sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Guiné 63/74 - P5727: Estórias avulsas (25): A Fonte Pública de Mansambo (Carlos Marques dos Santos)



1. O nosso Camarada Carlos Marques dos Santos (ex-Fur Mil da CART 2339 - “Os Viriatos -, Fá e Mansambo, 1968/69), enviou-nos a seguinte mensagem:

Camaradas :

A propósito da questão das piscinas e das fontes onde o pessoal se banhava, recorri aos meus arquivos e aqui mando uma réplica ao anterior poste, que remetia para este tema.

Assim, ponto único: A minha fonte era mais povoada e com água (o que não aparece no anterior poste sobre o tema) e por isso tive que recorrer a alternativas.

A questão sobre a Piscina de Cufar é ilusória!!!

Eu demonstro por imagem, a transferência da Fonte Pública de Mansambo e da Piscina de Cufar, para um CONDOMÍNIO FECHADO EXCLUSIVO.

A minha Bolanha, algures na Guiné, sem esquecer a CHUVA, o banho em cima do Abrigo e o sabonete Lifebuoy.

Desgraçado do líquen.


Fonte Pública de Mansambo: Onde em 19 de Setembro de 1968 emboscada a partir da copa das árvores (2 mortos e 14 feridos graves e ligeiros).


Condomínio fechado (Bolanha pessoal).

Um abraço Amigo,
Carlos Marques dos Santos
Fur Mil da CART 2339

Fotos e legendas: © Carlos Marques dos Santos (2007). Direitos reservados.
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Nota de M.R.:

Vd. último poste desta série em:


Guiné 63/74 - P5726: Núcleo Museológico Memória de Guiledje (10): A inauguração da capela, em 20 de Janeiro, na presença do embaixador de Portugal (Pepito)
















Guiné-Bissau > Regíão de Tombali > Guileje > 20 de Janeiro de 2010 > Núcleo Museológico Memória de Guiledje > Cerimónia de inauguraçáo da capela > Na 1ª foto, a contar de cima, a Júlia Neto (*),  ao lado do Primeiro Ministro da República da Guiné-Bissau, Carlos Gomes Júnior, e do Carlos Schwarz da Silva (Pepito). 

Na 2º imagem, a "foto de família": ao centro o Bispo de Bafatá, Dom Pedro Zilli, ladeado pela Júlia (à sua esquerda) e pelo Pepito (à sua direita). Ao fundo, o crucifixo levado de Portugal, leva Júla Neto, oferta do Paulo Santiago (**). Presentes também, entre outras individualides, os Embaixadores da União Europeia, da Finlândia, de Cuba e de Portugal, bem como a presidente da ONG AD, Isabel Miranda, o Domingos Fonseca , o arqueólogo de Guileje (estes dois na ponta esquerda, no foto nº7), bem como a Isabel Levy Ribeiro, esposa do Pepito e membro do nosso blogue.

Na 3ª foto, o bispo de Bafatá   e a Júlia Neto. Na 4ª foto, o Embaixador de Portugal, António Ricoca Freire,  e o bispo de Bafatá. Na 5ª foto, vê-se de costas, à esquerda, um coronel do exército português, que está em missão de cooperação na Guiné-Bissau.

1. Texto e fotos enviadas ontem pelo nosso amigo Pepito, relativos à inauguração do Núcleo Museológico Memória de Guiledje, e em particular da capelinha, reconstruída de acordo com o modelo construido no tempo da CART 1613 (Guileje, 1967/68).

A Capela de Guiledje foi construída em 1967 ou 68 sob a iniciativa e orientação do Capitão José Neto que, nas suas memórias afirmou: “…se construiu a obra mais emblemática que deixamos em Guilege: a Capela.”.


Na sequência do abandono do Quartel, este foi bombardeado e a capela ficou destruída e coberta de terra. Domingos Fonseca, técnico da AD e arqueólogo de circunstância, acabou por descobrir as fundações da Capela e alguns dos seus elementos arquitectónicos (cruz celta, pequeno altar, lápide de entrada).

O respeito e profundo reconhecimento da AD para com o Capitão José Neto, levou-nos a considerar prioritária a sua recuperação, como forma de homenagear quem, em vida, tanto amou este pedaço de chão e tanto contribuiu para a sua reconstituição visual e fotográfica.

Com o apoio de vários ex-militares portugueses que por lá passaram ou que simplesmente simpatizaram com a iniciativa (Camilo, Paulo Santiago, natural de Águeda, etc.) (**), a Capela foi reconstruída, procurando-se ser o mais fiel possível à traça original.

No dia 20 de Janeiro de 2010, com a presença da esposa do Capitão José Neto, Senhora Júlia Neto, procedeu-se a uma importante cerimónia que contou com a participação do Senhor Bispo de Bafatá, D. Pedro Zilli, que oficiou algumas orações, o Embaixador de Portugal, Sr. António Riccoca Freire, a Presidenta da AD, Isabel Miranda e outros guineenses e portugueses presentes.

Se o Capitão José Neto estivesse vivo, temos a certeza que se juntaria a nós na alegria da Capela reconstruída.

Pepito

2. Comentário de L.G.:


 Falei com a Júlia, ontem, ao telefone. Chegou de Bissau no domingo passado.  Contou-me, com grande entusiasmo e alegria, a mgnífica recepção que teve por parte do Pepito, da AD, das autoridades guineenses, e das gentes de Iemberém, Guiledje e Quebo. Foi inclusive entrevistada por um órgão da comunicação social do país. Todos queriam saber da razão da sua presença, incluindo o "embaixador da Finlândia" que esteve em Guileje. Aqui participou, a convite da AD,  das cerimónias oficias de inauguração do Núcleo Museológico, incluindo a capela e a mesquita.  As festividades mobilizaram 3 mil a 4 mil pessoas, que vieram de todo o lado, incluindo de Varela. "Trouxeram vacas, porcos, tudo o que era necessário para a sua alimentação"... Ouviu gente, do tempo da CART 1613, a cantar canções do Minho, o Malhão (antigas lavadeiras), bem como a tocar gaita de beço, com músicas portuguesas (um milícia).

A Júlia Neto tem um CD com cerca de mil fotos (do Pepito e dela) que quer partilhar com o blogue e com os antigos camradas do marido, pertencentes à CART 1613 (contacto: Cunha, de Braga).  Prometi contactá-la para a semana. Vive em Queluz. Já pensa em voltar à Guiné-Bissau, com as suas filhas  e netos. Esteve com mílícias e habitantes de Guileje do tempo da CART 1613. Todos (incluindo a lavadeira) lhe falaram do seu marido, José Neto (1929-2007), com grande apreço e simpatia.  Os Homens Grandes de Quebo, incluindo o filho do Cherno Rachide, fizeram questão de estar com ela e de convidá-la para a inauguração da mesquita de Guiledje (texto e fotos que publicaremos oportunamente).

Fiquei também a saber que o nosso saudoso camarada José Neto esteve, em comissão, em Macau, de 1951 a 1960. Foi lá que conheceu a sua futura mulher, mais nova do que ele em cerca de 20 anos. A Júlia é filha de militar, que fez uma comissão na Guiné, em Bafatá. Em 1960, o José Neto foi destacado para Cabinda. Em 1967/68 esteve em Guileje. Em 1971, estava em Angola, tendo regressado para frequentar o Curso de Oficiais.  Reformou-se, como se sabe, como capitão. Não viveu, infelizmente, para partihar connosco, com a famiia, e com o Pepito, esse momento para o qual ele tanto contribuiu.

Quero apoveitar a ocasião para lembrar que cotinua aberta a campanha de angariação de fundos para a reconstrução da capela... Feita a inauguração, é preciso pagar contas, incluindo a manutenção.  (LG)

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Nota de LG.:

(*) Vd  poste anterior desta série > 21 de Janeiro de 2010 > Guiné 63/74 - P5683: Núcleo Museológico Memória de Guiledje (7): Seguir o exemplo do meu pai e do seu amor por essa terra (Maria Eugénia Neto)

(**) Ao Grupo dos Amigos da Capela de Guileje, de que fazem parte o Camilo e o Patrício Ribeiro, há agora que acrescentar o nome do Paulo Santiago, que é natural de Águeda, tal como o Patrício. Foi o Paulo que ofereceu o crucifixo que está na capela. O Patrício tinha a incumbência, por parte do Pepito, de arranjar um crucifixo. Em Águeda concheceu, através do blogue, o seu conterrâneo Paulo. O Paulo, que conhece todo o mundo, desenrascou logo o Patrício. O Patrício levou o crucifixo para Lisboa ainda a tempo de ser transportado pela Júlia Neto até Bissau... A história acabou de me ser contada há meia hora pelo Paulo, ao telefone... Ao Grupo dos Amigos da Capela de Guileje há também que acrescentar aqueles de nós que  estã a contribuir, com dinheiro, para as despesas de construção e manitenção do edifício. A recolah de fundos está a cargo do Manuel Reis, que foi Alf Mil Cav, da CCAV 8350 - Piratas de Guileje (Guileje, 1972/73).

Associado à capela e ao núcleo museológico de Guileje, fica também doravante o nome do Domingos Fonseca, engenheiro técnico agrícola, quadro da AD,  e o grande arqueólogo de Guileje. Em homenagem à sua dedicação e empenho, ele passa doravante a figurar na lista dos membros do nosso blogue.  Já em 2008, ele tinha um papel central no apoio logístico à visita, ao sul, dos participantes do Simpósio Internacional de Guiledje (Bissau, 1-7 de Março de 2008). Bem-vindo, Domingos, à nossa Tabanca Grande ! (LG)

Guiné 63/74 - P5725: Parabéns a você (72): Luís Graça, ex-Fur Mil da CCAÇ 2590/CCAÇ 12 - O Rei Luar (Migueis da Silva)

1. O nosso camarada Mário Migueis da Silva mandou-nos esta reedição de "O REI LUAR", de autoria de Sheik Pierre, editada pela Al Draba, Lda, a fim ser publicada hoje dia 29 de Janeiro de 2010, data em que o nosso querido Camarada Luís Graça comemora o seu 63.º aniversário.

A história, um tanto estranha, pode ser lida no seu original, bastando para tal clicar nas imagens, ou nas respectivas legendas.




"REI LUAR" de Sheik Pierre
Editora Al Draba, Lda.



Ao Luís Graça, mui digno, nobre e ilustre fundador do "Brrelogue" mais bonito do mundo, com as minhas felicitações nesta ditosa data do seu aniversário.
O autor,
Mário Migueis.
Esposende
29/01/2010.


ADVERTÊNCIA
Como todos sabemos, a 1.ª edição desta obra prima do Sheik Pierre data de 1607. Em 1623, a obra é, pela primeira vez, reeditada mas, tudo leva a crer que, já então, padeceu de numerosas mutilações, acrescentos e adaptações, uma vez que reproduziria não o texto original do Sheik, mas a peça tal e qual era representada, com as necessárias adaptações às exigências de ordem cénica.
É, pois, de crer que esta pérola literária do dealbar do século XVII tenha visto, até aos nossos dias e por força de alterações sistemáticas ao texto original, adulterada a imagem do próprio monarca, personagem central da obra. Aliás, conforme adiante se verá, este revela-se como uma figura pouco interventiva, ocultando a voz atrás de farta barba, quando, por outras e idóneas fontes, se sabe que era grande tagarela. Igualmente, consta em papiros dispersos na Torre do Tombo que o Rei Luar, em pessoa, nada tinha de tirano, conforme somos levados a supor pela obra em apreço. De qualquer forma, norteados pelos nossos princípios de rigor literário, que é o que aqui está em causa, estamos a reproduzir com toda a fidelidade a última peça levada à cena no nosso país pelo Grupo Cénico dos Tabanqueiros Cá do Sítio.
A Editora


Personagens:
LUAR - Luís Henriques - O Graça, rei de todas as tribos
MARQUÊS DE VINHAL - Ministro da Propaganda do Reino
VISCONDE VACAS DE CARVALHO - fidalgo tocador de alaúde
CONDE DE OLHÃO
ZÉDASSÉ, criado do Conde de Olhão
GUARDA DINOSSAURIANA do Regimento de Infantaria da Região Oeste
POVO ANÓNIMO


ACTO I - Scena I

Uns cortinados bolorentos em veludo de cor a gosto, numas varandas supostamente voltadas para uma praça (varandas do palácio real)
Estão escondidos atrás dos reposteiros o Conde de Olhão e o seu fiel criado Zédassé.

ZÉDASSÉ
Senhor Conde, porque é que lhe chamam Rei Luar?!...

CONDE DE OLHÃO
A mim?!...

ZÉDASSÉ
Não, a ele, ao mal-querido, ao rei.

CONDE DE OLHÃO
Ora essa, porque se lhe chamassem Rei-Sol era plágio!... És mesmo ignorante, Zédassé. Por esse andar, nunca mais passas de servo da gleba. Então, tu nunca ouviste falar do Luís XIV, da França, o que morava no Palácio de Versalhes, com aqueles jardins maravilhosos?!... Pois é, esse é que é o tal do astro rei. O nosso, esse é, por ora e por mal dos nossos pecados, o Luís Henriques - o Graça, mais conhecido nessas coisas das literaturas por Rei Luar.

ZÉDASSÉ
Ah!...


CONDE DE OLHÃO
Nunca foi flor que se cheirasse

ZÉDASSÉ
Quem, senhor Conde?!...

CONDE DE OLHÃO
Ele, o rei, o ditador, o nosso déspota de estimação. Já no tempo do Senhor dos Arganeis, há cem milhões de anos, os lourinhanosaurus falavam dos seus instintos absolutistas. Pelo menos, é o que consta nas pinturas rupestres das grutas de Altamira, que são mais antigas que as de Foz-Coa: "Le Brrelogue c'est moi".

ZÉDASSÉ
Que disse Bossa Senhoria?!... Num percebi nada, mas concordo com tudo, que esse malbado nunca me enganou.

CONDE DE OLHÃO
Nem a mim, meu bom Zédassé. Sociólogo, sociólogo... sociólogo, uma ova!... Este não dá ponto sem nó, quer lá saber da sociedade!... A componente política estuda ele, que é finório, mas não vai além disso, que não lhe interessa. Não passa de um político espertalhaço, explorando a ingenuidade e a boa fé deste povo dócil e iletrado. Tem aqui um campo fértil para as suas ideias absolutistas, pois claro. Absolutistas e centralistas, que não são só os do norte que estão a levar no corpo. E, por falar em levar no corpo... levar a malta sabe ele!... Quem o ouvir, a este falinhas-mansas, não vê a peça que ali está!... Quem vê reis, não vê corações, é verdade e é bem certo. "Dois povos, um só brrelogue!", de quem é que eu já ouvi isto, alguém me ajuda a recordar?!... Não era o outro que dizia "duas raças, um só povo"?!... Ou era outra coisa qualquer que ia dar ao mesmo?!... Está-se mesmo a ver para que é que este espertalhão logo se vai doutorar em Saúde Pública!... Pois claro, pois claro, foi para nos tratar da saúde a todos, estás a perceber, Zédassé?!...

ZÉDASSÉ
Estou, estou,... quer-se dizer!...

CONDE DE OLHÃO
Cala-te, estou a ouvir passos!... É ele, esconde-te,... esconde-te, bem escondido, ou as nossas cabeças vão parar ao cepo enquanto o diado esfrega um olho!


Scena II

Mesmas varandas, mas abarcando-se agora também a Praça do Povo. Ladeado pela sua guarda dinossauriana, já está em cena o rei, sentado no seu tronomóvel.
Duas tossidelas do rei, introdutoras do seu discurso à multudão de súbditos.


REI LUAR
Antes de mais, boa tarde a todos!

CORO (POVO)
Boa tarde, majestade, senhor dos nossos destinos!... Viva Sua Alteza Real!... Viva!...

Aplausos e Avés Césares. Segue-se a popular "Parabéns a Você", cantada pelo povo (coro), acompanhado ao alaúde pelo Visconde Vacas de Carvalho.

ZÉDASSÉ
Ui, quanto dragom!...

CONDE DE OLHÃO
Não são dragões, são dinossáurios.

ZÉDASSÉ
Dinossáurios?!...

CONDE DE OLHÃO
Sim, são três lourinhanosaurus antunesi, três brachiosaurus atalaiensis e um lourinhanosaurus luisani.

ZÉDASSÉ
Mas eu só conto seis dragões!!!...


CONDE DE OLHÃO
Não são dragões, são dinossáurios e, com o o rei, são sete.

ZÉDASSÉ
Atom o rei também é dragom?!...

CONDE DE OLHÃO
Dragão, dragão, não sei, mas dinossáurio é de certeza, que é aquilo que chamam aos da Lourinhã que estão agarrados ao tacho há mais de cinco milhões de anos.

ZÉDASSÉ
Ao tacho?!... Mas ele está é agarrado a um cacete, num é a um tacho!...

CONDE DE OLHÃO
Aquilo não é um cacete, é o ceptro, o brrelogue, o símbolo da autoridade soberana, do poder real. Quem tiver o brrelogue na mão, é senhor absoluto das tribos dos tabanqueiros, dos camaradas e camarigos, dos tertulianos e companheiros, e, até, das hostes dos colaboradores, amigos e simpatizantes, quer casados, quer solteiros.

ZÉDASSÉ
Ai, Senhor Conde, que exército, que força, que poderio!... Isto bai ser o cabo dos trabalhos! Só se lhe arrancarmos o cacete das mons!...

CONDE DE OLHÃO
Não é um cacete, é um brrelogue e ninguém consegue tirar-lhe o brrelogue da mão, porque o safado dorme com ele debaixo da almofada.

ZÉDASSÉ
Atom, aperta-se-lhe o gargueirilho!...


CONDE DE OLHÃO
Ai é, e o dentudo?...

ZÉDASSÉ
O dentudo, quem é esse?!...

CONDE DE OLHÃO
O lourinhanosaurus antunesi,... o que o rei traz à trela.

ZÉDASSÉ
Aquele ali, o dragom mais baixinho?... Dá-se-lhe remédio do escarabelho!...


Scena III

Entra em cena uma figura sinistra - O Marquês de Vinhal - envolta numa capa negra e com um chapéu de aba larga, à D'Artagnan, emplumado com uma rectriz de abutre coçada e quebrada a meio

MARQUÊS DE VINHAL
Põe-se remédio do escaravelho a quem?!... Quem é que dá remédio do escaravelho ao dragão, quem é?!... Só por cima do meu cadábre, seus aleivosos, cambada de conspiradores miseráveis!...

ZÉDASSÉ
Aleibosos?!... Aleibosos, quem?, seu...

CONDE DE OLHÃO
Schiiiiiiuuuuuu!... está calado, que é o Marquês de Vinhal, o ministro da Propaganda do Reino! Dizem que ainda é pior que o tirano!...

ZÉDASSÉ
Ai é, é!... Este conheço-o eu bem, que é lá da beira do Puarto. Foi ele que, aqui há anos, mandou o Camilo p'rá cadeia da Relaçom, onde lhe moeram os ossos bem moídinhos.

CONDE DE OLHÃO
Está calado, que tu não sabes nada. O cara de pau é inquisidor do Santo Ofício: escrito que não lhe cheira, vai direito p'rá fogueira!... Grandes malvados, temos que lhes acabar com a raça!

ZÉDASSÉ
Isso é bom de falar, Senhor Conde. O pior é que as nossas cabeças nas mãos deles num balem uma mealha!... Já me estou a imaginar de correntes nas canelas, a subir ao cadafalso!...


CONDE DE OLHÃO
Também eu, mas temos que pôr uns patins a estes tratantes!...

ZÉDASSÉ
Uns patins?!...

CONDE DE OLHÃO
Sim, uns patins e com rodas bem oleadas. Mas, o melhor, por agora, é guardarmos os trabucos no saco e optarmos pelo plano B. Nem é tarde nem é cedo, é hora de reunir as tribos armadas e marchar sobre Lisboa. Temos que os apear do Cavalo do Poder, como dizia o coiso. A estes e aos outros, não é só a estes!...

ZÉDASSÉ
Ui, senhor Conde, não me fale dos outros, que já me deu bolta à barriga!... Que se aborte lá a conspiração e o raio que a parta!... Bamos, mas é dar à sola, enquanto há tempo! Pode ser que o rei caia da cadeira, como o outro no tempo da outra.

CORO (POVO)
Credo, cruzes, canhoto!... Longa vida para o Rei!...

Perante a intempestiva saída de cena das personagens até então escondidas atrás das cortinas, baixa o pano e rufam as caixas e os tambores, com o coro a cantar a Grândola Vila Morena de trás para a frente e de pernas para o ar.

FIM

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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 29 de Janeiro de 2010 > Guiné 63/74 - P5724: Parabéns a você (71): Luís Graça, ex-Fur Mil da CCAÇ 2590/CCAÇ 12 (Mensagens da Tertúlia III)

Guiné 63/74 - P5724: Parabéns a você (71): Luís Graça, ex-Fur Mil da CCAÇ 2590/CCAÇ 12 (Mensagens da Tertúlia III)




ÚLTIMAS MENSAGENS DA TERTÚLIA PARA LUÍS GRAÇA, COM FELICITAÇÕES PELA COMEMORAÇÃO DO SEU 63.º ANIVERSÁRIO


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José Rodrigues Firmino

Como ex-combatente não podia deixar de prestar a minha sincera homenagem a um HOMEM amigo de enorme coração: LUÍS GRAÇA que ao festejares os teus 63 anos de existência no planeta terra seja mais um belo dia e que esse dia se repita por muitos e longos anos com saúde paz e amor junto de toda tua família, feliz aniversário abraço.

FIRMINO

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José Teixeira

Ao grande Chefe de Tabanca Luís Graça
Luís.
Em meados de 2005 tive a felicidade de te encontrar, quando navegava na Net à procura de Novas da Guiné.
Abriste-me a porta, saudaste-me e convidaste-me a entrar. De forma singela e acolhedora, como tu sabes acolher.
Desbravaste o caminho e convidaste-me a percorrê-lo. Regressar a um passado que durante anos, teimosamente se escondia no mais recôndito cantinho da minha mente, abafado por um desejo de tentar esquecer o inesquecível.
A explosão tinha-se dado. Precisava de por cá fora o que me comprimia a alma.
Subtilmente convidaste-me a entrar para o ”Fora nada” e eu entrei e instalei-me comodamente. Encontrei cerca de cinquenta novos companheiros de jornada, que parece já conhecia há muito tempo, sem nunca os ter visto. Tínhamos pisado o mesmo tchão. Tínhamos vivido aventuras tão parecidas numa guerra triste e inglória como todas as guerras o são, que nos tornavam irmãos. Queríamos contar a nossa, a verdadeira história da guerra que vivenciamos. Isso nos uniu sob a tua sábia batuta.
Novos companheiros de jornada foram entrando e se deixaram ficar. A história tem ficado mais rica em cada dia que passa. A amizade desenvolveu novos e profundos laços entre muitos dos antigos combatentes. Com ela, vem sempre grandes momentos de convívio e felicidade. Momentos que tem ajudado muitos de nós a espantar os “fantasmas” que teimam a povoar a mente.
Somos cúmplices no projecto de descobrir e escrever a verdade da Guerra Colonial na Guiné.
Ligam-nos hoje, laços de profundo afecto e carinho.
Ter desde então o prazer da tua amizade é para mim uma honra e um prazer. Mais que isso, um bem, que guardo religiosamente.

Neste teu dia em que comemoras mais um aniversário, quero expressar-te a alegria por ter um amigo como tu. Aproveitar para mandar um terno beijinho à Alice, tua querida companheira que tem tido uma paciência de Jó contigo, sobretudo desde o tempo em que decidiste arrancar com o “fora nada”.
Para ti vai aquele fraterno abraço de parabéns, votos de que tenhas um bom dia de anos e que os renove por muitos anos.
Zé Teixeira

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Juvenal Amado

Meu caro Luís
As nossas palavras feitas vento, inundaram o espaço por ti criado.
Pela tua mão fizemos uma viagem interior, relembramos os cheiros, o calor, os fins de tarde e também os momentos trágicos.
Acima de tudo ajudaste-nos a encontrar a forma de estar numa sociedade, que nos ignora, que quer apagar a memória das nossas partidas, os últimos beijos e a dor, de não terem regressado todos.
Os que não vieram, habitam na cabeça de quem lhe deu de beber, lhe segurou na mão e que assistiu ao último sopro de vida.
Que consolo para os filhos e viúvas dos nossos mortos, verem os seus entes queridos lembrados no Blogue. Saberem que não foram esquecidos pelos seus camaradas.
Hoje são flashes, foram instantes a preto e branco mal revelados por um «esperto», que ganhou uns «cobres» e aprendeu à nossa custa, mas quantas delas mesmo esbatidas, não foram por tua causa retiradas dos fundos dos baús, ganharam vida nas nossas mãos e nas nossas estórias.
Questionamo-nos sobre a nossa própria validade, como nos interrogámos no momento da partida e nos momentos de aflição.
Alimentaste o fogo brando, apagaste pequenos incêndios, nós fomo-nos libertando das nossas recordações e nossos pesadelos.
Gostaria de te dar abraço brindar com toda esta enorme família de que és o patriarca.
São assim os predestinados, são seguidos, indicam o caminho.
Não escolheste mas foste escolhido.
Neste dia o que te poderei dar a ti, que tanto me deste?
Desejo-te as maiores felicidades, com alegria e saúde junto dos teus mais queridos.
Um abraço
Juvenal Amado

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Juvenal Candeias

Caro Luís,
Quero aqui deixar-te o meu grande, grande abraço de PARABENS, que contes muitos, muitos mais, embora para mim já sejas eterno!
Gostaria ainda de te agradecer. Obrigado. Muito obrigado por seres o principal responsável de a Guiné ter deixado de ser, para mim, um mau período mais ou menos esquecido e de ser hoje, algo de místico, mesmo de esotérico, com a passagem pela Guiné a constituir um percurso iniciático, que me dá prazer, ou pelo menos interesse, recordar!
Muitos parabéns... e que sejas feliz!
Juvenal Candeias

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Luís Dias

Caro Amigo e Camarada Luís Graça
Permite-me que te trate como Amigo, embora nunca tenhamos falado pessoalmente, mas já trocámos alguns e-mails. Em primeiro lugar e neste dia, venho apresentar-te os meus sinceros parabéns, com votos de longa vida, recheada de coisas boas, na companhia, naturalmente, da tua família.
És, por direito próprio, o nosso “comandante”, aquele que, em conjunto com os restantes editores, foi capaz de criar o nosso blogue e com isso dar proveito a que muitos de nós pudessem conhecer outros camaradas, trocar impressões, dar corpo a ideias, libertar o que há muitos anos julgávamos fechado para sempre. As amizades que têm surgido, os abraços, a solidariedade são componentes inegáveis da nossa Tabanca Grande. Esta base tertuliana que paulatinamente tem vindo a ser alargada, terá ultrapassado, se calhar as tuas/vossas próprias expectativas.
Se hoje, muitos de nós, têm a merecida voz, exposta no nosso imenso blogue, a ti, creio que, fundamentalmente, devemos isso. Conseguiste pôr de pé, talvez, a melhor homenagem ao combatente da guerra colonial, em especial daqueles que lutaram na Guiné, que é o de todos reconhecerem que, naquelas terras, muitos deram a vida, outros voltaram gravemente feridos, física ou psicologicamente, mas todos que por lá passaram deixaram muito da sua juventude e trouxeram um alto sentimento de camaradagem, uma referência por aquelas terras e por aquelas gentes, bem expressa nos belos escritos com que muitos nos têm contemplado no blogue e nas lágrimas com que recordamos aqueles que, por lá tombaram. Como dizia o General António Spínola: “Chegastes meninos! Partis homens!”.
Amigo Luís Graça, hoje é um dia festivo para ti, para os teus e para todos aqueles que, como eu, te admiram. Assim, permita Deus, que possas continuar a percorrer o teu caminho com muita saúde, com o amor, o carinho dos teus familiares e com a companhia dos teus imensos amigos.
Felicidades e um grande bem hajas.
Um grande abraço do tamanho do Rio Corubal.
Luís Dias

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Luís Faria

29 Janeiro há FESTA… da rija, a tua festa, Luís Graça.
Ergo a minha taça e associo-me ao brinde de parabéns por mais um ano que ganhaste, desejando-te muitos mais e bons, junto de quem gostas e queres.
Pena tenho de não ser um dos Manuel Maia, bardo de sangue como tu e outros mais, para num versejar condigno exaltar todo o trabalho, dedicação, carinho e amor que sãmente dedicas a esta tua Obra Grande (Tabanca Grande) que, para além de proporcionar reencontros de Camaradas reactivando contactos e amizades, para além de memória futura de uma época, funciona também e a meu ver, como uma espécie de terapia sócio-emocional para muitos que, fechados com (n) os seus “fantasmas” inicia(ra)m a libertação e começa(ra)m a reabrir as portas do tempo, permitindo que o vento da similitude de experiências vividas e expressas, ajude a varrer nuvens que enegreçam o pensamento e condicionem a vida.
A esse teu trabalho profícuo e à sua continuidade, levanto igualmente a minha taça, com votos de que, coadjuvado com os co-Editores que muito prezo, continue a haver com elevação este espaço aberto, onde pontuam experiências, recordações, opiniões, crítica, confronto, sentimentos, afectos e mais, irmanados por um passado comum.
Um abraço
Luís Faria

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Luís Marcelino

Com muita estima e amizade
expresso, com muita simpatia,
ao camarada e amigo Luís Graça,
os meus parabéns no seu 63ª aniversário.
Os meus votos de que usufruas
de todas as condições na vida,
para prosseguires todos os teus desígnios.
Estás presente todos os dias
através do teu blogue no meu
"ambiente de trabalho"
que me permite reviver com os meus amigos
a inesquecível experiência de "combatente".

Luís Marcelino

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Luís R. Moreira

Neste dia particularmente FELIZ, não posso, nem quero, deixar de felicitar este HOMEM carismático que é o mentor do blogue que fez e faz a diferença ao disponibilizar, agora e nos tempos vindouros, todas as estórias que fazem a história da guerra colonial na Guiné-Bissau, de modo a que não caiam no esquecimento.
Bem hajas Luís Graça por esta brilhante iniciativa que nos deixa, a todos, cheios de orgulho.
Envio-te as minhas felicitações e um abraço sentido neste dia do teu aniversário e desejo que o passes com saúde e alegria junto de todos aqueles que te são queridos.
Luís R. Moreira

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Manuel Amaro

Hoje, 29 de Janeiro, é um dia privilegiado para todos os camaradas do blogue. Porque é o Dia do nosso Comandante, Presidente, CEO, Camarada e Amigo Luís Graça.
O Dia dos nossos Amigos também é o nosso Dia.

Um Abraço de Parabéns e votos de muitas Felicidades.
Manuel Amaro

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Manuel Augusto Reis

Muito haveria para dizer sobre o trabalho do Luís. A dedicação à causa que abraçou, com muito amor, é por todos reconhecida, mas por vezes incompreendida. A valia da sua dedicação perdurará no tempo.
Um abraço de parabéns pelo seu aniversário e que seja por muitos e bons anos.

Bem-hajas.
Manuel Reis

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Manuel Maia

Que poderá dizer-se de um homem que subiu os degraus da vida apoiado em si próprio, mergulhando no conhecimento de forma profunda, absorvendo-o com avidez mas também com a necessária noção da sua imprescindível consolidação temporal?

Que poderá dizer-se de um homem foi capaz de gerar este movimento que congrega cerca de outros quatrocentos (venham mais cinco, como diria o Zeca...), levando-os a um porto de abrigo onde extirpam os medos amordaçados, exorcizam fantasmas carregados durante décadas, num constrangimento doentio e auto imposto que as famílias têm dificuldade em gerir, que os governos sucessivos têm vindo a desprezar, que os estranhos às guerras não conseguem interpretar, rotulando-os por isso de doentes, psicopatas...

O teu espaço tem tido um papel preponderante em termos de terapia adequada à situação, aliviando-nos das noites mal dormidas.
Este comungar de situações análogas, este partilhar de recordações, e porque não dizê-lo, de sofrimentos libertados, cria um relaxamento similar ao experimentado no divã do psiquiatra com a agradabilíssima constatação que no fim não esportulamos a moeda das falsas promessas de futuro melhor, não somos coagidos ao estipêndio do vil metal que nos alivia o bolso criando interiormente a necessidade de nos sentirmos melhor só para justificar tal sacrifício orçamental...

As centenas de "psiquiatras moldados pela vida", estão permanentemente através dos comentários e até dos silêncios, a fornecer àquele que debita às golfadas, ou de forma mais pausada mas igualmente marcante, as suas engavetadas perseguições de tanto tempo atrás...

Pacientemente (nunca uma palavra teve uma abrangência, uma conotação tão marcante, tão evidente...) até porque todos somos pacientes de uma enfermidade similar, os quatrocentos "psiquiatras moldados pela vida", vão arranjando soluções para a nostalgia que nos invade, trazendo-nos à evocação ora textos extraordinários de conteúdo onde a riqueza humana marca presença contínua, ora fotografias capazes de nos "transportar" numa viagem galopante que atravessa décadas de vicissitudes e agradáveis momentos, para aquela fase de juventude de dádiva total, de espírito solidário que todos tínhamos em doses suficientemente grandes para nos irmanar nas provações.

Às vezes um simples sorriso de uma bajuda, é o tónico balsâmico achado como fio condutor para nos retirar do doentio silêncio, e catapultar-nos para uma resposta ao sorriso, mesmo que o nosso não passe de um mero esboço, um vago esgar...
Se não foras tu, como poderíamos comungar da alegria de saber que a solidariedade continua a ser o leit motiv de tantos de nós?

Não posso alongar-me porque este espaço vai ser necessariamente partilhado por todos e consequentemente pequeno para dar voz a quatrocentos veteranos.
O meu emocionado e eterno obrigado, por me facultares a entrada nesta família (à moda antiga...) que no fundo, creio bem, que todos sentimos.

Passa pois um aniversário prenhe de saúde e alegria, no seio dos que te são mais próximos, mas consciente de que no fundo também somos "família", e que foste o grande obreiro para a sua existência.
Abraço
Manuel Maia

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Manuel Marinho

Camarada e Amigo Luís.
Não sei o que sentirás hoje ao olhar para a criação do teu BLOGUE que foi – é - o melhor bálsamo para as dores de alma dos ex-combatentes da Guiné.
Creio que deves ter um enorme orgulho, porque o mereces, pois fizeste mais pelos ex-combatentes do que imaginas!
De mim um muito obrigado!
Fizeste com que os silêncios fossem quebrados, os traumas aliviados, os sofrimentos atenuados, as incompreensões entendidas, as injustiças repartidas, e os alegres reencontros de camaradas que não se viam há imenso tempo, com laços eternos de amizade, que foram vertidos em palavras para o teu (agora também nosso blogue), fazendo dessa tua ideia, a junção desta magnífica, e enorme família de ex combatentes da Guiné, tudo isto é OBRA!
Como se isto não bastasse, estás a coordenar a verdadeira história da Guerra Colonial da Guiné, que espero venha a ser escrita por um dos nossos camaradas da Tertúlia.
Bem-hajas, Comandante por teres reunido este “Batalhão”, por mim não passas à reserva tão cedo.
Neste dia muito especial para ti e tua família, aceita um grande abraço de parabéns, e longos anos de vida com muita saúde.
Manuel Marinho

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Manuel Moreira Vieira

Meu Caro Amigo e Camarada da Guiné, Luís Graça .
Afinal o que custou mais a passar foram os últimos 21 meses escritos no lençol branco aquando da vossa chegada ao XIME de Boa memória, mas passaram e já passaram mais vintes e muitos e cá estamos a reviver e contar as nossas histórias da nossa Guiné que nos marcou tanto na vida.
Um Grande Abraço do Manuel Moreira, ex-1.º Cabo Mecânico Auto da CART 1746 e votos de mais alguns anitos na companhia de quem mais amas

Manuel Moreira

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Mário Beja Santos

Para um circunspecto engenheiro de redes sociais,
No dia do aniversário do Luís Graça
Beja Santos

Saúdo-te nesta blogosfera onde nada pára e onde tudo se passa, porque não deixamos o vento em paz, tão animados andamos a fustigar o silêncio interior, abrindo-o nesta porta. Por ti fomos convocados e assentamos aqui, alegremente, a nossa morada. Agora e sempre.
Esta é a nossa terra ampla, para sempre inominável, acima dos nossos pensamentos, por vezes brumosos, capitosos, magoados. Do excesso se caminha para o equilíbrio. E água da bolanha se torna vindima.
Saúdo a tua integridade, com nada te zangas, a todos reconcilias, mesmo em dia de tornado devido às nossas estações da alma.
Bendigo esta tua criação em que me revejo e me esqueço, bendigo o ajuntamento que tornaste possível, a fazer e a desfazer as coisas do mar encapelado que trazíamos no bojo da nossa guerra. Com esta obra tornaste-nos moços pastores que saímos da estação fria.
Obrigado por esta largada no regresso dos nossos veleiros ao Tejo, obrigado pelo rio que une, pelo teu braço fraterno que nos procura. Desejo que edites todos os dias, acima das nossas esperanças, tornando a nossa noite dia, as verdades loucas, o pequeno grande. É assim que eu agradeço por existires. Conta comigo. Conta connosco.
Mário Beja Santos

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Pessoa, Giselda e Miguel

Caro Luís
Juntamo-nos a todos aqueles que tiveram hoje a oportunidade de te felicitar pelo teu aniversário.

Gostariamos também de relembrar a importância do blogue - que em tão boa hora decidiste criar - junto do universo dos ex-combatentes da Guiné - a que, por simpatia, outros se têm juntado - e do efeito terapêutico que a sua leitura representa para tantos.

Que possa prosseguir por muito mais anos esta partilha de afectos e de memórias comuns, que tem contribuído para uma cada vez maior compreensão e aproximação entre nós.

Desejamos o melhor para ti e para a tua família, a qual certamente tem sentido a tua falta quando nos dedicas uma boa parte do teu tempo, mas que, pelo apoio que te tem proporcionado, te tem sem dúvida ajudado a sentires-te mais feliz.

Um abraço amigo
Giselda e Miguel Pessoa

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Rogério Cardoso

Camarada e ex-combatente Luís Graça
Embora não tendo o prazer de te conhecer pessoalmente, primeiro que tudo os desejos que o 29 de Janeiro, seja um dia repleto de boa disposição com aqueles que te são mais queridos, pela passagem do 63.º Aniversário.
Também a minha admiração pessoal pelo trabalho fantástico que tem surgido no Blogue que fundaste, esta admiração é ampliada aos outros camaradas fundadores.
Gente assim é que faz falta a este Portugal tão doente, para que possa ir em frente com êxito, vai assim o meu enorme LOUVOR com um grande abração deste ainda "maçarico"
Rogério Cardoso

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Rui Alexandrino Ferreira

Meu caro Luis
Apesar de não ter sido feito pensando em ti parece que o foi.
Na simplicidade e na modéstia deste pequeno poema toda a minha consideração, toda a minha amizade e o imenso orgulho em poder privar contigo. Os meus mais sinceros parabéns pelo muito que nos deste


A Vida

Tem a humanidade numa preocupante
Visão que condiz com a realidade
Não ser a vida mais que um instante
Perdido na imensidão da etertnidade

Ver que foi tão curta a caminhada
Que se perdeu o vigor da mocidade
E que a velhice se fez chegada
Sem sentir que passou pla meia idade

Se quem à vida algum sentido deu
E do muito que fez algo de si ficou
Não se deve questionar porque nasceu

Nem lamentar o caminho que percorreu
Mas quem ao mundo pouco ou nada legou
Ainda que breve foi tempo vão que se perdeu.

Um grande abraço
Rui Alexandrino Ferreira

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Rui Esteves

Caro Luís,
Muita saúde e uma vida feliz.

Parabéns pelo teu aniversário.

Grande abraço do
Rui Esteves

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Rui Santos

Conheço-vos através deste rectangulo que está aqui á minha frente, mas foi graças ao trabalho e pesquisa do LUIS GRAÇA que me foi dada oportunidade de contactar com muita gente (que ainda não conheço pessoalmente e que viveu, como todos nós, momentos de infortúnio, alegrias, felicidade, desespero e de muita coragem.
Foram precisamente estes sentimentos que continuaram na mente do LUIS GRAÇA, e agora, pelo seu aniversário, desejamos que no futuro, que seja longo, ele continue a usufruir de todos esses sentimentos, porque deles é feita a vida e é pela vida que o desejo!
PARABENS PELA IDADE E PELA FELICIDADE DE TER LANÇADO ESTA "PÁGINA"
Grande abraço de
Rui Santos

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Rui Silva

Luís
Lugar comum: Recebe num grande abraço os meus parabéns e o desejo enorme de que sejas muito feliz.

Lugar meu (pessoal):
Vou-te contar uma história:
Um dia, a navegar na net descobri um Blogue que falava da Guerra Colonial. Autor: Luís Graça. Por se tratar da Guerra Colonial, aonde eu andei metido, interessei-me logo por ele. Em boa hora o fiz. Descobri que era um excelente trabalho e que o seu autor era um homem de forte personalidade de grande carácter e de verticalidade inabalável. Luís: tu deste alegria a estes sessentões. Fizeste-os desabafar. Libertaste-os. Aproximaste-os. Fizeste criar grandes amizades e enfortaleceste a camaradagem que vinha sendo diluída pelos tempos. Através do teu Blogue conheci pessoas. Voltei a falar com alguns camaradas. Contraí novas amizades. Troco mails com eles, almoço com eles. De facto tenho mais e melhores amigos.
Obrigado Luís. BEM HAJAS!. Continua. Faz-me esse grande favor.
Rui Silva

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Sousa de Castro

Luís Graça 63
Pelo presente endereço os meus sinceros parabéns pelas 63 primaveras, ao sociólogo do trabalho e da saúde, ao professor, ao mentor pelo magnífico trabalho que vem desenvolvendo no blogue “Luís Graça & camaradas da Guiné” ao longo de cinco/seis anos.
Tem sido um trabalho notável, árduo… sabendo até destrinçar as mais variadas situações, que têm aparecido, com rigor e isenção.
É o responsável pelo despertar de muitos ex-combatentes, fazendo com que desenterrassem dos baús histórias fabulosas, há muito esquecidas por estes.
PARABÉNS!
Sousa e Castro

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Tabanca da Linha

Os nove gloriosos fundadores da recentíssima Tabanca da Linha, reunidos em Assembleia Geral no passado dia 14 de Janeiro, em lugar secreto nas bandas altas da Parede, votaram por unanimidade e aclamação endereçar ao comandante Luís Graça um grande abraço de parabéns pelos seus sessenta e três anos.
O Luís é o nosso general, presidente, almirante e rei, tudo cinco estrelas sobre o coração.

Parabéns, Luís, que continues a comandar os NT (Nobres Tabanqueiros) durante pelo menos mais trinta espectaculares anos.

Assinam, pela Tabanca da Linha, a Magnífica,
Rosales, Fernando Marques, Mário Fitas, Zé Carioca, Manuel Domingos,
Zé Caetano, Zé Dinis, Rogério Cardoso e Graça de Abreu

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Torcato Mendonça

Agradecer-te, dizer obrigado é pouco, muito pouco, face ao enorme trabalho que desenvolveste em prol dos ex-combatentes da Guiné e seus familiares e, também, pelos guineenses ex-combatentes ou não. Relevaste a memória colectiva de dois povos, antes desavindos e hoje irmanados na luta pela democracia. Esta constrói-se, fortalece-se em cada dia que passa. Para isso essa memória deve ser passada para o futuro, em verdade e demonstrando que os homens só alcançam a dignidade se pugnarem pela igualdade, fraternidade e justiça social.
Sinto orgulho de pertencer a esta "tertúlia de afectos", a este grupo de homens e mulheres que congregaste em torno de uma ideia e a prática desse teu ideal está a passar com naturalidade.
Disse-te, em passado recente, que esta Tertúlia era como uma bola de neve rolando livremente encosta abaixo... tu és o culpado disso meu caro Luís Graça... já nada ficará como dantes tantos são os testemunhos, os relatos feitos por quem os viveu... obrigado querido camarada e amigo e, este dia 29 de Janeiro do ano 10 do 2.º milénio, se há-de repetir por muitos e bons anos e tu, junto de familiares, amigos e gentes que te são queridos vais viver e contemplar a evolução de tua ideia, transformada em obra contributiva para a paz entre os homens.
Parabéns Amigo.
Tudo de bom para ti e para quem amas. Longa vida com saúde, paz, amor e felicidade.
Parabéns Luís Graça.
Um abraço forte e fraterno do,
Torcato José

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Vasco da Gama

Parabéns Camarada Comandante Luís Graça
Poderia neste dia de contentamento dos teus sessenta e três aninhos (apanhaste-me, mas eu sprintarei e em breve te volto a ultrapassar), adjectivar a tua pessoa com um somatório de encómios, aliás mais do que merecedores, mas para além dos parabéns ao Luís Graça, quero hoje dar também e sobretudo os parabéns à obra do Luís Graça.
Julgo que os teus inúmeros afazeres ainda te não permitiram parar um pouco para pensar na importância da obra que foste capaz de criar, bem acolitado, é certo, deixando para a posteridade um “lugar”que perdurará não direi “ad eternum”, mas que viverá no éter para além do desaparecimento do último combatente da Guiné.
A riqueza do Blogue Luís Graça e Camaradas da Guiné, extravasou em muito e há muito a família dos combatentes da Guiné e é hoje um espaço lido, procurado e consultado para além dos amantes da Guiné pela “intelectualidade”que dele se serve, como é público, para teses de mestrado e de doutoramento.
Conseguiste no seio do teu/meu/nosso blogue irmanar pessoas que pensando diferente se abraçam fraternalmente quando toca a reunir, pois o Luís Graça e Camaradas da Guiné é o denominador comum de todos nós
Quero agradecer-te o bem que o blogue me fez, quero agradecer-te todo o teu trabalho em prol dos camaradas da Guiné, quero agradecer-te a forma equilibrada como vais gerindo atritos e dizer-te o quão me sinto honrado pela tua amizade.
Obrigado Luís.
Parabéns Luís
Vasco A. R. da Gama

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Victor Condeço

Meu caro Luís Graça,
Em Novembro de 2006, na primeira vez que a ti me dirigi e na introdução ao que viria a ser a minha primeira participação no blogue, no tema “O Cruzeiro das nossas vidas”, (P1301), expressei-te o meu pensamento quanto ao valor da obra por ti criada e formulei desejos que felizmente se cumpriram.
Hoje, dia do teu aniversário, renovo tudo quanto então disse e felicito-te pelo enorme crescimento que a tua obra teve, que passes este dia em alegria, na companhia dos que te são queridos.
Parabéns camarada, com um abraço de amizade, apreço e admiração.
Victor Condeço

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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 29 de Janeiro de 2010 > Guiné 63/74 - P5723: Parabéns a você (70): Luís Graça, ex-Fur Mil da CCAÇ 2590/CCAÇ 12 (Mensagens da Tertúlia II)