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sábado, 7 de abril de 2018

Guiné 61/74 - P18498: Tabanca Grande (462): António Lopes Pereira, ex-1º cabo atirador de infantaria, 4º Gr Comb, CCAÇ 3305/BCAÇ 3832 (Mansoa, Braia e Infandre, 1970/1973): tem um café e restaurante no Porto e vive em Matosinhos; passa a ser o nosso grã-tabanqueiro nº 771


António Lopes Pereira, ex-1º cabo atirador de infantaria, 4º Gr Comb, CCAÇ 3305/BCAÇ 3832 (Mansoa, Braia e Infandre, 1970/1973)


Hoje é proprietário de "Le Café de Paris", na Praça do Marquês de Pombal, Porto; vive na Senhora da Hora, Matosinhos.


1.  Mensagem do nosso camarada e novo grã-tabanqueiro nº 771, António Lopes Pereira

Diamantino Rafa Pereira 

Data: 5 de abril de 2018 às 16:44

Assunto: António Lopes Pereira

Uma boa tarde,  Luís Graça.

Já tive oportunidade de entrar em contacto consigo no passado.(*)

Encontro-me actualmente a morar em Matosinhos e a trabalhar no Porto, onde sou proprietário de um estabelecimento de restauração.

Venho saber qual seria a sua disponibilidade em deixar o meu perfil, morada e contacto no seu blogue, com o intuito de contactar e ser contactado por ex-companheiro meus.

Venho também lhe pedir se tem a disponibilidade em fornecer os meus dados ao ex-1º Cabo Germano Santos, que cumpriu missão na Guiné, em 1970/73, na CCAÇ 3305 / BCAÇ 3832 com a finalidade de entrar em contacto comigo.

A minha procura tem se revelada uma árdua tarefa ao longo dos anos, e sem a sua preciosa ajuda, não tenho como atingir os meus objectivos.

Espero que tenha em atenção o meu pedido e deixo toda a informação necessária.

António Lopes Pereira
Ex-1º cabo atirador da CCAÇ 3305/BCAÇ 3832 (Mansoa, Braia e Infandre, 1970/1973

Morada: [...] Senhora da Hora, Matosinhos.

O meu estabelecimento fica localizado na Praça do Marquês nº 114, Porto.

"Le Café de Paris".

Contactos: tem + 351 911 024 688 | telef . + 351 225 021 421

Obrigado desde já pela sua ajuda.


Guiné > Região do Óio > Mansoa > CCAÇ 3305 )1970/73) > "Aqui, em 1972, entrada do quartel de Mansoa onde passei alguns meses da minha juventude fazendo parte de uma guerra que não era a minha pois tudo fiz para fugir a esta guerra mas tudo me correu mal. Porra, 25 meses foi muito tempo, passámos fome, passámos sede, fomos picados pelos mosquitos, vivíamos com o medo de perder a vida a qualquer momento, fizemos coisas mas tivemos que lidar com situações para as quais não estávamos preparados. Desde então nunca mais fomos os mesmos, as feridas cada dia que passa se agravam, foi um preço muito alto" (...).


Guiné > Região do Óio > Mansoa > Braia > CCAÇ 3305 )1970/73) > Aqui junto à velha ponte de Braia, estas mulheres com redes apanhavam os peixes que ficaram encurralados nos locais mais fundos do rio sendo as principais fontes de alimento para toda esta gente que passava fome e que vivia sempre com o medo de sere apanhada no fogo cruzado porque sempre que houvesse um ataque ao aquartelamento as suas casas ficavam em fogo eram sempre os civis que apanhavam por tabela?


Guiné > Região do Óio > Mansoa >  CCAÇ 3305 )1970/73) > s/l > s/d > À civil,  junto de população balanta.

Fotos (e legendas): © António Pereira Lopes (2018). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].


2. Resposta do editor Luís Graça:

Camarada Lopes Pereira: interpreto o teu pedido como a aceitação do nosso convite, aberto de resto a todos os camaradas que passaram pelo TO da Guiné, de 1961 a 1974, para ingressares na nossa Tabanca Grande. Contigo passamos a ser 771 os camaradas e amigos da Guiné, formalmente registados nesta rede social de antigos combatentes.

O teu pedido vem em nome de Diamantino Rafa Pereira, que presumimos seja teu filho. Vamos tomar boa nota deste endereço de email para futuros contactos. Muitos camaradas da Guiné não têm endereço de email e, em muitos casos, não acedem sequer à Internet. É um problema geracional.

Já em 2014, o nosso coeditor Carlos Vinhal, que mora em Leça da Palmeira, te tinha escrito o seguinte:

(...) "Na nossa terra (Matosinhos) realiza-se anualmente, no primeira sábado do mês de Março, o almoço dos ex-combatentes da Guiné. Temos inscrito um camarada de Santa Cruz do Bispo com o nome de António Lopes Pereira Gomes. Se não fores tu, ficas desde já a saber da nossa iniciativa. Voltando ao Blogue, o nosso Editor Luís Graça disse-me para te convidar para aderires formalmente à nossa tertúlia. Se quiseres então fazer parte desta família de ex-combatentes da Guiné, basta uma mensagem tua a confirmar a tua adesão, e se quiseres, o envio de uma pequena história passada contigo, seja em Mansoa, Infandre ou Braia, acompanhada de fotos que tenhas." (...)

Na altura diversos camaradas que passaram por Mansoa, deixaram comentários ao teu pedido. Destaco, por exemplo, o do ex-cap mil Jorge Picado, cmdt da CCAÇ 2589:

(...) "Bem vindo,  António Pereira, a esta Tabanca, que não sendo as de Infandre ou de Braia, é uma Tabanca Grande que engloba todos os camaradas da Guiné que nela desejam conviver.  Espero e desejo que te sentes connosco sob as ramadas do Grande Poilão que nos resguarda, enquanto contamos e relembramos tempos passados, tal como faziam os Homens Grandes dos diversos lugares que cruzámos. Por mim, que "entreguei" a área que percorreste, quando vocês chegaram em Fevereiro de 1971, muito gostaria de tomar conhecimento das tuas memórias e rever fotos que possuas, não só de Mansoa, mas sobretudo de Infandre e Braia." (...)

Vejo que tens página no Google Mais, com diversas fotos do teu tempo de Guiné. Aproveito duas ou três, com as tuas legendas. Ficas devidamente apresentado à Tabanca Grande, sentas-te no lugar n.º 771 (**) e vamos pôr-te em contacto com o teu e nosso camarada Germano Santos. Ele e o saudoso França Soares (1949-2009) são as únicas referências que temos (pouco mais do que uma dúzia) à tua CCAÇ 3305.
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terça-feira, 11 de abril de 2017

Guiné 61/74 - P17232: Convívios (793): XXII Encontro do pessoal do BCAÇ 2885, dia 20 de Maio de 2017, em Coimbra (César Dias, ex-Fur Mil Sapador)



1. Mensagem do nosso camarada César Dias (ex-Fur Mil Sapador da CCS/BCAÇ 2885, Mansoa, 1969/71) com data de 2 de Abril de 2017, anunciando o XXII Encontro do pessoal do seu Batalhão:

Boa noite Carlos, saudações camarigas 
Venho mais uma vez pedir-te, caso seja possível, que publiques mais este alerta ao BCAÇ2885. Reunir das tropas. 

Convocam-se todos os elementos do BCAÇ2885 para mais um almoço de confraternização que terá lugar no próximo dia 20 de Maio em Coimbra, conforme anexos com localização e ementa. 

Então? "NÓS SOMOS CAPAZES" vamos estar presentes. 

Um forte abraço do amigo
César Dias






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Nota do editor

Último poste da série de 4 de abril de 2017 > Guiné 61/74 - P17206: Convívios (792): Encontros com e para a história - O caso do camarada Manuel José Janes - "O Violas" da CCAÇ 1427 (Jorge Araújo)

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Guiné 63/74 - P13180: Convívios (599): Rescaldo do XIX Encontro do pessoal do BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71), realizado em Ançã - Cantanhede no passado dia 17 de Maio de 2014 (César Dias)

1. Mensagem de César Dias (ex-Fur Mil Sapador da CCS/BCAÇ 2885, Mansoa, 1969/71), com data de 21 de Maio de 2014: 

Amigo Carlos
Aqui estou novamente a solicitar-te, caso possa ser, que publiques mais este Convívio do BCAÇ2885. 

Teve lugar mais uma vez na Quinta do Pingão, em Ançã - Cantanhede.
Apesar da situação actual, conseguimos reunir neste encontro 112 pessoas, que além de conviverem, prestaram homenagem aos 6 camaradas que nos deixaram durante este último ano.

Ficou combinado que o próximo será em Arganil.

Envio-te algumas fotos onde podes encontrar alguns camaradas da Tabanca Grande.

Grato pela tua atenção, recebe um forte abraço.
César Dias


Pessoal da CCAÇ 2588/BCAÇ 2885 

Pessoal da CCAÇ 2589/BCAÇ 2885 

Pessoal da CCS/BCAÇ 2885 



Provavelmente dois camaradas da CCAÇ 2589/BCAÇ 2885 acompanhados do seu Comandante, ex-Cap Mil Jorge Picado - Legenda de CV

Fotos editadas por CV
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Nota do editor

Último poste da série de 20 DE MAIO DE 2014 > Guiné 63/74 - P13170: Convívios (598): Rescaldo do Encontro do pessoal da CCAÇ 816, realizado no passado dia 10 de Maio de 2014 nas Caldas das Taipas (Rui Silva)

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Guiné 63/74 - P12512: O nosso livro de visitas (174): Camarada não identificado, pertencente ao Pel Caç Nat 61 de Cutia, comandado pelo ex-Alf Mil Simeão Ferreira que hoje é médico nas Termas de Monte Real

1. Um camarada não identificado (por que há tanta relutância na identificação completa?) deixou este comentário, no dia 22 de Dezembro passado, no Poste 2881:

O capitão Picado não era o que se teve que fazer uma cama especial (dado sofrer da coluna)?

Fui furriel do Pel. Caç. Nat. 61 de Junho de 70 a Junho de 72 sob comando do alferes Simeão, juntamente com os furríéis Amorim e Sá e com o cabo Luís Cordeiro Anastácio, do qual bem como do alferes nada sei deles.

Um abraço para eles todos, bem como para aqueles de quem não recordo o nome e que tenham um Santo Natal e que o Ano Novo lhes traga as maiores felicidades.

Sei que o Batalhão a que estava ligado operacionalmente realiza um almoço convívio no 1º sábado de Maio e que pela 1ª vez espero estar presente para poder reviver os maus e bons momentos (mais estes do que aqueles).


2. No dia 23 o ex-Cap Mil Jorge Picado, CMDT da CCAÇ 2589/BCAÇ 2885, respondeu:

Em resposta ao Anónimo que colocou este comentário, espero que volte ao Blog e tome conhecimento destes meus esclarecimentos.

Por exclusão de partes tratar-se-á do ex-Fur Mil João Luís dos Santos Pimenta que desembarcou em Bissau em 14JUN70 chegou ao Pel Caç Nat 61 nesse mês, então sediado em Cutia e na dependência da CCaç 2589/BCaç 2885, para substituir o camarada João António Pina que terminou a comissão em 20JUL70.

Os Fur Mil José António Rodrigues Amorim (desembarcou em Bissau no mesmo dia e apresentou-se possivelmente no mesmo dia que o Pimenta), substituiu o camarada José Rosa Matos França (fim de comisão em 02JUL70) e Armando Barbosa de Sá (desembarcou em Bissau em 20JUL70, apresentando-se nesse mês) que substituiu o camarada Mário Jorge Fernandes (fim da comissão em 02LUJ70).
O Alf Mil Simeão Duarte Martins Ferreira (desembarcou em Bissau em 17AGO70 apresentando-se nesse mês), substituiu o camarada Rodrigo Lopes, de quem não tenho recordação, (fim de comissão em 29JUL70).

Sobre o Cabo Luís Cordeiro Anastácio não possuo elementos, possivelmente teria chegado depois de 14FEV71, já com as novas unidades que nos renderam.

Quanto à cama não foi para mim, já que enquanto estive a "saborear os prazeres daqueles saudáveis ares de Cutia no Resort que a foto mostra e de que o camarigo fermero Tisseira ainda viu os vestígios que restam quando desta última passagem por aquelas terras", como digo a cama era uma igual a tantas outras de ferro, apenas com o "privilégio" de que não o tinha "beliche", como todas as outras possuíam, para "armazenar" todos aqueles homens naquele abrigo.

Destacamento de Cutia
Foto: © Jorge Picado

Talvez o Cap da CCaç que rendeu a 2589 tivesse optado por uma mais confortável. Sobre o pessoal deste Pel, apenas tenho tido contacto com o ex-Alf Simeão, nos almoços de Monte Real, onde ele aliás é médico das Termas.

Quanto aos almoços do BCaç 2885 eles são normalmente no 1.º sábado de Março. Apenas este ano a data foi em Maio, por razões anómalas. Serás bem-vindo a estes almoços e já agora porque não te juntas a esta Grande Tabanca e contas as tuas lembranças? Aqui fica o convite.

Abraço
Jorge Picado
ex-Cap Mil da CCaç 2589 e não só.


3. Comentário do editor:

Continuamos a ver publicados comentários de camaradas que não se identificam.
Por uma questão de cordialidade para connosco, devidamente identificados, com foto e tudo, deveriam os postadores de comentários deixarem o seu nome, posto e unidade, e se possível, o contacto electrónico.

Terão estes camaradas vergonha da sua condição de ex-combatentes?

Carlos Vinhal
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Nota do editor

Último poste da série de 22 DE DEZEMBRO DE 2013 > Guiné 63/74 - P12486: O nosso livro de visitas (173): C. Carmelino, da CCAÇ 2701 (1970/72), a companhia do Saltinho... Esteve sempre no QG, em Bissau, na Amura, onde foi condutor do major Carlos Fabião

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Guiné 63/74 - P11796: Os nossos médicos (57): A CART 3493 nunca teve médico - diz António Eduardo Ferreira; resposta ao inquérito por Jorge Picado

1. Ainda a propósito do tema Os nossos médicos, o nosso camarada António Eduardo Ferreira (ex-1.º Cabo Condutor Auto da CART 3493/BART 3873, MansamboFá Mandinga e Bissau, 1972/74) mandou-nos esta mensagem com data de 27 de Junho de 2013:

Amigo Carlos Vinhal
Antes de mais recebe um abraço e votos de boa saúde.

Ultimamente, tem-se falado no blogue de médicos que integravam os batalhões. Quantos iam naquele a que eu pertenci, o 3873, não sei, fui uns dias mais tarde, apenas conheci a companhia já em Mansambo, mas a Cart 3493 nunca teve médico, recordo-me, de quando estávamos em Cobumba lá ter ido o médico duas ou três vezes, penso que estava sediado em Bedanda, não tenho a certeza.

Aquilo que ele me disse a única vez que falei com ele, talvez seja exagerado dizer que foi uma consulta, eu estava tão fragilizado que tinha dificuldade em movimentar-me, a alimentação era péssima, e o que ele me disse foi: sei que estás doente mas não te posso mandar para Bissau, e a “consulta” terminou assim.
Eu não lhe tinha pedido para me mandar para Bissau, talvez por descargo de consciência me tenha dito aquilo.

No dia que viemos embora de Cobumba, só tínhamos uma viatura, para complicar mais as coisas, naquela manhã avariou, tudo o que tínhamos para trazer foi transportado às costas, ironia do destino, a pessoa a quem paguei para me levar as minhas coisas ao rio, tinha sido carregador do PAIGC, de nome Miranda.
Eu que até ao rio, cerca de um quilómetro, levei apenas a G3, as cartucheiras e uma mala com cerca de três quilos de peso, quando cheguei ao cais, mesmo sabendo que a LDG estava à nossa espera, ia de rastos.

Antes de terminar este reduzido texto, permitam-me que envie um abraço ao Cherno Baldé, o mundo necessita de homens que digam as verdades, não enviei nenhum comentário, mas li com atenção o trabalho por ele enviado.
Passados tantos anos, continuo achar que a guerra tinha que terminar, nem sequer devia de ter começado, mas a forma como foram abandonados aqueles que estavam connosco, foi cruel, pouco importa agora de quem foi a culpa… mas há coisas que não devemos esquecer.
António Eduardo Ferreira

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2. Sobre o mesmo tema recebemos esta mensagem do nosso camarada Jorge Picado (ex-Cap Mil na CCAÇ 2589/BCAÇ 2885, Mansoa, na CART 2732, Mansabá e no CAOP 1, Teixeira Pinto, 1970/72), com data de 28 de Junho de 2013 respondendo ao inquérito:

Amigo Carlos
Aproveitando um momento livre de acesso à NET, aqui da Costa Nova do Prado, onde o vento forte persiste em refrescar estes dias que dizem ser de calor (!), envio-te o que sei da "minha" Unidade "mãe", BCaç 2885 sobre os Serviços de saúde, de acordo com a ordem das propostas apresentadas.

Assim:

(i) Quantos médicos seguiram com o vosso batalhão, no barco?
R - Da HU constam 3 Alf Mil Méd que embarcaram com o BCaç.

(ii) Quantos médicos é que o vosso batalhão teve e por quanto tempo?
R - Só me recordo de dois deles, que permaneceram, um até final FEV71 e o outro foi transferido em 20NOV70 para o BCaç 2884, sendo substituído por um dos médicos dessa mesma Unidade que chegou a Mansoa em JAN71.

(iii) Lembram-se dos nomes de alguns? Idades? Especiallidades?
R - Os seus nomes eram: Drs José Maria Gomes Brandão, José Rego Sampaio (o transferido), Adelino Carlos F. G. Correia de quem não tenho qualquer recordação. Admito que pudesse estar em Porto Gole com a CCaç que aí estava colocada, mas isso só pode ser comprovado pelos camaradas que pertenceram à Unidade desde o seu início. O nome do que veio do BCaç 2884 por troca do transferido era António H. Bigotte D. Loureiro. Como eram Alf Mil foram com certeza no início da carreira.

(iv) Precisaram de alguma consulta médica?
R - Fui consultado mais do que uma vez, quer em Mansoa, quer no CAOP 1 em Teixeira Pinto. Em Mansabá não fui ao médico, mas fui ao HM de Bissau na sequência das consultas do Dentista, mas então para tratar da prótese.

(v) Estiveram alguma vez internados na enfermeria do aquartelamento (se é que existia)?
R - Havia Enfermaria no Quartel de Mansoa. Não estive internado na Enfermaria.

(vi) Foram a alguma consulta de especialidade no HM 241?
R - Fui ao HM de Bissau várias vezes, para consulta de Dentista de que acabei com a colocação da minha 1.ª prótese e depois, já no CAOP 1 acabei por baixar a este Hospital em 23NOV71 onde permaneci 3 ou 4 dias, ficando mais 2 em consulta externa, após uma grave intoxicação com sardinhas de conserva.

(vii) Foram evacuados para a metrópole, para o HMP?
R - Não.

(viii) Tiveram alguma problema de saúde que o vosso médico ou o enfermeiro conseguiu resolver sem evacuação?
R - Não.

(ix) O vosso posto sanitário também atendia a população local?
R - As POPs eram atendidas nos Serviços de Saúde em Mansoa pelos Médicos militares e também nas Unidades (e Destacamentos pelos Enfermeiros).

(x) (E se sim, o que é mais que provável:) Há alguma estimativa da população que recorria aos serviços de saúde da tropa?
R - Talvez muitas dezenas, se não mesmo centenas por mês.

Abraços para todos
JPicado

PS - Se o César Dias ou o Nabais quiserem ser mais precisos, agradecia.
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Nota do editor

Último poste da série de 1 DE JULHO DE 2013 > Guiné 63/74 - P11784: Os nossos médicos (56): respostas ao questionário: José Manuel Matos Dinis [,CCAÇ 2679, Bajocunda, 1970/71]; José Santos [CCAÇ 3326, Mampatá e Quinhamel, 1971/73]; Rui Santos [4.ª CCAÇ, Bedanda, 1963/65]; Mário Serra de Oliveira [, BA12, Bissalanca, 1967/68]; e João Martins [, BAC1, Bissum, Piche, Bedanda, Gadamael e Guileje, 1967/69]

domingo, 19 de maio de 2013

Guiné 63/74 - P11593: Convívios (524): Rescaldo do Encontro do pessoal do BCAÇ 2885, no passado dia 11 de Maio, em Ançã - Cantanhede (César Dias)

1. Mensagem de César Dias (ex-Fur Mil Sapador da CCS/BCAÇ 2885, Mansoa, 1969/71), com data de 12 de Maio de 2013:

Olá Carlos
Mais uma vez, agradeço-te que divulgues o nosso encontro anual.
Teve lugar no Restaurante O PINGÃO em Ançã, Cantanhede no dia 11-05-2013.

Contámos com a presença de 115 pessoas (camaradas e familiares), segundo dados da organização este número tem vindo a decrescer, devido à crise e não só.
Até aqui o almoço era realizado no sábado mais próximo do dia 3 de Março, mas foi deliberado passar a ser no segundo sábado de Maio.

Envio-te algumas fotos do encontro para poderes ilustrar se quiseres.

Obrigado Carlos por mais este trabalhino.
Um forte abraço
César Dias


Nesta mesa, de frente à direita, o ex-Cap Mil Jorge Picado, CMDT da CCAÇ2589/BCAÇ 2885

Ex-Cap Mil Jorge Picado CMDT da CCAÇ 2589 e Ernestino Caniço, Alf Mil, ex-CMDT do Pel Rec Daimler 2208

Foto de família do pessoal da CCAÇ 2588/BCAÇ 2885

Fotos enviadas por César Dias. Legendas: Carlos Vinhal
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Nota do editor

Último poste da série de 18 de maio de 2013 > Guiné 63/74 - P11589: Convívios (523): "P'ra Cá do Marão", Encontro de ex-Combatentes do Ultramar, dia 15 de Junho de 2013 em Justes - Vila Real (Fernando Súcio)

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Guiné 63/74 - P11059: Facebook...ando (23): Joaquim Rodrigues, ex-1º cabo, CCAÇ 2588 (Mansoa, Jugudul, Bindoro, 1969/71), reformado da Marinha Mercante



"O meu navio [,ex-Funchal]. Não há ninguém que o salve daquele cais podre, a cair aos bocados. Estava a empresa a pagar mais de 4 mil euros ao porto de Lisboa..." (Foto e legenda: Joaquim Rodrigues. Com a devida vénia...)


1. Mensagem colocada, hoje,  na nossa página do Facebook, Tabanca Grande Luís Graça, pelo nosso leitor (e camarada) Joaquim Rodrigues, reformado da Marinha Mercante, nascido em 1947, residente em Corroios, Seixal:

Bom dia,  camarada Luís. Eu sou ex-1º cabo Joaquim Rodrigues, da  Companhia de Caçadores 2588, que esteve em Mansoa, Jugudul, Bindoro, etc. 

Estou impressionado com tanta documentação, permitindo conhecer tantos camaradas que estiveram comigo na Guiné, à  distancia dum clique.

É sempre bom rever o passado e ver fotos por onde passamos .

Gostava que me dissessem se o capitão da companhia, Fernando Amaral.Sarmento, ainda é vivo. Era um bravo capitão.

Eu,  depois quando regressei a Lisboa,  fui trabalhar como empregado de mesa para os .navios,  onde estive até 2012 (#). Tenho uma reforma de miséria- há meses que não consigo comprar os medicamentos todos para o coração a minha mulher que não trabalha e tenho uma filha com 18 anos na escola,  é uma vida complicada.

Tanta gente que morreu para nada. Eu moro em Corroios,  na margem sul.

Um abraço a todos J.R.
Página no Facebook:
 www.facebook/joaquim.rodrigues.50552338


(#) Foi garçon na Classic International Cruises,  de janeiro de 1989 até 2012. [A empresa] Classic Internaternational Cruises  foi fundada em 1985 pelo saudoso armador grego sr. Potamianos,  falecido no ano passad. Um grande amigo e patrão. O primeiro da frota foi o Funchal que estava no mar da Palha [, estuáriod o tejo,] a aprodecer com o fim da marinha mercante. Este navio nasceu em 1961 na Dinamarca: tem 50 anos de história,  milhares de passageiros .felizes e milhares de milhas nos hélices que neste momento não os têm. E o futuro ninguém sabe. Joaquim Rodrigues, waiter no Funchal desde 1967. [J.R.]

2. Comentário de L.G.:

(i) Camarada J.R., sê bem vindo!... É verdade, tens aqui a malta da Guiné do teu/nosso tempo, ao alcance de um clique. Mas não penses que isto nasceu de geração espontânea. É trabalho de muitos anos (nove!) e de uma vasta equipa... Também tu podes fazer parte desta "tripulação": a jóia de entrada são 2 fotos tipo passe + 1 história.... Já somos mais do que o teu batalhão, o BCAÇ 2885.

Infelizmente, sobre a tua CCAÇ 2588, ainda temos poucas referências, contrariamente a CCAÇ 2589, que foi comandado pelo nosso grã-tabanqueiro Jorge Picado, então com 32 anos, eng agrónomo, pai de quatro filhos Devemos ser mais ou menos da mesma altura. Eu vim no T/T Niassa, em 24 de maio de 1969. A minha companhia era a CCAÇ 2590 (mais tarde, CCAÇ 12). Desejo-te boa reforma, apesar das contrariedades e vicissitudes da hora presente. Vejo que as saudades do teu tempo de marinha mercante são mais do que muitas. É triste ver um orgulhoso navio  da nossa grande frota da mercante mercante estar a apodrecer e ir um dia destes para a sucata. Espero que Portugal e os portugueses ainda voltem a descobrir o caminho marítimo... para o Futuro!

(ii) CCAÇ 2588: Mobilizada pelo RI 15, partiu para o TO da Guiné em 7/5/1969 e regressou a 25/2/1971. Esteve em Mansoa e Jugudul. Comandantes>:  Cap inf  Fernando Amarl Campos Sarmento, cap inf Luís da Piedade Faria, cap mil art Armando Vieiras dos Santos Caeiro. Pertencia ao BCAÇ 2885 (Mansoa) (Comandante: ten cor inf João Pedro do Carmo Chaves de Carvalho).

Outras unidades orgânicas deste batalhão: CCAÇ 2587 (Mansoa, Jugudul, Mansoa, Porto Gole) (cap mil art Lourenço Gomes de Campos); e CCAÇ 2589 (Mansoa, Cutia) (Comandantes: cap inf  Francisco António Merndonça Martins Vicente; cap mil art Jorge Manuel Simões Picado)
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Nota do editor:

quarta-feira, 14 de março de 2012

Guiné 63/74 – P9605: Convívios (401): 17º Encontro do Pessoal do BCAÇ 2885 (Mansoa, 1969/71), no passado dia 3, em Cantanhede, com a presença de conhecidos tabanqueiros: para além de mim, o Luís Nabais, o Ernestino Caniço, o César Dias e o Luís Camões (Jorge Picado)

Mensagem do nosso camarada Jorge Picado (ex-Cap Mil na CCAÇ 2589/BCAÇ 2885, Mansoa, na CART 2732, Mansabá e no CAOP 1, Teixeira Pinto, 1970/72), com data de 7 de Março de 2012:


Caro Carlos
Envio-te um pequeno apontamento relativo ao "Encontro do Pessoal do BCaç 2885", para conhecimento e divulgação na Tabanca Grande.
Ao mesmo tempo aproveito para me inscrever no almoço de Monte Real.


Abraços
Jorge Picado


17.º ENCONTRO DO PESSOAL DO BCAÇ 2885
(Mansoa, 1969/71)

Este novo Encontro decorreu no passado sábado, dia 3 de Março.  no Restaurante Pingão, sito na Quinta do mesmo nome em Ançã, terra do concelho de Cantanhede.








Depois de um longo período invernoso sem ponta de chuva, eis que este dia se apresentou nubloso e chuvoso, obrigando os numerosos “jovens” e seus familiares a recolherem mais cedo ao interior do vasto salão, privando-os de maior tempo de convívio ao ar livre. Mas como o ditado diz “Bodas (festejos) molhadas por longos anos festejadas”, pode ser um bom sinal de que estes Encontros ainda tenham uma longa duração.


O mais veterano deste “Agrupamento” continuou a ser o ex-Cap Inf Fernando do Amaral Campos Sarmento, que era o Cmdt da CCaç 2588 e, dos conhecidos desta Tabanca, há a registar, além deste “escriba”, a presença do Luís Nabais (CCS), do Ernestíno Caniço (que era o Cmdt do Pel Rec Daimler 2208), do César Dias (CCS) e do Luís Camões (CCaç 2589).


Confraternizou-se, trocaram-se lembranças mais agradáveis, recordaram-se passagens mais amargas e homenagearam-se os que partiram, guardando-se um respeitoso minuto de silêncio.


Junto fotografias do encontro:



A “representação” da CCaç 2589, na qual identifico: de pé, começando da esquerda, Rufino Correia; Fernando Cabrita; António Ramos; Jorge Picado; Adelino Machado; Cunha; Carlos Costa; Jorge Cabrita; Moreira; Armando Alves; José Brogegas; Francisco Ramos; Mário Ramos; Martins (creio que o ultimo “pira” da unidade); José Torres; de joelhos, Pinto; Victor Vieira; “Avintes”; Luís Camões; Monteiro; João Ferreira e Amândio Aires.



Carlos Costa o 1.º Cabo condutor do “meu” jeep, oferecendo-me alguns exemplares das suas fotografias dessa época, também a serem observadas pelo Armando Alves que foi Sold At.



Nesta, rindo-me duma piada que o Moisir Pires, ex-Alf. Mil Mec., disse quando cumprimentava o José Brogegas, ex-Sold At, que sem nunca ter visto fazer pão, foi transformado em padeiro no Destacamento de Infandre.



Três dos “Tabanqueiros” presentes, antes do aparecimento da chuva, já “esbranquiçados e um tanto descapotáveis”, mas ainda prontos para “dar ao dente”: da esquerda para a direita, Luis Nabais,  Ernestino Caniço e Jorge Picado.


E por hoje é tudo.


Se no próximo ano formos vivos, a saúde permitir e a troika deixar, lá estaremos novamente, em qualquer local, para celebrarmos mais um aniversário.


Abraços para todos os camarigos.
Jorge Picado

Texto e fotos: © Jorge Picado  (2012). Todos os direitos reservados.
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Notas de CV:


(*) Vd. poste de 14 de Dezembro de 2011 > Guiné 63/74 - P9197: In Memoriam (99): Homenagem aos combatentes mortos em todas as guerras em que as FAP estiveram envolvidas (Jorge Picado)


Vd. último poste da série de 9 de Março de 2012 > Guiné 63/74 – P9588: Convívios (321): Pessoal da CCS/BCAÇ 1861, dia 21 de Abril de 2012 em Ansião - Leiria (Júlio César)

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Guiné 63/74 - P9167: Memória dos lugares (167): A localização do destacamento ou aquartelamento de Polibaque (em 1973) não é a mesma da antiga tabanca de Polibaque ( Jorge Picado, ex-Cap Mil, CCAÇ 2589/BCAÇ 2885, 1970)





Guiné > Região do Oio > Mansoa > BCAC 2885 (1969/71) > Posição relativa da antiga tabanca de Polibaque (no Google, a vermelho).

Infogravuras: Jorge Picado (2011).


1. Mensagem do nosso amigo e camarada Jorge Picado [, engenheiro agrónomo, na vida civil, reformado, residente em Aveiro (e, no verão, na Costa Nova); na vida militar, ex-Cap Mil (CCAÇ 2589/BCAÇ 2885, Mansoa, CART 2732, Mansabá e CAOP 1, Teixeira Pinto, (1970/72)]:Data: 7 de Dezembro de 2011 22:32
Assunto: Polibaque

Caro amigo Carlos:





Acabo de ler o Poste do camarigo Mexia Alves em que fala sobre Polibaque (*), que o nosso Grande Chefe Luís procura situar.

Evidentemente que nada sei sobre os tempos posteriores à minha saída de Mansoa, mas envio em anexo um Mapa que reconstrui das Cartas de então, daquele concelho e a correspondente actualização (obtida creio que nos princípios deste ano) do Google onde se vê o traçado da nova estrada.

Ora acontece que o topónimo Polibaque das Cartas antigas fica muito longe do traçado da estrada "nova" [, Jugudul - Porto Gole - Bambadinca,] que os camarigos andaram a proteger durante a sua construção e mesmo da "antiga" via [, Bissau - Bafatá,] que só com muitos sacrifícios poderia ser "transitável" no meu tempo.

Aliás Porto Gole era abastecida directamente de Bissau, pelo Geba,  e não pelo BCaç 2885. Polibaque, aliás como todas as tabancas dessa área, com excepção do Destacamento de Bissá e mais para oeste Bindoro, tinham sido há muito abandonadas.

Quando aparece citado Polibaque, nas acções ou operações das NT no meu tempo, isso refere-se mais à região entre as bolanhas do rio Bará e as bolanhas a este, dum afluente desse rio e a antiga estrada onde, na carta de Mamboncó está assinalado FOBA (marco geodésico) [, ao canto inferior esquerdo da carta].

Não creio que para proteger a construção da estrada nova o "Destacamento" fosse "lá em baixo", mesmo no sitio de Polibaque da carta, pois todos esses terrenos eram baixos alagadiços na sua grande maioria.

Isto é o que me ocorre dizer assim a correr. (**)

Abraços para ti e todos.

Jorge Picado

PS - No Mapa [, croquis,], Polibaque é o n.º 53. No extracto do Google assinalei com ponto vermelho. Espero que não me tenha enganado ao "sacar" os anexos. 
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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 7 de Dezembro de 2011 > Guiné 63/74 - P9150: Memória dos lugares (165): Polibaque, na estrada Jugudul-Portogole-Bambadinca (Joaquim Mexia Alves, ex-Alf Mil, CCAÇ 15, Mansoa, 1973)

(**) Último poste da série > 9 de Dezembro de 2011 > Guiné 63/74 - P9166: Memória dos lugares (166): a paliçada de troncos de palmeira do Cachil (José Colaço, CCAÇ 557, 1963/65)

sábado, 11 de dezembro de 2010

Guiné 63/74 - P7419: (Ex)citações (119): O destino marca a hora? (Jorge Picado, ex-Cap Mil, 1970/72)

1. Comentário de Jorge Picado ao Poste P7401 [, O Jorge, foto à esquerda,  foi Cap Mil da CCAÇ 2589/BCAÇ 2885, Mansoa, CART 2732, Mansabá e CAOP 1, Teixeira Pinto, 1970/72):


 Camarigo Luís Graça:


Referes uma situação em que a "tua montada", e não sei quantas antes, passou e a seguinte "voou", dizendo que tinha sido sorte, a tua.


Ora, quantos de nós tivemos sorte, uma vez..., n vezes, enquanto outros nem uma vez a tiveram?


Foi por essas situações de "sorte", do "acaso" ou seja lá de outra coisa, que às tantas, lá na Guiné, me comecei a interrogar e a "filosofar" comigo. Será isto o destino? Será que o destino está mesmo traçado? Será que ao nascer a nossa vida já está de facto pré-definida? Podem crer que a partir de algumas situações que ocorreram comigo e que me levaram a esses questionamentos interiores, passei a acreditar nesse determinismo.


Quanto às vias de comunicação, a que chamas "estrada", sempre que escrevo algo sobre as paragens que pisei, uso "itinerário", com excepção dos percursos, Bissau-Mansabá e Bissau-Teixeira Pinto-Bachile, onde uso "estrada", uma vez que eram asfaltadas e dignas desse vocábulo. Todas as outras por onde circulei, não passavam de "picadas".


Os abastecimentos, a logística em geral, das NT movimentavam e ocupavam de facto muitos efectivos. Mesmo no Sector de Mansoa, quando lá estive, isso era uma realidade.


Por Mansoa passavam, várias vezes por mês, colunas de abastecimentos para Bissorã e Olossato, em que o pessoal da CCaç 2589,  destacado em Braia e no Infandre,  tinha de assegurar a limpeza do itinerário até ao alto de Namedão, bem como a segurança com emboscadas nos pontos "mais vulneráveis". 


Quanto às colunas para Mansabá, não havia necessidade de picar a estrada, mas montar a segurança, pelo pessoal destacado em Cutia, quase no limite da zona, visto haver um cruzamento com um dos carreiros IN Sara/Canjambari-Morés.


Abraços
Jorge Picado


PS - Quando me refiro ao pessoal da CCaç 2589 (Mansoa, Braia, Infandre e Cutia), quero indicar todo aquele que dependia desse comando e não apenas o da subunidade orgânica.

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Nota de L. G.:

Último poste da série > 10 de Dezembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7415: (Ex)citações (118): A propósito do vídeo da ORTF sobre a Op Ostra Amarga: "As imagens que vi, foram uma espécie de murro no estômago e cimentaram a admiração que nutro por todos aqueles que sentiram o silêncio bem no meio do capim" (Miguel Sentieiro)

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Guiné 63/74 – P5000: Filatelia(s) (3): Selos emitidos pelo novo Estado da GUINÉ-BISSAU Após a Proclamação da Independência (Jorge Picado)


1. Mensagem de Jorge Picado (*), ex-Cap Mil da CCAÇ 2589/BCAÇ 2885, Mansoa, CART 2732, Mansabá e CAOP 1, Teixeira Pinto, 1970/72, com data de 12 de Julho de 2009:

Camaradas,

Dando andamento à sugestão do nosso Editor Chefe, sobre selos da Guiné-Bissau, após a publicação da 1.ª emissão, que o nosso caríssimo pira da minha saudosa MANSOA, adquiriu in loco, como possuo algumas das emissões deste Estado, bem como de Cabo Verde, Angola, Moçambique e até S. Tomé e Príncipe, vou enviar digitalizações das minhas folhas (Guiné-Bissau), ainda que não por ordem de emissão.

Após a Proclamação da Independência, foram emitidos os seguintes selos pelo novo Estado da GUINÉ-BISSAU:

1.º - 1974 - Proclamação do Estado. Efígie de Amílcar Cabral. São os que já foram publicados.
2.º - 1975 – Selo da República Portuguesa de 1973, comemorativo do Centenário da OMI-OMM, com sobrecarga, impressa a preto. (Ainda não o digitalizei).
3.º - 1975 – O 1.º, com fundo azul e a data “24 de Setembro de 1973”, mas também existe a mesma série com a data “21 de Setembro de 1973” ??? (Não possuo).
4.º - 1976 – Fundação do Partido. “19 de Setembro de 1956”.
5.º - 1976 – Aniversário de Amílcar Cabral.
6.º - 1976 – Proclamação da Independência.

Destes 3 últimos, cuja taxa é em pesos, também há as séries com a taxa em escudos, mas não as tenho.

7.º - 1976 - Trasladação dos Restos Mortais de Amílcar Cabral.
8.º - 1976 - XX Aniversário do PAIGC.
9.º - 1976 – Máscaras e Folclore, correio normal e correio aéreo.
11.º - 1977 – III Congresso do PAIGC.

Na folha onde tenho as emissões indicadas em 4.º; 5.º, 6.º e 7.º lugar, há também um selo da emissão de Cabo Verde referente ao 3.º Aniversário do assassinato de Amílcar Cabral.


Por sua vez na folha onde se encontram as séries indicadas em 8.º e 11.º lugar, estão também os selos emitidos em Cabo Verde e relativos a esses eventos.

Entretanto posso ir mandando outros desde que julguem ser de publicar.

Abraços para toda a equipa editorial que torno extensivos a todos os caríssimos camaradas.

Um abraço Amigo,
Jorge Picado
Cap Mil da CCAÇ 2589/BCAÇ 2885 e CART 2732

Documentos: © Jorge Picado (2009). Direitos reservados.
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Notas de M.R.:

Vd. postes anteriores desta série em:

15 de Setembro de 2009 > Guiné 63/74 - P4952: Filatelia(s) (2): Envelopes e selos comemorativos da Proclamação do Estado da Guiné-Bissau - 1974 (Magalhães Ribeiro)

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Guiné 63/74 - P4681: Estórias de Jorge Picado (9): A minha passagem pelo CAOP 1 - Teixeira Pinto (V): Passeio fluvial pelos rios Baboque e Mansoa

1. Mensagem de Jorge Picado (*), ex-Cap Mil da CCAÇ 2589/BCAÇ 2885, Mansoa, CART 2732, Mansabá e CAOP 1, Teixeira Pinto, 1970/72, com data de 12 de Julho de 2009:

Caríssimos Carlos, Luís, Briote e MRibeiro

Deu-me hoje na mona para escrevinhar umas recordações do passado.
Se entenderem que não são oportunas, delete...m-nas.

Abraços para todos e que as férias que se aproximam serenem os ânimos.
Jorge Picado


PASSEIO FLUVIAL NO RIO BABOQUE E RIO MANSOA

Indiferente às guerrilhas, armadilhas e outras ratoeiras que alguns nos vão lançando pelo caminho, tentando eliminar-nos ou pelo menos desmoralizar-nos para que não contemos as nossas estórias, porque não são feitos bélicos ou não se enquadram nos altos valores que defendem e a que só eles se julgam com direito, vou tentar passar a escrito um passeio de barco que fiz na outrora florescente estância de veraneio da Guiné Portuguesa.

Este passeio ocorreu num belo domingo, tal como a maioria dos passeios que se fazem aos fins de semana, dia 29 de Agosto do longínquo ano de 1971.
Já lá vão pois cerca de 38 anos... vejam lá... mais do que a idade que então tinha... Ai como eram belos ainda os 33 aninhos...

I. JETE, c/ T.C. Herdade, Reg. Agr. Dias, das 13.30 às 17.10. Banhos de água salgada ao dobrar UMPACACA”.

É a parca anotação que consta nos meus poucos registos e vai a azul como homenagem marítima.

Começando pelas apresentações direi:

I.JETE – uma grande zona baixa toda recortada por linhas de água que a tornavam de facto uma ilha, ainda que não fosse no mar, como a ILHA de JETA em pleno Atlântico frente a CAIÓ. Situada a Sul de PELUNDO, as suas margens Sul eram banhadas pelo Rio MANSOA e tinham na sua frente a ILHA de LISBOA. Havia uma picada de PELUNDO para lá, encontrando-se um Pel da CCaç 3307 aí instalado;

T.C. Herdade – Ten Cor Herdade (Ten Cor Inf Nívio José Ramos Herdade), Cmdt do BCaç 3833 colocado no Sector 07, com sede em PELUNDO e abrangendo CÓ e JOLMETE;

Reg. Agr. Dias – como já mencionei num escrito anterior, era o técnico dos SAF de BISSAU responsável ou encarregado pelo andamento dos trabalhos agrícolas da zona do CAOP 1. Tendo chegado a 27, já tínhamos visitado CAJEGUTE e CAIÓ, seguindo agora para JETE, onde julgo que terminou esta inspecção;

UMPACACA – o nome do lado nascente da foz do Rio BABOQUE que, vindo de TEIXEIRA PINTO, desagua no Rio MANSOA. Digamos assim qual Cabo das Minhas Tormentas;

Objectivo – ajuizar do estado dos trabalhos de recuperação das bolanhas daquela(s) Tabanca(s).

Embarcámos no Cais ou Porto de TEIXEIRA PINTO e começou aí o meu espanto. Era a primeira vez que me confrontava com tal meio de navegação.

Sendo oriundo de uma terra marítima e de marinheiros, farto de ver (e de andar na ria) barcos de ria e de mar, de várias dimensões e feitios, que se deslocavam com a força de braços (remos e varas), movidos pelo vento ou a motor fora e dentro de borda, fiquei extasiado quando me fazem entrar naquilo que julgava ser uma banheira de fibra a que tinham acoplado um motor fora de borda e chamavam agora pomposamente barco.
Sinceramente, foi esse o meu primeiro pensamento.
Nunca tinha visto tal... mas logo me interpelaram:

- Então não entra no SINTEX?.

Estava à espera de um zebro, dos Fuzos... e sai-me uma banheira…

Na fotografia que anexo do Porto de TEIXEIRA PINTO, obtida em algum dia festivo, pela manga de pessoal presente, vê-se pelo menos um zebro junto de uma LDP (?) que está atracada a um barco de cabotagem, já que não tem ar de ser da Marinha de Guerra.
Nunca tinha reparado no tal Sintex, se é que ele lá costumava parar.


Pois é camarigos Luís Graça e Mexia Alves (desculpem-me os outros que também neles andaram, mas estes dois é que andam sempre a exibir-se fotograficamente em trajes, mais apropriados a quem vai a banhos - depois não se queixem se aparecer algum mirone a dizer que não andavam na guerra -, pavoneando-se no GEBA-ESTREITO), não tenho é foto para me vangloriar igualmente e, quanto a fatiota, íamos todos devidamente equipados, com fardamento de trabalho como garbosos militares das nossas FA.

Sentando-me naquilo que se chamaria proa ou popa, por causa das coisas, i.é. o meu desconhecimento daquela prática chamada natação, disfarçadamente tinha colocado dois coletes de salvamento ao alcance das mãos, não fosse o diabo tecê-las... de modo que, ao dobrar o tal Cabo ou seja, quando entrámos no Rio MANSOA, coloquei mesmo um no regaço a servir quase de antepara aos banhos forçados das águas salgadas desse rio, consequência das fortes bátegas que eram projectadas pelo encontro daquela pseudo popa, mais parecida como uma antepara, contra a corrente e forte ondulação do MANSOA, que naquele local tem uma largura de quase 6 quilómetros.

Na imagem obtida no Google Earth, que anexo, onde se pode visualizar o trajecto desde o ponto de partida 1, até ao presumível ponto de chegada 2, onde ainda em 31JAN06 (data das respectivas imagens do Google) se localizam os arrozais, são cerca de 20 km. O ponto 3 assinalado, era o ancoradouro existente na Carta Militar, mas fica no lado oposto aos arrozais, pelo que não era lógico aportarmos aí.
Se algum camarada desse tempo que lá estivesse estacionado ou, ainda melhor seria, o militar – 1.º Cabo – condutor do barco, aparecessem para contar...


Só por curiosidade direi que no dia 25JUN70, foi sensivelmente nesta zona do Rio MANSOA, que foi engolido pelas suas águas o helicóptero que transportava os Deputados da ANP tendo morrido os seus ocupantes.

Eu lembrava-me, por isso não ia muito satisfeito...

Mas tudo correu bem e, às 17H10M, desembarquei novamente em TEIXEIRA PINTO.

Jorge Picado
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Nota de CV:

(*) Vd. poste de 1 de Julho de 2009 > Guiné 63/74 - P4620: Estórias de Jorge Picado (8): A minha passagem pelo CAOP 1 - Teixeira Pinto (IV): Reunião com o Secretário Geral - Informação

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Guiné 63/74 - P4620: Estórias de Jorge Picado (8): A minha passagem pelo CAOP 1 - Teixeira Pinto (IV): Reunião com o Secretário Geral - Informação

1. Mensagem de Jorge Picado, ex-Cap Mil da CCAÇ 2589/BCAÇ 2885, Mansoa, CART 2732, Mansabá e CAOP 1, Teixeira Pinto, 1970/72, com data de 26 de Junho de 2009:

Caros amigos e camaradas, Luís, Briote, Vinhal e MRibeiro
Segue mais uma transcrição duma informação que elaborei em 17NOV71, lá no CAOP 1.

Abraços para vós e todos os camaradas da Guiné
Jorge Picado


INFORMAÇÃO

Sobre o exposto em 01.a. da nota nº. 3561/POP/71 de 14NOV71 do COMCHEFE POP informo o seguinte:

1-1 - A MSG 2585/POP de 10AGO71 endereçada ao BCAÇ 2905 e mais 02 Unidades e não enviada a este CAOP 1, diz o seguinte:

“Deve levantar máxima urgência até 20AGO árvores disposição essa Serviços Agricultura. Plantio deverá ser efectuado obrigatoriamente durante mês corrente.”

2-2 - Nesta altura as árvores à disposição do BCAÇ 2905 eram apenas as que constavam da distribuição feita através da nota nº. 1873/POP/71, de 21MAI71, do COMCHEFE POP, que a seguir se indicam:

Bananeiras... 4000
Limoeiros... 400
Mangueiros...350 no início das chuvas, 200 no fim das chuvas

Aquele BCAÇ não tinha conhecimento dos cajueiros.

3-3 - Acerca dos cajueiros, foi perguntado a este Comando se estava interessado neles e em bissilons e caso afirmativo quais as quantidades (MSG 2465/POP, de 23JUL71, do COMCHEFE POP).

4-4 - Transcreveu-se a referida MSG para o Delegado dos SAF em T.PINTO (N/MSG 5940 de 24JUL71), que informou verbalmente haver interesse só nos cajueiros e em número de 10000.

5-5 - Pela N/MSG 6008 de 29JUL71 informou-se o COMCHEFE POP que desejávamos 10000 pés de cajueiros, tendo sido comunicado à Rep. Prov. dos SAF que deviam ser fornecidos 1500 ao CAOP 1, que contactaria com aqueles Serviços (Nota nº. 2517/POP/71, de 30JUL71, do COMCHEFE POP).

6-6 - Em 01AGO71 transcreveu-se aquela nota ao Delegado dos SAF em T.PINTO, solicitando-se os bons ofícios no sentido de contactar com a Rep. Prov. dos SAF a fim de que nos fossem enviados os referidos cajueiros (N/Nota nº. 6042, de 01AGO71). Aquele Delegado informou verbalmente que a plantação deveria ser feita no fim das chuvas, portanto só a partir de Setembro. Em conversas posteriores, foi-nos sempre focado que a plantação deveria ser efectuada com as últimas chuvas.

7-7 - Quando aquele Delegado informou que estava na altura de se começar a preparar a plantação dos cajueiros, até porque a população só no fim de Setembro acabaria as suas lavouras e ficava disponível para os trabalhos de preparação (limpeza e abertura de covas) dos pomares, foi solicitado ao BCAÇ 2905, com conhecimento à Autoridade Administrativa, a distribuição de pés a efectuar pelos diversos Reordenamentos e as providencias necessárias para que fossem executados os trabalhos inerentes à plantação daquelas árvores (N/Nota nº. 6484, de 24SET71).

8-8 - Dado que o Delegado dos SAF informou nos princípios de Outubro, não possuir viatura para o transporte dos 1500 pés de cajueiro de BISSAU para T.PINTO, como tinha sido transmitido pela N/Nota nº. 6042, de 01AGO71 (veja-se alínea 6), comunicou-se ao BCAÇ 2905 para efectuar o levantamento e o transporte das plantas em causa (N/Nota nº. 6637, de 09OUT71).

9-9 - Quanto ao indicado na alínea 1.b da nota em questão, não se tem conhecimento de quaisquer insistências para que fossem levantadas as plantas à disposição do CAOP 1.

Quartel em Teixeira Pinto, 17 de Novembro de 1971

As) JMSPicado
Cap.Mil.


Esta informação elaborada para resposta a nota do ComChefe, sobre assuntos respeitantes ao apoio agrícola das Populações, era sem dúvida para “colocar os pontos nos is” a alguma “piçada” que os “Senhores do ar condicionado se preparavam para dar ou quereriam dar” a alguém.

Do CAOP 1? Do BCaç 2905? Dos SAF da Província ou do seu Delegado em T.Pinto?
Não tenho qualquer ideia, mas deve ter havido qualquer coisa que não correu bem com a plantação daquelas Fruteiras.
É claro que não posso afirmar que se fosse outro a responder o fizesse com tanta minúcia.

Mas comigo isto era assim. Não costumava “encanar a perna à rã”, como por vezes se diz de quem se fica por meias respostas.
Posso sem qualquer dúvida afirmar que sobre este assunto, procurei todos os documentos existentes e falei com os prováveis intervenientes, para “escarrapachar” tudo que houvesse na resposta.

No que dependesse de mim, “burocraticamente” não me apanhavam.
Tinha uma tarimba já muito grande, neste capítulo da minha actividade profissional (burocracia estatal), graças a um excelente mestre que apanhei quando fui colocado nos Serviços Regionais. Estava farto de responder a funcionários do Terreiro do Paço (da Agricultura) que tecnicamente “nada pescavam” do assunto, mas de questões burocráticas eram catedráticos doutorados!!!

Claro que o assunto ficou arrumado e não houve mais notas.

Jorge Picado




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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 5 de Junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4465: Estórias de Jorge Picado (7): A minha passagem pelo CAOP 1 - Teixeira Pinto (III Parte)