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quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Guiné 61/74 - P17766: Tabanca Grande (446): António Acílio Quelhas Antunes Azevedo, ex-Cap Mil, CMDT da 1.ª CCAV/BCAV 8320/72 (Bula) e da CCAÇ 17 (Binar), 1973/74, que passa a ocupar o lugar n.º 754 da tertúlia

Monte Real - 29ABR2017 - XII Encontro da Tabanca Grande - Acílio Azevedo, à direita na foto, em conversa com o camarada Manuel Luís Lomba


 
1. Mensagem do nosso camarada e novo amigo tertuliano, ANTÓNIO ACÍLIO Quelhas Antunes AZEVEDO, ex-Cap Mil, CMDT da 1.ª CCAV/BCAV 8320/72 (Bula) e da CCAÇ 17 (Binar), 1973/74, dirigida ao nosso editor Luís Graça em 13 de Setembro de 2017:

Boa noite Dr. Luís Graça:

Em referência ao s/ mail de 27 de Julho último, de acordo com o solicitado, ainda que com algum atraso, envio o meu CV.

a) Nome: António Acílio Quelhas Antunes Azevedo
b) Nascimento 28.05.1943;
c) Naturalidade: Maia, distrito do Porto;
d) Habilitações académicas: Licenciatura em Engenharia Civil (que exerci como profissão liberal);
e) Actividade profissional: Técnico Superior da Direcção Geral das Alfândegas e colocado na Alfândega do Porto, de 1971 a 2004, chefiando em períodos distintos a Delegação Aduaneira de Leixões e o Sector de Controlo dos Impostos Especiais sobre o Consumo (vertente dos combustíveis);
f) Cumprimento do serviço militar obrigatório como Cadete, Aspirante Miliciano e Alferes Miliciano, entre Maio de 1966 e Setembro de 1969, sucessivamente, em Mafra (EPI), em Bragança (BCAC 3) e Porto (RI 6), período durante o qual fui obrigado a interromper a minha licenciatura;
f) Em Março de 1973, fui novamente notificado para que como Tenente Miliciano, frequentasse o curso de promoção a Capitão Miliciano (CPC), tendo em Setembro desse mesmo ano sido destacado para prestar serviço na antiga colónia portuguesa da Guiné, onde estive inicialmente a comandar, em Pete/Bula, a 1.ª Companhia do BCAV 8320/72 durante cerca de 2/3 meses, aguardando a chegada da metrópole de um novo Comandante, para depois, e durante cerca de 7/8 meses passar a comandar a CCAÇ 17, em Binar, constituída por 23 militares continentais e 144 militares naturais da Guiné;
g) Aposentado da Função Pública desde Abril de 2004;
h) Desde essa data, exerço, como voluntário, a função de Secretário da Direcção da Associação Humanitária de Matosinhos e Leça da Palmeira - Bombeiros Voluntários, prestando ainda como voluntário apoio no Serviço de Urgência do Hospital de Pedro Hispano em Matosinhos, às sextas-feiras.

Junto a um memorial construído em honra dos nossos militares que ali prestaram serviço e ali falecidos, com 2 militares da CCAÇ 17

Conversando com o Major Dick Daring, responsável pela base do PAIGC no Choquemone, localizada cerca de 5/6 quilómetros a noroeste de Binar e que ali veio várias vezes. A pedido do Comandante do BCAV 8320/72, acompanhei-o a locais onde existia população nativa junto dos nossos aquartelamentos (casos de Bula; Biambe e Bissorã)

Um forte abraço
António Acílio Azevedo

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2. Comentário do editor CV:

Caro Acílio, caro vizinho,
Bem-vindo à nossa Tabanca Grande, ponto de encontro e repositório de memórias dos combatentes da Guiné.
Uma das muitas, e "muito rígidas" normas da tertúlia, diz que entre camaradas que fomos e ainda somos, independentemente da idade; do antigo posto no tempo da Guiné, ou actual; habilitações académicas; profissão e outras possíveis e inadmissíveis, aqui, diferenças sociais, o tratamento é por tu. Entre nós os dois, particularmente, que nos conhecemos há algum tempo, vamos manter a forma como nos tratamos em Leça.
Voltando à norma, na próxima vez que se dirija ao Luís, tem de abolir o "doutor" e tratá-lo com o como mandam as NEPs, ou seja por tu, como toda a malta faz. Posso garantir que esta forma não acarreta menos respeito mútuo, antes aproxima e permite uma troca de ideias mais franca e desinibida.

Claro que é um prazer ser eu a receber o Acílio na nossa Caserna Virtual, onde espero que encontre um lugar confortável, a partir do qual possa comentar, sempre que achar oportuno, as publicações que diariamente saem na nossa página. Há já algum tempo que nos vamos encontrando com alguma frequência, seja no Núcleo de Matosinhos da LC, seja nas diversas cerimónias públicas que se vão organizando em Leça e em Matosinhos, relacionadas, sempre, com a condição de combatentes. Como vizinhos, já que moramos a escassas centenas de metros um do outro, também vamos dando dois dedos de conversa de vez em quando.
Se a memória não me atraiçoa, na nossa tertúlia constam os nomes dos seguintes leceiros (residentes): Abel Santos, António Sampaio, António Maria, Ernesto Ribeiro, José Carlos Neves, Ribeiro Agostinho, Carlos Vinhal e agora o Acílio Azevedo. Recentemente ficámos sem o nosso amigo José Eduardo Alves (o Leça, como era conhecido na sua Companhia).
Se faltar alguém que se acuse.

Para que conste, o Acílio é um frequentador assíduo da Tabanca de Matosinhos, e muito recentemente visitou a Guiné-Bissau integrado num grupo de malta que quis ir matar saudades e reencontrar amigos.
Essa visita deu origem a um trabalho do Acílio que já nos chegou às mãos. Vamos em breve começar a publicá-lo, conforme combinado com o Luís Graça, faltando, ao que sei, alguns pormenores quanto à origem de algumas das fotos lá apresentadas. Na verdade, no Blogue temos sempre o cuidado de respeitarmos a propriedade intelectual do material publicado.

Caro Acílio, acho que está tudo dito, este blogue, nas pessoas dos seus editores, fica ao dispor para receber e publicar fotos e textos, fruto da sua vivência por terras da Guiné, naqueles tempos mais conturbados antes da independência.

É da praxe deixar um abraço de boas-vindas em nome da tertúlia e dos editores. Aqui fica.

Abraço pessoal do
Carlos Vinhal
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Nota do editor

Último poste da série de 5 de setembro de 2017 > Guiné 61/74 - P17734: Tabanca Grande (445): José Luís Pombo Rodrigues (1934-2017), o mítico comandante Pombo... Nosso grã-tabanqueiro, a título póstumo, fica connosco, à sombra do nosso sagrado poilão, sob o nº 752

domingo, 4 de outubro de 2015

Guiné 63/74 - P15201: Em busca de... (261): Rui Vilarinho, filho do ex-Tenente Miliciano Armando dos Santos Ferreira da CCAÇ 1497/BCAÇ 1876, procura camaradas de seu pai já falecido

1. Mensagem de Rui Vilarinho, filho do nosso camarada Armando dos Santos Ferreira (na foto à direita ainda como Aspirante), ex-Tenente Miliciano da CCAÇ 1497/BCAÇ 1876 (Fajonquito, Binar, Bissum e Bissau), com data de 13 de Setembro de 2015:

Assunto: Guerra Colonial - Companhia de caçadores 1497 (1966-1967) Guiné Portuguesa

Exmos senhores,
Recorro ao vosso contacto, após consulta do site http://blogueforanadaevaotres.blogspot.pt/
Hoje, ao fazer arrumações em casa, encontrei uma daquelas bandeiras pequenas de mesa que pertenceu a meu pai, Armando dos Santos Ferreira (Esposende – Braga), que serviu o exército português na Companhia em assunto.
O meu Pai cumpriu o serviço militar obrigatório como Tenente Miliciano entre Setembro/1964 e Dezembro/1967 com comissões de serviço nos Açores e na Guiné Portuguesa.
Presumo que já tenham ocorrido encontros dos seus camaradas de armas. O meu pai faleceu em 20/08/1982, com apenas 39 anos, vítima de cancro.
Apesar de eu ser muito novinho (tinha 11 anos quando ele faleceu) lembro-me do quanto a Guerra o marcou. Sei que ele teve um acidente automóvel grave na instrução nos Açores, em que um jipe capotou e por pouco ele não perdeu a vida. Ele foi mobilizado após conclusão do seu curso de Engenheiro Técnico de Eletricidade e Máquinas no Instituto Industrial do Porto, onde foi um aluno brilhante.
Não sei se alguns dos Senhores se recorda do meu Pai. Nem sei se os seus camaradas de armas tiveram conhecimento do seu falecimento.
O intuito deste e-mail é apenas de dar essa nota e se por ventura algum dos seus camaradas possuam fotografias do meu pai, agradecia se possível me enviassem uma cópia por e-mail.

