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segunda-feira, 13 de maio de 2024

Guiné 61/74 - P25518: Notas de leitura (1691): BART 3873 - História da Unidade - CART 3492 / CART 3493 / CART 3494 - O Sector L1 de 1972 a 1974, e as minhas lembranças de 1968 a 1970 (Mário Beja Santos)


1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil Inf, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá, Finete e Bambadinca, 1968/70), com data de 11 de Novembro de 2022:

Queridos amigos,
O ter finalmente lido por inteiro a história do BART 3873 sacolejou-me algumas memórias, daí este meu atrevimento em comparar, sem fazer juízos de valor, o que era o setor de Bambadinca entre 1968 e 1970, onde combati e este período correspondente aos últimos anos da guerra. Que houve mais dinheiro houve para intensificar a africanização da guerra, a formação de milícias em Bambadinca, surpreendeu-me o descontentamento da população civil em Madina e a sua aproximação ao Enxalé, dei mesmo comigo a pensar os ralhetes que recebi quando insistia na aproximação entre Enxalé e o regulado do Cuor, a minha área de missão, tínhamos a mesma força hostil, ainda por cima o Enxalé não tinha condições para fazer qualquer dissuasão à travessia do Geba pelas forças do PAIGC, entre São Belchior e o Enxalé. 

PMais escolas, mais mesquitas, mais assistência, os grupos de milícias a crescer como cogumelos e recordo o que me era dado e arregaçado, a pedincha permanente para ter materiais de construção civil, pagar a dois professores; e quartel em Mato de Cão, evitando as deslocações diárias de Missirá, com o ponto curioso de que o Pel Caç Nat 52, de que fui comandante, ter ido para Mato de Cão para ser flagelado e ouvir, não muito longe, as embarcações civis a ser flageladas em Ponta Varela.

 Outros tempos, gostei muito de ler esta história de unidade e reviver o que passei através do que outros passaram, uns anos mais tarde. Como o Luís Graça participou nesta história, entre 1969 e 1971, seria bom que também nos desse umas dicas sobre o tempo que viveu e este tempo do BART 3873.

Um abraço do
Mário



O Setor L1 de 1972 a 1974, e as minhas lembranças de 1968 a 1970

Mário Beja Santos

Tive finalmente acesso à história do BART 3873, ativo no chamado Setor L1, onde também vivi 2 anos em cheio, leitura que me foi facultada pela Biblioteca da Liga dos Combatentes. Muito se tem escrito no blogue à volta desta história de unidade, pretendo exclusivamente, e de memória, comparar o setor ao tempo em que ali vivi.

 O Geba já era crucial como via de transporte, não se circulava por estrada de Jugudul até Bambadinca, circulação interrompida, em anos anteriores a atividade do PAIGC limitara a circulação para Porto Gole e Enxalé, passei 17 meses no regulado do Cuor, só em expedição militar é que podia ir até ao Enxalé, municiava-me e abastecia-me de Bambadinca para a bolanha de Finete, cerca de 4 quilómetros de montanha-russa até à povoação, mais 15 ou 16 até Missirá; quando tudo estava alagado, entre Sansão e Canturé, socorríamo-nos de um Sintex entre Bambadinca e Gã Gémeos, havia um arremedo de porto aqui; não havia destacamento em Mato de Cão, para evitar minas e sobretudo emboscadas foram delineados 6 itinerários tudo a pé, com sol ou chuva, minas não houve nem emboscadas, fez-se constar no mercado de Bambadinca que só por bambúrrio da sorte é que seriamos encontrados; Mero era então local de abastecimento do PAIGC, vinham de Madina/Belel habitualmente colunas civis, com armamento rudimentar (espingarda Simonov), atravessavam o Geba mais ou menos entre Canturé e a norte de Finete, usavam o bombolom para se anunciar, deixavam indícios, desde as bostas de vaca, granadas, carregadores, pegadas, aí sim, tivemos vários recontros; patrulhava-se o regulado até perto de Queba Jilã, nas primícias do corredor do Oio, cedo aprendi que qualquer confronto podia trazer feridos, vivi uma experiência muito amarga dentro de Chicri, num caminho que dava a Madina, um apontador de dilagrama acidentou-se, houve muito sofrimento, muita angústia; mas a população de Madina também atravessava para os Nhabijões, apanhámos várias embarcações escondidas no tarrafo, e quando fomos transferidos para Bambadinca, nos patrulhamentos na região de Samba Silate também encontrámos canoas, destruíamos e eles faziam outras; nunca houve qualquer ataque a barcos em Mato de Cão, alguns em Ponta Varela, já em Bambadinca perguntei ao comandante e ao major de operações por que é que não se queria repensar a quadricula, sugeri dois pelotões no Xime, um destacamento em Ponta Varela e outro na Ponta do Inglês, o PAIGC estava estrategicamente implantado num ponto pouco acessível entre Baio e Burontoni, no Poidom, na Ponta Luís Dias, em Mina, Galo Corubal e Tabacutá, eram bolanhas muito férteis, indispensáveis para o abastecimento civil e militar do PAIGC, íamos, fazíamos uma destruição, o PAIGC reconstruía, nunca largou mão deste extenso território que foi ocupado no segundo semestre de 1963 por Domingos Ramos, que irá morrer em Madina do Boé; iniciou-se no meu tempo a construção do ordenamento dos Nhabijões, construção modelar, exigia patrulhamento, só mais tarde apareceram minas e incursões do PAIGC; Amedalai já tinha milícia, que dava segurança até na linha de tabancas Taibatá-Demba Taco-Moricanhe, é do meu tempo o abandono de Moricanhe, que veio a ter reflexos na região do Xitole.

