sexta-feira, 2 de agosto de 2019

Guiné 61/74 - P20027: Tabanca Grande (483): Lúcio Vieira, ex-fur mil, CCAV 788 / BCAV 790 (Bula e Ingoré, 1965/67), natural de Torres Novas, jornalista, poeta, dramaturgo, encenador: senta-se à sombra do nosso poilão, no lugar nº 794


O fur mil cav Lúcio Vieira, da CCAV 788  / BCAV 790 (Bula e Ingoré, 1965/67),  no rio Mansoa 


O fur mil cav Lúcio Vieira, CCAV 788 / BCAV 790, em Bula... A barrica parece ter a seguinte inscrição: "Água Brasuca" (ou será "Água Dragões" ?)...O Vieira estava de sargento de dia...


O fur mil cav Lúcio Vieira, CCAV 788 / BCAV 790, em São Vicente, com o "exótico Machado" 


Fotos (e legendas): ©Lúcio Vieira (2019). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. O Lúcio Vieira, ex-furriel miliciano de cavalaria,  BCAV 790 / CCAV 788 (Bula e Ingoré, 1965/67), aceitou o nosso convite para integrar, formalmente, a Tabanca Grande,  formulado por ocasião do nosso XIV Encontro Nacional, realizado em 25 de maio último, em Monte Real. Costuma também participar, com o seu amigo e camarada Carlos Pinheiro, nos convívios da Tabanca do Centro.

Será o grã-tabanqueiro n.º  794. E é, obviamente, bem vindo.  Não tínhamos até à data nenhum representante da CCAV 788. (*)

O Lúcio Vieira, além de uma nota curricular (, assinada elo seu amigo Américo Brito), e das fotos da praxe, mandou-nos textos para oportuna  publicação e também a seguinte informação sobre o seu batalhão e a sua companhia:

(...) "O Batalhão, o BCAV 790,  formou-se em Cavalaria 7 (Calçada da Ajuda - Lisboa) e foi comandado pelo então Ten.Coronel Henrique Calado. Quinze dias após o desembarque, saímos de Bissau (BAT 600) e fomos colocados em Bula, juntos com a CCS do Batalhão, como Companhia de intervenção. 

Após seis meses e porque a Companhia, a CCAV 788,  acusava algum desgaste, fomos render a Companhia que se encontrava no Ingoré. E foi pior do que o tempo de intervenção em Bula.

Comandava a 788 o,  já falecido, Capitão Costa Ferreira, oriundo de Castelo Branco.
Regressámos em Janeiro de 1967." (...)

O Batalhão editou o jornal "Clarim". Diretor: Ten-Cor Cav Henrique Calado.


2.  Lúcio Vieira, síntese curricular, por Américo Brito

António Lúcio Coutinho Vieira - Poeta, Dramaturgo, Encenador, Investigador e  Jornalista

Após os estudos académicos concluiu, anos mais tarde, um curso intensivo no Centro de Estudos Psicotécnicos, em Lisboa e, posteriormente, um outro de Relações Públicas.

Foi responsável, ao longo de treze anos, pelo departamento de Comunicação e Relações Públicas do CEP 4 ( ex-Rodoviária Nacional ). 

Em paralelo com as funções profissionais, das quais nunca se afastou, desenvolveu, ao longo dos anos, uma vasta actividade, nas áreas da cultura e da comunicação, principalmente nos sectores do Teatro, do Jornalismo, do Audiovisual e da Rádio.

Ocupou o cargo de Vice-presidente do Cineclube de Torres Novas, o de director-encenador no Centro de Juventude e, posteriormente, na Casa de Cultura da cidade, ambos na área do Teatro.

Fundou e dirigiu o Grupo de Jograis da USTN, o Grupo Cénico Claras, o TET-Teatro Experimental Torrejano e o Teatro Estúdio, nos quais, ao longo de vários anos, encenou textos de autores portugueses e estrangeiros, em cuja lista se incluem, para além do próprio autor, entre outros os nomes de Gil Vicente, Miguel Torga, Luís-Francisco Rebello, Carlos Selvagem, Jaime Salazar Sampaio, Luís de Sttau-Monteiro, Sófocles, Molière, Marivaux.

Das várias montagens que assinou, algumas em obras de sua autoria, destacam-se a estreia universal da farsa de Jerónimo Ribeiro, Auto do Físico ( séc. XVI ), uma arrojada versão da Antígona, de Sófocles e a célebre farsa de Luís de Sttau Monteiro, "A Guerra Santa", que haveria de marcar politicamente, em Portugal, o Verão de 1977 e a farsa trágica, "Dulcinea ou a Última Aventura de D. Quixote", de Carlos Selvagem. 

Adaptou obras teatrais, clássicas e contemporâneas e é autor de vários originais de teatro, alguns para o público infanto-juvenil.

Iniciou, na SPA–Sociedade Portuguesa de Autores, as 1ªs. Jornadas de Interpretação Teatral, onde pontuaram actores como Rogério Paulo e Canto e Castro, entre outros. A sua peça "Aldeiabrava" – 2º. lugar "exaequo", no concurso nacional promovido pela ATADT ( 1967 ) - viria a ser escolhida pela SPA, para representar o teatro português, numa mostra de livros portugueses em Moscovo.

Ao longo dos anos, vários títulos haviam de integrar a lista de obras dramatúrgicas do autor: "A Flor Mágica do Sábio Constelação" e "A Ilha das Maravilhas" – ambas destinadas ao público infanto-juvenil -, "O Vértice", "Aldeiabrava" (com  prefácio de Luíz-Francisco Rebello). Ou a "Odisseia", "A 7.ª Guerra Mundial", "SOS - Sistema Optimizado de Saúde", ou o monólogo "Eu, Sofredor me Confesso", são alguns desses títulos. 

Destinado a estudantes do ensino secundário surgiu, recentemente, uma colectânea de curtas peças, sob o título genérico de “Pequeno Teatro Académico”.

No prefácio à sua peça "Aldeiabrava", o então presidente da Sociedade Portuguesa de Autores, teatrólogo e dramaturgo, Luiz-Francisco Rebello, amigo pessoal do autor, compara essa sua obra, nos aspectos temático e de conteúdo, a "O Exército na Cidade", de Jules Romains, a "Numancia", de Cervantes e a "Fuenteovejuna", de Lope de Vega.

É autor de vasto número de letras de canções e fados, principalmente de parceria com Paco Bandeira e com o maestro António Gavino e de vários temas da banda sonora da telenovela "Filhos do Vento"  (RTP-1997). Para além de Paco Bandeira, gravaram igualmente os seus poemas, António Mourão, Vasco Rafael, Margarida Bessa, Maria Amélia Proença, os solistas das Orquestras Típicas, Scalabitana e de Rio Maior, entre outros.

No prefácio que dedicou ao seu livro de poemas "Re Cantos", outro velho amigo do autor, Pedro Barroso, deixa escrito que, lendo-se a sua poesia “sentimos o fulgor de uma enorme explosão de beleza pessoal; passa por ali o génio dos grandes” (...) “este livro fica aí para ler-se toda a vida como consultor e conselheiro. Como terapeuta das horas e breviário dos sentidos (...)”. 

Já o Prof. António Matias Coelho, presidente da Associação Casa-Memória de Camões, em Constância e membro do júri que elegeria como vencedora a obra “25 Poemas de Dores e Amores”, diria a propósito deste seu último livro: “(…) Senti que lia um grande poeta. Esta é da melhor poesia que já li (…)”

Foi redactor principal no semanário "O Almonda", publicou reportagens na revista "Domingo Magazine", do diário "Correio da Manhã" e colaborou, ao longo dos anos, com vários jornais regionais.

É autor do script e da realização de curtas-metragens de cinema de ficção para a Equipa Fotograma e de vários documentários em vídeo. Foi director de estação e director de programas, em diversas estações regionais de rádio.

Vencedor de alguns festivais de canção de âmbito regional, obteve o 2.º  lugar no Festival Nacional da Canção de Leiria ( 1987 ), possui prémios de rádio (programa Auditório – RCL ) e de teatro: "Aldeiabrava" viria a obter o 2º. lugar, "ex aequo", no Concurso Nacional da ATADT (Portugal) vencendo o Festival de Teatro Português de Toronto (Canadá) em 1990.

António Lúcio Vieira foi distinguido, em 1997, com os diplomas de Mérito e de Louvor, pela Casa do Ribatejo, em Lisboa.

Em 2015 o Município de Alcanena atribuiu-lhe a Medalha de Ouro de Mérito Cultural.

É Prémio de Poesia “Médio Tejo Edições” ( 2017) para “25 Poemas de Dores e Amores”. É membro da SPA – Sociedade Portuguesa de Autores.

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Guiné 61/74 - P20026: Recortes de imprensa (104): O 10 de Junho de 1970 na Revista Guerrilha, edição do Movimento Nacional Feminino, dirigida por Cecília Supico Pinto (2) (Mário Migueis da Silva)

1. Mensagem do nosso camarada Mário Migueis da Silva (ex-Fur Mil Rec Inf, Bissau, Bambadinca e Saltinho, 1970/72), com data de 31 de Julho de 2019:

Na sequência do P20021, hoje mesmo publicado, e antes que o tema arrefeça, estou a anexar um pouquinho mais de prosa e novas fotos alusivas ao 10 de Junho de outros tempos (o chamado Dia de Camões, da Raça e de Portugal), matéria ali aflorada a propósito da edição de Junho de 1970 da revista Guerrilha.
De minha autoria, apenas uma ou outra legendazita sem importância. O resto foi extraído por inteiro da revista em assunto. Mas, modéstia à parte, para além de, roda aqui, corta acolá, ter dado umas polidelas nas fotografias, cabe-me o mérito de ter passado a limpo, que bem merecia, o histórico de As Medalhas.

Esposende, 30 de Julho de 2019
Um grande abraço para todos,
Mário Migueis

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AS MEDALHAS

1 – A TORRE E ESPADA

Criada em 1459 por D. Afonso V como Ordem de Espada para recompensar os Cavaleiros que intervieram no Norte de África, foi, em 1808, restaurada por D. João V, passando então a designar-se de Torre e Espada com Legenda Valor e Lealdade, e alargada a estrangeiros a sua concessão.

No reinado de D. Maria II, passa a intitular-se “A Antiga e Muito Nobre Ordem da Torre e Espada do Valor, Lealdade e Mérito”, e a serem exigidas, como habilitações para a sua concessão, "o merecimento pessoal, assinalado feito de armas, ou de coragem, ou de devoção cívica, relevante determinado serviço em qualquer carreira ou profissão pública, mas principalmente na militar”.

Em 1910 é revisto o seu quadro para nele somente manter os que “houveram sido agraciados por atos de valor militar em defesa da Pátria”. Mais tarde é restaurada por “estar tradicionalmente ligada, pela sua origem, à epopeia da expansão da nacionalidade portuguesa”, passando a designar-se Ordem da Torre e Espada de Valor, Lealdade e Mérito, designação que ainda mantém, incluída nas Ordens Militares.

Atualmente, compreende os Graus de Cavaleiro, Oficial, Comendador, Grande Oficial, Grã Cruz e Grande Colar – que podem ser conferidos a cidadãos portugueses ou estrangeiros (honorários), militares ou civis, pela prática de altos feitos e valor nos campos de batalha, atos excecionais de abnegação e coragem cívica, atos e assinalados serviços à Humanidade e à Pátria e, ainda, por relevantes serviços prestados no comando de tropas em campanha. Os seus detentores têm direito a honras militares.

É, pois, a mais antiga, laica, e conceituada Ordem Militar portuguesa.


2 – MEDALHA DE VALOR MILITAR

Medalha essencialmente militar, foi criada em 1863 por D. Luís, considerando que “as Ordens Militares, pelas suas peculiares cláusulas de concessão, nem sempre podem chegar a todos os graus da hierarquia militar, nem sempre compreender os diferentes casos em que o individuo, avantajando-se, por qualquer modo ou serviço, verdadeiramente mereça alguma daquelas distinções”.

Sofreu posteriormente algumas alterações, até que, em 1946, um regulamento de medalha militar, na qual a de valor militar integra, refere no seu preâmbulo: “…Há, porém, um conjunto de qualidades e virtudes que, notabilizando perante os seus concidadãos os militares que as possuam ou as praticam, não tem a assinalá-las galardão adequado. São as que especialmente se referem à firmeza de carácter, espírito de obediência e de lealdade, sentimento de abnegação e de desinteresse, espírito de sacrifício e coragem moral, que constituem apanágio dos militares de indiscutível mérito, apontados pela opinião geral como símbolos e exemplos a seguir.”

A medalha de Valor Militar é destinada a galardoar atos extraordinários de heroísmo, abnegação, valentia e coragem, quer em tempo de guerra, quer em tempo de paz, mas sempre em circunstâncias em que corra risco a vida do agraciado. Quando a medalha de Valor Militar for concedida com palma, significa que a mesma foi atribuída por atos realizados em campanha. A condecoração em causa compreende três graus: ouro, prata e cobre.


3 – A CRUZ DE GUERRA

Condecoração que igualmente se integra na Medalha Militar, foi instituída em 30 de Novembro de 1916, durante a 1.ª Guerra Mundial. Destina-se a galardoar os atos e feitos praticados em campanha por militares e civis, podendo ser atribuída a indivíduos ou unidades militares que hajam praticado feitos de armas de excecional valor. Às unidades militares apenas pode ser concedida a Cruz de Guerra de primeira classe.

A Cruz de Guerra compreende quatro classes, por ordem decrescente de valor, e sendo a sua concessão independente do posto ou categoria do agraciado (somente a natureza os feitos praticados determinando a classe a atribuir).

Da mesma forma que a medalha de Valor Militar, a Cruz de Guerra (e obrigatoriamente a de primeira classe) é entregue em cerimónia pública, em formatura de tropas, e pelo Presidente da República, Presidente do Conselho, Ministros da Defesa Nacional do Exército e da Marinha ou Secretário de Estado da Aeronáutica.
A condição essencial, justificativa de qualquer das classes da medalha, é que os louvores respetivos refiram atos ou feitos praticados em combate, demonstrativos de coragem, decisão, serena energia debaixo de fogo, sangue-frio e outras qualidades.


4 – A MEDALHA DE SERVIÇOS DISTINTOS

Esta condecoração é também compreendida na Medalha Militar, criada pelo rei D. Luís em 1863, mas, na ordem de precedência, situa-se imediatamente a seguir à Cruz de Guerra, sendo reservada para galardoar serviços de carácter militar relevantes e extraordinários ou atos notáveis de qualquer natureza, ligados à vida do Exército, da Aramada ou da Força Aérea, de que resulte honra e lustre para a Pátria ou para as instituições militares do País.

À semelhança da medalha de Valor Militar, a medalha dos Serviços Distintos compreende três graus – ouro, prata e cobre –, destinando-se os dois primeiros a oficiais e o último a sargentos e praças. 

Quando qualquer do graus da medalhas é atribuído com palma, significa que os atos que o originaram tiveram lugar em campanha.

A medalha de ouro destina-se a galardoar serviços distintíssimos no desempenho de altos cargos militares ou de muito importantes comissões extraordinárias, sendo concedida aos militares que, tendo prestado atos e relevantes serviços, como tal foram classificados em louvor individual.

A medalha de prata é destinada a recompensar atos de esclarecido e excecional zelo em cumprimento de missões extraordinárias de serviço, público, ou no cumprimento, por forma altamente honrosa e brilhante de comissões ordinárias de serviço de que resulte prestígio para as instituições militares.

A medalha de cobre será concedida ao sargento ou praças que tiver desempenhado um importante serviço de caráter militar por forma a obter louvor individual em ordem de serviço do Exército, da Armada ou da Força Aérea.

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A capa (desfile de tropas durante as cerimónias do "10 de Junho", em Lisboa (1970)

Américo Tomás e a imposição das insígnias




 Os agraciados


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Nota do editor

Poste anterior de 30 de Julho de 2019 > Guiné 61/74 - P20021: Recortes de imprensa (103): O 10 de Junho de 1970 na Revista Guerrilha, edição do Movimento Nacional Feminino, dirigida por Cecília Supico Pinto (1) (Mário Migueis da Silva)

Guiné 61/74 - P20025: Jornais de caserna publicados no CTIG (de 1961 a 1974) (n=47) (Jorge Santos / Luís Graça)


Capa do primeiro número de "O Saltitão", jornal da CCAÇ 2701 (Saltinho, 1970/72). O diretor era o cap inf  Carlos Trindade Clemente. Entre os colaboradores, e nomeadamente na ilustração gráfica, destaca-se o nosso camarado Mário Miguéis (que vive hoje em Esposende e nos mandou uma preciosa cópia desta primeira edição)

Foto (e legenda): © Mário Migueis da Silva  (2019). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


"O Serrote", da 3ª CART/BART 6520 (Fulacunda, 1972/74), de que foi diretor o nosso camarada e amigo alf mil Jorge Pinto.

Foto (e legenda): © Jorge Pinto (2013). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


O jornal de caserna da CCAV 3420 (Bula, 1971/3), Os Progressistas - Quinzenário de Divulgação e Recreio da CCAV 3420. Director: Cap Cav Fernando José Salgueiro Maia.
Fonte: Cortesia do Jorge Santos (2005)

Jornais militares (n=47)
(Guiné, 1961/74)

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TÍTULO   UNIDADE /SEDE /SPM / ANO  DIRETOR
 ____________________________________________
.
              1. 
33 (O)

Batalhão de Caçadores 3833
Pelundo
SPM 6978 1971/1972


O Comandante
2. 
Acção
Comando do Sector de Bissau 
Bissau 
1972

Cor Inf António Mendes Baptista

3. 
Açor (o)
Batalhão de Caçadores 2928
Bula 
SPM 6688
1971

O Comandante
4. 
Águas do Geba
Companhia de Artilharia 2743
Geba
SPM 6548
1971

Cap Mil Ilídio Rosário Santos Moreira
5. 
Alvo (O)
Bataria de Artilharia Antiaérea 3434
Cumeré
SPM 1868
1971

6. Assalto (Ao)
Batalhão de Caçadores 2834
Bula
SPM 4668
1968

Ten-Cor Inf Carlos B.Hipólito
7. 
Azimute
Comando Territorial Independente da Guiné 
Bissau
1966

Brig Anselmo Guerra Correia
8. 
Baga-Baga (O)
Batalhão de Caçadores 1860
Tite
SPM 2928
1965

O Comandante
9. 
Básico (O)
Batalhão de Cavalaria 1905
Teixeira Pinto 1967

O Comandante
10. 
Big
Batalhão de Intendência da Guiné 
Bissau
SPM 1648
1968

Maj SAM António Monteiro A. Santos
11. 
Boina Negra (O)
Companhia de Cavalaria 2482 Fulacunda
SPM 5688
1969

O Comandante
12. 
Capicuas (Os)
Companhia de Artilharia 2772
Fulacunda
1971

Cap Art João Carlos R. Oliveira
13. 
Clarim
Batalhão de Cavalaria 790 Bula 
1965

Ten-Cor Cav Henrique Calado

14. Convergência
Comando-Chefe das Forças Armadas da Guiné
Bissau 
1970

?
15.
Corsário (O)
Hospital Militar 241 
Bissau
1962

?
16.
Dragão Negro
Batalhão de Artilharia 733 
Farim
SPM 2568
1965

?
17.
Dragões de Jabadá
Companhia de Cavalaria 2484 
Jabadá
1969

Cap Cav 
José Guilherme P.F.Durão

18.
Duros (Os)
Companhia de Artilharia 2771
Nova Sintra SPM 6608
1971

Alf Mil Castela
19.
Eco (O)
Pelotão de Artilharia Antiaérea 943 Bissalanca 1965

Alf Art Jaime Simões Silva
20.
Estrela do Norte
Batalhão de Caçadores 1894 
S. Domingos SPM 3668
1968

Ten-Cor Inf Fausto Laginha Ramos
21.
Falcão (O)
Companhia de Caçadores 3414
Sare Bacar
SPM 1878
1973

Cap Inf Manuel Ribeiro Faria
22.
Gato Preto (O)
Companhia de Caçadores 5 Canjadude
SPM 0028
1971

O Comandante
23.
Jagudi (O)
Companhia de Caçadores 2679, Bajocunda 
SPM 1058
1971

Cap Inf Rui Manuel Paninho Souto
24.
Jamtum (O)
Batalhão de Caçadores 3872
Galomaro
SPM 2188
1973

O Comandante
25.
Lenços Vermelhos
Companhia de Artilharia 2521 
Aldeia Formosa
SPM 5888
1970

Cap Mil Jacinto Joaquim Aidos
26.
MFA na Guiné
MFA da Guiné Bissau
1974

?
27.
Macaréu
Batalhão de Caçadores 2856 
Bafatá  
SPM 5438
1969

O Comandante
28.
Manga de Ronco
Batalhão de Caçadores 1932 
Farim
1968

Alf Capelão Tourais Ferreira
29.
Nova Vida
Batalhão de Caçadores 697 
Fá Mandinga
1965

?
30.
Padrão
Batalhão de Caçadores 1877
Teixeira Pinto
1966
Ten-Cor Inf Fernando Costa Freitas

31.
Pentágono Manjaco
Batalhão de Caçadores 3863
Teixeira Pinto SPM 1458
1973

O Comandante
32.
Pica na Burra
Companhia de Cavalaria 2765
Nova Sintra  SPM 6438
1970

Alf Mil Pedro Duarte Silva
33.
Põe-te a Pau
Companhia de Artilharia 2775
Jabadá
SPM 6628
1971

O Comandante
34.
Prá Frente
Companhia de Artilharia 3332
Piche
1972

?
Companhia de Cavalaria 3420
Bula
SPM 1898
1971

36.
Ronco
Centro de Instrução Militar [CIM] Bolama
SPM 0058
1969

O Comandante
Companhia de Caçadores 2701 
Saltinho
SPM 1268
1971

Cap Inf Carlos Trindade Clemente
38.
Santo (O)
Companhia de Polícia Militar 2537
Bissau
SPM 5948
1969

Cap Cav Hernâni Anjos Moas
Companhia de Caçadores 6 Bedanda
SPM 0038
1973

Cap Inf Gastão Manuel S. C. Silva
40.
Sentinela de Catió
Batalhão de Artilharia 2865
Catió
SPM 5618
1969

Ten-Cor Art Mário Belo Carvalho
41.
Sete (O)
Batalhão de Cavalaria 757
Bafatá
1965

O Comandante
42.
Soquete (O)
Bataria de Artilharia de Campanha 1 
Bissau 
SPM 0048
1970


Cap Art José Augusto Moura Soares
43.
Tabanca
Companhia de Cavalaria 2721 Olossato 
SPM 1318
1970

Cap Cav Mário Tomé
44.
Trópico
Batalhão de Intendência da Guiné 
Bissau
SPM 1648
1972

O Comandante
45.
Voz do Quínara (A)
CCS / Batalhão de Artilharia 2924 
Tite
1971-1972

Cap Mil Pinto Madureira

46.
Zoe
Agrupamento Transmissões da Guiné
Bissau
SPM 0228
1973
Cap Trms Jorge Golias

___________________________________________

Fonte: ”Imprensa Militar Portuguesa – Catálogo da Biblioteca do Exército”. Direcção de Alberto Ribeiro Soares (Coronel). Lisboa 2003.

Documento gentilmente enviado pelo nosso grã-tabanqueiro Jorge Santos. Revisão e fixação de texto: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2019)

PS - Nesta lista, falta por exemplo "O Serrote", da 3ª CART/BART 6520 (Fulacunda, 1972/74), de que foi diretor o nosso camarada e amigo alf mil Jorge Pinto. Em princípio, estarão disponíveis, no Arquivo Geral do Exército, alguns exemplares destes títulos, que eram policopiados, feitos a "stencil", em formato A4.



1. A primeira divulgação desta lista deveu-se ao Jorge Santos, um incansável mas sempre discreto membro, sénior,  da nossa Tabanca Grande, já de longa data. Se não estou  não erro, entrou o nosso blogue em finais de 2005.  Não temos nenhuma foto dele, nem antiga nem actual. Foi 1º Grumete Fuzileiro (DFA), Companhia de Fuzileiros nº 4, em Moçambique, Metangula e  Cobué, de janeiro de 1968 a  abril de 1970.  

Criou, em março de 2006, o sítio "Guerra Colonial Portuguesa", tendo como principais secções: Bibliografia, Filmografia, Associações, Canções de Lisboa, Memorial, Monumentos, Convívios, Brasões, Condercorações.

Tem 40 referências no nosso blogue. Esteve uns tempos sem dar notícias (como ele gostava de dar, sobre convívios, livros, actualizações do seu portal, etc.).


Em 23 de Outubro de 2009, fomos surpreendidos com a seguinte mensagem:


"Não tenho acompanhado, como desejava, o evoluir das 'Tabancas', pois encontro-me a recuperar de um AVC que sofri na Noruega, e que me deixou bastante afectado da parte esquerda do corpo, em especial a vista, o que me dificulta imenso estar no computador ou navegar na Net."

Na altura endereçámos-lhe a nossa solidariedade e os nossos votos de uma rápida e boa recuperação. Infelizmente, a sua página,  alojada no Sapo.pt,  deixou de estar disponível. E perdemos o contacto com o nosso estimado camarada da Marinha, Jorge Santos. Esperemos que ele (ou alguém das suas relações) nos possa dar "sinais de vida" (*).


Sobre a lista de "jornais militares", publicada acima, acreditamos que ela esteja incompleta, e que ainda possamos ser surpreendidos pelo conhecimento de novos títulos. Como foi o caso, por exemplo, de "O Serrote", de que o Jorge Pinto nos fez chegar cópia de um exemplar. 
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Nota do editor:

(*) Vd. poste de  25 de abril de 2009 > Guiné 63/74 - P4245: Cap Cav Salgueiro Maia, director do jornal de caserna da CCAV 3420, Bula, 1971/73, Os Progressistas (Luís Graça / Jorge Santos)