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sábado, 10 de dezembro de 2022

Guiné 61/74 - P23864: Recordando o Amadu Bailo Djaló (Bafatá, 1940 - Lisboa, 2015), um luso-guineense com duas pátrias amadas, um valoroso combatente, um homem sábio, um bom muçulmano - Parte XIII: uma incursão à Ilha do Como, em princípios de 1965, com o Grupo "Fantasmas" a 18 operacionais...


Guiné > Região de Tombali > Catió > Interior do aquartelamento  >
 CCS / BART 1913 (Catió 1967/69) > Álbum fotográfico de Victor Condeço (1943-2010), ex-fur mil furriel mecânico de armamento.


Guiné > Região de Tombali > Catió >  CCS / BART 1913 (Catió 1967/69) > Avenida das palmeiras.


Guiné > Região de Tombali > Catió >  CCS / BART 1913 (Catió 1967/69) > Chegada a Catió da lancha vinda do Cachil.  

Fotos (e legendas): © Victor Condeço (2007). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Guiné > Região de Tombali > Ilha do Como > Cachil > 1966 > Interior do aquartelamento. Foto do álbum de Benito Neves, ex.fur mil,  CCAV 1484, (Nhacra e  Catió,  1965/67) d 

Foto (e legenda): © Benito Neves (2007). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mais um excerto das memórias do nosso camarada Amadu Djaló (Bafatá, 1940- Lisboa, 2015), membro da nossa Tabanca Grande desde 2010, autor do livro "Guineense, Comando, Português" (Lisboa, Associação de Comandos, 2010, 229 pp.).

O Virgínio Briote, nosso coeditor jubilado (ex-alf mil, CCAV 489 / BCAV 490, Cuntima, jan-mai 1965, e cmdt do Grupo de Comandos Diabólicos, set 1965 / set 1966) disponibilizou-nos o manuscrito, em formato digital. Recorde-se que, durante cerca de um ano, com infinita paciência, generosidade, rigor e saber, ele exerceu as funções de "copydesk" (editor literário) do livro do Amadu Djaló, ajudando-o a reescrever o livro, a partir dos seus rascunhos e da sua prodigiosa memória.



Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional do nosso blogue >
20 de Junho de 2009... O Virgínio Briote e o Amadu. Foto: LG (2010)



Capa do livro de Bailo Djaló (Bafatá, 1940- Lisboa, 2015), "Guineense, Comando, Português: I Volume: Comandos Africanos, 1964 - 1974", Lisboa, Associação de Comandos, 2010, 229 pp, + fotos, edição esgotada.


A edição de 2010, da Associação de Comandos, com o apoio da Comissão Portuguesa de História Militar, está infelizmente há muito esgotada. E não é previsível que haja, em breve, uma segunda edição, revista e melhorada. Entretanto, muitos dos novos leitores do nosso blogue nunca tiveram a oportunidade de ler o livro, nem muito menos o privilégio de conhecer o autor, em vida.

Recorde-se, aqui, o último poste desta série (*): O Grupo de Comandos "Fantasmas", da Companhia de Comandos do CTIG, comandado pelo alf mil 'comando' Maurício Saraiva, nascido em Angola,  faz um incursão de 3 dias nas matas no Oio, com apenas 12 operacionais.





"Vinte dias em Catió, Cachil e Como, no princípio de 1965, com o Grupo de Comandos  "Fantasmas" agora com 18 operacionais ...
(pp. 108/112)

por Amadu Djaló (*)

 
(i) Na toca do lobo, na ilha do Como


João Parreira,
ex-fur mil op esp,  'comando', 
CART 730 / BART 733
e Grupo de Comandos “Fantasmas”,
 
Bissorã e Brá, 1964/66,
membro da Tabanca Grande
desde 3/12/2005


Em resposta ao pedido do alferes Saraiva de voluntários para reforçar o grupo, o QG enviou  alguns militares que se tinham oferecido. Com a chegada a Brá do furriel João Parreira, europeu [em fevereiro de 1965], de um soldado africano, Braima Bá, e de mais quatro praças europeus, o grupo “Fantasmas” ficou com 18 homens operacionais.

A primeira missão com o grupo reforçado foi no Como. Primeiro deslocámo-nos para Catió, onde estivemos três dias.

Depois seguimos de barco, chegámos à tarde ao Cachil e ficámos a fazer tempo para a hora de saída.

Depois de jantarmos pusemo-nos a caminho, rumo ao objectivo. Ia connosco um guia balanta.

O Como é uma ilha com mata muito densa nalguns locais. A mata é cercada por uma clareira toda à volta, que, segundo as informações que nos deram, a guerrilha tinha cavado abrigos onde sentinelas espaçadas, se vissem tropa a aproximar-se, chamavam gente para defender a posição.

O alferes, antes de sairmos, explicou como íamos fazer. O pessoal da companhia ia servir de isco, preparavam-se como se fossem fazer uma operação e de forma que fossem vistos pelas sentinelas do PAIGC. Nós que iríamos andar toda a noite, o mais silenciosamente possível, quando os guerrilheiros fossem chamados pelas sentinelas, cairíamos então em cima deles. Esta era a ideia do alferes.

Mas as coisas não correram desta forma.

À meia-noite e qualquer coisa, encontrámos os abrigos ocupados pelos seus donos. Quando progredíamos no máximo silêncio,  ouvimos murmúrios, o alferes mandou parar e parámos todos, ninguém piou. Mandou-nos avançar com toda a precaução, novas conversas chegaram aos nossos ouvidos e parámos novamente. Como deixámos de ouvir, continuámos, sempre com o máximo cuidado. Só que um companheiro meteu um pé num daqueles buracos e vimos logo duas pessoas a correr. Quando nos apercebemos,  era um grande barulho de pessoal a abandonar os abrigos.

Não tínhamos alternativa, retirámo-nos cautelosamente e entrámos no capim, que era mais alto que nós, e deitámo-nos. De repente, uma granada rebentou tão perto de mim, que fiquei surdo. A seguir uma rajada e outras se seguiram para cima do local onde estávamos deitados. O barulho dos tiros ecoava na minha cabeça como se fosse muito longe, a quilómetros.

Levantámo-nos e, aos ziguezagues,  começamos a correr em direcção às palmeiras, para nos podermos abrigar melhor. Sempre acompanhados pelas chicotadas dos tiros, atingimos o quartel do Cachil.

No porto do Cachil, embarcámos no mesmo barco que nos tinha trazido de Catió e que transportava géneros e regressámos nele a Catió, onde chegámos quase ao meio-dia.

Aproveitámos para descansar uns dias,  para depois partimos para fazer uma emboscada na picada para Cufar. Num dia desses aproveitei para ir às rolas com uma espingarda de pressão. Não correu muito bem a caçada. Quando foi preciso que disparasse, a espingarda não disparou, depois, quando eu estava a tentar ver porque não tinha disparado, disparou e acertou-me, de raspão, num dedo do pé direito.

O alferes disse que eu me tinha ferido de propósito, para não ir. E eu respondi, mas eu vou, custe o que custar. E o alferes a dizer não vais!... Senti-me tão mal comigo que até chorei.

