A apresentar mensagens correspondentes à consulta António Reis ordenadas por relevância. Ordenar por data Mostrar todas as mensagens
A apresentar mensagens correspondentes à consulta António Reis ordenadas por relevância. Ordenar por data Mostrar todas as mensagens

domingo, 3 de janeiro de 2010

Guiné 63/74 - P5581: Os nossos médicos (13): Deus no céu e o Dr. Fernando Garcia... no HM 241 (António Reis / Luis Graça)

 

Capa do livro (à esquerda), de memórias,  do António Reis - A minha jornada em África. Vila Nova de Gaia: Ed. Ausência. 1999. 67 pp. (*)



"Um grande senhor" (pp. 46/47): é assim que o António Reis se refere ao Dr. Fernando Garcia, tenente miliciano médico, talvez o melhor cirurgião do HM 241, naquela época em que o autor foi 1º  Cabo Aux Enf... Dêmos-lhe a palavra:

"Quantos hoje lhe devem a vida ? Muitas centenas (...). Eu sou testemunha que se estão vivos, a vida devem a este senhor (...).

"Ele superou de longe o louvor. que o nosso director, o Dr. Pinheiro, lhe deu. Como pessoa de fino trato, de conduta esmerada,  sempre pronto a exercer as suas funções, mesmo com prejuízo das suas hiras de refeições e descanso. Este senhor  foi mais do que tudo isso. Quantas vezes o ouvi dizer:  'Este não fui eu  que o operei, aquele não fui eu que o operei'. Dizia isso quando achava demais os ter salvo.

"Os negros adoravam-no. Nós admirávamo-lo. Chegávamos mesmo a dizer: 'Deus no céu e o Dr.  Fernando Garcia na  Guiné'.

"Não consigo lembrar-me se ele tinha jipe e condutor, mas parece que não, mas lembro-me que tinha lá a mulher e dois filhos. Não ligava à farda, com os galões de tenente, a maior parte das vezes vinha em  chinelos e bata branca com o seu Citröen dois cavalos, velho mas que andava.

"Quando o serviço estava difícil e lhe pediam mais um cabo de reforço, ele indicava  sempre dois nomes: 'Avança o Reis ou o Pereira' (...).

Para o Reis, o Dr. Fernando Garcia é sempre referido como o "senhor", o "grande mestre" (p. 28):

"O médico-dia olhou [o ferido que acabara de chegar de helicóptero,  com os membros  todos esfacelados e o tronco estilhaçado] e pareceu-lhe  nada haver a fazer, mas chegou o grande mestre (Dr. Fernando Garcia), olhou e pediu sangue, deu um certo grau de inclinação à maca, fez-lhe a reanimação, e passado algum tempo o nosso homem gritava, perguntou onde estava e nós dissemos-lhe" (...).

Noutra ocasião chegou ao hospital um camarada que tinha estado com o Reis, na recruta em Leiria:

"Chegou num estado lastimável, perdia todo o sangue das transfusões pelos orifícios que tinha nos pulmões. Ele dizia que ia morrer, eu encorajava-o, dizia-lhe que se ele se aguentou até ali, já não morr[er]ia, que  o Dr. Fernando Garcia o ia safar. Ele ainda foi para a sala , mas já não voltou. Da Sala de Operações foi direito à mortuária " (p. 30).

Há ainda outra passagem (p. 50), com referência ao Dr. Fernando Garcia:

 "O nosso homem [um chefe de tabanca] chegou todo furado, para além da sonda gástrica, algália, soro e oxigénio, ainda tinha mais dois frascos debaixo da cama para onde iam correndo líquidos por uns tubos. Era daqueles que o Dr. Fernando Gracia dizia, quando via ter sido de mais tê-los salvo: ' Este não fui eu que o operei'  - fazendo alusão a Alguém  acima dele. Era um homem e fé, não sei se ainda hoje o é".

Sabemos que foi substuído pelo Dr. Manuel Diaz,  possivelmente em finais de 1967 ou princípios de 1968. O Reis, que regressou à Metrópole em 24 de Março de 1968, foi louvado pelo Dr. Fernando Garcia:

"Eu tinha sido louvado pelo Dr. Fernando Garcia porque tinha correspondido perfeitamente  à missão  para a qual tinha sido treinado (...)" (p. 40).

Outros médicos,  para além do Dr. António Augusto Antunes Pinheiro, director do Hospital (pp. 61/62), que são citados pelo Reis,  é o Dr. Vilaça Ramos, também cirurgião (p. 31),  o Dr. Melo (p. 40) , e o Dr. Gomes da Costa (p. 24). Num dia negro, 5 de Outubro de 1967, em que chegaram dezenas de feridos,  do mato, o Reis estava de serviço com o Dr. Gomes da Costa, o sargento Marcos  e o cabo  Silvino. A causa de tantos mortos e feridos terá sido uma mina incendiária, accionada por uma GMC (p. 25). Os feridos mais gaves seriam depois evacuados para Lisboa, cinco dias mais tarde.

Outros dois médicos referidos no livro do Reis são o Dr. Sá Meneses e o Dr. Manuel Diaz, este último o médico-chefe, periquito, que veio substituir o Dr. Fernando Garcia, e que quis participar do Reis, por ter respondido, com duas bofetadas,  a um insulto de um prisioneiro do PAIGC (pp. 39/40)... Há ainda um médico psiquiatra, o Dr. Castelão (p.44).

Pergunto aos nossos amigos e camaradas da Guiné: algum de vocês conhece um ou mais destes nomes, e muito em especial o Dr. Fernando Garcia, tenente miliciano médico ?

Na Internet, encontro uma referência a um Dr. Fernando Garcia, cirurgião geral, com consultório privado na Praça João A Coutinho 5,1º-D,   1170-190 Lisboa  . Telefone: 218 148 543. Alguém quer confirmar ?

_______________________

Nota de L.G.:


(...) António Ramalho da Silva Reis, nascido em Avintes, em 1944, embarcou em Março de 1966 no “Rita Maria” e foi colocado no HM 241. A sua experiência ao longo de dois anos na Guiné constitui o relato comovente “A Minha Jornada em África” (...).

Relato na primeira pessoa do singular, toca-nos pela simplicidade e ausência de pretensões:

“Vi talvez centenas de moços da minha idade morrerem ou chegarem mortos. Vi milhares de feridos entrarem por aquele hospital dentro. A tudo isto assisti, pois passei a minha comissão dividido entre o Posto de Socorros, a sala de observações e a Cirurgia 1, onde ficavam os casos mais graves. Os outros, de menos gravidade, eram distribuídos por outras enfermarias”.

Assentou praça no RI7, em Leiria, confessa que procurou todos os pretextos para se safar, ser mobilizado para a guerra, já que tinha um braço arqueado, mas ninguém se apiedou:

“Filho de pobre só não ia para a tropa o cego, o coxo ou o maneta. Filho de rico ainda se safavam alguns, arranjando falsos exames médicos onde apareciam com cavernas nos pulmões ou úlceras no estômago”.


Embarcou num barco de carga, carga bruta e carga humana, a Ritinha “desencostou ao som da grafonola que tocava o hino nacional”. (...).

Desembarca em Bissau, assustou-se com os primeiros feridos que viu chegar ao hospital, foi com o 27 (condutor do carro fúnebre) levar umas urnas à capela de Bissau (...).


 Descreve a chegada dos feridos ao HM 241, o helicóptero a aterrar e a abordagem de um piquete constituído por quatro soldados e um cabo. Ao princípio o António ainda lhes perguntava o que é que tinha acontecido, depois limitava-se a fazer o seu trabalho. Havia dias especiais como o 5 de Outubro de 1967 em que chegaram quarenta corpos, todos a cheirar a carne humana queimada, todos transformados em múmias, quem estava vivo foi transferido para Lisboa. E confessa:


“Era duro trabalhar naquela enfermaria. Ainda recordo o cabo Silvino ter-me dito que tinha de arranjar formar de fugir daquela enfermaria se não morria ou ficava louco, mas muito mais duro era ficar destacado no mato e aparecer lá num estado como chegaram aqueles e outros desgraçados”.

Há sofrimento inesquecível: o ferido que parecia nada haver a fazer para o salvar e que irá recuperar, tratado com desvelo por aquela malta toda; o camarada que esteve com ele na recruta em Leiria e que chegou num estado lastimável a perder todo o sangue das transfusões pelos orifícios que tinha nos pulmões. Depois a camaradagem, levara soldados à mortuária para os convencer que o camarada de pelotão não estava entre os mortos. (...)


As histórias que ele conta referem camaradas pícaros, bebedeiras, o tratamento de prisioneiros, a chegada da malta lá da terra internada no hospital, as recordações do Dr. Fernando Garcia, a sua referência profissional, as vicissitudes da única gorjeta que recebeu, as visitas das senhoras da Cruz Vermelha e do Movimento Nacional Feminino. Há recordações dolorosas como a chegada daquele alferes que vinha paralisado que ele calçou com almofadas, friccionou com álcool e empoou com Lauroderme para que não ganhasse escaras. Prometeu visitá-lo quando viesse para Portugal, encontraram-se. Anos mais tarde, voltou a procurá-lo, o alferes não o reconheceu, talvez tivesse subido muito na vida e não quisesse ser visto com aquele homem com cara de jardineiro ou cantoneiro...


Regressou a metrópole em 1968, aqui está agora o seu relato que finda assim: “Exteriorizei aquilo que me ia na alma, se alguém me quiser julgar que o faça, mas que esse juiz tenha vivido no mínimo aquilo que eu vivi”. (...).

domingo, 15 de novembro de 2015

Guiné 63/74 - P15371: Álbum fotográfico de Alfredo Reis (ex-alf mil, CART 1690, Geba, 1967/69) (1): Eu e o meu pelotão em Cantacunda (Parte I)


Foto nº 1 > O Alf mil Alfredo Reis




Foto nº 2


Foto nº 3 > P Alf mil Alfredo Reis, ao centro


Foto nº 4  > O régulo e uma das esposas. [Julgo que o regulado era o de Manganã, 



Foto nº 5



Foto nº 6


Foto nº 7


Foto nº 8



Fotos: © Alfredo Reis / A. Marques Lopes (2007). Todos os direitos reservados. [Edição: LG]


1.  As fotos são do ex-Alf Mil Alfredo Reis que, tal como o António Moreira, o Domingos Maçarico e o A. Marques Lopes, era da CART 1690.

Os quatro figuram na lista dos membros da nossa Tabanca Grande. O Alfredo Reis é veterinário, reformado, vivendo em Santarém.

As fotos chegaram-nos por intermédio do A. Marques Lopes. (Não é claro, para os editores, quem é autor das legendas, mas esperamos que o A. Marques Lopes ou o Alfredo Reis nos esclareçam posteriormente).

Além da sede (Geba), o Alfredo Reis esteve nos destacamentos, alguns dos quais, como Banjara e Cantacunda, eram os piores "buracos" do CTIG na época.  (LG)





Lisboa > Jantar de Natal 2007 > Os quatro magníficos da CART 1690, todos eles alferes milicianos... Ao fundo, estão o Domingos Maçarico, à esquerda, e o Alfredo Reis, à direita. Em primeiro plano, está o António Moreira, à esquerda, e o António Marques Lopes, à direita. Com os quatro juntos, a CART 1690 faz o pleno em matéria de alferes milicianos... (LG)


Foto: © A. Marques Lopes (2007). Todos os direitos reservados.


(,,,) Mensagem, de Janeiro de 2008, do nosso querido camarigo A. Marques Lopes, ex- Alf Mil At Inf, CART 1690 (Geba) / CCAÇ 3 (Barro) (1967/69) (*):

(...) Tenho-vos falado muitas vezes da CART 1690, sobre a qual há alguns postes no blogue da Tabanca Grande. Já fiz também referência aos alferes que por ela passaram. Mas quero, agora, falar-vos mais em pormenor destes gloriosos alferes, que é como nós próprios nos designamos, porque a nossa glória é continuarmos juntos. É bom que os conheçam pessoalmente. Aqui estão eles, num jantar do Natal de 2007, em Lisboa:

(i) O Domingos Maçarico (ainda um parente afastado do Luís Graça...), nascido na Praia de Mira, é engenheiro agrónomo e membro da Administração do Grupo Espírito Santo;

(ii) o Alfredo Reis, de Santarém, é veterinário e está reformado (embora pratique ainda);

(iii) o António Moreira, de Idanha-a-Nova, é advogado em Torres Vedras e [fez parte, no triénio de 2008/2010] do Conselho Geral da Ordem dos Advogados;

(iv) o A. Marques Lopes é, como sabem, coronel reformado [, fazendo parte dos primeiros cinco primeiros membros da nossa tertúlia, hoje Tabanca Grande: eu, o Sousa de Castro, o Humberto Reis, o A. Marques Lopes e o David Guimarães, por esta ordem cronológica]...

Como todos, também temos a nossa história.

Jovens e estudantes - o Domingos Maçarico no, então, Instituto de Agronomia de Lisboa (conheceu lá o Pepito), o Alfredo Reis no Instituto de Veterinária de Lisboa, também assim chamado então, o António Moreira na Faculdade de Direito de Lisboa e o A. Marques Lopes na Faculdade de Letras de Lisboa - fomos apanhados para frequentar, em Janeiro de 1966, o Curso de Oficiais Milicianos, em Mafra.

De lá saímos, em Julho desse ano, como Atiradores de Infantaria. Andanças por vários lados, a seguir (Lamego, Amadora...), e tornámos a encontrar-nos no RALIS (Regimento de Artilharia de Lisboa), que nos mobilizou para a Guiné, a 4 de Dezembro de 1966.

De 6 de Dezembro deste ano a 23 de Fevereiro de 1967 estivemos no GAGA2 (Grupo de Artilharia Contra Aeronaves n.º 2) a dar a especialidade aos soldados da que foi designada CART 1690, e que foram connosco para a Guiné.

Passámos, depois, pelo RAC (Regimento de Artilharia de Costa) de Oeiras, Carregueira, IAO... e embarcámos em 8 de Abril. Mas, antes, grandes patuscadas e farras tivemos juntos nos bares e baiúcas de Lisboa, acompanhados pelo capitão da companhia, o Guimarães [morto aos 29 na estrada de Geba-Banjara ...] Nessa fase cimentou-se a nossa amizade.

Desembarcados do Ana Mafalda para LDG, começou a Guiné, rio Geba acima. E ficámos em Geba. Eu fiquei na sede da companhia, às ordens do capitão e do Comando do Agrupamento. Eles foram distribuídos pelos destacamentos, por onde também passei, mas por pouco tempo. Já há coisas no blogue sobre Geba.

Em 21 de Agosto de 1967, fui ferido na estrada de Geba para Banjara e fui, uma semana depois, evacuado para o HMP, em Lisboa. O Domingos Maçarico foi ferido em 21 de Setembro de 1967, sendo igualmente evacuado para o HMP. O Alfredo Reis foi ferido na mesma altura, mas esteve apenas vários dias no hospital em Bissau. O António Moreira nunca foi ferido. Ele e o Reis estiveram sempre na companhia, em Geba e destacamentos, até Outubro de 1968.

O Maçarico não voltou à Guiné. Eu voltei em Maio de 1968, mas fui colocado na CCAÇ 3, em Barro.

Depois da minha evacuação para o HMP, fui substituído na companhia pelo alferes Fernando da Costa Fernandes, que foi dado como desaparecido em campanha em 19 de Dezembro de 1967, durante a operação Invisível em Sinchã Jobel: O alferes Fernandes foi, depois, substituído pelo alferes Carlos Alberto Trindade Peixoto, que foi morto em 8 de Setembro de 1968, durante um ataque ao destacamento de Sare Banda.

O Domingos Maçarico, depois de evacuado, foi substituído pelo alferes Orlando Joé Ribeiro Lourenço. Este voltou à metrópole são e salvo, mas nunca alinhou, nem nos encontros da companhia.

Somos nós os quatro, os sobreviventes, como também dizemos, que nos mantemos unidos entre nós e com os elementos da companhia. Com alguns intervalos, e eu explico a seguir.

Entre 1969 e 1974, os meus amigos e camaradas que estão comigo na fotografia, dedicaram-se a acabar os seus cursos e, depois, à vida pofissional, mantendo, embora, contactos entre si. Mas eu estive afastado deles durante esses anos (...).

(...) Há cerca de trinta anos que estes quatro ex-alferes, camaradas e amigos na Guiné, e antes dela, se encontram pelo menos quatro vezes por ano, além dos encontros da companhia. Temos ideias muito diferentes sobre certas coisas, cada um disparando, agora, para seu lado, mas a amizade cimentada na juventude e na guerra mantém-se e está acima de tudo. (...)

domingo, 1 de junho de 2014

Guiné 63/74 - P13222: IX Encontro Nacional da Tabanca Grande (12): Escolhidas as cinco melhores frases por 69 grã-tabanqueiros... E a menos de 2 semanas, temos já 94 bravos voluntários para a Operação Monte Real 2014, no dia 14 deste mês...


As frases que reuniram o maior número de votos (> 10):  83,7% dos votos, ou seja, 282 num total de 325. Número de votantes: 69. Frases que não obtiveram nenhum voto: a Seis e a Vinte um.

Infografia:  Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2014)



1. Terminou, ontem,  o nosso "passatempo" que foi também um pretexto para a malta fazer a "prova de vida"...

Responderam ao desafio 69 camaradas....  O total de votos foi de 325. Recorde-se qual era o passatempo: tratava-se de escolher as cinco ou frases ou slogans que melhor identificam e descrevem a nossa cultura bloguística, ou se quisermos, o espírito da nossa Tabanca Grande. (*)

Como votação acima de 20 temos as seguintes frases, as mais votadas:

Nas três primeiras posições:

1. O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande! (n=40)

3. Não deixes que sejam os outros a contar a tua história por ti. (n=37)

18. Tabanca Grande: onde todos cabemos com tudo o que nos une 
e até com aquilo que nos separa. (n=27)

Em 4º lugar, ex-aequo (n=26), temos:

14. Ainda pior do que o inferno da guerra,  é o inverno do esquecimento dos combatentes.

19. Partilhamos memórias e afetos.

Em 5º lugar aparece:

8. Para que os teus filhos e netos não digam, desprezando o teu sacrifício:  " Guiné ? Guerra do Ultramar ? Guerra Colonial ? Não, nunca ouvi falar!" (n=25).

Com votação superior a 10 e inferior a 20, temos as seguintes frases:

9. Uma vez combatente, combatente para sempre! (n=17)

7. Camarada não tem que ser amigo:  é o que dorme no mesmo buraco, na mesma cama, no mesmo abrigo. (n= 16);

11. Os filhos dos nossos camaradas, nossos filhos são. (n=16)

5. Camarada e amigo... é camarigo! (n=14)

12. Sim, senhor ministro, somos uma espécie em vias de extinção...  E já demos instruções ao último que morrer, para ser ele próprio a fechar a tampa do caixão. (n=14)

16. Recorda os sítios por onde passaste, viveste, combateste, amaste, sofreste, viste morrer e
matar, mataste, e perdeste, eventualmente, um parte do teu corpo e da tua alma...(n=12).

Duas frases não obtiveram qualquer pontuação:

6. Dez anos a blogar, pois é!,  são cinco comissões na Guiné!

21. E também lá vamos facebook...ando e andando!



2. Lista alfabética dos camaradas que respnderam à chamada e fizeram a sua "prova de vida" (*)...

[foto à esquerda, da autoria de Arlindo Roda, 2010]

Alberto Branquinho
Alcides Silva
Antonio Carvalho (Mampatá)
António Eduardo Carvalho
António J. Pereira da Costa
Antonio João Sampaio
António Levezinho
António Santos
António Sucena Rodrigues
Artur Conceição

Barreto Pires
Bernardino Cardoso

Cândido Morais
Carlos Cruz
Carlos Vinhal
César Dias

Eduardo Estrela
Ernesto Ribeiro

Fernando Costa

Germano Penha

Hélder Sousa

Idálio Reis

João Alberto Coelho
João José Lourenço
João Sacoto
Joaquim M Gomes
Jorge Picado
Jorge Pinto
Jorge Portojo
Jorge Rosales
Jorge Santos
Jorge Tavares
José Carlos Pimentel
Jose Colaço
José da Câmara
José Dinis C. Sousa e Faro
José Manuel Cancela
José Manuel Lopes
José Manuel Matos Dinis
José Manuel Carvalho
José Pardete ferreira
José Rocha
José Teixeira
Julio Costa Abreu
Juvenal Amado

Luís Graça
Luís Paulino

Manuel Carvalho
Manuel Joaquim
Manuel Luis
Manuel Maia
Manuel Reis
Mário Gaspar
Mario Oliveira
Mário Pinto
Mário Vasconcelos
Marques de Almeida
Martins Julião

Raul Albino
Ricardo Figueiredo
Rui Santos
Rui Silva

Toni Borié
Torcato Mendonça

Valdemar Silva
Vasco da Gama
Vasco Ferreira
Vasco Pires
Virginio Briote


3. Lista dos inscritos no IX Encontro Nacional da Tabanca Grande, a realizar em Monte Real, no dia 14 do corrente... 

São 94  e queremos pelo menos chegar aos 100!... As inscrições continuam abertas... As desistências devem ser comunicadas atempadamente... Todas as comunicações devem ser dirigidas ao nosso editor Carlos Vinhal: carlos.vinhal@gmail.com

Agostinho Gaspar (Leiria)
Alcídio Marinho e Rosa (Porto)
António Faneco e Tina (Montijo / Setúbal)
António Fernando Marques e Gina (Cascais)
António José Pereira da Costa e Isabel (Mem Martins / Sintra)
António Manuel Sucena Rodrigues + Rosa Pato, António e Ana Brandão (Oliveira do Bairo)
António Maria Silva (Cacém / Sintra)
António Martins de Matos (Lisboa)
António Rebelo (Massamá / Lisboa)
António Sampaio & Clara (Leça da Palmeira / Matosinhos)
António Santos, Graciela & mais 7 do clã (Caneças / Odivelas)
António Sousa Bonito (Carapinheira / Montemor-o-Velho)
Arménio Santos (Lisboa)
Augusto Pacheco (Maia)

C. Martins (Penamacor)
Carlos Vinhal & Dina (Leça da Palmeira / Matosinhos)

David Guimarães & Lígia (Espinho)
Delfim Rodrigues (Coimbra)

Eduardo Campos (Maia)
Eduardo Jorge Ferreira (Vimeiro / Lourinhã)

Fernandino Leite (Maia)
Fernando Súcio (Campeã / Vila Real)
Francisco (Xico) Allen (Vila Nova de Gaia)
Francisco Baptista e Fátima Anjos (Aldoar / Porto)
Francisco Palma (Estoril / Cascais)

Humberto Reis e Joana (Alfragide / Amadora)

Idálio Reis (Sete-Fontes / Cantanhede)

João Alves Martins (Lisboa)
Joaquim Almeida (Maia)
Joaquim Gomes Soares e Maria Laura (Porto)
Joaquim Luís Fernandes (Maceira / Leiria)
Joaquim Mexia Alves (Monte Real / Leiria)
Joaquim Nunes Sequeira e Mariete (Colares / Sintra)
Joaquim da Silva Jorge (Ferrel / Peniche)
Jorge Cabral (Lisboa)
Jorge Canhão & Maria de Lurdes (Oeiras)
Jorge Loureiro Pinto (Agualva / Sintra)
Jorge Rosales (Monte Estoril / Cascais)
José Barros Rocha (Penafiel)
José Casimiro Carvalho (Maia)
José Louro (Algueirão / Sintra)
José Manuel Cancela e Carminda (Penafiel)
Julio Costa Abreu e Richard (Holanda)
Juvenal Amado (Fátima / Ourém)

Luís Encarnação (Cascais)
Luís Graça & Alice (Alfragide /Amadora)
Luís Moreira (Mem Martins / Sintra)

Manuel António (Maia)
Manuel Augusto Reis (Aveiro)
Manuel Joaquim (Agualva / Sintra)
Manuel Resende, Isaura e Palmira Serra (Cascais)
Manuel dos Santos Gonçalves e Maria de Fátima (Carcavelos / Cascais)
Mateus Oliveira e Florinda (Boston / EUA)
Miguel Pessoa & Giselda (Lisboa)
Mário Gaspar (Lisboa)

Raul Albino e Rolina (Vila Nogueira de Azeitão / Setúbal)
Ricardo Figueiredo (Porto)
Rui Silva e Regina Teresa (Sta. Maria da Feira)

Vasco da Gama (Buarcos / Figueira da Foz)
Virgínio Briote e Irene (Lisboa)
____________________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 22 de maio de 2014 > Guiné 63/74 - P13178: IX Encontro Nacional da Tabanca Grande (6): A três semanas da nossa festa de convívio anual, temos 70 inscrições... e um passatempo para saber "quais são as cinco frases de que os grã-tabanqueiros mais gostam e que melhor caraterizam o espírito da Tabanca Grande"... Deixa um comentário ou manda um mail até aos próximos quinze dias...

(...) Vinte e cinco frases que ajudam a distinguir um grã-tabanqueiro, isto é, um leitor do nosso blogue que se identifica com a "cultura" da Tabanca Grande, independentemente de estar ou não estar (ainda) registado como membro...
1. O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande!

2. Lembra-te, ó português: bandeira dos cinco pagodes, é na loja do chinês.

3. Não deixes que sejam os outros a contar a tua história por ti.

4. Cabral só há um, o de Missirá e mais nenhum.

5. Camarada e amigo... é camarigo!

6. Dez anos a blogar, pois é!,
são cinco comissões na Guiné!

7. Camarada não tem que ser amigo:
é o que dorme no mesmo buraco, na mesma cama, no mesmo abrigo.

8. Para que os teus filhos e netos não digam, desprezando o teu sacrifício:
" Guiné ? Guerra do Ultramar ? Guerra Colonial ? Não, nunca ouvi falar!"

9. Uma vez combatente, combatente para sempre!

10. Desaparecidos: aqueles que nem no caixão regressaram.

11. Os filhos dos nossos camaradas, nossos filhos são.

12. Sim, senhor ministro, somos uma espécie em vias de extinção...
E já demos instruções ao último que morrer, para ser ele próprio a fechar a tampa do caixão.

13. Camarada, que a terra da tua Pátria te seja leve!

14. Ainda pior do que o inferno da guerra,
é o inverno do esquecimento dos combatentes...

15. Rapa o fundo do teu baú da memória...

16. Recorda os sítios por onde passaste, viveste, combateste, amaste, sofreste, viste morrer e
matar, mataste, e perdeste, eventualmente, um parte do teu corpo e da tua alma...

17. Os camaradas da Guiné dão a cara,
não se escondem por detrás do bagabaga...

18. Tabanca Grande: onde todos cabemos com tudo o que nos une
e até com aquilo que nos separa.

19. Partilhamos memórias e afetos.

20. Lá vamos blogando, recordando, (sor)rindo,
e às vezes cantando, gemendo e chorando!

21. E também lá vamos facebook...ando e andando!

22. Sabemos resolver os nossos conflitos... sem puxar da G3!

23. A 'roupa suja' lava-se na caserna, não na parada.

24. 'Periquito' salta pró blogue, que a 'velhice' já cá está!

25. 'Um blogue de veteranos, nostálgicos da sua juventude' (René Pélissier dixit)

sábado, 24 de fevereiro de 2007

Guiné 63/74 - P1545: Lista do pessoal de Bambadinca (1968/71) (Letras A/B) (Humberto Reis)

Guiné > Zona Leste > Sector L1 > Bambadinca > Natal de 1969 > Sargentos e furriéis da CCAÇ 12 e da CCS do BCAÇ 2852:

(i) da esquerda para a direita, na 1ª fila: o Jaime Soares Santos (Fur Mil SAM, vulgo vagomestre); António Eugéndio da Silva Lezinho, Fur Mil At Inf; António M. M. Branquinho, Fur Mil At Inf; Humbero Simões dos Reis, Fur Mil Op Esp; Joaquim A. M. Fernandes, Fur Mil At Inf);

(ii) da esquerda para a direita, 2ª fila, de pé: 2º sargento Inf José Martins Rosado Piça; Fur Mil Armas Pesadas Inf Luís Manuel da Graça Henriques; um 2º sargento, de cujo nome não me lembro; 1º Sargento Cav Fernando Aires Fragata; Fur Mil Enfermeiro João Carreiro Martins; e um outro 1º sargento de cujo nome também já não me lembro mas que julgo ser da CCS do BCAÇ 2852... (LG)

Foto: © Humberto Reis (2006). Direitos reservados.


O Humberto Reis mandou-me uma lista com nomes e moradas, conhecidos em 2002, do pessoal que passou por Bambadinca, nos anos de 1968 a 1971, coincidindo basicamente com a comissão da CCS do BCAÇ 2852 (1968/70) e com a da CCAÇ 2590 / CCAÇ 12 (1969/71) (1). Publicam-se s seguir os primeiros nomes, correspondentes às letras A e B, seguidos da morada e dos contactos telefónicos. A lista está e actualização permanente (LG).

Luís: Eu indiquei a unidade daqueles que sabia de cor. Quanto à divulgação da listagem, julgo não haver problema pois esta lista já foi feita por mim e pelo Vacas de Carvalho há uns anos e tem sido passada todos os anos aos novos organizadores das almoçaradas da malta. Por isso não é segredo.

Um abraço

Humberto


1________________________________

ABEL MARIA RODRIGUES (ex-Alf Mil, CCAÇ 12)
Urbanização do Juncal - Lote 20
5210-209 MIRANDA DO DOURO
273432263 / 967037338


2._______________________________

ABÍLIO VIEIRA FILIPE (CCS / BCAÇ 2852)
Bairro S. Miguel 2480-308 PORTO MÓS
244402938 / 934913803

3._______________________________

ADELINO AFONSO LOBO COSTA
Rua Rosas, 51 - Pedra de Cima 2430-255 MARINHA GRANDE
244569392

4. ______________________________

ADELINO GONÇALVES MONTEIRO
Avenida Misericórdia 3600-202 CASTRO VERDE
232381392/917507595

5. ______________________________

ADELINO MARQUES FERNANDES
Rua Dr. Manuel Arriaga - Lote JPT - R/C Esq. 2700-296 AMADORA
214937004

6.________________________________

ADELINO SOUSA MARTINS
Rua das Cordas, 15 / 4740-351 FÃO
253981032

7.________________________________

ADÉLIO GONÇALVES MONTEIRO
Rua Padre Monteiro (Junto ao Tribunal) 3600 CASTRO DAIRE
232381392 / 917507595


8.________________________________

AGNELO PEREIRA FERREIRA
Avenida Patrão Joaquim Lopes, 24 R/C Drt. / 2780-616 PAÇO DE ARCOS
214414017

9._________________________________

ALBERTO MANUEL NASCIMENTO
Rua do Cemitério de Baixo 5180-105 FREIXO DE ESPADA A CINTA

10.________________________________

ALBERTO MARTINS VIDEIRA (ex-2º sargento, CCAÇ 12)
Praça Diogo Cão, 6 R/C 5000-599 VILA REAL
259373472

11. _______________________________

ALCINO CARVALHO BRAGA (CCAÇ 12)
Rua Norte Júnior - Lote 235 - 5º F 1900-767 LISBOA
218371350

12. _______________________________

ALFREDO DUQUE LOPES
Presa 2230-010 ACARAVELA (SARDOAL)


13. _______________________________

AMÉRICO FONSECA TAVARES
Avenida 12 de Julho, Nº 149 - Gala de S. Pedro 3080-739 FIGUEIRA DA FOZ

14.________________________________

ÂNGELO A. CUNHA RIBEIRO, Coronel (ex-major, CCS / BCAÇ 2852)
Largo de António Ramalho, 34 - 1º. 4100-070 PORTO
226095451

15._______________________________

ANTÓNIO ALVES
Rua Meripinho, 67 - Bairro Santiago 3810 AVEIRO
256428508

16._______________________________

ANTÓNIO BENTO RODRIGUES
Rua Lusiadas, 37 - 3º Esq. 2745-155 QUELUZ
214350274

17. ______________________________

ANTÓNIO DOM. RODRIGUES
Avenida das Amoreiras, 29 - 2º Esq. 2350-598 TORRES NOVAS
249823614
919528023

18. ______________________________

ANTÓNIO DUARTE ADÃO
Rua Visconde Asseca, 15 - Covas de Ferro 2715-313 ALMARGEM DO BISPO
219622086

19. ______________________________

ANTÓNIO EUG. SILVA LEVEZINHO (ex-fur mil CCAÇ 12)
Rua Dr. João Barros, 2 -1º Esqº. - Reboleira 2720-202 AMADORA
214954593

20. ______________________________

ANTÓNIO FERNANDO P. NUNES (CCS / BCAÇ 2852)
Rua Duque Saldanha, 615 - 2º Esq. 4300-466 PORTO
225363164

21. ______________________________

ANTÓNIO FERNANDO R. MARQUES (ex- fur mil, CCAÇ 12)
Rua das Perdizes, Lote 11 - 2º B - Quinta Bicuda 2750-704 CASCAIS
214844041 / 933599115

22. ______________________________

ANTÓNIO GONÇ. PEREIRA, Dr. (CCS / BCAÇ 2852)
Avenida 5 de Outubro, 73 - 1º Drt. 4440-503 VALONGO
224221283 / 939596053


23. _____________________________

ANTÓNIO J. ABRUNHOSA BRANQUINHO
Rua Grupo 1 - Recreio Edificio 2 - 2º Esq. 6200-446 COVILHÃ
275335723

24. _____________________________

ANTÓNIO JESUS MARQUES
Rua João de Deus, 313 - 1º Esq. 4400-185 VILA NOVA DE GAIA
225370620

25. _____________________________

ANTÓNIO J. ESTEVES CAETANO, Dr. (Pel Mort)
Rua Conde Almoster, 44 - 2º Esq. 1500-195 LISBOA
217740202

26. _____________________________

ANTÓNIO JOSÉ SIMÕES GREGÓRIO
Casal do Espirito Santo - Lousã 3200-372 VILARINHO LOUSÃ
239993585

27. _____________________________

ANTÓNIO M. M. BRANQUINHO (ex-Fur Mil, CCAÇ 12)
Avenida Herois do Ultramar, 76 7000-720 EVORA
266705902

28. _____________________________

ANTÓNIO MANUEL CARLÃO (ex-Alf Mil, CCAÇ 12)
Rua das Cordas, 1 4740-351 FÃO
253982275 / 917543842


29. ____________________________

ANTÓNIO MANUEL LAPA CARINHAS (Pel Intendência)
Quinta Santa Catarina - Lote 44 R/C 7000-173 EVORA
263333373


30. ____________________________

ANTÓNIO PAULA OURIVES
Bairro Ladeirinha 6200-785 TORTOSENDO
275954460 / 914643997


31. ____________________________

ANTÓNIO R. CURADO COUTINHO
Rua António Pires,8-2º.Esq.-Laveiras Caxias 2780-489 PAÇO DE ARCOS
214427503

32. ____________________________

ARLINDO TEIXEIRA RODA (ex-Fur Mil, CCAÇ 12)
Rua Alfredo Lima, 37 - º3 B 2910-388 SETUBAL
265238354

33. ____________________________

ARMÉNIO MONTEIRO DA FONSECA (ex-Sold, CCAÇ 12)
Rua Presa Velha, 112 - Casa 6 4300-443 PORTO
225363371

34. ____________________________

BERNARDO MANUEL O. VALENTE (ex-Fur Mil, Pel Rec, CCS do BCAÇ 2852 )
Rua Herois do Ultramar, 14 - Leiria Gare 2400-287 LEIRIA
244881779/ 965242480
______________________________

Nota de L.G.:

(1) Sobre a composição da CCAÇ 2590/CCAÇ 12, vd. seguintes posts:

29 de Maio de 2006 > Guiné 63/74 - DCCCXIV: Ao Fernando Sousa: Sei que estás em festa, pá(Luís Graça)

21 de Maio de 2006 > Guiné 63/74 - DCCLXXV: Composição da CCAÇ 12, por Grupo de Combate, incluindo os soldados africanos (posto, número, nome, função e etnia) (Luís Graça)

terça-feira, 16 de março de 2010

Guiné 63/74 - P5999: Grupo dos Amigos da Capela de Guiledje (12): Doação de imagem de Nª Sra. de Fátima, pelo António Camilio e o Luís Branquinho Crespo



Guiné-Bissau > Região de Tombali > Guileje > A última doação à Capela de Guileje, uma imagem de N. Sra. de Fátima, trazida de Portugal por António Camilo e Luís Branquinho Crespo.

Foto: ©  AD - Acção para o Desenvolvimento (2010). Direitos reservados




Guiné > Região de Tombali > Guileje > CART 1613 (1967/68) >  A capelinha construída no tempo do Zé Neto (1929-2007)... Havia três imagens da N. Sra. de Fátima, de diversos tamanhos...

Foto: © Zé Neto / AD - Acção para o Desenvolvimento. (2007). Direitos reservados.


1. Os nossos amigos da AD - Acção para o Desenvolvimento, na pessoa do Pepito, seu director executivo,  nosso amigo e membro da nossa Tabanca Grande, acaba de mandar-nos a seguinte mensagem:

Assunto: Amigos da Capela de Guiledje

Luís

Mais uma importante contribuição dos nossos amigos da Capela de Guiledje, o António Camilo e o Dr. Luis Branquinho Crespo (na foto), que fizeram questão de se deslocarem a Guiledje para doarem a imagem da Nossa Senhora de Fátima à Capela.

Este gesto, tão bonito, foi acompanhado pelos votos de que esta oferta ajude a Guiné-Bissau a encontrar rapidamente os caminhos da Paz.

Abraço
pepito
 
 


2. Comentário de L.G.:

O Manuel Reis [,  foto à direita, ] nosso prezado camarada, professor do ensino secundário em Ílhavo, reformado, residente em Aveiro,  ex-Alf Mil da CCAV 8350, a última unidade de quadrícula de Guileje (1972/73), enviou-nos a lista actualizada dos donativos recolhidos até agora, no âmbito da campanha do nosso blogue a favor da reconstrução e manutenção da capela de Guileje (*).

O dinheiro, que tem sido depositado numa conta da Caixa Geral de Depósitos, Agência de Ílhavo, em nome do Manuel Reis, será oportunamente transferido para a AD - Acção para o Desenvolvimento, com sede em Bissau, a ONG que liderou este projecto.

À anterior lista do Grupo dos Amigos da Capela de Guiledje junta-se agora, além do Luís Branquinho Crespo (que, segundo presumo,  é um conhecido advogado, mas cuja ligação a Guileje ou à Guiné-Bissau desconheço), os nomes dos nossos camaradas Eduardo Campos, Henrique Martins e Vasco da Gama. (**)

 A campanha de angariação de fundos vai-se manter, apesar da capela já ter sido  inaugurada em 20 de Janeiro último (***), de modo a permitir ainda,  a todos os nossos leitores,  dar a sua (e aumentar a nossa) contribuição (material e simbólica) para esta causa.

Recorde-se aqui, mais uma vez,  a história e o significado da capela de Guileje, erigida no tempo da CART 1613 (do Cap Art Corvalho e do 2º Srgt Zé Neto, 1967/68)... Grande impulsionador da construção da capela de Guileje,  o Zé Neto (com o posto de Cap Ref) foi, infelizmente,  o primeiro membro da nossa Tabanca Grande a deixar-nos... A morte levou-o aos 78 anos... Morreu em 2007. Tinha nascido, em Leiria, em 1927. Júlia Neto é a viúva, que nos honra com a sua presença no nosso blogue.

Guileje é hoje um ponto de paz, de ecumenismo e de (re)encontro de homens que no passado se bateram, de armas na mão, sob bandeiras diferentes, e esperemos que seja também, no futuro,  um polo de desenvolvimento.  A própria ideia da constituição de um Grupo de Amigos da Capela de Guileje tem, por certo,  algum simbolismo.

Pagamento por multibanco: NIB: 003503720000835570006

Pagamento por transferência Bancária: Conta nº: 0372008355700 da Caixa Geral de Depósitos de Ílhavo, em nome de Manuel Augusto Ferreira Reis.

A todos os nossos camaradas, contribuintes (em géneros e/ou em espécie), independentemente da sua ligação efectiva (e afectiva) a Guileje, o nosso muito obrigado (Luís Graça / Manuel Reis).

____________

Notas de L.G.:

(*) 10 de Fevereiro de 2010 > Guiné 63/74 - P5797: Grupo dos Amigos da Capela de Guileje (11): A recolha de fundos vai continuar... Saldo: 430 € (Manuel Reis / Luís Graça)

Vd. ainda poste de 6 de Junho de 2009 > Guiné 64/74 - P4469: Grupo dos Amigos da Capela de Guileje (1): Já temos três: Patrício Ribeiro, António Cunha e Manuel Reis

(**) Grupo dos Amigos da Capela de Guileje (contribuições em espécie e em género), porordem alfabética:

Amílcar Ventura
António Camilo
António Graça de Abreu
António Cunha (****)
Coutinho e Lima
Domingos Fonseca (AD)
Eduardo Campos
Hélder Sousa
Henrique Martins
João Seabra
Júlia Neto
Luís Branquinho Crespo
 Luís Graça
Manuel Reis
Patrício Ribeiro (Impar Lda)
Paulo Santiago Pepito (AD)
Vasco da Gama

(Espero não ter omitido ninguém... De qualquer modo, é uma lista aberta, que esperemos venha rapidamente a ser alargada...)

(***) Vd. poste de 29 de Janeiro de 2010 > Guiné 63/74 - P5726: Núcleo Museológico Memória de Guiledje (10): A inauguração da capela, em 20 de Janeiro, na presença do embaixador de Portugal (Pepito)

(****)  O António Cunha, ex-1º Cabo Radiotelegrafista, CART 1613, Guileje, 1967/68, membro da nossa Tabanca Grande desde Dezembro de 2008 (mas de quem ainda não temos nenhuma foto, nem antiga nem actual), ficou de dar conhecimento desta iniciativa aos seus antigos camaradas de companhia, que se reunem anualmente.

Aqui ficam os seus contactos: António Cunha (O Malhado), CART 1613 “Os Lenços Verdes” / BART 1896,   Guiné 1966/1968 >  Morada: Rua João Braga, 47 Nogueira 4715-198 Braga.  Telefone/Fax: 30991200 Telemóvel: 982503954

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Guiné 63/74 - P8530: Os nossos médicos (36): O Dr. Gomes da Costa, o Sargento Marcos, o 1º Cabo Silvino..., naquele dia negro de 5 de Outubro de 1967, no HM241 (António Reis, ex-1º Cabo Aux Enf, 1966/68)

1. Excerto de um texto ("Dias negros"), retirado do livo de memórias do nosso camarada António Reis, ex-1º Cabo Aux Enf (HM241, Bissau, 1966/68), já aqui recenseado, A minha jornada África (Vila Nova de Gaia: Ed. Ausência. 1999. 67 pp.) [Imagem da capa do livro, à esquerda]:

(...) Chegar o helicóptero ou os helicópteros com feridos ou mortos era o dia a dia. Houve dias negros, dias de muitos mortos e feridos. Eu pensava muitas vezes como era possível haver festas na minha terra quando tantos rapazes com vinte anos morriam ou ficavam mutilados em África.


Um desses dias a que eu chamei de negro foi o de 5 de Outubro de 1967. Desta vez chegaram mais de quarenta. Todos queimadinhos. Dentro e até fora do hospital era um cheiro intenso a carne humana queimada; nove ou dez já chegaram mortos. Os outros foram transformados em múmias.

Estiveram lá apenas cinco dias, talvez o tempo que levou a providenciarem um avião especial para os trazer para Lisboa. Naqueles cinco dia eu apenas ia à caserna para passar pelo sono, fiquei em baixo ao ponto do Dr. Gomes da Costa ter dito:
- Tu e o Silvino, esta noite ides dormir, pois eu não vos quero turberculosos.

Eu não era obrigado a tanto sacrifício, mas foi a forma de manter os soros nos horários. O Dr. Gomes da Costa prescrevia, eu tinha os soros e a medicação, o sargento Marcos e o cabo Silvino passaram os cinco dias a mudar os pensos àquelas múmias sofrentes. Múmias, porque só se lhes via os rostos inchados e queimados. Sofrentes porque ele tinham em SOS Dolantina, Pedina ou Demoral. Eu chegava a aplicar duas juntas no sistema (estavam todos com desbridamento) e passado algum tempo eles estavam novamente a gemer com dores.

E assim chegou o quinto dia e o avião que os trouxe para Lisboa. Não sei quantos mais morreram, e os que se que se safaram, em que estado ficaram. Sei que foram cinco dias que nunca esqueci. Ainda hoje conservo na retina aqueles rostos, ainda hoje tenho nos tímpanos os gemidos deles; havia um que nos agarrava e não mais largava, chamando:
- Sr. doutor, sr. doutor.

Era duro trabalhar naquela enfermaria. Ainda recordo o cabo Silvino ter-mde dito que tinha de arranjar forma de fugir daquela enfermaria senão morria ou ficava louco, mas mais duro era estar destacado no mato e aparecer lá no estado em que chegaram aqueles e outros desgraçados.

Desta vez, se bem me lembro, foi uma GMC que foi pelos ares com uma mina incendiária (…).

Fonte: António Reis - A minha jornada em África. Vila Nova de Gaia: Ed. Ausência. 1999. 24-25. (Excerto reproduzido  com a devida vénia...)
_______________


Nota do editor:

(*) Vd. 3 de Janeiro de 2010 > Guiné 63/74 - P5581: Os nossos médicos (13): Deus no céu e o Dr. Fernando Garcia... no HM 241 (António Reis / Luis Graça)

Último poste da série > 6 de Julho de 2011 > Guiné 63/74 - P8518: Os nossos médicos (35): Mais nomes de clínicos do HM241 do meu tempo (J. Pardete Ferreira)

sábado, 11 de abril de 2015

Guiné 63/74 - P14457: X Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 18 de Abril de 2015 (8): Com 195 inscrições, a meio da tarde de hoje, estamos a atingir o limite dos 200 lugares, e a bater um recorde em dez anos de história dos nossos encontros nacionais

1. Lista alfabética dos 195 inscritos no X Encontro Nacional da Tabanca Grande, Monte Real, Leiria, 18 de abril de 2015

Abel Santos - Leça da Palmeira / Matosinhos
Agostinho Gaspar - Leiria
Albano Costa e Maria Eduarda - Guifões / Matosinhos
Alberto Godinho Soares - Maia
Almiro Gonçalves e Amélia - Vieira de Leiria / Marinha Grande
António Augusto Proença e Beatriz - Covilhã
António Brito da Silva e Isabel - Madalena / V. N. de Gaia
António Dias - Porto
António Estácio - Mem Martins / Sintra
António Faneco e Tina - Massamá / Sintra
António Fernandes Neves - Setúbal
António Fernando Marques e Gina - Cascais
António João Sampaio e Clara - Leça da Palmeira / Matosinhos
António José P. Costa e Isabel - Mem Martins / Sintra
António Manuel Garcez Costa - Lisboa
António Manuel S. Rodrigues e Rosa Maria - Oliveira do Bairro
António Maria Silva e Maria de Lurdes - Lisboa
António Martins de Matos - Lisboa
António Osório, Ana e Maria da Conceição - V. N. de Gaia
António Paiva - Lisboa
António Pimentel - Figueira da Foz
António Santos Pina - Lisboa
António Santos e família (6) - Caneças / Odivelas
António Sousa Bonito - Carapinheira / Montemor-o-Velho
António Souto Mouro - Paço de Arcos / Oeiras
Arlindo Farinha - Almoster / Alvaiázere
Armando Pires - Algés / Oeiras
Arménio Santos - Lisboa
Artur Soares - Figueira da Foz
Baltazar Rosado Lourenço - Nazaré

Belarmino Sardinha e Maria Antonieta - Odivelas
Benjamim Durães, Fábio, Rafael, Marta, Tiago, Pedro e Sérgio - Palmela
C. Martins - Penamacor
Carlos Alberto Cruz, Irene e Paulo Jorge - Paço de Arcos / Oeiras
Carlos Alberto Pinto e Maria Rosa - Reboleira / Amadora
Carlos Vinhal, Dina e 2 amigas- Leça da Palmeira / Matosinhos
Coutinho e Lima - Lisboa
David Guimarães e Lígia - Espinho
Delfim Rodrigues - Coimbra
Eduardo Ferreira Campos - Maia
Eduardo Magalhães Ribeiro e Carlos Eduardo - Porto
Ernestino Caniço - Tomar
Fernando Gouveia - Porto
Fernando de Jesus Sousa - Lisboa
Hernâni Joel Silva e Branca - Lisboa
Hélder V. Sousa - Setúbal
Idálio Reis - Cantanhede
J. L. Vacas de Carvalho - Lisboa
João Alves Martins e Graça - Lisboa
João Maximiano - Santo Antão / Batalha
João Sacoto e Aida - Lisboa
Joaquim Carlos Peixoto e Margarida - Penafiel
Joaquim Gomes Soares e Maria Laura - Porto
Joaquim Luís Fernandes - Maceira / Leiria
Joaquim Luís Mendes Gomes - Mafra
Joaquim Mexia Alves, Catarina e André - Monte Real / Leiria
Joaquim Pinto de Carvalho - Cadaval
Jorge Araújo e Maria João - Almada
Jorge Cabral - Lisboa
Jorge Canhão e Maria de Lurdes - Oeiras
Jorge Picado - Ílhavo
Jorge Pinto e Ana Maria - Agualva / Sintra
Jorge Rosales - Monte Estoril / Cascais
José Alberto Pinto - Barcelos
José Almeida e Antónia - Viana do Castelo
José António Chaves - Paço de Arcos / Oeiras
José Augusto Miranda Ribeiro - Condeixa
José Barros Rocha - Penafiel
José Botelho Colaço - Lisboa
José Casimiro Carvalho - Maia
José Diniz Faro - Paço de Arcos / Oeiras
José Eduardo R. Oliveira - Alcobaça
José Fernando Almeida e Suzel - Óbidos
José Leite e Ana Maria - Sintra
José Manuel Cancela e Carminda - Penafiel
José Manuel Lopes e Luísa - Régua
José Manuel Matos Dinis - Cascais
José Marques e Florinda - Paredes
José Miguel Louro e Maria do Carmo - Lisboa
José Nunes Francisco e família (5) - Batalha
José Pereira Augusto Almeida - Lamego
José Ramos Romão e Emília - Alcobaça
José Vieira Machado - Lisboa
José Zeferino e Duarte - Loures
Juvenal Amado - Fátima / Ourém
Liberal Correia e Maria José - Ponta Delgada (RA Açores)
Lucinda Aranha e José António - Santa Cruz / Torres Vedras
Luís Duarte - Seixal
Luís Graça e Alice- Alfragide / Amadora
Luís Lopes Jorge - Monte Real
Luís Moreira - Mem Martins / Sintra
Luís Paulino e Maria da Cruz - Algés / Oeiras
Manuel Domingos Santos - Leiria
Manuel Domingues - Lisboa
Manuel Fernando Sucio - Vila Real
Manuel Joaquim, Alexandra e José Manuel - Agualva / Sintra
Manuel José Ribeiro Rocha e Olinda - Linda-a-Velha/Oeiras
Manuel Lima Santos e Maria de Fátima - Viseu
Manuel Ramos - Lisboa
Manuel Reis - Aveiro
Manuel Resende e Isaura - S. Domingos de Rana / Cascais
Mário Fitas e Helena - Estoril
Mário Vasconcelos - Guimarães
Miguel e Giselda Pessoa - Lisboa
Mário Gaspar - Lisboa
Paulo Santiago - Aguada de Cima / Águeda
Raul Albino e Rolina - Vila Nogueira de Azeitão / Setúbal
Ribeiro Agostinho e Elisabete - Leça da Palmeira / Matosinhos
Ricardo Figueiredo e Cândida - Porto
Ricardo Sousa e Georgina - Lisboa
Rogé Guerreiro - Cascais
Rui Gouveia e Eulália - Leiria
Rui M. D. Guerra Ribeiro - Lisboa
Rui Pedro Silva - Lisboa
Rui Silva e Regina Teresa - Sta. Maria da Feira
Valentim Oliveira, Maria Joaquina, Cyndia e Carina - Viseu
Victor Tavares - Recardães / Águeda
Virgínio Briote e Irene - Lisboa
Vítor Caseiro e Maria Celeste - Leiria

2. Informação da comissão organizadora:

Aceitam-se inscrições até domingo, dia 12, às 24h, ou até ao limite da capacidade do salão do Palace Hotel de Monte Real (que são 200 lugares).

P'la Comissão Organizadora,

Carlos Vinhal
_______________

Vd. os primeiros postes de:

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Guiné 63/74 - P3132: Notas de leitura (10): A minha Jornada em África (Beja Santos)

1. Mensagem do Beja Santos, com data de 8 do corrente:

Carlos e Virgínio,
Fui aos saldos de livros e discos e encontrei duas obras de camaradas da Guiné. O primeiro relato segue agora, tenho a seguir que ler a história do tenente Lobato, um piloto da Força Aérea, capturado no Tombali, em 1965, resgatado na operação Mar Verde. Parece-me um relato pungente, nada sabia sobre este sofredor. A imagem de “A Minha Jornada em África” segue em email separado. Um abraço do Mário


A Minha Jornada em África
António Reis

Editora Ausência

FUI ENFERMEIRO NO HM 241

Por Beja Santos

António Ramalho da Silva Reis, nascido em Avintes, em 1944, embarcou em Março de 1966 no “Rita Maria” e foi colocado no HM 241. A sua experiência ao longo de dois anos na Guiné constitui o relato comovente “A Minha Jornada em África” (por António Reis, Editora Ausência, 1999).

Relato na primeira pessoa do singular, toca-nos pela simplicidade e ausência de pretensões:

“Vi talvez centenas de moços da minha idade morrerem ou chegarem mortos. Vi milhares de feridos entrarem por aquele hospital dentro. A tudo isto assisti, pois passei a minha comissão dividido entre o Posto de Socorros, a sala de observações e a Cirurgia 1, onde ficavam os casos mais graves. Os outros, de menos gravidade, eram distribuídos por outras enfermarias”.

Assentou praça no RI 7, em Leiria, confessa que procurou todos os pretextos para se safar, ser mobilizado para a guerra, já que tinha um braço arqueado, mas ninguém se apiedou:

“Filho de pobre só não ia para a tropa o cego, o coxo ou o maneta. Filho de rico ainda se safavam alguns, arranjando falsos exames médicos onde apareciam com cavernas nos pulmões ou úlceras no estômago”.

Embarcou num barco de carga, carga bruta e carga humana, a Ritinha “desencostou ao som da grafonola que tocava o hino nacional”. O António Reis fala das suas motivações para aquela guerra:

“Não sentia que ia defender nada que fosse meu. Nada me tinha motivado, ao longo dos meus vinte anos, para arriscar a vida. Para quem foi habituado a comer a sopa dos pobres na escola, para quem sempre teve, até aos doze anos, a sola dos pés como calçado, para quem foi posto a trabalhar com apenas doze anos de idade, após ter terminado a quarta classe, e tendo de percorrer vinte e quatro quilómetros sempre com as soletas enfiadas na cintura para que pudesse caminhar mais depressa e calçando-as, só após ter atravessado a ponte, para que a polícia não me multasse por andar descalço. A pé e sempre a pé porque eu ganhava de segunda a sábado, a moço de chapeiro na Avenida Camilo, apenas cinco escudos por dia e o transporte era seis escudos e sessenta centavos. Por quem tudo isto e muito mais tinha passado, como correr os quatro cantos de uma gaveta à procura de uma côdea e nada encontrar, nada devia à sociedade. A sociedade é que já me devia a mim”.

Desembarca em Bissau, assustou-se com os primeiros feridos que viu chegar ao hospital, foi com o 27 (condutor do carro fúnebre) levar umas urnas à capela de Bissau:

“Estes mortos não eram uns mortos quaisquer, eram moços com vinte anos, com direito à vida e não me canso de o repetir porque há coisas que devem ser ditas muitas vezes”.

Descreve a chegada dos feridos ao HM 241, o helicóptero a aterrar e a abordagem de um piquete constituído por quatro soldados e um cabo. Ao princípio o António ainda lhes perguntava o que é que tinha acontecido, depois limitava-se a fazer o seu trabalho. Havia dias especiais como o 5 de Outubro de 1967 em que chegaram quarenta corpos, todos a cheirar a carne humana queimada, todos transformados em múmias, quem estava vivo foi transferido para Lisboa. E confessa:

“Era duro trabalhar naquela enfermaria. Ainda recordo o cabo Silvino ter-me dito que tinha de arranjar formar de fugir daquela enfermaria se não morria ou ficava louco, mas muito mais duro era ficar destacado no mato e aparecer lá num estado como chegaram aqueles e outros desgraçados”.

Há sofrimento inesquecível: o ferido que parecia nada haver a fazer para o salvar e que irá recuperar, tratado com desvelo por aquela malta toda; o camarada que esteve com ele na recruta em Leiria e que chegou num estado lastimável a perder todo o sangue das transfusões pelos orifícios que tinha nos pulmões. Depois a camaradagem, levara soldados à mortuária para os convencer que o camarada de pelotão não estava entre os mortos. E a rotina, sempre a rotina que nada tinha a ver com o sofrimento e as situações excepcionais vividas no HM 241:

“As refeições para os internados eram pedidas de um dia para o outro às 11 horas da manhã. De modo quem desse entrada após essa hora, só teria comida dois dias depois. Entretanto tinham sumos e leite, mas muito estavam ansiosos por uma refeição de quente porque fartos de ração de combate estavam eles. Pois, nenhum dos que me procuraram ficou sem uma refeição”.

As histórias que ele conta referem camaradas pícaros, bebedeiras, o tratamento de prisioneiros, a chegada da malta lá da terra internada no hospital, as recordações do Dr. Fernando Garcia, a sua referência profissional, as vicissitudes da única gorjeta que recebeu, as visitas das senhoras da Cruz Vermelha e do Movimento Nacional Feminino. Há recordações dolorosas como a chegada daquele alferes que vinha paralisado que ele calçou com almofadas, friccionou com álcool e empoou com Lauroderme para que não ganhasse escaras. Prometeu visitá-lo quando viesse para Portugal, encontraram-se. Anos mais tarde, voltou a procurá-lo, o alferes não o reconheceu, talvez tivesse subido muito na vida e não quisesse ser visto com aquele homem com cara de jardineiro ou cantoneiro...

Regressou a metrópole em 1968, aqui está agora o seu relato que finda assim:

“Exteriorizei aquilo que me ia na alma, se alguém me quiser julgar que o faça, mas que esse juiz tenha vivido no mínimo aquilo que eu vivi”.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

Guiné 63/74 - P15972: XI Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 16 de Abril de 2016 (4): Lista dos participantes, distribuição por zonas geográficas e penalizações aos faltosos


XI CONVÍVIO DA TERTÚLIA DO NOSSO BLOGUE

DIA 16 DE ABRIL DE 2016

PALACE HOTEL DE MONTE REAL

Listagem Final dos 192 Participantes,  de A a Z


Abel Santos e Maria Júlia - Leça da Palmeira / Matosinhos
Afonso Azevedo - Lavra / Matosinhos
Agnelo Macedo - Lisboa
Agostinho Gaspar - Leiria
Albano Costa e Maria Eduarda - Guifões / Matosinhos
Alexandre Cardoso - S. Mamede Infesta / Matosinhos
Almiro Gonçalves e Amélia - Vieira de Leiria / Marinha Grande
Aníbal Tavares e Fátima - Santarém
António Barbosa - Gondomar
António Dias Pereira e Teresa - Tomar
António Duarte e Conceição - Linda-a-Velha / Oeiras
António Estácio - Algueirão / Sintra
António Faneco e Tina - Montijo
António Fernando Marques e Gina - Cascais
António Garcez Costa - Lisboa
António João Sampaio e Clara - Leça da Palmeira / Matosinhos
António Luís e Maria Luís - Lisboa
António Manuel S. Rodrigues e Rosa Maria - Oliveira do Bairro
António Maria Silva e Maria de Lurdes - Lisboa
António Martins de Matos - Lisboa
António Osório, Ana e Maria da Conceição - Vila Nova de Gaia
António Pimentel - Porto
António Santos, Graciela, Sandra, Rui, Catarina e Raquel - Caneças / Odivelas
António Silveira Castro e Maria Domingas - Lisboa
António Sousa Bonito - Carapinheira / Montemor-o-Velho
António Souto Mouro - Paço de Arcos / Oeiras
António Sá Carneiro e Maria de Fátima - Lisboa
António Vieira - Vagos
Arlindo Vasconcelos - Vila Nova de Gaia
Armando Nunes Carvalho e Maria Deolinda - Sintra
Armando Oliveira - Porto
Armando Pires - Algés / Oeiras
Augusto Pacheco - Baguim do Monte / Gondomar

Belarmino Sardinha, Antonieta, Ana e Pedro - Odivelas
Bento Luís Fernandes - Porto

C. Martins - Penamacor
Carlos Alberto Cruz, Irene e Paulo - Paço de Arcos / Oeiras
Carlos Cabral e Judite - Mealhada
Carlos Vinhal e Dina - Leça da Palmeira / Matosinhos
Cílio de Jesus Silva - Oliveira do Bairro

David Guimarães e Lígia - Espinho
Delfim Rodrigues - Coimbra
Diamantino Varrasquinho e Manuel - Ervidel / Aljustrel

Eduardo Campos - Maia
Eduardo Moutinho Santos - Porto
Ernestino Caniço - Tomar

Fernandino Leite - Gueifães / Maia
Fernando Jesus Sousa e Emília Sérgio - Lisboa
Fernando Sousa e Maria Barros - Trofa
Francisco Allen - Porto
Francisco Baptista - Porto
Francisco Oliveira - Lisboa 
Francisco Palma - Cascais
Francisco Vilas Boas - Lisboa

Hélder Valério Sousa - Setúbal
Hernâni Torres Alves da Silva e esposa - Lisboa

Idálio Reis - Sete-Fontes / Cantanhede
Isolino Silva Gomes e Júlia - Porto

João Alves Martins e Graça - Lisboa
João Godinho - Vila Nova de Gaia
João Manuel Rebola - Sra. da Hora / Matosinhos
Joaquim Carlos Peixoto e Margarida - Penafiel
Joaquim Ferreira de Oliveira - Oliveira do Bairro
Joaquim Gomes Soares e Maria Laura - Porto
Joaquim Mexia Alves, Catarina e André - Monte Real / Leiria
Joaquim Nunes Sequeira e Mariete - Colares / Sintra
Jorge Araújo e Maria João - Almada
Jorge Canhão e Maria de Lurdes - Oeiras
Jorge Loureiro Pinto e Ana Maria - Lisboa
Jorge Peixoto - Porto
Jorge Rosales - Estoril / Cascais
Jorge Teixeira (Portojo) - Porto
Jorge Teixeira - Porto
José António Simões - Montemor-o-Velho
José Armando Almeida - Albergaria-a-Velha
José Barros Rocha - Penafiel
José Carlos Neves - Leça da Palmeira / Matosinhos
José Casimiro Carvalho - Maia
José Diniz Sousa e Faro - Paço de Arcos / Oeiras
José Eduardo R. Oliveira (JERO) - Alcobaça
José Fernando Almeida e Suzel - Óbidos
José Ferreira da Silva (Silva da CART) - Crestuma / Gondomar
José Ferreira da Silva, Virgínia e Rosa - S. Mamede Infesta / Matosinhos
José Leite e Ana Maria - Lisboa
José Manuel Alves e Adelaide- Sintra
José Manuel Cancela e Carminda - Penafiel
José Manuel Lopes e Luísa - Régua
José Manuel Matos Dinis - Cascais
José Maria Nunes Ribeiro e Maria da Glória - Ermesinde
José Rodrigues - Belas / Sintra
Juvenal Amado - Fátima / Ourém

Lucinda Aranha e José António - Torres Vedras
Luís Graça - Alfragide / Amadora
Luís Paulino e Maria da Cruz - Algés / Oeiras
Luís R. Moreira e Irene - Lisboa

Manuel Augusto Reis - Aveiro
Manuel Carvalho - Medas / Gondomar
Manuel Domingos Santos e Maria Isabel - Leiria
Manuel Gonçalves e Maria de Fátima - Lisboa
Manuel Joaquim - Lisboa
Manuel Lema Santos e Maria João - Massamá
Manuel Lima Santos e Maria de Fátima - Viseu
Manuel Lopes e Hortense Mateus- Monte Real / Leiria
Manuel Marques e Maria da Conceição - Maia
Manuel Resende - S. Domingos de Rana / Cascais
Mário Fitas e Helena - Estoril / Cascais
Mário Serra de Oliveira e esposa - Alcaide / Castelo Branco
Mário Vitorino Gaspar - Lisboa
Miguel e Giselda Pessoa - Lisboa

Nelson Sousa - Maia
Noel Natário - Monte Real / Leiria

Paulo Santiago - Aguada de Cima / Águeda

Ricardo Abreu - Porto
Rodrigo Teixeira - Matosinhos
Rogé Guerreiro - Cascais
Rui Gouveia e Eulália - Leiria
Rui Guerra Ribeiro - Rio de Mouro / Sintra
Rui Pedro Silva - Lisboa

Urbano Murta Mendes - Figueira da Foz

Vasco Ferreira - Vila Nova de Gaia
Victor Tavares - Recardães - Águeda
Victorino da Silva - Sra. da Hora / Matosinhos
Virgínio Briote e Maria Irene - Lisboa
Vítor Manuel Sousa Neto - Figueira da Foz

Zeca Macedo e Goretti - Estados Unidos da América


Número e percentagem dos participantes por zona geográfica


Grande Lisboa - 77 - 40,1%
Grande Porto - 51 - 26,6 %
Centro - 46 - 24 %
Norte - 9 - 4,7%
Sul - 7 - 3,6%
Resto do Mundo - 2 - 1%

************

MUITO IMPORTANTE:

A partir de amanhã, 14 de Abril, não aceitaremos desistências. 
Os inscritos que faltem ao Encontro poderão ter de suportar os custos imputados aos Organizadores do evento, pelo Hotel, originados pela sua não comparência.

Mais informações no Poste Guiné 63/74 - P15770: XI Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 16 de Abril de 2016 (1): Primeiras informações e abertura de inscrições
____________

Nota do editor

Poste anterior de 4 de abril de 2016 Guiné 63/74 - P15938: XI Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 16 de Abril de 2016 (3): Actualização das informações e listagem dos 180 inscritos até ao momento

quarta-feira, 17 de junho de 2015

Guiné 63/74 - P14759: (Ex)citações (283): Sexo em tempo de guerra... Um caso de violação, em que foi condenado um camarada do António Reis, ex-1º cabo aux enf, HM 241, Bissau, 1966/68, autor do livro "A jornada em África".


Capa do livro de António Reis, agora aumentado e reeditado: "A minha jornada em África", Vila Nova de Gaia, Palavras &  Rimas, 2015, 110 pp.  O autor foi 1º cabo aux enf, HM 241, Bissau, 1966-68 (*). E teve a gentileza de nos mandar 3 exemplares do seu livro. Vamos fazer a sua devida nota de leitura.


1. Excerto: "A justiça não tinha cor", por António Reis…

O colega P., mas que não se chamava Pedro, era um colega porreirinho e era um bom colega, mas um dia a cabeça não teve juízo, foi o corpo quem pagou. Foi acusado de violação. Nós, por ironia, dizíamos: “Não estava a mãe, foi a filha”.

A verdade é que esta mãe não teve receio perante a situação de levar a filha ao hospital e apresentar queixa. Esta mãe não teve receio de represálias.

O colega P. terminou a comissão e continuou em serviço a aguardar julgamento. Não me recordo qauntos foram os meses que teve de aguardar até que chegasse o julgamento. Julgado, a sentença foi: “Prisão com ele!”.

Também não me recordo o tempo que esteve preso, mas recordo-me de o ter ido visitar à cadeia do Quartel-General em Bissau.

No mato era olho por olho, dente por dente. Fora do cenário de guerra havia respeito e carinho pelas populações.” (…).

Excerto publicado com a devida vénia: In: REIS, António – A minha jornada em África: a todos os netos, a verdade que eu vi!. Vila Nova de Gaia: Palavras & Rimas Lda, 2015, p. 81

2. Comentário do editor: 

Não sabemos, infelizmente, quantos casos, semelhantes, por alegada violação de mulheres, foram parar à justiça militar. Este caso, passado com um camarada (presumivelmente maqueiro ou auxiliar de enfermeiro)  que fazia serviço no HM 241, em Bissau, ocorreu no tempo do governador e com-chefe gen Arnaldo Schulz,  antecessor de Spínola.  (O autor do livro, nascido em 1944. em  Avintes, Vila Nova de Gaia, esteve no TO da Guiné entre 13 de março de 1996 e 20 de março de 1968). E é uma das 27 histórias compõem o livro, nesta nova edição com a chancela de Palavras & Rimas Lda.

E vem a propósito citar uma carta que escrevi de Bissau, em 10/2/1970, onde refiro ter conhecido, nos Adidos, um capitão e um furriel, da mesma companhia, que estavam a contas com a justiça por alegados crimes de  "violação e assassínio a sangue frio de bajudas, além da tortura e liquidação de suspeitos" (**)... 

Na altura, em Bissau,  o caso era muito badalado, e o furriel, o único que foi condenado (, segundo depois vim a saber, ainda há pouco tempo) , é conhecido de alguns camaradas nossos da Tabanca da Linha.

A haver mais casos, na época,  de violação de mulheres guineenses, por parte de militares portugueses, seria interessante (e importante, para todos nós, ex-combatentes), que eles pudessem vir a ser relatados e publicados no nosso blogue, sem a identificação, obviamente, dos seus autores e das suas vítimas. (***)
_________________

Notas do editor:

(*) 5 de janeiro de 2010 > Guiné 63/74 - P5596: O mundo é pequeno e a nossa Tabanca... é grande (20): Antonio Reis, ex-1º Cabo Enf, Bissau, HM 241, 1966-1968, e escritor (Rui Alexandrino Ferreira / Luís Graça)

(**)  Vd. poste de 14 de novembro de 2007 >  Guiné 63/74 - P2264: Blogue-fora-nada: O melhor de... (3): Carta de Bissau, longe do Vietname: talvez apanhe o barco da Gouveia amanhã (Luís Graça)

(...) De facto, aqui desaguam todos os rios humanos da Guiné: a carne que já foi do canhão e agora é do bisturi (ou dos vermes, em caixões de chumbo, discretamente empilhados, à espera que o Niassa ou o Uíge ou o Alfredo da Silva os levem nos seus porões nauseabundos); os desenfiados, como eu, todos os que procuram safar-se do inferno verde, quanto mais não seja por uns dias ou até umas breves horas, que o tempo aqui conta-se, de cronómetro na mão, até à fracção de segundo; os prisioneiros de guerra, esfarrapados, andrajosos, a caminho da Ilha das Galinhas; as populações do interior desalojadas pela guerra; os jovens recrutados para a nova força africana; enfim, os criminosos de guerra como o capitão P. que está aqui detido no Depósito Geral de Adidos à espera de julgamento em tribunal militar – suponho eu -, juntamente com um furriel miliciano da sua companhia. Ambos estão implicados em vários casos, muito falados, de violação e assassínio a sangue frio de bajudas, além da tortura e liquidação de suspeitos. (...)

(***) Último poste da série > 15 de junho de 2015 > Guiné 63/74 - P14746: (Ex)citações (282): Sexo em tempo de guerra... Ha(via) um raio de um "santo inquisidor" dentro de cada um de nós... (Francisco Baptista, natural de Brunhoso, Mogadouro; ex-alf mil inf, CCAÇ 2616, Buba, 1970/71, e CART 2732 , Mansabá, 1971/72)

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Guiné 63/74 - P14448: X Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 18 de Abril de 2015 (6): Há já 174 inscrições... E o prazo termina domingo, dia 12, às 24h


X Encontro Nacional da Tabanca Grande: Distribuição das incrições pro concelho de residência (n=174)

Observ.

(*) Águeda, Covilhã, Espinho, Figueira da Foz, Loures, Marinha Grande, Óbidos, Oliveira do Bairro, Paredes, Ponta Delgada (RA Açores), Sta. Maria da Feira, Torres Vedras e Viana Castelo 

(**) Almada, Alvaiázere, Aveiro, Barcelos, Cadaval, Cantanhede, Coimbra, Guimarães, Ílhavo, Mafra, Montemor-o-Velho, Nazaré, Ourém, Penamacor, Seixal, Tomar e Vila Real

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2015)


LISTA ALFABÉTICA DOS 174 INSCRITOS, ATÉ À TARDE DE HOJE  PARA O X ENCONTRO NACIONAL DA TABANCA GRANDE, MONTE REAL, LEIRIA, SÁBADO; 18 DE ABRIL DE 2015.

O PRAZO  DE INSCRIÇÃO TERMINA DOMINGO, DIA 12, às 24H00.



Abel Santos - Leça da Palmeira / Matosinhos
Agostinho Gaspar - Leiria
Albano Costa e Maria Eduarda - Guifões / Matosinhos
Alberto Godinho Soares - Maia
Almiro Gonçalves e Amélia - Vieira de Leiria / Marinha Grande
António Augusto Proença e Beatriz - Covilhã
António Brito da Silva e Isabel - Madalena / V. N. de Gaia
António Dias - Porto
António Estácio - Mem Martins / Sintra
António Faneco e Tina - Massamá / Sintra
António Fernandes Neves - Setúbal
António Fernando Marques e Gina - Cascais
António Joao Sampaio e Clara - Leça da Palmeira / Matosinhos
António José P. Costa e Isabel - Mem Martins / Sintra
António Manuel Garcez Costa - Lisboa
António Manuel S. Rodrigues e Rosa Maria - Oliveira do Bairro
António Maria Silva e Maria de Lurdes - Lisboa
António Martins de Matos - Lisboa
António Osório, Ana e Maria da Conceição - V. N. de Gaia
António Pimentel - Figueira da Foz
António Santos Pina - Lisboa
António Santos e família (6) - Caneças / Odivelas
António Sousa Bonito - Carapinheira / Montemor-o-Velho
António Souto Mouro - Paço de Arcos / Oeiras
Arlindo Farinha - Almoster / Alvaiázere
Armando Pires - Algés / Oeiras
Arménio Santos - Lisboa
Artur Soares - Figueira da Foz

Baltazar Rosado Lourenço - Nazaré
Belarmino Sardinha e Maria Antonieta - Odivelas
Benjamim Durães e 5 crianças - Palmela

C. Martins - Penamacor
Carlos Alberto Cruz, Irene e Paulo Jorge - Paço de Arcos / Oeiras
Carlos Alberto Pinto e Maria Rosa - Reboleira / Amadora
Carlos Vinhal, Dina e 2 amigas- Leça da Palmeira / Matosinhos
Coutinho e Lima - Lisboa

David Guimarães e Lígia - Espinho
Delfim Rodrigues - Coimbra

Eduardo Ferreira Campos - Maia
Ernestino Caniço - Tomar

Fernando Gouveia - Porto

Hernâni Joel Silva e Branca - Lisboa
Hélder V. Sousa - Setúbal

Idálio Reis - Cantanhede

J. L. Vacas de Carvalho - Lisboa
Joao Alves Martins e Graça - Lisboa
Joao Maximiano - Santo Antão / Batalha
Joao Sacoto e Aida - Lisboa
Joaquim Carlos Peixoto e Margarida - Penafiel
Joaquim Gomes Soares e Maria Laura - Porto
Joaquim Luís Fernandes - Maceira / Leiria
Joaquim Luís Mendes Gomes - Mafra
Joaquim Mexia Alves, Catarina e André - Monte Real / Leiria
Joaquim Pinto de Carvalho - Cadaval
Jorge Araújo - Almada
Jorge Cabral - Lisboa
Jorge Canhão e Maria de Lurdes - Oeiras
Jorge Picado - Ílhavo
Jorge Pinto e Ana Maria - Lisboa
Jorge Rosales - Monte Estoril / Cascais
José Alberto Pinto - Barcelos
José Almeida e Antónia - Viana do Castelo
José António Chaves - Paço de Arcos / Oeiras
José Barros Rocha - Penafiel
José Botelho Colaço - Lisboa
José Casimiro Carvalho - Maia
José Diniz Faro - Paço de Arcos / Oeiras
José Eduardo R. Oliveira - Alcobaça
José Fernando Almeida e Suzel - Óbidos
José Leite e Ana Maria - Sintra
José Manuel Cancela e Carminda - Penafiel
José Marques e Florinda - Paredes
José Miguel Louro e Maria do Carmo - Lisboa
José Nunes Francisco e família (5) - Batalha
José Ramos Romão e Emília - Alcobaça
José Zeferino e Duarte - Loures
Juvenal Amado - Fátima / Ourém

Liberal Correia e Maria José - Ponta Delgada (RA Açores)
Lucinda Aranha e José António - Santa Cruz / Torres Vedras
Luís Duarte - Seixal
Luís Graça e Alice- Alfragide / Amadora
Luís Moreira - Mem Martins / Sintra
Luís Paulino e Maria da Cruz - Algés / Oeiras

Manuel Fernando Sucio - Vila Real
Manuel Joaquim, Alexandra e José Manuel - Agualva / Sintra
Manuel Lima Santos e Maria de Fátima - Viseu
Manuel Ramos - Lisboa
Manuel Reis - Aveiro
Manuel Resende e Isaura - S. Domingos de Rana / Cascais
Mario Vasconcelos - Guimarães
Miguel e Giselda Pessoa - Lisboa

Paulo Santiago - Aguada de Cima / Águeda

Raul Albino e Rolina - Vila Nogueira de Azeitão / Setúbal
Ribeiro Agostinho e Elisabete - Leça da Palmeira / Matosinhos
Ricardo Figueiredo e Cândida - Porto
Ricardo Sousa e Georgina - Lisboa
Rogé Guerreiro - Cascais
Rui Gouveia e Eulália - Leiria
Rui M. D. Guerra Ribeiro - Lisboa
Rui Pedro Silva - Lisboa
Rui Silva e Regina Teresa - Sta. Maria da Feira

Valentim Oliveira, Maria Joaquina, Cyndia e Carina - Viseu
Victor Tavares - Recardães / Águeda
Virgínio Briote e Irene - Lisboa
_____________