terça-feira, 19 de abril de 2016

Guiné 63/74 - P15992: Tabanca Grande (485): Completando o processo de adesão do António Osório, que vive em Vila Nova de Gaia: foi fur mil rec inf, CCS/QG/CTIG (Bissau, Cacine, Gadamael, Cameconde, 1970/72)


António Osório, foto atual. Vive em Vila Nova de Gaia



Guiné > Região de Tombali > Cacine > c. 1970/71 > "Com um motorizada que comprei a um agente da DGS. Ia de Cacine a Cameconde, ida e volta. Adorei Cacine, o sítio mais lindo da Guiné".



Guiné > Região de Tombali > Cacine > c. 1970/71 > "Eu, com três bajuditas".


Fotos (e legendas): © António Osório (2016). Todos os direitos reservados


1. O  António Osório, ex-fur mil Rec Inf, CCS/QG/CTIG (1970/72) esteve em Bissau, Gadamael, Cacine, Cameconde e Bissau.

Faz parte, formalmente, da Tabanca Grande desde 27/12/2011 (*). Para além da foto atual, faltava-nos, pelo menos, mais uma foto do tempo da Guiné.

Já nos encontrámos em pelo menos 3 encontros nacionais, em Monte Real. Tivemos desta vez, em 16/4/2016, a possibilidade de recolher duas imagens do seu álbum fotográfico, para completarmos o seu processo de adesão, segundo as velhas NEP da Tabanca Grande (**)... Mais vale tarde que nunca... Aqui vão as fotos (vd. acima).

2. Recorde-se a apresentação que o nosso camarada fez na altura, secundando o seu pedido para integrar o nosso blogue. Acrescente-se que o Osório é amigo e vizinho do Xico Allen, e também acompanhou, em parte, o percurso do Mário Miguéis da Silva, que é da mesma especialidade e vive hoje em Esposende, Pensamos que os dois já se encontraram ou falaram ao telefone.

(...) Gostava que o meu nome fosse acrescentado à lista dos camaradas que serviram o nosso País na Guiné.

Cheguei às Caldas da Rainha a 6 de outubro de 1969 para frequentar o 1º ciclo do Curso de Sargentos Milicianos [CSM],  ficando apto para a frequência do 2º ciclo em 2/12/1970, em Tavira.

Em 21 de março [de 1970] terminei o 2º ciclo do CSM,  com a classificação de 14,23 valores na especialidade de Reconhecimento e Informações. Mais tarde fui colocado nas Caldas da Rainha como cabo miliciano, instrutor dos cursos de sargentos milicianos.

Em 18 de novembro de 1970 embarquei para a Guiné, no navio "Ana Mafalda", onde cheguei no dia 24 de bnovembro, como furriel miliciano Rec Info, Fui colocado na CCS (Companhia de Comandos e Serviços) do QG/CTIG, em rendição individual.

No dia 25 de novembro rumei a Cacine e mais tarde a Gadamael. A minha vida no primeiro  ano de Guiné foi passada entre Gadamael, Cacine e Cameconde como furriel miliciano,  responsável pelas informações militares, na dependência do Comando-Chefe sediado em Bissau.

No segundo ano rumei a Bissau onde me mantive no Comando-Chefe, Rep Info (Repartição de Informações Militares) até 1 de dezembro de 1972, dia em que,  a bordo de um avião dos TAM, regressei a Lisboa.

Na Repartição Info, tive o privilégio de trabalhar com Firmino Miguel e Almeida Bruno, então majores do exército, hoje generais.

Fui louvado pelo Chefe de Estado Maior QG/CTIG (Ordem de Serviço n.º 279 de 29.11.1972 da CCS/QG), por proposta do Chefe da Repartição de Informações. Foi-me ainda atribuída a Medalha Comemorativa das Campanhas da Guiné pelo Comandante Militar Brigadeiro Banazol, com a legenda “Guiné 1970-71-721 (Ordem de serviço n.º 253 de 28 de Outubro de 1972) da CCS/QG" (...).


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > O António Osório estava inscrito com mais duas pessoas Ana e Maria da Conceição (Vila Nova de Gaia). 

Foto: © Manuel Resende (2016). Todos os direitos reservados

Guiné 63/74 - P15991: XI Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 16 de Abril de 2016 (11): Fotos de Miguel Pessoa - Parte II


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Os fotógrafos fotografados: Carlos Vinhal e a Maria João, esposa do Manuel Lema Santos


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Carlos Vinhal e Luís Graça


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Dois dos muitos fotógrafos: J. Casimiro Carvalho e Jorge Canhão


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Juvenal Amado, Moutinho Santos (régulo da Tabanca de Matosinhos) e Joaquim Peixoto


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Jorge Teixeira e António Tavares... Se não erramos, é primeira vez que o  Jorge Teixeira, (ex-fur mil art, CART 2412, Bigene -Guidage e Barro, 1968/70) vem ao encontro anual da Tabanca Grande... O António Tavares foi Fur mil da CCS/BCAÇ 2912, Galomaro, 1970/72) e é nosso colaborador mais assíduo.


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 >  Abel Santos, a esposa Júlia e a Dina Vinhal


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 >  O régulo da Magnífica Tabanca da Linha, Jorge Rosales


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 >  O Francisco Silva, que vai voltar à Guiné-Bissau, um dia destes, agora como cirurgião...


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 >  António Martins de Matos, o nosso bravo tenente pilav (BA 12, Bissalanca, 1972/74), o olhar distante, pensando talvez em Kandiafara, na Guiné-Conacri, e nas "ameixas" que lá deixou em 18 de junho de 1973, depois de Spínola autorizar o bombardeamento daquela base do PAIGC, que ficou destruída... Tem um escrito para comemorar essa efeméride...


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 >  Três homens de Bambadinca: António Fernando Marques, Luís R. Moreira e Luís Graça (e que, por coincidência, voaram os três sob duas minas A/C, à saída do reordenamento de Nhabijões, no fatídico dia 13 de janeiro de 1971).


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 >  Idálio Reis, Rui Guerra Ribeiro e Manuel Joaquim (que desta vez não trouxe o seu "minino" Adilan, que estava a trabalhar)


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Mais dois bambadinquenses, José Armando F. Almeida (Albergaria-a-Velha) e Luís R. Moreira (Lisboa). Ambos pertenceram ao BART 2917 (Bambadinca, 1970/72).

Fotos: © Miguel Pessoa (2016). Todos os direitos reservados
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Nota do editor:
Último poste da série > 19 de abril de 2016 > Guiné 63/74 - P15990: XI Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 16 de Abril de 2016 (10): Fotos de Miguel Pessoa - Parte I

Guiné 63/74 - P15990: XI Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 16 de Abril de 2016 (10): Fotos de Miguel Pessoa - Parte I


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Foto de família 


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > O nosso coeditor Carlos Vinhal e comandante da Op Monte Real 2016


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > António Marques, Luís R. Moreira , a Irene e a Suzel (esposa do José Fernando Almeida, Óbidos ).


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 >  Da esquerda para a direita: Virgínio Briote, António Estácio, Idálio Reis e Rui Guerra Ribeiro


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Luís R. Moreira e Sucena Rodrigues (em segundo plano)


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Joaquim Mexia Alves e Delfim Rodrigues (de perfil)


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Joaquim Mexia Alves (em primeiro plano) e o Manuel Lima Santos (Viseu)


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > António Martins de Matos (que chegou a general) e Manuel Resende (que não passou de alferes)...  O Manuel Resende é o fotógrafo privativo da Tabanca da Linha


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Lucinda Aranha e José António (Torres Vedras)... A escritora  Lucinda Aranha Antunes era filha de Manuel Joaquim, empresário e caçador em Cabo Verde (1929/1943) e Guiné (1943/1973), o homem do cinema ambulante que alguns de nós conheceram; está a escrever um livro sobre o pai.


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > A esposa e o filho do Joaquim Mexia Alves, a Catarina e o André.


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Da esquerda para a direita, Jorge Rosales, JERO ("o último monge de Alcobaça") e Francisco Silva.

Fotos: © Miguel Pessoa (2016). Todos os direitos reservados
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Guiné 63/74 - P15989: XI Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 16 de Abril de 2016 (9): Fotos de Manuel Resende - Parte II


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Duas famílias com direito a mesa reservada: o António Santos (à esquerda, 6 pessoas) (Caneças / Odivelas) e o António Osório (à direita, 3 pessoas) (Vila Nova de Gaia)...


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Outra família, a do Belarmino Sardinha, com a Antonieta, a Ana e o Pedro (que não aparece na foto) (Odivelas)


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Um grupo de peso, todos "mouros" e ligados à Tabanca da Linha (com exceção do Paulo): da direita para a esquerda. o José Rodrigues (Belas / Sintra), o Zé Manuel Matos Dinis (Cascais), Paulo Santiago  (Aguada de Cima / Águeda), o Armando Pires (Algés  / Oeiras) e o Manuel Joaquim (Lisboa).


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Damas (Luisa e Alice) e cavalheiro (Zé Manuel Matos Dinis)


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > De que é que se estará aqui a falar ? Do Xime e da CART 3494... Tó Zé Pereira da Costa e Jorge Araújo...


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > O Francisco Batista e o Hélder Sousa (de luto, pela morte de um cunhado)


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Dois antigos membros da CCAÇ 12, mas as respetivas "bajudas": o Sucena Rodrigues e o António Duarte...


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 >  O António Faneco (Montijo) e o Victor Tavares (Recardães / Águeda)...


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Malta de Leiria, pertencentes à Tabanca do Centro: ao meio o Agostinho Gaspar


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > O Rui Pedro Silva (Lisboa) e Manuel Augusto Reis (


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > O C. Martins (Penamacor) e o Mário Gaspar (Lisboa), falando inevitavelmente de Gadamael...


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > O José Barros Rocha (Penafiel) e o Rogé Guerreiro (Cascais).

Fotos: © Manuel Resende  (2016). Todos os direitos reservados
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Nota do editor:

Vd.postes anteriores:

18 de abril de 2016 > Guiné 63/74 - P15986: XI Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 16 de Abril de 2016 (10): Foto de Jorge Canhão (ex-fur mil at inf, 3ª CCAÇ/BCAÇ 4612/72, Mansoa e Gadamael, 1972/74).

18 de abril de  2016 > Guiné 63/74 - P15984: XI Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 16 de Abril de 2016 (9): Fotos de Manuel Resende - Parte I

Guiné 63/74 - P15988: Parabéns a você (1067): Augusto Vilaça, ex-Fur Mil Art da CART 1692 (Guiné, 1967/69); Leão Varela, ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 1566 (Guiné, 1966/68) e Victor Barata, ex-1.º Cabo Especialista MMA - DO 27 da BA 12 (Guiné, 1971/73)



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Nota do editor

Último poste da série de 18 de Abril de 2016 Guiné 63/74 - P15982: Parabéns a você (1065): Raul Brás, ex-Soldado Condutor Auto da CCAÇ 2381 (Guiné, 1968/70)

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Guiné 63/74 - P15987: Nota de leitura (831): “As guerras coloniais portuguesas e a invenção da História”, por Luís Quintais, Imprensa de Ciências Sociais, 2000 (Mário Beja Santos)

1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 2 de Junho de 2015:

Queridos amigos,

Temos aqui uma narrativa de antropólogo que pediu ajuda à psiquiatria para conhecer as vítimas da desordem de stresse pós-traumático. Passadas estas décadas, como alguns livros recentemente ilustram, há famílias que continuam a sofrer com o sofrimento do ex-combatente que se recusa a desvelar as topografias da memória e a procurar alívio e a socorrer-se de terapêuticas.

Trata-se de um ensaio que põe frente a frente as ciências psiquiátricas e esta desordem a que continuamos indiferentes, viajamos com o autor num serviço do então Hospital Júlio de Matos, questionamos silêncios da muita gente que teme ingerências inoportunas do passado no presente. Talvez o último grande tabu das nossas guerras coloniais.

Um abraço do
Mário


Desordem de stresse pós-traumático: 
Quando a guerra é uma ferida da memória e um enigma para a medicina

Beja Santos

A desordem do stresse pós-traumático passou a ser alvo de estudos intensos a propósito da guerra do Vietname, gerando novos rumos para a psicoterapia e abalando o muito que se pensava saber acerca das ciências da memória. A memória de aqui se fala é traumática e a medicina, ao tempo da guerra colonial, praticamente que lhe passava ao lado. Mas acontece que muitos dos que vieram dos teatros de operações continuaram a sentir a guerra dentro de si, a viver em alerta, submetidos a uma ansiedade inexplicável, a comoverem-se imprevistamente numa sala de cinema ou num hospital.

“As guerras colonias portuguesas e a invenção da História”, por Luís Quintais, Imprensa de Ciências Sociais, 2000, é um trabalho etnográfico que tem por centro sessões de psicoterapia. Luís Quintais, então assistente de Antropologia da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra integrava-se nos grupos de terapia e estabeleceu contactos com vários ex-combatentes que frequentavam o Serviço de Psicoterapia e que se reuniam na APOIAR – Associação de Apoio aos Ex-Combatentes Vítimas de Stresse de Guerra. Trata-se de um pertinente ensaio em que o investigador demanda o que pode a ciência psiquiátrica face a esta desordem, quais as terapias possíveis, como apreciar o contexto português, como lidar com a memória, o trauma, por onde param as melhores terapias para tratar estas vítimas que se infelicitam e condenam os seus meios familiares à derrisão e à angústia.

Escreve o autor que qualquer indivíduo para ser diagnosticado com a desordem de stresse pós-traumático tem de: ter sido exposto a um acontecimento que vivenciou ou testemunhou envolvendo morte ou ferimento grave e em que a resposta pode ter implicado impotência, horror ou medo; essa pessoa irá revivenciar o acontecimento traumático através de penosas recordações, pesadelos e até sentir que o acontecimento traumático está a acontecer de novo; tudo conjugado, a vítima padece de intenso sofrimento psicológico e a sua fisiologia pode ser severamente afetada por essas recordações, sonhos e até mesmo alucinações.

Há duas formas de intervenção terapêutica para atacar esta desordem: a farmacoterapia e a psicoterapia. Diz o autor que os fármacos prescritos são usados, fundamentalmente, para controlar situações descritas como patológicas e que concorrem com a desordem do stresse pós-traumático: por pressão, ansiedade generalizada e abuso de substâncias químicas ou álcool. As psicoterapias socorrem-se de técnicas que se apoiam na comunicação verbal e emocional. Há três abordagens psicoterapêuticas: a terapia comportamental, a terapia cognitiva e a terapia psicodinâmica. Pretende-se acima de tudo reduzir a ansiedade e as reações que a acompanham expondo os pacientes a estímulos que sejam claramente inofensivos.

O médico que mais preocupações tem revelado quanto à obtenção de diagnóstico desta desordem em Portugal tem sido Afonso de Albuquerque. Em 1986, a ADFA – Associações dos Deficientes das Força Armadas organizou uma reunião sobre stresse de guerra e Afonso de Albuquerque propôs-se a estudar e a fazer um diagnóstico desta desordem. Assim apareceu, a partir de 1990, o Serviço de Psicoterapia Comportamental do Hospital Júlio de Matos, em Lisboa, serviço esse que não lidava só com o stresse pós-traumático mas também com o tratamento de fobias. É um serviço hospitalar de consulta externa. Nesse ano 2000, tinha cerca de 4000 mil consultas por ano. Ainda no século XX Afonso de Albuquerque e colegas que com ele trabalhavam sugeriam que havia em Portugal cerca de 140 mil ex-combatentes sujeitos a esta desordem.

Entramos agora nas topografias da memória, o autor assiste às sessões, regista os casos, houve as vítimas, acompanha o trabalho que assenta na necessidade em “deitar cá para fora”. O autor tece um juízo: “Pensar estes homens como vítimas de processo de adaptação fisiológica e psicológica afigura-se como a única maneira cultural e socialmente sancionável de tornar o insuportável suportável. Trata-se, se quisermos, de humanizar o inumano, um exercício que tem como agente simbolicamente mediador uma retórica sobre o sofrimento”.

E depois ouvimos as vítimas que combateram em Angola e Moçambique. Entramos nos meandros profundos das sessões de psicoterapia onde se jogam a memória individual e memória social, o corpo individual e o corpo social, para constituir um processo de criação de memórias em vários pontos do espaço-tempo. Passa-se em revista o trabalho da APOIAR, as relações desta com a ADFA e ouvem-se vítimas como o nosso confrade Mário Vitorino Gaspar que descobriu que era dado por falecido na sua caderneta. Numa entrevista a João Paulo Guerra, Mário Gaspar não esconde a sua constante conflitualidade: “Na rua meto o bedelho em tudo. Onde eu vejo uma situação que eu acho que não é justa… E então não há recuo possível, uma pessoa avança e não recua”. Só com a terapia de grupo é que começou a falar das suas experiências de guerra. Foi o motor do jornal da APOIAR, era assim que constantemente voltava à guerra.

Mas há outro ângulo, por sinal bastante instável, das topografias da memória: os silêncios das vítimas. E autor volta a tecer outro juízo: “Todas as formas mais ou menos voluntárias de silenciamento de que têm sido objeto as guerras coloniais só podem, em meu entender, explicar-se dada a impossibilidade de nos confrontarmos com a atrocidade e a violência extremas que se inscrevem no tecido da sua história. Atrocidade e violência que espelham indisfarçadamente a ininteligibilidade e a contingência das ações humanas e os desesperados esforços de constituição de sentido dos que as praticaram ou a elas se sujeitaram”.

Sobre esta desordem, também o autor diz que não conseguiu encontrar soluções tranquilizadoras: estamos perante algo para o qual as ciências sociais contemporâneas não encontram respostas claras.
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Nota do editor

Último poste da série de 15 de Abril de 2016 Guiné 63/74 - P15978: Nota de leitura (830): Jorge Sales Golias, um capitão eng trms, no TO da Guiné (1972/74), que teve um papel prepoderante no MFA, no 25 de abril e no processo de descolonização: escreve um livro de memórias 40 anos depois

Guiné 63/74 - P15986: XI Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 16 de Abril de 2016 (10): Foto de Jorge Canhão (ex-fur mil at inf, 3ª CCAÇ/BCAÇ 4612/72, Mansoa e Gadamael, 1972/74).


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Parte do grupo de 200 amigos e camaradas da Guiné que compareceu ao nosso convívio anual.

Foto: © Jorge Canhão (2016). Todos os direitos reservados.


1. Foto enviada pelo  Jorge Canhão (ex-fur mil at inf da 3ª CCAÇ/BCAÇ 4612/72, Mansoa e Gadamael, 1972/74). Vive em Oeiras, e veio mais uma vez, ao nosso convívio,  com a Maria de Lurdes, uma alentejana de olhos verdes  (. Esteve,  pela primeira vez, em 2011, no VI Encontro Nacional da Tabanca Grande)... 

Parece que está na altura de, gentilmente, a convidarmos a sentar-se à sombra da nosso poilão, como já fizemos a algumas amigas... Leia-se: convidá-la a integrar a nossa Tabanca Grande.

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Monte Real > Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca Grande > Maria de Lurdes, companheira do nosso camarigo Jorge Canhão (Oeiras)"

Foto (e legenda): © Luis Graça (2011). Todos os direitos reservados


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 >  A Maria de Lurdes e o Jorge Canhão

Foto: © Luis Graça (2016). Todos os direitos reservados
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Guiné 63/74 - P15985: Tabanca Grande (484): José António Almeida Rodrigues (1950-2016), grã-tabanqueiro nº 713, a título póstumo

1. O José António de Almeida Rodrigues (1950-2016) foi nosso camarada, pertenceu à CCAÇ 3489 (Cancolim, 1972/74), undidade de quadrícula do BCAÇ 3872 (Galomaro, 1972/74), o mesmo batalhão a que pertenceu o malogrado  António da Silva Batista (1950-2016), e outros camaradas nossos que integram a Tabanca Grande (como o Juvenal Amado, o Luís Dias, o Carlos Filipe, o Rui Batista, cito de cor)...

[, foto à esquerda: José António Almeida Rodrigues no almoço semanal da Tabanca de Matosinhos, em 12/10/2011, cortesia do blogue Coisas da Guiné, do nosso grã-tabanqueiro A. Marques Lopes]


Por estranha coincidência, o Rodrigues e o Batista morreram no mesmo dia (!), ambos com 66 anos feitos, e foram companheiros de cativeiro (nas prisões do PAIGC em Conacri, Boé e Boké). A história do Batista é conhecida, até porque o seu caso teve alguma mediatismo, foi falado nos jronais e na televisão. E sobretudo no nosso blogue, onde tem cerca de meia centena de postes. A história (não menos triste) do Rodrigues, essa, era-nos  desconhecida, até ao dia em que o A. Marques Lopes e o José Manuel Lopes, da  Régua, nos deram a conhecer o seu caso : é o único prisioneiro, português, do PAIGC que conseguiu, sem qualquer ajuda, evadir-se (do campo onde estava internado, na região do Boé) e chegar até ao nosso aquartelamento do Saltinho (, sede da CCAÇ 3490, a subunidade a que pertencia o Batista).

A história do Batista e do Rodrigues são distintas mas têm pontos em comum. Ambos foram feitos prisioneiros no mesmo ano (1972), com uma diferença de escassos meses (um em abril, outro em junho) e na mesma região (no sul da zona leste, setor de Galomaro)...  Estiveram ambos na prisão Montanha, em Conacri, sendo depois transferidos, a seguir ao assassinato de Amílcar Cabral,  para um campo de detenção na região do Boé.  

Foi aqui, em 7 de março de 1974,. que o Rodrigues ensaiou, com sucess, a sua fuga de 9 dias e 9 noites, uma odisseia em que o Batista, embora aliciado, não o quis acompanhar... O Batista será entregue às autoridades portuguesas só a 14 de setembro de 1974, no processo de troca de prisioneiros.. O Rodrigues chegou mais cedo a casa, mas o resto da sua vida será um inferno (**).

Ambos não viviam muito longe um do outro, o Batista na Maia, e o Rodrigues na Régua. O Batista era membro da nossa Tabanca Grande e participou, pelo menos, num dos nossos encontros anuais, na Ortigosa, Monte Real, em 2010. Também pertencia à Tabanca de Matosinhos onde foi sempre muito acarinhado.


Guiné-Bissau > Região de Bissau > Saltinho > Rio do Corubal, margem direita > 1 de março de 2008 > Foto tirada a grande distância, da ponte do Saltinho... Neste rio (o único verdadeiro rio da Guiné, na opinião de Amílcar Cabral), morreram afogados 46 militares portugueses das CCAÇ 1790 e CCAÇ 2405, além de um civil guineense, no dia 6 de Fevereiro de 1969, na travessia de jangada, junto ao Cheche, na sequência da evacuação de Madina do Boé (Op Mabecos Bravios). Poucos corpos foram então recuperados. Em março de 1974, terá chegado até aqui, exausto, um fugido do Boé, o nosso camarada José António Almeida Rodrigues (1950-2016)... Uma odisseia de 9 noites e 9 dias que, noutro país qualquer que não Portugal, daria um grande filme... Infelizmente este país trata mal (sempre tratou mal) os seus filhos e as suas memórias... LG

Foto (e legenda):  © Luís Graça (2008). Todos os direitos reservados.


2. Está na altura de reparar uma injustiça: a de resgatar o bom nome e a memória do Rodrigues que as NT (e até alguns camaradas do seu batalhão) chegaram a dar como "desertor".

O Rodrigues passa, a título póstumo,  a integrar a nossa Tabanca Grande, de acordo com a proposta do seu conterrâneo, camarada e amigo, José Manuel Lopes. É um ato de elementar justiça e a nossa maneira de homenagear um dos nossos, que muito sofreu em vida, na guerra e depois no regresso a casa. 

Pelas pesquisas que fizemos, a verdade é que não há resgisto do seu nome, pelo menos no Arquivo Amílcar Cabral (*), como prisioneiro e muito menos como desertor.  O que sabemos, por conversas com o Batista e com o Zé Manel Lopes, é o que o Rodrigues, rebelde, insubmisso, indisciplinado, causava problemas também  aos seus carcereiros, e não apenas aos seus superiores hierárquicos (quando estava em Cancolim). Na melhor oportunidade, quando a vigilância dos guardas do PAIGC abrandou, ele conseguiu fugir, de canoa, de noite, escondendo-se de dia, ao longo das margens do Rio Corubal, entre a região do Boé e o Saltinho...

O Zé Manel Lopes, que mais do que camarada para com ele, foi amigo e irmão, ajudou-o  a sair da miséria e do abandono em que vivia na Régua (até pelo menos ao ano de 2011) (***), já aqui nos contou a história do Rodrigues, uma história de infortúnio e de coragem.

Consultados os nossos editores e colaboradores permanentes, não há objeções a que o nome do Rodrigues passe agora a figurar, sob o nº 713 (****), na lista alfabética dos membros da Tabanca Grande. Tendo morrido há pouco tempo, vai diretamente para a lista dos que "da lei da morte já se libertaram". Compete-nos a nós, que ainda andamos por cá, lembrá-lo e honrar a sua memória.

Que a terra da tua terra, Zé Rodrigues, ao menos, te seja leve!...
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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 26 de março de 2016 > Guiné 63/74 - P15905: A guerra vista do outro lado... Explorando o Arquivo Amílcar Cabral / Casa Comum (18): "Prisioneiros de guerra": Duarte Dias Fortunato, António Teixeira, em 1971 (e depois mais seis, por ordem alfabética: António da Silva Batista, Jacinto Gomes, José António Almeida Rodrigues, Manuel Fernando Magalhães Vieira Coelho, Manuel Vidal e Virgílio Silva Vilar)

(**) Vd, postes de;:

26 de março de 2016 > Guiné 63/74 - P15903: (De)caras (39): Nove noites e nove dias em fuga, do Boé ao Saltinho, a "odisseia" do José António Almeida Rodrigues, sold at inf, CCAÇ 3489 / BCAÇ 3872, Cancolim, 1972/74 (Depoimentos de José Manuel Lopes e Luís Dias)

25 de março de 2016 > Guiné 63/74 - P15901: (De)caras (37): Homenagem ao José António Almeida Rodrigues (1950-2016), ex-sold at inf, CCAÇ 3489 / BCAÇ 3872 (Cancolim, 1972/74)... Nove noites e nove dias, em fuga, escondendo-se de dia no mato, por vezes vendo e sentindo as tropas IN que o procuravam e, de noite, descendo o rio Corubal até encontrar o nosso quartel do Saltinho... Desertor ? Louco ? Herói ? Proponho a sua integração, a título póstumo, na nossa Tabanca Grande (José Manuel Lopes, Régua)

24 de março de  2016 > Guiné 63/74 - P15896: In Memoriam (248): Morreu também, ontem, o José António Almeida Rodrigues (1950-2016), natural da Régua... Era sold at inf, CCAÇ 3489 / BCAÇ 3872 (Cancolim, 192/74)... Foi companheiro de infortúnio, no cativeiro, em Conacri e no Boé, do nosso António da Silva Batista (1950-2016)... Fugiu dos seus captores, em março de 1974, andou 9 dias ao longo das margens do Rio Corubal até chegar ao Saltinho... Teve uma vida de miséria, mas também conheceu a compaixão humana, a solidariedade e a camaradagem... É aqui evocado pelo José Manuel Lopes.

Guiné 63/74 - P15984: XI Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 16 de Abril de 2016 (9): Fotos de Manuel Resende - Parte I


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Foto de família (1)


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Foto de família (2)


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Foto de família (3)


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Foto de família (4)


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > À saída missa: o António Barbosa (Gondomar), o tipo mais alto mais do pelotão (, reformado da "Judite"), a Dina e o Carlos Vinhal


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > A representação da Tabanca de Matosinhos: à esquerda, o João Rebola e à direita o Manuel Carvalho


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Carlos Vinhal e Luís Graça, os dois administradores e editores do blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné 


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > A família António Santos: António Santos, Graciela, Sandra, Catarina e Raquel (Caneças / Odivelas)... Só falta, na foto, o Rui, que é o genro, mas que também  veio.


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > A Alice Carneiro que totalizou 10 presenças nos nossos encontros, e que teve direito, como mais alguns (poucos) membros da Tabanca Grande,  a certidão comprovativa...

Fotos: © Manuel Resende  (2016). Todos os direitos reservados


1. O nosso camarada Manuel Resende, mais uma vez, fez a reportagem completa do nosso encontro. Das 230 fotos que tirou mandou-nos uma seleção de 150. Os editores, por sua vez, vão selecionar um lote, a publicar por partes. O nosso muito obrigado pela sua generosidade e paciência.

Legenda que acompanha o link o seu álbum no Picasa: "XI - Convívio da Tabanca Grande Luis Graça e Camaradas da Guiné,  realizado mais uma vez em Monte Real. Também mais uma vez a sala D. Diniz do Palace Hotel de Monte Real esgotou, 200 convivas. O sentimento de camaradagem e amizade prevaleceu, como sempre".
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Nota do editor: