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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Guiné 63/74 - P10670: Agenda cultural (235): Lançamento do livro Dª Berta de Bissau, de José Ceitil, no dia 21, 4ª feira, pelas 18h00, na sede da CPLP, em Lisboa, Rua de São Mamede (ao Caldas), nº 27, com atuação do músico Mamadu Baio, natural de Tabatô (José Ceitil / Hélder Sousa)


1. Mensagem,com data de 10 do corrente, enviada por José Ceitil:



Boa noite, Luís Graça
Junto convite e o pedido de divulgação no seu blogue. Seia um prazer contar com a sua presença.

Cumprimentos, José Ceitil.





Página de rosto do blogue Pensão D. Berta Bissau, criado em 21 de agosto de 2008, por uma das suas "netas", a Mónica Rodrigues:

Cantinho da Avó Berta na Net!... Finalmente um ponto de encontro no ciber espaço para todos os que passaram pela Pensão Central da D. Berta e têm saudades da Avó, da sopa de ostras, da cachupa, das omeletes de camarão e do Alves, é claro!!!!! E que querem divulgar a Pensão Central a outros que vão a Bissau!"... 




Guiné-Bissau > Bissau > Pensão Central, da Dona Berta, uma verdadeira instituição, com direito a foto na Wikipedia, the free encyclopedia... Ver aqui a entrevista que a Dona Berta, aos 80 anos, deu, em Cabo Verde, ao Expresso das Ilhas, em 15/8/2010.

2. Comentário do nosso colaborador permanente, Hélder Sousa, com data de 11 do corrente, a pedido do editor L.G.:


Olá,  Luís:
Estou sempre na esperança de 'ter tempo', mas isto está difícil...

Pois, relativamente à divulgação deste evento, a apresentação/lançamento do "Dª. Berta de Bissau", acho que não ferirá muito a sensibilidade dos que reclamam, com alguma pertinência, é certo, haver recentemente muita divulgação de acontecimentos de carácter cultural que, aparentemente, não estariam no que eles entendem ser o âmbito do Blogue.

Não conheço o conteúdo do livro mas sei que pretende ser a história de vida da Dª. Berta, concomitante da "Pensão Central". O título escolhido de "Dª. Berta de Bissau" parece-me feliz e permite 'visualizar' o conteúdo, marcando-o bem.

Nessa perspectiva considero uma justa iniciativa, bem merecida, já que tanto o estabelecimento como a pessoa que lhe dava, e dá ainda, rosto, estão no imaginário de muitos dos nossos camaradas que 'fizeram a guerra', hospedando-se lá, circulando por lá, fosse em regime mais demorado fosse em alojamento de passagem. 

Já depois da independência é a "Pensão Central" um local incontornável no que respeita ao apoio e identificação de muitos que por foram e estiveram em regime de cooperação.

E ainda hoje assim é. O autor, o meu conterrâneo, amigo e colega de Escola Técnica de Vila Franca de Xira, o José Ceitil, é um homem que gosta de retratar a vida que vê desenvolver-se à sua volta. Tem um outro pequeno livro a que deu o título de "Vidas Simples, Pensamentos Elevados", sendo esse título uma homenagem a um amigo comum, falecido precocemente, Carlos Macieira, que deve ter sido colega de curso em medicina, mais ano menos ano, do Caria Martins, e que a costumava usar com uma outra expressão antecedente: "Luta Dura, Vidas Simples e Pensamentos Elevados", preconizando assim um modo de estar, uma fórmula para 'bem viver'.

O Zé Ceitil, pai da Marta Ceitil que já leva mais tempo de vivência na Guiné do que nós nas nossas comissões, naturalmente que foi visitar a filha à Guiné, várias vezes, para ver 'in loco' como a 'caçulinha' vivia e o que a 'prendia' àquele país, mesmo com todas as dificuldades e perturbações que sabemos e daí a conhecer, estar e aprender com a Dª. Berta foi um passo. Se se acrescentar que a sua sensibilidade o levou a entender a importância da "Pensão Central" e o papel da Dª Berta e o levou a passar ao papel esses sentimentos, somado ao facto de também conseguir 'ver' a Guiné com olhos que não exclusivamente os da desgraça, aguardo com expectativa pelo conteúdo do livro.

Abraço
Hélder Sousa





Mamadu Baio, foto do Facebook

(...) "No estilo afro-mandinga, este músico da Guiné-Bissau, traz a tradição de griots e os instrumentos tradicionais (balafon, kora, djambé, dundumbá, etc.) da sua aldeia Tabatô. Mamadu esteve no Mali a gravar um cd de originais, no estúdio Moffou de Salif Keita, com o seu grupo Super Camarimba. Este conjunto dinâmico de jovens artistas de Tabatô utiliza instrumentos e estilos de dança tradicionais, desenvolve técnicas novas que combinam diferentes influências musicais, promove as tradições “Afro-mandinga” dos seus anciãos em atuações na Guiné-Bissau, Guiné-Conacri, Senegal e Gâmbia. Neste momento Mamadu Baio encontra-se em Lisboa por três meses para se desenvolver musicalmente e conhecer outros artistas com quem possa trocar experiências e promover o trabalho dos Super Camarimba." (...) [Fonte: Lisboa Africana, 12/3/2012].

Recorde-se aqui que o João Graça, membro da nossa Tabanca Grande e da banda musical portuguesa Melech Mechaya (, neste momento em digressão por Cabo Verde e Brasil, no âmbito da 20ª edição do Festival Sete Sois Sete Luas),  conheceu, em finais de 2009, a  mítica Tabatô (que é, na Guiné-Bissau, a tabanca que tem mais músicos por metro quadrado) bem como os Super Camarimba, de que o Mamadu Baio faz parte.

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Nota do editor:

Último poste da série > 13 de novembro de 2012 >  Guiné 63/74 - P10664: Agenda cultural (234): Série "A Guerra", de Joaquim Furtado, RTP1 , às quartas feiras, 22h30: os três G, Guidaje, Guileje, Gadamael, em maio/junho de 1973 (Pedro Lauret)

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Guiné 63/74 - P10415: Agenda cultural (214): O festival Todos'12: Este fim de semana, no eixo Poço dos Negros: Os sabores, os cheiros, as cores, as gentes, a música da Guiné-Bissau, Cabo Verde e outros países lusófonos



A quarta edição do festival Todos' 12  – Caminhada de Culturas (*) começou a 14 de setembro e acaba este fim de semana, no domingo,  23. Este ano, e  pela primeira vez, centrou-se no eixo Intendente-Poço dos Negros, duas zonas da cidade marcadas, ao longo da história, pela coexistência das mais desvairadas gentes.. Esta semana, as actividades (culturais, incluindo a gastronomia, a fotografia e a música) concentram-se nas ruas de S. Bento,  dos Poiais de S. Bento e da Cruz dos Poiais, no eixo do Poço dos Negros (**). 


Foto (da autoria do grande fotógrafo português Luís Pavão) e elementos informativos retirados do cartaz e programa do Todos'12... (Com a devida vénia)

Dia 22 de setembro de 2012, sábado [, destaques da responsabilidade do editor L.G.]


GASTRONOMIA

[Timor / Guiné-Bissau / Cabo Verde / São Tomé e Príncipe]

Preço: 6€ | sujeito a inscrição prévia para festival.todos@gmail.com ou 96 637 4388/ 91 414 4311

(i) O GOSTO DE TIMOR com Dina

22 e 23 de Setembro, das 12h00 às 15h00

Biblioteca Municipal Por Timor, Rua de São Bento 182-184

Uma mostra de gastronomia timorense, onde é apresentada uma refeição para dias especiais. Dina, timorense de alma e de coração, desde cedo defendeu o seu país na procura de um futuro melhor. Esteve à frente da Organização Popular de Mulheres Timorenses e sofreu na pele as agruras da sua luta pela liberdade. Foi prisioneira das forças indonésias e vive hoje em Portugal, sonhando com um Timor-Leste novo, cheio de futuro. Neste dia partilhará connosco uma das riquezas do seu país – a gastronomia.

(ii) COZINHA DA GUINÉ BISSAU com Nina Codé

22 de Setembro, das 13h00 às 15h00

Centro InterculturaCidade, Travessa do Convento de Jesus, 16 A

Nina escolheu o Caldo de Chabéu (fruta, óleo de palma, beringelas, tomates, cebolas, alhos, quiabos e galinha) para este almoço Guineense.
(iii) CACHUPA E CONVERSAS com Domingos de Brito

22 de Setembro, das 20h00 às 21h30

Restaurante Tambarina, Rua Poiais de São Bento 85

A Cachupa será servida com um acompanhamento especial: a companhia de um caboverdiano, um amante do encontro entre pessoas.

