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sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Guiné 63/74 - P15362: (In)citações (78): A cultura cívica é um bem precioso que nenhuma Nação se pode dar ao luxo de espezinhar (José da Câmara, ex-Fur Mil Inf)

1. Mensagem do nosso camarada José da Câmara (ex-Fur Mil Inf da CCAÇ 3327 e Pel Caç Nat 56, Brá, Bachile e Teixeira Pinto, 1971/73), com data de 3 de Novembro de 2015:

Carlos Vinhal, amigos e camaradas
Este pequeno trabalho que agora trago à vossa consideração tem uma única intenção: alertar os cidadãos de bem, cumprindo ou não cargos institucionais, para o cuidado a terem com aquelas coisas que mexem com a sensibilidade das pessoas, pelo menos de algumas.

A cultura cívica é um bem precioso que nenhuma Nação se pode dar ao luxo de espezinhar. A cidadania assume-se com a prática de bons exemplos e uma responsabilização que cabe a todos nós.

Quo Vadis cidadania?

Na cidade da Horta, Ilha do Faial, na Avenida Marginal, há um monumento de homenagem aos faialenses que tombaram ao serviço da Pátria, na Guerra do Ultramar.
Nas lápides frias daquele monumento estão estampados os nomes daqueles que foram nossos colegas nas escola primárias, nos liceus, nos clubes de futebol, amigos do dia a dia, camaradas que o foram no serviço militar.

No Dia de Portugal prestei a minha homenagem aos Combatentes Faialenses falecidos na Guerra do Ultramar

Em plena Semana do Mar o perímetro envolvente ao monumento foi transformado num sítio de negócio e num caixote de lixo. Numa avenida daquela dimensão, nada justifica tamanha afronta cívica. Aquele local não é sagrado, mas deveria merecer o maior respeito de todos os residentes da Ilha do Faial e das autoridades que comandam os destinos do concelho faialense.

A empresa de telecomunicações, certamente que autorizada, em serviço ou não da Festa do Mar, montou a sua barraca em frente ao Monumento de Homenagem aos Mortos da Guerra do Ultramar do concelho faialense.

O recinto do Monumento também serviu para o depósito de lixos da festa da Semana do Mar 2015

Um aspecto do Monumento aos Mortos do Ultramar, na cidade da Horta, encoberto pela barraca da empresa de telecomunicações.

Não acuso, mas calar é consentir.
Deixem que a minha alma chore…
JC
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Notas do editor:

- Negritos da responsabilidade do editor
- O editor apagou propositadamente a referência publicitária à empresa "dona" destas tendas.

Último poste da série de 8 de novembro de 2015 Guiné 63/74 - P15339: (In)citações (77): "O boato fere como uma lâmina", lia-se em cartazes nos corredores da Máfrica... Qual teriam sido, camaradas, os maiores boatos que ouvimos durante as nossas comissões ? (Vasco Pires, ex-alf mil art, cmdt do 23º Pel Art , Gadamael, 1970/72; bairradino na diáspora lusitana do Brasil

terça-feira, 21 de julho de 2015

Guiné 63/74 - P14911: Convívios (697): Encontro do pessoal da CCAÇ 3327, dias 24 e 25 de Julho de 2015, em Fazenda, Laje das Flores, Ilha das Flores, Açores (José da Câmara)

1. Mensagem do nosso camarada José da Câmara (ex-Fur Mil da CCAÇ 3327 e Pel Caç Nat 56, Brá, Bachile e Teixeira Pinto, 1971/73), com data de 20 de Julho de 2015:

Queridos amigos, 
Infelizmente tenho tido algumas dificuldades em mandar o programa para o nosso convívio. 
Para já, isto é o melhor que podemos fazer. Se houver necessidade de ajustamentos isso será feito de acordo com as necessidades do momento. 

A volta à ilha, cortesia da Câmara Municipal, só poderá contar com 16 lugares. Daí pedir-vos que aqueles que tenham carro o usem para podermos estar todos juntos. 

Nas Lajes das Flores, o Restaurante Hélio, ao cima da Avenida do Emigrante e o Café junto do Porto das Lajes, serão os locais de encontro durante a semana, a partir de amanhã. 

Sejam bem vindos ao Conselho das Lajes das Flores e ao convívio da CCAÇ 3327. 

Um grande abraço. 
José Câmara 
Casa: 292 593 282 
Telemóvel: 917 784 544 

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Nota do editor

Último poste da série de 15 de julho de 2015 > Guiné 63/74 - P14881: Convívios (696): Rescaldo do encontro do pessoal da CART 6250/72, levado a efeito no passado dia 11 de Julho em Oliveira do Bairro (António Murta)

terça-feira, 2 de junho de 2015

Guiné 63/74 - P14689: In memoriam (221): Ex-Cap Mil Art Rogério Rebocho Alves, CMDT da CCAÇ 3327 (Brá, Bachile e Teixeira Pinto, 1971/73) (José Câmara)

1. Mensagem do nosso camarada José da Câmara (ex-Fur Mil da CCAÇ 3327 e Pel Caç Nat 56, Brá, Bachile e Teixeira Pinto, 1971/73), com data de 1 de Junho de 2015:

Carlos:
Fui apanhado com esta desagradável surpresa ao princípio da noite.
Se puderes e for a tempo, agradecia que publicasses a seguinte mensagem:

Meus caros amigos,
Ao longo dos nossos anos encontramos pessoas que nos marcaram para uma vida. O Capitão Rogério Rebocho Alves foi uma delas. Comandou a CCaç 3327 numa situação difícil de guerra, agravada que foi pelo simples facto de ela ser de intervenção.
O seu carácter humanista granjeou-lhe a simpatia e a amizade de todos os militares da CCaç 3327.

Esse homem bom, que nos últimos tempos tinha alguns problemas de saúde, partiu hoje em patrulha sem regresso. Tinha 79 anos de idade.

Sem poder precisar os pormenores, o seu corpo estará na Casa Mortuária junto da Igreja São Luís que fica na área do Estádio São Luís, em Faro.

O cortejo fúnebre realiza-se hoje, Terça-Feira, pelas 11 horas, em direcção ao Cemitério da Quinta do Conde, Setúbal.

Descanse em paz meu Capitão.
Que Deus o tenha em bom regaço. 

José Câmara


Setembro de 2012 - Tropa especial na Mealhada: Cap. Rogério Alves, Furs. J. Cruz, L. Pinto, J. Câmara, Alf. Almeida e Fur. C. Vinhal e na frente o Cabo Isolino Picanço

26 de Julho de 2014 - Quinta do Paúl em Ortigosa - Carlos Vinhal, José Câmara, Luís Pinto, Dina Vinhal, João Cruz e Cap. Mil Rogério Alves
 
26 de Julho de 2014 - Quinta do Paúl em Ortigosa - O Cap Mil Art.ª Rogério Rebocho Alves no uso da palavra. Na mesa, da esquerda para a direita, são reconhecidos o Alf. Mil Almeida, os Furriéis Leite e Caseiro e ainda o Alf. Mil Agostinho Neves. Encoberto, o Alf. Francisco Magalhães.

26 de Julho de 2014 - Quinta do Paúl em Ortigosa - O Fur Mil José Leite, o Cap. Rogério Alves e o Sold Cozinheiro Joaquim Rodrigues que veio de França

26 de Julho de 2014 - Quinta do Paúl em Ortigosa - Fernanda Cruz e o Cap. Rogério Alves

Fotos e legendas: © José da Câmara

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À família do nosso malogrado camarada ex-Cap Mil Rogério Alves, a tertúlia deste Blogue deixa os seus mais sentidos pêsames
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Nota do editor

Último poste da série de 21 de fevereiro de 2015 > Guiné 63/74 - P14281: In memoriam (220): O último adeus ao Amadu Bailo Jaló (1940-2015), na presença de filhos, neta, sobrinho e camaradas, ontem na mesquita de Lisboa (Virgínio Briote)

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Guiné 63/74 - P14066: Sob o poilão sagrado e fraterno da nossa Tabanca Grande: boas festas 2014/15 (7): Continuo a ter razões para acreditar na existência do Menino Jesus (José da Câmara)

1. Mensagem do nosso camarada José da Câmara (ex-Fur Mil da CCAÇ 3327 e Pel Caç Nat 56, Brá, Bachile e Teixeira Pinto, 1971/73), com data de 18 de Dezembro de 2014:

Caros camaradas, amigos
Quase todos nós vivemos as celebrações do Natal em Portugal. Nos Açores, em particular na Ilha das Flores, o Natal era o Dia do Menino Jesus, símbolo da Vida e da Esperança que todos os anos se renovam.

Para nós, pequenada daqueles tempos nas aldeias portuguesas, amanhecíamos, alguns, porque em muitas casas o Menino Jesus era extremamente pobre, com um pequeno embrulho de figos passados, uma buzina de azul celestial com o Galo de Barcelos, um carrinho puxado a bois de sabugos. As meninas acordavam com lindas bonecas feitas com trapos ou de fiado de lã nos seus braços. Inocentemente, quando recebíamos algum presente corríamos a vizinhança a mostrar aos nossos amigos e amigas os lindos presentes que o Menino Jesus nos trouxera.

Um dia, de várias maneiras, a nossa inocência foi sacudida e acordámos para a realidade. Quase sem darmos por isso éramos crianças feitas homens e mulheres capazes de lavrar, de ordenhar, de cavar e sachar, tomar conta de um bebé, cozinhar, cozer pão, remendar umas calças. Aos poucos os nossos pais foram depositando as suas esperanças em nós e com elas caíam em cima dos nossos ombros a responsabilidade da renovação da vida.

O cumprimento do serviço militar obrigatório, a guerra do Ultramar, qual fasquia de vida e morte, deixou-nos recordações que a neblina da memória não conseguiu apagar. É por isso que aqui, na Tabanca Grande, nos encontramos dia após dia, ano após ano. Para recordar a nossa meninice, os nossos tempos de tropa, aqueles que deram o melhor de si mesmos a esta grande Nação Portuguesa, os que nos deixaram, os que vão chegando. Aqui tentamos passar o nosso testemunho sócio militar aos nossos filhos e netos. Para que a história da nossa juventude passada em terras do Ultramar nunca seja desventrada.

O Natal, mais que outra época qualquer, passado na Guiné tem histórias mil. Algumas são dolorosas, hilariantes outras, a amizade está em todas elas. Que os anos apenas serviram para a solidificar. Nada mais verídico do que aquilo que aconteceu entre os militares das açorianíssimas CCaç 3326, 3327 e 3328. No primeiro Natal passado naquela Província Ultramarina, foram trocadas mensagens de esperança entre os militares daquelas Companhias. Por nessa altura já me encontrar no Pel Caç Nat 56, sediado no Destacamento de São João, não fiz parte da troca daquelas mensagens… Isto é, até recentemente, 43 anos passados que foram sobre esse longínquo Natal de 1971, quando recebi a mensagem que os furriéis da CCaç 3328 endereçaram aos furriéis da CCaç 3327.


Sem dúvida alguma, uma mensagem que não chegou tarde, apenas me fez regressar às Bolanhas da Guiné, ao meu Natal de Criança. Sim, eu continuo a ter razões para acreditar na existência do Menino Jesus.

Para todos vós Festas Felizes e Bons anos.
José Câmara
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Nota do editor

Último poste da série de 21 de Dezembro de 2014 > Guiné 63/74 - P14060: Sob o poilão sagrado e fraterno da nossa Tabanca Grande: boas festas 2014/15 (6): Carlos Rios, Manuel Lema Santos, Vasco Santos, Armando Teixeira da Silva, Mário Gaspar, Vasco Pires, José Lima da Silva, Sivério Dias, Benito Neves, Sousa de Castro, José Martins, João Coelho e Manuel Alheira

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Guiné 63/74 - P13792: Memórias e histórias minhas (José da Câmara) (33): Um bagabaga que serviu de altar num casamento

 
1. Mensagem do nosso camarada José da Câmara (ex-Fur Mil da CCAÇ 3327 e Pel Caç Nat 56, Brá, Bachile e Teixeira Pinto, 1971/73), com data de 17 de Outubro de 2014:

Carlos, amigos e camaradas,
O artigo do José Saúde(1) despoletou-me a curiosidade e fez-me recuar no tempo, às minhas experiências vividas na Mata dos Madeiros, naquele longínquo ano de 1971.
Naquela Mata vivi situações reais que mais parecem contos de fadas. Esta é uma delas.

Com votos de muita saúde, um abraço transatlântico.
José Câmara


MEMÓRIAS E HISTÓRIAS MINHAS

33 - Um bagabaga que serviu de altar num casamento

O José Saúde no seu fino artigo “As arquitetónicas fortalezas das formigas na Guiné” transporta-nos mais uma vez à importância que os bagabagas tiveram nas nossas vidas enquanto militares na Guiné. Diz-nos que felizmente não foi necessário usá-los como defesa, mas como comentou o Hélder Valério, para além da guerra havia uma componente a que não era indiferente, a fauna e a flora da província. Tal como a ele, estou certo que muitos de nós ainda temos na retina muito do belo que a Guiné tinha.

Pelo seu tamanho e estrutura os bagabaga eram um ex-libris da natureza guineense. Na Mata dos Madeiros havia muitos que foram utilizados por nós, militares da CCaç 3327, de várias maneiras, sobretudo de apoio noturno nas emboscadas que montávamos. Mas há um que foi especial na história da Companhia: serviu de testemunha a um casamento, se preferirem, foi o altar possível de uma cerimónia em que a noiva se encontrava a muitas centenas de quilómetros.

Recuando no tempo, no meu Poste 6084(2) faço referência ao casamento do Fur Mil Fernando Pedro Ramos da Silva no dia de Páscoa de 1971, que se encontrava em patrulhamento algures na Mata dos Madeiros. Também é verdade que não tinha nenhuma foto para ilustrar a cerimónia simples que lhe dedicámos no nosso acampamento da Mata dos Madeiros antes de ele regressar ao patrulhamento. E assim continua. Quando escrevi aquele artigo também estava bem longe de saber que o Fernando Silva nos tinha deixado muito cedo na vida.

Depois de ler o artigo do José Saúde, o Fur Mil João Cruz chamou-me para me alertar para uma foto que me cedera em tempos sobre o casamento do Fernando Silva. Na história que um dia será escrita sobre a guerra da Guiné certamente que os bagabagas terão um destaque importante nas componentes militar e paisagística. Hoje podemos acrescentar que pelo menos um também o foi na formação de uma família, a do casal Fernando e Celeste Silva.

O bababaga que serviu de altar a um casamento. Na Mata dos Madeiros, o Fur Mil Fernando Silva bebe do seu cantil no momento em que a noiva, a Celeste, estaria na cerimónia religiosa do seu casamento, numa igreja algures no Portugal Continental. São testemunhas, a partir da esquerda: os Fur. Mils. Joaquim Augusto Fermento (Minas e Armadilhas), Carlos Alberto R. P. Costa (Operações Especiais) e na frente o João Alberto Pinto Cruz (At. Inf.)

Foto (Cortesia de João Cruz, FMil. CCaç3327)
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Nota do editor

(1) Vd. poste de 12 de Outubro de 2014 > Guiné 63/74 - P13723: Memórias de Gabú (José Saúde) (42): Baga-bagas, castelos de liberdade e de defesa

(2) Vd poste de 31 de Março de 2010 > Guiné 63/74 - P6084: Memórias e histórias minhas (José da Câmara) (16): Páscoa e Casamento na Mata dos Madeiros

Último poste da série de 29 de Abril de 2013 > Guiné 63/74 - P11503: Memórias e histórias minhas (José da Câmara) (32): Bassarel, um paraíso no chão manjaco

sábado, 23 de agosto de 2014

Guiné 63/74 - P13528: Convívios (618): Rescaldo do Encontro das CCAÇ 3327 e 3328, levado a efeito no passado dia 26 de Julho de 2014 na Quinta do Paúl, em Ortigosa (José da Câmara)

1. Mensagem do nosso camarada José da Câmara (ex-Fur Mil da CCAÇ 3327 e Pel Caç Nat 56, BráBachile e Teixeira Pinto, 1971/73), com data de hoje 22 de Agosto de 2014:


O CONVÍVIO 2014 DAS CCAÇ 3327 E 3328


DIA 26 DE JULHO DE 2014 NA QUINTA DO PAÚL, EM ORTIGOSA

Um belo aspecto da Quinta do Paúl


Eu sou um felizardo. Tenho amigos, bons amigos. Só assim se compreende que todos os anos haja sempre um que me convida a passar alguns dias na sua companhia.

Este ano, o Fur Mil João Cruz e a sua mui simpática esposa, a Fernanda, a quem nunca poderei agradecer o suficiente, foram os anfitriões de umas férias maravilhosas que eu e a minha esposa passámos através das grandes planícies alentejanas, costas algarvias e centro do país.

Sim, sou um felizardo porque em horas de adversidade tive a felicidade de encontrar gente maravilhosa com quem partilhei as mesmas angústias, as mesmas incertezas, os mesmos sofrimentos e também as mesmas alegrias e os mesmos momentos de boa disposição.

Se serviço militar foi o ponto de encontro entre nós, o solo da Guiné foi o enraizamento de uma planta e cuja bela flor, pétalas de amizade, tantas quanto os militares da CCaç 3327, foi alimentada pelos anos que se passaram desde então.

Nos últimos anos, as pétalas daquela linda flor juntam-se alternadamente entre os Açores e a Metrópole para um abraço.
Este ano, o convívio foi na Quinta do Paúl, em Ortigosa, um lugar com condições edílicas, a que não são alheias a simpatia e o excelente serviço de restauração.

As CCaç 3326 e a CCaç 3328, companhias irmãs do BII 17, foram convidadas a estarem connosco. E se a CCaç 3328 esteve muito bem representada, a CCaç 3326 primou pela ausência. Estivemos lá para um abraço, sempre estaremos. Mas estes convívios têm sempre algumas peculiaridades que importa realçar.

Quando os nossos amigos não se podem deslocar ao convívio, levamos este até eles. Este ano foi o que aconteceu com o nosso amigo Luís Moura, o Furriel Vagomestre. Doença debilitante não lhe permitiria estar connosco.

Na Sexta-feira, a esposa e o filho, a quem agradecemos imenso, trouxeram-no de Maia, próximo do Porto, até Coimbra; alguns de nós fomos ao seu encontro, levando-lhes o melhor do nosso convívio, o nosso abraço de amizade e a nossa solidariedade.


Coimbra - O ex-Fur Mil Vaguemestre Luís Moura


Na Foto: ex-Cap. Mil Alves, Luís Moura, João Cruz, Paulo Moura (filho do Luís Moura) e José Câmara

O Fur. Mil. Sesinando, da CCaç 3328, esteve empenhado na preparação do convívio deste ano. Mora nas redondezas e foi o encarregado de procurar o local apropriado. Foi mais que feliz na escolha deste lugar aprazível.

Acometido por doença que chegou sem aviso, esteve em dúvida a sua participação no convívio. Não sei onde foi buscar força anímica, mas a sua entrada foi triunfante naquela sala que o recebeu de braços abertos. Ele, pela sua coragem psíquica, personificou, melhor do que ninguém, porque todos os anos teimamos em estarmos juntos.


O Casal Sesinando, CCaç 3328, ladeado pelos Furriéis João Cruz e José Câmara da CCaç 3327

Foram muitos os que compareceram à chamada. É bom rever todos aqueles amigos, abraçá-los, conhecer as suas famílias, conversar com eles. Este ano, com o aliciante de termos tido a emigração bem representada pelo casal Francisco Parreira que veio da Califórnia, pelo casal José Ramiro Serpa, este da minha secção, que veio do Canadá e pelo Casal José Marcelino Sousa, vindo da ilha das Flores, mas que também um dia andou emigrado em terras da América, que visita frequentemente.

Porque também trilho os caminhos da emigração, exulto com a vinda destes amigos da diáspora. Sei que só uma grande amizade é capaz de tamanhas deslocações.

A completar este belo quadro de amizade, a presença desejada do meu mano, assim nos tratamos em particular, Carlos Vinhal e da Dina, a sua mui simpática esposa, foi deveras apreciada por todos nós. Os meus amigos da CCaç 3327 sabem da importância do nosso Blogue nestes nossos convívios. Também não é nenhum segredo para eles que mantemos uma amizade sólida, diferente, criada e alimentada pelo respeito mútuo, talvez fruto de algum paralelismo nas nossas vidas privadas. Por isso mesmo, também é um dos nossos.


José Câmara e José Leite dão as boas-vindas ao Carlos Vinhal

José Câmara no uso da palavra

Carlos Vinhal, editor do nosso blogue, amigo e mano especial do José Câmara no uso da palavra. Na primeira mesa, de costas, o Fur Mil Trms João Correia

O Cap Mil Art.ª Rogério Rebocho Alves no uso da palavra. Na mesa, da esquerda para a direita, são reconhecidos o Alf. Mil Almeida, os Furriéis Leite e Caseiro e ainda o Alf. Mil Agostinho Neves. Encoberto, o Alf. Francisco Magalhães.

O Fur Mil Pereira (CCaç 3328) no uso da palavra

Bolo comemorativo do Encontro

O Fur Mil José Leite, o Cap. Rogério Alves e o Sold Cozinheiro Joaquim Rodrigues que veio de França

O Alf Mil Francisco Rodrigues e o Fur Mil José Câmara, ambos do 4.° GComb

Carlos Vinhal e José Câmara

A Samara Araújo, esposa do Pinto, fotógrafa de serviço, Luís Pinto, Xisto, Álvaro Pereira, Joaquim Rodrigues e Francisco Magalhães.

Fur Mil José Câmara e Cabo Telegrafista Álvaro Pereira

José Câmara e Luís Pinto

Fernanda Cruz e o Cap. Rogério Alves

Fur Mil João Cruz e Alf Mil Agostinho Neves, 2.° GComb

Estes convívios envolvem sempre muito trabalho e preocupações mil. Os organizadores deste ano, o João Cruz, pela CCaç 337, o Sesinando e o Victor Costa, pela CCaç 3328, pelo excelente trabalho conseguido, são merecedores do nosso respeito e do nosso agradecimento.

O sorriso de um homem tranquilo e satisfeito por um trabalho excelentemente conseguido: João Cruz

No abraço da despedida sentimos o sabor amargo do tempo ser tão pouco para cada um. É sempre assim.

Na hora da despedida, um abraço fazendense, Ilha das Flores: Joé Câmara e José Sousa


Ainda se aproveitavam os últimos momentos para mais uma recordação. Carlos Vinhal, José Câmara, Luís Pinto, Dina Vinhal, João Cruz e Cap. Mil Rogério Alves


Ficam saudades, mas levamos muitas mais e a certeza que para o ano, possivelmente na linda Ilha das Flores, lá estaremos para mais um convívio, se Deus quiser.

José Câmara
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Texto e legendas da fotos: José Câmara
Fotos: José Câmara e Carlos Vinhal
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Nota do editor

Último poste da série de 19 de Agosto de 2014 > Guiné 63/74 - P13515: Convívios (617): Almoço do pessoal e comemoração do 40.º aniversário do regresso da Guiné das CCAV 8350 (Guileje) e 8352 (Caboxanque-Cantanhez), dia 30 de Agosto de 2014 em Estremoz (Coutinho e Lima)

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Guiné 63/74 - P13362: Convívios (610): Encontro do pessoal das CCAÇs 3326, 3327 e 3328, a levar a efeito no próximo dia 26 de Julho de 2014 na Quinta do Paúl, Ortigosa (José Câmara)

1. Em mensagem de hoje, 3 de Junho de 2014, o nosso camarada José da Câmara (ex-Fur Mil da CCAÇ 3327 e Pel Caç Nat 56, Brá, Bachile e Teixeira Pinto, 1971/73), enviou-nos o anúncio do próximo Convívio do pessoal das CCAÇs 3326, 3327 e 3328, a levar a efeito no próximo dia 26 de Julho de 2014 na Quinta do Paúl, Ortigosa.


AS CCAÇ

 3327 
(Mata dos Madeiros, Destacamentos de Teixeira Pinto, Tite e Bissássema)

3326 
(Mampatá) 

3328 
(Bula) 

vão realizar um convívio de saudade entre os militares daquelas unidades mobilizadas pelo BII17, Angra do Heroísmo.

DIA 26 de Julho de 2014, pelas 10:30 Horas da manhã

LOCAL - Quinta do Paúl
Estrada Nacional, 109 (Paúl)
2425-741 Ortigosa
Leiria – Portugal

Para mais informações sobre o local contactar: www.quintadopaul.com


EMENTA

APERITIVOS
Martini / Porto Seco / Moscatel / Ricard
Vinhos Quinta do Paúl / Sumo de Laranja / Água
Rissóis / Pastelinhos de Bacalhau / Croquetes / Tiras de Potas
Nugget's de Peixe / Argolas de Lulas / Caprichos do Mar / Empadinhas de Frango
Churrasdquinhois (Lentrisca / Morcela de Arroz / Chouriço) c/Selecção de Pão Rústico / Broa
Tapas de Queijo c/Presunto
Pastelaria Mi niatura / Selecção de Frutos Secos / Frutas Frescas

SOPA
Sopa de Legumes

PEIXE
Lombinhos de Bacalhau c/Cebolada
Servido c/Ninhos de Puré e Legumes Salteados

CARNE
Lombinho de Porco Preto Coberto c/Laranja
Servido c/Batatinha Assada e Salada Mista c/Manga

SOBREMESAS
Mouse de Chocolate / Pudim Caseiro / Doce de Amêndoa / Fruta Laminada

BEBIDAS
Vinho Quinta do Paúl (Tinto / Branco)
Vinho Verde Arca Nova / Lambrusco Rosé
Águas / Refrigerantes / Cerveja / Café
Macieira / Bagaceira / Croft / Moscatel / V. Porto / Whisky Novo
Bolo + Espumante Natural Bruto

Preço: 27.50 Euros p/Pessoa

Para mais informações e marcação de lugares contactar:
João Cruz: 937 232 794 ou 967 070 680 (casapintocruz@sapo.pt)
Victor Costa: 969 223 548 (victorcostasmor@gmail.com)
José Câmara: (jcamara301@aol.com)
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Nota do editor

Último poste da série de 28 DE JUNHO DE 2014 > Guiné 63/74 - P13343: Convívios (609): XXIX Encontro do pessoal da CART 3494 (Xime e Mansambo, 1971/74), realizado no passado dia 7 de Junho de 2014 em S. Pedro de Moel (Sousa de Castro)

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Guiné 63/74 - P12526: Fichas de unidade (9): Companhia de Caçadores N.º 2724 (Guiné, 1970/1972)





1. Em mensagem do dia 17 de Dezembro de 2013, o nosso camarada José Marcelino Martins (ex-Fur Mil Trms da CCAÇ 5, Gatos Pretos, Canjadude, 1968/70), a pedido do nosso editor Luís Graça, enviou-nos a Ficha da CCAÇ 2724.




COMPANHIA DE CAÇADORES N.º 2724

Brazão ou Crachá da Companhia de Caçadores nº 2724
© Foto de José Casimiro Carvalho (2010) ¹

Mobilizada pelo Regimento de Infantaria nº 15, de Tomar e, sob o comando do Capitão de Infantaria José Pinto Correia de Azevedo, adoptou como Divisa Non Nobis

Embarca em 04 de Abril de 1970, desembarcando em Bissau em 11 de Abril de 1970.


Síntese da Actividade Operacional:

Realizam o treino de aperfeiçoamento operacional, entre 16 e 22 de Abril de 1970, em sobreposição com a Companhia de Caçadores n.º 2401. Após o treino de aperfeiçoamento, assume a responsabilidade do Sector de Buruntuma, com um grupo de combate instalado em Camajabá. Fica integrado no dispositivo do Batalhão de Artilharia n.º 2857 e, mais tarde, do Batalhão de Cavalaria n.º 2922.

É durante este período que, ARNALDO ANTÓNIO MORAIS, Soldado Condutor Auto Rodas NM 10105369, casado com Maria Ernestina Alves Morais, filho de João António Morais e Cremilde da Conceição Cepeda, natural de Nuzedo de Cima, freguesia de Tuízelo e concelho de Vinhais, tombou vítima de ferimentos em combate num ataque inimigo ao aquartelamento de Buruntuma, em 5 de Setembro de 1970, sendo inumado no Cemitério Paroquial de Salgueiros e Tuízelo.

É rendida, em 17 de Fevereiro de 1971 em Buruntuma, pela Companhia de Cavalaria n.º 1747, sendo transferida para Nova Lamego, para dar protecção aos trabalhos da asfaltagem da estrada que ligava esta localidade a Piche.

Brazão ou Crachá da Companhia de Caçadores n.º 2724 
© Foto da colecção de Carlos Coutinho

Porém, a 24 de Fevereiro de 1971, inicia a deslocação para Bissau, tendo os grupos de combate ficado adidos à Companhia de Caçadores n.º 2571, até à chegada de todos os efectivos, que se verificou a 12 de Março de 1971.

A Unidade é integrada no Comando de Bissau e, em 13 de Março de 1971 assume a responsabilidade do subsector de Brá, substituindo a Companhia de Caçadores n.º 3327. Destacou forças para Safim e João Landim.

De 24 de Março a 6 de Abril de 1971, destacou um pelotão para reforço da guarnição de Nhacra, e de 14 de Abril a 7 de Junho, destacou dois pelotões para os reordenamentos de Jugudul Com e Changue Bedeta.

É substituído em Brá pela Companhia de Caçadores n.º 2658, seguindo para Quinhamel, para render a Companhia de Caçadores n.º 2617, onde assume a responsabilidade do subsector, com destacamentos em Ponta Vicente da Mata e Ondame.

A 23 de Fevereiro de 1972 é rendida em Quinhamel pela Companhia de Caçadores n.º 2796, recolhendo a Bissau. Iniciou a viagem de regresso a 13 de Março de 1972

(História da Unidade - Caixa nº 85 – 2.ª Div/4.ª Secção, do AHM)


Brazão ou Crachá da Companhia de Caçadores nº 2724 
© Foto de José Casimiro Carvalho (2010) ¹


(1) - Fotos de José Casimiro de Carvalho publicadas no P6708 de 10 de Julho de 2010 que teve o seguinte comentário:

Galileu disse...
Camarada José Carvalho
Fiquei bastante satisfeito em ver que o emblema da CCac. N.º 2724 que ficou em Buruntuma, ainda se encontra em perfeitas condições, embora já não esteja no mesmo lugar em que o deixámos. O molde do emblema foi feito por mim, e construído por um camarada do meu abrigo.
Aproveito esta oportunidade para cumprimentar a população de Buruntuma e agradecer a boa forma como sempre me trataram.
Obrigado e felicidades para todos.
O ex-furriel Acácio Lobo
acacio.lobo@sapo.pt
Sábado, Janeiro 15, 2011 11:34:00 PM

18 de Dezembro de 2013
José Marcelino Martins
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Nota do editor

Último poste da série de 24 DE OUTUBRO DE 2010 > Guiné 63/74 – P7169: Fichas de Unidades (8): Batalhão de Caçadores N.º 4514/72 (Guiné, 1973/74) (José Martins)

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Guiné 63/74 - P11896: In Memoriam (155): A CCAÇ 3327 prestou sentida homenagem ao Soldado Manuel Veríssimo de Oliveira (José da Câmara)

1. Mensagem do nosso camarada José da Câmara (ex-Fur Mil da CCAÇ 3327 e Pel Caç Nat 56, BráBachile e Teixeira Pinto, 1971/73), enviada ao nosso Blogue:

Caríssimo Carlos Vinhal, amigos e camaradas,
O dia 27 de Julho levou-me à linda ilha de São Miguel para mais um convívio da CCaç 3327 e não só. Na verdade, muito mais importante que o convívio foi a nossa visita ao cemitério da Lomba de São Pedro, Concelho do Nordeste, onde prestámos uma simples e muito sentida homenagem ao nosso Manuel Veríssimo de Oliveira.

A generosidade dos homens que serviram na CCaç 3327 permitiu angariar os fundos necessários para a compra da campa tumular. Para além disso contámos com a boa vontade da Junta de Freguesia da Lomba de São Pedro, Concelho do Nordeste, Ilha de São Miguel, que cedeu a sepultura à família do Oliveira, e a prestimosa colaboração dos Núcleos da Associação dos Deficientes das Forças Armadas e da Liga de Combatentes, da Ilha de São Miguel, com colaboração diversa.

A Câmara Municipal de Ponta Delgada também colaborou ao ceder um autocarro que em muito facilitou o nosso transporte.

Todos estes gestos de boa vontade jamais serão esquecidos por mim e por todos aqueles que tomaram parte no evento. E falta falar de um homem e de uma família séria e generosa, o José Massa e os seus simpáticos familiares, que não regatearam esforços para que a cerimónia no cemitério e o convívio tivessem o respeito e o brilho alcançados.

Para além das muitas horas roubadas ao seu dia a dia, a família Massa emprestou uma simplicidade saudável, bom gosto e muito carinho em todos os passos que deram para que tudo estivesse a contento. Os seus esforços foram compensados com um resultado de alto gabarito, que me apraz enaltecer. Pessoalmente posso dizer que me senti em casa e em família.

Para os meus amigos da CCaç 3327 e todos aqueles que se viram envolvidos nesta homenagem, incluindo a família do Oliveira, com um especial para o José Massa e a sua família o nosso muito obrigado.

Quaisquer outras palavras que pudesse acrescentar ficariam sempre muito aquém daquilo que me vai na alma.

Um abraço transatlântico do
José Câmara


A CCAÇ 3327 PRESTOU SENTIDA HOMENAGEM A MANUEL VERÍSSIMO DE OLIVEIRA

Perante uma moldura humana muito apreciável, no bem arranjado cemitério da Lomba de São Pedro, Concelho do Nordeste, Ilha de São Miguel, teve lugar uma simples, mas muito sentida homenagem ao Soldado Manuel Veríssimo de Oliveira, da CCaç 3327.

Toda a cerimónia de homenagem foi pautada pela simplicidade e respeito para com o nosso camarada e amigo Manuel.

Foto do Furriel Pinto, CCaç 3327

Como coordenador da homenagem coube-me a abertura da mesma com as seguintes palavras:

Exma. Família Oliveira, 
Exmo. Sr. Capitão Rogério Alves, Senhores oficiais, Furriéis e Praças da CCaç 3327, 
Exmo. Sr. Presidente da Junta de Freguesia da Lomba de São Pedro e Esposa, 
Exmos. Srs. Presidentes das sucursais da Associação de Deficientes das FA e da Liga de Combatentes e esposas, 
Nossos convidados 

Se me permitem e espero não abusar do tratamento, meus caros amigos:

Para os que não me conhecem, eu sou o José Câmara, Furriel Miliciano na Companhia de Caçadores 3327. 
Como militar que fui, sinto que cumpri com honra e dignidade o meu Dever para com a minha Pátria amada, vestindo orgulhosamente o uniforme do Exército Português. 
Também por isso, mas não só, sinto que estou em boa companhia, a de todos vós aqui presentes. 
Estamos aqui para celebrar uma vida, homenageando a memória do nosso familiar, camarada, companheiro e amigo Manuel Veríssimo de Oliveira, militar que foi na Companhia de Caçadores 3327. 

O Manuel foi o primeiro de nós a regressar a casa, ao seio da família. Chegou de maneira diferente, mas nem por isso deixou de ser o filho amado e, certamente, continuou a ser o irmão querido. 
Para nós, militares da Companhia de Caçadores 3327, o nosso Manuel, como ainda hoje lhe chamamos, foi e será sempre o nosso camarada, companheiro e amigo, nos grandes sacrifícios que passámos juntos na Mata dos Madeiros, zona que lhe foi tão madrasta, naquele mês de Abril de 1971. 
O Manuel não ficou a dever nada à vida, mas esta ficou a dever-lhe tudo, quando não lhe deu a oportunidade de constituir família própria, de ser pai e muito menos avô. Mas a verdade, a grande verdade é que ele também nunca esteve só e jamais o estará. Hoje, agora, neste local, podemos afirmar com propriedade que o Manuel nunca nos deixou e sempre viveu em nós. Por isso estamos aqui, ao seu lado.

Manuel, companheiro de luta, 
No dia em que caminhaste de junto de nós, pudemos observar a tua passada rápida e firme ao encontro de um novo comandante, de uma nova companhia, de novos companheiros, de um novo acampamento num lugar diferente, na Mata Celestial. Chegado ali, já no teu novo posto de sentinela, continuaste a velar por todos nós. Até nisso cumpristes a tua nobre missão. 
Na Guiné, na Mata dos Madeiros, ainda lá está a estrada regada com o teu e o nosso suor e o de muitos outros, calcada com o peso de trabalho insano, alcatroada com o sacrifício heroico da tua vida, espelho da coragem do militar português e, em particular, do soldado açoriano. 
Até nisso soubeste ser tão bom como os melhores quando deste o teu dom mais precioso, a tua vida, a uma Pátria amada que juraste defender.

Versos foram escritos em tua memória e eu fui seu fiel depositário. Quadras simples, falantes, espelho da tua vida e dos sentimentos que assolaram os teus familiares e os teus companheiros de luta. Não interessa conhecer o autor dos versos, porque fomos todos nós que os escrevemos. 
Eu fiquei com um único direito sobre aquelas folhas escritas, fazê-las chegar ao seu destino. 
Foram 42 anos em patrulha, sem dúvida uma longa e dolorosa caminhada, mas hoje atingi o meu objetivo. 

Tal não teria sido possível sem a ajuda de todos os camaradas da CCaç 3327, com um especial agradecimento para o José Cristiano Massa. 
Também prestimosa foi a colaboração do Sr. Presidente da Junta de freguesia da Lomba de São Pedro, dos Srs. Presidentes das sucursais da Associação de Deficientes das Forças Armadas Portuguesas, da Liga de Combatentes da Ilha de São Miguel e ainda da Câmara Municipal de Ponta Delgada. 
Por último, mas sem dúvida a mais importante, a disponibilidade da Família do Manuel que nos permitiu esta simples quanto sentida homenagem. 
Por tudo isso o meu obrigado, o obrigado dos militares da Companhia de Caçadores 3327. 

O Roteiro da Saudade, da Companhia de Caçadores 3327, abre com um artigo, onde no penúltimo parágrafo pode ler-se o seguinte: 
- Recordas ainda o infeliz Oliveira? Quando o seu pai te encontrar, abraça-o, não lhe digas nada pois não há palavras que o possa consolar, mas deixa-o chorar.

Manuel, 
Não chegamos a tempo para um abraço ao teu pai e à tua mãe. Mas as tuas irmãs e os teus irmãos serão depositários do nosso abraço, da nossa camaradagem, do nosso respeito, do nosso carinho, da nossa gratidão. 
No cumprimento do Dever que todos, nós e as gerações futuras, saibam honrar o teu sacrifício. 
Se nos permites, num até sempre, deixo contigo o título do artigo que abre o Roteiro da Saudade da tua e nossa Companhia: 
Até Logo Amigo.

Homenagem da CCaç a Manuel Veríssimo de Oliveira 
Foto de Fur. Mil. Pinto

Seguiram-se várias as intervenções, todas elas no mesmo sentido: lembrar o homenageado e o seu sacrifício para com a Mãe Pátria. E se é certo que já se passaram 42 anos desde que o Manuel faleceu, a emoção foi evidente nas lágrimas que vimos rolar em muitos rostos.

Na sua intervenção o Sr. Presidente da Junta de Freguesia da Lomba de São Pedro ao agradecer a nossa presença afirmou que naquela cerimónia tinha aprendido mais sobre a Guerra no Ultramar que em toda a sua vida.

O Sr. Presidente do Núcleo de Deficientes das Forças Armadas de Ponta Delgada agradeceu o convite que lhe foi endereçado, aproveitando o ensejo para afirmar o seu sentimento de combatente nesta generosa homenagem.

O Sr. Capitão Rogério Rebocho Alves, Comandante da CCaç 3327, aproveitou para nos lembrar o que era ser comandante de uma companhia e o sentimento atroz de perder um militar, independentemente das circunstâncias.
Terminou a sua intervenção abraçando os familiares do Manuel.

Coube a um jovem sobrinho do Manuel agradecer em nome da família tudo o que fora feito pelo tio e a presença de todos ali.
O momento era de emoção.
Bem compreendemos.

A cerimónia de homenagem ao Manuel chegara ao fim. Não sem antes, pelos presentes que foram militares, ter sido guardado um minuto de silêncio, em sentido e em continência pelo Manuel e por todos aqueles que um dia envergaram o uniforme do Exército de Portugal.
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Nota do editor

Último poste da série de 3 DE JULHO DE 2013 > Guiné 63/74 - P11797: In Memoriam (154): Roberto Quessangue, cofundador e presidente da assembleia geral da ONG AD - Acção para o Desenvolvimento, especialista em questões agrícolas e ambientais, morre hoje no Hospital Nacional Simão Mendes, em Bissau