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quinta-feira, 12 de junho de 2014

Guiné 63/74 - P13273: Efemérides (163): O 10 de junho de 2014 em Belém, Lisboa... Um dos fotógrafos da Tabanca Grande estava lá (Jorge Canhão)


 Foto nº 1



Foto nº 2


 Foto nº 3


Foto nº 4


 Foto nº 5

Lisboa > Belém > 10 de junho de 2014 > Alguns dos nossos camaradas  marcaram presença em mais um encontro dos combatentes... que parece ter sido algo bisonho como o tempo... À esquerda, na última foto os grã-tabanqueiros Jorge Canhão e Miguel Pessoa. As fotos do Jorge Canhão vieram com legendas mínimas, não permitindo, nomeadamente, identificar os restanrtes camaradas...


Uma pequena ajuda na identificação das fotos, por parte  do  nosso grã-tabanqueiro José Colaço: "a que tem por fundo o Mural (foto nº3), o do chapéu é o tenente coronel Marcelino da Mata ; a outra a seguir (Foto nº 4), o da direita é o José Colaço, Miguel Pessoa e o Arménio Estorninho os outros dois camaradas não fixei os nomes; e a última (foto nº 5), o da direita o Jorge Canhão, seguido fo do Pessoa e do Estorninho".

Fotos: © Jorge Canhão (2014). Todos os direitos reservados.

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quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Guiné 63/74 - P12114: Álbum fotográfico de Carlos Fraga (ex-alf mil, 3ª CCAÇ / BCAÇ 4612/72, Mansoa, 1973) (12): O terror das minas...


Guiné > Região do Oio > Mansoa > BCAÇ 4612/72 > Foto nº 1 > Numa picada numa operação de patrulhamento. Eu estou em 1º plano. À frente os guias. Creio que foi numa picada que ia de Mansabá em direcção ao Sara-Changalena, picada que não era utilizada há anos e que pretendiam reabrir para reabrir o acesso directo a uma localidade que não me lembro o nome picada que atravessava o Sara-Changalena.



Guiné > Região do Oio > Mansoa > BCAÇ 4612/72 > Foto nº 2 >Na picada acima referida, depois de abandonarmos as viaturas. A partir daí foi a pé. Creio que sou o primeiro, de costas. Pormenor muito interessante é que nós não facilitávamos. Mantínhamos as distâncias entre os militares e em deslocações auto matinhamos as distâncias entre as viaturas e a velocidade e em zonas perigosas íamos a pé com as viaturas no meio da coluna às distâncias próprias.



Guiné > Região do Oio > Mansoa > BCAÇ 4612/72 > Foto nº 3 > Os guias

Guiné > Região do Oio > Mansoa > BCAÇ 4612/72 > Foto nº 4 > Os picadores


Guiné > Região do Oio > Mansoa > BCAÇ 4612/72 > Foto nº 5 > Durante a mesma operação. Intervalo para almoço. O calor era tanto que tirei o dolmen para o torcer encharcado de humidade. Outro pormenor. Tínhamos sempre as armas prontas. Almoçava-se ou descansava-se com elas ao colo ou mesmo à mão.

Guiné > Região do Oio > Mansoa > BCAÇ 4612/72 > Foto nº 6 >Mina anti-pessoal




Guiné > Região do Oio > Mansoa > BCAÇ 4612/72 > Foto nº 7 > Mina A/P, referida na foto nº 6, montada pelo PAIGC, e devidamente detectada e desmontada pelas NT.


Fotos da autoria do ex-alfd mil Carlos Alberto Fraga, enviadas em CD pelo Jorge Canhão e o Agostinho Gaspar, e outras por mail, pelo próprio Carlos Fraga. A ordem de numeração ( e a reconstituição da sequência são da responsabilidade do editor).
Fotos (e legendas): © Carlos Alberto Fraga / Jorge Canhão (2011). Todos os direitos reservados

1.  Continuação da publicação do álbum de Carlos Fraga, que foi alf mil, na 3ª CCAÇ/BCAÇ 4612/72, em Mansoa, na segunda metade do ano de 1973. Foi adjunto (num curto período de 4 meses, até finais de 1973) do cap [José Manuel] Salgado Martins, indo depois ele próprio comandar, como capitão, uma companhia em Moçambique, a seguir ao 25 de abril de 1974. [ O cap art José Manuel Salgado Martins, transmontano, hoje coronel na reforma, a viver nos Açores. Nunca veio a nenhum encontro da companhia, constituídio maioritariamenmte por malta do Algarve, Alentejo e Lisboa..

Adenda às legenda, pelo  Carlos Fraga:

As fotos que se seguem [. vd. acima], foram tiradas numa operação de patrulhamento. Fomos por uma picada que saía de Mansabá e seguia para o Sara-Changalena. Isto passa-se,  salvo erro,  em 18/08/73. Nesse dia detectámos uma mina anti-pessoal que foi desmontada pelo Capitão Salgado Martins.

Tratava-se de uma mina anti-pessoal do PAIGC. Note-se que está plantada ao pé de um tronco de árvore. A ideia era quem se sentasse para descansar no tronco pisava a mina.

Estava desenterrada. Nisso os macacos eram nossos aliados. Com a curiosidade iam mexer. Foram eles que a desenterraram. Às vezes os pobres dos bichos também iam pelos ares,  vitimas da curiosidade. 

Nós queríamos rebentar a mina de longe mas o Cap Salgado
 Martins,  que era um belíssimo comandante de companhia
e corajoso,  embicou que conseguia desmontar a mina e desmontou-a.  [Foto à direita: O ex- cap art José Manuel Salgado Martins, transmontano, hoje coronel na reforma, a viver nos Açores. Nunca veio a nenhum encontro da companhia, constituídio maioritariamenmte por malta do Algarve, Alentejo e Lisboa, segundo informação do Jorge Canhão.Foto do Carlos Cordeiro].

Nessa operação aconteceu um episódio pitoresco. Mal tínhamos começado a andar na picada quando ouvimos um restolhar do lado direito. Por instinto agachámos e virámos as armas para o mato,  do lado direito,  e surge uma gazela (ou bicho semelhante) que passa entre nós de um lado para o outro. 

Desatámos a rir. Era o que menos se esperava.

Carlos Fraga
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Nota do editor:

Último poste da série > 2 de agosto de 2013 > Guiné 63/74 - P11898: Álbum fotográfico de Carlos Fraga (ex-alf mil, 3ª CCAÇ / BCAÇ 4612/72, Mansoa, 1973) (11): Imagens de postais ilustrados (Parte II)

sábado, 22 de junho de 2013

Guiné 63/74 - P11746: VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande (19): Monte Real, 8 de junho de 2013 (Parte VI): Dando de comer ao corpo e à alma: seleção de fotos do Jorge Canhão

















Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > 8 de junho de 2013 > VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande >


O sítio (o Palace Hotel Monte Real) já nos é familiar. Desde o V Encontro Nacional, em 2010, que nos encontramos lá. Temos sido bem recebidos e acarinhados. Em contrapartida, o dia não estava esplendoroso, mas o convívio foi fraterno e caloroso. Todos os anos aparecem "caras novas", sinal de vitalidade e capacidade de atração da nossa Tabanca Grande, que este ano fez 9 anos, em 23 de abril de 2013.

E, como em anos anteriores, foram lançados livros recentes, de camaradas nossos, nascidos no caldo de cultura do nosso blogue onde somos todos iguais e todos diferentes:  as últimas três fotos, de cima para baixo,  mostram a banca de livros que se montou à tarde, depois do almoço: Manuel Lomba (e filho, que vieram de Faria, Barcelos): o alentejano bejense José Saúde (tendo à sua direita o Joaquim Nunes Sequeira, que expôs, para venda, um pequeno mostruário de artigos do Núcleo de Sintra da Liga dos Combatentes); e, por fim, o Manuel Domingues (à esquerda) e o Manuel Maia (à direita). Iremos falar, com mais detalhe dos seus livros. Falta ainda a banca do Alberto Branquinho, já aqui apresentada em poste anterior. Os nossos camaradas escritores merecem uma menção especial, aqui no nosso blogue, e um Alfa Bravo de apreço e admiração. Na forja estão já outros livros, de outros autores, para apresentação no próximo IX Encontro Nacional. 

Fotos: © Jorge Canhão  (2013). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: L.G.]

sábado, 27 de abril de 2013

Guiné 63/74 - P11481: Álbum fotográfico de Carlos Fraga (ex-alf mil, 3ª CCAÇ / BCAÇ 4612/72, Mansoa, 1973) (4): Mansoa, vila e quartel


Foto nº 25 > Mansoa > Daimler destruída na estrada Jugudul-Porto Gole numa emboscada à 2.ª Companhia. Segundo me disseram foi atingida por um RPG que engatou na viseira (tenho um slide - foto nº 43 - com esse pormenor onde se vê o local do impacto mas nessa também se vê na do lado direito) e as munições terão explodido e rebentado com a Daimler de dentro para fora. Vê-se que está queimada e as chapas separadas decorrente da explosão.



Foto nº 43 > Mansoa > Daimler destruída na estrada Jugudul-Porto Gole numa emboscada à 2.ª Companhia. Visível o orifício feito na viseira pela granada de RPG.



Foto nº 51 > Mansoa > A ambulância do quartel.



Foto 9 nº 79 > Mansoa > Bar de oficiais de Mansoa. Da esquerda para a direita, os alf mil Rocha (2ª Comp), Guerra (Pel Rec Daimler), Martins (transmissões), e creio que Torres, da 2ª Comp. Há uma história engraçada com esse bar. O cabo Flores (barman) decidiu enfeitar o bar. Resolveu pendurar umas lâmpadas: 3 lâmpadas uma vermelha, outra verde e outra amarela, ou seja, as cores principais da bandeira portuguesa. Eu sugeri-lhe que pendurasse essas 3 e mais uma negra, 4 ao todo com o que ele concordou. Acontece que o verde, vermelho, amarelo e preto são as cores da bandeira do PAIGC. De forma que eu divertia-me imenso comigo mesmo a ver as cores do PAIGC no bar de oficiais de Mansoa. Não contei aos meus colegas oficiais a «malandrice» subtil mas divertia-me comigo mesmo.

[ Observação do nosso camarada António Graça de Abreu, alf mil,  CAOP1, Teixeira Pinto, Mansoa e Cufar, 1972/74: "Na foto dos alferes no bar, o que está fardado é o alf Tomé, das Transmissões do nosso CAOP 1, e meu companheiro de quarto, em Teixeira Pinto e em Mansoa".]



Foto nº 80 > Mansoa > Soldados da 2ª companhia a passar no tempo, na jogatana. [Identificação feita pelo Jorge Canhão, presume-se].


Foto nº 50 > Mansoa > Torre da igreja de Mansoa. Segundo me contaram num ataque a Mansoa a torre foi atingida por um disparo de canhão e o que se vê é a marca que ficou mesmo após a reparação.

Fotos (e legendas): © Carlos Alberto Fraga (2013). Todos os direitos reservados [Edição: LG]


1. Continuação da publicação do álbum fotográfico
do Carlos Fraga,  recentemente admitido como
membro da nossa Tabanca Grande (nº 611).

Ele esteve em Mansoa, nos últimos meses de 1973, como alf mil, indo depois comandar uma companhia em Moçambique, já depois de 25 de abril de 1974.

Estas fotos, com a devida legendagem fornecida pelo Carlos Fraga, constam de um CD que chegou ao nosso conhecimento através de dois camaradas da mesma companhia, a 3ª CCAÇ / BCAÇ 4612/72, o Agostinho Gaspar e o Jorge Canhão. Mantivemos a numeração original das imagens (a do autor, e não do Jorge Canhão).

Recorde-se o que o Jorge Canhão escreveu sobre o Carlos Fraga: "Sobre o ex-alferes miliciano Carlos Alberto Fraga aqui vão os dados que pediste, pois mesmo agora estive em contacto telefónico com ele, que vive em Faro. Ele fez parte da 3ª Companhia do BCAÇ 4612/72 (cerca de 4 meses, até fim de 73 aproximadamente), como adjunto do comandante da companhia, pois estava a tirar um estágio para capitães. Foi depois graduado em tenente, e foi como capitão comandar uma companhia em Moçambique, acabando o tempo de tropa nos Açores. Por esse motivo, não tinha pelotão atribuído na companhia, podendo ir em qualquer um deles."
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terça-feira, 16 de abril de 2013

Guiné 63/74 - P11403: Tabanca Grande (393): Carlos Fraga, ex-alf mil, 3ª C/BCAÇ 4612/72 (Mansoa, 1973) e ex-cap mil (Moçambique, 1974), nosso grã-tabanqueiro nº 611



Carlos Fraga, hoje... Vive em Faro





Foto nº 79 > O Carlos Fraga, ex-alf mil, 3ª CCAÇ/BCAÇ 4612/72 (Mansoa, 1973)78 > "Numa operação de patrulha. Creio que foi numa picada que ia de Mansabá em direcção ao Sara-Changalena, picada que não era utilizada há anos e que pretendiam reabrir para reabrir o acesso directo a uma localidade que não me lembro o nome, picada essa que atravessava o Sara-ChangalenaDurante Intervalo para almoço. O calor era tanto que tirei o dolmen para o torcer encharcado de humidade. Outro pormenor. Tínhamos sempre as armas prontas. Almoçava-se ou descansava-se com elas ao colo ou mesmo à mão."





Foto nº 85 > Trincheiras reforçadas com bidões cheios de terra no quartel de Mansabá

Fotos: © Carlos Alberto Fraga (2013). Todos os direitos reservados



1. Mensagens enviadas pelo  Carlos Fraga, que passa hoje a integrar a  nossa Tabanca Grande, sob o nº de ordem  611.


(i) 6 de abril de 2013

Caro Luís

Terei muito prazer em fazer parte da Tabanca Grande e em partilhar as minhas experiências da Guiné. O tempo que passei por lá é inesquecível e os convívios periódicos da 3ª Comp a que tenho ido (não todos) são óptimos.

Envio-lhe mais umas fotos da Guiné tiradas por mim. Há algumas que faltam mas terei que rever os slides todos e os negativos para detectar exactamente quais.

Mando-lhe uma listagem em anexo de legenda dos slides do DVD que o nosso comum amigo Jorge lhe enviou partindo do principio que a ordem é idêntica à do CD que também me enviou.

Não tenho nenhum obstáculo a que utilize no seu blogue as fotos desde que mencione a origem. Quanto às que adquiri e, como referi no mail, idem, desde que mencione que foram cedidas por mim sendo de autores desconhecidos.

A mim preocupava-me documentar a guerra na Guiné, como vivíamos, o que se passava etc. Daí os slides e fotos que tirei. Levava as máquinas fotográficas comigo para o mato. Pena terem-se estragado 2 rolos ( ou já estariam estragados) pelo que muitas das fotos que tirei foram à vida. Para além desses comprei a militares as fotos que consegui.

O Jorge [Canhão] já o informou do meu percurso militar. Como curiosidade digo-lhe que tomei conhecimento do MFA e aderi a ele logo mesmo quando começou. Como já se sabe, teve início na Guiné em 1973 a partir de uma reunião de oficiais em Bissau. Nesse mesmo dia em Mansoa soube do que se passava e aderi.

De regresso a Mafra, e aí já como tenente, o meu superior dentro do MFA era o Ten Marques Júnior. Posteriormente fui formar batalhão em Penafiel onde o meu superior hierárquico dentro do MFA era o famoso Cap Dinis de Almeida (fala um pouco de mim nessa altura no seu livro «Origem e evolução do movimento dos capitães»).

No dia 25 de Abril com várias vicissitudes fui para o Porto fazer o pronunciamento militar.

Posteriormente fui como Capitão Miliciano para Moçambique, comandando uma companhia durante a descolonização. Acabei nos Açores nos resquícios do Verão quente nos Açores. Ainda apanhei, também, o PREC, o 25 de Novembro. Sou me escapou o 11 de Março, em que estava de licença.

Cumprimentos

C. Fraga

(ii) 9 de abril de 2013

Caro Doutro Luís Graça

Tenho estado a ver o blog e creio que ainda não o vi todo.

A experiência da Guiné é inesquecível para quem por lá tenha passado sobretudo aqueles que estiveram em zonas de combate. Quando cheguei à Guiném  Guileje acabara de cair e também por essa altura houve a questão de Guidage. Havia muita apreensão entre as NT. Tentei documentar o que por lá se passava, o que tínhamos, como vivíamos, transmitir a dureza da guerra em que estávamos envolvidos e, se possível, até imagens de combate. Daí a série de fotografias que tirei de alguns sítios por onde ia andando. Outras, dado o meu interesse, adquiri-as. Mandei-lhas separadas e com indicação expressa de umas e outras.

 O vosso Blog é bem vindo e creio que partilhar as experiências e as imagens da Guiné é óptimo tanto para informação como para manter o espírito da geração que por lá passou. Assim dá-me muito prazer partilhar. Qual o vosso critério de publicação de experiências, de fotos etc. Terei gosto em participar no vosso blog dentro das orientações do mesmo, em que sejam publicadas as fotos para que não fiquem apenas em arquivo individual. Cumprimentos e um abraço C. Fraga

 PS. Irei ao almoço do dia 27 em Faro


2. Comentário de L.G., com data de 10 do corrente:

Meu caro camarada Carlos Fraga;

Temos um livro de estilo, donde constam basicamente 10 regras que orientam a nossa política editorial (e que já vêm da I Série do Blogue):

Por outro lado, e como antigos camaradas de armas que fomos, tratamo-nos por tu. Carlos, vou-te apresentar à Tabanca Grande. Tenho muito apreço pelo teu CV. Estiveste, ao serviço da pátria, numa época charneira da nossa história. Foste ator social e testemunha privilegiada. A tua presença muito me/nos honra. Manda uma foto tua, atual, se possível. Um Alfa Bravo. Luís

3. Resposta do C.F., com data de 11 do corrente:

Obrigado pelas respostas.

Agora que entrei nisto que me agrada,  dir-me-ás como mentor do Blog e editor como pensas que se podem publicar as minhas fotos e, eventualmente, inseri-las num contexto.

Como solicitaste,  envio-te uma foto minha (a mesma que está no perfil do facebook). Tem para aí 3 anos
Abraço
C. Fraga

4. Novo comentário de L.G., com data de 11 do corrente:

Grande Carlos:

Obrigado. Vou-te apresentar à Tabanca Grande, se possível ainda hoje.. Serás o grã-tabanqueiro nº 611. As tuas fotos (e as respetivas legendas) terão direito a uma série própria...A numeração das fotos do teu CD não bate certo com as que me mandou o Jorge Canhão (via Agostinho Gaspar)... Em caso de dúvida, peço a tua ajuda... Tens documentos do teu tempo de Guiné que julgues de interesse divulgar ? E histórias ? Já percebi que tens jeito para a escrita...

Aí vai um Alfa Bravo. Luis

5. Nova mensagem do Carlos Fraga, com data de 12 do corrente:

Agradeço a minha inclusão na Tabanca Grande.

Tudo bem, fazeres uma sére com as minhas fotos. Obrigado. Talvez escreva umas curtas histórias dizendo o que significam e os porquês. Tenho jeito para a escrita mas de livros e artigos científicos. Para romance, contos etc. já não tenho esse jeito com muita pena minha. Já me pediram para escrever um livreco sobre o meu tempo de Guiné e o de Moçambique mas para isso não tenho muito jeito: Escrevi a pedido do Jorge Canhão uma curta história sobre o combate no Choquemone que, creio, o Jorge divulgou pela malta que lá estava a ver se alguém queria acrescentar algo para se poder contar a história o mais completa e verídico possível.

Talvez vá encontrando em caixotes alguma coisa escrita do tempo da Guiné mas será muito pouco. A correspondência enviada à minha ex-mulher e à minha filha, creio que se perdeu toda numa inundação que houve em casa dos meus ex-sogros. Quanto à enviada aos meus pais assaltaram-nos uma casa onde tínhamos a papelada e levaram tudo. De forma que é muito pouco provável que se encontre muita coisa. Mas irei vendo.

Para ficares mais informado sobre mim fui juiz durante mais de 20 anos, fiz o Mestrado e o Doutoramento (Direito Constitucional-Direitos Fundamentais) e sou investigador integrado do CAPP, ISCSP, Universidade Técnica de Lisboa (UTL).

Abraço
C. Fraga


6. Comentário final de L.G.:

Carlos, vejo que para além da guerra colonial, da Guiné e do 25 de Abril, temos mais afinidades... Conheço o ISCSP, fiz lá o 1º ano em 1975/76, o Salgueiro Maia foi meu colega (ele andava em antropologia e eu em ciências sociais). Depois passei pelo ISEG (2º ano) e acabei no ISCTE (3º 4º e 5º) onde me licenciei em sociologia (a primeira fornada de sociólogos; não havia sociologia antes do 25 de abril). Sou doutorado em saúde pública. Obrigado por estas informações adicionais que vou integrar na tua apresentação. Um Alfa Bravo. Luis Graça
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Nota do editor:

sábado, 6 de abril de 2013

Guiné 63/74 - P11351: Álbum fotográfico do Jorge Canhão (ex-fur mil inf, 3ª CCAÇ / BCAÇ 4612/72, Mansoa e Gadamael, 1972/74) (8): Mais fotos do álbum do ex-alf mil Carlos Alberto Fraga, futuro capitão em Moçambique


 Guiné > Região do Oio > Mansoa > BCAÇ 4612/72 > Foto nº 1 > O alf mil Carlos
Fraga



Guiné > Região do Oio > Mansoa > BCAÇ 4612/72 > Foto nº 2 >  Sistema de defesa de um destacamento (1)



Guiné > Região do Oio > Mansoa > BCAÇ 4612/72 > Foto nº  2A > Sistema de defesa de um destacamento (2)



Guiné > Região do Oio > Mansoa > BCAÇ 4612/72 > Foto nº 3 > Quarto (presumimos que seja do alf mil Carlos Fraga)




Guiné > Região do Oio > Mansoa > BCAÇ 4612/72 > Foto nº  4 > O alf mil Carlos Fraga, à esquerda, com o alf mil trms Martins, à direita, fazendo testes com o Racal.




Guiné > Região do Oio > Mansoa > BCAÇ 4612/72 > Foto nº  5 >  Uma mina A/P (antipessoal), montada pelo IN, e desmontada pelo cap Salgado Martins, comdt da 3ª Compnanhia, de que o alf mil Carlos Fraga foi adjunto (num curto período de 4 meses, até finais de 1974, antes de ir formar e comandar companhia que seguiria depois para Moçambique).



Guiné > Região do Oio > Mansoa > BCAÇ 4612/72 > Foto nº  6 > A mesma ou mina A/P, montada pelo PAIGC, e devidamente detectada e desmontada pelas NT. Fotos da autoria do ex-alfd mil Carlos Alberto Fraga.

Fotos: © Carlos Alberto Fraga / Jorge Canhão (2011). Todos os direitos reservados

1. Mensagem do nosso leitor (e camarada) Carlos Fraga,com data de ontem:


Assunto: Blogue

 Caro Doutor: Vi a publicação de algumas fotos das que tirei na Guiné,  em particular as do Choquemone (*)... Introduzo algumas precisões:

(i) a legenda da foto [, à direita,] a experimentar armas na estrada Mansoa-Mansabá,  2 ou 3 dias depois do combate do Choquemone, e que diz: «O alf mil Fraga testando a HK 21» não está correcta; foi tirada por mim mas o soldado que está com a HK21 não sou eu;

(ii) a fotografia do furriel Mil Melo [, à esquerda,] é tirada no Choquemone na zona onde estivemos em combate e após este;

(iii) a foto em que eu estou e legendada "O alf mil Fraga numa operação de patrulhamento»,  foi tirada numa picada que saía de Mansabá e seguia para o Sara-Changalena,  salvo erro em 18/08/73; nesse dia detectámos uma mina anti-pessoal que foi desmontada pelo Capitão Salgado Martins; há uma foto  disso no CD que o Jorge [Canhão] lhe deu [, vd. foto nº 2, acima]; 

(iv) na foto do Rackal [, foto acima, ]estou com o Alf Mil Martins das transmissões; estávamos a testar uma ideia de se conseguir estabelecer posições correctas no mato a partir de triangulação de emissões rádio.

As restantes fotos que tem e estão no CD,  se for necessário posso legendá-las tanto quanto me lembre.

Mandei recentemente ao amigo Jorge Canhão mais fotos da Guiné mas sem serem tiradas por mim.

Cumprimentos
Carlos Fraga
(ex-Alf Mil)

2. Comentário de L.G.:

Camarada Carlos Fraga:

Obrigado pelas oportunas e rápidas correções que faz às legendas das fotos que publicámos e cuja autoria lhe é imputada. Vou, oportunamente, reeditar o poste, se possível logo amanhã de manhã. Somos pelo rigor e pela verdade. 

Agradeço, por outro lado, a sua generosidade, pondo ao nosso dispor mais fotos da Guiné, através do nosso amigo comum Jorge Canhão. 

Aproveito para reiterar o convite para se juntar a esta malta, magnífica, generosa e solidária, que se reúne neste blogue à volta do imaginário, mágico e fraterno poilão da nossa Tabanca Grande. 

Um alfa bravo, Luís Graça.

3. Continuação da publicação do álbum fotográfico do nosso amigo e camarada Jorge Canhão, que vive em Oeiras (ex-Fur Mil At Inf da 3ª CCAÇ/BCAÇ 4612/72, Mansoa e Gadamael, 1972/74). Desse álbum constam vários ficheiros, incluindo um com o nome "Alf Fraga".

Estas fotos chegaram-nos às mãos através de outro grã-tabanqueiro, o Agostinho Gaspar, ex-1.º Cabo Mec Auto Rodas, 3.ª CCAÇ/BCAÇ 4612/72, Mansoa, 1972/74), residente em Leiria. Os nossos especiais agradecimentos aos três camaradas, e muito em especial ao Carlos Fraga.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Guiné 63/74 - P11345: Álbum fotográfico do Jorge Canhão (ex-fur mil inf, 3ª CCAÇ / BCAÇ 4612/72, Mansoa e Gadamael, 1972/74) (7): Op Ratice, no Choquemone, em 11/9/1973... Fotos do ex-alf mil Carlos Alberto Fraga, futuro capitão em Moçambique







Guiné > Região de Cacheu > Bula > Choquemone > 3ª CCAÇ / BCAÇ 4612/72 > Op Ratice > 11 de setembro de 1973 > Evacuação de feridos (as 4 primeiras fotos de cima); fur mil Melo (última foto). Fotos da autoria do ex-alfd mil Carlos Alberto Fraga.


Fotos: © Carlos Alberto Fraga / Jorge Canhão (2011). Todos os direitos reservados


1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do nosso amigo e camarada Jorge Canhão, que vive em Oeiras (ex-Fur Mil At Inf da 3ª CCAÇ/BCAÇ 4612/72, Mansoa e Gadamael, 1972/74).

Estas fotos, do alf mil Fraga, bem outras, do BCAÇ 4612/72, chegaram-nos às mãos através de outro grã-tabanqueiro, o Agostinho Gaspar, ex-1.º Cabo Mec Auto Rodas, 3.ª CCAÇ/BCAÇ 4612/72, Mansoa, 1972/74), residente em Leiria. Os nossos especiais agradecimentos aos dois, e muito em especial ao nosso camarada Jorge Canhão. No CD que nos foi cedido, as fotos do alf mil Fraga vêm num ficheiro, à parte, e algumas estão sumariamente legendadas (como é o caso destas que acima publicamos, tiradas no Choquemone).



O alf mil Fraga testando a HK 21


O alf mil Fraga numa operação de patrulhamento


O alf mil Fraga testando o Racal


Fotos: © Carlos Alberto Fraga / Jorge Canhão (2011). Todos os direitos reservados



Guiné > Região de Cacheu > Carta de Bula (pormenor), 1953, 1/50000 >  A norte da estrada Bula - Binar - Bissorã (em direcção a Farim), o PAIGC tinha uma das suas bases, Choquemone, um nome mítico, em meados de 1969, quando eu cheguei à Guiné. Era um daqueles topónimos exóticos com que os piras se começavam a familiarizar. Choquemone e outros, como Madina do Boé, Corubal, Gandembel, Guileje, Morés, Fiofioli..., pronunciados com temor e reverência pela velhice... (LG)

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné


2. Mensagem do Jorge Canhão, respondendo a uma pergunta dos editores sobre o alferes miliciano, Carlos Fraga, que estagiou na 3ª C/BCAÇ 4612/72


Data: 25 de Março de 2013, 17:36

Assunto: ex-alferes miliciano Carlos Fraga

Camarada Luís Graça:

Sobre o ex- alferes miliciano Carlos Alberto Fraga aqui vão os dados que pediste, pois mesmo agora estive em contacto telefónico com ele, que vive em Faro.

Ele fez parte da 3ª Companhia do BCAÇ  4612/72 (cerca de 4 meses, até fim de 73 aproximadamente), como adjunto do comandante da companhia,  pois estava a tirar um estágio para capitães. Foi depois graduado em tenente, e foi como capitão comandar uma companhia em Moçambique, acabando o tempo de tropa nos Açores.

Por esse motivo, não tinha pelotão atribuído na companhia, podendo ir em qualquer um deles.

As fotos são de autoria do Fraga, sendo algumas delas tiradas a bilhetes de postal. Agradeço que,  ao publicares as fotos do Fraga, digas a origem, pois foi a única "condição" exposta.

Sobre as fotos da evacuação, foram tiradas no Choquemone (região de Bula),  a 11 de Setembro de 73, na operação Ratice. Como já tinha dito, a nossa companhia, quando regressou de Gadamael Porto, passou a força de reserva e intervenção do COT 9 (Comando Operacional Temporário), por
isso a nossa zona de operação era entre Bula, Mansoa, Bissorã, Mansabá até quase a Farim........Ver mapa que já vos enviei.

A evacuação são dos feridos nessa operação em que resultaram 3 feridos graves (furriel Silva, tiro no pescoço- vive no Porto; soldado Estalagem, vive em Bencatel, Vila Viçosa –atingido num braço e numa vista por um RPG; e um milícia com tiro na cabeça). Todos sobreviveram.

Além desses, houve mais 6 feridos ligeiros,entre eles o ex-alferes Rocha,que ainda tem estilhaços na cabeça,1 milícia e 4 praças.

Esta operação foi comandada pelo ex-alferes Maia do 2º pelotão (o meu), pois o nosso cmdt de companhia,  capitão Salgado Martins, estava de férias,(tal como eu, felizmente).

Sobre os destacamentos onde estive, foram: (i)  em Mansoa (6 meses), na protecção aos trabalhos de construção da estrada Jugudul/Babadinca;  (ii) rodei para Infandre, onde estivemos talvez 3 meses, de onde saímos para (iii) Gadamael Porto juntamente com o resto da companhia que estava
distribuída pelos destacamento de Braia (um pelotão), Mancalã, Pista de aviação de Mansoa (secção e meia em cada local) e pelotão de Mansoa.

Após o nosso regresso de Gadamael Porto,ficámos cerca de 1 ano como força de intervenção do COT 9 e após o 25/4/74, e depois da extinção do mesmo [, o COT 9,] , fiquei em Mansoa nos postos de Mancalã e Pista, até ao regresso a Portugal em 25 Agosto 1974.

Espero ter dado resposta ao que querias saber

Abraços,

Jorge Canhão

3. Comentário de L.G.:

Obrigado, Jorge, pelos teus rápidos e cabais esclarecimentos. Transmite ao teu amigo e camarada Carlos Fraga o agradecimento do nosso blogue pela gentileza de autorizar a publicação das suas fotos. Transmite-lhe igualmente o nosso convite para integrar a nossa Tabanca Grande. A sua experiência como alferes miliciano, no TO  da Guiné, antes de ir comandar uma companhia operacional em Moçambique, interessa-nos que seja conhecida e divulgada.  Por outro lado, o Choquemone sempre foi um dos lugares míticos da guerra de guerrilha e contraguerrilha na Guiné do nosso tempo. Temos já vários postes sobre o Choquemone, e malta de andou por lá.




CTIG - Comando Territorial Independente da Guiné > Carta da situação, referida a 7/4/1974 > A vermelho a delimitação da zona de acçaõ do Comando Operacional Temporário, COT 9. Documento inserido pelo Jorge Canhão na história do BCAÇ 4612/72,  mas cuja fonte original presumo que seja  o livro Batalhas da História de Portugal, Guerra de África, Guiné, 1963-1974, Vol. 21, editado pela Academia Portuguesa de História, e da autoria de Fernando  Policarpo.

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Nota do editor;

Último poste da série > 16 de março de 2013 > Guiné 63/74 - P11260: Álbum fotográfico do Jorge Canhão (ex-fur mil inf, 3ª CCAÇ / BCAÇ 4612/72, Mansoa e Gadamael, 1972/74) (6): Vítimas da emboscada na estrada de Farim-Mansabá-Mansoa, em 15 de julho de 1973: 1 morto, 8 feridos graves, 2 viaturas danificadas