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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Guiné 63/74 - P5441: Agenda cultural (50): Apresentação do livro História de Portugal em Sextilhas, de Manuel Maia, na Tabanca de Matosinhos

No dia 9 de Dezembro de 2009, houve manga de ronco na Tabanca de Matosinhos com o lançamento do Livro do nosso camarada Manuel Maia "História de Portugal em Sextilhas".

A sala de jantar da Tabanca de Matosinhos no restaurante Milho Rei estava cheia, contando com a presença dos habituais frequentadores das quartas-feiras e mais uns quantos camaradas que ali se deslocaram a propósito do evento.

Falemos então da festa, já que a Tabanca de Matosinhos dispensa quaisquer particularidades.

Acompanhavam o nosso Manel, a sua esposa e filho que assim se associaram a este momento tão marcante.

Foram muitos os camaradas que se deslocaram de fora do grande Porto, embora para alguns deles não fosse propriamente a primeira vez que se deslocavam ao Milho Rei.

Vamos no entanto destacar, pedindo desde já desculpa a alguém que possa ficar no esquecimento: o padrinho/irmão Vasco da Gama, Belarmino Sardinha e esposa, Hélder Sousa, José Manuel Matos Dinis, Juvenal Amado, Jorge Picado que se fez acompanhar de um amigo e nosso camarada também, Luís Faria (a quem tive o prazer de conhecer e abraçar), o nosso Mexia Alves sempre bem disposto e o Manuel Reis.

Por aqui me fico quanto aos forasteiros. Da casa são tantos que enumerá-los sem esquecer alguém é muito difícil. Notei porém duas presenças das redondezas que ao Milho Rei se deslocaram pela primeira vez, o Carlos Azevedo, nosso tertuliano e o Fernando Alves da Silva, amigo e vizinho do Manuel Maia, meu companheiro na organização dos almoços anuais dos ex-combatentes da Guiné de Matosinhos.

O repasto meteu sopa de legumes, as indispensáveis e sempre bem recebidas sardinhas assadas na brasa, bacalhau à Braga, tripas à moda do Porto e lulas grelhadas. A pomada era da produção do Zé Manel que lá estava mais a sua simpatiquíssima esposa.

Barriguinhas confortadas, procedeu-se então à cerimónia, singela mas tocante, de abertura do pacote onde estavam os esperados exemplares do livro.
Discursou em primeiro lugar o pai/padrinho (nas palavras do Manel) Vasco da Gama, que embora muitas vezes interrompido, conseguiu levar o seu discurso até ao fim.
Nestas coisas às vezes um homem não se consegue levar a sério. Pudera, tudo bem comido e melhor bebido...

Falou seguidamente o autor, que muito comovido agradeceu ao chamado Grupo do Cadaval a iniciativa de promoverem a publicação do seu livro. Seguiram-se os abraços e quase beijos (o escândalo esteve iminente).

Porque o seu discurso de agradecimento foi feito e lido em... sextilhas, aqui fica na íntegra:

AGRADECIMENTO

Na guerra combatente, um dia achado,
dos p`rigos nunca ausente ou alheado,
dobrei marés e ventos de amargura...
Escolhos mil tomados de vencida,
são marcos conquistados nesta vida,
levada tal qual fora uma aventura...

Mau grado, irreverente, inveterado,
tomei por ponto assente o lema usado
p`la tribo dos "Terríveis", nessa altura.
"Perante a adversidade estabelecida,
solidariedade é arma/vida
para evitar precoce sepultura"...

Num mundo estranhamente povoado,
de vida, humanamente desfalcado,
na sociedade espúria e sem lisura.
Calor desta amizade em nós sentido,
é fruto, que em verdade, foi devido,
aos tempos de Guiné e vida dura...

Perante o desafio desta escrita
na forma algo incomum, mesmo inaudita,
de narração da Lusitana História.
Ao combatente, as forças fui catar
num esforço,`inda mais um, p`ra mergulhar,
nos livros, documentos e memória...

A emoção cerceia o raciocínio,
à verbe rouba até o seu domínio,
amordaçando a voz dentro do peito...
Palavras que brotavam em torrente,
transformam-se em silêncios, de repente,
deixando-me ante vós, assim sem jeito...

Belarmino Sardinha, Zé Dinis,
Valério, tantos outros e Luis,
aqui vos manifesto gratidão.
Se ao mar encapelado desta vida
ousei enfrentamento na partida,
a ti o devo, Vasco "meu irmão"...

Postado ao leme, firme ante editora,
"dobrando" rotativas, impressora...
acicatou vontades, gerou chama...
Neste ancorar seguro onde descansa,
trabalho de poeta feito `sp`rança,
está o grande "capitão" Vasco da Gama.

Para ti Vasco, com um grande abraço.

Aqui, no "MILHO-REI", morança activa
senti, e em vós achei, `sp`rança emotiva,
dum tempo solidário co`a Guiné.
À paz e crescimento, apetecível,
subjaz entendimento, imprescindível,
no leque partidário, hoje de pé...

Torna-se portanto necessário que os partidos políticos guinéus se entendam, se decidam a dar as mãos, de forma definitiva, por forma a permitirem ajuda externa.

Seguiu-se a sessão de autógrafos, os cumprimentos ao autor e o são convívio até ao fim de tarde.

Não podemos deixar passar um outro momento festivo que foi o cantar de parabéns ao Portojo que tinha feito anos no dia 8.

Mais uma tarde passada em convívio com daqueles camaradas da Tabanca de Matosinhos, amigos, generosos, solidários, que tão bem sabem receber. Muito obrigado, bem hajam.

Seguem-se umas quantas fotos de centenas que por lá se tiraram.

A sala de jantar estava praticamente lotada.
Foto de MC.


Belarmino Sardinha e a esposa Antonieta assinam o quadro de honra da Tabanca de Matosinhos.
Foto de JT.


Fernando Silva, Manuel Maia e filho preparam-se para assinar o quadro de honra da Tabanca de Matosinhos.
Foto de JT.


Hélder Sousa, Manuel Maia e José Manuel Matos Dinis no momento em que se cantavam os parabéns ao Jorge Teixeira.
Foto de BS


Manuel Maia, esposa e filho. Em primeiro plano Fernando Silva, amigo do autor, em conversa com o nosso Zé Teixeira.
Foto de BS


Nesta foto, uma das três senhoras presentes, Luísa, esposa do Zé Manel. Este casal é um caso especial de simpatia.
Foto de JT.


A esposa do Manuel Maia, assina o quadro de honra da Tabanca de Matosinhos.
Foto de JT


Os volumes da História de Portugal em Sextilhas, expostos na sala.
Foto JT


Bolo comemorativo com uma História de Portugal em Sextilhas comestível.
Foto JT


Vasco da Gama tentando usar da palavra.
Foto JT


Manuel Maia agradecendo emocionado a manifestação de amizade de que estava a ser alvo.
Foto JT


Aqui o povo gritava, beija... beija... beija...
Foto BS


Álvaro Basto, um dos nossos anfitriões da Tabanca de Matosinhos.
Foto MC


Fotos de:
Jorge Teixeira - Portojo (JT)
Belarmino Sardinha (BS)
Manuel Carmelita (MC)

__________

Notas de CV:

Título: História de Portugal em Sextilhas
Autor: Manuel de Oliveira Maia
Capa e composição: A. Godinho Fernandes
Editor: Erres e Esses, Lda.
128 páginas
Preço: 12,50 €uros
Prefácio de Luís Graça

Vd. último poste de 29 de Novembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5372: Agenda cultural: (49): Síntese da minha comunicação no Colóquio Internacional na Universidade dos Açores (Carlos Cordeiro)

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Guiné 63/74 - P5382: Efemérides (39): 1 de Dezembro de 1640, evocado pelo nosso bardo, Manuel Maia


Com a devida vénia, aqui ficam algumas estrofes do nosso poeta épico, o Manuel Maia (*), alusivas ao dia de hoje que a generalidade dos portugueses, sobretudo os mais novos, só sabe que é feriado... O nosso poeta do Cantanhez trouxe, à Tabanca Grande, o gosto pela poesia épica e a paixão da História pátria. Bem hajas, camarada! (LG)


História de Portugal em Sextilhas
por Manuel Maia

(...) 160-A saga filipina avançará:
terceiro aqui, é já o quarto lá,
mais opressor ainda que anteriores.
Impostos são garrote asfixiante,
vexame cada vez mais ultrajante,
havia que expulsar os invasores...





161-Se na primeira fase houve acalmia,
pois nobres têm sempre a tença em dia...
segunda etapa é fogo de vulcão.
Agravo tributário é uma constante,
o povo abomina o ocupante,
no sul, Manuelinho entra em acção...

162-Prisões são arbitrárias, quais insultos,
gerando mil protestos e tumultos,
no ar pairava a sede de vingança...
Mil seis quarenta estava no final,
Dezembro em pleno dia inaugural,
foi marco, para a Casa de Bragança...



"Armas da Monarquia Ibérica
após a integração da Coroa de Portugal
nos Estados de Filipe II; o brasão português
em ponto de honra, no abismo do chefe"
Fonte: Wikipédia (Imagem do domínio público)


163-A vida alentejana de acalmia
que o duque para sempre pretendia,
forçada a corte abrupto, teve um fim.
P´ra trás ficou de vez Vila Viçosa,
que a Pátria está de si esperançosa,
fidalgos receberam o seu sim...

164-Sucesso da revolta determina
que seja um sucessor de Catarina,
duquesa de Bragança, a governar.
João Pinto Ribeiro e sublevados,
quarenta atacam paço esperançados
da honra, então, poderem reganhar...




D. João IV, o Restaurador (1640-1656),
o 22º monarca de Portugal, o 1º da IV Dinastia.
Nasceu em 1604, morreu aos 52 anos.
Fonte: Wikipédia (Imagem do domínio público)


165- ‘stratégia tem João Pinto Ribeiro
a dirigir o acto aventureiro
que D. João iria sancionar.
O povo só mais tarde é informado
e logo adere assaz entusiasmado,
saindo à rua p´ro rei aclamar...






166-Tal como a foice corta a erva ruim,
também a Vasconcelos se deu fim
na lâmina afiada de uma espada,
que vai trazer, de volta, a dignidade
a um povo que vivia a adversidade,
sentindo ocupada a Pátria amada...

167-Sessenta anos tempo deste jugo,
que teve o castelhano por verdugo
e apoio vil, de, poucos, nobres lusos.
Renasce a fé e a esp´rança de vivência,
agora retomada a independência,
punidas as traições e os abusos...

In: Manuel Maia - História de Portugal em Sextilhas (*)
a ser lançada no dia 9 do corrente, na Tabanca de Matosinhos, ao preço de 12,5€.
Uma primeira tiragem de 80 exemplares está já praticamente esgotada.
______________

Nota de L.G.:

(*) 3 de Junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4456: Blogpoesia (48): História de Portugal em sextilhas (Manuel Maia) (V Parte): III Dinastia (Filipina)

Vd. também:

27 de Novembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5353: Notas de leitura (38): Prefácio ao livro do Manuel Maia, História de Portugal em Sextilhas, a ser lançado na Tabanca de Matosinhos, em 9/12/09 (Luís Graça)

25 de Novembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5335: Agenda Cultural (47): Lançamento do livro do Manuel Maia, dia 9 de Dezembro, em Matosinhos (José Manuel Dinis)

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Guiné 63/74 - P7412: Efemérides (59): 1.º aniversário do lançamento do livro História de Portugal em Sextilhas, de Manuel Maia

1. Mensagem de Manuel Maia* (ex-Fur Mil da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4610, Bissum Naga, Cafal Balanta e Cafine, 1972/74), com data de  9 de Dezembro de 2010:

Carlos,
Se puderes (peço desculpa por fazê-lo tão em cima) gostaria que editasses este pequenino texto de uma só sextilha àqueles que mais contribuiram para que o meu livro fosse um facto.

Falta-me o mail do Luís Graça e o do Hélder Valério. Vou mandar-te já a seguir o do editor, sr. Adelino.
Não sei se poderás acrescentá-los.

De qualquer forma eles sabem que estão, juntamente com vocês aqui enumerados, no lote dos bons amigos.

Abraço
manuelmaia


Zé Brás, Vinhal, Valério e Luís,
Rosales, Belarmino, Zé Dinis
o grande Vasco, editor Adelino...
Faz hoje um ano e grato, aqui vos digo,
sextilhas deste vosso camarigo,
sem vós seriam mero desatino...


2. Recordemos então o lançamento da História de Portugal em sextilhas, de autoria do nosso camarigo Manuel Maia, no dia 9 de Dezembro de 2009, no Restaurante Milho Rei, por gentileza dos nossos camaradas da Tabanca de Matosinhos.

Os volumes da História de Portugal em Sextilhas, expostos na sala.
Foto JT

Belarmino Sardinha e a esposa Antonieta assinam o quadro de honra da Tabanca de Matosinhos.
Foto de JT.

Vasco da Gama tentando usar da palavra.
Foto JT

Hélder Sousa, Manuel Maia e José Manuel Matos Dinis no momento em que se cantavam os parabéns ao Jorge Teixeira.
Foto de BS

Manuel Maia agradecendo emocionado a manifestação de amizade de que estava a ser alvo.
Foto JT
__________

Notas de CV:

(*) Vd. poste de 6 de Dezembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7390: Blogpoesia (94): Pesadelo (Manuel Maia)

10 de Dezembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5441: Agenda cultural (50): Apresentação do livro História de Portugal em Sextilhas, de Manuel Maia, na Tabanca de Matosinhos

Vd. último poste da série de 8 de Dezembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7404: Efemérides (57): Cerimónia da transição da soberania nacional na Guiné (4) (Magalhães Ribeiro)

domingo, 15 de março de 2009

Guiné 63/74 - P4037: Blogpoesia (31): Quando eu era menino e moço... (Manuel Maia)

1. O Manuel Maia, em Cafal Balanta, no Cantanhez, em princípios de 1973 (à esquerda) (*)... Num raide, feito essa altura a uma aldeia controlada pelo PAIGC, ele trouxe cartas e uma manual escolar (à direita)...

A poesia que hoje dele publicamos não tem, aparentemente, qualquer relação com a Guiné, o Cantanhez, a guerra. Mas na guerra que fizémos, na Guiné do nosso tempo, também havia meninos, de um lado e de outro, e muitos deles conheceram a guerra e os seus horrores.

Também andámos na escola, em finais dos anos cinquenta... E todos temos, dessa época, boas e más recordações: o bibe, a ardósia, o pião, as caricas, a fisga, os berlindes, a menina dos cinco olhinhos, Deus, Pátria e a Família, as poesias do Afonso Lopes Vieira, o Cavaleiro Andante, as histórias aos quadradinhos, as primeiras emissões da RTP, o leite em pó e o queijo da Caritas Americana, as primeiras vacinas em massa...

Em 1961 começava a guerra em África... Muitos vivemos a adolescência com maus pressentimentos: começávamos a ver os nossos irmãos e vizinhos, mais velhos a seguir para África: Angola, depois Guiné, depois Moçambique... E antes de isso, a Índia... A guerra aí estava, muito longe e muito perto... Insidiosa... Será que tivemos tempo para brincar, para jogar ao pião, para lutar aos índíos e cobóis, em suma, para sermos meninos ? (LG)

Fotos e poema: © Manuel Maia (2009). Direitos reservados


MENINICE (**)
por Manuel Maia

Vivência era de Outono,
o calendário o dizia,
mas... o sol raiava
como se fôra Verão...
Na cama deixara o sono,
na pressa de ver o dia
sorriso aberto espelhava
enorme satisfação...

Às costas, pasta coçada
dum castanho cabedal,
levava o conhecimento
que lhe faltava aprender.
Trazia a alça rasgada,
vergada ao peso brutal,
e o couro, com puimento,
carecia de coser...

Derreado logo a pousa
e...parte a lousa
onde devia escrever.
E agora, vão-lhe bater?

Tantos anos já lá vão
(mais de cinquenta passaram...)
recordo com emoção
as imagens que ficaram.
Primeiro dia de escola
calça curta, camisola...
os bolsos com dois piões
co´a faniqueira enrolada,
e um saquinho de botões,
dúzia e meia, bem contada...
Junto aos livros, a merenda
era um pão com goiabada.
Do Brasil viera a prenda,
goiaba já enlatada...
Éramos trinta talvez,
ou será que um quarteirão?
Da minha rua só três
eu, o Manel e o João...

Há anos, sem ter certeza,
sentei-os à mesma mesa
quase todos ... e falaram...
o pedreiro e o lavrador
o engenheiro e o doutor,
estou certo todos gostaram...



__________

Notas de L. G.:

(*) Vd. postes de:

13 de Fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3886: Tabanca Grande (118): Manuel Maia, ex-Fur Mil, o poeta épico da 2ª Companhia do BCAÇ 4610/72, o Camões do Cantanhez

14 de Fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3890: Tabanca Grande (119): Apresentação de Manuel Maia ex-Fur Mil da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4610 (Guiné, 1972/74)

9 de Março de 2009> Guiné 63/74 - P4004: Memória dos lugares (18): Cafine, no Cantanhez, ocupada pela 2ª CCAÇ / BCAÇ 4610 (Manuel Maia)


(**) Vd. último poste esta série > 9 de Fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3858: Blogpoesia (30): Em Cutima, tabanca fula... (José Brás / Mário Fitas)

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Guiné 63/74 - P4663: Blogpoesia (53): História de Portugal em sextilhas (Manuel Maia) (VIII Parte): Da Monarquia Constitucional à República

Portugal > Proclamação da República em 5 de Outubro de 1910 > Alegoria (desconheço o autor)

Fonte: Página oficial da Assembleia República (com a devida vénia...)


Lisboa > Terreiro do Paço (antes do terramoto de 1755) > Azulejos (pormenor) > Casa do Alentejo > 17 de Janeiro de 2009.

Foto: © Luís Graça (2009). Direitos reservados.


VIII parte da História de Portugal em Sextilhas, escritas pelo Manuel Maia, licenciado em História (ex-Fur Mil da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4610, Bissum Naga, Cafal Balanta e Cafine, 1972/74). Texto enviado em 4 de Julho último (*).


Da Monarquia Constitucional à República

221-De Trás-os-Montes sai Barão Casal
a perseguir escocês, anti-liberal,
que as forças miguelistas comandava.
Centenas, lá por Braga, chacinou
chegado à Invicta, entrada não ousou
pois líder da cidade intimidava...


222-À Causa Setembrista há uma adesão
dum velho general que passa então
a comandar, nas Beiras, Patuleias.
Chegado ao Porto, Póvoas, o visado,
ficou deveras entusiasmado
ao ver no povo a força das ideias...


223-Com frota para o sul cedo zarpou,
Sá da Bandeira em Lagos aportou,
p´ra juntar forças lá p´ro Alentejo.
Ocupa a capital do rio Sado,
permanecendo ali, qual sitiado,
à espera dum levante, junto ao Tejo...


224-Ao Porto é enviado um emissário
da quádrupla aliança mandatário
p´ra suspender a fratricida guerra.
Proposta já prevê uma amnistia
que aos revoltosos dava a garantia
de livres eleições na sua terra.


225-Recusa o Conde de Antas tal proposta,
com quatro barcos ruma junto à costa,
disposto a invadir a capital.
Travão disuasor da inglesa esquadra,
em plena Foz na altura fundeada,
levou à rendição do general.


226-De pouco ou nada valem os protestos
da junta, p´la ingerência e manifestos
que o Almirante Maitland debitava.
Os Passos combateram bravamente,
Saldanha, que avançara finalmente,
e em Grijó revolta terminava...


227-Gramido vai trazer a rendição,
dos Patuleias sob condição,
de acordo que jamais será cumprido.
Cabral ao regressar gera sarilho,
num fervilhar de ódio, qual rastilho
pois vencedor humilhará vencido...


228-Matosinhenses meios abastados,
geraram dois irmãos mui bem fadados,
mostrando p´ra política aptidões.
Nas guerras liberais estão envolvidos,
na Patuleia esforços são perdidos,
derrota sofrem manos de Guifões...


229-Brutais espancamentos e prisões,
recriam novamente as condições
p´ro eclodir de outra situação.
De novo o Porto tem papel fulcral
ao sediar revolta inicial,
que a História chama Regeneração.


230-A Invicta reclamou uma vez mais
amor à liberdade e ideais,
na rua clama o fim da repressão.
Saldanha, Regeneradores comanda,
a roda p´ros Históricos desanda,
partiu Cabral, rejubilou Nação...


231-Depois desta Maria Educadora,
o filho Pedro Quinto surge agora
p´ra um curto mas profícuo reinado.
Combóio fez rolar entre os carris,
telégrafo implantou desde a raíz,
consigo esclavagismo é extirpado...


D. Pedro V de Portugal (nome completo: Pedro de Alcântara Maria Fernando Miguel Rafael Gonzaga Xavier João António Leopoldo Victor Francisco de Assis Júlio Amélio de Bragança, Bourbon e Saxe Coburgo Gotha). Nasceu e morreu em Lisboa, no Palácio das Necessidades, a 16 de Setembro de 1837 e a 11 de Novembro de 1861, respectivamente. De cognome, O Esperançoso, O Bem-Amado ou O Muito Amado, era o filho mais velho da Rainha D.Maria II e do príncipe consorte D.Fernando II, de origem alemã.

Reinou de 1853 a 1861. Foi o mais culto dos reis da monarquia constitucional. Foi o 32º monarca portugês. Sucedeu-lhe o irmão D. Luís.

Filomena Mónica escreveu sobre ele uma notável biografia, editada por Círculo de Leitores e Temas e Debates (2007).


Fonte: Wikipédia. Imagem do domínio público.



232-Senhor de uma cultura de invejar,
partiu p´ra Europa, dado a viajar,
na busca do melhor para o seu povo.
Mal começara as lides do reinado
enfrenta as febres, vive atormentado,
morrendo, já viúvo, moço novo...


233-Após D. Pedro vem, rei Popular,
Luis, que o Porto irá remodelar
com obras de que a urbe carecia.
A doca de Leixões, Palácio e pontes
irão rasgar, por certo, horizontes,
passando o sonho além da utopia...


234-Para obstar a crítica bem dura
de compadrio com a escravatura,
na África distante e ignorada,
a lusa Sociedade de Geografia
apoia expedição que se exigia,
em gesta mui difícil e ousada...


235-O fito foi tomar conhecimento,
fortalecer presença no momento,
da imensidão da África que estranham.
Exploradores partiram co´a intenção
de se empenharem numa ligação
terrena, entre oceanos, que a banham.


236-Projecto português intenta unir
Angola a Moçambique e permitir
a ligação das costas via terra.
Com alemães convénio é definido,
mal mapa cor de rosa é conhecido
tão logo surge atrito co´a Inglaterra.


237-Orgulho de Tendais, país profundo,
um luso, Serpa Pinto, homem do mundo,
tal como, em S.Miguel, Ivens é tido.
Soltando seus vagidos em Palmela ,
Capelo engrandeceu terra já bela,
com feito tão brilhante cometido...


238-Zarparam Serpa Pinto, Ivens, Capelo,
catando com minúcia e com desvelo,
do Zaire e do Zambeze a foz ignota.
Mau grado algum prestígio p´ra Nação,
não fôra conseguida a ligação
difícil, face aos p´rigos dessa rota...


Selo de 25 réis, com a efígie de D. Carlos I, 34º Rei de Portugal. Reinou de 1889 a 1908. Foi assassinado com 44 anos, juntamente com o príncipe herdeiro Luís Filipe.

Fonte:
Wikipédia. Desenho e Gravura: Eugéne Mouchon. Print: Tipográfica, na Casa da Moeda. (Private collection Henrique Matos) (com a devida vénia...).


239-A ideia desta ligação por terra
chocava com interesses da Inglaterra,
em cuja zona intenta pôr a pata.
A prepotência gera o Ultimato,
D. Carlos cede a tal desiderato,
começa mal reinado o Diplomata...


240-Pintor sensível, fino aguarelista,
da natureza amante e desportista,
D. Carlos foi rei culto e estudado.
P´lo mar apaixonado há muitos anos,
investigou a fauna aos oceanos
a bordo do Amélia, requintado.


241-Do rei, republicanos fazem réu
com estigma de traição, forte labéu,
no Porto vai estalar revolução.
Janeiro de oitocentos, nove e um
o trinta e um virou dia incomum,
revolta só a custo tem travão.


242-Surgiram n´ultramar rebeliões ,
Mouzinho, em Chaimite, impôs galões,
ao soba Gungunhana, alta figura.
D. Carlos, portugueses quer unidos,
e p´ra pôr termo à guerra dos partidos,
forçou o João Franco e a ditadura.


243-Centúria nova, oitavo ano, fevereiro,
a tarde era do seu dia primeiro,
de volta ao paço está coche real.
Buissa despejando a sua ira,
ao rei e um infante a vida tira,
está perto a monarquia, do final.

244-Reflexo do desfecho violento,
país estremeceu, nesse momento,
face à assassina sanha ocorrida.
Republicanos vão forçar acções,
capazes de criar rebeliões,
que hão-de conduzir a nova vida.

245-Imposta a João Franco a retirada
por incapacidade demonstrada,
foi acto de pressão sobre o infante.
Nem mesmo a Acalmação vai trazer frutos
pois sete vezes surgem substitutos,
mas monarquia está agonizante...

246-El-rei D.Manuel, adolescente,
revolta quer travar mas é impotente,
e o povo extravasa, chega ao rubro.
República terá seu nascimento
um dia após proclamação de evento,
mil novecentos dez, cinco de Outubro.

Manuel Maia

[ Fixação / revisão de texto / selecção de imagens: L.G.]

__________

Nota de L.G.:

(*) Vd. postes anteriores:

2 de Maio de 2009 > Guiné 63/74 - P4274: Blogpoesia (43): A história de Portugal em sextilhas (Manuel Maia)

3 de Maio de 2009 > Guiné 63/74 - P4278: Blogpoesia (44): A história de Portugal em sextilhas (II Parte) (Manuel Maia)

6 de Maio de 2009 > Guiné 63/74 - P4290: Blogpoesia (45): História de Portugal em Sextilhas (Manuel Maia) (III Parte): II Dinastia, até ao reinado de D. João II

15 de Maio de 2009 > Guiné 63/74 - P4351: Blogpoesia (47): História de Portugal em sextilhas (Manuel Maia) (IV Parte): II Dinastia (De D.Manuel, O Venturoso, até ao fim)

3 de Junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4456: Blogpoesia (48): História de Portugal em sextilhas (Manuel Maia) (V Parte): III Dinastia (Filipina)

22 de Junho de 2009 >Guiné 63/74 - P4561: Blogpoesia (49): História de Portugal em sextilhas (Manuel Maia) (VI Parte): IV Dinastia (Brigantina) (até 1755)

30 de Junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4610: Blogpoesia (51): História de Portugal em sextilhas (Manuel Maia) (VII Parte): De Pombal (1755) até ao regente D. Miguel (1828)

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Guiné 63/74 - P5353: Notas de leitura (38): Prefácio ao livro do Manuel Maia, História de Portugal em Sextilhas, a ser lançado na Tabanca de Matosinhos, em 9/12/09 (Luís Graça)


Prefácio (1º versão, posteriormente modificada e abreviada), de Luís Graça, ao livro de Manuel Maia, História de Portugal em Sextilhas (Editora Esses & Erres, 2009) (*)

Um pequeno grupo de homens, generosos e solidários, que têm em comum a experiência da guerra colonial na Guiné-Bissau (1963/74), sob o comando do Vasco da Gama, e onde se incluem – é justo citá-los – os nomes do Hélder Sousa, José Manuel Dinis e Belarmino Sardinha [ e eventualmente outros que seria injusto omitir] – deu corpo à ideia, já há uns meses acalentada no nosso blogue, de publicar A História de Portugal em Sextilhas, do nosso camarada Manuel Maia.


Pedem-me agora um prefácio, ou seja , um texto preliminar, claro, conciso, e preciso, que vem antes da obra, onde se fala do autor, do conteúdo e, às vezes, do próprio making of do livro… (Etimologicamente, o termo vem do latim praefactionem, a acção de falar ao princípio de)…

Falemos, pois, do poeta e das suas musas, já que é de poesia (épica) que se trata. Conheci, virtualmente falando, o Manuel Maia quando ele me escreveu para o blogue Luis Graça e Camaradas da Guiné, apresentando-se em Fevereiro de 2009: “Português dos quatro costados, apreciador de ditados populares (…), sou licenciado em História [ pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto ] e pretendo (…) enviar a história da minha Companhia em sextilhas (…) onde são respeitados os cânones desta vertente poética”…

Logo percebi, pelo mail e pelas primeiras estrofes recebidas, que, para além do sangue, suor e lágrimas, havia ali talento a rodos, e que a sua musa inspiradora era a Guiné, sedutora, da cor do ébano, mas também verde e vermelha….


Furriel miliciano da 2.ª CCAÇ – Os Terríveis, do BCAÇ 4610, andou por desvairadas terras, entre o purgatório e o inferno, de Bissum Naga (sector de Bula, região do Cacheu, a norte de Bissau) a Cafal Balanta e Cafine (zona do Cantanhez, região de Tombali, a sul), entre 1972 e 1974… A (re)ocupação do Cantanhez é descrita, por ele, como um “trabalho insano(…) nove ou dez meses ali passados, naquela zona minguada de tudo menos de mosquitos e balas”…

Ao ler e inserir no blogue as suas primeiras sextilhas, logo o alcunhei, com irreverência e humor, de “Camões do Cantanhez”, “bardo do Cafal Balanta”… Não lhe regateei elogios:

“E, olha, parabéns, pela arte e engenho de narrar, com humor, os feitos gloriosos dos Terríveis que ousaram penetrar no Santo dos Santos, que era, para o PAIGC, o Cantanhez. Furriel Maia, estás aprovado com 20 valores. São trinta e três sextilhas, ou seja, estrofes de seis versos de dez sílabas métricas. Não os revi todos, mas batem certo: são mesmo decassílabos... Ou não fosses tu um homem de letras, e quiçá um émulo de Camões.... O Camões do Cantanhez!”…

E acrescentava:


“Fico a aguardar o resto do poema épico, agora a entrar - espero bem - no mítico Cantanhez, lá por alturas de Novembro/Dezembro de 1972, quando o velho Spínola decidiu reconquistar e ocupar essas míticas terras de Tombali, numa prova de força contra o PAIGC: Cobumba, Chugué, Caboxanque, Cadique, Cafal, Cafine, Jemberém”…

E assim nasceu mais um Cancioneiro, no nosso blogue, o Cancioneiro do Cantanhez…

Os primeiros fãs das sextilhas do Manuel Maia não tardaram a revelar-se, até que, no início de Maio de 2009, o novo membro do nosso blogue submeteu à apreciação dos editores a sua História de Portugal em Sextilhas, que foi mandando segundo uma ordem cronológica (dos primórdios da nacionalidade, às quatro dinastias da nossa monarquia, e até ao fim da República, em 1926).


Em carteira, ficava – segundo confidências do poeta (cuja voz ouvi hoje e pela primeira vez ao telefone) – a futura História da Guerra Colonial em Sextilhas, outro trabalho insano que vai desafiar a sua imaginação, o seu talento, as suas musas e o seu saber, vivencial, poético e historiográfico…  E o mote até pode ser este, de um qualquer anónimo poeta popular, que uma leitora do blogue, Maria Teresa Parreira, nascida em 1957, em Castro Verde, cita de cor, ligado às suas memórias de infância, quando os militares partiam para a guerra:

Lá vai mais um barco
para o Ultramar,
levam nossos filhos
p'ra irem lutar.

P´ra irem lutar
deixam cá cadilhos,
para o Ultramar
levam nossos filhos.


Os portugueses têm um fascínio pela poesia oral, desde o tempo (medieval) dos trovadores da corte e dos cantadores de feira, e esta que hoje ganha forma, em letra de imprensa, é para ser lida em voz alta, em público ou em privado, em tertúlia ou no espaço mais íntimo do lar, na escola ou no quartel. Tem um propósito lúdico mas também didáctico… Não é um livro de história, é mais do que isso: é uma narrativa épica, baseada no conhecimento dos factos históricos (alguns mitológicos), da sua sequência e do seu contexto, em que é o poeta, o artista (e não o historiador, o cientista) quem mais ordena…


Mas desengane-se quem pensar que a imaginação e a liberdade criativa do artista não são compagináveis com o rigor historiográfico… Por detrás destas 4 centenas de estrofes, estão anos de labor, de pesquisa bibliográfica, de estudo, de leitura, de reflexão… Inéditas, ainda não divulgadas no nosso blogue, são as cerca de oito dezenas de estrofes respeitantes ao período que vai da Ditadura Militar (1926-1932) ao fim Estado Novo, em 1974.

Quanto resto, é sabido que o nosso Portugal foi (e ainda é) um país de poetas e de soldados onde a poesia não enchia a barriga do pobre, é verdade, mas onde o soldo do soldado também não dava para a caneta, a tinta e o papel... Mesmo assim, ontem como hoje, a malta escreve, e canta, até o dedo doer, até a voz doer...É o teu fado, Manel, meu vate, nosso bardo, nosso épico...Alegras-nos a alma, aguças-nos a curiosidade intelectual, enriqueces a nossa cultura e a nossa história, dás um bela lição a quem te quiser ler, os mais novos e os mais velhos...


É costume dizer-se que os portugueses conhecem mal a sua própria história, porque se calhar a escola, a nossa escola, a nossa escolinha, não nos ensinou amar, de alma e coração, os nossos poetas, os nossos heróis, os nossos santos, a amar e a criticar os nossos reis, os nossos comandantes, o nossa elite dirigente... Por que só critica quem ama, e só se critica quem se ama…

O que o Manuel Maia nos oferece, fruto do seu talento e saber, produzido com generosidade e paixão, é poesia, é pedagogia, é amor às nossas coisas, à nossa Pátria... São as nossas raízes, é a nossa idiossincrasia, é a nossa identidade...

Não tenhamos pejo nem pudor de ser e de cantar o que fomos e o que somos… O conhecimento do passado e do presente (e a poesia é também uma forma de conhecimento, não sendo aliás incompatível com o conhecimento, científico, erudito, académico, da história) é a também ponte levadiça que, mesmo com valas, fossas e cavalos de frisa logo a seguir, nos abre horizontes sobre o que haveremos de ser e o que seremos… Mal vai o povo a quem for amputada a memória do seu passado…


Termino, transcrevendo a primeira das belas estrofes que o autor dedicou ao grande Camões, sua figura tutelar (a outra creio que é o Bocage, truculento, iconoclasta, irreverente, selvagem, livre, pobre e magoado):

(…) Camões lhe dedicou sua grande obra
que mostra o peito luso ter de sobra
a força, a coragem e ousadia
que afasta, de uma vez, velhos temores
ao galgar mar, vencer Adamastores
que o mito popular criara um dia...


Fica bem, Manel, tu e as tuas musas.

Lisboa, 9 de Outubro de 2009 / Porto, 27 de Novembro de 2009

Luís Graça,
Sociólogo,
Doutor em Saúde Pública (ENSP/UNL)
Criador e editor do Blogue Luís Graça e Camaradas da Guiné

_________

Nota de L.G.:

(*) Vd. postes de:

25 de Novembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5335: Agenda Cultural (47): Lançamento do livro do Manuel Maia, dia 9 de Dezembro, em Matosinhos (José Manuel Dinis)

27 de Outubro de 2009 > Guiné 63/74 - P5165: Agenda Cultural (36): A sair, em breve, o livro da História de Portugal em Sextilhas, do nosso camarada Manuel Maia

29 de Julho de 2009 > Guiné 63/74 - P4755: Blogpoesia (55): História de Portugal em Sextilhas (Manuel Maia) (IX Parte): Do início da República à Grande Guerra (1910/17

terça-feira, 7 de maio de 2019

Guiné 61/74 - P19756: Blogues da nossa blogosfera (110): O livro "Imagens e Quadras Soltas", de JERO e Manuel Maia, no Blogue da Tabanca do Centro (José Eduardo Reis Oliveira)



1. Mensagem do nosso camarada José Eduardo Reis Oliveira (JERO) (ex-Fur Mil Enf.º da CCAÇ 675, Quinhamel, Binta e Farim, 1964/66), com data de 3 de Maio de 2019:

Caro Carlos Vinhal 
Votos que estejas bem e que o trabalho não te falte... 
Como se aproxima a data do n/Encontro Anual em Monte Real, venho pedir-te que publiques no nosso blogue um pequeno apontamento sobre um novo livro que dei à estampa em passado recente. 

Solicito a devida autorização para vender o livro a potenciais interessados no final do almoço. 

Abraço e seguem alguns elementos sobre o dito livro "IMAGENS e QUADRAS SOLTAS", que já foi divulgado há pouco tempo no blogue da Tabanca do Centro, pelo n/Camarigo Miguel Pessoa. 

Até breve se Deus quiser. 
José Eduardo Reis de Oliveira (JERO)

********************

2. Para dar a conhecer um pouco do livro "Imagens e Quadras Soltas", por JERO e Manuel Maia, reproduzimos, com a devida vénia ao Miguel Pessoa e à Tabanca do Centro, o Poste 1123 deste Blogue


APRESENTAÇÃO DO NOVO LIVRO DE
JERO / MANUEL MAIA EM ALCOBAÇA

Está marcada para o próximo dia 20 de Abril, sábado, às 15h00, a apresentação de um novo livro do JERO, feita em conjunto com o Manuel Maia, A sessão realiza-se no Auditório da Biblioteca Municipal de Alcobaça, junto do “Jardim do Amor” da cidade.


É um livro de “Imagens e Quadras Soltas”, que começou a ser escrito no Facebook nos anos de 2013, 2014 e 2015.
A história do seu nascimento tem algo de original pois resultou essencialmente do talento único de Manuel Maia de colocar em quadras, num repente, o que o JERO postava em fotografia no Facebook numa página baptizada de “PRAÇA DA AMIZADE”.
O livro de “Imagens e Quadras Soltas” tem 92 fotografias publicadas com a seguinte estrutura:

 1 - A amizade (que) vem da guerra. 1.1 - Depois da guerra… o stress da paz
 2 - Alcobaça e suas pedras com história
 3 - Eles passam a vida a voar
 4 - Nazaré, a terra de Mário Botas. 4.1 - Mário Botas, o pintor de impulsos
 5 - Mar calmo em Baía Azul (S. Martinho do Porto)
 6 - Árvores, folhas e flores - mundo de beleza eterna
 7 - O Sol e a Lua - a Lua e o Sol
 8 - Portas e Portões
 9 - Faz Tempo
10 - É-me familiar.
11 - Jardim Escola João de Deus comemorou 100 anos em família
12 - Soltas em Quadras.

O Prefácio é do historiador Rui Rasquilho e o Posfácio de Joaquim Mexia Alves, o nosso Bem-Amado chefe da Tabanca do Centro. Ambos estarão presentes e farão a apresentação do livro no palco do auditório da Biblioteca Municipal de Alcobaça.

O JERO já fez uma pré-apresentação do seu livro aos camaradas da Guiné no 75.º Convívio da Tabanca do Centro em Monte Real, em 27 de Março passado, conforme oportuna referência da Revista KARAS de 1 de Abril corrente. 

O JERO aproveitou a oportunidade para explicar como apareceu o livro "Imagens e Quadras Soltas", feito "a meias" com o Manuel Maia, com fotografias e textos retirados do Facebook na sequência de uma "troca de galhardetes" mantida entre os dois ao longo de um razoável período de tempo.


É um trabalho de muito cuidado que exigiu uma boa qualidade da impressão, ou não se baseasse na apresentação de fotografias – sendo por isso mesmo uma obra que, não tendo ficado barata, justifica a sua aquisição.

Mau grado os esforços do JERO para encontrar o Manuel Maia, que terá deixado Portugal em 2016, não há a certeza que o apreciado poeta, autor da “História de Portugal em Sextilhas” e da “GUINÉ Terra que aprendemos a amar” venha a estar presente em Alcobaça.
____________

Nota do editor

Último poste da série de 10 de março de 2019 > Guiné 61/74 - P19570: Blogues da nossa blogosfera (109): Jardim das Delícias, blogue do nosso camarada Adão Cruz, ex-Alf Mil Médico da CCAÇ 1547 (26): Palavras e poesia

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Guiné 63/74 - P3915: Cancioneiro do Cantanhez (1): De Cafal Balanta a Cafine, Cobumba, Chugué, Dugal, Fatim... (Manuel Maia)





Guiné > Região de Tombali > Cafal Balanta > 2ª CCAÇ / BCAÇ 4610 (1972/74)> O Manuel Maia no seu hotel de muitas estrelas...

Fotos: © Manuel Maia (2009). Direitos reservados

Texto enviado por Manuel Maia, ex-Fur Mil da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4610, Bissum Naga, Cafal Balanta e Cafine (1972/74)


2ª PARTE DA HISTÓRIA DA 2ªCCAÇ BCAÇ 4610/72, EM SEXTILHAS (*)
por Manuel Maia (**)


34
O grupo, sem alferes, foi comandado
por Maia, o mais antigo graduado,
na zona onde actuavam fuzileiros.
Com Zé Maria,Moura e os rapazes
mostrámos ser também assaz capazes,
ao nível dos melhores entre os primeiros...


35
Um dia, Paiva, furriel Cafal,
tentado p´lo viçoso laranjal
avança resoluto p´ros citrinos...
Com dois soldados, sacos carregados,
a tiro logo ali são atacados,
salvando-lhes os fuzas seus destinos...

36
Corria a madrugada e um fogachal,
estremecendo arame de Cafal,
semeia o medo e o caos de repente.
Passado instante a malta então reage,
põe cobro ao grande arrojo, vil ultraje,
e expulsa do sector a turra gente...


37
P´ra registar estudos fluviais,
Marinha requereu que junto ao cais
Terríveis protegessem seu pessoal.
De noite,ao serviço da secção,
Barbosa levou tiro de raspão,
por ter cigarro aceso em breu total...


38
Cafine era o local, que foi criado,
por este grupo, mais sacrificado,
para alojar orquestra(i) p´ra chegar.
Começa ali a saga tabancal
com chapa/zinco, adobe tinto a cal,
reordenando as gentes do lugar...


(i) pessoal que não ia ao mato


39
Já fartos de gazela estilhaçada,
trouxemos p´ro quartel uma manada,
de vacas inimigas para abate.
Tão logo, via rádio uma mensagem,
obriga a soltar gado na pastagem
p´ra lá da tal bolanha, onde há combate...


40
Psícola foi termo conhecido
p´ra referir acções em que o sentido
visava dar aos afros importância...
Não raro, exageros se cometem
que as posições da tropa comprometem
esvaziando à ideia, a relevância...


41
Reconheceu Bissau o empenhamento
na luta feita guerra e sofrimento,
daí o prémio DUGAL, merecido.
Com grupo no CHUGUÉ, outro em FATIM,
´speramos comissão chegar ao fim,
felizes por saber dever cumprido...


42
Depois de nove meses/sacrifício,
vivendo ou vegetando(?) em tal suplício,
na terra onde a fartura era de balas.
As casas chapa/zinco construídas
p´ras gentes das aldeias destruídas,
seriam a razão p´ra fazer malas...


43
P´ra trás ficava tudo que era horrendo,
buraco, casa/campa, algo tremendo,
da sub-humana vida experimentada.
CAFAL, a sensação mais dolorosa
jogados para zona mais perigosa,
na frente da bolanha atribulada...


44
Saídos do inferno de CAFAL,
rumamos,p´ra CAFINE,em zona igual,
dois grupos p´ra COBUMBA, uma outra frente.
Chegados a FATIM vimos o céu,
que o CHUGUÉ, certamente também deu,
e o DUGAL emprestou, seguramente...


45
Na hora de partir, já eminente,
desgraça surgiria,em acidente,
p´ra todos nós da forma mais brutal...
buscando últimas prendas na cidade,
partiram, moderada velocidade,
uns quantos furriéis,para seu mal...


46
Foi junto a NHACRA, rádio emissora,
soltou-se o banco em tão maldita hora,
no asfalto AFONSO e LIMA caem sós.
Enquanto o transmontano se finou,
co´a morte açoreano ´inda lutou,
p´ra se apagar dois dias logo após...


47
Roubados de entre nós pela má sina,
de forma tão marcante,e repentina,
lembrá-los deixa os olhos rasos de água.
Um ar sereno e calmo AFONSO tinha,
enorme coração LIMA detinha,
tristeza, choros, raiva, a nossa mágoa...


48
Nem tudo correu bem, infelizmente,
morrendo quatro tão precocemente,
bem novos para estarem de partida.
A crise de asma um deles sucumbia,
enquanto alcoolizado outro fugia,
desastre aos outros dois roubou a vida...


49
Varreram-se, já, nomes da memória
p´ra deles ter registo nesta história
que foi a nossa, grada mas sofrida...
assim, requeiro a todos o favor
de fornecerem dados com rigor
lembrando uma ocorrência, bem vivida...


50
Foi PRATA a comandar grupo primeiro,
LINDORO no segundo a timoneiro,
ALMEIDA do seguinte a tomar norte.
No quarto é de OLIVEIRA a condução,
justiça leva ALMEIDA e chega então,
um pira p´ra africana,antes do FORTE...


51
BARRADAS, GINJA, são profissionais,
milicianos todos os demais
sargentos desta nossa companhia...
CASEIRO, VIOLANTE, AFONSO, ANTUNES,
dos p´rigos lá do mato estão imunes,
à banda dão fulgor, categoria...


52
CORTEZ ruma a Bissau, cunha é TRANSPORTE,
NAVEGA tem na escuta a mesma sorte,
na urbe encontra ALMEIDA o paradeiro.
Um curso de tabanca p´ro FRAGOSA,
a paz da secretária MARTINS goza,
dos negros,professor,foi o CORDEIRO.


53
RIBEIRO,pira calmo e recatado,
TEIXEIRA, um brincalhão endiabrado,
de paciência feito o ZÉ MARIA.
São LIMA e MOURA dois homens de mato,
tal como o BRITO, embora mais novato,
no MAIA, a irreverência contagia...


[Oitava decassilábica]

Olhando a vida à volta do passado,
imposição/catarse necessária,
revejo,a breve instante emocionado,
AFONSO (ii), mente sã e libertária
da guerra interventor mas desfasado...
ao lado em postura solidária,
ANTUNES enfermeiro brincalhão,
e LIMA (iii), um enorme coração.


(ii) Afonso, furriel miliciano de transmissões morto em acidente na semana da partida.

(iii) Lima, furriel miliciano de Op Esp, morto em acidente na semana da partida.

Antunes, furriel miliciano enfermeiro, morto em acidente pouco depois da chegada


_________

Notas de L.G.

(*) Vd. poste de 13 de Fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3886: Tabanca Grande (118): Manuel Maia, ex-Fur Mil, o poeta épico da 2ª Companhia do BCAÇ 4610/72 , o Camões do Cantanhez

(**) 14 de Fevereiro de 2009 > Guiné 63/74 - P3890: Tabanca Grande (119): Apresentação de Manuel Maia ex-Fur Mil da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4610 (Guiné, 1972/74)

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Guiné 63/74 - P11679: VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande (10): Últimas informações

VIII ENCONTRO NACIONAL DA TABANCA GRANDE

8 DE JUNHO DE 2013

PALACE HOTEL DE MONTE REAL



Fechadas que estão as inscrições para participação no VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande, e a pouco mais de 24 horas do acontecimento, deixamos aqui as últimas informações.

1. Acesso ao Palace Hotel de Monte Real

Quanto à forma de chegar, além das coordenadas, para quem tem GPS, N 39º 51' 5,15'' - W 8º 52' 1,87'', aqui ficam duas imagens que poderão ajudar os que vão pela primeira vez:


Para maior facilidade de acesso aconselha-se a utilização da A17 e o abandono na saída nº 3. Vão encontrar-se três rotundas, ao fim das quais  se vai entrar na EN 349 - Rua de Leiria. 
Há placas informativas de Termas de Monte Real. Como alternativa pode-se utilizar a EN 109.

Pormenor de Monte Real a partir da última rotunda

2. Importante:

Não esquecer que amanhã pelas 11h45 vai ser celebrada missa de sufrágio, na Capela das Termas, pelos camaradas caídos em campanha assim como pelos camaradas e amigos tertulianos que nos foram deixando´(n=24), mais recentemente, cumprindo a inexorável  lei da vida.

3. Horário aproximado do repasto:

13h00 - Welcome drink [, copo de boas vindas!]

14h00 - Almoço

17h30 / 8h00 - Lanche [ajantarado]

4. Área cultural:

Após o almoço vamos ter, em local apropriado, uma exposição de livros, cujos autores, como não podia deixar de ser, são nossos camaradas e tertulianos que,  participando do Encontro, autografarão os exemplares ali adquiridos. 

Sem prejuízo de outros camaradas, aos quais peço desculpa, estarão presentes os autores Manuel Domingues, Manuel [Luís] Lomba, Manuel Maia e José Saúde, estes dois últimos com livros editados muito recentemente.

Haverá ainda uma oferta literária aos camaradas,  combatentes (e só a estes),  participantes do Encontro. É um brinde-surpresa. O autor pede, para já, reserva de identidade. Lá ficarão, na altura,  a saber de quem se trata.

5. Lista definitiva dos 135 participantes:

Agostinho Gaspar - Leiria 
Alberto Branquinho - Lisboa 
Alcídio Marinho e Rosa - Porto 
Álvaro Basto - Leça do Balio / Matosinhos 
Álvaro Vasconcelos e Lourdes - Baião 
António Augusto Proença, Beatriz e Sofia - Covilhã 
António Estácio - Lisboa 
António Fernando Marques e Gina - Cascais 
António Garcez Costa - Lisboa 
António José Pereira da Costa - Mem Martins / Sintra 
António Manuel Sucena Rodrigues e Rosa Maria - Oliveira do Bairro 
António Maria Silva - Sintra 
António Martins de Matos - Lisboa 
António Pimentel e acompanhante - Figueira da Foz 
António Sampaio e Clara - Leça da Palmeira / Matosinhos 
António Santos, Graciela, filhos e netos - Caneças / Odivelas 
António Sousa Bonito - Carapinheira / Montemor-o-Velho 
Arlindo Farinha - Almoster Avz / Alvaiázere 
Augusto Pacheco - Maia C. Martins - Penamacor 

Carlos Paulo e Lourdes - Coimbra 
Carlos Pinheiro e Maria Manuela - Torres Novas 
Carlos Pinto e Maria Rosa - Reboleira / Amadora 
Carlos Vinhal e Dina Vinhal - Leça da Palmeira / Matosinhos

David Guimarães e Lígia - Espinho 
Delfim Rodrigues - Coimbra 
Diamantino Varrasquinho e Maria José - Ervidel / Aljustrel

Eduardo Campos - Maia 
Eduardo Magalhães Ribeiro e Carlos Eduardo - Porto 
Eduardo Moreno - Vila Real 
Ernestino Caniço - Tomar

Felismina Costa, João, Cláudia e Hugo - Agualva / Sintra 
Fernandino Leite - Maia 
Fernando Súcio - Vila Real 
Francisco Silva e Elisabete - Lisboa 

Hélder V. Sousa - Setúbal 
Henrique Matos - Olhão 
Hugo Eugénio Reis Borges - Lisboa 
Humberto Reis e Joana - Alfragide / Amadora

João Alves Martins e Graça Maria - Lisboa 
João Marcelino - Lourinhã 
João Sesifredo e Celestina - Redondo 
Joaquim Carlos Peixoto e Margarida - Penafiel 
Joaquim Luís Fernandes - Maceira / Leiria
Joaquim Mexia Alves - Monte Real / Leiria 
Joaquim Nunes Sequeira e Mariete - Colares / Sintra 
Joaquim Sabido e Albertina - Évora 
Jorge Araújo e Maria João - Almada 
Jorge Cabral - Lisboa 
Jorge Canhão e Maria de Lurdes - Oeiras 
Jorge Loureiro Pinto - Sintra 
Jorge Picado - Ílhavo 
Jorge Rosales - Monte Estoril / Cascais 
José Armando F. Almeida - Albergaria-a-Velha 
José Augusto Ribeiro - Condeixa 
José Barros Rocha - Penafiel 
José Casimiro Carvalho - Maia 
José Eduardo Oliveira - Alcobaça 
José Fernando Almeida e Suzel - Óbidos 
José Ferreira da Silva - Crestuma / V. N. Gaia
José Manuel Cancela e Carminda - Penafiel 
José Manuel Lopes e Luísa - Régua 
José Ramos Romão e Emília - Alcobaça 
José Saúde - Beja 
José Zeferino - Chamusca 
Juvenal Amado - Fátima / Ourém 

Luís Graça e Alice - Alfragide / Amadora 
Luís R. Moreira - Cacém / Sintra 

Manuel Carmelita e Joaquina - Vila do Conde 
Manuel Dias Pinheiro e Maria Inicia - Madrid / Espanha 
Manuel Domingos Santos - Leiria 
Manuel Domingues - Lisboa 
Manuel Joaquim e Deonilde - Agualva Cacém / Sintra 
Manuel Lima Santos e Maria de Fátima - Viseu 
Manuel Luís Lomba e Luís Manuel - Faria / Barcelos 
Manuel Maia - Moreira / Maia 
Manuel Santos Gonçalves e Maria de Fátima - Carcavelos / Cascais 
Manuel Vaz - Beiriz / Póvoa de Varzim 
Miguel e Giselda Pessoa - Lisboa

Paulo Santiago - Aguada de Cima / Águeda

Raul Albino e Rolina - Vila Nogueira de Azeitão / Setúbal 
Ricardo Sousa e Georgina Cruz - Lisboa 
Rui Silva e Regina Teresa - Sta. Maria da Feira 
Rui Trindade Doutel Guerra Ribeiro - Lisboa

Silvério Lobo e Rodrigo - Matosinhos 
Simeão Ferreira - Monte Real / Leiria

Victor Tavares - Recardães / Águeda

6. Para outras informações:~

Consultar o poste de 25 de maio de 2013 > Guiné 63/74 - P11629: VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande (8): Estamos a poucos dias de fechar as inscrições

Os organizadores do Encontro:

Carlos Vinhal
Joaquim Mexia Alves
Luís Graça
Miguel Pessoa

7. Telefone do nosso SOS Monte Real (na eventualidade de alguém se perder): 

J. Mexia Alves (Comissão Organizadora):  962 108 509
____________

Nota do editor:

Último poste da série de 2 DE JUNHO DE 2013 > Guiné 63/74 - P11663: VIII Encontro Nacional da Tabanca Grande (9): Faltam três dias para fechar as inscrições... E já somos 123 à mesa!

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Guiné 63/74 - P5798: Agenda cultural (57): Apresentação da História de Portugal Em Sextilhas, dia 26 de Fevereiro em Moreira da Maia (Manuel Maia)

CONVITE




O nosso camarada Manuel Maia (ex-Fur Mil da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4610, Bissum Naga, Cafal Balanta e Cafine, 1972/74), Convida todos os camaradas e amigos a assistirem ao lançamento oficial da sua "História de Portugal Em Sextilhas".

A cerimónia terá lugar nas instalações dos Bombeiros Voluntários de Moreira da Maia no próximo dia 26 de Fevereiro (Sexta-feira) pelas 21,30 horas.

Não houve convites formais pelo que toda a gente está convidada a assistir ao evento.

Para quem não conheça o local, o Quartel dos Bombeiros Voluntários de Moreira da Maia fica situado junto à paragem do Metro de Pedras Rubras, linha B (Encarnada) Estádio do Dragão/Póvoa de Varzim.

Escusado será dizer que o nosso poeta Manuel Maia se sentirá honrado com a presença dos seus camaradas e amigos, tal como aconteceu no dia 9 de Dezembro de 2009, aquando do lançamento da primeira edição destinada à tertúlia do nosso Blogue.

Nunca é demais lembrar que o chamado grupo do Cadaval, chefiado pelo camarada Vasco da Gama, no que concerne ao lançamento desta primeira edição, e a Tabanca de Matosinhos no apoio logístico, foram responsáveis por esta obra ter visto a luz do dia*
.

Matosinhos > Restaurante Milho Rei > 9 de Dezembro de 2009 > Apresentação da "História de Portugal Em Sextilhas" à tertúlia > Manuel Maia no uso da palavra.

(Fixação e texto de CV)
__________

(*) Vd. poste de 10 de Dezembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5441: Agenda cultural (50): Apresentação do livro História de Portugal em Sextilhas, de Manuel Maia, na Tabanca de Matosinhos

Vd. último poste da série de 19 de Janeiro de 2010 > Guiné 63/74 - P5676: Agenda cultural (56): Beja Santos e Luís Graça, hoje, às 15h, em Oeiras, em colóquio-debate sobre Fim do Império - Olhares Civis