Muito Obrigado e Bem Hajam
Rui Vilarinho
e-mail: rui.vilarinho@outlook.com

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2. Mensagem de resposta enviada no dia 22

Caro amigo Rui Vilarinho
Antes de publicar o seu pedido para encontrar camaradas do senhor seu pai, queria perguntar-lhe se não tem uma foto do pai fardado, eventualmente ainda como alferes, que me mande para se publicar no Blogue.
O pai devia ser operacional, atirador de Infantaria, poderia ser ou não de minas e armadilhas, ou poderia ser ainda de Operações Especiais.
Uma vez que o Rui ainda era muito miúdo quando o pai faleceu, não saberá estes pormenores. Se arranjar a saber, diga-me.
Na nossa tertúlia não temos camaradas da 1497 pelo que não o podemos ajudar muito, mas no site do nosso camarada Jorge Santos encontrei um pedido de contacto de alguém da CCAÇ 1497 de nome Domingos Ramos com o endereço ajsramos@hotmail.com e o telemóvel 968 055 718.
Pode começar por aqui, mas também vamos publicar no nosso Blogue a sua mensagem. Diga-me só se tem alguma foto do pai. Aguardo as suas notícias.
Abraço
Ao seu dispor
Carlos Vinhal

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3. Mensagem de Rui Vilarinho chegada ao nosso Blogue no dia 27

Boa tarde Sr. Carlos Vinhal,
Estive à procura de fotos do meu pai na tropa mas ainda não encontrei as da Guiné. Todavia, encontrei outras tiradas em Mafra em Fevereiro de 1965 e em Ponta Delgada em Maio de 1965. Coloquei as fotos online aqui: http://1drv.ms/1QH5JmR com as legendas originais colocadas pelo meu Pai no verso. A qualidade não está muito boa e a maioria foi tirada de longe.
Efetuei alguns recortes para sinalizar o meu pai.



Ilha de S. Miguel - Ponta Delgada - Arrifes - BII 18 - Maio de 1965 - Parte do Pelotão de Recrutas do Aspirante Armando dos Santos Ferreira

O Aspirante Armando dos Santos Ferreira, de cócoras, ao centro



Armando dos Santos Ferreira, o segundo a partir da esquerda, de frente


Mafra, Fevereiro de 1965 - Manobra de Força - Cabrilha de duas pernas

Mafra, Fevereiro de 1965 - Ponte de cavaletes belgas

Mafra, Fevereiro de 1965 - Transposição de cursos de água


Mafra, Fevereiro de 1965 - Passadiço flutuante

Mafra, Fevereiro de 1965 - Passadiço B.P.

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4. Comentário do Editor:

Aqui fica o apelo do nosso leitor Rui Vilarinho, filho do nosso camarada Armando dos Santos Ferreira, ex-Ten Mil da CCAÇ 1497/BCAÇ 1876, falecido em 1982, que embarcou para a Guiné em 20 de Janeiro de 1966 com regresso em 04 de Novembro de 1967, para encontrar camaradas de seu pai.

Publicam-se as fotos que nos foram enviadas assim como um pequeno resumo da Actividade Operacional da 1497.


Sobre a CCAÇ 1497:




(Da Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África - 1961-1974 - 7.º Volume - Fichas das Unidades - Tomo II - Guiné)

C.V.
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Nota do editor

Último poste da série de 8 de setembro de 2015 > Guiné 63/74 - P15089: Em busca de... (260): José Carlos, taxista em Vila do Conde, ex-Soldado Atirador do 2.º Pelotão da CCAÇ 4152, procura camaradas (Vasco Santos)

sábado, 4 de julho de 2015

Guiné 63/74 - P14835: Jornal "O Soquete - BAC 1" (José Diniz de Sousa e Faro, ex-Fur Mil Art.ª do 7.º Pel Art)

1. Mensagem do nosso camarada José Diniz de Souza e Faro, ex-Fur Mil Art do 7.º Pel Art (CamecondePichePelundo e Binar, 1968/70), com data de 25 de Junho de 2015:

Bom dia caros Luís/Carlos,
Para os devidos efeitos, anexo alguns excertos do nosso jornal em assunto editado em Junho de 1970.
O artigo principal é a extinção da Bataria de Artilharia de Campanha n.º 1 e o nascer do Grupo de Artilharia de Campanha n.º 7.
Depois temos a chegada dos nossos substitutos, a praxe da ordem e a nossa partida (oficias e furriéis), para a Metrópole.
Uma homenagem aos que tombaram em combate.
E por último os aniversariantes e a reportagem do Fogo real.
Espero que seja do vosso agrado a minha modesta contribuição e que a mesma seja publicada.
Em breve mandarei um estudo em torno da mobilização das unidades de Artilharia na guerra de África em particular na Guiné.