(iv) COMIDA LEVE-LEVE com Sofia Pinto

22 de Setembro, das 20h00 às 21h30

Centro InterculturaCidade, Travessa do Convento de Jesus, 16 A

Calulu de peixe e Angú de banana farão as delícias desta refeição cheia de explicações sobre a culinária de São Tomé e Príncipe.

CONCERTOS ÍNTIMOS

(v) OFICINA DE MÚSICA DE MOÇAMBIQUE Projecto Kudonde

22 de Setembro, das 19h00 às 20h00

Centro Interculturacidade, Travessa do Convento de Jesus, 16A

Dirigida por Malenga, instrumentista e compositor moçambicano, esta oficina funciona em regime aberto e nela participam músicos de vários países.

(vi) CONCERTOS ÍNTIMOS DA ORQUESTRA TODOS

BE|BEL

22 de Setembro, às 21h30, às 22h00 e às 22h30

Rua de São Bento, 107

Com Max Lisboa (voz e guitarra – Brasil), Gueladjo Sané (dunduns e djembé, Guiné Bissau) e Johannes Krieger (trompete – Alemanha) 


(viii) RESTAURANTE TAMBARINA

22 de Setembro, às 21h30, às 22h00 e às 22h30

Rua dos Poiais de São Bento, 85

Com Danilo Lopes da Silva (voz a guitarra – Cabo Verde), Susana Travassos (voz – Portugal)  e João Gomes (teclados - Portugal/Moçambique)

 OUTRAS ATIVIDADES

(ix) RETRATO CRIOULO EM MOVIMENTO

Exposição de fotografia de João Freire pela Rua de Todos

22 de Setembro pelas 11h30, 15h00, 19h00, 22h00

23 de Setembro, pelas 11h30, 15h00, 19h00

Procure-a na Rua de TODOS (Ruas de São Bento, Poiais de São Bento e Poço dos Negros).

Encontro com o fotógrafo João Freire no dia 23 de Setembro, pelas 19h30, no Centro InterculturaCidade (Travessa do Convento de Jesus, 16 A)

Imagine que vai na rua e de repente se depara com uma fila de pessoas que se aproxima de si e lhe traz uma exposição de fotografias belíssimas a preto e branco. Estas fotografias falam de um povo e de um país que existe no meio do oceano atlântico, onde as árvores são deitadas pelo vento… os seus olhos vão aumentar e a sua lembrança da rua em que isto aconteceu não mais será a mesma. Essa rua é a rua de TODOS.


(x) DJUMBAI DJAZZ (***)

22 de Setembro, entre as 23h00 e as 24h00

Centro Interculturacidade, Travessa do Convento de Jesus, 16A

Formação incontornável na História da Música Guineense em Portugal. Na sua música cruzam-se as matrizes tradicional e contemporânea com o som afro-mandinga e a canção urbana de José Carlos Schwarz.

Vd. aqui o programa completo do festival Todos'12.

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Notas do editor:

(*) Último poste da série > 13 de setembro de 2012 > Guiné 63/74 - P10376: Agenda Cultural (213): Festival Todos 2012: Do Intendente ao Poço dos Negros... Viajar pelo mundo sem sair de Lisboa: de 14 a 23 de setembro)



(**) Possível origem do topónimo::

(...) Rua do Poço dos Negros: fica entre a avenida Dom Carlos I e o largo Doutor António de Sousa Macedo (antigo largo do Poço Novo). 


De acordo com Júlio de Castilho, a origem deste topónimo pode encontrar-se numa carta régia de Dom Manuel I -13 de Novembro de 1515 -, pela qual o rei pedia à cidade de Lisboa que construísse um poço para colocar os corpos dos escravos mortos, sobretudo na época das epidemias. Diz a carta que os escravos chegavam a ser lançados «no monturo que está junto da Cruz [de Pau a Santa Catarina] q[ue] esta no caminho q[ue] vai da porta de santa C[atari]na p[ar]a santos,» para a praia. Para evitar as consequências dos cadáveres insepultos, o rei considerava «q[eu] ho milhor remedio sera fazer-se huu[m] poço, o mais fumdo que podese ser, no llugar que fose mais comvinhauel e de menos imcomvyniemte, no quall se llãçasem os ditos escravos» e que se deitasse «alguma camtidade de call virgem» de quando em quando para ajudar à decomposição dos corpos. A Câmara de Lisboa teria cumprido a ordem do rei construindo um poço no caminho para Santos, também conhecido como Horta Navia.

Gustavo de Matos Sequeira, em “Depois do Terramoto”, colocou ainda outra hipótese para a origem deste topónimo, associada à proximidade do Convento de São Bento (actual Parlamento), também conhecido por São Bento dos Negros, devido à cor dos hábitos dos frades. Assim, um poço pertencente à Ordem dos frades negros de São Bento seria a verdadeira origem do topónimo. Mais, de acordo com este autor, no século XVIII, uma designação bairrista chama a esta artéria “rua de São Bento dos Negros”.

Freguesia: Santa Catarina (...)


Fonte: Sítio Espaço e Tempp: Revelar Lx [Lisboa].

(***)  Quem são o Djumbai Jazz [clicar aqui para ouvir um dos ficheiros áudio].

(i) O projecto Djumbai Jazz surge 1999, sob a liderança do guineense Maio Coopé;

(ii) Um projecto musical, de matriz afrmandinga, formado por 4 pessoas;

(iii) Maio Coopé, cantor, músico e compositor, remete este projeto, para as suas próprias vivências de infância: “ No meu País, sobretudo nas zonas suburbanas, antes das crianças irem dormir, há uma reunião junto dos mais velhos, ao redor da fogueira, contam-se histórias e há sempre uma pessoa para cantar, trata-se de um costume da Guiné-Bissau e que esteve sempre bem próximo de mim”;


(iv) Filho de pais músicos, começou a cantar em festas tribais; com a independência do seu pais (1974), desabrochou o seu talento e abriram-se outras portas;

(v) Em setembro de 1975, venceu o Festival de Mandjuande para Musicas Tradicionais cantadas em crioulo.

(vi) No inicio, Maio Coopé procurou sempre estar bem próximo da Música Tradicional do seu País, trabalhando a sua voz junto à percussão e com repertório de canções populares;

(vii) Começa a tornar-se conhecido também no estrangeiro: Europa ocidental e ex-União Soviética;

(viii) Com os Gumbezarte, trabalhou a sua música depois de uma extensa pesquisa sobre a cultura musical das várias etnias do seu País e com Canadiano
 Silvam Panatom, registou as suas canções;

(ix) Maio Coopé foi vencedor de vários festivais na Guiné-Bissau, entre 1984 e 1988; 

(x) Durante a década de 80 fez várias tounées pelo Pais: Bafatá,  Gabu, Bissorá , Sonako, Pirada, Boé, Farim, Manssoa, Cacheu, Cachungo, Buba, Catió, etc. 

(xi) Nos anos 90 faz também apresentações na Alemanha (Berlim), durante o Festival Lusomania; grava o disco “Camba Mar” com o seu grupo Gumbezarte, disco editado pela Lusafrica e saudado pela crítica internacional; 

(xii) Maio inicia uma extensa tournée pela Europa, por vários festivais conceituados como:  La Villete ( França), Sfinks (Bélgica), Rambout Festival e Nordezem na Holanda, Expo 98 (Lisboa), etc. 

(xiii) Em 2000 é convidado para a feira/festival de músicas do mundo Strictly Mundial em Zaragoza ( Espanha), onde a música “Pelele” é seleccionada para participar na compilação do Forum Europeu de Festivais de World Music; 

(xiv) Em 2004 volta ao Brasil com os Djumbai Jazz no âmbito do projecto “Na Ponta da Lingua” onde actua em várias cidades do Estado de Minas Gerais;

(xv) Tem colaborado com vários artistas lusófonos , e gravou com vários artistas de Cabo Verde na compilação “Ayan”, da editora Praia Records;

(xvi) Composição do grupo::

Mayo Coope – Voz Principal
Sadjo – Guitarra Acústica Ritmo
Galissa – Kora
Mateus – Baixo Eléctrico
Djabate – Guitarra Solo
Cabum – Percussão
Tony – Bateria
Ana Cabi – Dançarina
Miriam Cabi - Dançarina

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Guiné 83/74 - P8261: Notas fotocaligráficas de uma viagem de férias à Guiné-Bissau (João Graça, jovem médico e músico) (11): 15/16 de Dezembro de 2009, uma noite de magia e de emoções, entre os Jacancas de Tabatô, da família de Kimi Djabaté, com a mais universal das linguagens, a música























Guiné-Bissau > Região de Bafatá > Tabatô > 15/16 de Dezembro de 2009 > Músicos, homens, mulheres, bajudas, jovens e crianças, da etnia minoritária jacanca (leia-se, djacanca), da famíla de Kimi Djabaté (que aqui viveu até aos 21 anos), tocando os seus instrumentos (balafón, kora, djembé...), experimentando os instrumentos (violino) do outro, mostrando  a sua música, oferecendo a sua hospitalidade, exteriorizando a sua alegria... Uma noite mágica que emocionou, até às lágrimas o João Graça (*), médico e músico, membro da nossa Tabanca Grande, em viagem  pela Guiné-Bissau, em Dezembro de 2009.


Fotos: © João Graça (2009) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados



1. Continuação da publicação das notas do diário de viagem à Guiné, do João Graça, acompanhadas de um selecção de algumas das centenas fotos que ele fez, nas duas semanas que lá passou (*)...


(i) Nos cinco primeiros dias (de 6 a 10 de Dezembro de 2009) fomos encontrá-lo, como médico, voluntário, no Centro de Saúde Materno-Infantil de Iemberém;

(ii) O fim de semana, de 11 a 13 (6ª, sábado e domingo) de Dezembro de 2009, foi passado em Bubaque e Rubane, no arquipélago de Bolama-Bijagós, como simples turista;

(iii) Dia 13, domingo, à tarde, regressou a Bissau, ao bairro do Quelelé, onde se situa casa do Pepito e da Isabel, que lhe deram guarida;

(iv) É também aqui a sede da AD - Acção para o Desenvolvimento, cujos trabalhadores tiveram, na segunda feira de manhã, exame médico de vigilância... Viu 18,  de manhã (e no dia 17, viu mais 5);

(v)  À tarde, nesse dia 14,  segunda-feira, o João Graça foi, de carro, visitar, nos arredores de Bissau o Hospital de Cumura, gerido por um Missão Católica portuguesa...

(vi) Ao fim da tarde e noite, esteve no centro de Bissau... 


(vii) E no dia seguinte, 15,  seguirá para o Leste (Bambadinca, Bafatá)... À noite de 15 para 16 foi passada em Tabatô, a já mítica meca da música afro-mandinga, terra natal do grande Kimi Djabaté [, foto à direita, foto de perfil da sua conta no Facebook, reproduzida com a devida vénia].  (LG)


15 a 16/12/2009, 3ª feira, 11º e 12º dias, Tabatô, a 14 km de Bafatá

12.1. O momento alto da viagem: a recepção em Tabatô. Inicialmente os Homens Grandes estavam a ver TV, o tio do Kimi Djabaté, mas o Demba [, músico dos Super Camarimba,] lá o convenceu a mostrar o estaminé, à entrada da sua casa.

12.2. Era preciso meter gasolina no gerador, mais ou menos 1000 Francos (cerca de 1,5€) para amplificar as vozes. Chegaram os balafons, a kora, os djembés, o coro feminino.

12.3. Antes disso, brinquei imenso com as crianças.

12.4. Quando a música afro-mandinga tocou, comecei… a chorar! Serviam wargas,  bebida tipo chá estimulanmte. Estavam alia 20 músicos a tocar para mim.

12.5. À 2ª música pediram-me para tocar violino. Toquei primeiro uma irlandesa, calma [, que tinha aprendido no festival Andanças] mas não pegou. Depois uma mais mexida em sol maior. Toda a gente começou a fazer sons (palmas primeiro, depois balafons, djembés, kora), numa mistura perfeita. Eles adoraram.

12..6. Toquei mais uma, judaica [, klezmer,], a Bulgar de Odessa [. vd. aqui vídeo dos Melech Mechaya], mas a escala harmónica não encaixava com aqueles instrumentos.

12.7. Eles tocaram 4 músicas ao todo, pedi mais uma e aceitaram. Agradeceram que um músico europeu tenha vindo a Tabatô.

12.8. Kimi Djabaté viveu ali até aos 21 anos. Falei com o tio dele. Músico dos Terrakota [...] esteve lá há uns anos (2 ou 3 ???). Músico violinista alemão também já lá passou. Músico canadiano viveu com eles 3 anos, aprendeu a tocar balafon. 

12.9. Depois fomo-nos deitar, Ali e eu [o Antero foi para Bafatá), na casa dos Super Camarimba. Havia lá uma pele de cascavel de mais ou menos 7 metros que tinham morto com espingarda há cerca de 1 mês. Cheiros característicos.


(Continua)


[ Revisão / fixação de texto / selecção, edição e legendagem de fotos: L.G

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Nota do editor: