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sábado, 6 de dezembro de 2014

Guiné 63/74 - P13979: Bom ou mau tempo na bolanha (78): Da Florida ao Alaska, num Jeep, em caravana (18) (Tony Borié)

Septuagésimo sétimo episódio da série Bom ou mau tempo na bolanha, do nosso camarada Tony Borié, ex-1.º Cabo Operador Cripto do CMD AGRU 16, Mansoa, 1964/66.




Companheiros, antes de iniciar o resumo do próximo dia, queria dizer-vos que nada mais nos move, além de retirar o vosso pensamento, por alguns minutos, das lembranças horríveis daquela maldita guerra, que nós todos vivemos, dos tiros, ataques ao aquartelamento, emboscadas, aquartelamentos com lama, pó, terra vermelha, abrigos improvisados, fome, arroz e peixe da bolanha sete dias por semana, esperas que o tempo passasse, com muita amargura e sofrimento, o catra-pum-pum-pum, da metralhadora mais próxima, companheiros feridos, camuflados rotos e sujos de sangue, isolados, sem notícias do exterior, onde um simples sorriso de uma simpática “bajuda”, nos fazia, pelo menos no nosso pensamento, o mais refinado “Don Juan” e, aquele sorriso daquela “bajuda”, não era “guerra”, era outra coisa, talvez uma “lofada de ar fresco”, talvez uma pequenina esperança em continuar a viver, tal como eu quero dar aos meus companheiros, quando me lêm e viajam comigo.

Cá vai o resumo do vigésimo dia

Depois de arrumar toda a “tralha”, que eram os nossos utensílios de casa, próprios para viver com alguma facilidade na nossa caravana, eis-nos de novo na estrada número 287, com um cenário de mais montanhas que planícies, rumo ao sul, parando no cruzamento com a estrada número 90, que vem do oceano Pacífico e nos leva ao Atlântico, aqui existe uma pequenina povoação de cruzamentos de estrada, com estação de serviço, loja de conveniência e, uma famosa padaria com produtos de trigo, milho ou centeio, toda a qualidade de pão e seus variados, também lá tinha pão tipo “português”, onde comprámos muito pão, que armazenámos para os próximos dias. Neste cruzamento, vêem-se muitas pessoas, mesmo casais, alguns com crianças, “à boleia”, são simpáticos. Quando comprávamos gasolina, falámos com um casal, que nos pediu boleia, todavia, não tínhamos espaço, disseram-nos que andam na estrada há cerca de um ano e, não tinham nenhuma pressa em chegar de novo ao estado do Alabama, de onde eram oriundos.




Seguimos rumo ao sul, parando por algum tempo na pequena, mas acolhedora povoação de Ennis, onde dizem que por volta do ano de 1863, um tal William Ennis se estabeleceu ao longo do rio Madison, quando se descobriu ouro na região e, talvez sem saber, deu o nome ao que hoje é uma pequena povoação. Aqui, fizemos algumas compras, continuando rumo à aventura do “Yellowstone National Park”, onde passado umas horas chegámos à povoação de “West Entrance”, pois era assim que era assinalada nos diversos anúncios de estrada que constantemente apareciam.


Aqui, antes de entrar no Parque, visitámos o Centro de Turismo e algumas lojas de recordações, onde se vende quase de tudo e, em algumas lojas, até se pode “regatear”, ou seja oferecer diferente preço do que está marcado na mercadoria. Entrámos num restaurante onde nos serviram sandes de churrasco de carne de búfalo, era diferente, gostámos.

Toda esta povoação ainda está no estado de Montana. Pouco depois de entrarmos no parque, atravessamos para o estado Wyoming e, foi surgindo pela frente o parque nacional mais antigo do mundo, pois foi inaugurado no ano de 1872, cobrindo uma área de mais de 9000 quilómetros quadrados, que se divide pelos estados de Wyoming, Montana e Idaho. Este parque é famoso por, entre outras atrações, ter os seus “Geysers”, que são umas fontes termais, que entram em erupção periodicamente, lançando uma coluna de água quente e vapor para o ar, que nós podemos observar, caminhando por umas “passadeiras”, em madeira que nos dão acesso, mesmo em frente às colunas de água quente e vapor, que se perdem na atmosfera.



O centro do grande ecossistema de Yellowstone, é um dos maiores ecossistemas de clima temperado ainda restantes no planeta. O “Geyser” mais famoso do mundo, denominado “Old Faithful”, do qual nos aproximámos, encontra-se neste parque.

Muito antes de haver presença humana em Yellowstone, pois dizem que essa presença remonta mais ou menos a 11.000 anos, uma grande erupção vulcânica ejectou um volume imenso de cinza vulcânica que cobriu todo o oeste dos USA, a maioria do centro-oeste, o norte do México e, algumas áreas da costa leste do Oceano Pacífico, deixando uma enorme caldeira vulcânica, (70 por 30 km) assentada sobre uma câmara magmática.

Felizmente não, durante a nossa visita, mas Yellowstone já registou três grandes eventos eruptivos nos últimos 2,2 milhões de anos, o último dos quais ocorreu há 640.000 anos. Estas erupções são as de maiores proporções ocorridas no planeta a que chamamos Terra, durante esse período de tempo, provocando alterações no clima em períodos posteriores à sua ocorrência. Percorremos o parque em quase todo o lugar em podíamos ter acesso, vimos os “Geysers”, com as suas diferentes cores, que correspondem aos diferentes minerais que brotam do seu interior, cascatas de água pura saindo das montanhas e rios de água quente. Atravessámos o “Continental Divide”, que é o nome dado ao conjunto de linhas formado por uma série de cumes, (vulgarmente diz-se, cumeada), na América do Norte, que separam as bacias hidrográficas que drenam para o oceano Pacífico, oceano Atlântico, incluindo o Golfo do México e mesmo até o oceano Ártico, onde uma das suas linhas divisórias passa aqui no Parque de Yellowstone, também vimos alguns animais, dos quais dizem haver no parque uma grande variedade de vida selvagem, na qual se incluem ursos castanhos, lobos, búfalos, alces e outros animais.



Ainda era dia quando tentávamos sair do parque, cumprindo o nosso programa, mesmo a poucas milhas da “South Entrance”, ou seja, da saída sul, pois estava no nosso programa seguir para outras paragens, quando surge um aparatoso acidente envolvendo um autocarro, onde segundo nos disseram seguiam crianças, ficando a estrada intransitável, mesmo fechada por um período que se prolongou por mais de 6 horas.

Esperámos mais ou menos uma hora, continuando a estrada fechada, tentámos voltar ao ponto da “West Entrance”, no caminho de regresso os veículos passavam por nós, em direcção ao sul, perguntámos, diziam que a estrada já estava aberta, voltámos ao sul, ao local do acidente, onde havia uma enorme fila de viaturas paradas, pois a estrada continuava fechada, desviámonos para um local entre árvores, embora já fosse quase noite, estando no meio da montanha, se ouvissem alguns sons de animais uivando. Estávamos decididos a passar ali a noite, quando a estrada abre, começando o tráfico a andar, voltámos à estrada, conseguimos sair do parque, mas com todo este atraso, o adiantado da noite, todos os parques de campismo lotados, pois todos procuravam lugar onde dormir, não tivemos outra alternativa, senão ocupar um lugar numa cabana, com o Jeep e a caravana estacionados numa “ribanceira”, parecendo um precipício, onde um luar divino nos iluminava.

Neste dia percorremos 339 milhas, com o preço da gasolina a variar entre $3.67 e $3.68 o galão, que são aproximadamente 4 litros.

Tony Borie, Agosto de 2014.
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Nota do editor

Último poste da série de 29 de Novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13957: Bom ou mau tempo na bolanha (76): Da Florida ao Alaska, num Jeep, em caravana (17) (Tony Borié)

sábado, 29 de novembro de 2014

Guiné 63/74 - P13957: Bom ou mau tempo na bolanha (77): Da Florida ao Alaska, num Jeep, em caravana (17) (Tony Borié)

Septuagésimo sexto episódio da série Bom ou mau tempo na bolanha, do nosso camarada Tony Borié, ex-1.º Cabo Operador Cripto do CMD AGRU 16, Mansoa, 1964/66.




Dia 9 de Julho de 2014

Resumo do décimo nono dia

Lavámos os vidros do Jeep, não muito bem, mas a condução já oferecia alguma segurança, era manhã. Depois de andar alguns quilómetros pela estrada número 2, seguimos pela número 3 e, depois de percorrer a cidade de Lethbridge, que dizem que é uma importante cidade da província de Alberta, sendo a terceira em área e a quarta em população e, no século passado, as suas minas de carvão, fizeram dela uma próspera cidade, onde ainda hoje é bom local para se viver.


Ainda dentro da cidade, seguimos pela estrada número 4, onde passado algum tempo, nos aparece um cenário de quintas, muitos celeiros para armazenar cereais, pastagens com muitas vacas, tudo em funcionamento, nada abandonado, que nos levou à fronteira com os USA, na povoação de Sweet Grass, onde termina a famosa auto estrada número 15, que atravessa os USA desde o México ao Canadá e cuja povoação tem um posto fronteiriço que abriu no ano de 2004, onde em tempos viveu um tal Earl W. Bascom, que era um famoso cowboy, artista, escultor, actor e inventor, que fazia as mais deliriantes “cowboyadas” num rancho que era propriedade do seu primo, em Kicking Horse Creek, muito próximo de Sweetgrass Hills.