Grato pela atenção dispensada,
Abraço,
J.D.S. C. FARO
Ex-Fur. Milº Artª
Guiné 68/70



OBS: - Clicar nas imagens para ampliar para tamanho que permite leitura sem esforço
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Guiné 63/74 - P14834: Tabanca Grande (468): José Jorge de Melo, ex-Alf Mil da CCAÇ 1498/BCAÇ 1876 (Có, Jolmete, Ponate, Bula e Minar, 1966/67)

1. Mensagem do nosso camarada e novo amigo José Jorge de Melo, ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 1498/BCAÇ 1876, Có, Jolmete, Ponate, Bula e Binar, 1966/67, com data de 22 de Junho de 2015:

Caro camarada de armas,
Há cerca de um ano, o Armando Teixeira falou-me no seu “blog” e tentou entusiasmar-me para que eu viesse a participar no mesmo. Porém, os meus afazeres diários fizeram-me esquecer o assunto. Ontem ele enviou-me três textos que foram publicados no seu “blog” que tiveram o condão de me entusiasmar a fazer esta minha apresentação.


Respeitando as regras:

1 – Envio de uma foto antiga



2 . Envio de uma foto actual



3 - Texto de apresentação

Posto: alferes miliciano
Especialidade: atirador de infantaria
Unidades e locais:
Recruta em Tavira (aproximadamente 3 meses);
Especialidade em Mafra (aproximadamente 3 meses);
RI 18 nos Arrifes, Ponta Delgada, São Miguel, Açores (10 meses);
mobilizado para a Guiné pelo Regimento de Abrantes; Santa Margarida (1 mês);
Guiné-Bissau (21 meses), locais de permanência: Ponate, Có, Bula, Binar e ... “já consigo dizer que” fui condecorado com uma Cruz de Guerra de 3.ª classe. A seu tempo esclarecerei a razão porque escrevo “já consigo dizer que”

Onde vivo: Parede, concelho e distrito de Cascais;

Outros assuntos:

Esclarecimento do “já consigo dizer que...”

Quando terminei as ações de desmobilização em Novembro de 1967, decidi regressar a São Miguel, minha terra natal, para descansar, esquecer a guerra, e levei comigo um Manual de Geometria Descritiva, para ir lendo quando me apetecesse, porque tencionava regressar a Lisboa para me licenciar em Engenharia, no Instituto Superior Técnico (IST).

Regressei a Lisboa a 4 de Janeiro de 1968 e comecei os estudos imediatamente. Não tinha família em Portugal continental e convivia com um grupo de estudantes, seis anos mais novos do que eu, que frequentavam diversas universidades em Lisboa.

A minha educação era altamente religiosa e o meu pensamento estava imbuído de conceitos de disciplina, obediência, contenção e paz. Porém fui-me apercebendo, tanto no IST como nas outras faculdades, da existência de um forte movimento de contestação contra o governo de Salazar a que não pude ficar alheio. As reuniões de estudantes na Associação Académica que eu não deixava escapar e as discussões pela noite dentro sobre política, foram modificando a minha maneira de pensar. Mas... foram as discussões religiosas que mais me abalaram. Discutiram-se todas as provas da existência de Deus e foi-me mil vezes demonstrado a não existência de um Deus, sobretudo devido às enormes insistências de meu irmão Carlos, que frequentava Filosofia e me impingia os tratados de fenomenologia.

Posso dizer que quase fui obrigado a ler o Capital de Karl Max, A Vida e Morte de Che Guevara; e os mais marcantes, não sei precisar as datas em que os li, foram “Crimes de Guerra no Vietnam”, “Porque não sou Cristão”, “A minha concepção do Mundo” de Bertrand Russell, bem como “ O Macaco Nu” e ” O Zoo Humano” de Desmond Morris.

Depressa chegaram a Lisboa as notícias sobre a Revolta estudantil do Quartier Latin iniciada a 10 de Maio de 1968. Estavam refugiados em Paris muitos jovens açorianos e portugueses, que tinham fugido para França, para escapar a serem incorporados no exército português e arrastados para a Guerra colonial. E mandavam jornais livros, propaganda em favor do comunismo e do existencialismo. Recomendavam a leitura de Simone de Beauvoir e de Jean Paul Sartre e de facto senti uma certa revolta ao ler “A Idade da Razão” que foi um livro muito discutido.

A 27 de Setembro de 1968, a tomada de posse de Chefe do Governo de Portugal por Marcelo Caetano foi uma lufada de esperança que desapareceu rapidamente, por se tornar evidente desde muito cedo, que ele seguia os passos do seu antecessor. A guerra colonial era para continuar e os mandantes e influentes na condução do país continuavam a ser os mesmos.

Encurtando razões tornei-me ateu e contestatário político e em Janeiro de 1969 assinei o documento “Liberdade e Coerência Cívica” uma Candidatura Independente às eleições para Deputados em 1969.
"Declaração de Ponta Delgada" que está inserido nos arquivos do “Pensamento de Melo Antunes”.

Embora a minha mudança de pensamento politico me tenha agitado, o tornar-me ateu deixou-me vazio, por perder o ideal da perfeição mística. Senti uma premente necessidade de substituir esse ideal perdido por um outro, um outro de minha escolha, que me animasse, me guiasse na continuação da minha existência. Não escolhi a política, não escolhi a humanidade. A minha escolha recaiu sobre a beleza, a arte, a música, a liberdade, isto é, tudo aquilo que me proporciona prazer.

No primeiro trimestre de 1968 recebi o primeiro convite para receber a condecoração que me havia sido atribuída e declinei o convite. Estava abalada a minha estrutura mental nos campos religioso e politico. Deixei de falar sobre a minha vida militar, melhor dizer que procurei ocultar esse meu tempo de vida. Heróis eram os que tinham fugido para França e não pactuaram com um regime opressivo, os que estavam proibidos de regressar a Portugal por serem refractários e iam mandando notícias sobre as novas ideias e o progresso da humanidade.

No ano seguinte recebi novamente o convite para ir a Tomar receber a minha condecoração e, desta vez, pagavam as passagens de avião para os meus pais se deslocarem de Ponta Delgada a Tomar, a fim de assistirem à cerimónia. Meus pais nunca tinham saído de São Miguel, eu tinha casado, era estudante universitário e o dinheiro não abundava. Não podia perder a oportunidade de oferecer aos meus pais uma viagem a Lisboa que os deslumbrou. Sem dizer nada aos meus amigos universitários, aceitei o convite, e fui a Tomar, sentindo que estava a cometer uma ação incongruente para com o meu novo pensamento, pactuando com o regime.

Recusei os vários convites que recebi para me associar à Liga dos Combatentes e durante quarenta anos tentei ignorar e esquecer a minha vida militar. Nos dias de hoje já consigo dizer que fui combatente na Guiné Bissau.

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Memórias do serviço militar obrigatório

O Armando Teixeira teve e tem o mérito de há dez anos dedicar uma parte da sua vida a descobrir o paradeiro de cada um dos militares do nosso pelotão, com o intuito de promover um almoço anual e que este ano vai ter a décima repetição.
Nesses convívios, tendo eles conhecimento das minha aptidão para a escrita, recebi vários pedidos para que escrevesse as aventuras vividas na Guiné Bissau. Eu porém fui adiando o início desse trabalho e agora venho propor-me a ir escrevendo no seu blog algumas das peripécias por que passámos, se tanto me for permitido.

Quando cheguei a Santa Margarida espantei-me pela falta de disciplina e desorganização que reinava na Unidade, no Batalhão e na Companhia a que estava adstrito. Na minha Companhia, a 1498, o capitão ainda não se apresentara na Unidade, sendo o sargento ajudante, administrativo, que a governava a seu belo prazer. Este sargento ajudante nomeou-me “oficial de dia”, em tom de pessoa de patente superior à minha, aspirante miliciano. Acatei a ordem e resolvi não iniciar um litígio logo no primeiro dia, mas confesso que a sua atitude não me agradou. Perguntei-lhe, no entanto, o que esperava de mim, na qualidade de “oficial de dia”? Estava a ser nomeado “oficial de dia” da Unidade ou do Batalhão?
O homem esboçou um sorriso de troça e esclareceu que se tratava somente de obrigações para com a companhia 1498; e que se resumiam unicamente em acompanhar os soldados que já se tinham apresentado até ao refeitório e coordenar a refeição.

Tinha levado comigo uma série de livros para através da leitura poder matar os tempos mortos. Chegada a hora do almoço dirigi-me para a camarata da 1498 e verifiquei que os soldados, de moto próprio, seguiam para o refeitório sem me dar cavaco.
- Hei! Militares! Vamos formar!
- Formar?! Os outros oficiais não mandam formar!
- Eu mando! Quem não formar não entra no refeitório! E tu aí, como te chamas?
- Eu sou o Cascais.
- Vai ao refeitório avisar os que já lá estão que têm de vir para a forma.

O primeiro que terminou a refeição, levantou-se e preparava-se para abandonar o recinto:
- Hei! Espera que todos acabem!

Quando todos terminaram, mandei porem-se de pé e destroçarem.
Foi o primeiro choque entre mim e os soldados da 1498.

Vinham para a formatura, uns fardados, outros em pijama, de chinelas. Eu não quis ser muito duro. A única exigência era que formassem e esperassem a minha ordem para destroçarem.
O capitão, na altura ainda tenente, acabado de sair da academia militar, era progressista e resolveu aplicar técnicas democráticas para a divisão dos soldados em pelotões. Reuniu todos os soldados num grupo e colocou os aspirantes em fila bastante separados uns dos outros, e perguntou:
- Quem quiser ir para o aspirante Branco desloque-se para o pé dele.
E moveu-se uma leva de soldados. Quando terminou o movimento, veio a segunda pergunta:
- Quem quer ir para o aspirante Pinto?
Nova leva de soldados.
- Quem quer ir para o aspirante Melo?
Nem sequer um mostrou o desejo de integrar o meu pelotão.
- Quem quer ir para o aspirante Travassos?
Moveu-se uma grande leva de soldados.

Um grupo, de uma a duas dezenas de soldados, ficaram sem se ter candidatado a nenhum dos pelotões. Conversaram entre si e depois um deles levantou o dedo:
- Meu tenente! Ainda podemos escolher?
- Claro que podem!
- Queremos ficar com o aspirante Melo.

Eram naturais de terras do norte, Braga, Barcelos e arredores; e foram os melhores soldados do meu pelotão. Os restantes foram arrebanhados dos pelotões que tinham gente a mais.

Todos aqueles soldados pareciam estarem condenados à morte. Desejavam portar-se mal, por revolta, por contestação. Excediam-se no álcool, jogavam até tarde. Eu, embora sabendo que na Guiné iria correr riscos de perda da minha vida, não me sentia um condenado à morte, e pensava que a minha vida dependia da atitude dos meus soldados e da disciplina que eu conseguisse impor por forma a conseguir deles rápidas e prontas respostas contra os imprevistos da guerra. Assim, imediatamente após saber quem eram os meus soldados, furriéis e sargentos, passei a ocupar-lhes as manhãs com sessões de esclarecimento e motivação, exercícios físicos e revisão do estudo do armamento, prometendo-lhes que, se fossem disciplinados e cumprissem as regras, haveríamos de voltar todos com vida.

Na dúvida, acataram as minhas sugestões e, embora em toda a Unidade o meu pelotão fosse o único a preencher as manhãs daquela maneira, não tive da parte deles qualquer contestação, porém não me livrei da fama de ser militarista.
Na Guiné continuei a ser extremamente duro no respeitante à disciplina e na primeira semana castiguei um motorista por não ter verificado o nível do óleo da sua viatura.

Nasci na ilha de São Miguel onde permaneci até aos 21 anos. Não tinha grande experiência e vivência social. Sentia-me diminuído pelo facto do meu falar ser bastante diferente do falar continental, o que em muitas situações era motivo para troça. A minha puberdade fora extremamente tardia. Aos 15 anos tinha o tamanho de uma criança de doze anos e, como dizia o meu pai, somente aos 17 anos comecei a espigar. Embora fosse um ano mais velho do que todos os meus soldados, porque tive um ano de adiamento por estar matriculado na Universidade, a minha aparência era acriançada enquanto eles, alguns já casados, tinham aspecto de serem mais maduros. Esta diferença de aparência obrigou-me a manter uma maior distância para com eles e um maior rigor na imposição da minha autoridade.
Tive de me manter inflexível para compensar o que o peso, a carranca e o tamanho do corpo me diminuíam.
Fui duro muitas vezes injustamente e, quando eu passava, ouvia-os murmurar entre dentes: “Deus não dorme!”
Porém, por sorte, consegui cumprir a minha promessa porque, embora o meu pelotão tivesse sido castigado com bastantes feridos graves, nenhum dos meus homens faleceu e disso sento orgulho; e ainda hoje não me arrependo da dureza e distância que mantive naquela altura da minha vida, que psicologicamente me doeu, principalmente nos primeiros tempos, no quartel de Ponate, porque não tinha com quem desabafar. Enquanto eles conversavam entre si sobre as suas vidas e sobre as notícias que recebiam por carta dos familiares, eu sentia uma certa solidão e tinha de remoer sozinho, entre as quatro paredes do meu dormitório, os meus receios, os medos e as responsabilidades.

A disciplina que implementei, permitiu que me pudesse dar ao luxo de poder dormir até quinze minutos antes da hora marcada para uma saída; e ter o prazer de ver o meu pelotão devidamente formado, municiado e pronto para avançar enquanto outros sofriam para conseguirem estarem preparados mesmo contando com atrasos.

Dez anos depois, em 1978, desloquei-me em serviço a Macau, na sequência de negociações de um contrato de fornecimento de material de telecomunicações para aquele território. A última reunião, a decisiva, teve lugar no palácio do Governador, com a presença do mesmo. Estavam as negociações em marcha quando o Governador, numa atitude completamente fora do contexto me pergunta:
- Você não se lembra de mim?
- Sinceramente não tenho ideia de alguma vez me ter cruzado com V. Exa.
- Mas eu lembro-me perfeitamente de si! Não se lembra de uma operação que saiu de Binar em que veio uma companhia de intervenção de Bissau para se integrar com as vossas forças.
- Lembro-me perfeitamente.
- Eu era o comandante dessa companhia e fixei a sua fisionomia porque você foi o único que tinha o pelotão pronto para sair à hora que tinha sido determinada. Invejei o comportamento do seu pelotão.

Tratava-se de José Eduardo Martinho Garcia Leandro, promovido a coronel quando, em 1974, foi nomeado Governador de Macau.

José Jorge de Melo

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2. Comentário do editor:

Caro camarada de armas José de Melo
Bem-vindo ao Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné.
Não vais estranhar o tratamento por tu, que torna mais próxima a comunicação entre camaradas que em comum têm o ter pisado o chão da Guiné naquela situação de guerra. Tentamos que a idade, o actual (ou antigo) posto militar, as habilitações académicas e profissão sejam o impedimento de proximidade entre quem partilha este espaço de memórias.

Muito obrigado por te decidires juntar à nossa tertúlia, onde poderás deixar escritas (e em imagem) as recordações dum tempo que jamais esqueceremos. Terás também de nos dizer porque foste agraciado com a Cruz de Guerra de 3.ª Classe. Independentemente das nossas convicções políticas de então, não temos que nos envergonhar, hoje, por termos participado na guerra de África, a esmagadora maioria de nós foi para lá por imposição, cumprindo a lei vigente.

Se reparares, há parte da tua mensagem que foi omitida. Aquela que dedicas à tua faceta de artista enquanto escritor e pintor. Foi de propósito, já que na nossa série "Os nossos seres saberes e lazeres" irás ter, em breve, o destaque que mereces.

Não consegui fazer da tua foto antiga uma tipo passe para encimar os teus futuros postes. Se tiveres por aí uma onde estejas fardado, por exemplo a do BI militar, manda para os nossos arquivos. Se quiseres que faça outra actual onde apareças mais de frente, manda também.

Depois desta tua tão bem elaborada apresentação, resta-me deixar aqui um abraço de boas vindas em nome da tertúlia e dos editores.
Estaremos sempre ao teu dispor

Pela tertúlia
Carlos Vinhal
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Nota do editor

Último poste da série de 10 de junho de 2015 > Guiné 63/74 - P14727: Tabanca Grande (467): José João Braga Domingos, ex-Fur Mil da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4516/73 (Colibuia, Ilondé e Canquelifá, 1973/74), 691.º Grã-Tabanqueiro

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Guiné 63/74 - P14475: Convívios (662): Almoço do pessoal e familias da CCAÇ 2315 (Bula, Binar, Mansoa, Bissorã e Mansabá, 1968/69), dia 2 de Maio de 2015 em Cantanhede (Manuel Moreira de Castro)


1. Mensagem da nossa amiga Arminda Castro, fila do nosso camarada Manuel Moreira de Castro (ex-Soldado da CCAÇ 2315/BCAÇ 2835, Bula, Binar, Mansoa, Bissorã e Mansabá, 1968/69), com data de hoje, dando conta do próximo Convívio da Companhia de seu pai, a realizar no próximo dia 2 de Maio de 2015, em Cantanhede:

Sr. Carlos Vinhal,
Gostaria em nome do meu pai Manuel José Moreira de Castro, deixar o programa do almoço de convívio, da Companhia de Caçadores 2315 a realizar a 02/05/2015.



Entretanto envio também uma foto do Encontro realizado em Agosto de 2012 em minha casa, onde juntei os amigos/camaradas que tanto o meu pai procurava (Poste 8285), e que após varias tentativas para os descobrir lá tive resultados positivos e se realizou este encontro magnifico!

Da esquerda para a direita: meu pai o Castro, Sr. António Dias de Almeida (emigrado, "descoberto" em França), Sr. José Figueiredo Oliva (emigrado, "descoberto" em França), Sr. Francisco Rodrigues Silva (emigrado, "descoberto" em França), Sr. Macedo e Sr. Marcelino.

A partir dessa altura em Agosto temo-nos reunido como de família se tratasse, vejo na cara do meu pai a grande satisfação poder reencontrar estes amigos/camaradas!!
Áh!, também em Janeiro do ano passado o meu pai reencontrou o Sr. Evaristo Pinto da Companhia 2316, foi outra alegria!

Temos que lutar por aquilo que queremos e acreditamos, pois eu acreditei que iria conseguir dar esta satisfação ao meu pai de reencontrar os seu amigos e consegui!

Um bem haja para todos.
Acreditar é viver!!

Um forte abraço,
Arminda Castro


2. Comentário do editor:

Caríssima amiga Arminda.
É com grande admiração que vemos o quanto tem feito pelo seu pai no sentido de encontrar os seus camaradas. Não é muito vulgar este tipo de iniciativa, uma vez que é muito difícil encontrar camaradas que entretanto se dispersaram, até na emigração, e que pertencem a uma geração que não lidam muito bem com a informática.

Bem haja pelo que fez e continua a fazer. Creia-nos ao seu dispor e do seu pai, o nosso camarada Manuel Castro, para divulgação dos convívios, sejam eles a nível de CCAÇ 2315 ou até aí em casa.

Dê, da nossa parte, um abraço a seu pai, e a Arminda receba um beijinho deste grupo de combatentes da Guiné que se consideram como seus pais adoptivos.

Carlos Vinhal
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Nota do editor

Último poste da série de 2 de abril de 2015 > Guiné 63/74 - P14430: Convívios (661): Pessoal de Bambadinca 68/71: Trofa, 30 de maio de 2015 (Silvino Carvalhal / Fernando Sousa)

quarta-feira, 18 de março de 2015

Guiné 63/74 - P14382: Convívios (658): Almoço do pessoal da CCAÇ 2464/BCAÇ 2861, dia 18 de Abril de 2015 em Vila Real (António Nobre)

1. Mensagem do nosso camarada António Nobre (ex-Fur Mil da CCAÇ 2464/BCAÇ 2861, Buba, Nhala e Binar, 1969/70), com data de 14 de Março de 201e:

Olá Carlos
Junto envio anuncio da realização de mais um encontro/convivio da rapaziada da CCaç 2464 que no periodo de Fevereiro de 69 a Dezembro de 1970 cumpriu serviço militar obrigatorio da Ex-Guiné Portiguesa.
Solicito pois faças a sua inserção no nosso Blogue Luís Graça e Camaradas da Guiné.
 Um abraço
Antonio Nobre



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Nota do editor

Último poste da série de 14 de março de 2015 > Guiné 63/74 - P14363: Convívios (657): XXXII Encontro do pessoal da CCAÇ 2317, dia 30 de Maio de 2015, no Restaurante Choupal dos Melros - Quinta dos Choupos - Fânzeres - Gondomar (Joaquim Gomes Soares)

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Guiné 63/74 - P13936. Facebook...ando (36): Joaquim Vidigueira Ferreira, natural de Santarém, técnico oficial de contas (TOC), ex-fur mil, CCAÇ 1498 / BCAÇ 1876 (Có, Jolmete, Bula, Binar, Ponate e Bissau, 1966/67)


Crachá da CCAÇ 1498 (1966/67), cuja divisa poético-épica é:  "Chorou-vos toda a terra que pisastes"


O fur mil Joaquim Vidigueira Ferreira, natural de Santarém


O fur mil Vidigueira Ferreira em Ponate, mais um topónimo do nosso calvário... Foto sem data...


Memorial aos mortos da CCAÇ 1498.. Presume-se que tenha sido erigido em Có.


O bolo do último convívio de "Os Vagabundos", em 28/6/2014


O nosso camarada e o seu neto mais novo, em dia de aniversário (71)

Fotos: © Ricardo Vidigueira Ferreira (2014). Todos os direitos reservados [Edição: LG]


1. Camaradas, é bonito, toca-nos fundo, sensibiliza-nos, emociona-nos, ver filhos (e netos, e cada vez mais filhas e netas!), a preservar e divulgar as memórias do pai (ou avô) que passou (e penou) pelo TO da Guiné, no século passado, numa guerra de que já ninguém fala (ou não sabe ou não quer falar), nos idos anos de 1963/74... A guerra colonial na Guiné...

Na nossa página do Facebook, a da Tabanca Grande, fomos encontrar fotos e notas do Ricardo Vidigueira Ferreira, que vive em Santarém (ou é de Santarém), relativamente a seu pai, que foi nosso camarada na Guiné, o Joaquim Vidigueira Ferreira, ex-fur mil,  natural de Santarém, e que pertenceu à CCAÇ 1498 (Có, Binar e Bissau, 1966/67).(*)

"Hoje em dia, mesmo com alguns problemas de saúde continua a exercer a actividade de TOC [, Técnico Oficial de Contas], em Santarém"...

Temos um grã-tabanqueiro, o Armando Teixeira da Silva, que pertenceu à  CCAÇ 1498/BCAÇ 1876, que esteve em Có, Jolmete, Bula, Binar e Ponate (1966/67). A companhia fez em 28 de junho passado o seu convívio anual.

Ainda há dias alguém protestava porque, no nosso blogue,  não se falava de Có!


2. Desejamos ao nosso camarada Joaquim Vidigueira Ferreira boa sorte e boa saúde. Parabéns ao filho Ricardo, que vive na Amadora, e  de quem de resto já tínhamos publicado um poste, em 5 de dezembro de 2013 (*). E felicidades para o neto, mais novo,  que aparece aqui, numa foto, com o avô a celebrar os seus 71 anos, feitos este ano.

 E fica aqui o nosso convite para o Joaquim integrar este blogue, o blogue  Luís Graça & Camaradas da Guiné (que não se confunde com a página do Facebook). Já temos as duas fotos da praxe, falta apenas um pedido formal do Joaquim  para se sentar debaixo do poilão da nossa Tabanca Grande. Se o pedido for feito hoje, ele  passará a ser o grã-tabanqueiro nº 674.
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