sábado, 28 de abril de 2012

Guiné 63/74 - P9820: O Nosso Livro de Visitas (134): Rogé Henriques Guerreiro, que vive em Cascais, ex-1º cabo cripto, CCAÇ 4743 (Gadamael e Tite, 1972/74)






VII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Monte Real > Palace Hotel > 21 de Abril de 2012> O Jorge Rosales, régulo da Tabanca da Linha, e a Giselda Pessoa.

Foto: © Manuel Resende (2012) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados




1. Telefonou-me ontem o Rogé Henriques Guerreiro, que vive em  Cascais, manifestando o seu desejo de entrar na Tabanca Grande. Conhece o Fernando Santos (ex-militar da Marinha, segundo percebi, que terá passado também pelo TO da Guiné) e o Rogério Cardoso, os quais têm insitido com ele para entrar para o blogue. Ainda não se sente muito à vontade com o computador e a Internet. A mulher tem ido à nossa página no Facebook. Disse-me que ela tinha enviado o pedido para lá...


Mas vamos por partes: o Rogé é algarvio de Albufeira, mas vive há mais de meio século em Cascais. Foi 1º cabo cripto da açoriana CCAÇ 4743 (Gadamael e Tite, 1972/74). Ele esteve lá, na batalha de Gadamael. "Felizmente está vivo", mas  como cripto  passou mensagens com "mais de vinte nomes" de camaradas mortos, ou com pedidos a Bissau de caixões. Ele estava lá em maio/junho de 1973. Conheceu o inferno de Gadamael, os ataques, a vida nas valas, as deserções, etc. Esteve com os páras. Eram abastecidos por LDG. Tem histórias para contar. A companhia era conhecida por "meninos de Gadamael".  O essencial do pessoal era dos Açores, só os quadros e os especialistas é que eram metroplitanos. Por essa razão o pessoal não se tem reunido ou nunca reuniu.


Palavra puxa palavra, disse-me que tinha jogado à bola, não só em Cacine (faziam jogatanas entre os açorianos de Gadamael contra os madeirenses de Cacine, "parece que só mandavam madeirenses e açorianos lá para o sul"...) como em Cascais. É daqui, da bola, que conhece - embora sem qualquer intimidade - o nosso camarada Jorge Rosales. Falei-lhe da Tabanca da Linha, de que o Rosales é o régulo. Quem, de resto,  não conhece o grande Rosales,  em Cascais ? 


Bom, dei-lhe as dicas para ele entrar no blogue. Aguardo as fotos da praxe. A sua história fica já aqui meio alinhavada. Conta-me que estava inicialmente moblizado para a Angola. Um chico qualquer deu-lhe uma porrada, apanhou dez dias de detenção, o que mudou a sua vida: foi parar à Guiné... e a Gadamael. Também andou por lá perdido, indo a pé até Cacine (se eu bem percebi). Foram depois para Tite, na segunda parte da comissão. Falei-lhe do COP 5 e do Coutinho e Lima, que ele conhecia de nome. Já leu o livro dele. 


Disse-lhe que, infelizmente, temos ainda poucas referências à sua companhia, a CCAÇ 4743. Esperamos que ele contribua para colmatar essa lacuna. Sê bem vindo, Rogé, à nossa Tabanca Grande!
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Nota do editor:


Último poste da série > 24 de  abril de 2012 > Guiné 63/74 - P9799: O Nosso Livro de Visitas (133): Maximino Guimarães Alves, ex-Radiotelegrafista do STM (Bissau, 1972/74)



Guiné 63/74 - P9819: VII Encontro Nacional da Tabanca Grande (17): Um momento alto: o lançamento do livro do Idálio Reis (Parte II): Mais fotos da sessão de autógrafos


VII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Monte Real > Palace Hotel > 21 de Abril de 2012> Sessão de lançamento do livro do Idálio Reis, "A CCAÇ 2317 na Guerra da Guiné - Gandembel / Ponte Balana" > O escritor e os seus ajudantes: da esquerda para a direita, Joaquim Gomes, José Teixeira e Giselda Pessoa. A intervenção oral do Idálio Reis será oportunamente publicada no nosso blogue.





VII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Monte Real > Palace Hotel > 21 de Abril de 2012> Sessão de lançamento do livro do Idálio Reis, "A CCAÇ 2317 na Guerra da Guiné - Gandembel / Ponte Balana" > Primeira parte da sua alocução.


Vídeo (2' 32''): Alojado em You Tube > Nhabijoes


VII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Monte Real > Palace Hotel > 21 de Abril de 2012> Sessão de lançamento do livro do Idálio Reis, "A CCAÇ 2317 na Guerra da Guiné - Gandembel / Ponte Balana" > O Silvério Lobo (Matosinhos), tendo atrás de si, na fila para o autógrafo, a Alice Carneiro (Alfragide / Amadora), o Manuel Lema Santos (Massamá /Sintra) e o José Barros Rocha (Penafiel).


VII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Monte Real > Palace Hotel > 21 de Abril de 2012> Sessão de lançamento do livro do Idálio Reis, "A CCAÇ 2317 na Guerra da Guiné - Gandembel / Ponte Balana" > O Carlos Eduardo (Porto), filho do nosso co-editor Eduardo Magalhães Ribeiro que, por sinal, aparece de costas na imagem.




VII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Monte Real > Palace Hotel > 21 de Abril de 2012> Sessão de lançamento do livro do Idálio Reis, "A CCAÇ 2317 na Guerra da Guiné - Gandembel / Ponte Balana" > O Jorge Araújo (Almada) e, atrás dele, com um sorriso de orelha a orelha, o nosso Hélder Sousa, colaborador permanente do nosso blogue.


VII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Monte Real > Palace Hotel > 21 de Abril de 2012> Sessão de lançamento do livro do Idálio Reis, "A CCAÇ 2317 na Guerra da Guiné - Gandembel / Ponte Balana" > O nosso fadista, e alentejano de Lisboa, José Luís Vacas de Carvalho, presença habitual dos nossos encontros, desde 2006 (Ameira, Montemor-o-Novo, que aliás é a sua terra natal).



VII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Monte Real > Palace Hotel > 21 de Abril de 2012> Sessão de lançamento do livro do Idálio Reis, "A CCAÇ 2317 na Guerra da Guiné - Gandembel / Ponte Balana" > O avô Benjamim Durães, que trouxe com ele cinco dos seus netinhos...



VII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Monte Real > Palace Hotel > 21 de Abril de 2012> Sessão de lançamento do livro do Idálio Reis, "A CCAÇ 2317 na Guerra da Guiné - Gandembel / Ponte Balana" > O Ribeiro Agostinho (Leça da Palmeira / Matosinhos).





VII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Monte Real > Palace Hotel > 21 de Abril de 2012> Sessão de lançamento do livro do Idálio Reis, "A CCAÇ 2317 na Guerra da Guiné - Gandembel / Ponte Balana" > Isto é o que se chama "diretamente do produtor para o consumidor", sem intermediários parasitários, que fazem encarecer um livro n vezes mais... Temos de aprender com a experiência do Fernando Gouveia e do Idálio Reis em matéria de edição de autor... (Este livro, com cerca de 260 páginas, 30 fotografias,  e capa brochada, e tiragem de 500 exemplares, ficou por menos de 4 euros, se não me engano!!!).... Há livros, no mercado,  sobre a temática da guerra colonial caríssimos, inacessíveis à generalidade das nossas bolsas... A Tabanca Grande tem que começar a produzir os seus próprios livros, ou a apoiar a edição de autor. Aqui na foto, o Artur Soares (Figueira da Foz).



sexta-feira, 27 de abril de 2012

Guiné 63/74 - P9818: Ser solidário (125): Jardim Infantil de Ingoré - Flor de Arroz - inaugurado no passado dia 6 de Abril (José Teixeira)

1. Mensagem do nosso camarada José Teixeira (ex-1.º Cabo Enf.º da CCAÇ 2381, Buba, Quebo, Mampatá e Empada, 1968/70), com data de 25 de Abril de 2012:

Caros amigos editores do Blogue.
Acabo de receber do meu filho que como se sabe está na Guiné-Bissau em missão humanitária, a trabalhar no Hospital de Cumura a seguinte mensagem:

Acho que mais do que festejar, estou a viver o ideal de Abril na Guiné... 'a paz, o pão, habitação, saúde, educação'.
Beijinho num cravo 
Tiago

Na realidade o que nós - os combatentes de Portugal na Guiné - podemos deixar para os vindouros da Guiné-Bissau como a última recordação de Portugal e naturalmente a que ficará registada na sua memória colectiva será o esforço de ajuda ao seu desenvolvimento.

A Associação Tabanca Pequena-Grupo de Amigos da Guiné-Bissau continua a apostar no apoio ao desenvolvimento da Guiné-Bissau em diversas áreas.

O apoio à pré-infância é também uma das nossas metas, como forma de ajudar a construir um futuro mais risonho.

Pode ler-se no Sítio da AD-Acção para o Desenvolvimento:
A Tabanca Pequena-Grupo de Amigos da Guiné-Bissau, enviou recentemente para o Jardim Infantil Flor de Arroz
- 4 volumes com livros infantis.
- 6 volumes com brinquedos.
- 2 volumes com roupa de criança. nota.

Abraço fraterno
Zé Teixeira
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 27 de Abril de 2012 > Guiné 63/74 - P9815: Ser solidário (124): A venda do livro "Orando em Verso" no nosso VII Encontro (Joaquim Mexia Alves)

Guiné 63/74 - P9817: Tabanca Grande: oito anos a blogar (15): Mensagem do Cherno Baldé, num momento de dor mas também de esperança para o povo guineense

1. Mensagem do Cherno Baldé, enviada às 15h56 de hoje, a propósito do poste P9813:

Caro Luis Graça e Editores da TG,

Vi as imagens, senti o calor do abraço e quase que vivi a emoção da mensagem e do sentimento de solidariedade dos Camaradas para com a Guiné e aos Guineenses que neste momento vivem, com paciencia e sem perder a cabeça, um momento de dor mas também de esperança num futuro melhor.

Apesar da situação vigente no nosso país e, sem estarmos fisicamente presentes no convivio, foi com muita satisfação que acompanhamos a festa anual da nossa Tabanca em Monte Real.

Graças as imagens dos encontros vamos conhecendo alguns rostos das pessoas com as quais nos vamos cruzando com alguma frequencia nos debates e comentários do Blogue.

Deixo aqui os meus agradecimentos ao Idálio Reis, aos Editores da nossa Tabanca Grande, em especial ao Luis e Carlos Vinhal, pelo significado simbolico da oferta e por se terem lembrado de nós, neste importante encontro de fraternidade dos amigos da Guiné.

Termino, desejando saude e longa vida aos antigos combatentes, na certeza de que para o próximo encontro ainda seremos mais numerosos e mais solidários.

Um grande abraço, Cherno Baldé.

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Nota do editor:

Último poste da série > 27 de abril de 2012 > Guiné 63/74 - P9812: Tabanca Grande: oito anos a blogar (14): Mensagens dos nossos camaradas Juvenal Amado e Silva da CART 1689


Guiné 63/74 - P9816: Memória dos lugares (183): STM - Aldeia Formosa e Bissau (Álvaro Vasconcelos)

 


1. Mensagem do nosso camarada Álvaro Vasconcelos*, 1.º Cabo Transmissões do STM, Aldeia Formosa e Bissau, 1970/72, com data de 17 de Abril de 2012:

Amigo e Camarada Carlos Vinhal.
No "fundo do baú", encontrei o que de seguida descrevo com a devida permissão de aceitamento:



Esta fotografia de camaradas que compunham a equipa de futebol que tomou parte num torneio inter-companhias, no ano de formação do Agrupamento de Transmissões da Guiné, reporto-me a Novembro de 1971.

Que "ronco" hein!... Na foto estamos 14 elementos da Arma de Transmissões e a grande maioria era do STM: Centro Emissor, Centro Receptor e Centro de Escuta.
Eu sou último da direita. Alguns deles embarcaram comigo, em rendição individual, no "Carvalho Araújo" em Julho de 1970: por exemplo o Marques, um camarada de Braga que não encontro há muitos anos, é o primeiro da esquerda, dos que estamos de joelho em terra!
 

Nesta fotografia, de menor qualidade em termos de definição*, estou com o camarada Agostinho Barbosa, também Radiotelegrafista do STM, numa apresentação dos "utensílios" onde transportávamos o "rancho" que íamos buscar à cozinha da CCS em Aldeia Formosa.
Na travessa que eu portava, serviam-nos o "conduto", na "lata de chouriços", transportava-se a sopa: o Agostinho leva o "casqueiro" (o pão) na mão esquerda e o "Baco" (com a graça de Deus) na direita.

Era a refeição de almoço para a malta do Posto de Rádio do STM, composto por quatro elementos a saber:
N.º Mec 14449460 - Agostinho Barbosa;
N.º Mec 17056768 (a "velhice" - António M. Silva Monteiro;
N.º Mec 19949269 - Adriano Duarte Costa
e eu, o N.º Mec 08025769.


 E por último uma Guia de Entrega do nosso "pré", respeitante a Fevereiro de 1971 !...

Um abraço do tamanho da Tabanca Grande
Álvaro Vasconcelos
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Notas de CV:

(*) Vd. poste de 6 de Março de 2012 > Guiné 63/74 - P9568: O PIFAS, de saudosa memória (6): Recebia, via Marconi, a chave do Totobola e transmitia-a depois ao camarada João Paulo Diniz, do PFA (Álvaro Vasconcelos, Centro Recetor do Agrupamento de Transmissões de Bissau, jun 71/jul 72)

Vd. último poste da série de 19 de Abril de 2012 > Guiné 63/74 - P9772: Memória dos lugares (182): O Xime - Esclarecimentos (Sousa de Castro)

Guiné 63/74 - P9815: Ser solidário (124): A venda do livro "Orando em Verso" no nosso VII Encontro (Joaquim Mexia Alves)

1. Mensagem do nosso camarigo Joaquim Mexia Alves, autor do livro Orando em Verso*, com data de 23 de Abril de 2012:

Meus camarigos editores
Para os fins que acharem convenientes, reencaminho mail que hoje enviei ao pároco da Marinha Grande, Pe. Armindo Ferreira e ao Vigário paroquial da Marinha Grande, Pe. Pedro Viva.

Obrigado por tudo.
Um abraço amigo do
Joaquim Mexia Alves


2. Mensagem encaminhada

De: Joaquim Alves
Data: 23 de Abril de 2012
Assunto: "Orando em Verso"

Caros amigos Pe. Armindo e Pe. Pedro
No Sábado estive reunido com cerca de 180 combatentes da Guiné, (como eu sou também), num almoço que reuniu diversas idades e experiências da guerra.
Mais intensas umas, menos intensas outras, são no entanto memórias que nos estão marcadas indelevelmente, mas que nos levam a uma amizade e camaradagem, que ultrapassa a "normal" relação entre homens que se conhecem.
De diferentes pensares e de diferentes "politicas", isso não nos impede de termos uma união que é marcada pelas dificuldades que passámos e sobretudo pela entreajuda que sempre foi constante entre nós, porque afinal, colocávamos as nossas vidas nas mãos de quem estava ao nosso lado.

Vem esta conversa toda, com o fim de vos dar a conhecer o facto de que a solidariedade entre nós não é palavra vã, e por isso mesmo, no Sábado, mais de 40 camarigos, (como nos chamamos e que é a ligação da palavra camarada com amigo), compraram o livro "Orando em Verso", sobretudo tendo em vista o fim a que se destina a receita da venda do mesmo.

Por isso, junto de vós, dou testemunho da minha gratidão a estes meus camarigos, sabendo que a Paróquia da Marinha Grande também lhes fica muito grata.

Deste mail dou conhecimento aos editores do nosso blogue, Luís Graça & Camaradas da Guiné, para que saibam que o seu gesto foi devidamente apreciado e agradecido.


3. Para os interessados em adquirir o livro Oração em Verso

Valor do livro mais portes: 10,00€ + 1,26€ = 11,26€

O NIB da conta da Paróquia da Marinha Grande para onde deve fazer a transferência é o seguinte: 003504410000378623020

Se pretender fazer o pagamento de outra forma, por favor informe-nos qual.
Agradecemos que nos envie por esta via um comprovativo da transferência e de imediato faremos o envio do livro. Para tal precisamos do nome, morada e código postal, que agradecemos nos indique na sua resposta.
Agradecemos ainda que nos informe se deseja o livro autografado pelo autor.

Muito obrigado, mais uma vez. A paróquia da Marinha Grande e o autor do livro muito agradecem.

Esta encomenda no caso dos nossos camarigos pode ser feita para o meu mail habitual joquim.alves@gmail.com ou, preferentemente para o mail orandoemverso@gmail.com

Nos dois casos, sou eu sempre que respondo.

Grande abraço e obrigado do coração.
Joaquim
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Notas de CV:

(*) Vd. poste de 8 de Abril de 2012 > Guiné 63/74 - P9715: Agenda cultural (194): Lançamento do livro de Joaquim Mexia Alves, Orando em Verso, dia 14 de Abril de 2012, pelas 15 horas no Pavilhão do Museu Joaquim Correia, na Marinha Grande

Vd. último poste da série de 17 de Abril de 2012 > Guiné 63/74 - P9761: Ser solidário (123): Venda do livro "Orando em Verso" a favor da construção do Centro Pastoral da Marinha Grande (Joaquim Mexia Alves)

Guiné 63/74 - P9814: Notas de leitura (355): Manuel Pinto de Andrade, Amílcar Cabral e o PAIGC (Mário Beja Santos)

1. Mensagem de Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, Comandante do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70) com data de 19 de Março de 2012:

Queridos amigos,
O intuito é deixar registado tudo quanto se escreveu que se prende com os acontecimentos guineenses e a guerra em que participámos.
Mário Pinto de Andrade é uma das raras figuras de pensamento profundo ligado a uma obra teórica, podemos juntá-lo a Amílcar Cabral, Viriato da Cruz e Eduardo Mondlane, não vejo, contingência das minhas limitações, outros nomes que possam ser postos na primeira linha do pensamento e da ação anticolonial “A geração de Cabral” é um texto muito belo, uma elegia proferida escassas semanas depois do desaparecimento do fundador do PAIGC; o segundo texto é mais comedido e expende conceitos já amplamente difundidos sobre a originalidade do pensamento de Cabral. Valem como documentos históricos de 1973 e 1974.

Um abraço do
Mário


Mário Pinto de Andrade, Amílcar Cabral e o PAIGC

Beja Santos 

Graças à indefectível estima de António Duarte Silva, que está sempre disponível para abrir mão do seu baú de preciosidades, acabo de ler dois textos de Mário Pinto de Andrade em que evoca, no primeiro caso, a geração de Cabral, e, no outro caso uma comunicação sobre a natureza da guerra em curso na Guiné-Bissau. São documentos que hoje não trazem grandes novidades ao leitor, historiadores como o próprio António Duarte Silva, ou Julião Soares Sousa ou Leopoldo Amado referem-nos pela sua importância e significado. O primeiro está datado de 1973, precisamente em 8 de Fevereiro (atenda-se que Cabral fora assassinado em 20 de Janeiro), trata-se de uma palestra proferida na Escola-Piloto do PAIGC em Conacri e o segundo versa uma comunicação feita por Andrade no 24.º Congresso Internacional de Sociologia, que se realizou em Argel em Março de 1974 e com o título “Aspetos de sociologia da guerra do povo na Guiné-Bissau: alguns conceitos da estratégia revolucionária de Amílcar Cabral”.

Em “A geração de Cabral”, o dirigente do MPLA e que manteve uma relação constante de profunda estima e companheirismo com Cabral, debruçou-se sobre os tempos de Lisboa, quando os estudantes africanos, no pós-guerra partilharam anseios e expetativas para a criação de condições que levassem à organização de movimentos independentistas. A sua elegia começa em 1948 e ele recorda: “Lembro-me perfeitamente: o acaso quis que alguns camaradas angolanos, que faziam os seus estudos em Lisboa, habitassem num bairro (o bairro da Ajuda) onde estava situado o Instituto Superior de Agronomia”. Descreve os principais acontecimentos políticos internos, a vida e os estudos universitários e as preocupações da africanidade, todos eles começam a definir e a sua identidade de estudantes africanos em repúdio pela permanente referência dos manuais portugueses falarem em civilização superior, omitindo sempre o conhecimento da cultura e da identidade de cada uma das colónias. Era um grupo de que faziam parte Marcelino dos Santos, Agostinho Neto, Eduardo Mondlane, Francisco Tenreiro e Vasco Cabral. Aludiu depois à tentativa de introduzirem uma nova dinâmica na Casa dos Estudantes do Império, diligência que não teve sucesso. Todos eles seguiam o que se passava com a revolução chinesa, comentavam os sucessos da URSS, a tomada de posições dos negros nos EUA, liam Jorge Amado e poetas como Nicolás Guillén.

Não tendo tido sucesso com a Casa dos Estudantes do Império, dirigiram-se para outra organização, a Casa de África, aqui se constituiu uma vida de debates e reuniões, foi aqui que nasceu o Centro de Estudos Africanos, em 1951. E escreve: “Pedimos a uma família de S. Tomé, que tinha um grande salão (lembro-me perfeitamente na rua em que essa casa se situava – era na rua Actor Vale, n.º 37), que nos possibilitasse a realização das nossas reuniões. O Centro de Estudos Africanos era o centro das nossas conversas sobre África: aí estudávamos a geografia, a história, a literatura, as nossas línguas, os nossos problemas políticos”. Depois Cabral foi trabalhar no recenseamento agrícola na Guiné, em finais de 1952. Em 1953, ouve uma revolta em S. Tomé que teve como resultado um massacre de mais de 1000 pessoas numa população de 60 mil. O Centro de Estudos Africanos denunciou esse massacre. Cabral seguiu para Angola onde contribuiu para fundar o MPLA, porém antes tinha também trabalhado para a formação do PLUA – Partida da Luta Unida dos Povos Africanos de Angola. Em 1957, Cabral encontra-se com outros amigos em paris para estudar o desenvolvimento da luta nas colónias portuguesas, vem depois a Lisboa e fundou com outros o MAC – Movimento Anticolonialista.

Para Mário de Andrade, neste período Cabral era um verdadeiro emissário da evolução para onde quer que se deslocasse. A elegia prossegue com o surto de independências em África e a partida de Cabral para o norte de África e depois para Conacri. E assim termina: “Camaradas, quando a morte nos surpreender, quando desaparecerem aqueles patriotas da primeira hora, lembrem-se que a geração de Cabral não viveu inutilmente. Ela lutou duramente para criar as condições que permitissem aos homens viverem livres nas nossas terras”. A conferência proferida em Argel passa em revista a guerrilha, a lição vietnamita e a análise das condições históricas do colonialismo português. O que, no pensar de Andrade, garantiu sucesso da luta na Guiné foi em primeiro lugar a capacidade de Cabral a adaptar os conceitos teóricos repondo-os numa lógica da sociedade guineense. Recorda como esses conceitos heterodoxos foram apresentados na Conferência Tricontinental de Havana em que Cabral, para escândalo de alguns, reformulou o conceito da luta de classes, de cultura nacional, da essência do partido dirigente, pondo em paridade a luta de libertação com o fator cultural. Tornava-se flagrante o revisionismo do pensamento de Lenine, mas Cabral foi habilidoso na referência: “Toda a luta é uma experiência nova, qualquer que seja a soma de conhecimentos teóricos ou de experiências práticas que lhe digam respeito. Toda a luta implica um certo grau de empirismo, mas não é necessário inventar o que já o foi; é preciso criar nas condições concretas com que a luta é confrontada. Ainda aí, a lição de Lenine é pertinente: ele tinha horror tanto ao empirismo cego como aos dogmas (…) Para criar, numa luta, é preciso conduzi-la, é necessário desenvolver todos os esforços e aceitar os sacrifícios necessários. A luta não é feita de palavras, mas pela ação quotidiana, organizada e disciplinada, de todos os elementos válidos. A atividade múltipla desenvolvida por Lenine no decurso de uma longa luta é um exemplo de continuidade e de consequência, de esforços e de sacrifícios, assim como da capacidade para mobilizar as forças necessárias no tempo e no espaço necessários”.

Mário Pinto de Andrade não escondia a admiração incontida por Cabral: “O tempo há-de nos revelar todas as facetas e implicações operatórias da estratégia revolucionária da sua obra. Nenhuma dúvida nos resta que a obra de Cabral está já criando raízes no património de todos os militantes, para o verdadeiro regresso à história do Terceiro Mundo”.
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 23 de Abril de 2012 > Guiné 63/74 - P9789: Notas de leitura (354): "Um Demorado Olhar Sobre Cabo Verde", por Jorge Querido (2) (Mário Beja Santos)

Guiné 63/74 - P9813: VII Encontro Nacional da Tabanca Grande (16): Um momento alto: o lançamento do livro do Idálio Reis (Parte I): um abraço solidário para todos os nossos amigos guineenses, na pessoa do Pepito e do Cherno Baldé, nossos grã-tabanqueiros, que estão em Bissau... Um voto de esperança e de confiança no futuro da Guiné-Bissau!!!


VII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Monte Real > Palace Hotel > 21 de Abril de 2012> Sessão de lançamento do livro do Idálio Reis,  "A CCAÇ 2317 na Guerra da Guiné - Gandembel / Ponte Balana" >  Os seis magníficos gandembelenses presentes na sala... Ao centro, o Idálio Reis que, juntamente com o Joaquim Gomes Soares (o da ponta direita), eram os únicos representantes da CCAÇ 2317). Os restantes representam outras subunidades que passaram por (ou intervieram em) na mítica Gandembel/Ponte Balana: da esquerda para a direita,   o Eduardo Moutinho dos Santos, ex-cap mil grad inf  (que comandou a CCaç 2381,  "Os Maiorais", Ingoré, Buba, Aldeia Formosa, Buba, Empada, 1968/70),  o José Manuel Samouco, ex-Fur Mil Armas Pesadas, também da CCAÇ 238a (e meu vizinho de Torres Vedras), o Hugo Guerra (ex-Alf Mil, Comandante do Pel Caç Nat 55 e Pel Caç Nat 60, Gandembel, Ponte Balana,Chamarra e S. Domingos, 1968/70, hoje Cor DFA reformado, e que hoje faz anos), o nosso Zé Teixeira, outro Maioral (que nos emocinou a todos, em 1 de março de 2008, na sentida homenagem que fez nas ruínas de Gandembel a todos os combatentes que ali, em pleno "corredor da morte",  lutaram, morreram, foram feridos, sofreram, entre abril de 1968 e janeiro de 1969)... 

Esteve no encontro mas faltou à foto de grupo o José Ferreira da Silva (ex-Fur Mil Op Esp da CART 1689/BART 1913, , Catió, Cabedu, Gandembel e Canquelifá, 1967/69)... Faltou também o Alberto Branquinho, que desta vez não poude comparecer ao encontro.Faltou também, infelizmente para sempre, o João Barge (1944-2010)... Faltaram outros camaradas ligados à história de Gandembel, de 1968/69 (os páras do BCP 12, as enfermeiras pára-quedistas, embora uns e outros estivessem representados, e bem,  no nosso encontro, etc.).


VII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Monte Real > Palace Hotel > 21 de Abril de 2012> A mesa da FAP: ao centro, em segundo plano, entre a Giselda e o Miguel Pessoa, o Victor Tavares, ex-1º cabo pára (CCP 121 / BCP 12, Bissalanca, 1972/74, um homem que conheceu  alguns dos mais duros e trágicos cenários da guerra da Guiné: Gampará, Guidage, Guileje, Gadamael, quatro topónimos começados por G, tal como Gandembel, que já não é do seu tempo...).

 De costas, o António Martins Matos (AMM) e o Jorge Narciso (, ex-1º cabo especialista, BA 12, 1969/70).  À esquerda deste, de perfil, o Jaime Brandão e o Carlos Campos, ambos pilotos, tal como o AMM.


VII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Monte Real > Palace Hotel > 21 de Abril de 2012> O Victor Tavares, à direita, com o antigo comandante do COP 5, Coutinho e Lima (até à retirada de Guileje, em 22 de maio de 1973)... De que falarão estes dois veteranos ?... 


VII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Monte Real > Palace Hotel > 21 de Abril de 2012> Sessão de lançamento do livro do Idálio Reis,  "A CCAÇ 2317 na Guerra da Guiné - Gandembel / Ponte Balana" > Duas  ex-enfermeira pára-quedista Natércia Neves (à direita) e Giselda Pessoa (à esquerda), ambas do mesmo curso. Nenhuma delas conheceu a Gandembel/Ponte Balana do tempo da CCAÇ 2317...



VII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Monte Real > Palace Hotel > 21 de Abril de 2012> Lendo (e comentando para mim) o livro do Idálio... O Hugo é um dos sobreviventes de Gandambel / Ponte Balana... Hoje, 27, dia dos seus anos, escrevi-lhe o seguinte bilhetinho:


"Meu caro Hugo: Foi com alegria que te revi em Monte Real, em companhia da tua sempre efusiva Ema e desta vez com um dos teus netos... Foi bonito teres trazido um dos teus netos. Temos um dever de memória para com os nossos descendentes. Gostei particularmente de te ver a perguntar ao neto onde estavas numa das fotos do livro do Idálio Reis, sobre Gandembel. E o puto não teve dúvidas em indicar, no meio da molhada, o então lingrinhas Hugo Guerra, comandante do Pel Caç Nat 55, a tomar o seu banho à fula... Que ternura, a tua, e que cumplicidade, notei eu no teu sorriso de avô babado!

"O tempo é o mais precioso recurso, juntamente com a saúde, que temos. O tempo em Monte Real foi escasso para estar contigo e com cada um dos grã-tabanqueiros. Mas gostei de falar contigo. O que eu aprendi sobre Gandembel/ Balana!... Percebi a grande estima e admiração que tinhas para com o malogrado João Barge...E mais não direi: ficaste de, assente o pó do nosso VII Encontro Nacional, me de mandares algumas das tuas memórias desse tempo...

"Hoje quero-te felicitar pelo teu dia, desejar-te as melhoras da tua saúde, e fazer votos para que a gente se encontre, de novo, um dia destes. Em boa forma! Parabéns, Hugo, herói de Gandembel e Ponte Balana!

"PS - Com a Ema mal falei, mas dei-lhe os parabéns, por ter concluído, com sucesso, a sua licenciatura em serviço social. É uma mulher de armas!... Um beijinho para ti, Ema. E cuida-me bem desse gandembelense, um exemplar de uma espécie em vias de... extinção".


VII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Monte Real > Palace Hotel > 21 de Abril de 2012> Sessão de lançamento do livro do Idálio Reis,  "A CCAÇ 2317 na Guerra da Guiné - Gandembel / Ponte Balana" > Em primeiro plano, o Idálio e o Carlos Pires (Amadora), um guineense nado e criado na antigo território português (Filho de comerciantes, fez lá, no TO da Guiné, o seu serviço militar. A Guiné é e será sempre a "sua terra"). Em segundo plano, a nossa querida Giselda Pessoa e o nosso camarigo Joaquim Gomes, dois "ajudantes adhoc" do nosso escritor, nesta sessão de autógrafos.



VII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Monte Real > Palace Hotel > 21 de Abril de 2012> Sessão de lançamento do livro do Idálio Reis,  "A CCAÇ 2317 na Guerra da Guiné - Gandembel / Ponte Balana" >  Uma dedicatória especial para o nosso "minino" Adilan, nascido na Guiné durante a guerra, e que o Manuel Joaquim resgatou das garras da  guerra.... 




VII Encontro Nacional da Tabanca Grande > Monte Real > Palace Hotel > 21 de Abril de 2012> Sessão de lançamento do livro do Idálio Reis,  "A CCAÇ 2317 na Guerra da Guiné - Gandembel / Ponte Balana" > Dedicatórias a dois grandes guineenses, e grã-tabanqueiros, o Pepito e o Cherno Baldé quem foram particularmente lembrados e acarinhados neste dia. Eu tenho em meu poder os livros autografados pelo Idálio Reis, esperando a melhor oportunidade para os enviar pelo correio. Com um voto de esperança e de confiança no futuro da Guiné-Bissau!... Já hoje telefonei ao Pepito: estava no norte da Guiné! Como sempre, um homem que transborda otimismo pelos poros da pele!...


Fotos (e legendas): © Luís Graça (2012) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados


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Nota do editor:

Último poste da série >  24 de abril de 2012 > Guiné 63/74 - P9794: VII Encontro Nacional da Tabanca Grande (14): Tanta gente, camarigos! (Fotos de Jorge Canhão)

Guiné 63/74 - P9812: Tabanca Grande: oito anos a blogar (14): Mensagens dos nossos camaradas Juvenal Amado e Silva da CART 1689


Monte Real 21 de Abril de 2012 
Idálio Reis fala do seu livro "A CCAÇ 2317 na Guerra da Guiné - Gandembel / Ponte Balana



1. Mensagem do nosso camarada Juvenal Amado (ex-1.º Cabo Condutor da CCS/BCAÇ 3872, Galomaro, 1971/74) com data de 25 de Abril de 2012: 

Se pudéssemos guardar para sempre presente este dia. Guardar os abraços, o calor e os momentos de conversa. Os encontros e reencontros. Homens que fizeram a guerra mas que neste dia, só falaram de fraternidade.

A organização esteve de parabéns e a chuva tão desejada neste Portugal carente de tanta coisa, também se fez representar. Lá se ouviu aquele slogan tanta vez gritado e ouvido, naquele tempo tão pouco apreciado, “Chuva civil não molha militar”.

Estiveram lá todos os que vieram e os que não puderam vir, porque a festa é do blogue e ele é feito de homens, mulheres, mais as suas memórias. A forma como todos são importantes enaltece-nos, faz-nos cidadãos de corpo inteiro, porque o passado comum nos torna iguais no direito de estar presente e transcende qualquer divergência.

O crescimento de presenças indica que a data e o caminho traçado pelo corpo de editores está correcto. A importância que se dá ao blogue traduz-se na quantidade de ofertas, livros e documentos nele publicado que tem crescido de ano para ano.

Para os que vieram pela primeira vez, foi a descoberta de sentimento maravilhoso, para os outros foi a confirmação desse mesmo sentimento.

Uma coisa assim acarinhada só pode crescer.

Não deixando de saudar todos os participantes, vou aqui deixar uma palavra para Idálio Reis, que para além do livro que gentilmente ofereceu e nas palavras que disse de forma emocionada, nos fez lembrar com uma memória viva, porque estávamos ali.

Já ansiamos pelo o próximo!

Um abraço Para todos
Juvenal Amado

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1. Mensagem do nosso camarada José Ferreira da Silva (ex-Fur Mil Op Esp da CART 1689/BART 1913, , Catió, Cabedu, Gandembel e Canquelifá, 1967/69), com data de 26 de Abril de 2012:

8º ANIVERSÁRIO DA TABANCA LG

Felicitações e Agradecimento

Perante o sucesso ímpar deste Blogue, tenho que felicitar o grande Fundador Luís Graça e toda a sua equipa de editores, da qual destaco Carlos Vinhal, o Homem simpatiquíssimo a quem dou mais trabalho. Felicito também todos os Tabanqueiros que, de uma forma ou outra, vêm colaborando na sua manutenção e no seu desenvolvimento.

Aproveito para agradecer a toda a família da Tabanca Grande, em especial ao Alberto Branquinho, o facto de me ter despertado para que, ao fim de 40 anos, pudesse recordar a nossa guerra de uma forma diferente.

Parabéns a todos!!!

Um abraço do
Silva da Cart 1689
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 26 de Abril de 2012 > Guiné 63/74 - P9809: Tabanca Grande: oito anos a blogar (13): Mais de cinco mil visitas em 16 de abril...

Guiné 63/74 - P9811: Parabéns a você (411): Hugo Guerra, Coronel DFA, ex-Alf Mil - CMDT do Pel Caç Nat 55 (Guiné, 1968/70)

Para aceder aos postes do nosso camarada Hugo Guerra, clicar aqui
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 24 de Abril de 2012 > Guiné 63/74 - P9791: Parabéns a você (410): David Guimarães, ex-Fur Mil da CART 2716/BART 2917 (Guiné, 1970/72)

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Guiné 63/74 – P9810: Convívios (420): XXV Encontro do pessoal da CCAÇ 2382, dia 5 de Maio de 2012 em Ortigosa - Leiria (José Manuel Cancela)


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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 26 de Abril de 2012 > Guiné 63/74 – P9808: Convívios (340): 2.º Encontro do pessoal da CCAÇ 6 - Bedanda - dia 9 de Junho na Mealhada (António Teixeira)

Guiné 63/74 - P9809: Tabanca Grande: oito anos a blogar (13): Mais de cinco mil visitas em 16 de abril...


Fonte: Bravenet / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2012)


1. No período entre 11 e 25 de abril de 2012, que compreendeu o dia do nosso VII Encontro Nacional (Monte Real, 21) e o dia do nosso 8º aniversário (23), tivemos em média de cerca de 4300 visitas (no total, 64462). Pela primeira vez, na vida no nosso blogue, ultrapassamos a fasquia das 5 mil visitas (a 16 de abril, segunda feira). 


Neste período, o pior dia foi, como seria de esperar, o 21, sábado... O fim de semana, em geral, e o sábado, em particular, continua a ser a pior altura da semana (em termos de visitas), sendo a melhor o ínicio da semana, as 2ª e as 3ª feiras.


De qualquer modo, com um menor afluxo de visitas nos primeiros dias, o mês de abril perfila-se como sendo um mês normal:  estávamos a meio do dia com quase 99 mil visitas, valor próximo,  portanto, da nossa média diária do último mês, que foi de 4 mil/dia.


No dia do nosso aniversário, segunda feira, 21, o nº total de membros da Tabanca Grande era de 551. Há diversos camaradas, à bica, para entrar: estão apenas a tratar dos papéis. De qualquer modo até ao fim do ano podemos chegar, com facilidade, aos 600 (o que implicará uma média ligeiramente superior à atual: 6 por mês). 


Está, entretanto,  em curso a campanha Se um grã-tabanqueiro incomoda muita gente, dois grã-tabanqueiros incomodam muito mais... Traz mais um "pira" contigo (A expressão "grã-tabanqueiro" tem autor, mas não tem dono: é do Idálio Reis).


Recorde-se, por outro lado, alguns números do nosso bogue - o que é sempre um exercício enfadonho mas didático: em finais de Maio de 2006 (fim da I Série, e abertura do actual blogue, ou II Série), mal ultrapassávamos as 70 mil visitas e a centena de membros registados (na altura usávamos o termo tertulianos)... 


No ano a seguir, em Outubro de 2007, chegámos às 400 mil visitas, e às 800 mil em Outubro de 2008... O milhão de visualizações foi atingido em Fevereiro de 2009, o 1,4 milhões em Dezembro de 2009 e os 1,7 milhões em Maio de 2010, quando pusemos o contador Bravenet


No final de 2010, estávamos a caminho das 2,3 visualizações de páginas... Éramos  464 "tabanqueiros" registados. Hoje estamos a caminho das 3,6 milhões de visitas, e somos 551... Mais: desde maio de 2010, registamos até hoje 32350 comentários (somos um blogue com liberdade de comentar).  

Em Abril de 2011 celebrámos a entrada do tabanqueiro nº 500. Em final de 2009, éramos 390, em Maio andávamos pelos 410 e em meados de Setembro de 2010 estávamos a caminhos dos 450. Desde janeiro de 2011 até agora, a média de entrada de novos membros da Tabanca Grande  anda à volta dos 5,6 por mês...
Desde 23 de abril de 2004, publicamos 9800 postes. Dentro em breve (um mês e picos), atingiremos os 10 mil postes e talvez os 35 mil comentários. 


Amigos, camaradas, camarigos: continuem a alimentar este projeto, se acharem que vale a pena. (LG)




2. Em louvor do nosso blogue:


O nosso o blogue é público

(público mas não necessariamente notório).
Não é um clube privado.
Além disso, é de borla,
Ou quase:
quem quer entrar,
apresenta duas fotas
e conta uma história.
Claro que o blogue tem custos 
(directos, indirectos e ocultos).
Mas ninguém paga um tusto
para ler 
o blogue 
(nem escrever ou comentar no dito) . 
Nem sequer tem que fazer parte da Tabanca Grande.
Todos, os de fora e os de dentro,
têm o direito de manifestar,
com elegância e civilidade
(e se possível com bom humor),
as suas diferenças,
preferências
e divergências,
contar as suas memórias,
cultivar os seus afetos,
a respeito da Guerra da Guiné,
no período que vai grosso modo
de 1961 a 1974.
Só não há aqui lugar
para os ódios de estimação 
ou os ajustes de contas...
Aliás, ninguém, no blogue, cultiva
ódios de estimação,
e muito menos resolve,  a tiro,
as diferenças de opinião
ou de interpretação dos factos. 



É um blogue que não promete nada,
muito menos a eternidade,
a vã glória de mandar,
o triunfo da vida sobre a morte,
a revisão da história,
o fim da história,
a entrada triunfal na cidade,
o saque das tropas...
Nem sequer a sorte grande, 
o "jackpot",
o elixir da juventude,
o panteão nacional,
a Torre e Espada...
É um blogue que oferece apenas
frágeis tectos,
um porto de abrigo, 
uma enseada amena,
um abraço camarigo,
às vezes um sorriso, de compaixão,
e sobretudo a partilha de memórias e de afetos...

Camaradas, amigos, camarigos,
leitores, visitantes 
(regulares ou ocasionais) 
deste espaço:
continuaremos a ser
tolerantes,
cordatos, 

discretos,
sensatos,
imaginativos,
criativos, 

participativos... 


Em 23 de Abril de 2012, 
o nosso blogue fez 8 anos.
Obrigados, amigos e amigas, 
obrigados,  ex-camaradas de armas,
obrigados a todos/as que nos felicitaram, 
por estes dias, 
não tanto pela obra feita, 
como sobretudo pelo milagre da multiplicação 
das tabancas e dos tabanqueiros,
das memórias, 
das histórias, 
das emoções, 
dos afetos.

O nosso blogue vai estando
(até quando, não sei)
ao alcance de um clique
ou à distância de um braço,
à mesa de um restaurante ou de uma esplanada, 
do Canadá à Austrália,
de Viana do Castelo ao bairro do Quelelé 
(Viva, Sousa de Castro, viva,  Pepito!).
Tal significa
podermos (re)unir-nos,
(re)conhecer-nos,
(re)encontrar-nos,
sermos solidários uns com os outros
e com o povo da Guiné-Bissau,
identificar a peça do puzzle que faltava na nossa memória,
confirmar a data da emboscada 
em que perdemos o nosso melhor amigo,
partilhar a foto da bajuda, de cá ou de lá,
que suavizou a nossa solidão, 
ajudar a fazer ou aliviar o luto (patológico)
que ainda atinge milhares de famílias,
resgatar a memória daqueles que perderam os seus entes queridos,
de  Guidage a Guileje,
revisitar trilhos, picadas, estradas,

revisitar a tabanca onde reforçámos a autodefesa 
e fomos recebidos com o melhor que os aldeões nos tinham para dar, 
revisitar o bu...rako onde onde estivemos enterrados (como tupeiras ou ratos), 
o sítio onde demos e levámos manga de porrada, 
enfim reler com outros olhos os aerogramas e as cartas 
que  escrevemos,
as notas que  rabiscámos nos nossos pequenos diários, 
os trilhos onde deixámos sangue, suor e lágrimas, 
as minas que picámos,
que levantámos, 

que pisámos,
que nos estropiaram...
mas também os momentos
de festa, de amizade,
de camaradagem, de camarigagem,
 e, ainda, os momentos de loucura, 
de bravata,
de coragem,
de paixão,
de aprendizagem,
de nobreza,
de humanidade...

O blogue foi feito para unir pontas,

cortar arame farpado,
derrubar cavalos de frisa,
desatar nós,
construir pontes,
cambar rios, 

galgar las e bolanhas,
e também valorizar o grande sacrifício humano 
(e respeitar a sua memória)
de toda uma geração,
a nossa,
que combateu na Guiné.

Confesso que nem sempre tem sido fácil
reunir tantas e desvairadas gentes 
e suas memórias.
Não é fácil esquecer,
não é fácil perdoar,
não é fácil expor em público os sentimentos mais íntimos 
que ainda hoje estão associados àquela terra 
e àquela guerra...
Mas tenhamos algum orgulho num blogue
que consegue, a maior parte das vezes, 
unir muitas pessoas da nossa geração, 
independentemente do que eram e do que são,
do que sentem e do que sentiam,
do que pensam e do que pensavam...

É um blogue que é (ou pretende ser)
contra o pensamento único,
e que não está ao serviço de ninguém, 
de nenhum bandeira,
a não ser a dos combatentes que fizeram a guerra
e das vítimas que a sofreram...

Não sei, caros leitores,
quando o blogue vai acabar (fisicamente falando...),
a guerra, essa, vai acabando
à medida que formos morrendo (de um lado e do outro)... 
E a verdade é que estamos morrendo,
todos os dias um pouco mais,
de um lado e do outro...


Como fundador, administrador e editor deste blogue 
(que é feito a muitas mãos), 
nunca serei bom juiz em causa própria:
tenho, no entanto, uma pontinha de orgulho 
pela picada  feita até agora,
pelos trilhos abertos,
e sobretudo pela cultura de tolerância 
e de convivialidade que temos vindo a construir...

Espero que continuemos a ser, ontem, hoje e amanhã, 
sobretudo leais,
e frontais uns com os outros, 
na diversidade que é também a nossa riqueza: 
é, de resto, a lealdade e a frontalidade, 
o que se espera de um camarada, 
é o que que se exige de um amigo, 
e, por mais razão ainda,
é o que define verdadeiramente um camarigo... 

Lealdade não é unanimismo, 
nem seguidisimo, 
nem consenso de fachada,
nem o politicamente correto 
nem o socialmente desejável
nem o historicamente oportuno,
nem hipocrisia; 
e frontalidade é assertividade, 
é sermos capazes de falar uns para os outros, 
olhos nos olhos,
sem recurso à picardia, difamação, insulto ou insinuação...

E as comemorações natalícias, perguntais vós ?
Pois, que continuem... mas sem fogo de artifício!
E troika... a marchar!  (LG).


PS1 - Submeti ao Ciberdúvidas da Língua Portuguesa a questão (existencial) de saber se o neologismo "camarigo" já é (ou poderá vir a ser) português de lei... Aguardo resposta.

PS2 - Os nossos amigos, por Bissau e terras adjacentes, estão bem. Alguns, à espera de Godot... Já o povo da Guiné-Bissau, esse,  está com a morte na alma. Cem mil saíram de Bissau. O medo e a fome pairam por aquelas bandas. Deus, Alá, os bons irãs e a comunidade internacional tenham pena da Guiné-Bissau!...
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Nota do editor:

Dois último postes da série >

Guiné 63/74 – P9808: Convívios (419): 2.º Encontro do pessoal da CCAÇ 6 - Bedanda - dia 9 de Junho na Mealhada (António Teixeira)

 
CCaç 6 Bedanda 

2º Encontro Anual 

Chama-se a atenção para todos os Bedandenses que o nosso 2º encontro se realizará a 9 de Junho, e não a 26 de Maio como foi previamente anunciado. 

A alteração deve-se à impossibilidade da presença de vários amigos na primeira data prevista. 

O local será o mesmo do ano passado (equipe que joga bem, não convém mudar), ou seja, no restaurante / hotel Pousada, na Mealhada. 

Todos os interessados deverão entrar em contacto comigo através do blog, ou para os meus contactos (email ou telemóvel). 

Logo que esteja em posse de novos dados (ementa, preços, etc), voltarei aqui para vos informar. 

Um grande abraço a todos, 
António Teixeira
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 26 de Abril de 2012 > Guiné 63/74 – P9806: Convívios (339): Encontro do Pessoal do BCAÇ 2835, dia 5 de Maio de 2012 em Loureira/Fátima (Manuel Moreira de Castro)

Guiné 63/74 - P9807: Tabanca Grande: oito anos a blogar (12): Este Blogue é uma grande família (Hélder Sousa)

1. Mensagem do nosso camarada Hélder Sousa (ex-Fur Mil de TRMS TSF, Piche e Bissau, 1970/72) com data de 24 de Abril de 2012:

Caros camaradas
Quis o destino (e a vontade dos camaradas, expressa pelos resultados da pesquisa da data mais 'aconselhável' para a realização do nosso convívio) que a data de aniversário do Blogue, o 8º, e a efectivação do nosso Encontro, o VII, ocorressem quase em simultâneo.

De tal modo que é também 'quase' impossível falar de um sem referenciar o outro, embora qualquer deles mereça palavras e reflexões próprias, o que pretendo fazer em breve. Neste momento o que mais importa salientar é que o Encontro, o VII, ocorreu, segundo a minha observação, muito bem. Não foi bem, foi muito bem.

E não falo quanto às coisas 'palpáveis' como os aperitivos, o repasto, o lanche ajantarado, etc., falo pelo que me apercebi (salvo um ou outro pequeno episódio, afinal também tão próprio de locais ou espaços partilhados por mais que uma pessoa...) de envolvimento, de companheirismo, de vontade de confraternização conseguida, de troca de opiniões, de experiências (passadas e actuais). Isto somado à presença de bastantes companheiras que não se intimidaram nem se enfastiaram pelas sempre presentes conversas com emboscadas, ataques, golpes-de-mão, más recordações, boas recordações, etc. Igualmente a presença (que já não é esporádica) de familiares de 'terceira geração' também ajuda a encontrar alguma parecença com o ambiente familiar, não fosse o Blogue uma grande família!

E esse acontecimento existiu porque o Blogue o possibilitou e potenciou. O Blogue que faz então 8 anos! É obra!

Porque neste tempo que vivemos em que o efémero dita a lei, que a vertiginosa corrida à procura do 'novo' é obsessiva, manter-se um espaço deste tipo durante 8 anos é também, por si só, um caso notável que talvez possa merecer o estudo de alguém que se interesse e saiba analisar este tipo de fenómenos. Fazer essa análise será 'descobrir' o que é que ele tem que faz a sua longevidade e, mais importante ainda, a sua ainda manifestada pujança, a avaliar pelo que já incentivou a produzir (por 'dentro' temos o livro de poemas do Maia, a inspiração para um livro do Zé Brás e agora o do Idálio com a saga de Gandembel) mas também sabemos como levou vários outros camaradas a 'passar a papel' as suas memórias, algumas das quais têm vindo a ver a luz do dia e ainda a possibilidade de alguns outros trabalhos tomarem também formato impresso (estou a lembrar-me, assim de repente, das "estórias cabralianas", por exemplo, entre outras).

Mas não se fica pela 'produção literária' a bondade do Blogue.

Esse será um aspecto visível mas, o mais importante, é o que tem possibilitado de pesquisa, de troca de informações, de apresentação de documentos inéditos, pelo menos para o comum cidadão, de reencontro de companheiros, de recuperação de auto-estima, enfim, são tantos os aspectos bons que só assim se pode explicar o fenómeno da longevidade.

E coisas menos boas, terá? Certamente que sim, mas isso fica para outro dia. Agora é para dar os parabéns, inequivocamente com grande satisfação, ao Blogue, pelo seu aniversário e ao seu criador e todos os que, pelas mais diversas formas, o permitem existir e ter a visibilidade que tem.

Um grande abraço!
Hélder Sousa


2. Comentário de CV:

Não é meu costume comentar directamente nos postes que edito, contudo, já que falamos em literatura "inspirada" ou "impulsionada" pelo ser, entenda-se existir, deste Blogue, não podemos esquecer os dois Diários da Guiné ("Na Terra dos Soncó 1968-1969" e "O Tigre Vadio 1969-1970") do nosso camarada Mário Beja Santos e o "Na Kontra Ka Kontra" do nosso camarada Fernando Gouveia, obras publicadas previamente no nosso Blogue e depois passadas a livro.

Outro exemplo muito recente é o último livro escrito, e já publicado, de autoria de Mário Beja Santos "Adeus até ao meu regresso" que é colectânea das muitas recensões aqui publicadas, que o Mário fez dos livros que lhe chegam à mão, referentes essencialmente à guerra na Guiné e a obras que à Guiné dizem respeito.

Aqui fica este apontamento, com a devida vénia ao camarada Hélder.
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 25 de Abril de 2012 > Guiné 63/74 - P9805: Tabanca Grande: oito anos a blogar (11): Mensagem do nosso tertuliano Joaquim Mexia Alves

Guiné 63/74 – P9806: Convívios (418): Encontro do Pessoal do BCAÇ 2835, dia 5 de Maio de 2012 em Loureira/Fátima (Manuel Moreira de Castro)

1. Mensagem da nossa amiga Arminda Castro, filha do nosso camarada Manuel Moreira de Castro (ex-Soldado da CCAÇ 2315/BCAÇ 2835, Bula, Binar, Mansoa, Bissorã e Mansabá, 1968/69), com data de 21 de Abril de 2012:

Sr. Carlos Vinhal,
Algum tempo atrás, inscrevi o meu pai, Manuel Moreira de Castro, na Tabanca Grande, Poste 8285 mas na altura não mencionei o posto dele, agora completo essa informação, foi Soldado, como ele diz “escriturário da G3”.
A data de nascimento dele também não foi mencionada é 21/10/1946.

Arminda Castro


3.º CONVÍVIO DO PESSOAL DO BCAÇ 2835


Aproveito esta oportunidade também para informar que vai haver o 3.º Convívio do Batalhão de Caçadores 2835 (CCS, CCaç 2315, CCaç 2316, CCaç 2317) dia 05 de Maio em Loureira perto de Fátima. 

A concentração tem início em Fátima a partir das 10h00 no parque n.º 2 (que fica entre os autocarros e as caravanas do lado poente) depois, seguem todos para a igreja da Nossa Senhora da Trindade onde assistirão à Eucaristia. No fim da mesma seguem para a Quinta Outeiro do Moinho em Loureira para a respectiva confraternização. 

Para marcação devem contactar o Sr. Henrique Santos para o n.º 231 107 642.
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 19 de Abril de 2012 > Guiné 63/74 – P9770: Convívios (338): Almoço/Convívio da 1ª CCAÇ do BCAÇ 4610/72, Vila nova de Gaia - 19 de Maio de 2012 (Manuel António Lopes)