Para nós, que entrámos pelo norte, a estrada começou onde um funcionário da alfândega nos fez quase as mesmas perguntas, continuando nós a responder que sim, levávamos ainda algumas garrafas de vinho, que tinham vindo de nossa casa, na Florida, ao que ele sorriu, levantando a mão e, com um sorriso ainda maior, desejou-nos um “Welcome Room”.

Estávamos nos USA, no estado de Montana, onde já passámos na viagem de ida, quando explicámos um pouco da sua história, no entanto podemos acrescentar, só por curiosidade, que em alguns lugares a gasolina é mais cara que o gasóleo e, contam-se centenas de histórias. Quando por volta do ano de 1850, o estado era escassamente povoado, descobriram ouro, rapidamente as pessoas afluíram, todos queriam ficar ricos, o ouro passou a ser o principal motor da economia da região, era tanto, que os empregados “chineses”, que eram os que lavavam a roupa dos mineiros, encontravam quilos de ouro nos ribeiros, onde iam buscar a água para lavar a roupa. Naquela altura, o que existia a mais em ouro, faltava em cumprimento da lei, os ditos “xerifes”, eram a lei, mas eles próprios a violavam, pois o ouro andava de mão em mão, comprava tudo, ignoravam assaltos, assassinatos, que eram frequentes na região, muitas pessoas, sentindo-se desprotegidas, decidiram tomar as leis em suas próprias mãos, surgindo assim, os ditos “vigilantes”.

Bem, já chega de história, nós seguimos pela autoestrada número 15, direcção sul, agora um trajecto que ainda não tínhamos trilhado, portanto diferente, podíamos viajar bem nesta larga e, em alguns locais deserta estrada, passámos pela cidade de Great Falls, onde não parámos, seguimos até à capital, que é a cidade de Helena, onde também não parámos, aqui desviámo-nos pela estrada número 287, que é uma estrada com cenário, onde se podem ver alguns rios, lagos, montanhas, vales e planícies extensas, com o sol refletindo no verde escuro do terreno, com alguns búfalos pastando, longe uns dos outros em algumas áreas e, pequenas manadas em outras zonas, parecendo grandes extensões de terreno de uma só propriedade, talvez animais perdidos, não sabemos, mas o cenário era encantador, convidava a parar, sentar-se numa cadeira e admirar por horas, talvez dias, anos, ou pelo resto das nossas vidas.





Nestas planícies notava-se a ausência do célebre arame farpado, que foi uma invenção que nasceu na década de 1870, permitindo ao gado viver em áreas confinadas e designadas, para evitar o pastoreio dos animais em áreas circunvizinhas, principalmente no estado do Texas. O aumento da população, no que dizia respeito aos agricultores que se dedicavam à produção e pastoreio de gado, queriam cercar as suas terras, para as fazerem individuais. Isso trouxe um drama inicial considerável para as outras pastagens. Esta invenção feita com cercas de enorme extensão, era muito mais barato do que a contratação de cowboys para lidar com o gado e mantê-lo fora das outras propriedades e, até das terras consideradas federais.

Na década de 1880 ocorreram muitos conflitos, muitas vezes sem qualquer relação à propriedade da terra ou outras necessidades públicas, pois tinha que haver corredores, ou seja vias públicas, onde se pudesse passar, tais como para a passagem de pessoas e bens, que seguiam nas “diligências”, entrega de correio ou movimentação de outros tipos de animais.

Diversas leis estaduais autorizaram os “vigilantes”, que tentaram impor-se à construção das cercas do arame farpado, mas esse combate teve um sucesso variável e o arame farpado, por volta da década de 1890, foi removido em algumas áreas.

Nos estados do norte, o pastoreio de animais era em escala aberta, ou seja, era livre de fronteiras, mesmo assim, a forragem de inverno era insuficiente para o gado e a fome, especialmente durante o rigoroso inverno de 1886-1887, quando centenas de milhares de animais morreram em todo o Noroeste, levando ao colapso da indústria do gado, assim, na década de 1890, a cerca do arame farpado, também foi padrão, nas planícies do norte, principalmente protegendo as ferrovias, construídas mais perto de grandes áreas de pecuária, fazendo movimentações do gado ao longo do Texas para os terminais ferroviários em Kansas.

Sem querer já ia outra vez com a história, bem continuando a nossa jornada, rumo ao sul, já era ao anoitecer, quando chegámos ao parque de campismo de Canyon Ferry Lake, na vila de Townsend, ainda no estado de Montana, à beira de um grande lago, onde chegavam e partiam pessoas, com barcos que atracavam num cais que ali existia, alguns contentes, mostrando peixes. Aqui preparámos alguma comida e, pela madrugada, houve um vento forte, chuva e trovoada, o que nos acordou e assustou, pois a nossa caravana abanava e a chuva entrou pela janela que estava só com a rede.


Neste dia percorremos 527 milhas, com o preço da gasolina a variar entre $3.78 e $4.12 o galão, que são aproximadamente 4 litros.

Tony Borie
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Nota do editor

Último poste da série de 22 de Novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13928: Bom ou mau tempo na bolanha (75): Da Florida ao Alaska, num Jeep, em caravana (16) (Tony Borié)

sábado, 22 de novembro de 2014

Guiné 63/74 - P13928: Bom ou mau tempo na bolanha (76): Da Florida ao Alaska, num Jeep, em caravana (16) (Tony Borié)

Septuagésimo quinto episódio da série Bom ou mau tempo na bolanha, do nosso camarada Tony Borié, ex-1.º Cabo Operador Cripto do CMD AGRU 16, Mansoa, 1964/66.





Dia 6 de Julho de 2014

Era manhã quando deixámos a cidade de Whitehorse, onde se encontra o “Historic Milepost 918”, na província do Yukon, o trajecto que iríamos percorrer, pelo menos até à cidade de Calgary, na província de Alberta, era o mesmo que fizemos na viagem de ida e, que já explicámos em textos anteriores.

Depois de algumas horas com algumas paragens, umas vezes por animais na estrada, outras por obras de manutenção, pois nesta zona do interior do “Alaska Highway”, portanto longe do início ou do fim desta histórica estrada, não existem obras de alteração, é só obras de manutenção, outras vezes ajudando outros veículos com problemas, parámos na povoação de Teslin, que marca o “Historic Milepost 777”, na povoação de Watson Lake, que marca o “Historic Milepost 635”, na povoação de Liard River, que marca o “Historic Milepost 496” e, viemos, neste dia dormir no parque de campismo, junto ao Muncho Lake, que marca o “Historic Milepost 456”, com um “cenário de um milhão de dolares”, que também já explicámos em textos anteriores, onde depois de passar um pequeno período de tempo em que choveu, grelhámos o resto do salmão que tínhamos pescado no “Russian River”, lá no estado do Alasca.




Neste dia, não tivémos qualquer ploblema com o Jeep e a caravana, que sempre se adaptaram ao terreno, por vezes acidentado, com alguma lama, quando houve período de chuva, percorremos mais ou menos 490 milhas, com preço da gasolina a variar entre $1.82 e $1.91 o litro.

No próximo dia, era madrugada, lavámos a cara na água fria e pura do Muncho Lake, continuámos a nossa jornada, rumo ao leste, parámos para ceder a gasolina, de um dos nossos tanques extras, a um casal aflito, oriundo do estado do Arizona, que andava em “lua de mel”, viajando numa pick-up, que rebocava uma caravana muito parecida com a nossa, seguindo-nos depois, até à povoação de Fort Nelson, que marca o “Historic Milepost 300”, aqui parámos por algum tempo, comprámos gasolina, café, água e fruta.



De novo na estrada, um camião, em sentido contrário, faz-nos sinal de luzes por diversas vezes, avisando-nos de algo, depois de uma extensa subida, deparámos com a estrada completamente ocupada por búfalos que teimavam em não se mover do local, passámos muito devagar, não buzinámos, mas olhávam-nos com olhos de repreenção, pois o local era deles, nós é que somos os “intrusos”, ocupámos a sua área, ocupámos o seu “quintal”.



Seguimos em frente, a povoação de Fort St. John, era próxima, que marca o “Historic Milepost 47” e, finalmente, sem qualquer outro incidente, chegámos ao ponto de partida do, como já mencionámos por diversas vezes, histórico “Alaska Highway”, que é a cidade de Dawson Creek, onde se encontra o marco do “Historic Milepost 0”. Fomos de novo visitar o Centro de Turismo, tirámos as últimas fotos no local que marca o início do “Alaska Highway”, tomando de seguida a estrada número 43 até à cidade de Grande Praire, que é uma pequena “metrópole” no deserto, onde, depois de procurar hotel de acordo com a nossa condição financeira, pois havia por onde escolher, fomos dormir, comendo ainda o resto do salmão, que ia na caixa frigorífica.





Neste dia, saímos do “Alaska Highway”, sem problemas no Jeep ou na caravana, percorremos 598 milhas, com o preço da gasolina a variar entre $1.82 e $1.92 o litro.


No dia seguinte, pela manhã, procurámos uma oficina especializada, nesta pequena “metrópole”, que é a cidade de Grande Praire, trocámos o óleo do motor, fazendo uma pequena revisão por baixo do Jeep e da caravana, tudo em ordem, continuámos o mesmo trajecto da viagem de ida, até às proximidades da cidade de Edmonton, continuando depois pela estrada número 2, que já é rápida em algumas zonas, até à cidade de Calgary, na província de Alberta, depois de passar a cidade, continuando na estrada número 2, sempre em direcção ao sul, tentando percorrer a maior distância possível, em direcção à fronteira. Já era noite, mesmo noite, pois já tínhamos passado a zona do paralelo 48, começamos a ouvir o som de chuva, de encontro ao vidro da frente, mas não era chuva, eram mosquitos, que de encontro ao vidro morriam, o mecanismo de limpeza do vidro ainda sujava mais, começou a faltar a visibilidade, parávamos de quinze em quinze minutos, para limpar o vidro com o equipamento que levávamos, que era um tanque de água, com algum sabão e um limpa neve, quando saíamos fora do Jeep, era uma “praga” de mosquitos a morder. Na primeira povoação que encontrámos, procurámos onde dormir, não havia, depois de pedirmos água para continuar com a limpeza do vidro, nos disseram que possívelmente na vila de Graum, mais ao sul, devíamos encontrar. Desesperados, seguimos em frente, sempre com a mesma situação, finalmente surgiu a vila de Granum, onde um simpático empregado do Lazzy Motel, vendo-nos desesperados, embora não tivesse vagas, por favor nos deixou dormir num quarto, que possivelmente era para ele. Saímos do Jeep, trancámos as portas, correndo para dentro do Motel, com o que levávamos vestido.

Explicáram-nos que nesta altura do ano, principalmente de noite, esta área é o “paraíso” dos mosquitos, pela zona de terreno ser de origem alagadiça.

Neste dia percorremos 726 milhas, com o preço da gasolina variando entre $1.53 e $1.57 o litro.

Tony Borie.
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Nota do editor

Último poste da série de 15 de Novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13897: Bom ou mau tempo na bolanha (74): Da Florida ao Alaska, num Jeep, em caravana (15) (Tony Borié)

sábado, 15 de novembro de 2014

Guiné 63/74 - P13897: Bom ou mau tempo na bolanha (75): Da Florida ao Alaska, num Jeep, em caravana (15) (Tony Borié)

Septuagésimo quarto episódio da série Bom ou mau tempo na bolanha, do nosso camarada Tony Borié, ex-1.º Cabo Operador Cripto do CMD AGRU 16, Mansoa, 1964/66.




Resumo do dia décimo quinto

A povoação de Tok está situada numa grande planície no Vale do Tanana, entre o Rio Tanana e o “Alaska Range”, que é uma cordilheira com 650 Km de comprimento, relativamente estreita, na região centro-sul do território do Alaska. Esta povoação fica num cruzamento do “Alaska Highway”, com o “Glenn Highway”, com muita importância, tendo uma área de aproximadamente 132 Km2, tudo em terra, sendo a marca “Historic Milepost 1314”, do “Alaska Highway”, onde dormimos.

Pela manhã, tomando um copo com café, uma pessoa a nosso lado, aqui residente há muitos anos, mas que tinha vindo das ilhas do Hawai, querendo saber de onde éramos oriundos, começou por explicar que a povoação de Tok começou a ter alguma visibilidade a partir do ano de 1942, quando do início da construção do “Alaska Highway”, pois passou a ser um grande campo de construção e manutenção desta famosa estrada, até lhe chamavam o “Million Dollar Camp” e, até aquela data, era conhecida como uma aldeia onde viviam os “Athabascan”, um povo que aqui caçou, pescou e viveu por séculos.


Estávamos mais ou menos a 100 milhas (160 quilómetros) da fronteira com o Canadá, quando comprávamos alguma gasolina, o condutor de uma caravana, que vinha da fronteira, lavando os vidros da frente e as manetes das portas, explicou-nos que a estrada estava em construção a partir do quilómetro 15 ou 20, dentro do território do Canadá, para nos prepararmos para muitas paragens, mas com o nosso equipamento, não iríamos ter muitos problemas, ele sim, teve e, pelo aspecto da viatura, devia mesmo de ter tido.

A fronteira chegou, umas milhas antes existe um estabelecimento com um grande cartaz anunciando que é a última oportunidade de comprar gasolina, recordações, comida, bebida e outras lembranças do Alaska, havia algum trânsito, antes de entrar no edífio que cruza a fronteira, verificámos os documentos, tudo em ordem, sempre perguntam se levamos bebidas com álcool, dissemos que sim, eram ainda algumas garrafas de vinho que tinham vindo da origem, ou seja da nossa casa na Florida, o funcionário riu-se e desejou-nos “bon voyage”, em francês.


Depois da fronteira, algumas fotos, e eis-nos na estrada onde começaram a aparecer as tais obras de manutenção e alteração da via, com paragens sucessivas, longas esperas pelo “carro piloto’, onde as pessoas aproveitavam para sair das viaturas, tirar fotos do cenário, ou conversar, começando até novos conhecimentos.

