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segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Guiné 61/74 - P22460: Reavivando memórias do BENG 447 (João Rodrigues Lobo, ex-Alf Mil, cmdt do Pelotão de Transportes Especiais, Brá, 1968/71) - Parte IV: Ordem de serviço, nº 279, de 28 de novembro de 1970, pp. 1 e 2

Foto nº 1 > Guiné > Bissau > Brá > BENG 447 > Janeiro de 1969 > No meu gabinete, individual, recebendo uma mensagem rádio


   
Foto nº 2 > Guiné > Bissau > Brá > BENG 447 > Dezeembro 1969 > Cortando o cabelo, no meu gabinete.

Fotos (e legendas): © João Rodrigues Lobo (2021). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]




1. Mensagem de João Rodrigues Lobo   [ex-alf mil, cmdt Pelotão de Transportes Especiais / BENG 447 (Bissau, Brá, dez1967/fev1971): fez o 1º COM, em Angola, na EAMA, Nova Lisboa; vive em Torres Vedras onde trabalhou durante mais de 3 décadas como chefe dos serviços de aprovisionamento do respetivo hospital distrital; membro nº 841 da Tabanca Grande.]

Date: sábado, 3/07, 23:07 | 
Subject:  Contributos para o blog.

Como combinado começo a enviar o que julgo serem alguns contributos pessoais para o blog, embora um pouco personalizados.

Duas Ordens de Serviço de Maio e Novembro de 1970, cujos originais me foram dados por nelas constar o meu nome, mas que revelam um pouco do que foi o BENG 447, e o que foi por este Batalhão construído.

De notar que a primeira é assinada pelo Major Engº João A.Lopes da Conceição e a segunda pelo Tenente Coronel Engº João António Lopes da Conceição.

À  data apenas Tenentes Coroneis podiam comandar batalhões. No entanto o Brigadeiro António Spinola (Comandante do CTIG), que conhecia a elevada competência do Major Engº Lopes da Conceição, exigiu a sua nomeação para o BENG 447 após o fim da comissão do anterior Comandante, o que foi concedido não obstante um certo desconforto em meios militares. (Ao que julguei na ocasião). Pouco após a sua chegada foi graduado em Tenente Coronel.

Junto mais duas fotos de um Alferes Miliciano, que me parece ter sido um dos poucos a ter direito a um gabinete próprio na Guiné. (Nada de comentários foleiros...);

- Lendo um rádio acabado de receber com os próximos movimentos do PTE  (Foto nº 1); e,

- Cortando o cabelo que por aqueles lados também crescia (Foto nº 2). (Nota: O actual bigode começou a crescer no preciso momento em que aterrei na Guiné, e no fim da comissão já começava a notar-se). A garrafa que se vê está ali por engano, era para despachar no transporte seguinte...

As O.S. têm os nomes cortados pois não sei se a CNPD (Comissão Nacional de Proteção de Dados) os deixaria publicar ou os visados não se oporiam, embora já se tenham passado CINQUENTA ANOS. (chiça, tanto tempo que ainda parece que foi há pouco).

Seria interessante que quem se reconhecesse nestas O.S. ou nas fotos que enviei, se juntasse á Tabanca Grande , dissesse: "Aquele sou eu !!!"  e nos transmitisse as suas opiniões.

Cumprimentos,

AS O.S. seguem em próximos mails devido ao tamanho.




BENG 447 - Ordem de Serviço nº 279, Quartel em Brá, 28 de novembro de 197o, pp. 1 e 2.
_____________

Nota do editor

(*) Último poste da série > 3 de julho de 2021 > Guiné 61/74 - P22339: Reavivando memórias do BENG 447 (João Rodrigues Lobo, ex-cmdt do Pelotão de Transportes Especiais, Brá, 1968/71) - Parte III: Cumeré, março de 1969

quarta-feira, 7 de julho de 2021

Guiné 61/74 - P22346: Fotos à procura de... uma legenda (152): Que estrada seria esta? Brá-Safim-Landim-Bula ou Brá-Safim-Nhacra-Mansoa? (João Rodrigue Lobo / Virgílio Teixeira / José Carvalho / Valdemar Queiroz)


Foto nº 1A


Foto nº 1


Foto nº 1B

Guiné > Bissau > Brá > BENG 447 > PTE (Pelotão de Transportes Especiais) > 1968/1971 > s/d: "uma enorme coluna do PTE".... A estrada (asfaltada) não está identificada, mas podia ser a de Nhacra - Mansoa - Mansabá... Não havia muitas na altura... Vê-se ao fundo aquilo que pode  ser um aquartelamento. Por outro lado, a vegetação é rasteira, dando indícios de capinagem relativamente recente... 

A coluna é encabeçada por duas viatuaras Mercedes, a terceira é um jipe e a quarta é uma viatura cicvil, uma carrinha, branca, de caixa aberta,  com população civil...

Diz-nos, posteriormente, em email,  o autor da foto,o João Rodrigues Lobo, ex-alf mil, cmdt Pelotão de Transportes Especiais / BENG 447 (Bissau, Brá, dez 1967/fev1971):

(...) "Não estive em Bambadinca, aliás só saía esporadicamente acompanhando as viaturas ás obras, especialmente das estradas. (Bem protegidos pelos camaradas de armas; embora levasse a minha G3 bem á mão, eu próprio conduzia, sempre, a viatura onde me deslocava).  A foto acima,  com  "uma enorme coluna de viaturas", e que vocês acharam que poderia ser a estrada Nhacra - Mansoa -Mansambá, foi uma dessas tais colunas. Mas a foto foi tirada após saída de Brá, julgo que para a estrada de Có / Pelundo.

Por essa estrada, de Brá a Có, cheguei a ir em carro civil com outros camaradas, pois a guarnição da jangada de João Landim nos transportou para a outra margem, por, nessa data, a estrada até Có ser considerada segura. (Mas pouco , como depois vim a saber". (...)


Fotos (e legendas): © João Rodrigues Lobo (2021). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Comentários dos nossos leitores ao poste P22302 (*)

(i) José Carvalho:


(...) Na estrada Nhacra -Mansoa - Mansába - Farim, passei inumeras vezes e conhecia-a ao pormenor,mas parece-me decorrido meio século,que não havia no seu traçado uma zona com o declive que a foto revela, nem um aquartelamento em posição cimeira.

(...) Comparando com fotos tiradas (Out 70) na estrada de Nhacra para o Cumeré, verifico algumas semelhanças quer no tipo de orografia, quer no tipo de vegetação adjacente à via. Quem passou pelo Cumeré poderá opinar! (...)

(ii) Luís Graça:

Outra hipótese: as instalações que se veem do lado direito da estrada, e que parecem estar roeados de um extenso perímetro de arame farpado, não poderiam as da emissora da Guiné, em Nhacra ?... O edifício pricipal tem uma certa volumetria e há também algo que também pode ser um depósito de água como uma antena de transmissões... Era natural que o emissor estivesse instalado numa cota mais alta...

Enfim, só fiz este percurso em 2007, altura em que fui ao Cantanhez, passando por Bambadinca e Saltinho... E na volta fui a Mansoa e almocei em Nhacra...com o cor art ref Nuno Rubim!

Veja-se aqui a carta de Bissau (1949), escala 1/50 mil... As cotas são todas baixas...

https://www.ensp.unl.pt/luis.graca/guine_guerracolonial32_mapa_Bissau.html


(iii) Valdemar Queiroz:


Realmente, vendo a fotografia da coluna à primeira vista não parece ter sido tirada na Guiné.
Pelo traçado e estado da estrada, da vegetação envolvente, os postes eléctricos e os edifícios ao alto, não fora a pequena viatura descapotável com pessoal africano, diria tratar-se de uma coluna em instrução na metrópole.

Mas, tratando-se da estrada próximo de Bissau, julgo haver camaradas no blogue que iam de motorizada até Nhacra e mais longe e devem, pelo declive, conhecer este local



Guiné > Sector de Bissau > Carta de Bissau (1949)  > Escala 1/50 mil >Posição relativa de Bissau, Brá, Bissalanca, Safim e Nhacra.

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné  (2021)


2. Mensagem do editor do blogue, enaviado ao VirgílioTeixeira:


Data: quinta-feira, 24 de junho de 2021, 16:02
Assunto: Que estrada seria esta ? Brá-Safim-Landim-Bula ou Brá-Safim-Nhacra-Mansoa ? (**)


Confere esta foto, que segue em anexo (Foto nº 1, acima reproduzida), com as tuas fotos... Andaste por estes sítios, de motorizada...Foste até Safim e paar lá de Safim, a caminho de Nhacra.

Numa das tuas fotos veem-se os postes telegráficos, do lado esquerdo... E de ambos os lados da estrada, há uma larguíssima faixa capinada... Mas o terreno é plano... Ao fundo, do lado esquerdo, há uma tabanca.

Os postes telegráficos são uma boa pista... No interior da Guiné, já não os havia, con as sabotagens do início da guerra...

https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2018/02/uine-6174-p18287-album-fotografico-de.html

https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2021/06/guine-6174-p22302-reavivando-memorias.html



Guiné > Sector de Bissau > Carta de Bissau (1949) > Escala 1/50 mil > Posição relativa de Bissau, Brá, Bissalana e Cumeré (na maregm esquerda do canal do Impernal)

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2021)

3. Memsagem do Virgílio Teixeira, com data de 24 de junho passado:

Começo logo por dizer que quando vi a foto do Lobo, no jeep, quando saiu o poste parecia que era eu mesmo! Tenho fotos nas deslocações do Gabu para Bambadinca, e numa delas muito parecida com esta. Mas não comentei na altura, faço agora.

Estive a ler o meu poste e comentários das minhas loucuras de motorizada, hoje tenho de confessar que, não fossem as fotos,  não acreditava nestes relatos, feitos a uma distância de 50 ou mais anos.

Vejo com alguma nostalgia as mudanças nos nossos comentários, mudou muito e para pior, não sei de quem é a culpa e pouco importa agora, terei a minha dose com toda a certeza.
Vamos ao que interessa e puxar pela tola e ler as minhas fotos, estas e muitas outras.

Nunca vi uma coluna com esta dimensão. Para onde iam tantos camiões? Cumere não era, conheço e não faz sentido uma colunas destas.

Naquele tempo, 68/69, estas estradas eu conhecia bem,  pois era eu o único interveniente, era asfaltada até Bissalanca, depois terra batida. A partir daqui não havia postes telegraficos, que me lembre. O declive que se vê, não era suposto ver de Bissalanca para Safim etc.

O capim era assim, tudo rapado de um lado e outro. Não se via quase tabanca nenhuma, nem pessoal na berma, há uma foto onde se vê um homem, e por ser anormal eu fiz a foto em andamento.

Neste percurso portanto não existia nenhuma instalação como aquela que se vê numa das fotos da coluna. Logo não pode ser depois de Bissalanca.

O mais natural é ser mesmo uma coluna, chegada num navio, toda nova, a caminho de Brá, instalações do BENG 447. Havia nos 10 km desde o mercado de Bandim, muitas zonas tipo rural, sem tabanca nem vegetação, mas com os tais postes.

A mata cortada era uma das necessidades daquele percurso tão movimentado, era afinal a 'cara da Guiné', para os militares e civis visitantes.

Assim concluo, sem absoluta certeza, que é na Guiné, a coluna vem de Bissau a caminho de Brá.

Não poderia ser noutro cenário, salvo outras conclusões que estou pronto a aceitar se tiverem mais força que as minhas.

Dado que fiz isto muitas vezes, algumas com receio por não avistar viva alma, haverá quem fez mais vezes, mas eu como 'turista' via com mais pormenor.

Também colocamos fora de questão que estas imagens sejam para lá de Safim ou Nhacra.
Espero ter ajudado.

Abraço do Virgílio Teixeira

4.
 Mensagem do Virgílio Teixeira, com dat de 25 de junho passado;

Bom dia.

Hoje estive a ver melhor outras fotos nas minhas viagens para Safim, João Landim e Nhacra.
Esta é a  única foto na estrada, e tenho tantas, foi feita a caminho de Bissalanca. Porque é estrada asfaltada. Dali para a frente era terra batida.

A vegetação baixa era uma constante. E vejo uma tabanca do lado esquerdo, coisa que não me lembro para cima.

Se existisse mata e selva,  é claro que eu não ia. Vejo, ou melhor dizendo, que nesta viagem fui acompanhado com o Furriel Riquito, pois foi ele que tirou as fotos onde eu apareço. De  outras  vezes fui sozinho.

As minhas dúvidas são :

1. O que fazia esta grande coluna e para onde se deslocava? Só pode ser na zona de Bissau.  

2. Aquelas instalações, por cima do camião da frente são grandes demais para estarem fora do perímetro de Bissau.

3. Por outro lado se a coluna vai na direcção de Bissau, as instalações do lado direito não vejo o que seria, pois só havia unidades militares do lado direito a caminho de Bissau, daí que seriam ao contrário.

4. As ligeiras elevações da estrada coincidem com aquelas existentes até Bissalanca.

5. Dali para cima era tudo linha recta sem altos e baixos.

6. Como diz o outro.. "penso eu de que"!

Agora também estou curioso. Mas falta-me a memória.
Ab Virgilio



Guiné > Sector de Bissau > Safim >  11 de março  de 1968 > O alf mil SAM Virgílio Teixeira (CCS/ BCAÇ 1933, Nova Lamego e São Domingos, 1967/69), de motorizada, vindo de Bissau, na estrada de Safim, onde havia um cruzamento para João Landim / Bula (a noroeste) e outro para Nhacra / Mansoa / Mansabá (a nordeste)- Foto tirada pelo fur mil Riquito.


Guiné > Sector de Bissau > Estrada de Safim-Nhacra   > O alf mil SAM Virgílio, Teixeira,  de motorizada, em Safim, a caminho de Nhacra.. Foto tirada pelo fur mil Riquito. (***)

Fotoa (e legendas): © Virgílio Teixeira (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
___________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 21 de junho de  2021 > Guiné 61/74- P22302: Reavivando memórias do BENG 447 (João Rodrigues Lobo, ex-cmdt do Pelotão de Transportes Especiais, Brá, 1968/71) - Parte I: sem falsa modéstia, um exemplo de empenhamento e competência

(**) Último poste da série > 6 de junho de 2021 > Guiné 61/74 - P22260: Fotos à procura de... uma legenda (144): Cecília Supico Pinto, em Có, em 2 de maio de 1969, distribuindo sorrisos e maços de cigarros da INTAR...

sábado, 3 de julho de 2021

Guiné 61/74 - P22339: Reavivando memórias do BENG 447 (João Rodrigues Lobo, ex-cmdt do Pelotão de Transportes Especiais, Brá, 1968/71) - Parte III: Cumeré, março de 1969




Guiné > Sector  de Bissau > Cumeré > Março de 1969 > Deslocámo-nos num zebro e estamos a subir o pontão. Aqui funcionava um CIM (Centro de Instrução Militar) e estava sediado o COMBIS .-Comando de Agrupamento de Bissau. Muitas unidaesd que chegavam ao CTIG, faziam aqui a IAO e, uma vez terminada a comissão, aguardavam aqui o embarque para a Metrópole.

Fotos (e legenda): © João Rodrigues Lobo (2021). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Duas mensagens de João Rodrigues Lobo que agregamos num texto único:


[ João  Rodrigues Lobo, ex-alf mil, cmdt Pelotão de Transportes Especiais / BENG 447 (Bissau, Brá, dez 1967/fev1971): fez o 1º COM, em Angola, na EAMA, Nova Lisboa; vive em Torres Vedras onde trabalhou durante mais de 3 décadas como chefe dos serviços de aprovisionamento do respetivo hospital distrital; membro nº 841 da Tabanca Grande.]


Date: quarta, 23/06/2021 à(s) 15:50
Suject: PTE - BENG 447
Date: quinta, 24/06/2021 à(s) 16:44
Subject: Angola

Boa tarde,

Sobre o meu "curriculo": Não cheguei a frequentar o IST em Lisboa . Chumbei no exame de admissão realizado em Luanda. Depois da passagem á disponibilidade frequentei o Curso de Engenharia mecânica da Universidade de Luanda mas desisti porque arranjei um óptimo emprego como Agente de Navegação internacional.

Quanto a questões colocadas sobre as fotos de Angola (*):

Nas recrutas, em Nova Lisboa, quer no COM que fiz na EAMA quer depois na instrução que dei no CICA a arma diária era a Mauser. Só na parada usei a Uzi ou FBP, e de serviço, a pistola Walter 9mm.

A coluna da foto, era de instrução para os condutores auto se habilitarem a conduzir em coluna em condições reais. Mais uma vez com as Mauser embora na foto só se veja uma.

A zona era calma na data (1968) mas nunca se sabia se surgiriam surpresas.

A coluna parou para a "bucha" perto do "Paraíso " que ficava nos arredores de Nova Lisboa (Huambo).

As Fotos 13 e 14 são do Jornal publicado pela Região Militar de Angola (Só tenho o número 18). A assinatura da capa é "Higino".

Sobre outars questões e comentários que tenho lido no blog:

Residia em Luanda quando fui incorporado, nessa altura a regra era "quem chumbasse ia para a tropa" e eu chumbei !

Sobre a minha ida para a Guiné, sim, a única explicação foi o intercâmbio entre Províncias Ultramarinas.  Estava no Quartel General de Angola e um Tenente-Coronel foi ter comigo e anunciou a mobilização. Mais disse ter questionado o Ministério, por rádio, porque eu fazia lá falta já estando habituado ao serviço e a chefiar os MVL,  e, só lhe responderam que não tinham mais explicações e eu iria ser substituído por um ido da Metrópole. 

Do Primeiro COM em Nova Lisboa, dado por Comandos, só saímos 6 para Transportes Rodoviários pois tinhamos óculos, e não podiamos ficar nos Comandos. Um reprovou, ficámos 5 e eu fui para a Guiné!
 
Fui em rendição individual, não tendo conhecido quem fui substituir nem quem me substituiu (, ambos idos da Metrópole). Não vou especular sobre o que levou a tal decisão. Fui em avião militar de Luanda para a ilha do Sal em Cabo Verde , onde estive uma semana a aguardar outro voo militar para Bissalanca. (Base aérea em Bissau)

Não estive em Bambadinca,  aliás só saía esporadicamente acompanhando as viaturas ás obras, especialmente das estradas. (Bem protegidos pelos camaradas de armas) ( e embora levasse a minha G3 bem á mão, conduzindo sempre a viatura onde me deslocava).

A coluna das fotografias foi uma dessas colunas e a foto foi tirada após saída de Brá julgo que para a estrada de Có / Pelundo.

Por essa estrada, de Brá a Có, cheguei a ir em carro civil com outros camaradas, pois a guarnição da jangada de João Landim nos transportou para a outra margem, por, nessa data, a estrada até Có ser considerada segura. (Mas pouco , como depois vim a saber...)

Lembro-me das Galion que transportávamos, mas não reconheço o major numa fotografia junto dela, Não me parece ser de Engenharia, ou do meu tempo.

Sobre a tal construção, ou não, de pontões não posso esclarecer absolutamente nada pois não passava pelo meu pelouro.

Vou pôr a memória a funcionar para trocar mais recordações.

Junto duas fotos a caminho do Cumeré , mas subindo o pontão onde fomos num Zebro. (Março de 1969)

Sobre a minha passagem pela EAMA, poderei em próximo post juntar fotografias se tal considerares de interesse neste blog da Guiné.

Os melhores cumprimentos,
João Rodrigues Lobo



Guiné > Sector de Bissau > Carta de Bissau (1949) > Escala 1/50 mil > Posição relativa de Bissau, Brá, Bissalana e Cumeré (na maregm esquerda do canal do  Impernal)

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2021)


2. Fichas de unidades> Comando de Agrupamento de Bissau (COMBIS)

Identificação: COMBIS

Cmdt: 
Cor Inf José Martiniano Moreno Gonçalves
TCor Art Aristides Américo de Araújo Pinheiro
Cor Cav Fernando Rodrigues de Sousa Costa
Cor Art Gaspar Pinto de Carvalho Freitas do Amaral
Cor Inf António Mendes Baptista
Cor Inf João Afonso Teixeira Henriques
Cor Inf António da Anunciação Marques Lopes

CEM: 
TCor Inf José Bonito Perfeito
TCor Cav António Maria Rebelo
TCor Art Aristides Américo de Araújo Pinheiro
TCor Inf Carlos Frederico Lopes da Rocha Peixoto
TCor Inf João Polidoro Monteiro
Maj Inf Arménio Soares da Cruz Sampaio Nunes
Maj Cav João Luís Moreira Arriscado Nunes
TCor Inf João Salavessa Moura
TCor Inf João Afonso Teixeira Henriques
TCor Art Altinino Fernandes Gonçalves
TCor Art João Augusto Fernandes Bastos

Divisa: -
Início: 8Jan69 
Extinção: 20Set74

Síntese da Actividade Operacional

Este comando foi constituído a partir do Comando de Agrupamento n." 2952, sendo o seu pessoal nomeado por rendição individual. 

O Agrupamento tinha a missão de garantir a defesa da ilha de Bissau, de assegurar a manutenção da ordem pública e de controlar as vias de comunicação, as populações e os
abastecimentos, utilizando meios e pessoal dos três ramos das Forças Armadas
e das forças militarizadas sediadas em Bissau.

Em 8Jan69, substituindo o CmdAgr 2952, assumiu a responsabilidade da referida zona de acção, com a sede em Bissau e integrando as forças instaladas no respectivo sector, o qual englobava os subsectores de Brá (Bissau), Nhacra e Quinhámel.

Em 6Ag070, este comando passou a ter integrado na sua orgaruca o BArt 2866 e depois o BCaç 2929, incluindo as respectivas CCS, cujo pessoal passou a desempenhar funções no COMBIS. 

Em 1Set72, foi constituída e organizada a Formação do COMBIS, a qual substituíu a CCS do BCaç 2929 nas respectivas funções.

Em 18Nov71, por criação do COP 8, a sua zona de responsabilidade foi reduzida do subsector de Nhacra tendo, a partir de lJu173, o sector de Bissau sido articulado nos subsectores de Brá, Bor, Sa fim, Quinhámel e Prábis, este, apenas de nível pelotão.

Comandou e coordenou a actividades das forças atribuídas, em acções de patrulhamento e reconhecimentos, a par do controlo e fiscalização das populações e das acções de polícia militar e da segurança e protecção das instalações e pontos sensíveis da respectiva zona de acção.

Após ter voltado a integrar a zona de acção do COP 8, extinto em 12Set74, e depois da organização e montagem do dispositivo final das tropas portuguesas em Bissau, foi extinto em 20Set74, passando os subcomandos então definidos a assumir a responsabilidade das respectivas áreas, sob a dependência directa do Comando-Chefe.

Observações - Não tem História da Unidade.

Fonte: Excertos de: CECA - Comissão para Estudo das Campanhas de África: Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974) : 7.º Volume - Fichas das Unidades: Tomo II - Guiné - 1.ª edição, Lisboa, Estado Maior do Exército, 2002, pp. 597/598

quinta-feira, 24 de junho de 2021

Guiné 61/74- P22312: Reavivando memórias do BENG 447 (João Rodrigues Lobo, ex-cmdt do Pelotão de Transportes Especiais, Brá, 1968/71) - Parte II: Mas antes, viveu em Angola, fez o 1º COM na EAMA, Nova Lisboa, foi instrutor na CICA, e comandante de colunas logísticas.

 


Foto nº 1 > Região Militar de Angola (RMA) > Nova Lisboa > EAMA (Escola de Aplicação Militar de Angola) > 1º COM > 9 de outubro de 1967 >  Distribuição de fardamento. O João Rodrigues  é o primeiro da ponta,do lado direito, de óculos.



Foto nº 2 > Região Militar de Angola (RMA) > Nova Lisboa > EAMA (Escola de Aplicação Militar de Angola) > 1º COM > 23 de dezembro de 1967 > Juramento de bandeira... "Cábula  para decorarmos"...



Foto nº 3 > Região Militar de Angola (RMA) > Nova Lisboa > EAMA (Escola de Aplicação Militar de Angola) > 1º COM > 23 de dezembro de 1967 > Juramento de bandeira...  (Capa da revista da RMA, nº 18, janeiro de 1968)



Foto nº 4 > R
egião Militar de Angola (RMA) > Nova Lisboa > CICA > 1968 > Comandando uma coluna, em fase de instrução de condutores auto. Uma mauser lá em cima, que era o que tínhamos lá, na altura...



Foto nº 5 > R
egião Militar de Angola (RMA) >  
 Nova Lisboa > CICA >  Brincadeiras no intervalo de uma coluna.


Foto nº 6 > R
egião Militar de Angola (RMA) >  Nova Lisboa > CICA >  Pausa para a bucha.


Foto nº 7 > R
egião Militar de Angola (RMA) 
 > Algures em Angola (, na realidade,imediações de Nova Lisboa, CICA) >  "Perto do Paraíso"... Na placa lê-se: "Se o Paraíso Terreal existe algures, não poderá ficar longe da daqui"


Foto nº 8> R
egião Militar de Angola (RMA) > Nova Lisboa >  CICA > 1968 > Juramento de bandadeira de condutores auto, 1º pelotão.



Foto nº 9 >  R
egião Militar de Angola (RMA) > Nova Lisboa >  CICA > 1968 > Juramento de bandadeira de condutores auto, 2º pelotão.


Foto nº 10 >  Região Militar de Angola (RMA) > Nova Lisboa >  CICA > 1968 > 



Foto nº 11 >  Região Militar de Angola (RMA) > Nova Lisboa >  CICA > 1968 >

 


Foto nº 12 > Região Militar de Angola (RMA) >   1968 > Capa do Jornal da RMA, nº 18, janeiro de 1968





Foto nº 13 > R
egião Militar de Angola (RMA) >  Luanda >  1968 > Contar-capa do Jornal da RMA, nº 18, janeiro de 1968.




Foto nº 14 > 
Região Militar de Angola (RMA) >  Luanda >  1968 > Contar-capa do Jornal da RMA, nº 18, janeiro de 1968.

Fotos (e legendas): © João Rodrigues Lobo  (2021). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Com base nas informações que já nos deu a seu respeito, bem como na sequência a dúvidas e questões postas anteriormente (*), vamos resumir aqui os antecedentes militares do João Rodrigues Lobo; antes de ser mobilizado para a Guiné, em rendição individual:


(i) vivia em Luanda, tendo chumbado no exame de admissão ao Instituto Superior Técnico, em Lisboa; ("Não cheguei a frequentar o IST em Lisboa . Chumbei no exame de admissão realizado em Luanda. Depois da passagem á disponibilidade frequentei o Curso de Engenharia mecânica da Universidade de Luanda mas desisti porque arranjei um óptimo emprego como Agente de Navegação internacional"):.

(ii) por ter interrompido os estudos, foi chamado a cumprir,  na RMA - Região Militar de Angola, o serviço militar obrigatório;

(iii) foi incorporado em 9 de outubro de 1967 na EAMA (Escola de Aplicação Militar de Angola), criada em 1955, Nova Lisboa (hoje, Huambo), indo frequentar o 1º COM (Curso de Oficiais Milicianos), em Angola;

(iv) desse 1º COM, dado por Comandos, "só saímos 6 para Transportes Rodoviários pois tinhamos óculos, e não podiamos ficar nos Comandos; um reprovou, ficámos cinco e eu fui para a Guiné";

(v) como cadete jurou bandeira em 23 de dezembro de 1967;

(vi) tirou a especialidade de Transportes Rodoviários no CICA - GAC 1, em Luanda;

(vii) como aspirante a oficial miliciano, foi instrutor de condução auto no CICA. de Nova Lisboa;

(viii) foi depois colocado no Quartel General de Angola - 4ª Repartição, sendo comandante de MVL (Movimento de Viaturas Logísticas) ao norte de Angola.

(ix) é mobilizado para o CTIG, em rendição inidvidual, chegando a Bissau, na véspera do Natal de 1968, para ir comandar o PTE/BENG 447.

Sobre a sua passagem pela RMA. mandou-nos 14 fotos: "Estou nas 1-3-4-5-6-7-9-10-11.
Julgo não serem precisos mais pormenores para já."

segunda-feira, 21 de junho de 2021

Guiné 61/74- P22302: Reavivando memórias do BENG 447 (João Rodrigues Lobo, ex-cmdt do Pelotão de Transportes Especiais, Brá, 1968/71) - Parte I: sem falsa modéstia, um exemplo de empenhamento e competência

 

Guiné > Bissau > Brá > BENG 447 > PTE (Pelotão de Transportes Especiais) > 1968/1971 > O João Rodrigues Lobo, ao volante de uma viatura.


Guiné > Bissau > Brá > BENG 447 > PTE (Pelotão de Transportes Especiais) > 1968/1971 > O João Rodrigues Lobo junto às viaturas. O PTE tinha 90 condutores. Legenda do autor: "1969. Frente à coluna experimental".



Guiné > Bissau > Brá > BENG 447 > PTE (Pelotão de Transportes Especiais) > 1968/1971 >  "1970: prestes a sair com a coluna de transporte de máquinas"



Guiné > Bissau > Brá > BENG 447 > PTE (Pelotão de Transportes Especiais) > 1968/1971 >  "1969: Em cima de um autotanque".


Guiné > Bissau > Brá > BENG 447 > PTE (Pelotão de Transportes Especiais) > 1968/1971 > "1969: mais uma foto para a pose".



Guiné > Bissau > Brá > BENG 447 > PTE (Pelotão de Transportes Especiais) > 1968/1971 >  s/d: "uma enorme coluna do PTE".... A estrada (asfaltada) não está identificada, mas podia ser a de Nhacra - Mansoa - Mansabá... Não havia muitas na altura... Vê-se ao fundo aquilo que pode um aquartelamento. Por outro lado, a vegetação é rasteira, dando indícios de capinagem relativamente recente... (LG)



Guiné > Bissau > Brá > BENG 447 > PTE (Pelotão de Transportes Especiais) > 1968/1971 > O novo jipe sul-africano.

Fotos (e legendas): © João Rodrigues Lobo (2021). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Joaquim Costa / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1, Mais fótos do álbum do João Rodrigues Lobo, que acaba de entrar para a nossa Tabanca Grande (*),

Recorde-se que, sendo natural de´Óbidos,  mas estando a residir em Luanda, foi fazer o 1º COM na EAMA (Escola de Aplicação Militar de Angola - Nova Lisboa), no último trimestre de 1967,  

Tirou a especialidade de Transportes Rodoviários no CICA - GAC 1, em Luanda. Quando estava colocado no Quartel General de Angola - 4ª Repartição, sendo comandante de MVL (Movimento de Viaturas Logísticas), fazendo as as colunas logísticas destinadas ao norte de Angola, é mobilizado para a Gunié, como Alferes Miliciano. 

Passa a comandar o PTE (Pelotão de Transportes Especiais) do BENG 447. Chega ao CTIG,  em rendição individual em dezembro de 1968, na véspera de Natal.

 O Pelotão de Transportes Especiais (PTE) era constituído por: (i) um alferes miliciano; (ii) dois sargentos do QP ; (iii) quatro furrieis milicianos; e (iv) cerca de noventa condutores auto (quase uma companhia...), parte deles do recrutamento local.

O PTE era responsável pelo transporte do pessoal de Engenharia, das Máquinas de Engenharia, e de todos os materiais de construção para e nas obras de estradas, aquartelamentos e reordenamentos.

O PTE também recepcionava todos os materiais militares que eram recebidos em navios fretados e carregava os materiais nas LDG e LDM da Marinha, no cais do Pijiquiti, para distribuição pelos aquartelamentos por estas servidos.

Faz questão de dizer que "o trabalho desenvolvido pelo nosso PTE foi, sem falsa modéstia, um exemplo de organização e dedicação de todos os seus elementos, que contribuiu para o meritório trabalho realizado por todos os militares, engenheiros e profissionais do BENG 447. Os condutores auto estavam sempre onde era preciso, sem eles NADA SE MOVIA !" (*)

Acabou a Comissão em Janeiro de 1971, passndo à disponibilidade em 11 de fevereiro de 1971. 

Prometeu-nos "reavivar as memórias do BENG 447, Grande Batalhão que concretamente FEZ OBRA!"
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Nota do editor:

(*) Vd. poste de 20 de junho de  2021 > Guiné 61/74 - P22300: Tabanca Grande (518): João Rodrigues Lobo, ex-alf mil, cmdt Pelotão de Transportes Especiais / BENG 447 (Bissau, Brá, dez 1967/fev1971)... Fez o 1º COM, em Angola, Nova Lisboa. Vive em Torres Vedras. Senta-se à sombra do nosso poilão no lugar nº 841.

domingo, 20 de junho de 2021

Guiné 61/74 - P22300: Tabanca Grande (518): João Rodrigues Lobo, ex-alf mil, cmdt Pelotão de Transportes Especiais / BENG 447 (Bissau, Brá, dez 1967/fev1971)... Fez o 1º COM, em Angola, Nova Lisboa. Vive em Torres Vedras. Senta-se à sombra do nosso poilão no lugar nº 841.



João Rodrigues Lobo, ontem (1968) e hoje (2021)



Guiné > Bissau > Brá > BENG 447 > c. janeiro de 1971 > Imposição das medalhas comemorativas das campanhas da Guiné.


Guiné > Bissau > Brá > BENG 447 > c. dez 1968 / fev 1971 > O alferes miliciano de transportes rodoviários, comandente do PTE (Pelotão de Transportes Especiasis=, junto do novo jipe sul-africano,


Guiné > Bissau > Brá > BENG 447 >1970 > Prestes a sair com a coluna de transporte de máquinas.

Fotos (e legendas): © João Rodrigues Lobo (2021). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Joaquim Costa / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem de João Rodrigues Lobo, novo membro da Tabanca Grande com o nº 841

Data - sexta, 18/06, 14:07  

Assunto - BENG 447, Guiné

Boa tarde,

Então conforme solicitaste (*). aqui vai:

(i) Duas fotos em anexo, uma de 1968 e outra actual.

(ii) Breve resumo,  se é que interessa (Talvez nem tudo tenha interesse em ser publicado)

Sou o João José Lourenço Rodrigues Lobo. 
Natural de Óbidos, atualmente residente em Torres Vedras.

Estudei no ERO (Externato Ramalho Ortigão) nas Caldas da Rainha. Vivi em Angola. Como depois chumbei no exame de admissão ao  IST (Instituto Superior Técnico),  tive como prémio a chamada para o SMO (Serviço Militar Obrigatório).

Actualmente sou aposentado, depois de 30 anos como Chefe de Repartição dos SA (Serviços de Aprovisionamento) do CHTV (Centro Hospitalar de Torres Vedras).

Fui incorporado em 9 de outubro de 1967 na EAMA (Escola de Aplicação Militar de Angola - Nova Lisboa), 1º COM (Curso de Oficiais Milicianos), em Angola. Na altura residia em Luanda.

Como Cadete jurei bandeira em 23 de dezembro de 1967. Tirei a especialidade de Transportes Rodoviários no CICA - GAC 1, em Luanda.

Como Aspirante,  fui instrutor de condução auto no CICA. de Nova Lisboa (hoje Huambo) e depois colocado no Quartel General de Angola - 4ª Repartição, sendo comandante de MVL (Movimento de Viaturas Logísticas)  ao norte de Angola.

Inesperadamente, e a pretexto de uma mobilidade entre Províncias Ultramarinas (assim chamadas á data) fui mobilizado para a Guiné. Fui colocado como Alferes Miliciano a comandar o PTE (Pelotão de Transportes  Especiais)  do BENG 447,oonde cheguei em rendição individual em Dezembro de 1968 na véspera de Natal.

O Pelotão de Transportes Especiais (PTE) era constituído por: um alferes miliciano, dois sargentos do QP,  quatro furrieis milicianos e cerca de noventa condutores auto (quase uma companhia...)

Nas fotografias que anexo, veem-se parte dos nossos militares, pois muitos, guineenses, estavam dispensados do batalhão nesse dia, As fotografias de grupo foram tiradas quando as viaturas estavam quase todas no Batalhão para se prepararem e seguirem novamente para as obras.
 
O PTE  era responsável pelo transporte do pessoal de Engenharia,  das Máquinas de Engenharia, e de todos os materiais de construção para e nas obras de estradas, aquartelamentos e reordenamentos. 

O PTE também recepcionava todos os materiais militares que eram recebidos em navios fretados e carregava os materiais nas LDG e LDM da Marinha, no cais do Pijiquiti, para distribuição pelos aquartelamentos por estas servidos. 

O trabalho desenvolvido pelo nosso PTE foi, sem falsa modéstia, um exemplo de organização e dedicação de todos os seus elementos, que contribuiu para o meritório trabalho realizado por todos os militares, engenheiros e profissionais do BENG 447. Os condutores auto estavam sempre onde era preciso, sem eles NADA SE MOVIA !

E até levámos um louvor e a medalha comemorativa das campanhas da Guiné.

Dependendo diretamente do Comando,  prestei serviço com o Tenente Coronel Pires Pombo e Major Diogo da Silva e com o Tenente Coronel Lopes da Conceição e Major Santos Maia Era Comandante Militar do CTIG o Brigadeiro António de Spinola.

Acabei a Comissão em Janeiro de 1971 e passei à disponibilidade em 11 de fevereiro de 1971.

Vou reenviar umas fotos que não foram bem digitalizadas para, se interessar, substituir as que já estão no blog.

Vou enviar mais algumas novas para recordação.

E, vamos reavivar as memórias do BENG 447, Grande Batalhão que concretamente FEZ OBRA !

João Rodrigues Lobo

2. Resposta do editor LG:

João, obrigado. Como te prometi na sexta-feira passada, aqui vai a tua apresentação, comme il faut", ou seja,  "como deve ser e tu mereces".  Mas só o faço agora, porque tive este fim de semana tive um pequeno percalço de saúde (, espero que seja apenas uma vulgar virose...).

Vejo que, além da Guiné e da vizinhança, temos a afinidade da saúde... E também Angola (!)... Fui professor da ENSP/NOVA durante quase 4 décadas. Aposentei-me aos 70, em 2017, mas continuo ligado à saúde pública, nomeadamente através da "Portuguese Journal of Public Health". Tive alunos oriundos do Centro Hospitalar do Oeste, e tu deves ter lidado com administradores hospitalares e outros profissionais de saúde que passaram pela nossa Escola e tiveram aulas comigo. O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca é Grande.

Por outro lado, somos praticamente contemporâneos no CTIG: eu cheguei em finais de maio de 1969 e regressei a casa em meados de 1971. Não sei se alguma vez estiveste em Bambadinca, mas somos contemporâneos do reordenamento de Nhabijões (um dos maiores, se não o maior, então em construção: cerca de 300 moranças).

Temos naturalmente muito carinho e apreço pelo BENG 447. Temos 9 dezenas de referências no nosso blogue à tua unidade. Mas é a primeira vez, se não erro, que nos aparece aqui um representante do PTE...Desconhecia, de resto, a sua existência como não sabia o que tu agora acabas de nos contar sobre a tua experiência angolana... Tudo somado, Angola e Guiné, o teu tempo de serviço militar obrigatório utrapassa os 40 meses... É muito tempo das nossas vidas!

Já conheces a organização e o funcionamento do nosso blogue: tens aqui as 10 regras da política editorial do blogue... Está também à vontade para falar das tuas vivências em Angola, 

Formamos também uma tertúlia, e convivemos de vez em quando. A Tabanca Grande é a mãe de muitas outras tabancas... Espero que, finda a pandemia,  nos possamos conhecer pessoalmente e partilharmos mais memórias (e afectos). Tens já o meu nº de telemóvel.

Ficas, entretanto,  "sentado" no lugar nº 841, à sombra do nosso poilão (**).Publicarei a seguir um outro poste com as fotos que me mandaste, deviamente editadas e legendadas. Vou-te mandar também os contactos da malta do BENG que está registada no nosso blogue.

Que os bons irãs te protejam, 

Um alfabravo (ABraço) do  Luis Graça, demais editores, colaboradores e restantes membros da Tabanca Grande.

PS - Se quiseres que a gente te dê os parabéns pelo teu aniversário natalício, tens que nos autorizar e indicar a data de nascimento. O nosso coeditor Carlos Vinhal tem esse pelouro.

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(**) Último poste da série >  


29 de março de 2021 > Guiné 61/74 - P22048: Tabanca Grande (517): Jean Soares, ex-1º cabo de radiolocalização, Batalhão de Reconhecimento de Transmissões (Trafaria, e Maquela do Zombo, 1972/75): enfermeiro psiquiátrico reformado, a viver em França, em Caen, Normandia, e que está a tentar a recuperar a nacionalidade portuguesa que perdeu... Nasceu em Pirada... Senta-se à sombra do nosso poilão, no lugar nº 839.