sexta-feira, 26 de março de 2021

Guiné 61/74 - P22040: Da Suécia com saudade (89): Filhos de portugueses mas... desconhecidos em Portugal - Parte III: João Rodrigues Cabrilho, o primeiro navegador e explorador europeu a chegar à costa californiana, c. 1542/43 (José Belo)




EUA > Califórnia > A memória do navegador e explorador João Rodrigues Cabrilho... Para além da autoestrada ao longo da costa californiana, esta ponte também tem o seu nome... Foi o primeiro europeu a explorar a costa californiana... Há um monumento nacional ao Cabrilho em San Diego, Califórnia...

Fotos: Cortesia de José Belo (2021)



1. Mensagem de José Belo, o nosso luso-sueco, cidadão-do-mundo, membro da Tabanca Grande, que reparte a sua vida entre a Lapónia (sueca), Estocolmo e Key-West (Florida, EUA). Foi nomeado por nós régulo (vitalício) da Tabanca da Lapónia...

Data: sábado, 20/02/2021 à(s) 15h42

Assunto: Mais um português famoso nos States ... quase desconhecido em Portugal: João Rodriguez Cabrillo (*)



João Rodrigues Cabrilho
(Cabril, Montalegre, c. 1499 - Novo Mundo, Califórnia, 1543)

 

Tal como ao Magalhães, 
os espanhóis também o querem para só si, ao Cabrilho 
(efígie acima)...


João Rodrigues Cabrilho (ou Cabrillo, para os espanhóis)  foi um soldado e explorador português ao serviço de Espanha.

É famoso nos Estados Unidos, mormente na Califórnia, por ter sido o primeiro europeu a explorar a costa norte-americana do Oceano Pacífico em 1542/43.

A sua nacionalidade ainda hoje é objecto de  disputa entre portugueses e espanhóis. (#)
 
Está demonstrado ter sido filho de família portuguesa, mas, segundo os espanhóis, nascido em Espanha (Palma del Rio),  a 13 de Marco de 1499 (ou 1475).

No entanto, nas Beiras portuguesas mais de uma localidade afirma ser a terra de nascimento do navegador Cabrillo, e que familiares com esse nome ainda por lá vivem. Certo é que foi educado em Espanha, sendo de origens humildes.

Ainda muito jovem terá navegado para as Índias Ocidentais fazendo parte de uma grande armada de 30 navios e 2500 soldados que colonizou Cuba.

Em 1519 foi enviado para o México com a missão de aprisionar o então revoltado Hermán Cortez que tinha desobedecido a ordens reais aquando da conquista do reino Azeteca. Esta missão foi mal sucedida devido a popularidade de Cortez junto dos seus homens, tendo Cabrillo juntado-se a Cortez no assalto à capital azeteca de Tenochtitlán (Hoje, Cidade do México).

Depois da derrota dos azetecas juntou-se à expedicão militar de Pedro Alvarado na área geográfica dos actuais México do Sul, Guatemala, e El Salvador.

Em 1530 Cabrillo tornou-se imensamente rico com a exploração de minas de ouro na Guatemala. 
Desde um porto da costa guatemalteca controlava as exportações e importações para Espanha, não só a partir da Guatemala mas também de outros locais do Novo Mundo.

Aplicou pesados impostos às populações locais, e usou muitos dos habitantes masculinos como mineiros escravos, ao mesmo tempo que entregava os elementos femininos da população, também como escravas, aos seus marinheiros e soldados. Conscientemente, quebrou deste modo todo o tecido social e familiar da vasta região.

Crê-se ter sido neste período que terá tido uma companheira indígena, e que desta relação terão resultado dois filhos.

Em 1532, já famoso e com enorme fortuna, voltou a Espanha onde se casou, em Sevilha, com Beatriz Sanchez de Ortega. Ela acompanhou-o de volta à Guatemala e o casal teve dois filhos.

Neste período, Cabrillo foi contactado por António de Mendoza, então Vice-Rei da Nova Espanha, para explorar a costa americana do Pacífico na esperança de serem encontradas cidades ricas a saquear e uma possível passagem marítima entre os Oceanos Pacífico e Atlântico.

Recebeu também instruções para procurar encontrar-se com Francisco Vasquez de Coronado, então enviado por via terrestre desde o Atlântico em direção ao Pacífico.

Cabrillo construiu com capital próprio o navio almirante da expedição (o San Salvador), colocando-se deste modo em posição óptima para beneficiar de possíveis relações comerciais a serem estabelecidas ou tesouros encontrados.

 A 24 de Junho de 1542 partiu do actual porto de Manzanilha/México com o navio almirante acompanhado de dois outros, o Vitória e o San Miguel. Quatro dias depois encontraram uma baía que constituía um excelente porto de abrigo (hoje San Diego Bay).

Seguidamente exploraram as ilhas situadas junto à costa da Califórnia, Santa Cruz, Catalina e San Clemente, ao mesmo tempo foram encontrando inúmeras pequenas povoações ao longo da costa. (Curiosamente os espanhóis só voltaram a estas áreas em 1769 (!), fazendo-se então acompanhar de soldados e missionários.)

A expedição continuou rumo ao Norte tendo atingido um local que denominaram Cabo de Pinos (actual Point Reyes). Então os temporais do Outono obrigaram-nos a voltar para o Sul até à Baía de Los Pinos (actual Monterey Bay).

Neste local da costa, e devido aos densos nevoeiros aí normais, não descobriram a entrada da Baía da Actual cidade de San Francisco (San Francisco Bay). Este erro foi repetido por numerosos navegadores nos dois séculos seguintes, precisamente devido aos densos bancos de neblinas locais. A expedição regressou a San Miguel onde passou o Inverno.

Na véspera do Natal foram atacados por guerreiros indígenas (Tongva). Procurando ajudar os seus homens, Cabrillo escorregou e caiu sobre algumas pedras ponteagudas. O ferimento posteriormente gangrenou, morrendo Cabrillo a 3 de janeiro de 1543. Julga-se estar sepultado na ilha de Catalina.

A expedição voltou a navegar ao longo da costa rumo ao Norte. Atingiu, segundo se julga, a costa do actual Estado Norte Americano do Oregon. Regressaram então para a Natividad em Abril de 1543.

Esta expedição de Cabrillo não atingiu os seus objectivos quanto a encontrar ricas cidades costeiras. Também não foi encontrada a mítica passagem marítima do Pacífico para o Atlântico.

O encontro com o explorador terrestre Coronado também não se deu. No entanto demarcou uma vastíssima área da Costa Norte Americana a partir do México, que o Reino de Espanha viria a ocupar e colonizar dois séculos mais tarde.
 
(#) Vd. Wikipedia (em português: vd. também versão em inglês):

(...) A nacionalidade Portuguesa de João Rodrigues não oferece dúvidas, pois é o próprio cronista e Chefe das Índias Espanholas, D. António Herrera y Tordesillas, que na sua "Historia General de los hechos de los Castellanos en lás Islas y tierra firme del Mar Oceano" o confirma, ao dizer ter D. António de Mendonça aprestado os navios "São Salvador" e "Victoria" para prosseguirem na exploração costeira da Nova Espanha "y que nombrô por Capitan dellos a Juan Rodriguez Cabrillo Português, persona muy platica en las cosas de la mar " (...) embora alguns biógrafos e historiadores, em especial Harry Kelsey, afirmem que Cabrillo tenha nascido em Sevilla (Andaluzia) em data incerta.

Na freguesia de Cabril, concelho de Montalegre, há a "Casa do Galego" (origem aliás sugerida pelo seu apelido), onde alegadamente Cabrilho nasceu, como é afirmado em placa comemorativa. O investigador João Soares Tavares, após pesquisa morosa em Portugal, Espanha, México e Guatemala, apresentou dados comprovativos nos seus livros, que o navegador é português natural de Lapela (Cabril) do concelho de Montalegre.(...)
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Nota do editor:

Guiné 61/74 - P22039: Esboços para um romance - II (Mário Beja Santos): Rua do Eclipse (45): A funda que arremessa para o fundo da memória

1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil Inf, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 24 de Março de 2021:

Queridos amigos,
As férias da Páscoa já passaram, correram deliciosamente, retoma-se o trabalho e Paulo Guilherme discute com o seu grande amigo Gilles Jacquemain os desafios que se põem às medidas de política dos consumidores, a direção do movimento está dividida entre aqueles que preferem trabalhar confinados às medidas de política existentes e os outros que alertam para as incidências da globalização, a falta de regulamentos que permitam travar as acentuadas desigualdades sociais, o imperativo da sustentabilidade, as alterações profundissimas que a era digital está a impor em todas as sociedades, remexendo nos modos de trabalho, nas comunicações, nas vivências. A organização de que fazem parte reúne em Bruxelas, aproveitou-se aquele período festivo para uma reunião de trabalho, Paulo recebeu a incumbência de preparar um documento de orientação estratégica, precisa muito do apoio de Gilles Jacquemain, é isso que transparece nesta carta e fala-lhe igualmente de um convite bastante insólito que lhe foi feito para falar num clube dedicado a tertúlias sobre a presença de Portugal na Flandres e na Bélgica.
Paulo não sabe como nem porquê, aceitou mais esta incumbência.

Um abraço do
Mário


Rua do Eclipse (45): A funda que arremessa para o fundo da memória

Mário Beja Santos

Mon cher Gilles Jacquemain, escrevo-te um tanto à pressa para tecer alguns comentários em torno da reunião da Direção da nossa Associação Europeia de Consumidores e dar-te conta do insólito convite que me fizeram Noël Molisse, da Confederação Europeia das Famílias, Magda Van Gompel, da Liga das Mulheres Previdentes Socialistas da Bélgica e John Jacobs, do recém-criado Clube Europeu dos Direitos do Homem. Antes, porém, quero manifestar o meu regozijo pela tua boa companhia no jantar de Dia de Páscoa, em casa da Annette. Se o almoço foi um festim dos melhores petiscos belgas, se a companhia da família se revelou encantadora, não menos feliz me deixou a tua presença ao jantar, bem como da tua mulher. Acho a Françoise já bem restabelecida de toda aquela grave situação em que viveu depois das terapêuticas para combater o cancro da mama, e com tão bom sucesso.

Começo pelo menos importante, o convite. Imagina tu que a tertúlia Maurice Maeterlinck pretende animar um conjunto de conversas sobre as relações entre a Bélgica e os diferentes Estados-membros. Estes nossos amigos deram-me a saber que pretendiam não um estudioso como Eduardo Prado Coelho ou um escritor como Vasco da Graça Moura, querem que seja alguém ligado aos problemas da cidadania para falar da presença de Portugal na Bélgica, estão já aprazadas as conversas com os convidados da Irlanda, da Dinamarca e do Luxemburgo, eu entro a seguir, em data a agendar para julho, mesmo no limite antes das férias. Um tanto irresponsavelmente, aceitei, não posso negar que o conhecimento histórico não faz parte da minha formação universitária, mas sinto-me muito arredado desse Henrique da Borgonha que casou com uma filha natural de Afonso VI, D. Teresa, detiveram o Condado Portucalense, aí nasceu Portugal. É evidente que não ignoro as relações entre Portugal e o Ducado da Borgonha, vem nos nossos compêndios de História a participação dos Cruzados flamengos na formação de Portugal, a Flandres, como tu te recordas da belíssima exposição em Antuérpia intitulada As Feitorias, terá um papel fulcral nas nossas relações económicas no povoamento açoriano, nos negócios do açúcar da ilha da Madeira, nas compras indispensáveis para a economia dos Descobrimentos Portugueses. Há casamentos importantes na Primeira Dinastia, temos depois a Feitoria Portuguesa de Bruges e a Feitoria Portuguesa em Antuérpia, não te esqueças que Carlos V, nascido em Gand, casou com Isabel de Portugal, desse casamento temos Filipe II de Espanha e I de Portugal. Isto são ideias soltas que me vêm à cabeça, não sei como é que vou arranjar tempo para ordenar todos estes dados cronológicos, tenho que estudar todo este comércio que fazíamos com a Flandres, ele está bem repertoriado do lado português, um dos nossos notáveis historiadores do século XX, Vitorino Magalhães Godinho, escreveu obras incontornáveis sobre esta economia. Um dia estava a visitar a Catedral de S. Miguel e Santa Gudula, olhei para um vitral e vi as armas de Portugal, procurei saber de que se tratava, o doador do vitral era o rei D. João III de Portugal, casado com a irmã de Carlos V. Um dos nossos mais influentes escritores românticos, Almeida Garrett, foi o primeiro encarregado de negócios de Portugal na Bélgica de Leopoldo I, entre 1834 e 1835. Do que tenho lido, não prestou grandes serviços, mas ficou conhecido pelas suas toilettes espampanantes e muitos amores de ocasião. Por ora basta, prepara-te para em julho compareceres na dita tertúlia, não falaremos dos consumidores, mas dos portugueses na Flandres e na Bélgica.

Vamos agora a assuntos mais sérios. Sinto que há uma nítida fratura entre nós para adotar uma estratégia adequada aos novos tempos. Espero que te recordes que comecei a minha intervenção falando da revisão no fim do século da Carta Mundial dos Direitos do Consumidor, em que se introduziu o direito ao consumo sustentável. Não teremos grande futuro se não apostarmos no princípio da sustentabilidade dos modos de produção, distribuição e consumo, seremos ultrapassados por aqueles que começam agora a falar no comércio justo, nos consumidores responsáveis, na responsabilidade social, etc. Gostes ou não, o ambiente, tal como o consumo, é uma problemática que atravessa a sociedade inteira. O cidadão que adquire bens e serviços é a mesma pessoa que não pode viver sem árvores nem água, as doenças do ambiente são igualmente doenças da economia, do mercado, das aspirações de vida. De um lado, temos os padecimentos ambientais, do outro lado a sofreguidão do consumo. Ultrapassámos as questões dos aerossóis, dos CFC, das vacas loucas, mas temos recursos hídricos envenenados, o espetro de acidentes com substâncias químicas, e prosseguem os duelos intermináveis a favor e contra os transportes coletivos e a restituição de ruas aos peões. Fui apoiado nesta discussão pelo Bengt Ingestarm, dos consumidores suecos, e pela Margaret Dampier, da Liga Britânica do Consumo e Ecologia. Os nossos colegas dos países do Sul parecem mais interessados em manter-se na coutada dos direitos do consumidor na esfera da proteção jurídica. Parece que lhes é indiferente que os consumidores e os ambientalistas têm trabalhado praticamente sempre de costas voltadas, e por isso têm visões fragmentadas do mercado. No documento que estou a preparar para a Direção, digo claramente que o ambientalista pretende valorizar em primeiro lugar o ambiente, ao passo que o defensor dos consumidores se mostra mais antropocêntrico e tecnocêntrico, isto é, tem a convicção de que os conhecimentos científicos podem servir tanto para regular o mercado como para resolver os problemas ambientais por meios tecnológicos. Isto faz parte de um paradigma em que não têm um papel relevante as formas de recuperação, redução ou reciclagem de todos os elementos da produção, que é um dado fundamental para a economia circular. E temos inclusivamente que produzir documentos de reflexão entre as nossas associações e depois enviá-los para a Comissão Europeia sobre a globalização em curso: de que modo é que o potencial da globalização encaixa com o desenvolvimento sustentável.

