas Joaquim Cruz, ex-Sold Cond Auto Rodas da CCS/BCAÇ 4512 (Farim, 1972/74) e Kuís Fonseca, ex-Fur Mil TRMS da CCAV 3366 (Suzana e Varela, 1971/73)

Guiné 63/74 - P11462: Convívios (513): Divulgação do 14º Convívio da CCAÇ 3491, dia 25 de Maio, em Folgosinho, Cativelos, Gouveia (Luís Dias)


1. O nosso Camarada Luís Dias, ex-Alf Mil At Inf da CCAÇ 3491/BCAÇ 3872, Dulombi e Galomaro, 1971/74, enviou-nos a seguinte mensagem solicitando a divulgação do próximo Almoço /Convívio da sua unidade. 

Caros Editores

Solicito aos camaradas que publicitem no nosso Blogue "Tabanca Grande", o 14º Convívio da CCAÇ 3491, que terá lugar no dia 25 de Maio, em Folgosinho, Cativelos, Gouveia.

Um abraço para todos.

Luís Dias


___________
Nota de M.R.:

Vd. último poste desta série em: 


Guiné 63/74 - P11461: Convívios (512): Divulgação do XXV Almoço/Convívio do BCAÇ 2884, dia 01 de Junho de 2013 no Fundão (José Rodrigues Firmino)

1. O nosso Camarada José Rodrigues Firmino, que foi Sold. Atirador da CCAÇ 2585/BCAÇ 2884, Jolmete, 1969/1971, solicita-nos a divulgação do próximo Almoço /Convívio da sua unidade. 



XXV Almoço/Convívio do BCAÇ 2884 
dia 01 de Junho de 2013 

O XXV almoço de confraternização do BCAÇ 2884 “Mais Alto”, composto pelas seguintes companhias: “2584 Có”, “2585 Jolmete”, “2586 e CCS Pelundo”, no periodo entre 07 de Maio de 1969 a 02 de Março de 1971, vai realizar-se este ano no Fundão. 

Atenção camaradas do Batalhão 2884 “Mais Alto”: 

Mais um ano, mais uma chamada para aquele que será o XXV almoço anual, desta vez a ter lugar na bonita cidade do Fundão, com concentração junto ao Seminário do Fundão às 11horas. 

Ás 11horas e 30 minutos celebração da missa pelos camarados falecidos, finda esta seguiremos ao hotel Palace do Fundão para o almoço, chegados ao hotel com alguma conversa pelo meio, uma outra foto para os netos mais tarde recordar. 

Pede a organização para que façam as inscrições atempadamente, lembrar aos camaradas do norte, que como de costume, sairá de Braga a camioneta com horário previsto para 06,45 horas junto ao antigo “Feira Nova” com paragem em Famalicão na estação de camionagem pelas 07,15 horas e no Porto, às 07,45 horas na Estação do Metro junto ao Estádio do Dragão. 

Para o repasto temos a seguinte ementa:

 Enchidos da Região, Rissóis, Orelha em Vinagrete, Pastéis de Bacalhau 
 Sopa de Legumes 
 Bacalhau Assado com Batata à Murro 
 Lombo à Serrana 
 Salada de Frutas e Semi-Frio 
 Vinho Tinto da Casa, Vinho Verde Branco, Refrigerantes, Águas e Café 
 Bolo e Espumante 
 Digestivos: Whisky Novo, Carolans, Licor Beirão, Macieira, Aguardente Velha 

Preço por pessoa 30 roquetadas, as crianças até aos 5 anos não pagam e dos 5 aos 12 pagarão 15 roquetadas. 

Data limite para inscrição: 25 de Maio de 2013. 

Fundão Palace Hotel*** 
Estrada Nacional nº 18 – Quinta Nova 
6230 - 476 Fundão 
Tel. (+351) 275 779 340 
Fax. (+351) 275 779 349 

Para os interessados nas dormidas: 
Quarto duplo 45 euros 
Individual 35 euros 
Crianças 20 euros 

Organizadores: 
Almerindo Serra Lopes e Américo António Pinto da Costa: Fixo - 224 020 024 e Telm. 919 227 959, Email: aguicostamaisalto@gmail.com

Até lá abraço camaradas. 
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Nota de M.R.: 

Vd. último poste desta série em: