domingo, 11 de julho de 2010

Guiné 63/74 - P6714: Tabanca Grande (229): Artur José Miranda Ferreira (ex-1º Cabo Enfº da CCAÇ 6 – Bedanda -, 1968/70

1. Mais um Camarada se apresenta nesta Tabanca Grande, o Artur José Miranda Ferreira (ex-1º Cabo Enfº da CCAÇ 6 – Bedanda -, 1968/70, que nesta sua primeira mensagem nos enviou uma reportagem fotográfica do seu álbum de memórias:

1 - Bedanda > 1970 > Pessoal da companhia com o célebre “Duo Ouro Negro


2 - Bedanda > 1969 > Eu, em frente ao posto de comando

3 - Bedanda > 1970 > Eu, em cima de um bagabaga


4 - Bedanda > 1969


5 - Bedanda > 1970


6 - Bedanda > 1970 > Eu e 2 camaradas a tirar água do poço na tabanca


7 - Bedanda > 1969> Eu, na tabanca a pilar arroz


8 - Bedanda > 1969 > Eu, à saída do abrigo


9 - Bedanda > 1969> Eu, junto do morteiro de 60 mm

10 - Bedanda > 1970 > Eu, numa chegada do mato

11 - Bedanda > 1969 > Eu no dia em que fui ferido numa perna


12 - Bedanda > 1970 > Eu numa saída para o mato


13 - Bissau > 1969


14 - Bissau > 1969
2. O Artur José Miranda Ferreira da CCAÇ 6, não está sozinho nesta nossa tertúlia, pois já se encontram 5 elementos, entre nós, na Tabanca Grande, da sua Companhia:
O Vasco Santos, ex-1.º Cabo Op Cripto, o nosso Camarada Mário Silva Bravo (ex-Alf Mil Médico), o Carlos Azevedo (ex-1.º Cabo At inf), o Hugo Moura Ferreira (ex-Alf Mil At Inf) e o Carlos Ayala Botto (hoje Cor Cav, na situação de reforma, que foi Comandante desta magnífica Companhia).

3. Amigo e Camarada Artur José Miranda Ferreira, em nome do Luís Graça, Carlos Vinhal, Virgínio Briote e demais tertulianos deste blogue, quero dizer-te que é sempre com alegria que recebemos notícias de mais um Camarada-de-armas, especialmente, se o mesmo andou fardado por terras da Guiné, entre 1962 e 1974, tenha ele estado no malfadado “ar condicionado” de Bissau, ou no mais recôndito e “confortável” bura… ko de uma bolanha.

Tal como o Luís Graça já referiu inúmeras vezes, em anteriores textos colocados em postes no blogue, todos aqueles que constituíram a geração dos “guerreiros” do Império, temos alguma coisa a contar para memória futura e colectiva, deste período sangrento da História de Portugal, que foi a Guerra do Ultramar.

Foram 12 anos de manutenção de um legado histórico (cerca de 500 anos de permanência), à custa de muito sacrifício, privação de toda a ordem, dor, sangue, sofrimento, morte…

Como se não tivesse bastado, continuamos a sofrer, pelo menos psicologicamente, nos últimos 36 anos com o modo como os políticos portugueses nos tratam. Nós que, nos nossos 21/22/23 anos, demos o nosso melhor, como podíamos e sabíamos, muitas vezes mal treinados e armados, sabe Deus como alimentados e enfiados em autênticos buracos, feitos no lodo, embebidos em pó, lama, suor, etc., completamente hostis e perigosíssimos, sob vários aspectos, onde, além dos combates com o IN, enfrentávamos as traiçoeiras minas e armadilhas, as doenças a apoquentar-nos (paludismos, disenterias, micoses, etc.) e as nossas naturais angústias e temores, próprios das nossas tenras idades.

Nós até nem pedimos muito além de respeito e dignidade, que todos nós merecemos pelo que demos a esta Pátria, queríamos, e continuamos a querer, no mínimo, que os nossos doentes, física e psicologicamente, sejam tratados condigna e adequadamente, e o tratamento e acompanhamento dos mais carenciados e abandonados pela “sorte” da vida.

Oferecendo-te então as nossas melhores boas-vindas, ficamos a aguardar que nos contes episódios da tua estadia na Guiné, que ainda recordes (dos locais, das pessoas, seus hábitos e costumes, dos combates, dos convívios, etc.) e, se tiveres mais fotografias daquele tempo, que nos as envies, para as publicarmos aqui.

Recebe pois, para já, o nosso virtual abraço colectivo de boas vindas.

Emblema de colecção: © Carlos Coutinho (2010). Direitos reservados.

Fotos: © Artur Ferreira (2010). Direitos reservados.
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Notas de M.R.:

Vd. último poste desta série em:

10 de Julho de 2010 > Guiné 63/74 - P6709: Tabanca Grande (228): António Branco, ex-1.º Cabo Reab Mat da CCAÇ 16, Bachile, 1972/74

Guiné 63/74 - P6713: Memória dos lugares (91): Tabatô, tabanca antiga de Djacancas, berço de didjius, terra de Kimi Djabaté (Pepito)



Guiné > Zona Leste > Região de Bafatá > Carta de Bafatá 1/50000. Detalhe: localização de Tabatô (rectângulo a azul), no canto superior direito. No canto inferior esquerdo, temos (também assinalada a azul) a localidade de Comuda, no ponto em que a estrada que vem de Bafatá se divide em duas: uma que segue para norte, para a fronteira com o Senegal, via Contuboel; e outra que se dirige para o leste, via Nova Lamego (Gabu).

Imagem: Luís Graça (2010).




Guiné-Bissau > Região de Bafatá > Tabatô > Músicos do clã de Kimi Djabaté.


Foto (editada por L.G): © João Graça (2009). Direitos reservados.


1. Resposta do Pepito (AD, Bissau) a um pedido meu, de esclarecimento, sobre a localização e a história de Tabatô:

Luís

Tabató é uma tabanca muito antiga e sempre foi conhecida por ser uma povoação de djidius, isto é cantores, mas cantores que andam de tabanca em tabanca contando a história passada, os feitos individuais e colectivos marcantes e, desta forma, asseguram às novas gerações o conhecimento do passado.

Não me recordo o nome deles na Europa, mas andará à volta de jograis ou trovadores.

Alguns são contratados para enaltecerem as qualidades reais ou fictícias de certas pessoas.

É natural que não conheças esta tabanca, uma vez que se situa depois do cruzamento para Contuboel (de quem sai de Bafatá para Gabú), e a cerca de 5 Km da tabanca principal.

É uma tabanca de Djacancas, etnia aparentada aos Mandingas.

abraço
pepito

2. Comentário de L.G., com data de 9 do corrente, ao poste de  8 de Julho de 2010 > Guiné 63/74 - P6695: Memória dos lugares (82): Bafatá, Tabatô, Tabaski 2009:Não há preto nem branco, somos todos irmãos, disse a Fátima de Portugal numa cadeia de união... (Catarina Meireles)


Devo dizer, com toda a sinceridade, que nunca ouvi falar da Tabatô, durante a guerra colonial. Nem nunca fui para os lados do Gabu.

Foi o meu filho que me contou a sua experiência ímpar. Passou lá uma noite a curtir a música afromandinga e a tocar também world music para os seus novos amigos...

Tabatô, a aldeia de Kimi Djabaté, é agora a tabanca mais famosa da Guiné-Bissau. É já um lugar mítico, nomeadamente para a malta nova, que não vai em "turismo de saudade", à procura de lugares e restos do passado, vai à descoberta do futuro, desse continente do futuro, que é a África... E quer ajudar a construir também esse futuro...

Não sei se Tabatô existia no tempo da guerra colonial... Já pedi ao meu amigo Pepito para saber da história da aldeia...

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Nota de L.G.:

Vd. poste anterior desta série > 10 de Julho de 2010 > Guiné 63/74 - P6706: Memória dos lugares (83): Mais postais ilustrados (Parte I): Nova Lamego (ou Gabu) (Agostinho Gaspar)

Guiné 63/74 – P6712: Histórias do Jero (José Eduardo Oliveira) (33): Na Guerra e na Paz… Até ao Fim…




1. O nosso Camarada José Eduardo Reis de Oliveira (JERO), foi Fur Mil Enfº da CCAÇ 675 (Binta, 1964/66) e enviou-nos a seguinte mensagem, com data de 8 de Julho de 2010:
Camaradas,
Acreditem ou não o grande responsável por esta minha longa ausência do blogue, do "nosso" Luis Graça e Camaradas da Guiné... é o Magalhães Ribeiro.
Passo a explicar. Estou há 11 meses como blogger... sendo ele, meu amigo e irmão, o grande responsável por este vício que me meteu no corpo em Agosto de 2009 a quando das suas férias na Nazaré.
Já atingi as 270 postagens e já tenho "fregueses" que na rua me interrogam quando passo uns dias sem novas postagens... Estou feito...
Quando puderem espreitem em: http://jeroalcoa.blogspot.com/
Assim o tempo é cada vez é menos. Vamos lá ver se consigo recuperar nas férias...
Segue um texto que se algum mérito tem é ser real e ter acontecido há dois dias, para os lados de Vila Nova de Famalicão...
Quando lerem o texto perceberão porquê...


NA GUERRA E NA PAZ… ATÉ AO FIM…
Álvaro e Francisco foram em vida irmãos.
Ambos já faleceram e estão sepultados na terra da sua naturalidade. Faleceram em tempos diferentes e, por motivos diferentes, também muito longe de Vila Nova de Famalicão.
O Álvaro em Binta, no norte da Guiné e o Francisco no Hospital de Cochin, em França.
Estão sepultados no Cemitério da Antas S. Tiago, numa nas entradas de Famalicão.

O Álvaro morreu na Guerra do Ultramar.
Morto em combate em 28 de Dezembro de 1964 na “quadrícula” da sua Companhia na região de Caurbá, a poucos Kms do aquartelamento de Binta, Norte da Guiné.
Nessa altura eu estava por perto pois pertencíamos à mesma “família”. A Companhia de Caçadores 675, então no mato desde Julho de 1964.Ele regressou à sua terra natal para ser sepultado nos primeiros dias de Dezembro de 1965.
Passaram desde essa data fatídica cerca de quarentas e cinco anos.
Na minha memória, e ao longo de toda uma vida, o Álvaro continuou – continua – a ser o meu “irmão” dilecto dos tempos da guerra.
O seu irmão Francisco, que conheci fugazmente muitos anos depois da morte do Álvaro, num encontro casual no Hotel D. Carlos, em Lisboa, faleceu agora, com 69 anos, em 1 de Julho corrente no Hospital de Cochin, em Paris.
Estive presente no seu funeral , na terra da sua naturalidade, em 8 de Julho de 2010.

Estive no seu funeral por diversas ordens de razões. Em preito à sua memória, em homenagem à família Vilhena Mesquita e em nome da minha C.Caç. 675, onde militou o seu e meu “irmão” Álvaro.
Eu e o ex-Alferes Belmiro Tavares, honrando a divisa da “675” «Nunca Cederá», estivemos presentes. Primeiro na guerra. Depois na vida e, sempre que possível, na hora da morte. Porque o sentimento fraterno que nos uniu na Guiné nos continua a unir e… nunca cederá.
Antes e depois das cerimónias religiosas do funeral de Francisco Manuel Vilhena Mesquita senti-me na obrigação de dizer a alguns dos seus familiares porque estava naquele dia em Vila Nova de Famalicão.
Disse-lhes que, com o devido respeito, estava ali “em nome” do Álvaro.
Na Igreja Matriz (Velha) de Famalicão soube pela Maria Teresa Vilhena Mesquita que tinha sido exactamente naquele local que tinha estado a urna do meu “irmão” Álvaro quando veio da Guiné. Em princípios de Janeiro de 1965.
Quarenta e cinco anos depois sentia-me “presente” no funeral do meu eterno amigo Álvaro Manuel, o primeiro do ramo desta família dos Vilhena Mesquita que a morte levou. Na flor da vida… com 22 anos de idade.
Quando em Maio de 1966 terminámos a comissão na Guiné o ex-Alferes Tavares e o ex-Furriel Oliveira tínhamos vindo a Famalicão para visitar a campa do Álvaro e conhecer os seus pais e irmãos.
Na tarde de 8 de Julho de 2010, durante o funeral do Francisco, olhei vezes sem conta a campa do Álvaro, situada a uns curtos 40 metros do jazigo da Família Mesquita.

O Álvaro e o Francisco continuam na morte próximos...
Sei que o Francisco me vai perdoar por nessa tarde de Julho ter estado tanto tempo com o Álvaro.
Até um dia Amigos.
Um grande abraço de Alcobaça
JERO
Fur Mil Enf da CCAÇ 675
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Nota de M.R.:
Vd. último poste desta série em:

14 de Maio de 2010 >
Guiné 63/74 – P6386: Histórias do Jero (José Eduardo Oliveira) (32): Loureiro, Oliveira e passados…

sábado, 10 de julho de 2010

Guiné 63/74 - P6711: Ser solidário (79): Campanha para abrir 10 poços de água e construir 10 fontanários na Guiné-Bissau. Segundo poço em Medjo (José Teixeira)

1. Mensagem do nosso camarada José Teixeira, com data de 4 de Julho de 2010:

Caríssimos amigos.
Peço desculpa por estar a ser tão chato, mas... a causa é linda.

Vamos arrancar com a campanha de angariação de fundos para a abertura do segundo poço na mata do Cantanhêz.

A AD propôs que fosse em Medjo. Melhor que qualquer de nós, o Pepito sabe onde a necessidade é maior.

Vamos seguir em frente.

Peço o favor de passarem no blogue a informação que segue.

Abraço fraterno do
José Teixeira


Medjo

Campanha para abrir dez poços de água e construir 10 fontanários em tabancas no interior da Guiné – Bissau

Como tem sido dado conhecimento através deste blogue, a Tabanca Pequena – Grupo de amigos da Guiné-Bissau, tem vindo a desenvolver com a ajuda preciosa de alguns dos combatentes, um projecto que visa dotar 10 tabancas do interior da Guiné com água potável através da abertura de poços e a montagem de fontanários.

A construção do primeiro poço está em marcha em AMINDARA na Mata do Cantanhez.
É altura de pensarmos no poço seguinte.

Mais uma vez contamos com a ajuda da AD - Acção para o Desenvolvimento, que foi ao terreno e localizou outra tabanca que precisa de água potável, pois tem de a ir buscar a um lugar afastado e cuja qualidade em termos de saúde humana é duvidosa.

MEDJO ou Mejo, perto de Guiledge, uma tabanca que o General Spínola mandou evacuar em Meados de 1968, foi a tabanca escolhida.

Sei que há camaradas que estacionaram em Medjo. Outros passaram por lá em patrulhamentos. Eu ainda ouvi algumas vezes, quando estava em Mampatá, segundo me diziam os nativos, os rebentamentos nos ataques à povoação.

Agora vamos pensar seriamente em criar condições à população que ali vive para que a curto prazo tenha água potável, através do fontanário que ali vamos montar com a vossa ajuda.
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Nota de CV:

(*) Vd. poste de 9 de Julho de 2010 > Guiné 63/74 - P6702: Ser solidário (78): Campanha para abrir 10 poços de água e construir 10 fontanários na Guiné-Bissau. Primeira fase, Amindara (José Teixeira)

Guiné 63/74 - P6710: In Memoriam (48): Adelino da Silva Sineiro da CCAÇ 798, Gadamael Porto, 1965/67 (Vasco Santos)


1. O nosso Camarada Vasco Santos, ex-1º Cabo Op Cripto da CCAÇ 6, Bedanda - 1972/73 -, enviou-nos uma mensagem triste e fúnebre, em data de 11 de Julho de 2010, que passamos publicar:

Camaradas,

Embora não fazendo parte da Tabanca Grande, gostaria que publicassem a foto, em anexo, de um Camarada nosso que faleceu no passado dia 2.


Este meu pedido deve-se ao facto de este nosso Camarada ter sido meu amigo pessoal, ter cumprido, tal como nós, o seu Serviço Militar Obrigatório na Guiné, nos anos de 1965/1967 e, além disso, era o porta-estandarte da nossa Associação regional de ex-Combatentes da cidade de Vila do Conde.

Os dados que dele consegui reunir são:

Nome: Adelino da Silva Sineiro
Inicio da comissão: 27 de Abril de 1965
Fim da comissão: 8 de Fevereiro de 1967
Integrou a: CCAÇ 798
Localidade: Gadamael Porto

Que descanse em paz e aproveito para apresentar as sentidas condolências aos seus entes queridos.
Os meus agradecimentos.

Um abraço,
Vasco Santos
1º Cabo Op Cripto da CCAÇ 6

Emblema da colecção pessoal: © Carlos Coutinho (2010). Direitos reservados.
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Notas de M.R.:

Guiné 63/74 - P6709: Tabanca Grande (228): António Branco, ex-1.º Cabo Reab Mat da CCAÇ 16, Bachile, 1972/74

1. Mensagem de António Branco*, ex-1.º Cabo Reab Mat da CCAÇ 16, Bachile, 1972/74, com data de 7 de Julho de 2010:

Estimados editores
A vossa permissão para entrar nesta enorme e solidária tabanca

Sou o ex-1.º Cabo Reabastecimento de Material e fiz a minha recruta em Lisboa no antigo RAL1, depois fui fazer a especialidade no Entroncamento na CDMM de onde segui para Sacavém para a EPSM e de seguida mobilizado para a Guiné onde iniciei a minha comissão de serviço em rendição individual no período compreendido entre 5 de Junho de 1972 e 16 de Março de 1974 e foram meus comandantes de companhia o capitão José Mendes Fernandes Martins e o capitão Abílio Dias Afonso

Durante este tempo fui responsável pela arrecadação de armamento e fardamento da CCAÇ 16, sob a orientação do ex-2.º Sargento António Joaquim Guerreiro e fiz ainda uns part times no bar de sargentos e no bar de oficiais.

Agora, só mais umas notas pessoais: Sou natural de Lisboa onde nasci em 24-06-1950 e onde ainda resido.

Estou presentemente reformado após ter passado por um período de três anos desempregado e sem poder exercer a minha actividade na área do sector automóvel que iniciei com quatorze anos.

Na sequência da situação de desempregado, ocupei o tempo disponível melhorando o meu nível de escolaridade completando o ensino secundário e consequentemente entrei no mundo das novas tecnologias.

Foi assim que acedi ao blogue que faz já parte dos meus favoritos e que visito diariamente pois sou fã incondicional de tudo o que diz respeito à Guiné e muito particularmente ao Bachile e à CCAÇ 16.

E foi através desta enorme família residente na tabanca que decorridos 38 anos consegui encontrar lá longe na China o ex-Capitão José Martins, o ex-1.º Cabo Operador Cripto Miranda, o ex-Furriel Bernardino Parreira, o ex-Furriel José Romão e mais recentemente o ex-1.º Cabo Mecânico Auto João Pereira.

Espero enquanto é tempo e com a colaboração de todos vir a encontrar ainda mais camaradas para que possamos tantos anos depois, recordar uma experiência de vida extraordinária com um grupo de pessoas maravilhosas e numa terra que me marcou imenso e que adorei muito em particular o seu povo.

Não me alongo mais, prometendo que pontualmente irei recorrer à minha memória de forma a partilhar com os camaradas a minha experiência no Chão Manjaco de forma a contribuir para tornar o nosso blogue ainda mais rico.

A todos os camaradas, um forte abraço
A. Branco


2. Comentário de CV:

Caro António Branco
Ainda bem que decidiste fazer parte da tertúlia do Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. O Luís tomou em ombros a feitura e manutenção deste blogue, mas para isso precisa da colaboração de todos nós, ex-combatentes e amigos da Guiné, que em conjunto farão história, estamos certos.

Queremos que nos mandes as tuas fotos, devidamente legendadas, e as tuas histórias para que as possamos publicar.

Fazer parte de uma Unidade de guineenses foi de certeza uma experiência riquíssima para ti. O teu contacto próximo com os naturais, e o facto de seres de rendição individual, deram-te uma visão diferente da dos militares que fizeram a sua comissão integrados nas suas Unidades formadas na Metrópole.
São essas impressões que queremos nos transmitas.

Recebe o tradicional abraço de boas-vindas que te mando em nome da tertúlia.
CV
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Notas de CV:

(*) Vd. poste de 6 de Julho de 2010 > Guiné 63/74 - P6680: O Nosso Livro de Visitas (92): A. Branco, CCAÇ 16, Bachile, chão manjaco, 1971

Vd. último poste da série de 8 de Julho de 2010 > Guiné 63/74 - P6696: Tabanca Grande (227): José Ferreira da Silva, ex-Fur Mil Op Esp da CART 1689/BART 1913 (Guiné, 1967/69)

Guiné 63/74 – P6708: Estórias avulsas (38): A minha viagem à Guiné-Bissau 3 (José Casimiro Carvalho, Fur Mil Op Esp/RANGER da CCAV 8350)

1. O nosso Camarada José Casimiro Carvalho (ex-Fur Mil Op Esp/RANGER da CCAV 8350 - 1972/74 -, e dos Lacraus de Paunca (CCAÇ 11) - Gadamael, Guileje, Nhacra, Paúnca, enviou-nos mais uma mensagem narrando-nos mais algumas memórias e aspectos da sua inesquecível viagem à Guiné-Bissau:
Camaradas,
Para aqueles que ainda não puderam, ou não quiseram, ir à Guiné anexo algumas fotos, que obtive na minha primeira viagem àquela terra 36 anos depois de lá ter saído, de emblemas e guiões militares que sobrevivem ainda hoje das Unidades portuguesas, que por lá povoaram e combateram o PAIGC entre 1962 e 1974.
Desenhados e construídos por malta engenhosa e habilidosa, com muita queda para as artes, uma boa parte deles continua incólume, apesar dos anos passados mostrando apenas alguns efeitos do natural abandono a que foram votados.
Uns tantos identificam-se de imediato porque as inscrições são inconfundíveis.
Os não identificados constituem um desafio que aqui deixo registado, às memórias de quem com eles privou de perto.
Identifiquem-nos, ok!

Memorial da CART 2338 Memorial da CART 1742
Memorial da CCAÇ 1588
Memorial ao soldado português da CCAÇ 1588
Memorial com os emblemas da CAÇ 1418 (em cima) e (?) à direita Emblema da CAÇ 1418
Emblema de (?)Emblema da CCAÇ 2724
Memorial aos mortos da CCAÇ 1623 (?)
Memorial da CCAÇ 1623
Memorial da CART 2413
Memorial da CCAÇ 1682
Exterior de um expaldão do PEL MORT 2006
Interior de um espaldão do PEL MORT 2006
Memorial do PEL MORT 2006
Emblema do PEL MORT 2006
Memorial ao PEL MORT 3032
Um abraço,
José Carvalho
Fur Mil Op Esp/RANGER da CCAV 8350 e CCAÇ 11
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Nota de M.R.:

Vd. último poste desta série em:

25 de Maio de 2010 > Guiné 63/74 – P6467: Estórias avulsas (88): A minha viagem à Guiné-Bissau 2 (José Casimiro Carvalho, Fur Mil Op Esp/RANGER da CCAV 8350)