Parámos na povoação de Beaver Creek, que marca o “Historic Milepost 1202”, onde dizem que é uma comunidade com poucos habitantes, pois além de ser a residência dos empregados do “Canada Border Services Agency”, tem só algumas “cabanas” para turistas que aqui querem passar algum tempo, pescando nos dois pequenos rios que por aqui passam.


Continuámos a nossa rota, rumo ao leste, paragens frequentes, desvios de estrada, parando na povoação de Burwash Landing, que marca o “Historic Milepost 1093” e, que é uma pequena comunidade encostada ao “Kluane Lake”, que é um grande e bonito lago, que primeiramente foi usada como “campo de férias de verão”, até começar a ser um “posto avançado de trocas”, que os irmãos Jacquot, por volta do ano de 1900, aqui construiram.


A pequena povoação de Destruction Bay, que marca o “Historic Milepost 1083”, era já ali, é uma pequena comunidade que sobrevive quase do negócio de turismo, com as pessoas que por aqui passam no “Alaska Highway”, até dizem que a sua população está a diminuir, pois já chegou a ter 59 habitantes e, presentemente andam à volta de 35.



Embora as obras na estrada nos obrigassem a frequentes paragens, um tempo depois, pois de acordo com os habitantes daqui, a distância não conta, o que conta é o tempo e, medem a distância de uma povoação a outra pelo tempo, não pela distância, ei-nos na povoação de Haines Junction, que marca o “Historic Milepost 1016”, que também começou a ter alguma visibilidade por altura do ano da construção do “Alaska Highway”, sendo neste momento um importante encontro de duas estradas, pois daqui segue a estrada número 3, com destino ao sul da província de Yukon. Antes, dizem que por mais de dois mil anos, era um campo de caça e pesca que o povo, “Southern Tutchone”, usava em algumas estações do ano.


E como já dissemos, também passado algum tempo, ainda de dia, embora fossem já 9 horas da noite, chegámos de novo ao pequeno óasis no deserto, que é a cidade de Whitehorse, que marca o ”Historic Milepost 918”, da qual já falamos anteriormente, onde depois de visitar o Centro de Turismo, procurámos comida e dormida, onde se pudesse tomar banho e dormir com algum conforto.


Já agora, queria lembrar que o trajecto que hoje fizemos, entre a cidade Tok, no estado do Alaska e a cidade de Whitehorse, na província do Yukon, já no Canadá, ficou por fazer, na viagem de ida para o estado no Alasca, pois nessa altura, nesta cidade de Withehorse, desviámo-nos para norte, fizemos o célebre “”Klondike Loop”, que nos levou à cidade de Dawson City, que depois de atravessar, numa jangada o rio Yukon, entrámos na estrada que chamam “Top of the World Highway”, onde fizemos a fronteira com o estado do Alaska, em direcção à cidade de Tok.

Neste dia, percorremos 452 milhas, com o preço da gasolina, variando entre $1.66 e $1.82

Tony Borie, Agosto de 2014.
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Nota do editor

Último poste da série de 8 de Novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13861: Bom ou mau tempo na bolanha (73): Da Florida ao Alaska, num Jeep, em caravana (14) (Tony Borié)

sábado, 8 de novembro de 2014

Guiné 63/74 - P13861: Bom ou mau tempo na bolanha (74): Da Florida ao Alaska, num Jeep, em caravana (14) (Tony Borié)

Septuagésimo terceiro episódio da série Bom ou mau tempo na bolanha, do nosso camarada Tony Borié, ex-1.º Cabo Operador Cripto do CMD AGRU 16, Mansoa, 1964/66.




Resumo do dia

Pela manhã ainda fomos à outra margem do “Russian River” pescar e, já era perto do meio dia, quando abandonámos este aprazível local, rumo ao norte, à fronteira com o Canadá, havia uma longa jornada pela frente, mas como nesta altura do ano é quase sempre de dia, não nos metia qualquer dificuldade, poderíamos parar onde muito bem entendêssemos.

Assim, tomando a direcção do norte, passadas algumas milhas, fizemos um desvio para leste, visitando a cidade de Seward, ainda na Península Kenai, cujo nome foi dado à cidade por William H. Seward, que na altura era Secretário de Estado dos USA, pessoa que no ano de 1867 finalizou o negócio da compra do território do Alaska à Russia.




Entre outras coisas, esta cidade é a “Milha 0” do “Historic Iditarod Trail”, que era um caminho sobre a neve, onde as pessoas transitavam, algumas com aqueles “trenós” puxados por cães, que eram autênticos “atletas”, onde por volta dos anos de 1900 era o meio de transporte para pessoas e bens, do porto de Seward para o interior do território do Alaska.

Seguindo rumo ao norte, passámos de novo a cidade de Anchorage, de que já falámos. Para quem vem do sul, um pouco antes da cidade, a estrada tem duas vias que terminam pouco depois, onde quem quer atravessar a cidade, rumo ao norte, tem que seguir por ruas normais, algumas com luzes de tráfico, com pouca sinalização, onde o GPS ajuda bastante, era de dia, a cidade de Wasilla era logo ali, um pouco antes, desviámo-nos para leste, continuando na estrada número 1, a que também chamam “Glen Highway”. Abastecemo-nos de gasolina na cidade de Palmer, onde uma rapaz, com rosto de esquimó, entre outras coisas nos explicou que as cidades de Wasilla e Palmer são as quintas da pequena metrópole, que é a cidade de Anchorage, pois existem por aqui muitas culturas de vegetais e, recebeu o seu nome de um empresário chamado George W. Palmer, que em meados da década de 1880 construiu um posto de trocas, ao lado do rio Matanuska, modificando o estilo de vida e subsistência, fazendo comércio com os “Athabaskan” e, outros grupos nativos que viviam ao longo da rota do Rio Matanuska, onde os Russos já tinham chegado àquela região do Alasca, por volta do ano de 1741, trazendo a tradição religiosa ortodoxa russa, para os povos indígenas da região.


Estávamos a entrar no extenso vale de Matanuska, preparando-nos para um deserto de estrada, entre montanhas e vales, onde o rio Matanuska corre lá no fundo, umas vezes revoltoso, outras espalhando-se por extensos areais, com avionetas estacionadas nas margens do rio e seus afluentes, dando a entender que era o único meio de transporte que existia naquela área, a paisagem era linda, mesmo muito linda, mas um pouco perigosa. Parámos no “Matanuska Glacier”, que fica localizado mais ou menos a 100 milhas, (160 quilómetros) da cidade de Anchorage, é entre montanhas, e dizem que aquela extensão de gelo, com aproximadamente 27 milhas de comprimento (43 quilómetros), por 4 milhas de largura, (6,4 quilómetros), com muitos séculos de idade, vem descendo mais ou menos 1 pé, (30 cm), por dia.



Deixando o Glacier, o seu “welcome”, ao “aquecimento global”, e claro, a sua história para trás, continuámos, pois ainda era de dia, aparecendo sempre povoações que estavam marcadas no mapa com letras grandes, mas assim que nos aproximávamos, eram pequenas, onde não havia estações de serviço, hotéis, parques de campismo ou quaisquer outras facilidades, eram algumas casas isoladas. Numa dessas povoações, que era um encontro de estradas, talvez pela hora tardia, pois o nosso relógio marcava 10h30 da noite, havia um estabelecimento que proporcionava comida e dormida, mas o preço não estava de acordo com a nossa situação financeira, seguimos viagem, o Jeep e a caravana rolavam sem problemas, o sol desapareceu por algum tempo, chegámos à povoação de Tok, era pouco mais das 12h00 horas da noite, mas ainda era de dia.


Aqui, dormimos num motel, com muitas pessoas, principalmente aventureiros que viajam em motos, por quem nós temos muita apreciação, considerando mesmo uns heróis, que se sujeitam a um clima e estado de estradas bastante difícil, que naquela altura confraternizavam com cerveja, oferecendo-nos.

Neste dia percorremos 673 milhas, com o preço da gasolina a variar entre $4.32 e $4.57 o galão que são aproximadamente 4 litros.


Tony Borie, Agosto de 2014
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Nota do editor

Último poste da série de 1 de Novembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13834: Bom ou mau tempo na bolanha (72): Da Florida ao Alaska, num Jeep, em caravana (13) (Tony Borié)

sábado, 1 de novembro de 2014

Guiné 63/74 - P13834: Bom ou mau tempo na bolanha (73): Da Florida ao Alaska, num Jeep, em caravana (13) (Tony Borié)

Septuagésimo segundo episódio da série Bom ou mau tempo na bolanha, do nosso camarada Tony Borié, ex-1.º Cabo Operador Cripto do CMD AGRU 16, Mansoa, 1964/66.




Resumo do décimo terceiro dia

A cidade de Homer, que muitos chamam “fim da estrada”, querendo dizer que para a frente é só água, e na verdade é, pois está localizada no sudoeste da “Península do Kenai” e distingue-se porque tem um cabo de terra, a que chamam de “Homer Spit”, em parte feito pelo homem, que entra pela baía de “Kachemak”, por uma distância de aproximadamente 4,5 milhas, ou seja 7,2 quilómetros, que dizem que é a estrada mais longa em todo o mundo, entrando em águas do oceano.


O tempo era bom, céu quase azul, fresco, mas agradável. Quem como nós nasceu na encosta da montanha, perto do mar, esta povoação piscatória tem tudo para nos prender a atenção, não importa a direcção em que colocamos o nosso olhar. William Shakespeare, escreveu: “Se a morte predomina na bravura do bronze, pedra, terra e imenso mar, pode sobreviver a formosura, tendo da flor a força a devastar”.

