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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Guiné 63/74 - P8392: Monte Real, 4 de Junho de 2011: O nosso VI Encontro, manga de ronco (6): Os apanhados pela objectiva do Manuel Resende (Parte I)

Monte Real  > Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande (*)   > O nosso assessor jurídico, o Dr Jorge Cabral, especialista em direito penal, e celebrado criador da figura do Alfero Cabral, mais o fotógrafo que tirou esta série, o Manuel Resende, ex-Alf Mil At da CCaç 2585 do BCaç 2884, que esteve em Jolmete, Pelundo e Teixeira Pinto, (1969/71). O Resende veio ao encontro acompanhado da esposa, Isaura Serra (o casal mora em Caxias / Oeiras).


Monte Real  > Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande  > Da esquerda para a direita, o Eduardo Campos (Maia),o Hélder Sousa (Setúbal) e o Silvério Lobo (Matosinhos: esteve recentemente na Guiné-Bissau, ma sua 3ª viagem por terra; na ida apanhou um susto na Mauritânia..). Vieram acompanhados das suas caras metades, Manuela, Natividade e Linda...


Monte Real  > Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande  > Do lado direito, reconheço o António J. Pereira da Costa e a Isabel, que vieram de Mem Martins / Sintra, e já são habitués dos nossos encontros... O António prometeu-me mais um poste para a sua série A Minha Guerra do Petróleo... (Temos um contrato para a produção de seis episódios e ele está a cumprir com o rigor do RDM; devo acrescentar que ele é o único coronel da tropa que eu conheço, "na reserva e em efectividade de funções")...



Monte Real  > Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande  > Aspecto parcial do início das hostilidades, os aperitivos no terraço da Sala D. Diniz, às 13h00 em ponto... Em primeiro plano, a Lígia (Espinho) e a Gina (Cascais)...


Monte Real  > Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande  > De que estarão a falar o Jaime Brandão (Monte Real / Leiria) e o Victor Barata (Vouzela) ? Só pode ser do blogue Especialistas da Base Aérea 12, Guiné 65/74 de que o Victor é o fundador e comandante... Conheço desde a Ameira, em 2006... Infelizmente, desta vez não conseguiu trazer o nosso Ruizinho, que  problemas de saúde retiveram em Viseu...



Monte Real  > Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande  > Mais amigos/as, camaradas e camarigos, na hora e local dos aperitivos: em primeiro plano, o Jero, o Zé Martins, a Manuela Martins, a Dina Vinhal, a Isaura Serra (de perfil)...



Monte Real  > Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande  > O Juvenal Amado e o Carlos Silva (um dos fundadores e dirigentes da ONGD Ajuda Amiga, além de advogado e régulo... de Farim!)...

Monte Real  > Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande  > De costas a Suzel (Óbidos), do lado esquerdo a Isaura Serra (Caxias / Oeiras), ao centro a Alice (Alfragide / Amadora) e do lado direito a nossa tabanqueira Felismina Costa (Agualva / Sintra) que veio acompanhada dos filhos, Cláudia e João Carlos


Monte Real  > Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande  > Outro aspecto da sessão de aperitivos... Mais caras bonitas, simpáticas, amigas, solidárias...


Monte Real  > Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca  Grande  > Mais camarigos, uns novos como o Francisco Varela, advogado, amigo do Jorge Cabral (ao canto esquerdo), outros já nossos velhos conhecidos  da Tabanca Grande: em segundo plano, o J. L. Vacas de Carvalho, o Eduardo Moutinho (Tabanca de Matosinhos), o José Armando F. Almeida e o Benjamim Durães (de costas)... Em primeiro plano, o António Estácio (guineense do chão de papel disfarçado de tuga que viveu boa parte da vida em Macau...), o açoriano Tomás Carneiro (de costas, se não me engano) e o Henrique Matos (açoriano disfarçado de algarvio de Olhão)... O Estácio, atenção, vai lançar por estes dias um novo livro, Nha Bijagós (Fiquem atentos à nossa Agenda Cultural).

Fotos: © Manuel Resende  (2011) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados. 

[ Selecção, edição e legendagem das fotos: L.G.]
____________

Nota do editor

(*) Vd. último poste da série > 8 de Junho de 2011 > Guiné 63/74 - P8387: Monte Real, 4 de Junho de 2011: O nosso VI Encontro,manga de ronco (5): Agradecimentos da Maria Luís / Paulo Santiago, com selecção de fotos de Miguel Pessoa


terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Guiné 63/74 - P3703: Cancioneiro de Aldeia Formosa (1): Que canseira passámos na coluna / entre Buba e Aldeia ... (José Teixeira / Silvério Lobo)

1. Mensagem enviada a toda a Tabanca Grande pelo nosso querido co-editor e administrador Carlos Vinhal, com data de 7 de Novembro, e que eu julguei dever publicitar através do blogue:

Caros camaradas e amigos tertulianos

O nosso camarada José Teixeira [, na foto, à esquerda, em Empada, em traje de guerra, ] enviou-me o endereço onde está alojado um pequeno vídeo feito na Guiné-Bissau durante o Simpósio Internacional de Guiledje quando eles visitaram uma série de localidades [no sul, no Cantanhez, região de Tombali, incluindo Aldeia Formosa, esta a 3 de Março de 2008, já no regresso a Bissau].

Este endereço foi colocado no poste Guiné 63/74 - P3413: Blogoterapia (71): O regresso voluntário à África da nossa juventude (José Teixeira) .

Aconselho-vos a ver estas imagens a partir do citado poste ou em: http://video.msn.com/video.aspx/?mkt=pt-br&cid=2997719327111784874&wa=wsignin1.0


Um abraço do
Carlos Vinhal

2. Comentário de L.G.:

Neste vídeo, da autoria do Zé Teixeira [, ou do Silvério Lobo, ou ainda de um terceiro camarada que foi com eles a Quebo,] com a duração de 2' 45'', vemos dois guineenses, um mais jovem e um mais velho (este último possivelmente um antigo soldado da CCAÇ 18), reconstituindo para o nosso camarada Silvério Lobo, que foi logo reconhecido por um deles como antigo mecânico nesta subunidade, algumas das canções dos tugas...Chamemos-lhes o Cancioneiro de Aldeia Formosa...

A primeira era a romantiquíssima canção do brasileiro Nilton César que fazia chorar as pedras da calçada... Era muito popular entre pessoal que vivia como as toupeiras nas casernas da Guiné, e que suspirava pelo dia de regresso a casa, para os braços da sua amada, como qualquer soldado de qualquer guerra, em qualquer época ou lugar do mundo... É espantoso como guineeneses como estes - que conviveram com os militares portugueses, mas que mal sabiam falar português, que eram fulas e islamizados - tenham decorado a letra e a música desta e doutras canções, ininteligíveis para eles... Pode-se admitir que a linguagem do amor é universal. No entanto, do ponto de vista semântico-conceptual, para estes homens, fortemente formatados pelo patriarcalismo e pelo sexismo da sua sociedade de origem, expressões em que se idealiza a mulher amada (como "namorada que sonhei", "rosas vermelhas", "dia dos namorados", "eternos namorados", "deusa na terra nascida, etc.), não deveriam ser de fácil descodificação.

A Namorada Que Eu Sonhei
por Nilton César

Receba as flores que lhe dou
E em cada flor um beijo meu,
São flores lindas que lhe dou,
Rosas vermelhas com amor,
Amor que por você nasceu.

E seja assim por toda a vida
E a Deus mais nada pedirei,
Querida, mil vezes querida,
Deusa na terra nascida,
A namorada que sonhei.

No dia consagrado aos namorados,
Sairemos abraçados por aí a passear,
Um dia no futuro então casados,
Mas eternos namorados,
Flores lindas, eu ainda vou lhe dar.

Que seja assim por toda a vida
E a Deus mais nada pedirei,
Querida, mil vezes querida,
Deusa na terra nascida,
A namorada que sonhei.


As outras duas eram paródias, feitas por algum tuga mais letrado ou com jeito para o verso de pé quebrado, de dois fados muito populares, muito conhecidos, com letras que relatavam invariavelmente a triste sorte dos mecânicos, dos condutores e das suas gloriosas máquina de guerra nas colunas logísticas de Buba para Aldeia Formosa e vice-versa. O tema são as canseiras, o pó, as minas, as emboscadas, os sustos, os perigos...

É preciso estar de ouvido muito apurado para perceber as letras (corrompidas)... Sobretudo é preciso tempo e pachorra. Mas era interessante alguém (o Zé Teixeira ou o Silvério Lobo) poder mandar-me as letras originais completas.

Mais uma vez pode perguntar-se que sentido podia fazer para um estrangeiro - como era o caso daqueles camponeses fulas que tinham pegado em armas, ao lado dos portugueses - a letra original destes fados... O mesmo se podia perguntar em relação a alguns militares portugueses, oriundos do Portugal profundo, pouco escolarizados e viajados, que não conheciam Lisboa, o Bairro Alto, a cultura e a vivências fadistas...

No entanto, eram canções que passavam na rádio, e que entravam facilmente no ouvido. O mais interessante é, no entanto, a recriação da letra: aí fala-se do quotidiano comum dos soldados, guineenses e portugueses, dos riscos comuns, da cumplicidade, da solidariedade, dos comportamentos de bravata, do heroísmo, da camaradagem...

Bairro Alto (Letra: Carlos Simões Neves e Oliveira Machado
Música: Nuno de Aguiar)

Bairro Alto, com seus amores tão delicados,
Certa noite, deu nas vistas,
E saiu com os trovadores mais o fado,
P'ra fazer suas conquistas.
Tangeu as liras singelas,
Lisboa abriu as janelas,
Acordou em sobressalto,
Gritaram Bairros à toa,
Silêncio velha Lisboa,
Vai cantar o Bairro Alto.


[Estribilho]

Trovas antigas,
Saudade louca,
Andam cantigas
A bailar de boca em boca...
Tristes, bizarras,
Em comunhão,
Andam guitarras
A gemer de mão em mão!


Por isso é que mereceu fama de boémio,
Por condão ou fatalista,
Atiraram-lhe com a lama, como prémio,
Por ser nobre e ser fadista.
Hoje saudoso e velhinho,
Recordando com carinho,
Seus amores, suas paixões,
P'ra cumprir a sina sua,
I'nda veio p'rá meio da rua,
Cantar as suas canções!


A outra canção parodiada era a da célebre criação da Amália, o fado Dar de beber à dor (letra e música de Alberto Janes). Como é sabido, a Casa da Mariquinhas - leia-se, casa de passe gerida por uma tal Mariquinhas, terno diminuitivo de Maria - é uma genial criação do Alfredo Marceneiro, um íncone da história do fado.

Foi no Domingo passado que passei
à casa onde vivia a Mariquinhas,
mas 'stá tudo tão mudado
que não vi em menhum lado
as tais janelas que tinham tabuinhas.
Do rés-do-chão ao telhado
não vi nada, nada, nada
que pudesse recordar-me a Mariquinhas,
e há um vidro pregado e azulado
onde havia as tabuinhas.

Entrei e onde era a sala agora está
à secretária um sujeito que é lingrinhas,
mas não vi colchas com barra
nem viola, nem guitarra,
nem espreitadelas furtivas das vizinhas.
O tempo cravou a garra
na alma daquela casa
onde as vezes petiscávamos sardinhas
quando em noites de guitarra e de farra
estava alegre a Mariquinhas.

As janelas tão garridas que ficavam
com cortinados de chita às pintinhas
perderam de todo a graça
porque é hoje uma vidraça
com cercadura de lata às voltinhas.
E lá p'ra dentro quem passa
hoje é p'ra ir aos penhores
entregar ao usurário umas coisinhas,
pois chega a esta desgraça toda a graça
da casa da Mariquinhas.

P'ra terem feito da casa o que fizeram
melhor fora que a mandassem p'rás alminhas,
pois ser casa de penhores
o que foi viveiro d'amores
é ideia que não cabe cá nas minhas
recordações do calor
e das saudades. O gosto
que eu vou procurar esquecer
numas ginginhas,
pois dar de beber à dor é o melhor,
já dizia a Mariquinhas.


O mínimo que posso dizer é que é uma ternura ver estes antigos soldados da CCAÇ 18 (?), em princípio fulas, nossos aliados de outrora, a dar o seu melhor e a tentar fazer uma surpresa aos velhos tugas - seus camaradas de armas de outrora e que agora voltam a Aldeia Formosa, em viagem de saudade -, esforçando-se por cantar as suas velhas canções que serviam, lá no cu do mudo, para espantar o medo, os fantasmas, o tédio, a revolta contra o absurdo, a angústia, a saudade. (Uma receita de humor que, de resto, continua válida para os não menos duros tempos de hoje...).

Amigos e camaradas da Guiné: este é um material precioso (mas muito perecível), que temos que recolher, preservar e divulgar. Ele é tão importante como as nossas histórias para a compreensão sócio-antropológica do nosso quotidiano de combatentes na Guiné (*)... LG

3. Nota posterior do Zé Teixeira:

O seu a seu dono. Eu estive em Aldeia Formosa. Encontrei-me com pessoas amigas, mas não sou o autor da gravação. O Lobo volta lá de mota depois de ter "subornado" o jovem motoqueiro algarvio que nos acompanhou na viagem [em Março de 2008] e passou lá um dia inteiro.

Sei que o primeiro cantor era um puto que andava pela oficina nos anos 73 e reconheceu o Lobo, identificando-se como o puto reguila como então o Lobo o identificava, pela sua esperteza. Em resumo quem fez a gravação foi o Lobo ou o Motoqueiro.

De facto, é impressionante a forma como aquele simpática gente nos recebe. Muito gostava que o Lobo escrevesse o que sentiu quando o Puto o chamou pelo nome, se identificou e perguntou por alguns camaradas do tempo da guerra, entre os quais o Carmelita, nosso companheiro na Tabanca de Matosinhos [, tal como o Silvério].
__________

Nota de L.G.:

(*) Até ao momento temos recolhas de letras (nalguns casos, também de músicas) de canções de caserna, cantadas em vários sítios da Guiné (mas também de poesia com a cor local...): Bafatá, Bambadinca, Bissau, Canjadude, Cufar, Cumbijã, Cuntima, Empada, Gandembel, Mampatá, Mansoa, Xime/Ponta do Inglês... Seguramente que haverá, por aí, cópias de muitos mais poemas e letras de canções... Talvez um dia o nosso blogue possa reunir todo esse material e fazer uma edição crítica do... Cancioneiro da Guiné!

Vd. o último poste dedicado a outro Cancioneiro, o de Bambadinca > 7 de Dezembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3582: Cancioneiro de Bambadinca (2): Brito, que és militar... (Gabriel Gonçalves, ex-1º Cabo Cripto, CCAÇ 12, 1969/71)

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Guiné 63/74 - P3278: Tabanca de Matosinhos (3): Convite do Fernando Moita para uma incursão a Felgar, concelho de Torre de Moncorvo (José Teixeira)


1. Mensagem do nosso camarada José Teixeira, ex-1.º Cabo Enfermeiro da CCAÇ 2381, Buba, Quebo, Mampatá e Empada , 1968/70, com data de 2 de Outubro de 2008:

Caríssimos editores.
O Moita convida e nós aceitamos o convite.

Ele quer alargar o convite, muito em especial ao Luís e co-editores e nós fazemos o convite.
Agora é só confirmar e prepararem-se para ir até Moncorvo no dia 11 - sábado

Ponto de encontro - Santuário de Nossa Senhora do Amparo, em Felgar

Fernando Moita
Telf. 279 929 155 ou Telm. 918 791 698

Junto pequeno texto sobre o Moita para publicarem se for esse o entendimento.

Fraternal abraço do
José Teixeira


A TABANCA DE MATOSINHOS VAI FAZER MAIS UMA INCURSÃO.
Por Zé Teixeira

O Fernando Moita, nascido e bem criado na freguesia de Felgar, junto a Moncorvo – Trás- os Montes, descobriu há cerca de um ano este Porto de Abrigo, em Matosinhos.

Veio experimentar, gostou e ficou. Agora sempre que pode, desce ao povoado para estar com a maralha. É sempre bem-vindo, como todo e qualquer camarada que apareça devidamente apetrechado com vontade de comer, vontade de conviver e armada do indispensável patacão.

Aproveitou para ir até à Guiné-Bissau, por ocasião do Simpósio Internacional de Guileje (Bissau, 1-7 de Março de 2008), matar saudades, construindo um pouco mais da sua história de vida. Foi um excelente companheiro, que o digam os camaradas de viagem. Todas as manhãs, cedinho, ligava para a Rádio do Ti João, lá na sua terrinha, onde corria o programa Como és linda, ó minha aldeia!


Foto 1 > O Moita, de camisa clara ao centro, rodeado do Paulo Santiago, Zé Teixeira, Xico Silva, João Rocha, Silvério Lobo, um camarada de Coimbra, cujo nome peço desculpa, mas não me recordo e o filho do Pires e ainda o motoqueiro que nos acompanhou em toda a viagem, a caminho da Guiné
Então, começava por transmitir as aventuras, quiçá desventuras do dia anterior. Depois armado em repórter, entrevistava o camarada que estivesse a seu lado, ou ia à pesca de algum desprevenido e lá lhe sacava a entrevista. Era um espectáculo !
Foto 2 > A felicidade do Moita ao localizar a velhinha, sua comadre, com quem conviveu em Bula, acompanhado de um dos muitos netos.

Foto 3 > A família veio toda para ficar na foto de recordação, com o Sinhor Moita
Nesta sua visita voluntária à Guiné-Bissau, ia norteado por quatro motivos base: (i) localizar uma família muito querida com quem conviveu em Bula no tempo da guerra, convivência essa que se tinha saldado por apadrinhamento de uma bebé, hoje uma senhora; (ii) o encontro com a afilhada de quem nunca mais se esquecera; (iii) o cumprimento de promessa de levar uma imagem de Nossa Senhora do Amparo, padroeira da sua aldeia, para ser colocada na Igreja de Bula; e sobretudo (iv) matar saudades do tempo que passou por lá.
Foto 4 > O Moita e o encontro com a afilhada. Que belo momento !

Foto 5 > A afilhada do Moita com a sua filhota, que o Moita quer trazer para estudar em Portugal.

Foto 6 > O Moita, em plena mata do Cantanhez, à frente do singelo monumento às vítimas das bombas de napalme que foram semeadas naquela mata, posando com um antigo guerrilheiro do PAIGC. Um encontro/ reencontro de paz.

Foto 7 > Finalmente a promessa do Moita foi cumprida. A imagem de Nossa Senhora do Amparo, transportada com todo o carinho e devoção pelo Moita desde Felgar, encontrou um altar em Bula. Testemunharam o acto o Silvério Lobo, o Álvaro Basto e o Zé Teixeira.

Creio bem que o Moita conseguiu tudo isso. No regresso era um homem feliz.

Foto 8 > A felicidade do Moita à porta da Casa Teresa para avaliar a viagem. Presentes, o Barbosa, o Xico Allen, o Álvaro Basto e o Zé Teixeira

Ultimamente o Fernando Moita andava muito triste. Queria receber pela segunda vez a Tabanca de Matosinhos na sua querida aldeia. Então, nós, adversos a tristezas, pois lá diz o ditado tristezas não pagam dívidas, decidimos fazer-lhe a vontade.

Vamos alugar um Matador e talvez uma GMC e preparamos o assalto para o dia 11 de Outubro, sábado próximo.

Ele que se prepare, com rancho melhorado, pois os camaradas da Tabanca de Matosinhos e todos quantos quiserem aparecer, vão lhe dar que fazer nesta visita à sua linda aldeia de Felgar em Moncorvo (*).
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Notas de CV:

(*) Sobre Felgar:


Capela de N. Sra. do Amparo

Distância a Torre de Moncorvo: 12 km
N.º de habitantes: 1100
Área: 3623 ha
Povoações: Carvalhal, Felgar
Orago: S. Miguel.


Actividades Económicas: Agricultura, pastorícia, indústria (construção civil, extracção de inertes, mobiliário, serralharia, transformação de madeira e alimentar), comércio e serviços.

Festas e Romarias: N. Sra. do Amparo (3º domingo de Agosto), S. Sebastião (Agosto, móvel), St. Bárbara (Setembro, móvel) e St. Bárbara (Maio, móvel) em Carvalhal.

Património Cultural Edificado: Igreja matriz, capelas do Espirito Santo, de S. Lourenço, de N. Sra. do Amparo, de St. Cruz, de N. Sra. da Conceição e de St. Bárbara.

Outros locais de interesse turístico: Santuário de N. Sra. do Amparo, miradouro natural, margens do rio Sabor, praia fluvial, moinhos, ruínas da fábrica de lanifícios, forno e turismo de habitação.

OBS:- Estas e outras informações sobre Torre de Moncorvo e suas freguesias, podem ser obtidas na página da Câmara Municipal em http://www.cm-moncorvo.pt/


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Vd. último poste da série Tabanca de Matosinhos de 4 de Outubro de 2008 > Guiné 63/74 - P3268: Tabanca de Matosinhos (2): A Tabanca de Matosinhos mudou de abrigo (José Teixeira)