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quarta-feira, 5 de junho de 2013

Guiné 63/74 - P11673: Álbum fotográfico de Carlos Fraga (ex-alf mil, 3ª CCAÇ / BCAÇ 4612/72, Mansoa, 1973) (9): 3 vistas aéreas de Guileje


Guiné > Região de Tombali > Guileje > Foto nº 1 > Foto aérea, tirada no sentido sul-norte. A leste de Guileje ficava a estrada Aldeia Formosa - Gandembel - Cacine e a fronteira (em linha recta, cerca de  8 km, ao alcance portanto da nossa artilharia: peça 11.4 e depois, no final, em maio de 1973, o obus 14)



Guiné > Região de Tombali > Guileje > Foto 1 A > Pormenor da foto aérea, tirada no sentido sul-norte, mostrando o essencila da área ocupada pelo quartel e tabanca. A vermelho, a fiada de arame farpado. À direita, ficavam os 3 espaldões de artilharia (peças 11.4, apontadas para a fronteira).


Guiné > Região de Tombali > Guileje > Foto nº 2 > Foto aérea tirada no sentido norte -sul. Do lado esquerdo, é visível o começo da pista de aviação e uma aeronave.  Também é bem nítida a  a rede de arame farpado, os abrigos subterrâneos,  as principais instalações das NT, e as viaturas. O aquartelamento era atravessado pela estrada (, ao conto superior direito,) que levava à fonte, no rio Afiá,   e a Mejo).


Guiné > Região de Tombali > Guileje >Foto 2 A > Pormenor do aquartelamento ( com as suas  instalações mais importantes).


Guiné > Região de Tombali > Guileje >Foto 3  >  Outra vista aérea, a preto e branco,  tirada no sentido sul-norte.




Guiné > Região de Tombali > Guileje > Fotop nº 3A > A preto, assinalada a rede de arame farpado; e a vermelho os três espaldões da artilharia (apontedaos para a fronteira, a leste)



Guiné > Região de Tombali > Guileje > Foto 3B > A preto,  a rede de arame farpado...m A vermelho, a capelinha, erigida no tempo do Zé Neto (CART 1613, 1967/68) e reedificada pela Ad - Acção para o Desenvolvimento, no âmbito do Núcleo Museológico Memória de Guiledje.

Fotos: © Carlos Fraga (2013). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: L.G.]




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Guiné > Região de Tombali > Guileje > 1966: Planta do aquartelamento. Orientação Norte-Sul. Guileje ficava entre Mejo, a noroeste, na estrada que dava a Bedanda, e a estrada do sul, Quebo-Gandembel-Gadamel-Cacine, paralela à fronteira com a Guiné-Conacri. Mapa desenhado por Nuno Rubim (1998).

Infografia: © Nuno Rubim (2005). Todos os direitos reservados. 






Guiné > Região de Tombali > Guileje > 1973 > Croquis do aquartelamento e tabanca, desenhado à mão pelo fur mil op esp José Casimiro Carvalho (CCAÇ 8350, 1972/73), e enviado pelo correio a seu pai.

Legenda:

(i) Pelo que se consegue perceber nes infografia, o aquartelamento e a tabanca de Guileje formavam um rectângulo (ou mesmo um quadrado, em 1967, segundo o Zé Neto, com 250 m x 250 m]. todo minado à volta, na parte desmatada, com minas, armadilhas e fornilhos;

(ii) A orientação parece ser leste-oeste, estando  as peças de artilharia de 11.4, em número de três, apontadas para a fronteira com a República da Guiné-Conacri;

(iii) Podem ver-se ainda as posições dos morteiros, a verde: dois 81 (incluindo o 'meu', o que era operado pela secção do Furriel Carvalho, do lado oeste, junto a um dos abrigos) e dois 10,7;

(iv) No lado esquerdo (, neste caso, a norte do aquartelamento), há um campo de futebol, uma pista de aterragem de aeronaves e um heliporto;

(v) Ao longo do perímetro do aquartelamento, há arame farpado, postos de iluminação, postos de sentinela (cinco), abrigos e valas, todos devidamente assinalados;

(vi) As palhotas da tabanca situam-se dentro do perímetro do aquartelamento;

(vii) O trilho que corre a noroeste da pista de aviação era o trilho da água, o que significava que as NT e a população precisavam de sair do perímetro defensivo para se abastecer do precioso líquido;

(viii) A esttrada que atravessava o aquartelamento e a tabanca, no sentido leste-oeste,  era a que seguia para Mejo e Bedanda (a noroeste) e ligava a sul à estrada de Quebo- Gadamael - Gadamael Cacine, ao longo da fronteira.

Infografia: © José Casimiro Carvalho (2005)/ Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados.



Guiné < Região de Tombali > mapa de Guileje (1956) > Escala 1/50 mil > Pormenor: posição relativa da povoação de Guileje, situada a cerca de 8 km da fronteira com a Guiné-Cronaki (a leste).

Infografia: © Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2013). Todos os direitos reservados.

1. Comtinuação da publicação do álbum de Carlos Fraga, que alf mil,  na 3ª CCAÇ/BCAÇ 4612/72, na segunda metade do ano de 1973, indo depois comandar, como capitão,  uma companhia em Moçambique, a seguir ao 25 de abril de 1974).

Quando o alf mil Carlos Fraga chegou ao TO da Guiné, por volta de meados de 1973, já Guileje tinha sido retirada pelas NT (em 22 de maio de 1973). O acontecimento deve ter tido algum impacto  no moral das NT, a ponto de se venderem, em Bissau e noutros sítios (como Mansoa),  fotos como estas.

São três fotos (a um preto e branco) que fazem parte do álbum do Carlos Fraga e que, naturalmente, não foram tiradas por ele que nunca esteve em Guileje. Ele disse-nos explicitamente que as comprou. E é difícil, se não mesmo impossível, identificar a autoria das fotos.

Guileje fazia parte dos 3 G: Guidaje, Guileje e Gadamael... Estes três topónimos eram pronunciados,  em Bissau e noutros sítios do território,  em meados de 1973, com respeito. Tal como Madina do Boé e o Rio Corubal,  quando eu cheguei a Bissau, em finais de maio de 1969... (LG)

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Nota do editor:

Último poste da série > 22 de maio de 2013 > Guiné 63/74 - P11609: Álbum fotográfico de Carlos Fraga (ex-alf mil, 3ª CCAÇ / BCAÇ 4612/72, Mansoa, 1973) (8): Mansoa, espaldão do morteiro 81, e pessoal na caserna matando o tempo a jogar cartas...

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Guiné 63/74 - P11609: Álbum fotográfico de Carlos Fraga (ex-alf mil, 3ª CCAÇ / BCAÇ 4612/72, Mansoa, 1973) (8): Mansoa, espaldão do morteiro 81, e pessoal na caserna matando o tempo a jogar cartas...


Guiné > Região do Oio > Mansoa > BCAÇ 4612/72 (1972/4) > Foto nº 35 > Espaldão do morteiro 81 (1) 


Guiné > Região do Oio > Mansoa > BCAÇ 4612/72 (1972/4) > Foto nº 81 > Espaldão do morteiro 81 (2)


Guiné > Região do Oio > Mansoa > BCAÇ 4612/72 (1972/4) > Foto nº 80 >   Pessoal da 3ª Companhia.  Na caserna a passar o tempo na jogatana (1)


Guiné > Região do Oio > Mansoa > BCAÇ 4612/72 (1972/4) > Foto nº 80 > Pessoal da 2ª Companhia.  na caserna a passar o tempo na jogatana (1)



Guiné > Região do Oio > Mansoa > BCAÇ 4612/72 (1972/4) > Foto nº 30- Pessoal da 3ª Comp. Na caserna a passar o tempo na jogatana



Guiné > Região do Oio > Mansoa > BCAÇ 4612/72 (1972/4) > Foto nº 47 > Pessoal da 3ª Comp na caserna. Na foto vê-se uma rede mosquiteira.


Fotos: © Carlos Alberto Fraga (2013). Todos os direitos reservados [Edição: LG]


1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do Carlos Fraga (*),  nosso tabanqueiro que  esteve em Mansoa, no 2º semestre de 1973, como alf mil (da 3ª CCAÇ/BCAÇ 4612/72), indo depois comandar uma companhia em Moçambique, já depois de 25 de abril de 1974.

Publicam-se hoje fotos de Mansoa, de militares da 2ª CCAÇ e da 3ª CCAÇ / BCAÇ 4612/72  na caserna. a matar o tempo na jogatana de cartas.

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Nota do editor:

Último poste da série > 15 de maio de 2013 > Guiné 63/74 - P11569: Álbum fotográfico de Carlos Fraga (ex-alf mil, 3ª CCAÇ / BCAÇ 4612/72, Mansoa, 1973) (7): Armamento do PAIGC (fotos de Ângelo Gago; legenda de Luís Dias)

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Guiné 63/74 - P11572: 9º aniversário do nosso blogue: Questionário aos leitores (48): Respostas (nºs 102/103/104) : Carlos Fraga (3ª CCAÇ/BCAÇ 4612/72, Mansoa, 1973); Francisco Palma (CCAV 2748, Canquelifá, 1970/72); e José Alberto PInto (CCS/BCAV 8320, Bula e Cumeré, 1971/74)

Resposta nº 102 > Carlos Fraga [, ex-alf mil, 3ª CCAÇ/BCAÇ 4612/72, em 1973, indo depois comandar uma companhia em Moçambique, a seguir ao 25 de abril de 1974].

(1) Quando é que descobriste o blogue ?

Há poucos meses (3 ou 4).

ápoucos meses
(2) Como ou através de quem ? (por ex., pesquisa no Google, informação de um camarada)

Através do nosso camarada Jorge Canhão.


(3) És membro da nossa Tabanca Grande (ou tertúlia) ? Se sim, desde quando ?

Sim, desde 16 de abril de 2013.


(4) Com que regularidade visitas o blogue ? (Diariamente, semanalmente, de tempos a tempos...)

Diariamente.


(5) Tens mandado (ou gostarias de mandar mais) material para o Blogue (fotos, textos, comentários, etc.) ?

Tenho mandado.


(6) Conheces também a nossa página no Facebook [Tabanca Grande Luís Graça] ?

Sim.

(7) Vais mais vezes ao Facebook do que ao Blogue ?

Ao Blogue.

(8) O que gostas mais do Blogue ? E do Facebook ?

Tudo tem interesse mas o que gosto mais são a narrativa das experiências vividas e a análise das situações.  Aderi à página no Facebook há poucos dias. É cedo para me pronunciar. De qualquer forma não sou assíduo no Facebook. 

(9) O que gostas menos do Blogue ? E do Facebook ?

Não há nada que goste menos

(10) Tens dificuldade, ultimamente, em aceder ao Blogue ? (Tem havido queixas de lentidão no acesso...)

Não.


(11) O que é que o Blogue representou (ou representa ainda hoje) para ti ? E a nossa página no Facebook ?

Penso que o Blogue é muito importante como forma de partilha de experiência no teatro de guerra que foi a Guiné e como reconstituição na 1.ª pessoa de experiências e situações que se viveram. Para além disso permite que os ex-combatentes se expressem e tragam a público muita coisa que, a não ser assim, não seriam conhecidas. Por mim falo. Não fora o Blogue e os meus slides e fotos da Guiné não passariam do álbum de família. Por último, creio que se está a construir a História e a fornecer material preciosos para investigadores que se debrucem sobre o que foi a guerra na Guiné.  Xii, escrevi muito, quase uma dissertação…

(12) Já alguma vez participaste num dos nossos anteriores encontros nacionais ?

Não.

(13) Este ano, estás a pensar ir ao VIII Encontro Nacional, no dia 8 de junho, em Monte Real ?

Creio que me será difícil embora tivesse muito gosto em rever pessoas que não vejo há muitos anos como, por ex., o anfitrião ex-alf mil Joaqum Mexia Alves [, que esteve em Mansoa, na CCAÇ 15, em 1973].


(14) E, por fim, achas que o blogue ainda tem fôlego, força anímica, garra... para continuar ?

Creio que sim. Enquanto houver quem queira partilhar as experiências da Guiné e fazer História.

(15) Outras críticas, sugestões, comentários que queiras fazer.


Resposta nº 103 > Francisco Palma [, ex-sol cond auto, CCAV 2748/BCAV 2922, Canquelifá, 1970/72]

(1) Quando é que descobriste o blogue ?

R. Desde Setembro de 2007 que sou membro e Tabanqueiro [, 5 de novembro de 2007]

(2) Como ou através de quem ? (por ex., pesquisa no Google, informação de um camarada)

R. Soube através de outros camaradas ex- combatentes da Guiné

(3) És membro da nossa Tabanca Grande (ou tertúlia) ? Se sim, desde quando ?

R: Sim,  sou membro da Tabanca Grande (tertulia) creio que desde 2007 ( salvo erro ou omissão)

(4) Com que regularidade visitas o blogue ? (Diariamente, semanalmente, de tempos a tempos...)

R. Visito de tempos em tempos e sempre que preciso de consultar e ler os artigos expostos por camaradas combatentes .

(5) Tens mandado (ou gostarias de mandar mais) material para o Blogue (fotos, textos, comentários, etc.) ?

R: Tenho mandado vários textos e fotos e pedidos de publicações de Convívios,

(6) Conheces também a nossa página no Facebook [Tabanca Grande Luís Graça] ?

R: Sinceramente não a tenha consultado até esta data , talvez por falta de informação da sua existência.

(7) Vais mais vezes ao Facebook do que ao Blogue ?

R: Vou mais vezes ao Bloque e á Tabanca Grande do que ao Facebook.


(8) O que gostas mais do Blogue ? E do Facebook ?

R: Gosto de ler os relatos de vivências de guerra narrados no bloque , que acho alguns interessantes, quando simples sem demasiada literatura "oca" .

(9) O que gostas menos do Blogue ? E do Facebook ?

R. Não aprecio algumas narrativas demasiado extensas, histórias pessoais, que não mexem com os combatentes, e que talvez contivessem matéria para compor um Livro, Não gosto de não poder aceder directamente ao bloque e publicar as minhas narrativas , sem passarem, pela apreciação dos co-editores. Acho demasiado usadas/repetidas as narrativas alongadas dos acontecimentos de Guileje, Gadamael. Haverá mais sitios com tão graves acontecimentos~. 

(10) Tens dificuldade, ultimamente, em aceder ao Blogue ? (Tem havido queixas de lentidão no acesso...)

R. Nota-se com frequencia uma enorme lentidão nos CPU a 100% dos PC na abertura da pagina do Bloque. 

(11) O que é que o Blogue representou (ou representa ainda hoje) para ti ? E a nossa página no Facebook ?

R: O bloque representa sempre um arquivo das memórias e vivências passadas no TO da Guiné.embora o julgue ultrapassado em certa medida pela constante aparição de vários (demasiados) Grupos e outras Associações de Combatentes .no FaceBook, repito não tenho consultado o Blogue no FaceBook.

(12) Já alguma vez participaste num dos nossos anteriores encontros nacionais ?

R: Até hoje ainda não participei.

(13) Este ano, estás a pensar ir ao VIII Encontro Nacional, no dia 8 de Junho, em Monte Real ?

R: Não está nos meus planos comparecer, este ano, no encontro em Monte Real. que acho um optimo local para o evento.

(14) E, por fim, achas que o blogue ainda tem fôlego, força anímica, garra... para continuar ?

R: Penso que tem força para continuar ,o fôlego tem que ser dado com inovações a curto prazo ou seja adaptado com actualizações, face á "concorrência" dos Grupos e Associações atrás referidas-publicadas no Facebook e de facil participação e "desabafo" abertos a todos os combatentes, neste caso seria exclusivo aos da Guiné.

(15) Outras críticas, sugestões, comentários que queiras fazer.

R: Creio que nas varias respostas acima já indiquei algumas críticas a serem tomadas em conta , para além do reforço de que deve haver maior facilidade de acesso ao blogue. nem que se tenha de atribuir uma "password" de segurança e privacidade, por parte dos membros, deste blogue. Reduzir um pouco as Histórias pretençamente intelectuais , mas de rara cultura , por vezes aqui publicadas, sempre pelos "mesmos escritores ".

Melhores cumprimentos fico ao dispor no caso de qualquer assunto menos bem entendido , já que as respostas foram dados com pouco tempov de analise ás mesmas .


Resposta nº 104 > José Alberto Pinto (foto do lado esquerdo), que foi 1º Cabo Escriturário na CCS do BCAV 8320, Bula e Cumeré, 1971/74.


Quero manifestar o meu agradecimento, por tudo o que tenho tido oportunidade de recordar, os meus agradecimentos aos promotores, com votos de muita saúde, para todos!!! Continuem!!!

Abraços, José Pinto. [, Membro da Tabanca Grande, desde 16 de junho de 2012]

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Nota do editor:

Guiné 63/74 - P11569: Álbum fotográfico de Carlos Fraga (ex-alf mil, 3ª CCAÇ / BCAÇ 4612/72, Mansoa, 1973) (7): Armamento do PAIGC (fotos de Ângelo Gago; legenda de Luís Dias)



Foto nº 1


Foto nº 2 



Foto nº 3


Foto nº 4

Guiné > Região do Oio > Mansoa > BCAÇ 4612/72 (19072/74) > Diverso armamento do PAIGC. Fotos de Ângelo Gago que integram o álbum do Carlos Fraga, na altura alf mil, em estágio operacional em Mansoa, e depois cap mil em Moçambique, em 1974.


Fotos: © Ângelo Gago / Carlos Alberto Fraga (2013). Todos os direitos reservados [Edição: LG]


1. Mensagem do Carlos Fraga, com data de 27 de abril último:

Caro Luís:

Fui ao almoço da CCS/BCAÇ 4612/72.

Conheci um ex-soldado condutor auto que me disse que foi a ele a quem adquiri as fotos a preto e branco do armamento apreendido ao PAIGC e apenas essas e que foi ele que as tirou. Terá sido armamento apreendido pelas NT de Mansoa e, posteriormente, enviado para Bissau.

Chama-se Angelo Gago.

Portanto nessas podes pôr que foram cedidas por mim mas tiradas pelo Angelo Gago (o seu a seu dono).

Conheci também lá um Sr. chamado João Catarino Teodósio que me disse que era fotógrafo militar em Mansoa e que tem uma carrada de fotos de lá,  inclusive (estas vi algumas) do início das conversações das NT com o PAIGC. Disse-lhe que te ia passar a informação.Abraço
C. Fraga.

2. Pedido de colaboração ao Luís Dias, em 12 do corrente:

Tu que és o nosso especialista de armamento, vais-me identificar e descrever sumariamente este material, apreendido ao PAIGC em 1973, por malta de Mansoa... Preciso da tua ajuda antes de publicar... Um abraço. Luis Graça

PS - O Carlços Fraga e o Jorge Canhão (3ª C/BCAÇ 4612/72) também podem dar uma ajuda. Fotos adquiridas pelo Carlos Fraga, na 2º metade de 1973, em Mansoa. Fazem parte do álbum dele


3. Imediata resposta do Luís Dias [, ex-alf mil at inf, CCAÇ 3491/BCAÇ 3872, Dulombi e Galomaro, 1971/74; foto à direita]

Caríssimo Luís Graça:

Em relação à 1ª Foto:

São reconhecíveis as empenas de granadas de RPG-7 (as maiores-encostadas à parede e no centro) e as empenas das granadas de RPG-2 (as mais pequenas espalhadas no chão), todas deflagradas. 

Os restos maiores parecem-me ser de granadas do canhão sem recuo russo B-10, de 82 mm (2 cartuchos do propelante e uma cabeça de granada).

Na 2ª Foto

consigo identificar da esquerda  para a direita:

 Um RPG-2 + 1 Granada de RPG-2 intacta+ 1 Espingarda de Assalto Kalashnikov Modelo Ak-47 + 3 carregadores para esta arma (sendo o do meio - tipo liso - dos primórdios deste tipo de arma). 

Na frente e também da esquerda pata a direita,  temos uma mina anti-carro Russa, modelo TM46 ou TMN46 (depende se tem possibilidades de ser armadilhada lateralmente e na base ou sem essa possibilidade), de caixa metálica, contendo 5,7 Kg de TNT, e sendo activada com uma pressão a partir dos 180 Kg e ainda uma mina antipessoal Russa modelo PMD-6, de caixa de madeira, contendo 200g de TNT. Estas minas eram dos modelos  que mais frequentemente o PAIGC utilizava contra as nossas forças.

Na 3ª Foto:

 encontram-se as minas já acima referenciadas, embora na ordem inversa.


Na 4ª e última foto;

está uma metralhadora ligeira Dectyarev, de origem Russa, no modelo RPD, em calibre 7,62 X 39mm M43, com capacidade de disparar 650 tpm. 

A arma falta-lhe o tambor (com capacidade para 100 cartuchos), que é colocado por debaixo da área de alimentação da arma e onde é enrolada a fita com as munições, de forma a evitar o contacto com terra e poeiras. 

A curiosidade da arma - que originalmente é de 1944 - entrando ao serviço no princípio dos anos 1950 nas forças soviéticas - é que só faz rajada e com o pormenor de as fitas metálicas serem envernizadas para melhor correrem na arma, mas é uma óptima metralhadora, relativamente leve (7,4 Kg) e muito equilibrada. 

Possuo um tambor e uma fita completa, que apreendemos num contaco com o IN mas, por azar, nunca apanhei nenhuma (senão tê-la-ia usado no meu Gr Comb).

Em relação a duas granadas visíveis na foto 2 e 3, não sei se serão de artilharia???

Se precisares de elementos técnicos mais específicos do material, posso fornecer.

Um abraço para toda a equipa de editores do blogue e para todos os camaradas que o leem e colaboram.

Luís Dias

4. Já antes o Carlos Fraga me tinha mandado um esboço de legenda:

Caro Luís

A 1.ª é uma grande confusão. São restos de um rocket, restos de RPG e o resto não sei.
A 2ª é uma mina anti-pessoal, uma mina anti-carro e uma bomba da FAP não detonada que eles acoplavam a minas anti-carro,
A 3.ª são iguais mais um RPG e uma Kalashnikov.
A 4ª creio ser uma PPSH (?) [vd. poste de Luís Dias, P5736, de 31/1/2010]

Talvez um especialista em armaneto te elucide melhor. Abraço
_________________

Nota do editor:

Último poste da série > 6 de maio de 2013 > Guiné 63/74 - P11535: Álbum fotográfico de Carlos Fraga (ex-alf mil, 3ª CCAÇ / BCAÇ 4612/72, Mansoa, 1973) (6): Testando armamento (HK 21 e morteiro 60) na berma da estrada, na ausência de carreiro de tiro...

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Guiné 63/74 - P11535: Álbum fotográfico de Carlos Fraga (ex-alf mil, 3ª CCAÇ / BCAÇ 4612/72, Mansoa, 1973) (6): Testando armamento (HK 21 e morteiro 60) na berma da estrada, na ausência de carreiro de tiro...


Foto s/ nº > Mansoa > 1973 > Testando a HK 21 (1)



Foto nº 84   > Mansoa > 1973 > Testando a HK 21 (2)





Foto s/nº  > Mansoa > 1973> Testando a HK 21 (3)


Foto s/nº  > Mansoa > 1973 > Testando o Morteiro 60 (ou morteirete)


Fotos: © Carlos Alberto Fraga (2013). Todos os direitos reservados [Edição: LG]

1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do Carlos Fraga (*), recentemente admitido como membro da nossa Tabanca Grande (nº 611). Recorde-se que ele esteve em Mansoa, no 2º semestre de 1973, como alf mil (da 3ª CCAÇ/BCAÇ 4612/72), indo depois comandar uma companhia em Moçambique, já depois de 25 de abril de 1974.

Publicam-se hoje  fotos de militares da 3ª C/BCAÇ 4612/72  a experimentar  armas no "2º ou 3º dia depois do Choquemone" (**).

Acrescente-se, a talhe de foice, que a maior parte dos setores não tinha... carreira de tiro.  No setor L1, por exemplo, havia, no tempo do Paulo Santiago,  do J.L. Vacas de Carvalho e do Luís Dias, uma carreira de tiro para instrução das novas companhias de milícias. Mas eu não me lembro, no meu tempo, de nenhuma carreira de tiro em Bambadinca. Havia uma em Contuboel, no tempo em que demos instrução de especialidade aos futuros soldados (guineenses) da CCAÇ 12. 

Parece que em Mansoa também não havia carreira de tiro, no 2º semestre de 1973, a avaliar por estas fotos... Por outro lado, no meu termpo, fazer tiro no mato era punido disciplinarmente... Por exemplo, no rio Udunduma, quando se estava lá destacado, fazia-se-se tiro uma vez por outra...Tal como se pescava à granada mas isso podia causar alarme quer em Bambadinca (, sede do batalhão,)  quer nos destacamentos ou tabancas em autodefesa,  à volta (Nhabijões, Amedalai...) ou ainda nos aquartelamentos  mais próximos (por ex., Xime).

No nosso caso (CCAÇ 12, Bambadinca, 1969/71), confiávamos na fiabilidade das nossas armas (nomeadamente da G3), graças ao impecável trabalho do nosso 1º cabo quarteleiro (ou de manutenção de material) João Rito Marques que reencontrei há tempo num convívio, e é natural de Sabugal.



Guiné > Zona leste > Setor L1 > Bambadinca > Centro de Instrução de Milícias (CMIL) > Setembro de 1973 > A Instrução de tiro na carreira de tiro, que era perto da ponte do Rio Udunduma, na nova estrada Bambadinca-Xime.

Foto: © Luis Dias (2008). Todos os direitos reservados.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Guiné 63/74 - P11516: Álbum fotográfico de Carlos Fraga (ex-alf mil, 3ª CCAÇ / BCAÇ 4612/72, Mansoa, 1973) (5): Viaturas Berliet destruídas pela FAP, na sequência do ataque à coluna Farim-Guidaje em 9/5/1973


Foto nº 209


Foto nº 209-A 


Foto nº 212


Foto nº 212 -A


Foto nº 024


Foto nº 024 - A 


Guiné > Região do Oio > "Três fotos das Berliets destruidas aquando do ataque à coluna Farim-Guidage em 9/05/73". Acrescente-se: foram destruídas pela FAP, para evitar que caíssem nas mãos do PAIGC. Fotos do álbum de Carlso Fraga, adquiridas a alguém em Mansoa, em data posterior. (LG).

Fotos (e legendas): © Carlos Alberto Fraga (2013). Todos os direitos reservados [Edição: LG]

1. Mensagem de Carlos Fraga:

Data: 27 de Abril de 2013 à23 17:31
Assunto: Novidades


Caro Luís

Fui ao almoço da CCS/BCAÇ 4612/72.

Conheci um ex-soldado condutor auto que me disse que foi a ele a quem adquiri as fotos a preto e branco do armamento apreendido ao PAIGC e apenas essas e que foi ele que as tirou. Terá sido armamento apreendido pelas NT de Mansoa e, posteriormente, enviado para Bissau.

Chama-se Angelo Gago. Email (...). Portanto nessas podes pôr que foram cedidas por mim mas tiradas pelo Angelo Gago... O seu a seu dono.

Conheci também lá um senhor chamado João Catarino Teodósio, email (...). O que  ele me disse é que era fotógrafo militar em Mansoa e que tem uma carrada de fotos de lá inclusive (estas vi algumas) do início das conversações das NT com o PAIGC. Disse-lhe que te ia passar a informação.

Abraço
C. Fraga


2. Continuação da publicação do álbum fotográfico do Carlos Fraga, recentemente admitido como membro da nossa Tabanca Grande (nº 611) (*). Recorde-se que ele esteve em Mansoa, nos últimos meses de 1973, como alf mil, indo depois comandar uma companhia em Moçambique, já depois de 25 de abril de 1974. Publicam-se hoje "3 fotos das Berliets destruidas [pela FAP] aquando do ataque à coluna Farim-Guidage em 9/05/73". (**)

3. Sobre a "história" destas fotos, o Carlos Fraga mandou-me depois uma mensagem que se anexa a este poste:

As fotos das Berliets obtive-as em Mansoa não sei a quem (talvez aos paraquedistas quando andaram por Mansoa de passagem). A história que me contaram é que na emboscada à coluna Farim-Guidage acabaram por ter de ser abandonadas e que a Força Aérea foi lá bombardeá-las para que não pudessem ser aproveitadas pelo PAIGC fosse como viaturas fosse como propaganda política. Teá sido a FA a destrui-las e não o PAIGC.

A história que me contaram foi que essa coluna foi emboscada dentro da estratégia do PAIGC que pretendeu apoderar-se de Guidage e que era uma coluna de reabastecimento. Felizmente para eles levavam munições à barda pelo que combateram toda a noite mas não terão conseguido passar ou se conseguiram tiveram de qualquer forma de abandonar essas viaturas.

Depois terá havido uma 2.ª coluna (Não sei se houve uma 2ª emboscada) que teve de abrir uma picada paralela por causa da minagem e que ainda terá havido uma 3.ª picada e depois de acabar o cerco a Guidage terá ainda havido uma 4ª. Se foi assim ou não não sei. 

Em 9 de Maio de 1973 não estava na Guiné. Cheguei em Julho ou Agosto,  cerca de 15 dias ou pouco mais depois de Guileje. Abraço. C. Fraga.

4. Comemntário de L.G.:

Guidaje, Guileje, Gadamael... são dossiês que nunca mais fecharemos, enquanto houver um combatente vivo que queira falar desses dias dramáticos e heróicos de maio e junho de 1973...Por sinal, Guidaje, Guileje, Gadamael... foram há 40 anos!.. É uma efeméride que temos de lembrar, m ais uma vez aqui, e as tuas fotos podem bem  ser o ponto de partida para se abrir uma, ou mais umas novas séries no nosso blogue.

No caso de Guidaje, os historiógrafos militares Carlos de Matos Gomes e Aniceto Afonso falam em 6 colunas, realizadas nas seguintes datas:

1ª coluna: 8 a 9 de maio de 1973;
2ª coluna: 10 de maio
3ª coluna: 12 de maio;
4ª coluna: 15 de maio;
5ª coluna: 22 de maio [, a terá que rompido efetivamente o cerco, segundo alguns autores;]
6ª coluna; 29 de maio.

(In: Os anos da guerra colonial: volume 14: 1973 - Perder a guerra e as ilusões. Matosinhos: QuidNovi. 2009, p.45).

Por outro lado, Carlos, o abandono de Guileje dá-se a 22 de maio de 1973... Tu terás chegado a Mansoa  um mês e meio ou dois meses depois (julho/agosto de 1973).

O nosso camarada Manuel Marinho, outro estudioso de Guidaje, diz que as colunas foram mais (vd. comentário ao poste P9934):

1ª - Dia 8 / 9 Maio – Não passa (é a minha).

2ª- Dia 10 Maio – A coluna chega a Guidaje (apenas 1 dia depois da nossa), é rompido o cerco.

3ª Dia 12 Maio – A coluna chega sem incidentes a Guidaje

 4ª Dia 15 Maio- A coluna chega sem incidentes a Guidaje

5ª Dia 19 Maio – Guidaje-Binta – A coluna não passa

6ª Dia 23 Maio – Coluna não passa, mas ao paras da 121 chegam a Guidaje

7ª Dia 29 Maio – Coluna chega a Guidaje ( vou nesta)

8ª Dia 30 Maio – Regresso a Binta das colunas retidas desde 15 Maio

9ª Dia 11 e 12 fazem~se mais duas colunas ida e volta

Balanço: 2 Colunas que não chegam (Binta – Guidaje). 1 Coluna que não chega (Guidaje – Binta).

Depois disto tudo (mês infernal em Guidaje), nada mais acontece de extraordinário na nossa zona de acção, até começamos a fazer a estrada para Guidaje em princípios de 1974, e houve apenas uma emboscada onde sofremos 1 morto mas o IN teve muitos mais.

A situação em Binta e arredores não era em Abril de 1974, diferente daquela dos começos de Janeiro / 73.

Quanto aos fascículos, sou também de opinião que não se deveriam levar a sério, por carecerem de verdade, toda a gente pode escrever o que quiser, mas ser o blogue a dar cobertura a lixo pretensamente literário sobre a guerra na Guiné, é outra coisa diferente.  Um abraço, Manuel Marinho.


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1ª – Coluna Dias 8 / 9 Maio:

1º Cabo Mil Bernardo Moreira Castro Neves, 1ª/Bcaç 4512
Sold António Júlio Carvalho Redondo, 3ª/Bcaç 4512
Fur Mil Arnaldo Marques Bento, Ccaç 14
Sold Lassana Calissa, Ccaç 14 (...)


(...) 9 de Maio de 1973

Saímos de Mansoa [, sede do CAOP1,] com destino a Farim, com uma coluna que leva abastecimentos para a fronteira. Íamos só com a missão de chegar a Farim e voltar. Passámos a noite em Farim, mas fala-se já que não iremos voltar. A coluna que viemos acompanhar, destina-se a Guidaje.

Guidaje, onde nenhuma coluna consegue chegar. Fala-se aqui que da útima coluna que tentou passar: ficaram pelo caminho mais de 20 mortos. Guidaje onde a situação é caótica, onde a aviação já não dá cobertura.

Em Farim assisti à chegada do que restou da última coluna que tentou passar. Vi militares chegarem a pé, sozinhos, completamente aterrados com o que passaram. 


Continuamos em Farim e com a chegada da noite ficamos a saber que somos nós quem vai seguir com a coluna para Guidaje.(...)

21 de novembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5310: O assédio do IN a Guidaje (de Abril a 9 de Maio de 1973) - II Parte (José Manuel Pechorrro)

(...) Falou-se que tiveram 10 feridos graves, cerca de 15 ligeiros e 4 mortos:

- CCaç 14, Fur Mil At 13969971, Arnaldo Marques Bento, de Vila do Conde
- CCaç 14, Sold At Lassana Calisa, 82121669, de Bentém – Nova Lamego
- 1.ª CCAÇ/BCaç 4512/72, 1.º Cab Mil Inf 089943371, Bernardo Moreira de Castro Neves, de Valongo.
- 3.ª CCAÇ/BCaç 4512/72, Sold At 06853872, António Júlio Carvalho Redondo, de Barrela–Vreia de Jales–Vila Pouca de Aguiar.

Deve ter custado aos rapazes, para não deixarem o reabastecimento, aguentaram sitiados, sem comunicações. Penso nos gemidos e lamentações dos feridos, a escuridão, os gritos de guerra dos adversários, o som das armas automáticas, o medo. Aguentaram, não fugiram!


A FAP acorreu e não actuou logo com receio de matar alguém das NT, em sítio não localizado. Acabou por bombardear e incendiar as viaturas a fim de impedir a sua captura. Tinham avistado pessoas em cima delas… Tentaram contacto com a coluna, não obtendo resposta e confirmando via rádio com Binta e Guidage, chegou à conclusão que eram turras… (...)

sábado, 27 de abril de 2013

Guiné 63/74 - P11481: Álbum fotográfico de Carlos Fraga (ex-alf mil, 3ª CCAÇ / BCAÇ 4612/72, Mansoa, 1973) (4): Mansoa, vila e quartel


Foto nº 25 > Mansoa > Daimler destruída na estrada Jugudul-Porto Gole numa emboscada à 2.ª Companhia. Segundo me disseram foi atingida por um RPG que engatou na viseira (tenho um slide - foto nº 43 - com esse pormenor onde se vê o local do impacto mas nessa também se vê na do lado direito) e as munições terão explodido e rebentado com a Daimler de dentro para fora. Vê-se que está queimada e as chapas separadas decorrente da explosão.



Foto nº 43 > Mansoa > Daimler destruída na estrada Jugudul-Porto Gole numa emboscada à 2.ª Companhia. Visível o orifício feito na viseira pela granada de RPG.



Foto nº 51 > Mansoa > A ambulância do quartel.



Foto 9 nº 79 > Mansoa > Bar de oficiais de Mansoa. Da esquerda para a direita, os alf mil Rocha (2ª Comp), Guerra (Pel Rec Daimler), Martins (transmissões), e creio que Torres, da 2ª Comp. Há uma história engraçada com esse bar. O cabo Flores (barman) decidiu enfeitar o bar. Resolveu pendurar umas lâmpadas: 3 lâmpadas uma vermelha, outra verde e outra amarela, ou seja, as cores principais da bandeira portuguesa. Eu sugeri-lhe que pendurasse essas 3 e mais uma negra, 4 ao todo com o que ele concordou. Acontece que o verde, vermelho, amarelo e preto são as cores da bandeira do PAIGC. De forma que eu divertia-me imenso comigo mesmo a ver as cores do PAIGC no bar de oficiais de Mansoa. Não contei aos meus colegas oficiais a «malandrice» subtil mas divertia-me comigo mesmo.

[ Observação do nosso camarada António Graça de Abreu, alf mil,  CAOP1, Teixeira Pinto, Mansoa e Cufar, 1972/74: "Na foto dos alferes no bar, o que está fardado é o alf Tomé, das Transmissões do nosso CAOP 1, e meu companheiro de quarto, em Teixeira Pinto e em Mansoa".]



Foto nº 80 > Mansoa > Soldados da 2ª companhia a passar no tempo, na jogatana. [Identificação feita pelo Jorge Canhão, presume-se].


Foto nº 50 > Mansoa > Torre da igreja de Mansoa. Segundo me contaram num ataque a Mansoa a torre foi atingida por um disparo de canhão e o que se vê é a marca que ficou mesmo após a reparação.

Fotos (e legendas): © Carlos Alberto Fraga (2013). Todos os direitos reservados [Edição: LG]


1. Continuação da publicação do álbum fotográfico
do Carlos Fraga,  recentemente admitido como
membro da nossa Tabanca Grande (nº 611).

Ele esteve em Mansoa, nos últimos meses de 1973, como alf mil, indo depois comandar uma companhia em Moçambique, já depois de 25 de abril de 1974.

Estas fotos, com a devida legendagem fornecida pelo Carlos Fraga, constam de um CD que chegou ao nosso conhecimento através de dois camaradas da mesma companhia, a 3ª CCAÇ / BCAÇ 4612/72, o Agostinho Gaspar e o Jorge Canhão. Mantivemos a numeração original das imagens (a do autor, e não do Jorge Canhão).

Recorde-se o que o Jorge Canhão escreveu sobre o Carlos Fraga: "Sobre o ex-alferes miliciano Carlos Alberto Fraga aqui vão os dados que pediste, pois mesmo agora estive em contacto telefónico com ele, que vive em Faro. Ele fez parte da 3ª Companhia do BCAÇ 4612/72 (cerca de 4 meses, até fim de 73 aproximadamente), como adjunto do comandante da companhia, pois estava a tirar um estágio para capitães. Foi depois graduado em tenente, e foi como capitão comandar uma companhia em Moçambique, acabando o tempo de tropa nos Açores. Por esse motivo, não tinha pelotão atribuído na companhia, podendo ir em qualquer um deles."
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domingo, 21 de abril de 2013

Guiné 63/74 - P11440: Álbum fotográfico de Carlos Fraga (ex-alf mil, 3ª CCAÇ / BCAÇ 4612/72, Mansoa, 1973) (3): Rio Mansoa




Foto nº 42 > Mansoa > 1973 > A antiga ponte sobre o rio Mansoa, destruída.



Foto nº 65 > Mansoa >  1973 > A antiga ponte vista da nova


Foto nº 13 > Mansoa > 1973 >  Rio Mansoa > Canoa nativa



Foto nº 14 > Mansoa > 1973 > As barcaças (ou lá como se chamavam) que faziam a travessia do rio para irmos para Bula. Fomos numa delas. [À distância podem parecer LDM, mas não são].




Foto nº 35 > Mansoa > 1973 > Posto de sentinela junto ao rio




 Foto nº 7 > Mansoa > 1973 > O embarque para Bula. De costas em 1º plano o Cap Salgado Martins, comandante da 3ª CCAÇ / BCAÇ 4612/72.


Fotos: © Carlos Alberto Fraga (2013). Todos os direitos reservados [Edição: LG]



1.  Continuação da publicação do álbum fotográfico do Carlos Fraga, o mais recente membro da nossa Tabanca Grande (nº 611).

Ele esteve em Mansoa, nos últimos meses de 1973, como alf mil,  indo depois comandar uma companhia em Moçambique, já depois de 25 de abril de 1974.

Estas fotos, com a devida legendagem fornecida pelo Carlos Fraga, constam de um CD que chegou ao nosso conhecimento através de dois camaradas da mesma companhia, a 3ª C CAÇ/4612/72, o Agostinho Gaspar e o Jorge Canhão.

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