Nós, modestamente, acrescentamos: “se o olhar começa no pico da montanha coberta com neve, pedra e terra, terminando num imenso areal, de restos de lava de um vulcão, rodeada de um mar calmo, parecendo mais um lago, onde o espelho da água é quebrado pela rede de alguns barcos pescando, aqui não há lugar nem pensamento para a morte, é vida pura, não importa a direcção em que coloque o seu olhar, aqui sim, pode sobreviver a formosura, onde as flores e alguma vegetação, têm força para a terra e a pedra desvastar”.

Porra, já não sei onde íamos, perdi-me, vamos tomar “o fio à meada”, como dizia a minha querida avó, tudo isto está aqui retratado, onde por sua vez existe uma entrada artificial de água, (fishing hole), a que orgulhosamente chamam “The Nick Dudiak Fishing Lagon”. Quando a maré sobe, enche essa área que faz a delícia dos pescadores. Os turistas como nós, que chegam por terra, não são muitos, chegam e partem, usam os pequenos restaurantes, peixarias e casas que vendem “lembranças”, ao longo deste cabo de terra, onde também existe uma marina para barcos de pesca e, um ancoradoiro de um terminal para barcos tipo “ferry”, que levam viaturas e passageiros para as Aleutian Islands, para onde viaja, sobretudo jovens na procura de aventura.


Nas proximidades, quando a maré está baixa, fica uma área de quilómetros de extensão seca, onde muitos aproveitam para fazer reparações no casco dos barcos e onde alguns até residem. Também lá existe o famoso Salty Dawg Saloon, que é considerado um monumento em Homer, pois foi uma das primeiras casas construídas no “Homer Spit”, por volta do ano de 1897, servia de farol de sinalização, casa dos correios, estação dos caminhos de ferro, loja de conveniência e escritório de uma companhia de minas de carvão por muitos anos. Em 1909 fizeram uma segunda casa que serviu de escola, correios e loja de conveniência, mais tarde foi casa onde viveram três adultos e 11 crianças.


Em 1940 um homem de negócios comprou o edifício e passou a ser o escritório da Standard Oil Company e, finalmente em 1957, abriu como Salty Dawg Sallon, que é um bar típico do Alaska, como era no princípio do século passado, com o chão térreo e serradura, onde se pode falar de tudo, dizeer asneiras, cuspir e atirar as cascas dos amendoins para o chão, e fazer tudo o que nos der na real gana, como é normal dizer-se, claro, sem insultar ou provocar alguém e, beber cerveja local à temperatura da casa, por canecas muito grandes, algumas de barro ou porcelana. Tudo isto, além de ser talvez o local em todo o território do Alaska onde existe a maior comunidade de águias de colar branco, que passam o tempo pescando.


Saímos de Homer, seguindo pela mesma estrada, só que agora rumo ao norte, atravessando de novo a “Peninsula do Kenai”, parando na povoação de Cooper Landing, cujo nome no ano de 1884 foi dado por Joseph Cooper, um mineiro que aqui descobriu ouro, todavia, a história diz que já no ano de 1848, Peter Doroshin, um engenheiro de origem Russa, aqui tinha identificado ouro, juntamente com outros prospectores.

Esta povoação é bastante popular, principalmente no verão, sendo o destino de muitos turistas, principalmente pescadores amadores, porque não só podem pescar salmão no “Russian River”,  quando os peixes querem subir o rio, como podem apreciar a floresta.

Foi o que fizemos, ocupámos um espaço no parque de campismo, tirámos licença para dois dias, equipamento vestido, cana pronta e, depois de atravessar o rio, numa jangada que aqui existe, eis-nos no “fighting zone”, ou seja na zona de luta, junto de muitos outros pescadores amadores.


A princípio, não havia experiência e, foi ver os outros pescarem, mas depois de saber “dar-lhe a volta”, também pescámos salmão, que foi limpo ali mesmo no rio e cozinhado passadas umas horas.



Foi o resto do dia, e da manhã do próximo, pescando e desfrutando da beleza da paisagem, com os peixes saltando no rio, “desejosos que os pescassem”, e as gaivotas e águias voando rasteiras, pescando também. Foi dos dias que não esqueceremosmos mais, a água pura do “Russian River”, não gelada, mas transparente, vendo-se as rochas no fundo, em alguns lugares revoltosa, os peixes a saltar na nossa frente, com um cenário, sobretudo, selvagem.

Neste dia, percorremos apenas 217 milhas, com o preço da gasolina variando entre $4.22 e $4.37 o galão, que são aproximadamente 4 litros.

Tony Borie, Agosto de 2014
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Nota do editor

Último poste da série de 25 de Outubro de 2014 > Guiné 63/74 - P13800: Bom ou mau tempo na bolanha (71): Da Florida ao Alaska, num Jeep, em caravana (12) (Tony Borié)