Mostrar mensagens com a etiqueta Alcobaça. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Alcobaça. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Guiné 63/74 - P16699: Debates da nossa tertúlia (I): Nós e os desertores (21): Mário Moutinho Pádua, o primeiro oficial português a desertar, em Angola, em outubro de 1961... Será, mais tarde, médico do PAIGC, no hospital de Ziguinchor, entre fevereiro de 1967 e setembro de 1969... Regressou a Portugal em novembro de 1974, e cumpriu o resto do serviço militar... Aposentou-se em 2003 como médico do Hospital Pulido Valente (Juvenal Amado)


Guiné > s/l > c. 1964/66 > Coluna em movimento 

Foto do álbum de Belmiro Tavares, ex-alf mil, CCAÇ 675 (Quinhamel, Binta e Farim, 1964/66), Prémio Governador da Guiné (1966).

Foto: © Belmiro Tavares (2010). Todos os direitos reservados. [Edição; Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné)


Imagem à esquerda: capa do livro No percurso de guerras coloniais, 1961-1969 , de Mário Moutinho de Pádua. 1ª ed. Lisboa: Avante, 2011, 246 p. : il. ; 21 cm. (Coleção Resistência).

1. Texto enviado pelo Juvenal Amado, com data de ontem, e que pretende enriquecer o nosso debate sobre o tema "desertores".


Luís eu tenho em meu poder este  livro do Mário Pádua sobre o qual o Mário Beja Santos já ez recensão para o blogue (*). Comprei-o para oferecer ao Carlos Filipe e depois tive que lho pedir emprestado para o Mário. Também já viajou até Luanda, mas isso são outras histórias...



[Foto à direita: capa do livro do Juvenal Amado
"A Tropa Vai Fazer De Ti Um Homem - Guiné, 1971 - 1974" (Lisboa: Chiado Editora, 2015, 308 pp.;  o nosso camarada foi 1.º Cabo Condutor Auto Rodas, CCS/BCAÇ 3872, Galomaro, 1971/74]

Mário Moutinho de Pádua (, que eu pensava ter nascido em Angola, mas não, nasceu em Lisboa, ) é um homem politicamente comprometido, julgo porém que essa faceta não deve pesar na análise que se poderá fazer da sua obra, bem do que ele nos conta sobre a sua deserção do BCAÇ  88 estacionado em Maquela do Zombo e as dificuldades que enfrentou,  muito mais difíceis do que ele alguma vez esperava.

Neste livro narra a sua impressionante experiência a seguir à deserção, nomeadamente as prisões e torturas de que foi alvo no Congo, a sua passagem pela Checoslováquia e o seu desencanto com vários aspectos do "socialismo real", a sua participação na construção de uma Argélia recém-libertada do colonialismo, e por fim a sua contribuição como médico na luta travada pelo PAIGC na Guiné

A edição tem um prefácio de Pepetela ( praticamente quatro páginas) que começa assim;

Mário de Pádua foi o primeiro oficial português a desertar em Angola em Outubro de 1961, acompanhado pelo o 1º  cabo Alberto Pinto.

Este seu livro é uma espécie de crónica de vida, onde conhecemos a sua fuga do Norte do país, acompanhado pelo Alberto Pinto, as prisões que conheceram no Congo, então Leopldeville, hoje R P. do Congo onde era inconcebível que soldados portugueses se recusassem a combater contra angolanos.

No livro também são descritas condições e traições entre e dentro dos movimentos de libertação, bem como as alterações das condições nos países de acolhimento, que se alteravam em relação aos militantes do MPLA , após os derrube e morte de líder independentistas como Ben Bella e Pratice Lumumba como exemplo.

Em relação a deserções que tive conhecimento transcrevo aqui parte de um meu comentário a esse respeito.

Desde cedo se falou nas deserções e dos refractários. Eu próprio, estive numa situação delicada sem culpa nenhuma quando destacado numa diligência em Santta Margarida, os responsáveis pelo meu depois batalhão de caçadores 3872 que se estava a formar em Abrantes, andaram mais de 8 dias à minha procura. Quando me apresentei,  vindo directamente de Sta Margarida, ainda levei um raspanete do capitão e tive de explicar onde tinha estado.

Mas em Alcobaça,  logo no início da guerra em 1961, desertou na noite do embarque um individuo filho de um dos mais prestigiados médicos ligados à oposição [, o dr. Lameiras]. Segundo creio, foi apanhado por suspeitas de atitudes conspiratórias clandestinas na universidade e foi incorporado e mobilizado para Angola. Naquela noite desertou e mais tarde se lhe juntou a irmã, também perseguida pelas mesmas razões. Depois do 25 de Abril a irmã regressou e foi dirigente do MDP-CDE mas ele só regressou alguns anos depois. Vim a saber que a sua fuga não foi aceite pela organização no exílio e durante muito tempo esteve entregue à sua sorte, gravemente doente,  a correr perigo de vida. As infiltrações pela PIDE eram temidas e,  assim, quem desertava por sua conta e risco, acabava por passar muito mal sem a solidariedade militante.

Dos casos de Cancolim [, CCAÇ 3489,] já aqui foram mais que falados. Mas Cancolim também veio a receber alguns soldados que,  tendo sido refractários, acabaram por beneficiar de amnistia de Marcelo Caetano e resolveram assim regressar. Também alguns saíram das prisões por delitos vários para serem embarcados e assim serem indultados dos castigos que tinham sido impostos.

Bem,  se ir para a Guiné se poderá chamar de indulto, é discutível .

Também alguns comentários fazem-me pensar nas palavras da “Maria Turra",  que dizia que era o medo que tínhamos dos nossos superiores, que nos levava a combater.

É que algumas deserções são aqui descritas dessa forma. (**)

Um abraço
Juvenal Amado


2. Mário Moutinho de Pádua - Notas biográficas

(i) nasceu em Lisboa a 3/10/1935;

(ii) aos 8 anos emigrou com os pais e o irmão para Angola, tendo a família fixado residência em Benguela;

(iii) aos 10 anos matriculou-se no liceu do Lubango onde se manteve até aos 13;

(iv) transferiu-se então para Portugal; voltou a Angola dois anos depois, desta vez para o liceu de Luanda onde os pais se encontravam;

(v) aos 17 anos iniciou o curso de Medicina em Lisboa que terminou em 1960;
(vi) convocado em janeiro de 1961 para o serviço militar foi enviado para Angola em abril de 1961 com o posto de alferes médico;

(vii) desertou do exército colonial em Outubro de 1961 pedindo asilo político no Congo-Kinshasa, asilo que só lhe foi concedido em fevereiro de 1962, tendo ficado preso até esta data;

(viii) pouco depois tornou-se assistente de especialidade no Hospital de Lovanium;

(ix) do Congo viajou para a Checoslováquia em setembro de 1963;

(x) seis meses depois seguiu para a Argélia onde trabalhou no Hospital de Mustapha até fevereiro de 1967;

(xi) na Argélia fez parte da Frente Patriótica de Libertação de Portugal (FPLN) que operava a rádio "Voz da Liberdade";.

(xii) em fevereiro de 1967 começa a prestar a sua colaboração profissional ao PAIGC; a  maior parte deste serviço ocorreu no "Lar" (Hospital) do Partido,  em Ziguinchor, no Senegal, perto da fronteira
com a então Guiné portuguesa;

(xiii) em setembro de 1969 parte para França, onde durante 5 anos efectua os estudos de especialidade e trabalha num hospital dos arredores de Paris;

(xiv) em novembro de 1974 regressa a Portugal; aqui termina o serviço militar e exerce actividade médica em Centros de Saúde e no Hospital de Pulido Valente em Lisboa de onde se aposenta em 2003.

Fonte: Angola-eBooks.com (com a devida vénia...)
___________________


(**) 7 de novembro de 2016 > Guiné 63/74 - P16695: Debates da nossa tertúlia (I): Nós e os desertores (20): Mais um caso "atípico" ? A deserção do soldado escriturário nº mec 2055276, Carlos Alberto Sousa Emídio, da CCAÇ 3476 (Canjambari e Dugal, 1971/73), em 17/8/1972, e cujo rasto se perdeu desde então...

terça-feira, 22 de março de 2016

Guiné 63/74 - P15890: Agenda cultural (470): Apresentação do livro "A Tropa Vai Fazer De Ti Um Homem", da autoria de Juvenal Amado, levada a efeito no dia 19 de Março de 2016, na sua terra natal, Alcobaça

1. Mensagem do nosso camarada Juvenal Amado (ex-1.º Cabo Condutor Auto Rodas da CCS/BCAÇ 3872, Galomaro, 1971/74), com data de hoje, 22 de Março de 2016, com o rescaldo da apresentação do seu livro "A Tropa Vai Fazer De Ti Um Homem", levada a efeito no passado sábado, dia 19 de Março, em Alcobaça:

Caros camaradas 
No Sábado vivi mais uma jornada inesquecível de camaradagem, amizade e emoções à flor da pele. 
Desde o aparecimento, para um abraço, do António Eduardo Ferreira, ex-1.º Cabo Condutor Auto da CArt 3492, que há bem pouco tempo teve a coragem de vir até nós com a sua luta contra o cancro, do António Murta que veio da Figueira da Foz, ao Jero e a vários combatentes, alguns meus conhecidos como o José Lourenço, companheiro das andanças pelo o Porto com o Zé Cafezinho. 
Na mesa, o nosso camarada Belarmino Sardinha foi o meu suporte quando a voz me falhava. Um agradecimento muito grande ao José Alberto Vasco, que viveu na mesma rua que eu, e que por diferença de dois ou três anos já nem à tropa foi. À Rádio Cister, na pessoa de Piedade Neto, ao Jornal Alcoa, Região de Cister e Tinta Fresca, o meu mais profundo agradecimento. 
Também gostei de ver na plateia várias senhoras que provam que o meu livro acabou por tocar as pessoas para além do foro militar. É bom voltar à nossa terra e ver o carinho que ainda têm por nós. 
Vou mandar algumas fotos bem como um texto e depois mandarei todas para os arquivos do blogue. 

Juvenal Amado

************

Marta
Pode ser um nome de paz ou de guerra.
Marta também será um nome feliz ou de sofrimento.
Eu conheço diversas Martas como Marias. Terão uma vida por de trás da imagem que lhes conhecemos. Respeitar a suas identidades, respeitar o que é de mais intimo, é no fundo um direito de qualquer ser humano, que não escolhe a praça publica para espalhar a sua vida em panfletos.
Mas eu conheço uma Marta, que sofre dos efeitos colaterais de uma guerra em que nós participamos há muitos anos. Era bebé quando o mundo dela passou a ter um pesadelo, hoje conhecido por stress pós-traumático, de que sofrem muitos ex-combatentes.
Essa Marta ama e assim sofre duplamente.
É uma heroína que trava uma guerra sem fim à vista há mais de quarenta anos. Uma guerra em que nunca houve vitórias, nem intervalos, mas com muitas derrotas antecipadas.
E esta Marta merece que a conheçamos.
A sua tragédia e a sua coragem são um exemplo. Serena, doce e sentida, é a confirmação de que por baixo de águas calmas de um lago, se agitam por vezes forças que nos querem aniquilar.
Mas ela combate com poesia nessa luta desigual. Nega-se a combater com as mesmas armas com que é agredida. Devolve a agressão com amor e escreve, com os dedos dormentes e o peito a sangrar.


Palhaço Triste

Não choveu hoje, e povo saiu à rua…
Houve desfile, carros alegóricos
Muitos confétis, serpentinas…
Sátiras previsíveis, inocentes brincadeiras…
Música de Carnaval, e algodão das feiras…

Foram algumas horas
Em que levei os teus netos a brincar…
Até chegaram a dançar…
Uma pediu pipocas, outro um balão…
Divertimo-nos? Talvez, entre a multidão…
Por escassos momentos,
Esquecidos… na confusão…

Levámos mais de uma hora para sair da praia
Lanchámos pelo o caminho…
Adiámos o que pudemos,
Esse regresso de mansinho…
E… voltámos… ao INFERNO!

Lá continuavas, amuado, enresinado,
Preparado para abalroar tudo e todos...
No teu caminho.
Horas antes
Teus olhos de fogo enraivecidos…
Teus braços fortes vencidos
Tinham desejado a morte
Aos mais queridos…
E que mais pai,
Fizeste tanto mal aos que te amam
Por causa desses fantasmas
Que te enganam
Te consomem…
Sinto a tua falta…
E nunca te tive!
Maldita seja, essa guerra…
Que em ti vive

(AO MEU PAI)
E todas as vitimas do stress pós traumático de guerra.
MARTA LUÍS do seu livro POESIA FORA DE MÃO

************

A Marta conhece Homens a quem a Tropa Desfez. Destruiu e o deixou irremediavelmente perdido para os seus mais queridos, bem como para toda a sociedade. Não é culpado é uma vítima das circunstâncias, dos caminhos e veredas da vida.
Resta-me desejar-lhe que consiga levar a bom porto tudo o que anseia e que merece.

19 de Março 2016 - Dia do Pai
Em Alcobaça na Biblioteca Municipal aconteceu emoção, carinho, reencontro de muitos amigos e muita poesia.
Obrigado a todos
JA

************

António Murta, António Eduardo Ferreira, Amadeu, Jero e Xavier

A Mesa com o José Vasco e o Belarmino Sardinha

António Eduardo Ferreira de costas

Eu e o meu cunhado. Dois combatentes e grandes amigos

Dois desconhecidos

Marta a ler um poema do meu livro, mas uma grande surpresa

Marta Luís, Piedade Neto, eu e o José Vasco

Palavras para quê? Pai e Filha no Dia do Pai
____________

Nota do editor

Vd. postes de 13 de março de 2016 Guiné 63/74 - P15851: Agenda cultural (468): Juvenal Amado apresenta o seu livro "A Tropa Vai Fazer de Ti um Homem! (Guiné 1971-1974)", na sua terra, Alcobaça, na Biblioteca Municipal, sábado dia 19 deste mês, às 16h00. Além do alcobacense José Alberto Vasco, o livro será apresentado também por Belarmino Sardinha, nosso grã-tabanqueiro
e
18 de março de 2016 Guiné 63/74 - P15873: Agenda cultural (469): Apresentação do livro "A Tropa Vai Fazer De Ti Um Homem", da autoria de Juvenal Amado, levada a efeito no dia 16 de Março de 2016, na Tertúlia semanal da Tabanca de Matosinhos

domingo, 13 de março de 2016

Guiné 63/74 - P15851: Agenda cultural (468): Juvenal Amado apresenta o seu livro "A Tropa Vai Fazer de Ti um Homem! (Guiné 1971-1974)", na sua terra, Alcobaça, na Biblioteca Municipal, sábado dia 19 deste mês, às 16h00. Além do alcobacense José Alberto Vasco, o livro será apresentado também por Belarmino Sardinha, nosso grã-tabanqueiro

1. O alcobacense Juvenal Amado vai apresentar o seu livro “A Tropa Vai Fazer de Ti Um Homem! (Guiné 1971 – 1974)”, em Alcobaça, na Biblioteca Municipal, no sábado, dia 19 de março, às 16h00.

O livro será apresentado pelo alcobacense José Alberto Vasco e pelo antigo companheiro de armas do autor na Guiné Bissau, Belarmino Sardinha, também antigo responsável pela área de autores literários na Sociedade Portuguesa de Autores [, e membro da Tabanca Grande, desde 17 de junho de 2008]. 

Neste seu livro Juvenal Amado conta-nos histórias da sua vivência na Guerra Colonial, partindo das mais de 200 intervenções que desde 2007 fez no blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné, dando forte contribuição para a memória de uma época nem sempre fácil de recordar.



2. Juvenal Amado nasceu em 1950 na Fervença, concelho de Alcobaça. Finda a Escola Primária, começou logo a trabalhar, percorrendo vários empregos, até que aos 14 anos se fixou na Crisal- Cristais de Alcobaça [, fundada em Alcobaça, em 1944, hoje Crisal - Cristalaria Automática, SA, com nova fábrica inaugurada em 1970 na Marinha Grande],  onde aprendeu pintura e desenho. Aí esteve até aos 32 anos, apenas interrompidos pelo cumprimento do serviço militar, entre 1971 e 1974.

Quando saiu da Crisal, onde era desenhador, fundou uma empresa de cerâmica com vários colegas, tendo-se seguidamente estabelecido por conta própria, com uma pequena oficina, que encerraria em 1998.

Trabalhou depois como revendedor de remanescentes de exportação no mercado nacional e como chefe de produção em empresas de Ansião e Fátima, tendo encerrado a sua carreira profissional como chefe de produção numa empresa do Juncal. Acabaria entretanto por continuar a estudar, até concluir o 12º ano, estando agora reformado.

Fonte: O Alcoa (com a devida vénia...)  

______________

Nota do editor:

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Guiné 63/74 - P15804: No 25 de abril eu estava em... (26): Turquel, Alcobaça, de férias... Vim logo para Lisboa nesse dia e por aqui permaneci, até regressar a Bissau, em 3 de maio (Jorge Pinto, ex-alf mil, 3.ª CART/BART 6520/72, Fulacunda, 1972/74)










Lisboa > 28 de abril de 1974, domingo > Um alferes de Fulacunda, de férias na metrópole, transformado em fotojornalista...

Fotos: © Jorge Pinto  (2016). Todos os direitos reservados. [Edição: L.G.]


1. Mensagem, com data de 15 do corrente, de Jorge Pinto [, ex-alf mil, 3.ª CART/BART 6520/72, Fulacunda, 1972/74; natural de Turquel, Alcobaça, foto à esquerda; é professor do ensino secundário,  reformado]:

Obrigado,  Luís, por me teres feito chegar estas "velhas" mas sempre presentes recordações (*). O Juvenal também já me tinha falado delas [, as fotos do seu futuro cunhado Fernando Carolino, meu camarada de companhia, meu conterrâneo, meu vizinho de Valado dos Frades].

Como não quero ser "mal-agradecido", vou enviar-te, já hoje, aquelas fotos há muito prometidas sobre o 25 de Abril.

Como sabes, tive o privilégio, de estar de férias na "metrópole" , nessa data. No próprio dia 25, vim de Alcobaça (Turquel) para Lisboa e por aqui permaneci, até regressar a Bissau no dia 3 de Maio.


Neste mail envio fotos tiradas no primeiro Domingo (28.04.74), a seguir ao 25 de Abril. (**) São
tiradas junto ao Marquês de Pombal, apanhando manifestação (ões) espontânea(s) que subia(m) a Avenida da Liberdade.

Em mail seguinte, enviarei fotos de Fulacunda com destaque para a primeira visita dos militares do PAIGC à tabanca e ao aquartelamento.

Forte abraço
Jorge Pinto
_________

Notas do editor:

(*) vd. poste de 17 de fevereiro de  2016 > Guiné 63/74 - P15761: Memória dos lugares (334): Fulacunda (Fernando Carolino, ex-alf mil, 3.ª CART / BART 6520/72, Fulacunda, 1972/74; natural de Alcobaça, a viver em Valado dos Frades, Nazaré)

(**) Último poste da série > 26 de abril de 2015 > No 25 de Abril eu estava em... (25): Tomar, RI 15, era 1º cabo miliciano e fui destacado para defender a estratégica barragem de Castelo de Bode, com mais 14 homens, e descobri, nessa missão, que a solidariedade afinal não era uma palavra vã (Eduardo Magalhães Ribeiro, ex-fur mil op esp, CCS/BCAÇ 4612/74, Mansoa, 1974)

Vd. postes anteriores:

8 de julho de 2014 > Guiné 63/74 - P13378: No 25 de abril eu estava em...(24): Xitole, e foi o comerciante libanês Jamil Nasser quem me deu a notícia, ouvida na BBC, na sua emissão em árabe (José Zeferino, ex-alf mil at inf, 2ª CCAÇ / BCAÇ 4616, Xitole, 1973/74)

30 de abril de 2014 > Guiné 63/74 - P13073: No 25 de abril eu estava em... (23): Porto, e o meu irmão, Manuel Martins (1950-2013) em Bissau (José Martins, ex-fur mil, trms, CCAÇ 5, Canjadude, 1968/70)

29 de abril de 2014 > Guiné 63/74 - P13070: No 25 de abril eu estava em... (22): Lisboa, a receber formação como futuro delegado de proganda médica... e com as minhas "duas mulheres" em Bissau. Regressei a 6 de maio de 1974... (Silvério Dias)

16 de abril de 2014 > Guiné 63/74 - P12993: No 25 de abril eu estava em... (21): Nhala... e nessa noite já ninguém dormiu (José Carlos Gabriel, ex-1º cabo cripto, 2ª C/BCAÇ 4513, Nhala, 1973/74)

15 de abril de 2014 > Guiné 63/74 - P12988: No 25 de abril eu estava em... (20): No mato, algures entre Nhala e Buba, emboscado, junto à estrada nova que ligava as duas povoações... (António Murta, ex-al mil, 2ª CCAÇ / BCAÇ 4513, Aldeia Formosa, Nhala e Buba, 1973-74)

9 de abril de 2014 > Guiné 63/74 - P12955: No 25 de abril de 1974 eu estava em... (19): Na guerra colonial, Guiné, numa aldeia do fim do mundo chamada Cancolin (Manuel Vitorino)

1 de maio de 2013 > Guiné 63/74 - P11511: No 25 de abril de 1974 eu estava em... (18): Canquelifá, Pirada, Bissau, Gadamael (Carlos Costa, Carlos Ferreira, Mário Serra Oliveira, C. Martins)

25 de abril de 2013 > Guiné 63/74 - P11470: No 25 de abril de 1974 eu estava em... (15): Bissorã, a ouvir as notícias da BBC, depois de regressar, de manhã, de um patrulhamento noturno (Henrique Cerqueira, Bissorã)

25 de janeiro de 2012 > Guiné 63/74 - P9399: No 25 de abril de 1974 eu estava em... (14): Bissau, tinha 13 anos, era estudante no Liceu Honório Barreto... (Luís Vaz Gonçalves)

24 de Janeiro de 2012 > Guiné 63/74 - P9392: No 25 de abril de 1974 eu estava em... (13): Gadamael e tinha mais de 10 mil granadas de obus em stock... (C. Martins, ex-alf, cmdt do Pel Art, Gadamael, 1973/74)

23 de janeiro de Guiné 63/74 - P9388: No 25 de Abril de 1974 eu estava em... (12): Bissau, Liceu Honório Barreto (Nuno Rodrigues / Luís Gonçalves Vaz)

27 de outubro de 2010 > Guiné 63/74 - P7181: No 25 de Abril de 1974 eu estava em... (11): Lisboa a viver num apartamento com mais três estudantes (José Corceiro)

26 de abril de 2010 > Guiné 63/74 - P6251: No 25 de Abril de 1974 eu estava em... (10): Canfuja, sector de Piche, com o Jamanca e a CCAÇ 21, no rasto do PAIGC (Amadú Djaló, Alf Comando Graduado)

[Houve um salto na numeração, ou há postes que não encontramos de momento]...

26 de abril de 2010 > Guiné 63/74 - P6251: No 25 de Abril de 1974 eu estava em... (12): Canfuja, sector de Piche, com o Jamanca e a CCAÇ 21, no rasto do PAIGC (Amadú Djaló, Alf Comando Graduado)

4 de maio de 2009 > Guiné 63/74 - P4280: No 25 de Abril eu estava em... (9): RI 15, Tomar, à espera de ir para a Guiné (Magalhães Ribeiro)

30 de março de 2009 > Guiné 63/74 - P4106: No 25 de Abril eu estava em... (6): Pirada, a ferro e fogo (Joaquim Vicente Silva, 3ª CCAV / BCAV 8323)

4 de dezembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3561: No 25 de Abril eu estava em... (5) Bissau, ouvindo vivas a Spínola, pai do nosso povo (J. Casimiro Carvalho)

22 de Novembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3498: No 25 de Abril eu estava em... (4) Agrupamento de Transmissões, Bissau (Belarmino Sardinha)

1 de Outubro de 2008 > Guiné 63/74 - P3262: No 25 de Abril eu estava em... (3): Gadamael e depois Cufar (José Gonçalves, ex-Alf Mil Op Esp, CCAÇ 4152)

19 de junho de 2008 > Guiné 63/74 - P2963: No 25 de Abril eu estava em... (2): Gadamael e a vontade de lutar do PAIGC também era pouca (Anónimo, Alf Mil Op Esp)

14 de junho de 2008 > Guiné 63/74 - P2939: No 25 de Abril eu estava em... (1): Guidage (João Dias da Silva, CCAÇ 4150, 1973/74<

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Guiné 63/74 - P15761: Memória dos lugares (334): Fulacunda (Fernando Carolino, ex-alf mil, 3.ª CART / BART 6520/72, Fulacunda, 1972/74; natural de Alcobaça, a viver em Valado dos Frades, Nazaré)


Foto nº 2


Foto nº 2 A


Foto nº 1

Foto nº 1 A



Foto nº 3


Foto nº 7 > Mercado


Foto nº 5 > Tabanca


Foto nº 4 > Jorge Pinto (à esquerda) e Fernando Carolino, ambos do concelho de Alcobaça



Foto nº 6 > O Fernando

Guiné > Região de Quínara > Fulacunda > 3.ª CART / BART 6520/72 (Fulacunda, 1972/74) 


Fotos (e legendas): © Fernando Carolino (2016). Todos os direitos reservados. [Edição:  L.G.]



1. Fotos enviadas em 13 do corrente pelo Juvenal Amado, com a seguinte indicação: 


Fernando Carolino, setembro de 1973.
Cortesia do blogue
Vallado de Frades, Um Século de Fotos
"Carlos e Luís, o meu cunhado Fernando [Lopes] Carolino prestou serviço em Fulacunda como alferes miliciano onde foi colocado em rendição individual entre 72 e 74. [Foto à esquerda, setembro de 1973]

Foi camarada do Jorge Pinto, membro do blogue. Estas são algumas fotos que pedi ao meu cunhado para publicar,"

2. Resposta do editor LG, em 21 do corrente:

Juvenal: obrigado, é o contributo do teu cunhado para o nosso património memorialístico. 

Acho que em troca ele deve passar a figurar doravante na lista alfabética dos membros da 
Tabanca Grande. Não sei se tu ou ele têm qualquer objeção... 
Não sei se ele nos acompanha, e se tem endereço de email.
 Fala com ele. Diz-lhe que a sua entrada nos honraria a todos.. 
Podes ser tu a apresentá-lo ao pessoal... Duas ou três linhas,,, 
Não arranjas uma foto atual ?...

Se ele é do tempo do Jorge Pinto (que é de Alcobaça,), e da mesma companhia, então havia dois alferes da mesma terra (ou vizinhos) em Fulacunda... Verdade ?...  Ab. Luis

3. Resposta do Juvenal Amado:

Ele vive Valado dos Frades que fica entre a Nazaré e Alcobaça , 6 km para cada lado. Valado dos Frades pertence à Nazaré. Mas ele nasceu em Alcobaça, foi novo para o Valado dos Frades. Eu vou falar com ele porque ele tem mais fotos mas em "slides".

____________

Nota do editor:

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Guiné 63/74 - P15443: Agenda cultural (443): Já saiu o livro do Juvenal Amado, "A tropa vai fazer de ti um homem! - Guiné 1971-1974"... Data e local da sessão de lançamento oficial: 23/1/2016, Livraria Chiado, Clube Literário, Fórum Tivoli, Avenida da Liberdade, Lisboa







Capa e contracapa do livro do nosso camarada Juvenal [Sacadura] Amado, nascido no concelho de Alcobaça em 1950, em Fervença, Maiorga. Depois da instrução primária, conheceu o caminho da fábrica como muitos jovens do seu tempo e da sua região. Trabalhou na Crisal - Cristais de Alcobaça, onde aprendeu pintura e desenho. Prestes a fazer os 22 anos,  foi requisitado pela Pátria.  Fez uma comissão de serviço militar no TO da Guiné, na zona leste, entre 1971 e 1974 (como 1º cabo condutor autorrodas,  CCS/BCAÇ 3872, Galomaro, 1971/74).

O Juvenal Amado é um dos nossos mais ativos, profícuos e entusiásticos membros da nossa Tabanca Grande. O seu talento para a escrita  já vem de longa data e pode ser comprovado nos cerca de 180 postes da sua autoria ou com referências ao seu nome.

"A tropa vai fazer de ti um homem! - Guiné 1971-1974" é o seu primeiro livro, publicado pela Chiado Editora. Tem já data e local para o lançamento oficial: 23 de janeiro de 2016, em Lisboa. Mas o livro já está no mercado livreiro, desde o mês passado, podendo ser comprado nas livrarias ou "on line", aqui, em formato digital (ebook) ou em papel.

Como se lê na nota biográfica, "a expressão 'A tropa vai fazer de ti um homem' era uma premonição de que só seriam verdadeiros homens quem passasse pelas vicissitudes que a vida militar e a guerra impunham, como se fosse impossível alcançar esse estádio sem esses sacrifícios. É com ironia que hoje recorda estas palavras. O título deste livro é, de certa forma, uma pequena provocação".

Ficha técnica:

Título: A tropa vai fazer de ti um homem - Guiné 1971-1974
Autor: Juvenal Sacadura Amado
Data de publicação: Novembro de 2015
Número de páginas: 308
Editora: Chiado Editora, Lisboa
ISBN: 978-989-51-5933-8
Colecção: Bíos
Género: Biografia
Preço de capa: €15,00 (papel) | €3,00 (ebook)

Sinopse

Caro Juvenal, saúdo-o pelo livro que escreveu. É uma compilação de histórias escritas, vividas e sentidas na primeira pessoa que ilustram um Portugal para muitos desconhecido e, para outros, esquecido.

Só preservando a memória se poderá evitar que a História se repita.

Um abraço, Nuno Miguel Oliveira



Anos 1950 > s/l [algures, no concelho de Alcobaça] >  Juvenal Amado atrás do cão da sua avó, com tias, tios, primo Hélder e a mãe


Foto (e legenda): © Juvenal Amado (2015). Todos os direitos reservados. [Edição: LG]


1. Mensagem do Juvenal Amado com data de 12 de novembro último:



 Depois de ouvir atentamente a sociedade cívil,  como está na ordem do dia, tenho a dizer-vos que o lançamento do meu livro já está agendado para 23 de janeiro, sábado,  de 2016,  pelas 16 h30.

Local: Livraria Chiado, Clube Literário, Fórum Tivoli, Avenida da Liberdade, Lisboa.

Faltam os cartazes para a publicidade. Até lá, há que manter a serenidade

Um abraço


Juvenal Amado


_____________

Nota do editor:

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Guiné 63/74 - P15152: História de vida (39): Voltar finalmente, não mais rico mas diferente (Juvenal Amado)

1. Mensagem do nosso camarada Juvenal Amado (ex-1.º Cabo Condutor Auto Rodas da CCS/BCAÇ 3872, Galomaro, 1971/74), com data de 18 de Setembro de 2015:

Carlos e Luís 
Aqui vai alguma coisa para publicação se tiver interesse.
Junto envio fotos de Fátima que foram tiradas com um telemovel. Se não tiverem qualidade eu posso tira-las com uma máquina fotográfica.

Juvenal Amado


VOLTAR FINALMENTE 

Ora cá temos a chuva que tanta falta fazia, ainda assim sempre desagradável. O vento mais agressivo baixa as temperaturas e traz-nos notícias do Outono, com a as suas folhas castanhas a esvoaçarem e a entupirem os biqueirões, a provocarem pequenas inundações urbanas, uma vez que são essas zonas mais impermeáveis à custa do betão e do alcatrão.

Dirão alguns que só faltava este a queixar-se do alcatrão nas estradas, quando andamos a protestar há tantos anos com o maus estado delas, onde os buracos fazem perigar as direcções e suspensões dos nossos carritos, comprados a prestações e a temer que antes do seu pagamento integral, já tenhamos que fazer face a despesas com oficinas, que nos custam sempre os olhos da cara.

Mas já me alonguei com estas considerações para além do que me levou hoje, que o Sol já apareceu novamente, a ganhar formigueiro e escrever sobre várias coisas da vida, quase como acontece com as conversas de circunstância com o vizinho, sobre os dias em que esteve muito calor, ou “está um bocadinho de frio não está?” Ele responderá invariavelmente “que estamos no tempo dele”. É sempre assim.

Durante anos defendi que a nossa terra é o sítio em que moramos com conforto, onde temos segurança, onde ganhamos o nosso sustento, tantas vezes negado na terra donde somos originários. Reconheço agora, passados que são praticamente dezena e meia de anos de ter saído do berço natal, que não é assim e que a nossa terra é sempre aquela dos nossos pais, irmãos e onde nos criamos por mais trambolhões tenhamos tido. Morar num sítio e pertencer a outro, é pois uma realidade a que não escapei como milhares de portugueses que trabalham fora do nosso país por absoluta necessidade, mas esperam voltar ao seu rincão natal um dia, de preferência bem de vida como convém.

Há uns anos, muitos regressaram com os filhos, que embora não nascidos cá, os pais entenderam assim não os perder para um país que os acolheu, mas que não é o deles. É estranha a natureza humana, na verdade pois foram de cá embora porque não tinham futuro e tudo fazem para regressar, evitando que os filhos se separem das suas raízes ancestrais.

Já em Alcobaça conheci jovens que vieram da “estranja” enviados para casa dos avós, como forma de os subtrair a uma sociedade em talvez pais nunca se tivessem querido integrar.
Em Fátima, trabalhei com alguns desses jovens regressados por imposição dos pais, e na verdade, a diferença de educação escolar, alguma dificuldade com a nossa gramática, bem como o nível de empregos disponíveis, acabou por se saldar por uma má escolha, pois não conheci algum que passasse de caixa de supermercado, ou de trabalhador fabril em fábricas à beira da falência e com salários bem modestos.

Um vizinho meu, depois de alguns anos a tentar, acabou por voltar para França com a mulher e uma filha, uma vez que o filho já não regressou, casou e por cá ficou a trabalhar numa média superfície comercial, falhadas que foram as tentativas de integração na vida escolar com bons resultados. Vieram para ficarem juntos, mas como se vê não conseguiram. Da nova leva de portugueses a procurar lá fora melhores condições, melhores salários, vamos ter que esperar se voltam ou não e como vão proceder com os filhos.

Quando estava na Guiné cheguei a fazer planos de correr o Mundo com o meu amigo “ Aljustrel”, copiando talvez os hippies, vivendo aqui e ali, trabalhando quando fosse estritamente necessário, pois a vida e a liberdade eram para ser absorvidas como o Sol na cara, sem ter que pagar por essa dádiva. Ele em parte seguiu um caminho mais parecido com isso e navegou por todos os mares mais de 30 anos. Está claro quanto à subsistência foi muito diferente. Passados que foram as conversas e planos mais ao menos amalucados no posto de sentinela, quando regressei da Guiné, emigrar nunca me passou pela cabeça, casei, trabalhei arduamente para ter para mim e para a minha família bem estar, sem muitas exigências para além do que os meus princípios humildes e solidários impunham, lutei por construir um futuro na minha terra, dar há minha filha a hipótese de frequentar a universidade, atingindo assim o grau académico que lhe possibilitasse sair da velha realidade que filho de operário seria a seguir operário. Duvido hoje que tenha feito a opção certa em cá ter ficado e, cheguei a aconselhá-la a fazer pós graduação no estrangeiro, sabendo eu que tal abriria portas ao seu não regresso, talvez à impossibilidade do convívio com ela e com filhos que eventualmente viesse a ter.

Vidas e linhas que se cruzam, o problema é que não sabemos onde cada uma delas acaba . Hoje fiz como costume a minha caminhada pelas ruas de Fátima. Quase que me despeço delas, como o Verão se despede de nós, pois em breve deverei voltar para a minha terra, onde nunca deixei de pertencer. Caminho pela estrada de Minde, passo a rotunda Sul, meto pela alameda do Santuário, passo junto da Igreja da Santíssima Trindade, Correios, vou ladeando de um lado o Santuário, de outro as lojas minúsculas, que vendem velas para todas as alturas, pés, braços, corpos inteiros em cera, bem com toda a variadas de imagens, pagelas que a atestam a devoção de quem se lá desloca para pagar assim as promessas que fez em momento de aflição.
Sigo depois pela rua das lojas onde as vendedoras com sorriso afivelado sorriso esse que não chega aos olhos, nos convidam a entrar e onde se repetem as imagens talvez de melhor qualidade, juntamente com bonés e cascóis bem com camisolas do Cristiano Ronaldo, salpicadas aqui e ali por lojas chinesas, bem como a profusão de hotéis, capacidade que não tem parado de aumentar.










Ainda não sinto saudades porque não se pode ter saudades do Futuro, mas nestes anos vi as mudanças enormes desta terra que me acolheu e onde muito gosto de estar, perdi as transformações da terra para onde vou voltar, mas aqui estive sempre de passagem, lá estão as minhas raízes mais profundas, que vão desde as recordações e amigos de minha infância, às casas onde vivi, às ruas tantas vezes percorridas, para não falar dos sítios onde descansam para sempre os meus familiares que já partiram.

Na verdade tudo me puxa para lá novamente, passados que foram os anos de que alguma rebeldia e insatisfação me fizeram procurar uma vida de sucesso noutro local. Passados que foram os tempos do trabalho com tantos avanços e recuos, Não volto mais rico, volto sim diferente.

Um abraço
JA
____________

Nota do editor

Último poste da série de 8 de fevereiro de 2015 > Guiné 63/74 - P14232: História de vida (38): José da Câmara um açoriano activo na comunidade açoriana de Stoughton, nos Estados Unidos da América