O grupo saiu, emboscou-se na picada, e um grupo da guerrilha caiu na emboscada, perderam homens e quatro armas automáticas. O grupo entrou em Catió, sem baixas e com as armas.

Tivemos mais dois dias de descanso, enquanto o alferes preparava um golpe de mão a um acampamento na zona de Cufar.

Deixámos o quartel aí pelas 20h00 e andámos sempre sem problemas até às 02h00 da madrugada, quando chegámos à mata de Cufar. Tínhamos quatro horas, mais ou menos à nossa frente, para podermos atacar durante a noite.

A mata era tão cerrada como escura era a noite. Agarrámo-nos uns aos outros pelo cinto, para não nos perdermos. A progressão foi difícil e muito lenta. Aí pelas 07h00, com o sol já alto, fomos dar a um carreiro que levava ao acampamento. Vimos que estava bem utilizado.

O alferes entrou em contacto rádio com o capitão Lacerda da companhia que nos dava apoio e segurança  
CCav 703 / BCAV 705, Bissau, 1964/66, comandada pelo cap cav Fernando Manuel dos Santos Barrigas Lacerda]. 

 Entretanto, nós continuámos a andar até que,  ao ver, a pouca distância, ramos de uma árvore a mexer, disparei um tiro. Logo uma pessoa saltou a correr e desapareceu no mato. Corri para o sítio e apanhei a arma que ele não teve tempo de levar.

Regressámos ao encontro da companhia do capitão Lacerda e tomámos juntos o caminho para Cufar. Aqui a companhia ficou e nós prosseguimos para Catió. No caminho ainda encontrámos uma vaca e uma vitela, que uma secção de milícias que ia connosco, aproveitou para tomar conta delas.

Entrámos em Catió de manhã e, naquele dia, jantámos vitela. No dia seguinte apanhámos o barco para Bissau.


(ii) Com uma noiva no barco, de regresso a Bissau

Na lancha ia uma noiva e a comitiva, três raparigas e três mulheres. A mais velha dava-se mais ao respeito, as restantes, incluindo a noiva, iam numa grande brincadeira. A noiva ia vestida com roupa branca e queria manter-se séria.

Na zona de Bolama, apanhámos tempestade e o barco balançava muito. Ficámos todos mal dispostos e, como é costume, alguns vomitaram. Rapazes, raparigas, senhoras, a noiva até, tudo começou a vomitar. Nenhum de nós conseguia ficar de pé com o temporal. O Braima Bá pediu-me para dizer ao irmão dele que o Braima não tinha morrido na guerra, mas tinha morrido no barco. 

A viagem não foi nada para graças, chegámos a ter dúvidas se chegaríamos a Bissau. Mas chegámos, quase à meia-noite, ao cais onde as nossas viaturas nos aguardavam.

Esta estadia em Catió durou 20 dias.

[Seleção / Revisão e fixação de texto / Negritos / Parênteses retos com notas / Subtítulos: LG]

(Continua)
___________

Nota do editor:

sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

Guiné 61/74 - P23837: Recordando o Amadu Bailo Djaló (Bafatá, 1940 - Lisboa, 2015), um luso-guineense com duas pátrias amadas, um valoroso combatente, um homem sábio, um bom muçulmano - Parte XI: Uma equipa inteira do Grupo de Comandos "Fantasmas", destroçada em 28/11/1964, junto do Rio Gobige, na estrada Madina do Boé - Contabane



Guiné > Brá >  Grupo de Comandos "Fantasmas" > 1964 > Desta equipa do Gr Cmds “Fantasmas” só não morreu. junto do Rio Gobige, na estrada de Madina do Boé para Contabane, em 28 de novembro de 1964; o segundo da esquerda. Da esquerda para a direita, o 1º cabo Ferreira, o soldado Carreira, o furriel mil. Artur Pires e os soldados Artur e Godinho.

Foto (e legenda): © João S. Parreira (2005). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
 


 
Guiné > Bissau > Cemitério de Bissau, talhão militar. (onde foram inumados alguns dos comandos do Grupo Fantasmas, mortos em Gobige, em 28/11/1964) , como o Manuel Couto Narciso,  soldado condutor auto comando, natural de Santa Catarina / Caldas da Rainha, ou o Ramiro de Jesus Silva, 1º cabo condutor auto comando, natural de Valongo (Colmeias) / Leiria.

Foto (e legenda): © Virgínio Briote (2006). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]





Guiné > Região de Gabu  > Madina do Boé > Imagem aérea de Madina do Boé. Na mata ao fundo fizemos o acampamento. 

Imagem: Cortesia do blogue  Luís Graça e Camaradas da Guiné com a seguinte indicação: “Presumo que a sua autoria seja de Jorge Monteiro (ex-capitão miliciano da CCAÇ 1416, Madina do Boé, 1965/67) ou de Manuel Domingues, ex-alf mil da CCS/BCAÇ 1856, Nova Lamego, 1965/66.”



Guiné > Carta geral da província > 1961 > Escala 1/500 mil > Posição relativa de Madina do Boé e estrada para Gobige e Contabane., na fronteira sul com a República da Guiné.

Infografia: Blogue Luís Grça & Camaradas da Guiné (2022)

 
1. Continuamos a reproduzir excertos das memórias do nosso camarada, já falecido, Amadu Djaló (Bafatá, 1940- Lisboa, 2015), membro da nossa Tabanca Grande desde 2010.

A fonte continua a ser o ser o seu  livro "Guineense, Comando, Português" (Lisboa, Associação de Comandos, 2010, 229 pp.), de que o Virgínio Briote nos disponibilizou o manuscrito em formato digital. 

A edição, da Associação de Comandos, com o apoio da Comissão Portuguesa de História Militar, está infelizmente há muito esgotada. E não é previsível  que haja, em breve, uma segunda edição, revista e melhorada. Entretantio, muitos dos novos leitores do nosso blogue nunca tiveram a oportunidade de ler o livro, nem muito menos o privilégio de conhecer o autor, em vida.


Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria >
IV Encontro Nacional do nosso blogue >
20 de Junho de 2009... O VB e o Amadu.
Foto: LG (2010)
O nosso coeditor jubilado, Virgínio Briote (ex-alf mil, CCAV 489 / BCAV 490, Cuntima, jan-mai 1965,
 e cmdt do Grupo de Comandos Diabólicos, set 1965 / 
set 1966) fez, duarnte largos meses, com enorme paciência, 
generosidade, rigor e saber, as funções de "copydesk" (editor literário) do livro do Amadu Djaló, ajudando a reescrever o livro, 
a partir dos seus rascunhos.

Recorde-se, aqui o último poste 
desta série (*): demos um salto no tempo, de 1964 para 1970, para  acompanhar  as suas memórias da Op Mar Verde (Conacri, 22 de novembro de 1970). Um ano e tal antes, ele tinha sido selecionado 
para integrar a 1ª Companhia de Comandos Africanos (em formação), comandada pelo cap graduado 'comando' João Bacar Jaló, seu amigo de Catió, e com a supervisão do major Leal de Almeida.  
 
Hoje voltanos ao Gr Comandos "Fantasmas", da Companhia de Comandos do CTIG. O grupo, comandado pelo alf mil comando Maurício Saraiva, parte para Madina do Boé em novembro de 1964. Irá perder 9 dos seus homens..




Capa do livro de Bailo Djaló (Bafatá, 1940- Lisboa, 2015), "Guineense, Comando, Português: I Volume: Comandos Africanos, 1964 - 1974", Lisboa, Associação de Comandos, 2010, 229 pp, + fotos, edição esgotada.




 
Amargas recordações de Madina do Boé:  a tragédia de 28/11/1964, junto ao pontão do rio Gobige 
(pp. 94/105)

por Amadu Djaló (*)



Estávamos em Novembro de 1964. O alferes Saraiva soube,  no QG, que o PAIGC já tinha chegado à zona de Madina do Boé, no sudeste. Que tinham vindo com muitos carros carregados de material até à linha de fronteira, até uma tabanca chamada Boloi Ela, que fica no território da República da Guiné-Conakry, a pouca distância da fronteira com a Guiné Portuguesa.

O alferes ofereceu o grupo para ir para lá, enquanto não houvesse reforços para destacar para aquela zona [1].

Assim, fui a minha casa preparar a roupa interior para levar. Eu não queria despedir-me da minha mãe durante o dia, porque era dia 13 de lunar 
[2]e nós evitamos viagens nos dias 3, 13 e 23 de lunar e também na última 4ª feira de lunar. A partir do dia 21 de lunar temos que evitar as 4ªs feiras, esse espaço de tempo até à lua nova. Nos restantes dias só não devemos sair para viagens nos dias 3, 13 e 23, já que a maioria das separações, nestes dias, seriam para nunca mais, quanto mais ir para a guerra.

Quando o cabo Braima  [Seidi]. me falou da saída, não me senti muito bem. Mas se fosse de noite não fazia mal, podia sair.

Quando cheguei a Brá, encontrei os colegas europeus à nossa espera. Fui a correr pegar na arma e no equipamento e seguimos para o aeroporto, onde estavam cinco avionetas à nossa espera.

Chegámos a Madina entre as 16 e as 17 horas. Estavam todos os homens a fazer a pista para as avionetas poderem aterrar e, como o local e a clareira eram de lapas de pedra e cascalho,  não custou muito fazerem a pista num dia só. Tambor a tocar, os rapazes e homens de meia-idade trabalharam com vontade e, às 16 horas, quando chegámos, não tivemos nenhuma dificuldade em aterrar as cinco avionetas. Depois, também acompanhados com os toques dos tambores, deslocámo-nos para a entrada do aquartelamento.

Depois do alferes Saraiva explicar ao alferes [3], comandante do pelotão de Madina do Boé, sobre a nossa missão, tratámos de arranjar lugar para nós. Não ficámos dentro do “quartel”, fizemos um acampamento numa mata perto, com seis barracas, uma para cada equipa e outra para armazenar os nossos mantimentos.

A ideia era cozinhar dia sim, dia não. Um dia ração quente, outro dia ração fria. E tínhamos programado sair para o mato, também dia sim, dia não.

A população ajudou-nos a fazer as barracas, à entrada de Madina, para quem vem de Dandum. Quando era dia de descanso, dormíamos nas barracas fora do quartel e das tabancas.

Durante a semana, nas saídas que fizemos,  não vimos nem ouvimos nada. O alferes já não tinha confiança nas informações da população local. Num dia à noite, disse-me:

–  Amadu, quero ir contigo e com um guia para a tabanca de Hore Moure, na República da Guiné-Conakry.

 O que é que disse? Está bem, vamos quando quiser!

 Amanhã, Amadu. Não vamos fardados, tomamos emprestadas duas camisas grandes, vestimos como homens grandes Fulas e não vamos com as nossas armas, só levamos granadas ofensivas, duas ou três cada um.

O alferes perguntou-me em quem eu tinha confiança ali. Era a primeira vez que vinha a Madina, mas, quanto a mim, era melhor levar o chefe da tabanca. Tinha mais responsabilidades que os outros.

No outro dia, por volta das 17 horas, seguimos em duas viaturas na direcção de uma tabanca abandonada, Guileje [4] do Boé, e apeámo-nos antes de chegarmos ao local. Depois seguimos a pé até á tabanca e ficámos emboscados até às 23h00 no caminho que vem de Hore Moure.

Nessa altura o alferes comunicou a missão ao grupo. Que os três, ele, eu e Mode Hure[5], íamos fazer uma visita a uma tabanca da República da Guiné, enquanto o grupo se deveria manter emboscado naquela zona, mais ou menos a 500 metros do monte da fronteira.

Que só levávamos granadas e que se tivéssemos contacto com o PAIGC, lançávamo-las e retirávamo-nos na direcção da fronteira e o chefe da tabanca devia fugir sem se preocupar connosco. Para o grupo que ficava emboscado, o alferes disse que se aparecesse algum vulto, que atirassem, porque não seríamos nós. E, se ouvissem rebentamentos das granadas, não contassem com a nossa presença. A comandar o grupo ficou o furriel Artur.

A tabanca para onde íamos,  ficava acima do monte, no nosso idioma Hore Moure, mais ou menos a 2 kms da fronteira, dentro do território da Guiné-Conakry.

Depois de tudo esclarecido iniciámos a marcha em direcção ao sul, com destino ao nosso objectivo. Cerca de 500 metros andados chegámos ao monte de pedra [marco] de fronteira    e, agora daqui para a frente estávamos na República da Guiné-Conakry, disse-nos o chefe da tabanca.

Até aí, Mode Hure seguia à frente, eu ia a seguir e o alferes atrás. A partir dessa altura, o alferes passou à minha frente e disse-nos que se nos apanhassem deveríamos dizer que éramos árabes. Eu disse para mim, sim senhor, meu alferes, sou um árabe que não sabe falar árabe.

A tabanca estava ali à nossa frente. Deixámos o chefe ali e eu e o alferes entrámos. Vimos uma arrecadação de mantimentos, afastada das casas de habitação por causa dos incêndios. Lá dentro, com a lanterna de mão, subimos as escadas, feitas de paus e cana de bambu. Empurrei a porta, não tinha nada, estava vazia. Saímos da arrecadação, com muito cuidado, aproximámo-nos de uma casa, entrei e também não estava lá ninguém. 

Revistámos mais de dez casas, não vimos pessoas [6], só vestígios, maços de cigarro “Nô Pintcha”,  vazios, caixas de fósforos também vazias e muitos restos de cigarros. Não havia nada a fazer, só ir embora dali, sussurrou o alferes. E eu respondi, vou levar esta maca que estava na varanda. Dobrei-a e trouxe-a para eles saberem que tínhamos lá estado.

[ Imagemà esquerda: Marca de cigarros, de fabrico soviético, que eram distribuídos aos guerrilheiros do PAIGC, durante a guerra colonial / luta de libertação. "Nô pintcha", em crioulo, quer dizer Avante!... ]

Foto (e legenda): © Magalhães Ribeiro  (2008). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Regressámos no mesmo caminho em que viemos até que já perto do local da emboscada, o alferes chamou pelo furriel Artur e mandou levantar a emboscada.

Seguimos para uma pequena tabanca, perto do local onde o grupo tinha estado emboscado. O alferes deu três tiros para o ar. Quando lá chegámos,  tinham fugido todos. O lume ainda estava a arder nas casas e, como estava frio, aquecemo-nos. Eram para aí 3 horas, mais coisa menos coisa. O chefe dessa tabanca apareceu, começámos a falar em futa-fula. Dissemos-lhe quem éramos, chamou a população, conversámos com eles e prometemos-lhes segurança.

Ao fim da primeira semana da nossa presença em Madina do Boé, tínhamos recebido uma informação de que um rapaz tinha sido preso pelo PAIGC, no local onde o nosso grupo tinha estado emboscado, Guilege do Boé. O rapaz vinha de Jarga Dongo e ia para Gobige, quando foi preso no cruzamento de estradas que vem de Madina de Boé, paralela à fronteira, até Contabane e Aldeia Formosa e passa por Gobige.

Vivia em Gobige com a irmã e o cunhado. Quando o pessoal do PAIGC lhe perguntou quem era, de onde vinha e para onde se dirigia, ele disse que vivia com a irmã e o cunhado, Jarga Bora, que, viemos a saber depois, era um colaborador clandestino do PAIGC.

Quando soubemos desta história enviámos um recado ao rapaz para ele vir falar connosco, e que viesse acompanhado pelo cunhado Jarga Bora. Passados vários dias, nem vieram nem tinham dito nada.

Contactámos o chefe da tabanca e dissemos-lhe que precisávamos de alguém que fosse a Gobige, dizer ao Jarga Bora que ainda estávamos à espera da resposta. E, que se não viesse, íamos nós lá. O chefe arranjou-nos um rapaz e quando chegámos à estrada vimos três homens de bicicleta. Como já nos conheciam, pararam e cumprimentámo-nos. Disseram que iam para Gobige. Então, já não precisávamos do rapaz, agradecemos-lhe e mandámo-lo regressar à tabanca. E aos homens que encontrámos na estrada pedimos-lhes que dessem o nosso recado ao Jarga Bora. Passados poucos minutos, chegaram as nossas viaturas e regressámos a Madina.

O dia e a noite estavam destinados ao nosso descanso, mas o alferes estava preocupado com a população de Dandum, que estava sem segurança na linha da fronteira, e disse-nos que seguíamos para lá ainda nesse dia e que regressávamos no dia seguinte.

Fomos então para Dandum e regressámos a Madina na manhã do dia seguinte [7]. Era dia de ração quente. Logo pela manhã, eu e o cabo Braima fomos a Dandum comprar quatro cabritos para o grupo, regressámos à nossa cozinha e quando começámos a tratar deles chegou o Mode Hure, o chefe da tabanca de Madina do Boé, acompanhado de Jarga Bora e do tal rapaz que tinha sido aprisionado pelo PAIGC. 

Quando o Alferes Saraiva chegou, vindo da loja do senhor Campos [8], informei-o do que o Jarga Bora me tinha acabado de contar. Que tinha encontrado uma caixa pequena que estava dentro de um buraco cavado na estrada onde passava roda de carro. O alferes disse logo, é mina, vamos lá levantar.

 Tu, Amadú, não vais, ficas a cozinhar.

Fiquei com uma equipa, os restantes foram todos. Passada uma hora, mais ou menos, vieram com a mina, todos a cantar. O alferes levantou 500 escudos, pagou a Jarga Bora e aproveitou para lhe pedir toda a colaboração.

No fim do almoço fui com o alferes no Unimog pequeno, para Dandum a casa do meu primo, Iaia Djaló, que vivia na tabanca e era o homem mais rico de toda a zona. Estivemos com ele até às 17h00, voltámos para Madina e quando estávamos a chegar, o Mode Hure, acompanhado de Jarga Bora, de Gobige, fez sinal para pararmos. Disse-nos o que o Jarga Bora nos queria pedir que o levassem a Gobige, porque tinha medo de regressar a pé. E o alferes, como ele nos tinha avisado da mina, disse a Mode Hure que ia pedir um carro maior no quartel, para levar escolta. Ficou assente que, em vez desta noite, partiríamos no dia seguinte de manhã, porque já não descansávamos há três noites.

Então, nessa manhã [9], o alferes disse ao furriel Artur que íamos dar um passeio a Gobige e que perguntasse ao pessoal quem queria ir, porque não valia a pena ir o grupo todo.nPreparámos duas viaturas. O alferes mandou o Jarga Bora e a mulher subirem para um Unimog 404 e depois distribuiu os nossos quinze homens pelas duas viaturas, quatro na viatura da frente, um Unimog 411, e onze na outra.

Saímos alegremente, vi o furriel Artur a cantar e fomos até Gobige. Quando chegámos, o homem ofereceu-nos um cesto grande cheio de laranjas. Depois de muita conversa, a certa altura, o alferes disse:

 Bem, vamos embora.

Mas o Jarga estava muito falador, não se calava. Só por volta das 13 horas arrancámos de regresso. A primeira viatura, a mais pequena, levava cinco homens e a segunda doze, contando com os condutores.

Duzentos ou trezentos metros andados ouvi um rebentamento [10] atrás de nós,
o alferes gritou “mina” e, quando saltei vi a viatura ainda no ar, colegas a cair, o depósito da gasolina a rebentar, a gasolina a sair, a arder para cima deles.

Entrámos no fogo também e arrastámos os companheiros. Não podíamos fazer muito mais.

 Amadú, toma conta disso    disse o alferes.

Enquanto ele e o condutor arrancavam no outro Unimog a toda a velocidade para Madina, a cerca de 30 e tal kms, pedir auxílio, eu, o António Kássimo e o Aquino [11], três soldados, ficámos ali a fazer o que podíamos. Passados uns minutos, o Carreira [12] despertou onde tinha caído e passámos a ser quatro, dois negros e dois brancos, a tomar conta da situação.

Jarga Bora e a população da tabanca observavam a cena. Jarga aproximou-se, perguntou-me pelo alferes e eu perguntei-lhe se ele tinha vindo ali para dar informações ao PAIGC. Foi-se embora, desapareceu com a população atrás.

Continuámos a tratar dos nossos feridos. Quatro soldados com dez companheiros deitados, dois dos quais carbonizados, o furriel Artur[13] e o cabo Ramiro [14].

O alferes tinha-me dito que se demorasse muito, devíamos recolher as armas e esconder-nos com elas no mato. Para quem vem de Gobige e vai para Madina do Boé, o capim e a montanha ficam à esquerda, do outro lado era uma mata cerrada.

Nem meia hora depois do rebentamento, o Kássimo ouviu alguém chamar pelo alferes. Entrámos no capim alto, cobria-nos, e depois de procurar encontrei o Ferreira sentado. Tinha sido projectado a mais de 10 metros. Eu não vi nada de ferimentos e perguntei-lhe o que tinha.

–  Amadu, os meus pés!

Olhei, eram esqueletos. Do joelho ao tornozelo ficou sem carne, só osso branco e do tornozelo para os pés, nada, tinha desaparecido tudo. O Aquino e o Carreira ajudaram-me a levá-lo para a beira dos outros camaradas moribundos e dos dois mortos carbonizados que, na altura, tínhamos. À nossa guarda estavam, nessa altura, dois mortos e sete feridos, todos muito graves. Continuámos a acudi-los no local. Um local de grande risco, uma autêntica terra de ninguém, horas à espera da escolta de socorro que vinha de trinta e tal kms. Estávamos sem rádio e em Madina só ficariam a saber do acontecido quando lá chegasse o alferes.

Estivemos sempre à espera que o PAIGC nos atacasse. Para mim, isso não aconteceu porque o Jarga Bora tinha muitas famílias a proteger e, se nos atacassem, com certeza as NT destruiriam a tabanca e os mantimentos para todas as famílias. Penso que foi ele, o Jarga, que pediu para não nos atacarem.

O terreno também não nos era favorável. Nós estávamos na berma da estrada, perto do local da mina. À nossa direita era uma mata cerrada, nem se via o sol, um atirador podia aproximar-se à queima-roupa sem dificuldade e eliminar-nos a todos. À nossa esquerda estava com capim muito alto, maior que a altura de um homem.

O Ferreira perguntou quando é que vinha o helicóptero. Pedi-lhe para ter calma que o alferes tinha ido tratar disso, que podia chegar a qualquer momento. Todos os feridos tinham queimaduras grandes, menos o Ferreira e nós não podíamos tirá-los do local. Até à chegada da coluna de socorro, já estava escuro, passava das 19h30, tinham morrido mais dois companheiros, o cabo Ferreira [15] e o soldado Godinho [16].

Quando o médico [17] mandou dar água a todos, o condutor morreu, mal acabou de beber. O cabo Braima Seidi, quando iniciámos a viagem de regresso, também morreu. Entrámos em Madina do Boé com quatro feridos graves [18] e oito [19] mortos, sete europeus e um guineense.

O alferes disse-me que falasse com o régulo e lhe pedisse cinco homens para me ajudarem a tomar conta do acampamento e do nosso material. Que de manhã tirávamos as nossas coisas. Passei lá a noite com esses homens. Quando, na manhã seguinte, regressei a Madina, os mortos e os feridos já tinham sido evacuados. Alguns foram para o Gabú e dali no Dakota para Bissau.

Ficámos três praças e o alferes. Uma Dornier 
 [DO-27]  foi-nos buscar e trouxe-nos para Bissau.

Nunca esquecerei o passeio a Gobige, como lhe chamou o alferes. Para nós, muçulmanos, evitamos ir de viagem nos dias 3, 13, 23 e na última quarta-feira de lunar, quanto mais ir para a guerra! São dias negros e aquela viagem realizou-se no dia treze de lunar.

Dois dias [20] depois realizou-se a cerimónia do funeral, na Sé de Bissau. Aos corpos dos Comandos, ainda se juntaram mais dois, de um furriel e de um milícia, que tinham morrido num ataque a Guilege.(***)

Não me posso esquecer do ambiente que pairou no enterro, a tristeza dos amigos e companheiros e o ar de satisfação que se via em alguns presentes na cerimónia.

A seguir descansámos uma semana.

(Continua)

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Notas do autor e do editor literário:

[1] Nota do editor: o Comandante do CTIG Brigadeiro Sá Carneiro tinha determinado o imediato destacamento “para Madina do Boé, em reforço do BCaç 506”, de um pelotão da CCaç 727, tendo aquele pelotão ficado instalado em Madina do Boé a partir de 18 de novembro de 1964, sob o comando do alferes miliciano António Angelino Teixeira Xavier.

[2] Diz-se 1º ou 2º dia de lunar, conforme se trata do 1º ou do 2º dia da lua, após o novilúnio. As noites não contam, só os dias.

[3] Nota do editor: alferes miliciano infantaria António Figueiredo Pinto que pertenceu à 3ª Companhia de Caçadores, em Nova Lamego, e aos BCaç 506 e 512 e BCav 705, todos sediados em Bafatá. (**)

[4] Guileje de Madina do Boé.

[5] Mode é senhor. Para nós, Futa-Fulas, quando um homem é respeitado, a partir de 20 anos de idade, ninguém o chama sem dizer Mode.

[6] Casas que estavam habitadas durante o dia. À noite, como o local era desprotegido, o PAIGC abandonava a tabanca. Esta informação foi-nos prestada, mais tarde, por um rapaz.

[7] Nota do editor: 27 de  novembro de 1964.

[8] Europeu casado com uma negra africana e que tinha uma loja onde comerciava tudo o que podia.

[9] Nota do editor: sábado, 28 de novembro de 1964.

[10] Junto a uma passagem de cascalho sobre o rio Gobige.

[11] Nota do editor: soldado António Aquino de Sousa

[12] Nota do editor: soldado António de Jesus Carreira

[13] Nota do editor: furriel miliciano Artur Pereira Pires

[14] Nota do editor: 1º cabo Ramiro de Jesus Silva

[15] Nota do editor: 1º cabo António Joaquim Vieira Ferreira.

[16] Nota do editor: soldado João Ramos Godinho.

[17] Nota do editor: Dr. Luiz Goes.  (****)

[18] Nota do editor: destes, o soldado comando Artur Mateus Martins, foi evacuado em 30 de novembro de 1964 do HM 241, Bissau, para Lisboa, HMP, onde veio a morrer em 8 de dezembro de 1964.

[19] Soldados José da Rocha Moreira, Manuel Coito Narciso, furriel mil. Artur Pereira Pires, 1ºs cabos Ramiro de Jesus Silva, António Joaquim Vieira Ferreira e Braima Seidi e soldados João Ramos Godinho, todos dos “Comandos” e o soldado condutor Eugénio Campos Ferreira, pertencente á CCS / BCaç599, que se voluntariou para levar a viatura.

[20] Nota do editor: o funeral realizou-se em 30 de novembro de 1964, na presença do Governador, tendo o cortejo fúnebre, com os féretros transportados individualmente em camiões Mercedes, saído da capela militar de Santa Luzia para o cemitério da cidade, onde ficaram sepultados.

[Seleção / Revisão e fixação de texto / Negritos / Parênteses retos com notas / Subtítulos: LG]

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Notas do editor:

(**) Vd. postes de:

4 de fevereiro de  2007 > Guiné 63/74 - P1493: Estórias de Madina do Boé (António Pinto) (2): Eu e o Furriel Comando João Parreira

20 de Dezembro de 2006> Guiné 63/74 - P1384: Com o Alferes Comando Saraiva e com o médico e cantor Luiz Goes em Madina do Boé (António de Figueiredo Pinto)

(***)  O grupo de Comandos Fantasmas perderam 9 homens na região de Madina do Boé, antes de serem extintos: 8 homens em 28 de novembro de 1964 (junto do Rio Gobije, na estrada Madina do Boé para Contabane, a oeste); 1 homem em 8 de dezembro de 1965:

António Joaquim Vieira Pereira, 1º cabo corneteiro comando, natural de Santa Leocádia / Baião, inumado no cemitério de Santa Leocádia, tombou em contacto com o IN, junto do Rio Gobige, na estrada Madina do Boé para Contabane, em 28 de novembro de 1964;


Artur Pereira Pires (foto à direita), furriel miliciano comando, natural de S. Sebastião da Pedreira / Lisboa, inumado no cemitério da Ajuda em Lisboa, tombou em contacto com o IN, junto do Rio Gobige, na estrada Madina do Boé para Contabane, em 28 de novembro de 1964;

Braima Seidi, 1º cabo comando,  natural de Buba / Fulacunda, inumado no Cemitério de Bissau – Guiné, tombou em contacto com o IN, junto do Rio Gobige, na estrada Madina do Boé para Contabane, em 28 de novembro de 1964;


Eugénio Campos Ferreira (foto à esquerda), soldado condutor auto comando, natural de Vila Frescaínha (São Pedro) / Barcelos, e inumado no cemitério de Vila Frescaínha, tombou em contacto com o IN, junto do Rio Gobige, na estrada Madina do Boé para Contabane, em 28 de novembro de 1964;


João Ramos Godinho (foto à direita), soldado condutor auto comando, natural de Valverde / Coruche, e inumado no cemitério de Coruche, tombou em contacto com o IN, junto do Rio Gobige, na estrada Madina do Boé para Contabane, em 28 de novembro de 1964;

José da Rocha Moreira, soldado condutor auto comando, natural de Arcozelo / Vila Nova de Gaia, inumado no cemitério de Arcozelo, tombou em contacto com o IN, junto do Rio Gobige, na estrada Madina do Boé para Contabane, em 28 de novembro de 1964;

Manuel Couto Narciso, soldado condutor auto comando, natural de Santa Catarina / Caldas da Rainha, inumado no cemitério de Bissau – Guiné, tombou em contacto com o IN, junto do Rio Gobige, na estrada Madina do Boé para Contabane, em 28 de novembro de 1964;

Ramiro de Jesus Silva, 1º cabo condutor auto comando, natural de Valongo (Colmeias) / Leiria, inumado no cemitério de Bissau – Guiné, tombou em contacto com o IN, junto do Rio Gobige, na estrada Madina do Boé para Contabane, em 28 de novembro de 1964;


Artur Mateus Martins (foto à direita), soldado cozinheiro comando, natural de Olhão, inumado no cemitério do Alto de S. João - Lisboa, faleceu, no Hospital Militar Principal (Lisboa), em 8 de dezembro de 1964, vítima de ferimentos recebidos em combate em 28 de novembro de 1964, no contacto com o IN, junto do Rio Gobige, na estrada Madina do Boé para Contabane.


(****) Vd. poste de 19 de setembro de 2012 > Guiné 63/74 - P10406: Evocando a trágica emboscada com mina, de 28 de novembro de 1964, em Madina do Boé, que vitimou 7 camaradas da equipa de comandos Os Fantasmas, alguns dos quais morreram nas mãos do alf mil médico Luiz Goes (1933-2012) e do alf mil António Pinto

Vd. também poste de 20 de dezembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1384: Com o Alferes Comando Saraiva e com o médico e cantor Luiz Goes em Madina do Boé (António de Figueiredo Pinto)

segunda-feira, 20 de janeiro de 2020

Guiné 61/74 - P20578: Convívios (914): A festa dos 10 anos da Magnífica Tabanca da Linha: gente feliz, sem lágrimas, mas com saudades dos que já partiram - Parte II (Fotos de Jorge Canhão / Zé Rodrigues / Manuel Resende)


Foto nº 1  >  Em  primeiro plano, o régulo (e fotógrafo) da Tabanca. Manuel Resende, e um dos magníficos tabanqueiros de todas as horas,  o Armando Pires... Em segundo plano, o Virgínio Briote, o Mário Fitas e o Zé Rodrigues

47º almoço-convívio da Magnífica Tabanca da Linha > Algés > Restaurante Caravela de Ouro > 16 de janeiro de 2020 >

Foto: © Jorge Canhão (2020). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Foto nº 2 > O Manuel Resende, o régulo, sempre sereno e discreto.

47º almoço-convívio da Magnífica Tabanca da Linha > Algés > Restaurante Caravela de Ouro > 16 de janeiro de 2020 >

Foto: © José Rodrigues (2020). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Foto nº 3 > João Parreira e Mário Fitas... Em segundo plano, o Raul Folques e a Maria Irene (de costas)


Foto nº 4 > C. Caria e Domingos Robalo... Seguramente falando de obuses... Em segundo palno, o "Sintra"


Foto nº 5 > Da esquerda para a direita, José Martins, Luís Graça, Francisco Silva e Carlos Silva


Foto nº 6 > Da direita para a esquerda, Jorge Araújo (coeditor do nosso blogue) (Almada),  Arménio Conceição e a esposa, Madalena (Cascais), e por fim o Arménio Santos (Lisboa)


Foto nº 7 >  Aspeto geral da sala... Reconhece-se, na mesa em primeiro plano,  de perfil, o Carlos Silvério (Lourinhã), do lado esquerdo, e o Luís R. Moreira, do lado direito, mais a esposa Irene (Sintra)


Foto nº 9 > Outra mesa; da esquerda para a direita, de costas, a Maria Irene, a Alice Carneiro e Maria Elisabete; em segundo plano, de frente, Zé Carioca (que faz anos amanhã), Mário Fitas, João Parreira e Virgínio Briote.

47º almoço-convívio da Magnífica Tabanca da Linha > Algés > Restaurante Caravela de Ouro > 16 de janeiro de 2020 >

Fotos: © Manuel Resende  (2020). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Foto nº 10 > O fidelíssio Diniz de Sousa e Faro


Foto nº 11 > Outro artilheiro, magnífico, António Duque Marques... Não falha nos convívios da Tabanca da Linha... mas ainda não pertence à Tabanca Grande...


Foto nº 12 > Hélder Sousa, o régulo da Tabanca de Setúbal, na outra banda,  que, um dia, anda há de ter... tabanqueiros!...


Foto nº 13 > Mais dois alentejanos, felizes, sem lágrimas: Zé Colaço e Mário Fitas


Foto nº 14 > O editor da Tabanca Grande, Luís Graça, que de vez em quando aparece na Tabanca da Linha... 

47º almoço-convívio da Magnífica Tabanca da Linha > Algés > Restaurante Caravela de Ouro > 16 de janeiro de 2020 >

Fotos: © José Rodrigues  (2020). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
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sábado, 21 de setembro de 2019

Guiné 61/74 - P20165: Controvérsias (139): louvor, em ordem de serviço, do comando do BART 733 (Farim, 1964/66), aos seus militares, pelo pronto, abnegado e eficiente socorro prestado às vítimas do atentado terrorista de 1 de novembro de 1965 (João Parreira, ex-fur mil op esp, CART 730 / BART 733, Bissorã, 1964/65; ex-fur mil cmd, CTIG, Brá, 1965/66)

1. Mensagem do nosso grã-tabanqueiro João Parreira ( ex-fur mil op esp, CART 730 / BART 733, Bissorã, 1964/65; ex-fur mil cmd, CTIG, Brá, 1965/66):

Data:  sexta, 20/09/2019 à(s) 19:40
Assunto: o incidente em Farim, em 1/11/1965

Boa tarde Luís Graça,

Não me esqueci do que falámos no almoço da Magnífica Tabanca da Linha [, no passado dia 19,]  e fui procurar saber se, além do que publicaste no P20130 do passado dia 7 (*),  tinha mais elementos sobre o incidente em Farim em Novembro 1965.

Assim, para o caso de ter interesse, transcrevo uma ordem de serviço do comando do BART 733 (Farim, 1964/66) (**):



Após o incidente ocorrido na Vila de Farim em que perderam a vida alguns nativos (mulheres e crianças) e outros ficaram feridos, é dever deste Comando pôr em destaque o trabalho do pessoal militar em serviço nesta Sede que desde o momento do acontecimento até ao dia seguinte trabalhou afanosamente durante toda a noite socorrendo os feridos, transportando-os aos postos de socorros e enfermarias, iluminando o campo de aviação para que o avião de socorro pudesse vir em auxílio dos feridos, o que se realizou de maneira impecável na opinião dos pilotos, acorrendo ainda a diversos pontos da Vila onde a sua presença se tornava necessária, recolhendo alguns cadáveres, ajudando o pessoal especializado em número muito reduzido, nos tratamentos, ministrando até injecções, colocando pensos e realizando outros trabalhos para os quais não estavam preparados, tudo executado com o máximo de desembaraço, rapidez e sobretudo boa vontade inexcedível, compenetração e espírito de abnegação e de bem servir, contribuindo assim com a sua acção para socorros mais rápidos e evitando perda de maior número de vidas, factos que foram reconhecidos pela população que de certo modo nos manifestou o seu agradecimento e nos retribuiu a solidariedade demonstrada. 

 Por todos estes motivos, a acção das NT aquarteladas na Sede deste Batalhão, merece ser posta em realce, pelos altos serviços prestados nesta situação de emergência, tudo decorrendo com tal método, ordem, disciplina e sem pânico que mais parecia um serviço previamente planeado e determinado.

Um abraço. João Parreira

quinta-feira, 19 de setembro de 2019

Guiné 61/74 - P20158: Convívios (908): Os "meninos da Linha": estão bem e recomendam-se... Parabéns ao José Miguel Louro e ao João Pereira da Costa, a quem se cantou hoje os parabéns (Luís Graça)


Oeiras >  Algés > 19 de setembro de 2019 >  Estação de comboio > A caminho do 45.º convívio da Magnífica Tabanca da Linha, vejo este grafito e registei-o em fotografia: "Quando eu partir, Algés, reza por mim!"... (Autor desconhecido).

"Partir", verbo intransitivo e verbo pronominal, quer dizer: (i) pôr-se a caminho, seguir viagem; (ii) ir-se embora, retirar-se, sair de cena; (iii) (em sentido figurado) morrer...

Qualquer um de nós, camaradas e amigos da Guiné, tabanqueiros da Tabanca Grande e da sua rede de tabancas (Matosinhos, Centro / Monte Real, Melros / Gondomar, Maia, Lapónia, Porto Dinheiro / Lourinhã, Ferrel / Peniche, Algarve...) têm legitimidade para "grafitar" as  paredes das nossas tabancas: "Quando eu morrer, não chorem por mim, mas não me deixem ir para a vala comum do esquecimento"...

É essa, afinal, a  nobre missão das nossas tabancas: exercer o nosso direito à memória, lutar contra o nosso Alzheimer coletivo, contestar o politicamente correto... E não temos que pedir desculpa por  ainda não termos morrido, "lerpado" (, no nosso calão de caserna)... A elite dirigente deste país  já está farta de nós: porra, estes gajos nunca mais morrem, nunca mais desamparam a loja, nunca mais se calam, nunca mais viram a puta da página da História!... Querem dizer, os senhores ministros da defesa e os senhores generais da guerra, que estamos a mais, a estragar a festa da História... A sua festa, a festa deles...


Oeiras >  Algés >  Restaurante Caravela de Ouro > 19 de setembro de 2019  > Magnífica Tabanca da Linha > 45.º Convívio >  O José Miguel Louro, ao centro, o terceiro a contar da esquerda, alvo de manifestações de carinho: festeja o seu aniversário natalício; teve um grupo de 4  camaradas que vieram expressamente do Norte (Vila Nova de Famalicão e Maia) para passar o dia com ele... Ao grupo juntou-se o Jorge Pinto... São da esquerda para a direita: (i) Joaquim Pinto (em primeiro plano, de costas,  (ii) José Manuel Santos; (iii) Carlos Camacho Lobo; e (iv) Costa e Silva (entre o Louro e o Pinto).

Fiquei a saber que o José Louro pertenceu à 3.ª CART/BART 6520 (Fulacunda, 1972/74). Por lamentável lapso, ainda não pertence à Tabanca Grande: é presença assídua na Tabanca da Linha e participou diversas vezes no nosso encontro anual em Monte Real... Enviuvou recentemente. É o primeiro ano, como aniversariante, que passa sem a sua querida Maria do Carmo. Encontrámo-la,  juntamente com o Miguel Louro, pela última vez. no Hospital da Luz, há mais de um ano.


Oeiras >  Algés >  Restaurante Caravela de Ouro > 19 de setembro de 2019  > Magnífica Tabanca da Linha > 45.º Convívio > Em primeiro plano, à direita, de perfil o João Martins associando-se aos brindes de parabéns ao José Louro. Na outra ponta, à esquerda, de pé, outro camarada que veio do Norte, com o dr. Carlos Camacho Lobo, o José Manuel Santos.


Oeiras >  Algés >  Restaurante Caravela de Ouro > 19 de setembro de 2019  > Magnífica Tabanca da Linha > 45.º Convívio >  Os dois aniversariantes do dia, João Pereira da Costa (Lisboa) e José Miguel Louro (Algueirão / Sintra).


Oeiras >  Algés >  Restaurante Caravela de Ouro > 19 de setembro de 2019  > Magnífica Tabanca da Linha > 45.º Convívio > O Carlos Camacho Lobo, médico dermatologista  (Maia), e o José Miguel Louro, aniversariante...


Oeiras >  Algés >  Restaurante Caravela de Ouro > 19 de setembro de 2019  > Magnífica Tabanca da Linha > 45.º Convívio >  O Jorge Pinto (Sintra), com mais um camarada da sua 3.ª CART/BART 6520 (Fulacunda, 1972/74), o Costa e Silva, natural de Vila Nova de Famalicão (, radicado no Brasil, no Estado de São Paulo, há muitos anos, vem a Portugal com regularidade; foi convidado por mim para a integrar a Tabanca Grande, tendo como "padrinho" o Jorge Pinto).


Oeiras >  Algés >  Restaurante Caravela de Ouro > 19 de setembro de 2019  > Magnífica Tabanca da Linha > 45.º Convívio > O Joaquim Pinto, outro dos camaradas que vieram do Norte, neste caso de Vila Nova de Famalicão, para cantar aos parabéns ao José Louro; esteve em Mampatá é cunhado do Costa e Silva.


Oeiras >  Algés >  Restaurante Caravela de Ouro > 19 de setembro de 2019  > Magnífica Tabanca da Linha > 45.º Convívio > Dois almadenses que não se conheciam: o nosso coeditor Jorge Araújo, à esquerda, e o Domingos Robalo, novo na Tabanca da Linha e próximo membro da Tabanca Grande.


Oeiras >  Algés >  Restaurante Caravela de Ouro > 19 de setembro de 2019  > Magnífica Tabanca da Linha > 45.º Convívio > O Manuel Macias (Linda a Velha / Oeiras) e o João Rosa (Lisboa)... O Manel Macias, da Aldeia de São Bento, Serpa, pediu-me para mandar um "alfbravo" para o seu conterrâneo, amigo e camarada José Saúde... Ambos são sentam-se à sombra do poilão da Tabanca Grande.


Oeiras >  Algés >  Restaurante Caravela de Ouro > 19 de setembro de 2019  > Magnífica Tabanca da Linha > 45.º Convívio > À direira, o Luís Paulino (Algés); o camarada da esquerda, não o consigo, de imediato, identificar.


Oeiras > Algés > Restaurante Caravela de Ouro > 19 de setembro de 2019 > Magnífica  Tabanca da Linha > 45.º Convívio > O António Maria Silva (Cacém / Sintra) e o Carlos Silvério (Ribamar / Lourinhã)


Oeiras > Algés > Restaurante Caravela de Ouro > 19 de setembro de 2019 > Magnífica Tabanca da Linha > 45.º Convívio > As únicas senhoras presentes: Alice Carneiro (esposa do Luís Graça), a Gina (esposa do António F. Marques) e a Irene (esposa do Luís R. Moreira)


Oeiras > Algés > Restaurante Caravela de Ouro > 19 de setembro de 2019 > Magnífica Tabanca da Linha > 45.º Convívio >  O Luís R. Moreira e o Manuel Joaquim, dois fiéis tabanqueiros e bons sintrenses.


Oeiras >  Algés >  Restaurante Caravela de Ouro > 19 de setembro de 2019  > Magnífica Tabanca da Linha > 45.º Convívio > O cor inf ref João Ares, ex-cmdt da C557, Cachil, Bissau e Bafatá, 1963/65), e o Mário Fitas (Estoril / Cascais). O coronel Ares é a primeira vez que vem à Tabanca da Linha, é portanto um "pira". Foi convidado pelo José Colaço.


Oeiras >  Algés >  Restaurante Caravela de Ouro > 19 de setembro de 2019  > Magnífica Tabanca da Linha > 45º Convívio >  O cor inf ref João Ares, ex-cmdt da CAÇ 557, CachilBissau e Bafatá, 1963/65).


Oeiras >  Algés >  Restaurante Caravela de Ouro > 19 de setembro de 2019  > Magnífica Tabanca da Linha > 45.º Convívio > O Mário Fitas, um dos fundadores da Tabanca. E nosso grã-tabanqueiro: tem 140 referências no nosso blogue.


Oeiras >  Algés >  Restaurante Caravela de Ouro > 19 de setembro de 2019  > Magnífica Tabanca da Linha > 45.º Convívio > O Carlos Alberto Pinto (Amadora)


Oeiras > Algés > Restaurante Caravela de Ouro > 19 de setembro de 2019 > Magnífica Tabanca da Linha > 45.º Convívio > Rui Santos [ex-alf mil, 4.ª CCAÇ, Bedanda e Bolama, 1963/65], que vive em Lisboa, um dos veteranos da guerra da Guiné, membro da nossa Tabanca Grande, que eu já não via há anos... Se não erro, desde 2013, por ocasião do 1.º encontro do pessoal de Bedanda, em Peniche...


Oeiras > Algés > Restaurante Caravela de Ouro > 19 de setembro de 2019 > Magnífica Tabanca da Linha > 45.º Convívio > O João Parreira, também conhecido aqui pelo seu outro apelido, Latada (Carcavelos / Oeiras) que também já não via há anos: divide o seu tempo, em Carcavelos e em Barbacena, Elvas... A seu lado, o nosso António Graça de Abreu (tem cerca de 240 referências no nosso blogue).


Oeiras > Algés > Restaurante Caravela de Ouro > 19 de setembro de 2019 > Magnífica Tabanca da Linha > 45.º Convívio >  O João Parreira, membro da nossa Tabanca Grande, da primeira hora. Tem meia centena de referências no nosso blogue.


Oeiras > Algés > Restaurante Caravela de Ouro > 19 de setembro de 2019 > Magnífica Tabanca da Linha > 45.º Convívio > O Jorge Ferreira, o nosso camarada que pôs Buruntuma no mapa, ainda a guerra era uma criança!...



Oeiras > Algés > Restaurante Caravela de Ouro > 19 de setembro de 2019 > Magnífica Tabanca da Linha > 45.º Convívio > O Armando Pires (Carnaxide / Oeiras): "parte mantenhas com Bissorã!"... Elemento querido da Tabanca Grande, tem oitenta referências no nosso blogue...


Oeiras > Algés > Restaurante Caravela de Ouro > 19 de setembro de 2019 > Magnífica Tabanca da Linha > 45.º Convívio > O António Duque Marques (Amadora) e o Carlos Marques de Oliveira (Sintra): este último vai entrar para a Tabanca Grande, que é a mãe de todas as tabancas... O António Duque Marques, não sei porquê, ainda não figura na lista alfabética!... O que é se passa, camarada e vizinho?


Oeiras > Algés > Restaurante Caravela de Ouro > 19 de setembro de 2019 > Magnífica Tabanca da Linha > 45.º Convívio > O Carlos Marques de Oliveira (Sintra) e o João Pereira Costa (Lisboa)


Oeiras > Algés > Restaurante Caravela de Ouro > 19 de setembro de 2019 > Magnífica Tabanca da Linha > 45.º Convívio >  O  João Martins (Lisboa) e o Carlos Marques de Oliveira, próximo membro da Tabanca Grande. O João Martins tem mais de meia centena de referências no blogue.


Oeiras > Algés > Restaurante Caravela de Ouro > 19 de setembro de 2019 > Magnífica Tabanca da Linha > 45.º Convívio > Em primeiro plano, o Joaquim [Nunes] Sequeira (Colares / Sintra) e o José Inácio Leão Varela (Algés / Oeiras)


Oeiras > Algés > Restaurante Caravela de Ouro > 19 de setembro de 2019 > Magnífica Tabanca da Linha > 45.º Convívio >  Aspeto parcial da sala onde se juntaram mais de meia centena de convivas. Em primeiro plano, na mesa, reconheço, à direita, o Daniel Gonçalves (Carcavelos / Oeiras)... A meio, está o José Albino Ribeiro (Mem Martins / Sintra), "pira" nestas andanças...


Oeiras >  Algés >  Restaurante Caravela de Ouro > 19 de setembro de 2019  > Magnífica Tabanca da Linha > 45.º Convívio > O magnífico régulo, Manuel Resende (São Domingos de Rana / Cascais), e o tabanqueiro Jorge Canhão (Oeiras), com 105 e 65 referências no blogue, respetivamente.

Fotos (e legendas): © Luís Graça  (2019). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
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