sábado, 7 de junho de 2014

Guiné 63/74 - P13251: IX Encontro Nacional da Tabanca Grande (15): no final de ontem, 6ª feira, tínhamos 121 inscritos: 89% provenientes de distritos do litoral, 2/3 são camaradas (n=80), 41% dos quais vêm acompanhados... As inscrições terminam 2ª feira, dia 9, às 11h





Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2014)


Lista dos inscritos no IX Encontro Nacional da Tabanca Grande, ao fim da tarde de ontem,  6ª feira [Observ.: Miguel e Giselda Pessoa são um casal, o único de camaradas]:

  1. Agostinho Gaspar (Leiria) 
  2. Alcídio Marinho e Rosa (Porto) 
  3. Almiro Gonçalves e Amélia (Vieira de Leiria / Marinha Grande) 
  4. António Faneco e Tina (Montijo / Setúbal) 
  5. António Fernando Marques e Gina (Cascais) 
  6. Antonio Garcez Costa /Lisboa() 
  7. António José Pereira da Costa e Isabel (Mem Martins / Sintra) 
  8. António Manuel Sucena Rodrigues + Rosa Pato, António e Ana Brandão (Oliveira do Bairo) 
  9. António Maria Silva (Cacém / Sintra) 
  10. António Martins de Matos (Lisboa) 
  11. António Rebelo (Massamá / Lisboa) 
  12. António Sampaio & Clara (Leça da Palmeira / Matosinhos) 
  13. António Santos, Graciela & mais 7 do clã (Caneças / Odivelas) 
  14. António Sousa Bonito (Carapinheira / Montemor-o-Velho) 
  15. Arlindo Farinha (Alvaiazzre) 
  16. Armando Pires (Algés / Oeiras) 
  17. Arménio Santos (Lisboa) 
  18. Augusto Pacheco (Maia) 
  19. C. Martins (Penamacor) 
  20. Carlos Alberto Pinto e Maria Rosa (Reboleira / Amadora) 
  21. Carlos Coropos e Ricardina (Carcavelos / Cascais) 
  22. Carlos Vinhal & Dina (Leça da Palmeira / Matosinhos) 
  23. David Guimarães & Lígia (Espinho) 
  24. Delfim Rodrigues (Coimbra) 
  25. Diamantino Varrasquinha e Manuel (Ervidel / Algustrel) 
  26. Eduardo Campos (Maia) 
  27. Eduardo Jorge Ferreira (Vimeiro / Lourinhã) 
  28. Ernestino Caniço (Tomar) 
  29. Fernandino Leite (Maia) 
  30. Fernando Súcio (Campeã / Vila Real) 
  31. Francisco (Xico) Allen (Vila Nova de Gaia) 
  32. Francisco Baptista e Fátima Anjos (Aldoar / Porto) 
  33. Francisco Palma (Estoril / Cascais) 
  34. Francisco Silva e Elisabete (Porto Salvo / Oeiras) 
  35. Helder Sousa (Setúbal) 
  36. Humberto Reis e Joana (Alfragide / Amadora) 
  37. Idálio Reis (Sete-Fontes / Cantanhede) 
  38. Joao Alves Martins (Lisboa) 
  39. Joao Moura (S Marinho do Porto / Alcobaça) 
  40. Joaquim Almeida (Maia) 
  41. Joaquim Gomes Soares e Maria Laura (Porto) 
  42. Joaquim Luís Fernandes (Maceira / Leiria) 
  43. Joaquim Mexia Alves (Monte Real / Leiria) 
  44. Joaquim Nunes Sequeira e Mariete (Colares / Sintra) 
  45. Joaquim da Silva Jorge (Ferrel / Peniche) 
  46. Jorge Cabral (Lisboa) 
  47. Jorge Canhão & Maria de Lurdes (Oeiras) 
  48. Jorge Loureiro Pinto (Agualva / Sintra) 
  49. Jorge Picado (Ilhavo) 
  50. Jorge Rosales (Monte Estoril / Cascais) 
  51. José Barros Rocha (Penafiel) 
  52. José Casimiro Carvalho (Maia) 
  53. José Louro (Algueirão / Sintra) 
  54. José Manuel Cancela e Carminda (Penafiel) 
  55. José Ramos Romão e Emília (Alcobaça) 
  56. Julio Costa Abreu e Richard (Holanda) 
  57. Juvenal Amado (Fátima / Ourém) 
  58. Luís Encarnação (Cascais) 
  59. Luís Graça & Alice (Alfragide /Amadora) 
  60. Luís Moreira (Mem Martins / Sintra) 
  61. Manuel António (Maia) 
  62. Manuel Augusto Reis (Aveiro) 
  63. Manuel Joaquim (Agualva / Sintra) 
  64. Manuel Lima Santos e Maria de Fátima (Viseu)
  65. Manuel Luís Lomba (Faria / Barcelos) 
  66. Manuel Resende, Isaura e Palmira Serra (Cascais) 
  67. Manuel da Conceição Neves e Maria da Estrela (França) 
  68. Manuel dos Santos Gonçalves e Maria de Fátima (Carcavelos / Cascais) 
  69. Mateus Mendes (Figueira da Foz) 
  70. Mateus Oliveira e Florinda (Boston / EUA) 
  71. Miguel Pessoa & Giselda (Lisboa) 
  72. Mário Gaspar (Lisboa) 
  73. Raul Albino e Rolina (Vila Nogueira de Azeitão / Setúbal) 
  74. Ricardo Figueiredo (Porto) 
  75. Rui Silva e Regina Teresa (Sta Maria Feira) 
  76. Simeão Ferreira (Guia / Monte Real / Leiria) 
  77. Vasco Ferreira (Vila  Nova de.Gaia) 
  78. Vasco da Gama (Buarcos / Figueira da Foz) 
  79. Virgínio Briote e Irene (Lisboa)
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Nota do editor:

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Guiné 63/74 - P13250: Efemérides (161): Lisboa / Belém, 10 de Junho de 2014 - Homenagem Nacional aos Combatentes, integrada no Dia de Portugal

1. Convite e programa para a Homenagem Nacional aos Combatentes, integrada, como é hábito, nas comemorações do Dia de Portugal, Lisboa / Belém, 10 de Junho de 2014.


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Nota do editor

Último poste da série de 6 DE JUNHO DE 2014 > Guiné 63/74 - P13247: Efemérides (160): O nosso camarada luso-americano João Crisóstomo reedita iniciativa de 2004: o próximo 17 de junho será o Dia da Consciência, em homenagem a Aristides de Sousa Mendes, no 60º aniversário da sua morte.

Guiné 63/74 - P13249: Histórias em tempos de guerra (Hélder Sousa) (16): A Carta de Condução

1. Mensagem do nosso camarada Hélder Sousa (ex-Fur Mil de TRMS TSF, Piche e Bissau, 1970/72), com data de 25 de Maio de 2014:

Caros camaradas Editores
Em anexo envio uma pequena história que se passou comigo sendo realmente uma "Histórias em Tempos de Guerra".
Envio também em anexo documentos e fotos que podem ajudar a ilustrar o texto que, naturalmente, terá o destino que melhor entenderem.

Abraços
Hélder Sousa


HISTÓRIAS EM TEMPO DE GUERRA




16 - A CARTA DE CONDUÇÃO

Caros camaradas, amigos e outros…
Aqui vai uma pequena história que vou partilhar convosco esperando que seja suficientemente ‘leve’ para vos provocar um sorriso compreensivo. Certamente muitos de vós ainda se devem lembrar de uma expressão, agora já caída em desuso, e que era “eh pá, parece que tiraste a carta na tropa!”, quando alguém cometia erros de condução ou mesmo condução perigosa ou “pé pesado”. Isso era assim porque se dizia que ‘na tropa’ se tirava a carta com muita facilidade, sem rigor, sem exigências, tudo muito facilitado. Acho que havia aqui algum exagero de julgamento mas que esta expressão era um tanto corrente, lá isso era.

Tirei a minha carta de condução automóvel durante o ‘tempo da tropa’. Foi em Bissau, em Novembro de 1971.

Numa escola de condução ‘civil’, a “Escola de Condução Manuel Saad Herdeiros, Lda,” que se situava na Rua Tenente Marques Gualdes. À séria, com aulas de código e de condução pelas ruas de Bissau e também, já nas últimas lições, na estrada até ao aeroporto. O mais difícil era arranjar local para fazer “ponto de embraiagem”….

Quase tudo plano, havia três ou quatro sítios onde isso se fazia. Ensaiava-se em todos esses locais e um deles calhava de certeza no exame. A mim foi na pequena rampa de acesso à então “Praça do Império”, vindo do lado do aeroporto. Foi a última manobra e após isso, ficando aprovado, lá se foi comer uma ‘sanduiche’ de queijo da serra na “Pastelaria Império”. Com o examinador, claro!

Para comprovar, junto cópia do “cartão da escola”, do talão do pagamento de 610$00 e também da “requisição de carta”, com todos os elementos identificadores necessários e confirmados pelo Comandante do Agrupamento de Transmissões onde eu estava incorporado, Major João Silva Ramos (o “Raminhos”, como lhe chamávamos, devido à sua pequena altura) e pelo então Chefe da 1ª Rep., Tenente-Coronel Augusto Silveira Reis.

Talão de Caixa no valor de 610$00 (Pesos)

Boletim de inspecção

Até aqui, nada de especial, apenas o facto de ainda não ter visto no Blogue nenhum relato semelhante, embora tenham havido referências a problemas e acidentes de condução. O que tem de mais curioso é que esta questão de tirar a carta não era, para mim, naquele tempo, naquela época, nenhuma obsessão, ainda não havia a ‘pressão social’ de se ter que ter um carro para ‘melhorar’ o seu estatuto social. Recordo mesmo que naqueles momentos de folga, entre turnos de serviço “Escuta”, tinha já, uma vez ou outra, conversado com o meu amigo e camarada de curso e serviço, Nelson Batalha, de que já aqui falei e que é meu padrinho de casamento, da vantagem de tirar a carta numa escola de condução que pudesse ministrar formação mais rigorosa. Lembro-me de se ter concluído que seria essa a decisão que ambos tomaríamos e que de facto aconteceu.

Foto da esplanada do Ronda. (Publicada por Francisco Carrola,  Facebook.)


Vista exterior da esplanada do Ronda. (Publicada por Francisco Carrola, Facebook.)

A parte caricata tem a ver com uma situação que ocorreu talvez em Setembro de 1971, na esplanada da Pensão/Café Ronda, de que junto umas fotos que retirei da ‘net’, apresentadas no “Facebook” por Francisco Carrola. Não me recordo como tudo começou mas a certa altura estávamos para aí uns catorze ou quinze em várias mesas juntas, com muita cerveja e algumas coisas para comer, sendo que quem estava ali era o amigo do amigo do amigo, de que apenas conhecia dois ou três deles.
A certa altura, também já não me lembro a que propósito, a conversa chegou até à parte dos “exames de condução” e de “tirar a carta na tropa”. Foram-se dando opiniões, palpites, etc. e tal, e quando me perguntaram o que é que achava, em vez de ser assertivo e dizer o que realmente pensava, que estava determinado a fazer e que realmente fiz, entrei numa de “maria-vai-com-as-outras” entrando na onda do tom geral das observações que se faziam e disse mais ou menos isto:
- “Eh pá, eu também tinha pensado em tirar a carta na tropa mas parece que há por lá no Serviço de Transportes um Alferes que dizem ser um grande filho “da mãe” que tem a mania que é rigoroso e anda a ‘chumbar’ a malta toda e não estou para isso”….

Nessa ocasião, o camarada ‘à civil’ que estava ao meu lado esquerdo “amigo do amigo do amigo”, disse:
- “Olha lá, esse Alferes sou eu e achas que faço mal?”

Acreditam que ia jurar que me pareceu que alguma coisa ‘caiu aos pés’? Claro que tratei de ensaiar uma ‘retirada estratégica’, balbuciando umas tretas, do tipo de “não era bem isso que queria dizer”, “realmente tens razão”, “é verdade que é preciso evitar que o pessoal vá para a vida civil mal preparado” (afinal tudo o que na verdade acreditava) e outras coisas do género.

Não aconteceu mais nada de especial. Houve compreensão, ficámos amigos e cerca de mês depois estava de facto a frequentar a Escola de Condução.

Sempre que sou tentado em rodear uma questão em vez de a enfrentar de forma séria lembro-me deste episódio, que me marcou verdadeiramente. Até por ter sido uma situação desnecessária.

Um abraço para toda a Tabanca!
Hélder Sousa
Fur. Mil.
Transmissões TSF
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Nota do editor

Último poste da série de 9 DE ABRIL DE 2014 > Guiné 63/74 - P12957: Histórias em tempos de guerra (Hélder Sousa) (15): O meu amigo Fur Mil Bento Luís, ou a amizade através dos tempos

Guiné 63/74 - P13248: Recordações de um "Zorba" (Mário Gaspar, ex-Fur Mil At Art, MA, CART 1659, Gadamael e Ganturé, 1967/68) (13): T/T Uíge: ementa dos sargentos no dia 2 de novembro de 1968, e o filme "Negócio à italiana" com o Alberto Sordi




Ementa no paquete Uíge no Regresso, 2 de novembro de 1968… mas para Sargentos! No porão, os valentes militares bebiam, jogavam à lerpa, ao abafa e vomitavam as tripas…

Já à noite, pelas 21,15 horas, todos tinham “O Negócio à Italiana” – com o iconfundível Alberto Sordi – os que não vomitavam, claro. (*)

No dia 5 de Novembro de 1968, à tarde chegámos à barra. Ficámos até de manhã esperando ordens para desembarcar no dia seguinte… O Uíge tombava todo para terra, virados para a linha do Estoril e ninguém dormiu. Eu tomei um duche de água fria para refrescar as ideias e fumei 7 maços de tabaco.

Foto (e legenda): © Mário Gaspar (2014). Todos os direitos reservados [Edição: L.G.]


1. Mensagem do Mário Gaspar, com data de hoje

Assunto: T/T Uíge: Ementa dos Sargentos no dia 2 de novembro de 1968

Camarada e Amigo

Envio uma ementa ferrugenta, e até assinada por alguns Furriéis Milicianos da CART 1659 , "Zorba", de uma refeição no UÍge na viagem de regresso.

Ao encontrar estas relíquias, perdidas por entre papelada que guardo, verifico que muito ficou por contar no Livro "O Corredor da Morte". Não deveria ter omitido umas tantas situações, e tive a oportunidade de as denunciar.

Daquilo que vou conhecendo da guerra - e daquela porque eu passei em particular - e de toda a experiência de quase 11 anos a conversar com combatentes enquanto um dos dirigentes da APOIAR, quero frisar que o soldado português é o melhor de todos os soldados. O soldado acostumado à enxada, a cavar desde o nascer do sol ao pôr do sol, que habitava por entre pedras, longe da civilização; o soldado que nunca vira o mar, nem sequer o comboio; o soldado que palmilhava quilómetros a pé e por vezes descalço, não
necessitava de treino físico.

Dei várias recrutas; uma Especialidade e até uma de Minas e
 Armadilhas a uma Companhia que estava como a minha em Penafiel, e já com o destino marcado, conheci de perto os melhores dos melhores. E temos direito a quê?  Uma estátua plantada numa praça de uma cidade ou vila, e os mortes poucos possuem o seu nome numa rua.

A Guerra Colonial encontra-se na gaveta, e foi a razão que me levou a escrever o livro. Curioso que entrei em contacto com as três freguesias de onde eram oriundos os que morreram da minha Companhia, e até hoje continuo à espera de uma resposta. Convidei os Presidentes das mesmas a se fazerem representar no lançamento do livro.

Em relação à vila de Abitureiras, do concelho e distrito de Santarém, que tem uma rua com o nome do meu grande amigo Furriel Miliciano Vítor José Correia Pestana, curioso a rua onde está instalada a Junta de Freguesia de Abitureiras, consegui falar via telemóvel com o presidente, respondeu-me após lhe ter enviado uma foto do Pestana, e também uma outra tirada no Monumento dito Combatentes do Ultramar, em Belém, onde no Memorial consta o seu nome. E o que me disse o senhor presidente? Simplesmente que lhe enviasse o livro em PDF. Logo pense, e resolvi não o fazer. Se pretendesse o livro que o fosse buscar, até o dava.

E é desta maneira que nos tratam. Mas a questão não vai ficar por aqui. Tenho o curso de Minas e Armadilhas - é uma forma de me expressar - e vou tratar à minha maneira do assunto. Aliás é o que tenho feito nesta minha caminhada que é a vida.

Isto foi escrito por um artista de circo, talvez um trapezista, e sem rede. Como saiu,  saiu.

Em anexo  segue "A Ementa do Uíge para Sargentos" (**)

Um abraço
Mário Vitorino Gaspar

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Notas do editor:

(*) Negócio à Italiana [título original., Il boom]. Comédia, 97 m, 1963. Estreado em Portugakl em 1963. Filme iirigido por diirigido por Vittorio di Sicca, com,os atores Alberto Sordi, Gianna Maria Canale and Ettore Geri Runtime. Argumento: Cesare Zavattini. Produtor: Dino di Laurentiis. 

Sinopse: Giovanni Alberti é um pequneno homem de negócios com uma série de problemas financeiros s que gosta muito de sua esposa. Estamos em pleno "milagre económico italiano" ("il boom"), que vai do in+icio dos anos de 1950 a princípios de 1970.. O problema ce Giovanii é que a esposa ama tanto o luxo e a boa vida que Giovanni precisa de cada vez mais dinheiro para satisfazer seus caprichos e manter um nível de vida para o qual não tem fontes de rendimento... Até que surge uma oferta aparentemente irrecusável....
 (**) Último poste da série > 28 de abril de 2014 >  Guiné 63/74 - P13056: Recordações de um "Zorba" (Mário Gaspar, ex-Fur Mil At Art, MA, CART 1659, Gadamael e Ganturé, 1967/68) (12): O inferno de Ganturé, Sangonhá e Gadamael Porto... e as fotos para enganar a família

Guiné 63/74 - P13247: Efemérides (160): O nosso camarada luso-americano João Crisóstomo reedita iniciativa de 2004: o próximo 17 de junho será o Dia da Consciência, em homenagem a Aristides de Sousa Mendes, no 60º aniversário da sua morte.


Cabeçalho do jornal Açores9, no respetivo "site"...  Reproduz-se a seguir a peça da agência Lusa, publicada aqui, em 1 de junho de 2014.

Reproduzido com a devida vénia, por sugestão do João Crisóstomo, nosso camarada da Guiné e membro da nossa Tabanca Grande (*)

(i) é natural de A-dos-Cunhados, Torres Vedras; (ii) foi alf mil, na CCAÇ 1439 (Enxalé, Porto Gole, Missirá, 1965/66); (iii) vive em Nova Iorque desde 1975; (iv) é um mediático ativista comunitário, tendo estado ligado à defesa de três causas que tiveram repercussão internacional e que nos dizem muito, a nós, portugueses (gravuras de Foz Coa, independência de Timor Leste e memória de Aristides Sousa Mendes); e, não menos importante, (v) integra a nossa Tabanca Grande desde 26 de julho de 2010.


Aristides Sousa Mendes homenageado em igrejas e sinagogas à volta do mundo


O diplomata português Aristides de Sousa Mendes será homenageado em igrejas e sinagogas de todo o mundo no dia 17 de junho, lembrando os seus esforços de salvar milhares de judeus do regime nazi.

A iniciativa para o dia em que se celebram 60 anos após a morte do diplomata e 70 anos do holocausto judeu é de João Crisóstomo, um português residente em Nova Iorque que organizou uma iniciativa semelhante em 2004.

[Foto à direita, João Crisóstomo, na sua terra natal, Paradas, A-dos-Cunhados, Torres Vedras, em 15 de outubro de  2013;  foto de L.G.]

Nesse ano, foram celebradas 34 missas e celebrações em sinagogas em 22 países, da África do Sul ao Canadá e à Venezuela.

As homenagens acontecem nos dias 17, 20 e 22 de junho e vão celebrar também Luís Martins de Sousa Dantas, um diplomata brasileiro que salvou cerca de 800 pessoas.

“Decidi celebrar o 17 de junho, a que chamo o Dia da Consciência, porque acho que as pessoas devem ser celebradas por aquilo que de bom fizeram em vida e não pelo dia em que nasceram ou morreram”, disse João Crisóstomo.

Os prelados do Rio de Janeiro, Vaticano, Bordéus e Luxemburgo já confirmaram a sua participação. João Crisóstomo diz já ter contatado vários outros países, como África do Sul e Bélgica.

Nos EUA, estão agendadas missas em Newark, Long Island e Yonkers, perto de centros de comunidades imigrantes portuguesas.

Em Portugal, o Patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, já confirmou a sua participação, bem como as Dioceses de Braga, Viseu, Bragança, Setúbal e Beja.

“O bispo das Forças Armadas, a Ordem Franciscana, a Comunidade de Sto. Egídio e as comunidades israelitas de Lisboa e Porto também já responderam afirmativamente”, disse João Crisóstomo.

O português está a tentar agora o apoio do próprio Papa Francisco.

“Escrevi-lhe uma carta, na esperança de uma reação que valorizasse o ato de consciência do cônsul. Já falei com D. Renato Martino (prefeito emérito do Pontifício Conselho Justiça e Paz) e também com o Cardeal Saraiva Martins (prefeito emérito da Congregação para as Causas dos Santos). Continuo a acreditar que sua Santidade possa liderar a iniciativa”, disse João Crisóstomo.

Quanto à participação das sinagogas na homenagem, o trabalho está a ser coordenado pela Fundação Raul Vallenberg, de que João Crisóstomo é vice-presidente.

Em 1940, o cônsul português de Bordéus terá salvo milhares de judeus e outros refugiados de guerra, visando vistos sem autorização do Ministério dos Negócios Estrangeiros português, facto que levou à sua punição disciplinar. (**)

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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 6 de junho de 2014 > Guiné 63/74 - P13246: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (84): De Nova Iorque, o nosso camarigo João Crisóstomo, não virá ao nosso IX Encontro Nacional, em Monte Real, a 14 de junho, mas pede-nos para nos associarmos à sua iniciativa, o "17 de junho, Dia da Consciência", em homenagem ao Aristides Sousa Mendes (Eduardo Jorge Ferreira / Luís Graça)

(**) Último poste da série > 28 de maio de 2014 > Guiné 63/74 - P13204: Efemérides (159): Foi há 45 anos, o ataque a Bambadinca, dois meses depois da Op Lança Afiada... Parágrafo lacónico na história do BCAÇ 2852: "Em 28 [de Maio de 1969], às 00H25, um Gr IN de mais de 100 elementos flagelou com 3 Can s/r, Mort 82, LGF, ML, MP e PM, durante cerca de 40 minutos, o aquartelamento de Bambadinca, causando 2 feridos ligeiros"

Guiné 63/74 - P13246: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (84): De Nova Iorque, o nosso camarigo João Crisóstomo, não virá ao nosso IX Encontro Nacional, em Monte Real, a 14 de junho, mas pede-nos para nos associarmos à sua iniciativa, o "17 de junho, Dia da Consciência", em homenagem ao Aristides Sousa Mendes (Eduardo Jorge Ferreira / Luís Graça)



Recorte do Correio da Manhã, 2/6/2014



1. Mensagem de ontem, do nosso camarada Eduardo Jorge Ferreira [, meu conterrâneo, (, natural do Vimeiro, Lourinhã, residente em A-dos-Cunhados, Torres Vedras),  professor de educação física reformado, ex- alf mil da Polícia Aérea, Bissalanca, BA 12, 1973/74]

Assunto - O nosso camarigo João Crisóstomo continua a dar que falar

Meu caro Luís:
Mão amiga fez-me chegar esta página 22 do Correio da Manhã,  da última segunda-feira dia 02, que digitalizei e te envio para que tu ou qualquer elemento da equipa de coeditores possa dar-lhe o destaque que merece no nosso blogue. 

Trata-se de mais uma iniciativa do nosso amigo e camarada da Guiné João Crisóstomo - este "jovem" não pára - que visa homenagear de novo Aristides de Sousa Mendes, o grande humanista português que salvou das garras nazis milhares de judeus. 

Pena que a notícia seja tão lacónica e que infelizmente passe despercebida. Desconheço se entretanto já foi divulgada a iniciativa em qualquer outro órgão da comunicação social.

Um grande abraço e a continuação de boas melhoras.
Eduardo

2. Comentário de L.G.:

Eduardo, obrigado pela notícia do CM. O João telefonou-me há dias de Nova Iorque, a propósito desta iniciativa. Junto te envio, por email, a mensagem que ele me remeteu e que vou publicar oportunamente. Ele pede-me para divulgar no nosso blogue a iniciativa "17 de junho, Dia da Consciência", em homenagem a Aristides Sousa Mendes mas também a outro diplomata, de língua portuguesa, o brasileiro Luís Martins de Sousa Dantas, que tem um percurso em tudo semelhante ao nosso Aristides.

Aqui vai um excerto:


João Crisóstomo, o nosso grã-tabanqueiro
que vive em Nova Iorque desde 1975,
 e é um conhecido defensor de grandes
causas (Gravuras de Foz Coa,
Timor Leste, Aristides Sousa Mendes...)

Foto: Luís Graça (2013)
João Crisóstomo, 1/6/2014

Assunto  - Missas "Dia da Consciência"


Caro Luís Graça,
Estou a tentar dar a minha contribuição para que 17 de Junho, o "Dia de Consciência" - o dia em que o nosso grande humanista português Aristides de Sousa Mendes tomou a corajosa decisão de fazer o que fez logo no início da II Guerra Mundial -  seja devidamente lembrado.  

Nesta homenagens eu associo sempre o brasileiro Luís Martins de Sousa Dantas pelo muito que tem em comum com o nosso herói português: (i) eram ambos diplomatas; (ii) ambos de língua portuguesa; (iii) ambos em França no início da II Guerra Mundial; (iv) ambos procederam da mesma maneira corajosa em salvar refugiados; (v) ambos sofreram acções disciplinares;  e (vi) ambos foram castigados por isso; e (vii)  até  na morte tiveram algo de comum, falecendo ambos no mesmo mês e no mesmo ano ( 1954). E (viii)  ambos foram depois reconhecidos pelo Yad Vashem em Jerusalém.

Se puderes pôr no teu blogue algo sobre isso seria muito bom, pois isso vai fazer chegar a muitos que talvez doutra maneira não tenham conhecimento. 

E, se me permites, com um grande abraço a todos os meus amigos, camaradas da Guiné, sugere que participem nesses acontecimentos: Missas nas sés catedrais, na maioria dos casos, não só em Portugal como em outros países,  nessa semana. (...)

Eduardo, vemo-nos em Monte Real, no dia 14 de junho, se não for antes na Lourinhã.
Um abraço fraterno.
Luís

PS - Outra coisa: vê se confirmas a vinda do Joaquim Jorge a Monte Real... Ele disse-me que vinha e inscreveu-se... E mais: vê se lhe sacas uma foto do tempo de "vellhinho"... Eu quero apresentá-lo à Tabanca Grande e ele ainda não me mandou a foto da praxe...

O Jorge Pinto [, natural de Alcobaça, ] trouxe mais dois camaradas da guerra dele, em Fulacunda... O bedandense (e nosso vizinho do Cadaval) Pinto de Carvalho não poderá vir mas está a recuperar do seu problema de saúde...... Telefonei-lhe no fim de semana, estava mais animado.
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Nota do editor:

Último poste da série > 13 de março de 2014 > Guiné 63/74 - P12833: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (83): Recebi notícias do último CMDT do Glorioso GA 7, Coronel de Artilharia Faia Correia (Vasco Pires)

Guiné 63/74- P13245: Notas de leitura (598): "Quem Semeia o Vento Colhe Tempestade!", publicação da Direção-Geral da Cultura da Guiné-Bissau (Mário Beja Santos)

1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 3 de Dezembro de 2013:

Queridos amigos,
Oxalá que os nossos confrades guineenses nos elucidem sobre esta história que tem texto e desenho de Luciano da Veiga, publicação da Direção-Geral da Cultura. Parece bizarro que fosse utilizada como material escolar e mesmo que tenha sido concebida como livro de histórias para crianças o seu ecletismo é assombroso na mistura de culturas, no palavrório, será difícil imaginar uma criança guineense entender-se com uma cidade com arranha-céus, soldados napoleónicos e uma criança-herói, Zé Dobrada a banquetear-se com um assado de cachorro… verdadeiramente, a quem se destinava esta história moralizante “Quem semeia o vento colhe a tempestade!”?

Um abraço do
Mário


Quem semeia o vento colhe tempestade!

Beja Santos

Oxalá os nossos confrades guineenses possam ajudar a interpretar esta obra e em que contexto ela era versada na terceira classe, pelo menos nos anos de 1980. O título é vibrante e a imagem da capa tem algo de oriental em contexto africano. A publicação é da editora NIMBA da Direcção-Geral da Cultura, Luciano da Veiga, Bissau 1988. Trata-se de mais uma escavação na Feira da Ladra, o indivíduo acocora-se em frente a um caixote pejado de folhetos, brochuras, programas de ópera, até ementas de lautos jantares e surge o achado desta história do Zé Dobrada, sétimo e último filho de um casal de pobres camponeses. É uma história moralizante, sente-se que há uma adaptação da BD, o ritmo é bom e a mensagem destinada a crianças passa escorreitamente.

Zé Dobrada tem sonhos, quer melhor destino de que viver na Tabanca Djemberem. Órfão de pai, pede à mãe que o deixe partir para explorar o mundo. A mãe nega-se, Zé Dobrada insiste, põe-se ao caminho até chegar à cidade de Balimbote. Pergunta a alguém onde é que pode arranjar emprego, que o adverte: “Amigo, se tens amor à tua vida, aconselho-te a abandonar esta cidade. Aqui não existe respeito pela vida humana, com esse rei no poder ninguém está seguro".

Zé Dobrada está confiante de que há lugar para ele, dirige-se ao palácio do rei, é recebido em audiência, começam os seus tormentos, primeiro vai para o campo às seis da manhã com o cão, tinha que disputar uma corrida com o cão, só havia comida para um, naturalmente que o cão ganhava sempre; com a barriga a apertar de fome, maquinou matar o canídeo e comeu-o; regressou ao palácio e deu ao rei uma falsa explicação sobre a morte do cão; o rei atribuiu-lhe nova tarefa, pastorear dez mil cabeças de gado, Zé Dobrada resolveu oferecer toda a manada à população, chegado à presença do rei disse-lhe que o povo tinha ficado grato por tanta bondade; temendo a fúria do povo, o rei Telamina nomeou-o administrador de um grande armazém cheio de mercadorias, Zé Dobrada ofereceu todo o recheio do armazém ao povo, passada uma semana o rei veio visitá-lo para saber do andamento do negócio e ordenou-lhe que preparasse duas caixas de munições para no dia seguinte caçarem juntos. Zé Dobrada vestiu-se a preceito e lá foi com o rei numa carruagem, pelo caminho viu dois caçadores e deu-lhes os dois caixotes de munições. Quando chegaram ao local onde iriam caçar, Zé Dobrada disse ao rei que tinha oferecido as munições. Encolerizado, o rei manda-o ao castelo para trazer novas munições, Zé Dobrada apresenta-se à rainha e diz-lhe que o rei ordenara que ele casasse imediatamente com a filha Fabíola. A rainha vacila, o rei já tinha prometido a mão da filha ao duque, mas Zé Dobrada prontamente responde que esse casamento estava anulado e que a ordem do casamento com Zé Dobrada era para cumprir imediatamente.

Estava-se na festança, uma boda repleta de gente e saborosos comes e bebes quando apareceu, derreado o rei que fizera o caminho a pé e encontrou sentinela embriagado. O rei perdeu as estribeiras, vai de espada em riste à procura de Zé Dobrada. Segue-se o duelo, Zé Dobrado fere-o, o povo ovaciona-o, Zé Dobrada determina que o rei tirano deverá morrer na forca. E reza o texto: “E assim Zé Dobrada tornou-se rei de Balimbote a pedido do povo, retificou todas as lei ditatoriais restaurando a paz, o sossego e a liberdade de expressão ao povo de Balimbote. Uma semana depois de ter subido ao trono, mandou uma escolta buscar a mãe. Doente se encontrava a mãe, sem comida e já sem forças de ficar em pé, ninguém na tabanca tão-pouco lhe ligava”.

Zé Dobrada manda Zé Claviculo ir buscar a mãe, a escolta parte, a mãe recusa partir mas depois de muita insistência e vendo o lindo vestido que lhe tinham trazido, “deixou-se cair pesadamente aos pés do oficial”. Escorriam-lhe lágrimas de felicidade, tombou para o chão e disse: “Deixai-me morrer aqui, soldados, digam ao meu filho que fiquei contente por saber que conseguiu realizar o seu sonho, mas não posso, o céu clama a minha alma, digam-lhe que morri feliz, ao lado do meu marido e dos seus irmãos e que no céu velaria pela sua vida, dia e noite”. E entregou a alma ao criador. O povo de Balimbote soube sepultar calorosamente a mãe de Zé Dobrada na tabanca de Djemberem, ela era a mãe do salvador daquele povo.

Se é livro de estudo, suscitam-se bastantes interrogações: os soldados trajam indumentária do tempo de Napoleão, o enterro é feito com uma carreta para um cemitério pomposo; há turbantes e calções árabes à mistura com indumentária europeia e africana; vemos cubatas, Balimbote tem arranha-céus e o palácio real lembra o Louvre. Tudo somado, é material errático se acaso se pretende a sua utilização escolar. Além disso o rei zangado chama filho da… a Zé Dobrada, chama-lhe bastardo, porco e percevejo. Seria interessante que os nossos confrades guineenses trouxessem esclarecimento para esta história “Quem semeia o vento colhe tempestade!”.

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Nota do editor

Último poste da série de 3 DE JUNHO DE 2014 > Guiné 63/74- P13230: Notas de leitura (597): Excerto do livro de Mário Gaspar, "O Corredor da Morte", cap 19: desmontando minas e armadilhas nos últimos dias de Gadamael, outubro de 1968

Guiné 63/74 - P13244: Agenda cultural (322): Lançamento do livro "Guiné-Bissau, um país adiado - Crónicas na pátria de Cabral", de Manuel Vitorino, dia 12 de Junho de 2014, pelas 18h00 na Biblioteca Florbela Espanca, em Matosinhos.

Lançamento do livro "Guiné-Bissau, um país adiado - Crónicas na pátria de Cabral", do jornalista Manuel Vitorino*, dia 12 de Junho de 2014, pelas 18h00 na Biblioteca Florbela Espanca, na Rua Alfredo Cunha, em Matosinhos.



(*) - Manuel Vitorino foi Fur Mil na 2.ª CCAÇ / BCAÇ 4518/73, Cancolim, 1973/74.
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Nota do editor

Último poste da série de 3 DE JUNHO DE 2014 > Guiné 63/74 - P13229: Agenda cultural (321): "Corredor da morte", de Mário Gaspar: a sessão de lançamento foi no passado dia 22, na presença de muitos amigos e de antigos combatentes... O autor irá promover o seu livro também no IX Encontro Nacional da Tabanca Grande, em Monte Real, no próximo dia 14

Guiné 63/74 - P13243: Convívios (604): 24º convívio da CART 2479 / CART 11, os Lacraus (Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/71), no passado 31 de maio, em Canas de Senhorim, Nelas (Abílio Duarte)



Nelas > Canas de Senhorim > 31 de maio de 2014 > 24º convívio da CART 2479 / CART 11 (Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/71) > Foto nº 923 > Nesta foto, à esquerda, o nosso Chef Michelin 5 Estrelas, ao centro o Leonel cripto, e um condutor, de quem agora não recordo o nome pelo que peço as minhas desculpas.



Nelas > Canas de Senhorim > 31 de maio de 2014 > 24º convívio da CART 2479 / CART 11 (Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/71) > Foto nº 940 > ​Nesta foto, da esquerda para a direita, o Valdemar Queiroz, eu, e o Aurélio Duarte,  de Coimbra. Grande seita!



Nelas > Canas de Senhorim > 31 de maio de 2014 > 24º convívio da CART 2479 / CART 11 (Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/71) > Foto nº 943 > Nesta,  os nossos cabos milicianos, Valdemar, Abílio Pinto, eu, o Aurélio e o Macias.



Nelas > Canas de Senhorim > 31 de maio de 2014 > 24º convívio da CART 2479 / CART 11 (Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/71) > Foto nº 946 > ​A referir nesta foto o 4º. Pelotão, com o Alf Pina Cabral sentado, mais o Valdemar; à esquerda o Cabo At Altino, mais os anteriores acima referidos (o Macias, o Abílio Pinto, o Aurélio) e a ainda o Cabo Mil de Trms Silva ( Obs: nunca gostei do nome Furriel!)



Nelas > Canas de Senhorim > 31 de maio de 2014 > 24º convívio da CART 2479 / CART 11 (Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/71) > Foto nº 954 > Nesta deves reconhecer o Cândido Cunha, acompanhado do ex-Alf. Martins, comandante do nosso Pelotão, meu e do Cunha.



Nelas > Canas de Senhorim > 31 de maio de 2014 > 24º convívio da CART 2479 / CART 11 (Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/71) > Foto nº 968 > Foto tirada junto a um monumento referente às Guerras do Ultramar (1)



Nelas > Canas de Senhorim > 31 de maio de 2014 > 24º convívio da CART 2479 / CART 11 (Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/71) > Foto nº 970 > Foto tirada junto a um monumento referente às Guerras do Ultramar (2)

Fotos ( e legendas): © Abílio Duarte (2013). Todos os direitos reservados. (Editadas por L.G.)

1. Mensagem de hoje do nosso camarada Abílio Duarte [ex-fur mil art, CART 2479 (que em janeiro de 1970 deu origem à CART 11, Os Lacraus, que por sua vez em junho de 1972 passou a designar-se CCAÇ 11), Contuboel, Nova Lamego, Piche e Paunca, 1969/70]:


Olá Luis,

Tomo a liberdade de te enviar algumas fotos do nosso convivio em Canas de Senhorim, no passado dia 31 de Maio (*) .Os meus agradecimentos pela tua disponibilidade.

Um grande abraço em nome de todos Os Lacraus. (**)
Abílio Duarte
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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 4 de maio de 2014 > Guiné 63/74 - P13093: Convívios (590): 24º convívio da CART 2479 / CART 11 (Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/71), 31 de maio, em Canas de Senhorim, Nelas (Abílio Duarte)

Guiné 63/74 - P13242: Parabéns a você (746): Belarmino Sardinha, ex-1.º Cabo Radiotelegrafista do STM (Guiné, 1972/74)

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Nota do editor

Último poste da série de 5 de Junho de 2014 > Guiné 63/74 - P13237: Parabéns a você (745): Manuel Traquina, ex-Fur Mil Inf da CCAÇ 2382 (Guiné, 1968/70)

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Guiné 63/74 - P13241: Convívios (603): CCAV 2748 (Canquelifá, 1970/72), Almeirim, 31 de maio último: as fotos da nossa alegria, 42 anos depois do regresso a casa (Francisco Palma)



Almeirim > 31 de maio de 2014 >  16º Convívio da CCAV 2748  (Canquelifá, 1970/72) > Foto de família


Almeirim > 31 de maio de 2014 >  16º Convívio da CCAV 2748  (Canquelifá, 1970/72) > Ao centro, o organizador, o nosso camarada Francisco Palma



Almeirim > 31 de maio de 2014 >  16º Convívio da CCAV 2748  (Canquelifá, 1970/72) > A  alegria do reencontro...


Almeirim > 31 de maio de 2014 >  16º Convívio da CCAV 2748  (Canquelifá, 1970/72) >  Camaradas e amigos para sempre...


Almeirim > 31 de maio de 2014 >  16º Convívio da CCAV 2748  (Canquelifá, 1970/72) >  A "hora da dolorosa"...


Almeirim > 31 de maio de 2014 >  16º Convívio da CCAV 2748  (Canquelifá, 1970/72) >  O bolo dos 42 anos do regresso a casa

Fotos: © Francisco Palma  (2014). Todos os direitos reservados. (Editadas e legendadas por L.G.)


1. Mensagem de Franscisco Palma [ex-Soldado Condutor Auto Rodas da CCAV 2748 / BCAV 2922, Canquelifá, 1970/72], com data de 2 do corrente


Assunto - 16º Convívio da CCAV 2748

Estimados Camaradas / Tabanqueiros / Bloqueiros,

Mais um ano se passou!

Em 31/05/2014, a CCAV 2748 do BCAV 2922 realizou, com 90 presenças, grande alegria, amizade e camaradagem o seu 16º Convívio, no Restaurante Marisqueira Os Paulos, em Almeirim

A sensação de mais um reencontro de camaradas combatentes de Canquelifá, no leste da Guiné,  1970-72, em que mais uma vez foram ultrapassadas todas as expectativas, 

Compareceram dois camaradas que não víamos desde 1972, data do regresso, o Manuel Correia Graça DFA,  ferido com acidente de estilhaço de obus 14, e o José António Alves, meu camarada de abrigo (eu e ele ripostámos ao fogo inimigo, lado a lado, pelo menos em 10 ataques frente ao Abrigo 12).

Tantas relembranças e histórias/estórias recontadadas de factos vividos e que nos parece aconteceram... ontem!... Com sorrisos de alegria estampados nos rostos, já a começar a enrugar, e com os cabelos já "muito" grisalhos... Na realidade, já se passaram 42 anos do regresso daquele TO.

Na qualidade de organizador, sinto-me honrado e sem conseguir explicar em palavras o que sentimos.
Junto fotos que falam por si.

Um abraço a todos os Camaradas
Francisco Palma
CCAV 2748 

Guiné 63/74 - P13240: IX Encontro Nacional da Tabanca Grande (14): Homenagem do nosso "poeta todos os dias", Silvério Dias, ex-radialista do PFA,... que infelizmente não vai poder estar connosco em Monte Real, no dia 14... E, a propósito, já temos 110 inscrições, 6 das quais da diáspora lusitana (França, EUA, Holanda)

1. Mensagem do nosso camarada Silvério Dias [ex-1º srg art ref, com 9 anos de Guiné, de 1967 a 1976, radialista no PFA, entre 1969 e 1974], com data de 3 do corrente

Assunto >  10º aniversário da Tabanca Grande

Ao "Homem-Grande" e a todos os "Tabanqueiros", votos de saúde, alegre disposição e alguna euros para gastos, deste vosso companheiro, o 651 - Silvério Dias.

Definitivamente, não me é possível marcar presença em Monte Real,no dia 14 de junho, o que lamento. Porém, homem previdente que sou, tinha alinhavado um escrito para. vos ler, com "voz Pifas". Delego no António Garcez Costa, vulgo "Tony Sacavem", tal tarefa. Prometeu estar convosco, tal como esteve, comigo no PFA [, Porgrama das Forças Armadas] da Guiné.

Assim sendo:

Frase nº .26., fora de concurso: "A Tabanca é Grande... Nela cabe, sempre mais um!" (*)

O Mundo era pequeno.
Portugueses o tornaram maior.
Povo aguerrido mas sereno,
O dilatou, pela Fé e com Valor!

E descobriu,...uma tabanca.
Grande. Tão grande que acolhe milhares.
Homens vários, de cor branca.
Estiveram na Guiné como militares.

Tabanca! É aí que se encontram,
A contar as suas "estórias".
O que dizem quando as contam,
Nesse rapar, do baú das memórias?

Talvez blogando, recordando e sorrindo,
Outras vezes, gemendo e chorando,...
Porque foi bom, de lá ter vindo,
Sem males, mas algo lá deixando.

Tabanca Grande, onde cabemos,
Qualquer que seja a origem ou posto,
Perfilhando memórias e afetos serenos,
De há dez anos, com muito gosto!

E hoje, em dia tão memorável,
Tenhamos na mente esta união,
Dizendo, de forma sustentável,
Filhos de camaradas, nossos são!

Lembrar também ao povo Português:
A nossa bandeira tem sete castelos.
Quem a comprar, na loja do chinês,
Terá pagodes. Nela, espadas seriam cutelos.

Não há que mentir nem disfarçar.
Dizer sim, estive lá e voltei!
Na Guiné, em guerra do Ultramar.
Me disseram que defendia Pátria e Grei.

D'alguém como eu, me fiz amigo.
Partilhámos a saudade e os anseios.
E porque dormimos no mesmo abrigo,
Juntos ultrapassamos os receios.

Não deixes os outros falarem por ti.
As histórias são pertença só tua.
A mim, as mensagens que recebi,
Me confortam, se sinto a alma nua.

Quanto ao resto, "a roupa suja",
Ela é privada e na caserna se lava.
Nunca na parada. Aí, que apenas surja,
Aquele gigantesco poilão que nos abrigava!

................................................

Utopias, devaneios... são o que são!
Esta amálgama compilada da lista,
Sujeita a bem intencionada votação.
Eleita a melhor, que a ela se assista!

De parabéns, todos os "tabanqueiros"
Desde os mais recentes aos primeiros.
E, justiça, aqui e agora de faça:
O movimento (louvável) deve-se ao Luís Graça.

Para ele uma salva de palmas,
Como agradecimento das nossas almas!

Oeiras, 3 de Junho 2014. (**)

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Notas do editor: 

(*) Vd. poste de 1 de junho de 2014 > Guiné 63/74 - P13222: IX Encontro Nacional da Tabanca Grande (12): Escolhidas as cinco melhores frases por 69 grã-tabanqueiros... E a menos de 2 semanas, temos já 94 bravos voluntários para a Operação Monte Real 2014, no dia 14 deste mês...

Guiné 63/74 - P13239: Artistas de variedades no mato (2): Em Bambadinca, no meu tempo, trabalhava-se com a prata da casa... Mas também me lembro de um espetáculo com profissionais: Tino Costa, Fernando Correia... (Gabriel Gonçalves, ex-1º cabo cripto, CCAÇ 12, 1969/71)


Guiné > Zona Leste > Setor L1 > Bambadinca > CCS/BCAÇ 2852 (1968/70) > Possivelmente maio de 1969 > Foto (nº 212) do álbum do José Carlos Lopes, ex-fur mil amanuense, com a especialidade de contabilidade e pagadoria, especialidade essa que ele nunca exerceu (na prática, foi o homem dos reabastecimentos do batalhão).

O meu camarada Lopes (, estivemos juntos em Bambadinca, de julho de 1969 a maio de 1970,) já não pode precisar em que data é que foi tirado este "slide" (e outros do mesmo evento). Mas lembra-se muito bem da visita da Cilinha e do conjunto musical das Forças Armadas que veio animar a malta da CCS do batalhão e subunidades adidas (Pel Rec Daimler 2046, Pel Mort 2106, Pel Caç Nat 63 - que em maio vai para Fá, sendo rendido pelo Pel Caç Nat 53) . Se foi nesta data, a CCAÇ 2590/CCAÇ 12 ainda estava para chegar...
.
O conjunto musical (foto. nº 212) era formado por 5 elementos, tudo ou quase tudo cabos, havendo 1 cantor, 3 guitarras elétricas e 1 baterista (pormenor curioso: arranjou um cunhete de munições para pôr em cima da cadeira e "fazer altura"). (O nosso camarada Vitor Raposeiro, ex-Fur Mil, Radiotelegrafista, STM, de rendição indiviual, que passou por Aldeia Formosa, Bambadinca, Bula e Bissau, 1970/72, também viria integrar este conjunto musical das Forças Armadas, tendo saído de Bambadinca ao tempo do BART 2917).

Foto: © José Carlos Lopes (2013). Todos os direitos reservados. (Editada e legendada por L.G.)


1. Mensagem do Gabriel Gonçalves [, ex-1º cabo cripto, CCAÇ 2590 / CCAÇ 12, Contuboel e Bambadinca, 1969/71], com data de ontem,

 Luis:

Espero que já estejas totalmente restabelecido da cirurgia.

Quanto à questão que pões (*), lembro-me que no tempo do BCAÇ 2852 (1968/70), os espectáculos eram feitos com a prata da casa, pois formou-se um conjunto musical, do qual eu fazia parte, ( tenho que ir procurar algumas fotos que testemunham isso).

No tempo do BART 2917 (1970/72), houve um espectáculo onde participaram, além de mim, outros camaradas da  CCAÇ 12, acompanhados ao acordeon pelo Tavares [, 1º cabo escriturário].

Também houve um espectáculo, esse sim com profissionais, dos quais o acordeonista Tino Costa, uma cantora (de que não me lembro o nome) e o Fernando Correia, este lembro-me, dado ter interpretado uma canção da qual nunca me esqueci:  Canção do Moliceiro  [, disponível no You Tube / João Santos, em áudio] (**) : 

Grande abraço

GG

2. Comentário de LG:

Obrigado, GG, grande companheiro das noitadas de Bambadinca, e meu camarada da CCAÇ 12. Obrigado pelas tuas recordações. Nessa altura, tu tocavas violas e canatavas muito bem, nomeadamente músicas com letras parodiadas...

 Chamavam-te (descobri há tempos num texto do Luís Nascimento, o cripto da CCAÇ2533)  o "bambibo de oro"... Com toda a justiça.. Para nós, eras o GG, o Arcanjo Gabriel...

Do nosso 1º cabo escriturário Tavares [, foto à esquerda, do Humberto Reis, em Nhabijõies, c. 1970,] e do seu acordeão lembro-me muito bem! O nosos 1º cabo escriturário Eduardo Veríssimo de Sousa Tavares!... (O que será feito dele ? Disse-me alguém tê-lo encontrado,há uns anos, a trabalhar no Porto).

Havia mais malta que tocava viola, na nossa CCAÇ 12...

Mas eu agora queria era chamar-te a atenção para foto que republico acima (***)...Há dúvidas sobre a data. Em princípio, teria sido tirada em maio de 1979, aquando de um visita das senhoras do Movimento Nacional Feminino a Bambadinca, acompanhadas do conjunto musical das Forças Armadas.  Será mesmo malta desse conjunto ou será malta da CCS/BCAÇ 2852 ? Inclino-me mais para a 1º hipótese...  Se a foto de maio de 1969, ainda não é do nosso tempo, já que fomos para Bambadinca só em 18/7/1969.

3. Mensagem posterior do Gabriel Gonçalves, em comentário ao poste e em resposta ao pedido pelo editor:

Essa foto é de 1969 [, 1º semestre,] e o conjunto musical é constituído por elementos de Bambadinca, da CCS/BCAÇ 2852 ( nós, CCAÇ 12, ainda não estávamos lá). O baterista que está sentado no cunhete, é o Serafim, condutor auto [ 1º cabo condutor auto Serafim Gragelo de Jesus]; o vocalista é o Tony, telegrafista [1º cabo radiolegrafista António N. Sousa]; quanto aos outros não me lembro dos nomes, mas são todos do BCAÇ 2852. ____________

Notas do editor

(*) Vd., primeiro poste da série > 4 dce junho de  2014 > Guiné 63/74 - P13235: Artistas de variedades no mato (1): Rui Mascarenhas... em Bafatá, anunciado para o dia 27/2/1973... Ou uma história com moral: voluntário na tropa nem para comer... (António Santos, ex-sold trms, Pel Mort 4574/72, Nova Lamego, 1972/74)

Vd. também os seguintes postes_

Meia-noite ria abaixo,
Lá vai lesto o moliceiro,
Vai retratando nas águas
As saudades do barqueiro.

Nas noites em que há luar.
Quando passas. moliceiro,
És das coisas mais bonitas
Que tem a ria de Aveiro.

Ai, ai, ai, lindo moliceiro,
Deixa-me ir contigo à ria de Aveiro.
À ria d'Aveiro, à ria sem par,
Lindo moliceiro que andas a vogar.
Que andas a vogar na ria d'Aveiro,
Deixa-me ir contigo, lindo moliceiro.


(***) Vd. poste de 23 de janeiro de  2013 > Guiné 63/74 - P10993: Álbum fotográfico do ex- fur mil José Carlos Lopes, amanuense do conselho administrativo da CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70) (8): Há festa no quartel: visita da Cilinha e do conjunto musical das Forças Armadas, em abril ou maio de 1969

Guiné 63/74 - P13238: (Ex)citações (234 ): A angústia do artilheiro quando tinha de dar apoio às NT, nomeadamente quando estavam sob fogo IN... (Vasco Pires, ex-alf mil art, cmdt do 23.º Pel Art, Gadamael, 1970/72, há mais de 4 décadas no Brasil)


Guiné > Região de Tombali > Bedanda > CCAÇ 6 > Agosto de 1972 > O temível obus 14 [140 mm] em ação... à noite.

Foto: © Vasco Santos (2011) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados.



1. Mensagem, de 25 do passado mês de maio,  do nosso camarada Vasco Pires [ex-alf mil art, cmdt do 23.º Pel Art, Gadamael, 1970/72; membro da Tabanca Grande, a viver na diáspora, Brasil]

...AINDA A ARTILHARIA DA GUINÉ.

Caríssimos Carlos/Luís,
Éramos poucos e dispersos, e dispersos continuamos, talvez por isso a nossa história seja tão pouco conhecida, digamos mesmo, quase esquecida.

O Comando da Artilharia na Guiné ficava em Bissau, BAC 1, GAC 7, e finalmente GA 7 quando agregou a Artilharia Antiaérea, sob o comando de um Oficial Superior de Artilharia e os Pelotões espalhados no TO, adidos a Companhias ou Batalhões que, penso, chegaram a 27. A tropa era do contingente local, sendo três graduados da tropa continental, um Alferes e dois Furriéis, e, raramente, um Cabo Apontador.

Os Pelotões não podiam sair dos quartéis sem uma autorização expressa do Comando em Bissau, ou - no meu tempo - com uma ordem escrita do Comando Operacional local; os Artilheiros ficavam, segundo alguns, no "bem bom" do arame farpado.

A Artilharia tinha funções de defesa e ataque, incluindo apoio às NT em combate. Eu, com excepção, de dois "passeios" que fiz no começo e no fim da comissão, ao Bachile e a Ingoré, passei a maior parte do meu tempo de serviço na Guiné num quartel da fronteira Sul, Gadamael, também conhecido como Gadamael Porto.

Os quartéis da fronteira Sul  eram "ilhas" rodeadas de arame farpado, no meio de "terra de ninguém", e ao alcance da Artilharia IN além-fronteira. Falar das condições operacionais da fronteira Sul, tornar-se-ia repetitivo, pois já foi feito exaustivamente.

A vigilância constante era apanágio da atividade da Artilharia, durante o dia no apoio às NT, e durante a noite em alerta para uma pronta resposta às flagelações da artilharia IN. Digo pronta resposta, contudo precedida de uma rápida análise da situação, para evitar o fogo de contra-bateria, ou seja evitar que uma resposta precipitada facilitasse a regulação do tiro IN. Em alguns casos extremos - aqui-del-rei que eles querem entrar! - poucos, felizmente, o Artilheiro tinha de dar uma de Clint Eastwood dos Trópicos, e fazer tiro direto.

Contudo, como já disse anteriormente noutro comentário, o momento de maior tensão do Artilheiro era o apoio às NT, principalmente quando estavam debaixo de fogo IN, todos podem imaginar a precaridade do envio de dados naquelas condições operacionais física e emocionalmente.

Quantos militares, até civis, não sentiram alívio quando ouviam o "troar dos nossos Canhões"?

OBSERVAÇÃO: escrevo estas mal traçadas linhas, motivado por um alerta do Camarada Luís Graça sobre a falta de conhecimento da "cultura" da Artilharia; não faz parte, pois, da coletânea "A minha guerra é maior que a tua".

...e siga a Artilharia... (**)

forte abraço a todos
Vasco Pires
Ex-soldaddo de Artilharia (IOL)
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Notas do editor:

(*) Vd. postes de:

18 de maio 2014 > Guiné 63/74 - P13159: (Ex)citações (232): "Tristes artilheiros solitários" no meio dos infantes... (Vasco Pires, (ex-alf mil art, cmdt do 23.º Pel Art, Gadamael, 1970/72)

26 de abril de 2014 > Guiné 63/74 - P13046: O segredo de... (18): O ato mais irresponsável nos meus dois anos de serviço como soldado de artilharia (Vasco Pires, ex-alf mil art, cmdt do 23.º Pel Art, Gadamael, 1970/72)

(**) Último poste da série 20 de maio de  2014 > Guiné 63/74 - P13167: (Ex)citações (233): Venho manifestar o meu apoio ao camarada Veríssimo Ferreira pelo repto que faz ao camarada Manuel Vitorino (Manuel Luís Lomba)