Gilles, meu inesquecível amigo, há também que ter em conta o que se passou na recente Cimeira de Joanesburgo, onde novamente se afirmou a importância dos modos de consumo ambiental e socialmente responsáveis, e parece-me que a Comissão Europeia ouviu bem o recado, o novo Programa Europeu para o Ambiente não deixa equívocos quanto ao princípio do poluidor-pagador, lembras-te com certeza, do papel que produzimos quando se pôs à discussão o VI Programa de Ação Comunitária em Matéria Ambiental (2001-2010), apoiámos as medidas de ajuda para que as organizações de consumidores apoiem os seus membros a fazer escolhas bem informadas. A dimensão ética da economia parece estar na ordem do dia, já demos apoio à legislação europeia sobre os cemitérios de automóveis, isto para dizer que a reciclagem passou a ser encarada como uma excelente oportunidade de negócio: resíduos urbanos, atividades de autorias ambientais e energéticas, bioarquiteturas, descontaminação de solos, ecodesign, gestão dos recursos hídricos, etc. E temos que estar do lado dos incentivos às empresas que insistem na reciclagem nos domínios do vidro, embalagem, sucata, indústrias gráficas e transformadoras. Detenho-me por aqui Gilles. Se a política dos consumidores faz parte da estratégia da União Europeia para melhorar a qualidade de vida, temos que nos declarar, na prática quotidiana a favor de uma agenda que não pense só nos direitos clássicos da proteção do consumidor, mas que os faça intervir na era digital, no desenvolvimento sustentável, nos novos desafios económicos, e igualmente devemos insistir em ter um papel mais representativo nas políticas de saúde, devemos ir muito mais longe do que dar opinião sobre os preços dos medicamentos ou a informação ou publicidade dos mesmos. É esse o documento que eu vou preparar, com os múltiplos afazeres do presente, tenho que fazer das tripas coração para obter papel que estimule a discussão. Conto com a tua fraternidade. Logo que esteja pronto, irás apreciá-lo, comentá-lo, beneficiá-lo. Faço-te encarecidamente este pedido.

As férias da Páscoa tiveram o condão de nos aproximar mais, já não sei o que seria a minha vida sem o ânimo que me dá Annette, a distância que nos separa já deixou de ser dolorosa, é um amor verdadeiro que nos traz imensa serenidade, cumplicidade, é um convívio sempre criativo. Há momentos em que olho para o meu passado recente e abençoo aquele encontro na Rue Froissart que tudo transformou, Annette e eu não temos dúvidas que nada será como dantes e batalhamos dia-a-dia pelo futuro radioso que o nosso amor semeia. Vê se me ajudas, também temos que encontrar o melhor azimute para o futuro das políticas da cidadania no consumo. Bien à toi, Paulo.
Henrique de Borgonha, conde de Portucale
Filipe o Bom e Isabel de Portugal
Retrato de António da Borgonha, de Rogier Van der Weyden, mas há quem diga que se trata do filho do Regente D. Pedro, irmão de D. João I, que era conhecido com o nome de Messire João de Coimbra
Fonte do Brabo, Antuérpia
Fachadas de belos edifícios na Grand-Place de Antuérpia
Almeida Garrett
Um momento de amizade luso-belga junto da imagem icónica do Manneken Pis, monumento de 1619, em Bruxelas

(continua)
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Nota do editor

Último poste da série de 19 de março de 2021 > Guiné 61/74 - P22018: Esboços para um romance - II (Mário Beja Santos): Rua do Eclipse (44): A funda que arremessa para o fundo da memória

quinta-feira, 25 de março de 2021

Guiné 61/74 - P22038: Ser solidário (237): Consignação do IRS - uma ajuda à ONGD "Ajuda Amiga", NIPC 508617910 ...Foi fundada por um grupo de antigos combatentes...Vamos ajudar a acabar a construção da escola de Nhenque, Bissorã


Foto nº 1 > 2010 – Armazém da Ajuda Amiga na Amadora: orrganizando e embalando livros escolares: da esquerda para a direita, Carlos Silva, Helder Pereira, Bernardes, Armando Pires, António Ortet e Ilídio.
 

Foto nº 2 > Guiné-Bissau > Região do Oio > Bissorã > Nhenque [, a nordeste de Bissorã, na margem direita  do Rio Mansoa].  > 23 de março de 2021 > Construção da Escola da Ajuda Amiga de Nhenque,  em progresso


Foto nº 3 > Guiné-Bissau > Região do Oio > Bissorã > Nhenque > 2020 > Faia Djaló, filho de pai português


Foto nº 4 > Guiné-Bissau > Região do Oio > Bissorã > Nhenque > 2019 > Crocodilo aguarda oportunidade


Foto nº 5 > Guiné-Bissau > Região do Oio > Bissorã > Nhenque > 2020 > Pequeno crocodilo capturado na bolanha.


Foto nº 6 > Guiné-Bissau > Região do Oio > Bissorã > Nhenque > 31 de março de 2019  > As crianças pedem ajuda 

Fotos (e legendas):: © Carlos Fortunato (2021). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



1. Mensagem dp Carlos Fortunato, ex- ao Carlos Fortunato (ex-fur mil trms, CCAÇ 13, Os Leões Negros, Bissorã, 1969/71, e presidente da direcção da ONG Ajuda Amiga) [, foto à direita]:

Assunto - Ajuda Amiga

Data - 24 mar 2021, 13h33

Amigo e Camarada Luís Graça

Envio-te um post pedindo o favor de o publicarem. É um post na continuação de outro que foi publicado em 13-04-2019.

O projeto está a avançar de acordo com o planeado, começamos a preparação em 2020 e vamos terminar esta fase até Abril, para podermos abrir a escola em Outubro.

Darei noticias quando da conclusão desta fase.

Um abraço, tudo a correr pelo melhor e muito obrigado pela vossa colaboração e apoio.

J. Carlos M. Fortunato
Presidente da Direção da ONGD Ajuda Amiga
E-mail jcfortunato2010@gmail.com | E-mail jcfortunato@yahoo.com
Telem. +351 935247306

Escritório > Ajuda Amiga – Associação de Solidariedade e de Apoio ao Desenvolvimento
Rua do Alecrim, nº 8, 1º dtº
2740-007 Paço de Arcos

Sede > Ajuda Amiga – Associação de Solidariedade e de Apoio ao Desenvolvimento
Rua Mário Lobo, nº 2, 2º Dtº.
2735 - 132 Agualva - Cacém

Armazém > Centro de Atendimento da União das Freguesias do Cacém e São Marcos
Rua Nova do Zambujal, 9-A, Cave
2735 - 302 - Cacém

NIPC 508617910
ONGD – Organização Não Governamental para o Desenvolvimento
Pessoa Coletiva de Utilidade Publica

Telemóvel +351 937149143


SER SOLIDÁRIO > AJUDA AMIGA CONSTRÓI ESCOLA 
EM NHENQUE, BISSORÃ

por Carlos Fortunato 

A Ajuda Amiga foi constituída em 2008 por um grupo de antigos combatentes que estiveram na Guiné, sensibilizados pela situação daquele povo e dos seus antigos camaradas que por lá ficaram.

A Ajuda Amiga enviou e distribuiu desde 2008 até 2020 154,4 toneladas de artigos, entre os quais 208.290 livros, que beneficiaram mais de 300.000 alunos. Os elementos da Ajuda Amiga que acompanham os projetos pagam as suas despesas.(Foto nº 1)-

Em 2018 o principal objetivo da Ajuda Amiga passou a ser apoiar a construção de uma escola, pelo que todos os donativos passaram a ser canalizados para esse fim. O projeto será realizado por fases em função das receitas que se consigam angariar. (Foto nº 2) 

Em 2021 ficará construída uma sala polivalente, com uma pequena arrecadação que servirá de secretaria, biblioteca, sala de reuniões, etc., duas salas de aulas e duas latrinas, uma para as meninas, outra para os meninos. A escola entrará em funcionamento no inicio do ano letivo 2021/2022.

O Faia Djaló é o mestre-de-obras que está a construir a escola, não sabe quem é o seu pai, segundo a sua mãe foi um militar português que passou por Bissorã em 1965 ou 1966. (Foto nº 3)

A criação desta escola permitirá as crianças mais pequenas deixarem de ter que atravessar uma perigosa bolanha.

Os alunos do primeiro e terceiro ano irão ter aulas de manhã e o segundo e o quarto ano à tarde. As próximas estruturas a construir serão um poço, uma terceira sala de aulas para o quinto e sexto ano, uma cozinha e um refeitório.

A componente alimentar tem aqui grande importância, pois através do PAM – Programa Alimentar Mundial é possível conseguir alimentos e dar uma refeição às crianças, o que tem um impacto enorme.

Nhenque (localizada no setor de Bissora, fica perto de Binar e a uns 14 kms de Bula) foi escolhida pelo drama que as crianças vivem para ir à escola, pois têm que atravessar uma bolanha com crocodilos para lá chegarem. (Fotos nºs 4 e 5). 

Ao fazerem a travessia as crianças vão acompanhadas pelos familiares mais velhos para as proteger, vão armados com paus com os quais afastam os crocodilos, é uma tarefa arriscada e difícil, pois quando o crocodilo mergulha é impossível vê-lo naquela água castanha. 

O Sambu Utna Sanha,  de 22 anos. que estava a proteger as crianças foi apanhado pela perna por um crocodilo, valeram-lhe os restantes elementos que, ao baterem na cabeça do crocodilo com os paus,  o convenceram a largar o jovem

As crianças de Nhenque pedem ajuda e agradecem através da Ajuda Amiga todos os donativos (Foto nº 6), pois é com base neles que conseguimos cumprir esta nossa missão, eles são totalmente utilizados nos projetos, neste caso no projeto de construção da escola, as despesas de funcionamento da Ajuda Amiga são suportadas pelas quotas dos sócios. (**)

No site da Ajuda Amiga, na página “Noticias” estão mais textos, fotos e vídeos da nossa atividade como associação ao longo destes anos e na página “Atividades” os nossos Relatórios e Contas.

Vd aqui: http://www.ajudaamiga.com

Conta da Ajuda Amiga

NIB   0036 0133 99100025138 26

IBAN PT50 0036 0133 99100025138 26

BIC   MPIOPTPL




2. Comentário do editor LG:

Carlos, parabéns pela tua/vossa abnegação!... E mais: persistência, generosidade, solidariedade, credibilidade...Temos que falar mais destas resistentes e heróicas ONGD...

Zero vírgula cinco por cento do nosso IRS é como um afluente de um afluente do rio Geba... Não é muito, ajuda a aumentar o caudal que desagua no estuário...

Infelizmente não tenho notícias da AD - Acção para o Desenvolvimento, desde que o Pepito morreu... (e nos deixou um grande vazio e muita saudade).

Está o pedido publicado, estávamos justamente à espera de elementos informativos da Ajuda Amiga... Vamos também divulgar no Facebook da Tabanca Grande.

Mantenhas. Luis


3. Resposta do Carlos Fortunato:

Obrigado pela rápida resposta, disponibilidade e empenho.

Relativamente à AD, depois do falecimento do Pepito continuámos a colaborar com a AD e enviámos dois contentores com a sua colaboração, contudo houve falta de informação da parte AD, bem como o envio de documentos, fotos, etc., não podemos aceitar um buraco negro onde as coisas desaparecem, até porque sem elas também não podemos dar conta aos nossos doadores.

Depois de quase um ano à espera de respostas, perante a nossas insistência responderam que não eram nossos criados.., isso levou a deixarmos de colaborar com a AD e passámos a colaborar com a FED - Fundação Educação e Desenvolvimento, que é do Alexandre Furtado.

Presentemente não enviamos contentores, o que enviamos de bens é muito, muito pouco e essa colaboração no envio e distribuição deixou de ser importante.

Não há pessoas imprescindiveis, mas o Pepito faz muita, muita falta.

Aquele abraço

Carlos Fortunato
______________

Notas do editor:


(*) Vd. postes de 8 de março de 2020 > Guiné 61/74 - P20711: Ser solidário (227): Vamos ajudar a "Ajuda Amiga", consignando-lhe 0,5% do nosso IRS... Recebeu em 2019 a importância de 2.240,48 euros... Vamos utrapassar esta verba este ano.

Guiné 61/74 - P22037: Fotos à procura de... uma legenda (146): as antiaéreas de Aldeia Formosa... Também faziam fogo terra-terra... (Joaquim Costa, ex-fur mil arm pes inf, CCAV 8351, Cumbijã, 1971/73)

 

Guiné > Região de Tombali > Aldeia Formosa > BCAÇ 3852 (1971/73,] > Antiaérea do tempo da  II Guerra Mundial... "Smulando o ataque a um avião inimigo. Cada tiro,  cada melro... pois aviões ca tem... A tropa não deixa de me surpreender: antiaéreas em Aldeia Formosa? Os "nossos amigos", ou IN, tinham mísseis terra-ar Strela (em março de 1973)", diz o Joaquim Costa... 

Que arma seria esta ? E de que calibre?  Parece ser uma peça AA 4 cm  ou 40 mm, tipo Bofors... A CCAV 8351 esteve em Aldeia Formosa entre meados de novembro de 1972 e princípios de abril de 1973... Nesta altura o pelotão AA que aqui estava,  devia pertencer à Btr AAA 7040/72 (Out 72 / ago 74).

Foto (e legenda): © Jaoquim Costa (2021). Todos os direitos reservados [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem com data de hoje, 12h45, de Joaquim Costa (ex-fur mil arm pes inf, CCAV 8351, 1972/74)



Bom dia, Luís

Dado o desafio que lançaste sobre as antiaéreas de Aldeia Formosa (de caça aos melros) (*),  reenvio a foto da mesmo uma ves que a que publicaste está com má qualidade.

Um grande abraço de muita amizade,
Joaquim Costa

2. Comentário do editor LG:

Obrigado, Joaquim. Confesso que não vi (nem me lembro de ouvir falar de) antiaéreas no meu tempo. Se calhar já as havia, no aeroporto de Bissalanca e junto à fronteira  (com o Senegal e com a Guiné-Canacri)... 


Sabemos pouco destas nossas subunidades e dos seus homens. Precisamos de testemunhos, fotos, histórias... (**)

Depois da perceção da "ameaça aérea" (om voos não identificados nos céus da Guiné, e do receio dos MiG da Guiné-Concri, ainda antes da Op Mar Verde, em 22 de novembrode 1970), sabemos pelos travalho de investigação do José Matos, que foi econsiderada a necessidade e a importância da defesa antiaérea da Guiné... E daí a chegada das baterias de artilharia antiaérea de que aqui ficam as respetivas  fichas de unidade... Oxalá apareça alguém destas subunidades. Penso que só temos aqui um camarada das AAA, o ex.cap art António J. Pererira da Costa, o primeiro comandante da Bateria de Artilharia Antiaérea n.º 3434.


Bateria de Artilharia Antiaérea n.º 3381

Identificação Btr AAA 3381
Unidade Mob: RAAF - Queluz
Crndt: Cap Art Vítor Marçal Lourenço
Partida: Embarque em 13Fev71 (l ." fase) e 26Mai71 (2." fase) | desembarque em 19Fev71 (1ª fase) e 31Mai71 (2." fase) | Regresso: Embarque em 24Fev73 (L" fase) e 23Mar73 (2ª fase)

Síntese da Actividade Operacional

Foi constituída e organizada para cumprimento de despacho ministerial de 18Set70, vindo a integrar dois pelotões independentes do antecedente colocados na Guiné e um outro pelotão que chegou em 2." fase. 

Foi dotada com peças AA 4cm e metralhadoras AA 12,7mm, com guarnições compostas por pessoal
de recrutamento local.

Após a realização da IAO, de 19Fev71 a 12Mar71, no CMl, em Cumeré, foi colocada em Bissau, no aquartelamento do GA 7, exercendo o comando e controlo dos pelotões de AA destacados em Bissalanca (Bissau), Nova Lamego, Aldeia Formosa, a partir de 25Ju171, e Nhacra, a partir de 1Nov71.

Os pelotões, particularmente os de Bissalanca e Nova Lamego, colaboraram na defesa próxima das respectivas pistas de aviação. 

Em 250ut71, o pelotão destacado em Bissalanca passou a integrar a BtrAAA 3434, que então assumiu
a responsabilidade da defesa AA da BA12 a baixas altitudes.

Após recolha do pelotão destacado em Nova Lamego em 18Dez72, foi substituída, em 1Jan73 , no comando e controlo dos pelotões AA pela Btr AAA 7040/72, mantendo-se, no entanto, em colaboração com esta, até ao seu embarque de regresso.

Observações: Tem História da Unidade (Caixa n." 104 - 2.ªDiv/4ª Sec, do AHM).

Bateria de Artilharia Antiaérea n.º 3382
Identificação Btr AAA 3382
Unidade Mob: RAAF - Queluz
Cmdt: Cap Art Joaquim Branco Evaristo
 Partida: Embarque em 13Fev71; desembarque em 19Fev71 | Regresso: Embarque em 13Jan73

Síntese da Actividade Operacional

Esta subunidade foi a primeira bateria AA de peças de 9,4 cm, para defesaa média altitude, instalada na Guiné.

Após a realização da lAO, de 21Fev71 a 12Mar71, no CMl, em Cumeré, foi colocada em 13Mar71 em Bissau, no aquartelamento do GA 7, onde continuou em instrução de aperfeiçoamento da especialidade e simultaneamente iniciou o estudo das posições das peças, radares e preditores de AA.

Em Jun71 iniciou a construção das posições e do aquartelamento na região de Bor (Bissau), com vista ao cumprimento da missão de defesa AA a médias altitudes da BA 12 e aeroporto de Bissalanca e de parte da cidade de Bissau, tendo ainda instalado uma posição junto aos paióis do CTIG e outra em Cumeré, tendo a sua organização operacional ficado completa em Set72. 

Colaborou ainda em escoltas, patrulhamentos e segurança das instalações e das populações da
área de Bissau, de acordo com as necessidades do COMBlS.

Em meados de Mai72, passou a ocupar as instalações de Bor, tendo assumido cumulativamente a responsabilidade daquela região, na dependência do COMBlS, com vista a garantir a segurança e protecção das instalações e das opulações da área.

Em 1Dez72, foi substituída pela BtrAAA 7041/72, mantendo, no entanto, a sua actividade em proveito do COMBIS até 8Jan73, após o que ficou anaguardar o embarque de regresso.

Observações: Tem História da Unidade (Caixa n." 99 - 2.a Div/d." Sec, do AHM).

Bateria de Artilharia Antiaérea n.º 3434

Identificação Btr AAA 3434
Unidade Mob: RAAF - Queluz
Crndt: Cap Art António José Pereira da Costa
Cap Art Vítor Manuel da Ponte Silva Marques
Divisa: "As Avezinhas"
Partida: Embarque em 26Mai71; desembarque em 31Mai71 | Regresso: Embarque em 25Mar73

Síntese da Actividade Operacional

Após efectuar a lAO, de OlJun71 a 03Ju171, no CMl, em Cumeré, ficou instalada em Bissau, no aquartelamento do GA 7, onde efectuou a instrução de adaptação da especialidade de 3 a 19Ju171. Em seguida passou a efectuar os trabalhos de construção de espaldões para as peças e radares da área do
aeroporto de Bissalanca. 

Foi dotada com peças AA 4 cm e metralhadoras AA 12,7 mm.

A partir de 250ut71, integrou o pelotão AA, do antecedente instalado em  Bissalanca e transferido da Btr AAA 3381, tendo assumido a responsabilidade da defesa AA a baixas altitudes do referido aeroporto, instalando-se em Bissalanca.

Colaborou ainda, em coordenação com a BA 12, na defesa terrestre das instalações daquela área.

Em 26Fev73, foi rendida pela BtrAAA 7042/72, colaborando, entretanto, com esta na sua missão de defesa AA e terrestre até ao seu embarque de regresso.

Observações: Tem História da Unidade (Caixa n." 99 - 2.ª Div/4.ª Sec, do AHM).

Bateria de Artilharia Antiaérea n.º 7040/72

Identificação Btr AAA 7040/72
Unidade Mob: RAAF - Queluz
Crndt: Cap Art João Batista Rodrigues Videira
 Partida: Embarque em 200ut72 (I." fase) e 27Dez72 (2." fase); esembarque em 200ut72 (I." fase) e 02Jan73 (2." fase) | Regresso: Embarque em 23, 25 e 27Ago74

Síntese da Actividade Operacional

Após ter efectuado a instrução de aperfeiçoamento e adaptação ao material do pessoal da l."fase, no GA 7, deslocou em 23Nov72 um pelotão para Nova Lamego a fim de efectuar a sobreposição com idêntico efectivo da Btr AAA 3381 até 18Dez72. 

Em seguida, assumiu a responsabilidade da defesa AA a baixas altitudes da referida pista de aviação e destacamento aéreo.

Em  1Jan73 , substituíu a Btr AAA 3381 no comando e controlo dos pelotões dispersos por Nova Lamego, Aldeia Formosa e Nhacra. Após instrução e adaptação do pessoal da 2.3 fase, destacou, em 04Fev73, dois pelotões para estas duas últimas localidades, a fim de substituirem idênticos efectivos da
Btr AAA 3381. 

Os pelotões colaboraram ainda na defesa terrestre das referidas localidades e a subunidade formou novos especialistas de 4 cm e 12,7 mm, de 2Set73 a 200ut73, para integrarem as guarnições dos materiais.

Em 1Mai74, a subunidade deveria integrar o GAAA, mas este não chegou a ser efectivamente constituído.

Após recolha dos pelotões de Nova Lamego, em 15Ago74, de Aldeia Formosa, em 18Ago74 e de Nhacra, a subunidade manteve-se em Bissau até ao desembarque de regresso.

Observações: Tem História da Unidade (Caixa n." 121 - 2." Div / 4.ª   Sec, do AHM).
 
Bateria de Artilharia Antiaérea n.º  7041/72

Identificação Btr AAA 7041/72
Unidade Mob: RAAF - Queluz
Crndt: Cap Art José Henriques Rola Pata
Cap Mil Art Luciano Avelãs Nunes
 Partida: Embarque em 160ut72; desembarque em 160ut72 | Regresso: Embarque em 30Ag074

Síntese da Actividade Operacional

Após efectuar o treino operacional, de 170ut72 a 28Nov72, em Bor (Bissau), assumiu em lDez72, substituindo a BtrAAA 3382, a responsabilidade da defesa AA a médias altitudes da BA 12 e aeroporto de Bissalanca e de parte da cidade de Bissau.

Foi dotada com peças AA 9,4 cm.

Destacou uma secção para guarnecer uma posição instalada em Cumeré. Colaborou ainda em escoltas, patrulhamentos e segurança das instalações e das populações da área de Bissau, de acordo com as necessidades do COMBIS, tendo assumido a responsabilidade do subsector de Bor.

Em 23Fev74, em virtude da inoperacionalidade do material de detecção de alvos e de tiro, a subunidade foi desactivada e, após os estudos para criação do GAAA da Guiné, o seu pessoal deveria passar a constituir, a partir de 1Mai74, a BCS do referido grupo. Não tendo este sido constituído, o pessoal mantevese na dependência do COMBIS, com vista à realização de missões de segurança e protecção das instalações e das populações da área, até ao seu embarque de regresso.

Observações: Tem História da Unidade (Caixa n." 128 - 2ª Div/4ª Sec, do AHM.
 

Bateria de Artilharia Antiaérea n.º 7042/72

Identificação BtrAAA 7042/72
Unidade Mob: RAAF - Queluz
Crndt: Cap Art Fernando de Matos Alves
 
Partida: Embarque em 27Dez72; desembarque em 2Jan73 | Regresso: Embarque em 28Ago74

Síntese da Actividade Operacional

Após efectuar a instrução de adaptação operacional, de 5Jan73 a 2Fev73, em Bissau, no aquartelamento do GA 7, assumiu em 26Fev73, substituindo a BtrAAA 3434, a responsabilidade da defesa AA a baixas altitudes da BA 12 e aeroporto de Bissau, tendo-se instalado em Bissalanca. 

Colaborou ainda, em coordenação com a BA 12, na defesa terrestre das instalações daquela área.

Em 1Mai74, a subunidade deveria integrar o GAAA, mas este não chegou a ser constituído efectivamente.

Em 27Ago74, na sequência do processo de retracção e desactivamento do dispositivo, efectuou o seu embarque de regresso.

Observações: Tem História da Unidade (Caixa n." 129 - 2ª Div/4ª  Sec, do AHM).


Bateria de Artilharia Antiaérea n.º 7043/73

Identificação BtrAAA 7043/73
Unidade Mob: RAAF - Queluz
Crndt: Cap Art Joaquim Luís Dias Antunes Ferreira
 Partida: Embarque em 17Nov73; desembarque em 17Nov73 | Regresso: Embarque em 08Set74

Síntese da Actividade Operacional


Após o desembarque, foi colocada em Bor (Bissau), a fim de efectuar a instrução de adaptação operacional e seguidamente reforçar a BtrAAA 7041/72 com vista à implementação do sistema integrado de defesa AA a médias altitudes da cidade de Bissau e aeroporto de Bissalanca, cujo estudo estava sendo efectuado. 

Foi dotada com peças AA 9,4cm.

Colaborou na segurança e protecção das instalações e das populações do subsector de Bor, sob controlo operacional do COMBIS.

Em 23Fev74, em virtude da inoperacionalidade do material de detecção de alvos e de tiro, a subunidade passou a efectuar a sua adaptação ao material AA 4cm, devendo em 1Mai74, a subunidade integrar o GAAA; não sendo este constituído efectivamente, manteve-se o seu pessoal na dependência do COMBIS até ao seu embarque de regresso.

Observações: Não tem História da Unidade.

Fonte: Excertos de: CECA - Comissão para Estudo das Campanhas de África: Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974) : 7.º Volume - Fichas de unidade: Tomo II - Guiné - (1.ª edição, Lisboa, Estado Maior do Exército, 2002), pp. 541/547.

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Notas do editor:

(*) Vd. psote de 24 de março de 2021 > Guiné 61/74 - P22032: Paz & Guerra: memórias de um Tigre do Cumbijã (Joaquim Costa, ex-Furriel mil arm pes inf, CCAV 8351, 1972/74) - Parte Vi: (i) batismo de fogo... com a reza do terço; e (ii) uma patuscada... de gato por lebre!

Guiné 61/74 - P22036: In Memoriam (388): Aníbal Jerónimo, ex-Alf Mil Inf, CMDT do 4.º GCOMB/CART 2410 (Gadamael e Guileje, 1968/70), falecido no passado dia 20 de Março (Luís Guerreiro, ex-Fur Mil Inf)

IN MEMORIAM

ANÍBAL JERÓNIMO
Ex- Alf Mil Inf, CMDT do 4.º GCOMB/CART 2410 (Gadamael e Guileje, 1968/70)



1. Mensagem do nosso camarada Luís Guerreiro (ex-Fur Mil, CART 2410 e Pel Caç Nat 65, Gadamael e Ganturé, 1968/70), com data de 24 de Março de 2021:

Caro camarada Luis Graça
Caso seja do interesse do blogue, que publicassem a noticia do falecimento do ex-Alferes Miliciano Aníbal Jerónimo do 4.º Grupo de Combate da CART 2410 no dia 20 de Março de 2021.

Grande camarada que custa ver partir assim de repente.
Tivemos bons tempos e tempos de grande sacrifício, tanto em Ganturé, Gadamael, e Guileje.

Agora só resta relembrar esses tempos, porque pouco a pouco vamos partindo para outros destinos.

Envio duas fotos uma dele, e outra estando eu e ele em Guileje.

Por agora um grande abraço
Luís Guerreiro


Luís Guerreiro, à esquerda, acompanhado pelo ex-Alf Mil Aníbal Jerónimo, falecido no passado dia 20 de Março

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Nota do editor:

Ao Luís Guerreiro o nosso abraço solidário pela perda do seu camarada de armas e, à família do  ex-Alf Mil Aníbal Jerónimo, em especial, os mais sentidos pêsames da tertúlia deste Blogue de Antigos Combatentes da Guiné assim como dos editores.

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Nota do editor

Último poste da série de 22 de março de 2021 > Guiné 61/74 - P22027: In Memoriam (387): José Augusto Miranda Ribeiro (1939-2020) - Parte II: Foi professor primário e autarca em Condeixa-A-Nova... Em Cabo Verde, apaixonou-se pela fotografia

Guiné 61/74 - P22035: Efemérides (346): No Dia Mundial da Árvore, lembrando o castanheiro do Barriguinho a que cheguei fogo involuntariamente (Francisco Baptista, ex-Alf Mil Inf)

O Castanheiro de Vales, em Vila Pouca de Aguiar, que ganhou o concurso nacional Árvore Portuguesa do ano de 2020.
Com a devida vénia a WILDER


1. Mensagem do nosso camarada Francisco Baptista (ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 2616/BCAÇ 2892 (Buba, 1970/71) e CART 2732 (Mansabá, 1971/72), com data de 22 de Março de 2021 com um texto alusivo ao Dia Mundial da Árvore.


Da terra do Barriguinho

Situada numa encosta suave, com cerca de um hectare, guardo boas recordações da infância e da adolescência.
Quando não estava de "adil" (em descanso) o meu pai semeava lá tremoços, para azotar o solo, que no ano seguinte ia produzir bom trigo. Na primavera além do trigo surgir verde e pujante produzia bastante erva, pelo que em alguns anos era necessário mondar a seara, trabalho de jovens mulheres e raparigas. Quando não estava semeada, como na primavera, dava boa erva, o meu pai mandava-me para lá, manhã cedo, com as vacas e os vitelos. Manhãs desagradáveis, sacudidas por um vento frio e persistente, de que eu me procurava abrigar.

Havia lá um castanheiro, com um tronco largo e muito oco desde a base, que me albergava dos ventos frios das manhãs de Março. Numa manhã, mais fria, em que fui para lá com as vacas, fiz uma fogueira perto desse abrigo e o vento incerto e rodopiante, empurrou as chamas para o castanheiro e ele foi ardendo por dentro, com o barulho de um fogareiro enorme, de quando em quando desprendendo ramos em chamas.

Eu próximo a admirar esse espectáculo que me compungia, me amedrontava e fascinava. Gostava desse castanheiro, já velho e tão alto, o maior, que já dava poucas castanhas. Árvore amiga como tantas de que gostei na minha infância e adolescência, sem me atrever a admitir conscientemente esse amor. Vivíamos próximos, e ajudávamos-nos a suportar as vidas uns e outros. Oliveiras, sobreiros, olmos, freixos, pinheiros, carvalhos, figueiras, zimbros, tanta beleza, tanta sombra, e tantos produtos diferentes ofereciam aos homens e aos animais.

Havia as oliveiras centenárias da Barca, o sobreiro grande da Lagariça, cuja cortiça tinha que ser tirada por sete homens, o olmo grande do Pereiro, no cimo do qual a cegonha tinha o ninho e os ciganos acampavam à sua sombra no Verão.

Na Guiné, terra de florestas tropicais, onde tive que viver dois anos, por causa de uma guerra que não quis, árvores lindas, grandes, frondosas, admiráveis. Nunca esquecerei a Mata do Morés e aquela árvore tão alta e larga, a dois quilómetros de Buba, no final do rio Grande Buba .

Hoje no Dia da Árvore, esta é a minha possível homenagem a esses grandes seres, que, não me ouvem mas nascem, crescem, vivem e morrem e me têm ajudado tanto a viver.

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Nota do editor

Último poste da série de 1 de dezembro de 2020 > Guiné 61/74 - P21599: Efemérides (345): Foi em 1 de Dezembro de 1640, há 380 anos, executada a "Operação da Restauração da Independência" (Manuel Luís Lomba, ex-Fur Mil Cav)

Guiné 61/74 - P22034: Memória dos lugares (419): Ilha do Sal, ao tempo da CART 566 (17/10/1963 - 25/7/1964) (José Augusto Ribeiro, 1939-2020)


Brasão da CART 566, "Bravos e Sempre Leais" 
(Ilha do Sal, Cabo Verde, e Olossato, Guiné, 1963/65), "



1. Reproduzimos, agora com melhor resolução, um texto já antigo (*) do nosso saudoso José Augusto Miranda Ribeiro, falecido há 3 meses (**), e que foi fur mil at art, CART 566, tendo estado  9 meses na Ilha do Sal, antes de ser colocada no Olossato, região do Morés, Guiné.  

O texto merece ser divulgado: o Ribeiro era um homem e um militar com sensibilidade sociocultural acima da média, até pelo facto de ser professor do ensino primário, e a sua descrição das condições de vida na ilha têm interesse documental para se poder cotejar com a dramática experiência vivida pelo 1º batalhão expedicionário do RI 11 (Setúbal) que lá esteve duas décadas antes, ao tempo da II Guerra Mundial (junho de 1941 / março de 1943, acabando a comisão, em dezembro desse ano, na ilha de Santo Antão). (***) 

Em comentário,que também reproduzimos no final, o Ribeiro confirmava, citando uma fonte local, aquilo que já sabíamos: além de 16 mortos, o batalhão do RI 11,  teve cerca de metade de baixas por doença, devido à fome na Ilha do Sal... Tudo isto são malhas que o Império teceu... [A esse batalhão da fome pertenceu o pai do nosso camarada Augusto Silva Santos, o então 1º cabo Feliciano Delfim Santos (1922-1989)].(****)

Vinte anos depois ficamos a saber que a ilha do Sal (*****) funcionava, na logística da guerra colonial, pelo menos em 1963/64,  com uma espécie de plataforma de reserva do CTIG: várias das primeiras companhias colocadas no TO da Guiné, passaram por Cabo Verde, e em especial pela Ilha do Sal...Além da CART 566 (1964/65),vieram de Cabo Verde a CART 349 (1963/64), a CCAV 353 (1963/64), a CCAV 678 (1964/66)... A CCAÇ 414, por seu turno, esteve primeiro na Guiné e depois foi para Cabo Verde (1963/64).

Outro apontamento não menos interessante: o nosso camarada, aproveitou a estadia de 9 meses na Ilha do Sal, para  levar a exame da 4ª classe muitos dos homens da sua companhia (e e em especial do 2º pelotão)... (LG)

 
 















Texto (e fotos): © José Augusto Miranda Ribeiro (2013). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


2. Comentários ao texto (que infelizmente não teve a continuação prometida) (*):

(i) Hélder Sousa:  

Caros camaradas: É interessante conhecer estas passagens. Como temos (tinha) o pensamento na Guiné,  não ocorria pensar nas permanências em Cabo Verde. Para mim, Cabo Verde era qualquer coisa que tinha tido tropa durante a 2ª Guerra Mundial... Afinal, agora acabei de recordar que as divisas de Furriel e o dolmen me foram cedidos por um amigo e antigo colega de escola em Vila Franca, que fez a sua comissão de serviço em Cabo Verde. (...)

(ii) Augusto Silva Santos:

Camarada e Amigo [Ribeiro], é sempre com alguma emoção que leio relatos da nossa passagem por terras da Guiné, por aquilo que efectivamente nos toca, mas essa emoção é para mim ainda mais forte, quando se relata algo sobre Cabo Verde, nomeadamente sobre a Ilha do Sal. Se tiveres tempo e oportunidade, sugiro-te que consultes no nosso blogue o post P9674 (Meu pai, meu velho, meu camarada - Feliciano Delfim dos Santos) (***)e  vais perceber o porquê. 

Se nos anos sessenta foram essas as condições que a vossa Companhia  foi encontrar, imagina o que não foi viver uma situação idêntica 20 anos antes, portanto nos anos 40. Devido à minha actividade profissional entre 1968 / 1970, tive ocasião de conhecer bem algumas ilhas de Cabo Verde, e também um pouco da ilha do Sal, e sei bem dar o valor o que terá sido a vossa passagem por aquelas paragens. (...)

(iii) César Dias:

Também eu na ida para a Guiné fiz escala na ilha do Sal, e recordo-me dessa imagem da mulher que empurra o barril de água, penso que salobra, pois não foi fácil fazer a barba nesse dia com aquela água. (...)

 (iv) José Augusto Miranda Ribeiro:
 
Caros amigos e Camaradas:  (...) Fiquei bastante admirado ao ter lido o que escreveram sobre a Ilha do Sal. Em 1963 conheci um velho funcionário da Companhia francesa que extraia sal. Ele trabalhava na secretaria daquela empresa, na Pedra do Lume e com ele falei muitas vezes sobre assuntos sérios, passados ali no Sal. 

O batalhão  [ do RI 11, Setúbal] que esteve naquela ilha (****) , segundo dizia o tal amigo cabo-verdiano de cabelos todos brancos, tinha ido para Cabo Verde, por castigo, tinham feito um levantamento de rancho numa unidade militar em Lisboa. 

Seria assim ou não? Não sei, mas talvez fosse uma forma de seleção. Falou-me numa grande epidemia que matou mais de metade dos militares ali estacionados. Naquela altura ninguém podia entrar nem sair do Sal, para que a epidemia não alastrasse às restantes ilhas. Um dia apareceu uma equipa de médicos que fizeram o diagnóstico a todos os doentes. Esse diagnóstico foi enviado para Lisboa e era igual para todos. Causas da doença: FOME, FOME, FOME... 

Naquele tempo, em plena II Guerra Mundial não era facil mandar um navio pelo Atlântico, por isso viviam mal e mal alimentados. Mas parece que, com isto, o Salazar resolveu, finalmente mandar esse navio. No cemitério de Santa Maria havia uma zona reservada para os militares, daquele batalhão que iam morrendo diariamente. No dia de Finados de 1963, a CArt.566 foi prestar honras militares naquele local, onde se ouviu um discurso do representante do comandante do CTI de Cabo Verde. 

Sei que a estrada entre a povoação de Espargos (Aeroporto) e a capital Santa Maria foi construída e calcetada por esses nossos camaradas. Era a única estrada da ilha com cerca de 20 quilómetros, embora com muitas zonas degradadas pelas ondas do mar e pelas dunas de areia que apareciam de um dia para o outro. Muitas histórias ouvi sobre esses militares, que contarei oportunamente. (...)



 Cabo Verde > Ilha de Santo Antão > 1943 > Foto nº 27 > "A fome, a miséria"... A grande seca de 1943 foi evocada no romance de Manuel Ferreira, ele próprio expedicionário, "Hora di Bai"... O título diz tudo sobre o dramático dilema que enfrentava o cabo-verdiano de ontem (e de hoje): a vontade de ficar, a necessidade imperiosa de partir.

Fotos (e legendas): © Augusto Silva Santos (2017). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

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Notas do editor:


(***) O batalhão expedicionário do RI 11, Setúbal, com pessoal basicamente originário do distrito, partiu de Lisboa em 16 de junho de 1941 e desembarcou na Praia, ilha de Santiago, no dia 23. 

Esteve em missão de soberania na ilha do Sal cerca de 20 meses (até 15 de março de 1943), cumprindo o resto da comissão de serviço (até dezembro de 1943) na ilha de Santo Antão.

Para além de 16 mortos, o batalhão expedicionário do RI 11 terá tido um número impressionante de baixas por doença, cerca de metade, segundo o depoimento do  José Rebelo. Ao fim de 20 meses de permanência na Ilha do Sal, e na véspera de partir para a Ilha de Santo Antão, os expedicionários do Onze estavam reduzido a 16 oficiais, 22 sargentos e 460 praças..

Vd. em especial os seguintes postes da série:


26 de abril de 2017 > Guiné 61/74 - P17284: "Expedicionários do Onze a Cabo Verde (1941/1943)", da autoria do capitão SGE José Rebelo (Setúbal, Assembleia Distrital de Setúbal, 1983, 76 pp) - Parte XII: O "cancioneiro" da Ilha do Sal

4 de abril de 2017 > Guiné 61/74 - P17205: "Expedicionários do Onze a Cabo Verde (1941/1943)", da autoria do capitão SGE José Rebelo (Setúbal, Assembleia Distrital de Setúbal, 1983, 76 pp) - Parte X: Foram mil e regressaram menos de quinhentos... Recordações do Fernando Pais, emigrado nos Estados Unidos da América

16 de março de 2017 > Guiné 61/74 - P17147: "Expedicionários do Onze a Cabo Verde (1941/1943)", da autoria do capitão SGE José Rebelo (Setúbal, Assembleia Distrital de Setúbal, 1983, 76 pp) - Parte VII: Quando o Onze foi castigado, por portaria de 26/6/1941, por alegada falta de galhardia e aprumo na marcha para o embarque, ficando inibido de poder ostentar a bandeira do exército...

13 de março de 2017 > Guiné 61/74 - P17133: "Expedicionários do Onze a Cabo Verde (1941/1943)", da autoria do capitão SGE José Rebelo (Setúbal, Assembleia Distrital de Setúbal, 1983, 76 pp) - Parte VI: 16 mortos, devido a doença e desnutrição, ficaram no cemitério da vila de Santa Maria

23 de fevereiro de 2017 > Guiné 61/74 - P17076: "Expedicionários do Onze a Cabo Verde (1941/1943)", da autoria do capitão SGE José Rebelo (Setúbal, Assembleia Distrital de Setúbal, 1983, 76 pp) - Parte IV: por castigo ("falta de brio e aprumo" de alguns militares no desfile de embarque!...) , o 1.º Batalhão do Onze é impedido de ostentar a Bandeira do Exército Português... (O cmdt do Onze era o cor inf Florentino Coelho Martins, um português da "escola de Mouzinho")... Na ilha do Sal, "a vida e a morte lá iam decorrendo"...

Guiné 61/74 - P22033: Parabéns a você (1943): Rui Silva, ex-2.º Sarg Mil Inf da CCAÇ 816 (Bissorã, Olossato e Mansoa, 1965/67)

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Nota do editor

Último poste da série de 12 de março de 2021 > Guiné 61/74 - P21995: Parabéns a você (1942): Sarg. Ajud. Ref da GNR Manuel Luís R. Sousa, ex-Soldado At Inf da 2.ª Comp/BCAÇ 4512/72 (Jumbembém, 1972/74)