Havia uma imensidade de tabancas com predomínio de população Fula, lembro Bricama e Santa Helena, já na margem esquerda do Geba, íamos regularmente a Galomaro, Madina Xaquili, ao regulado de Badora, onde pontificava o régulo Mamadú Bonco Sanhá, deslocava-se de Madina Bonco até Bambadinca numa motocicleta, fardado a rigor, os seus galões de tenente a luzir, sempre de óculos escuros e muito cortês.

Lendo cuidadosamente a história do BART 3873, no essencial eram as mesmas povoações de 4 anos antes, creio que Galomaro mudou de setor. Os efetivos de Bambadinca são os mesmos, havia rotatividade nos Nhabijões bem como na ponte do rio Undunduma, um pelotão em Fá Mandinga, no meu tempo ainda não havia instrução de milícias em Bambadinca, fiquei satisfeito quando vi Enxalé no Setor L1, tinha toda a lógica, bem perto do Xime, o mesmo dispositivo do PAIGC que afetava o Cuor, argumentei, sem êxito, a aproximação entre o Cuor e Enxalé, respondiam-me sempre que eu me metesse na minha vida. 

Observo da leitura da história da unidade que as coisas tinham mudado em Madina, a população sob alçada do PAIGC mostrava descontentamento e apresentava-se no Enxalé; a descrição de minas antipessoal e anticarro é impressionante, o PAIGC usava-as em todos os pontos do setor; Mero terá igualmente mudado de posição, vejo neste documento que já havia um pelotão de milícias, a população estava contente com a presença das nossas tropas; apareceu um elevado número de forças de milícia, posso constatar que se intensificou no setor a africanização das nossas Forças Armadas; deve ter havido mais dinheiro para todo este processo da africanização que levou também a reocupação de posições como Samba Silate, que era considerada a bolanha mais fértil de todo o leste da Guiné; vejo com estranheza muitos recontros perto do Xime, na região de Gundaguê Beafada – Madina Colhido, o que significa que a força instalada em Baio/Burontoni tinha elevada capacidade ofensiva, das vezes que me coube sair do Xime para a Ponta do Inglês, flanqueava pelas matas próximas do Corubal, cheguei mesmo a aproveitar os caminhos de terra batida frequentados assiduamente pela população do Poidom.

Dou igualmente comigo a pensar como é lamentável não podermos trocar informação com os dispositivos efetivos do PAIGC na região. Os arrozais eram fundamentais para o sustento de civis e de tropa, no fundo do Corubal o PAIGC movimentava-se com imensa facilidade, dava os seus sinais de vida flagelando Mansambo e o Xitole e mesmo a ponte do rio Pulon, mas só para provar que estava ativo. 

Quando se desencadeou a operação Grande Empresa, ou seja, a ocupação do Cantanhez, houve deslocação de efetivos do PAIGC, nessa altura já estavam a posicionar-se na região do Boé (completamente desocupada pelas nossas tropas desde fevereiro de 1969), terão vindo efetivos de outros lugares, questiono, de acordo com a leitura que faço desta história de unidade que as operações abaixo do Poidom, a Mina e Galo Corubal foram quase passeios, recordo o estendal de tropas para a operação Lança Afiada, Hélio Felgas congeminara a limpeza de toda aquela margem do Corubal, 12 dias de inferno e a tropa de rastos, apanharam os velhotes e uns canhangulos.

Não surpreende não ter havido ataques a Bambadinca, só seria possível passando o rio de Undunduma, era essa a missão destinada ao pelotão de vigilância. Mas surpreende-me a intensidade de ataques em Ponta Varela, parece-me um contrassenso quando se escreve que havia patrulhamentos regulares nesta região.

Não estou habilitado a tirar conclusões se a situação melhorou ou piorou no setor, deu-se a africanização, construíram-se infraestruturas, aumentou o apoio às populações civis, vejo que Finete sofreu uma grande flagelação. 

Pode dizer-se que o BART 3873 regressa pouco tempo antes do 25 de Abril, foi substituído pelo BCAÇ 4616, que terá tido uma guerra de sonho. E que havia mais dinheiro havia, vejo que no Natal de 1973 se pagou o 13º mês. E acompanhei com muito carinho o itinerário do Pel Caç Nat 52, combativo até ao fim, em dezembro de 1973 travou contacto com um grupo de 15 elementos.

Volto a questionar-me se virá a ser possível um dia juntarmos a nossa documentação com a do PAIGC para que a guerra ganhe mais clareza para as futuras gerações destes dois países.

A dimensão aproximada do Setor L1, onde atuou o BART 3873
Confraternização no Xime na messe de sargentos, CART 3494, ao fundo à esquerda o nosso confrade António José Pereira da Costa, então capitão, outubro de 1972
Os CTT de Bambadinca, quando visitei a povoação, em 2010, já estava em grande degradação
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Nota do editor

Último post da série de 10 DE MAIO DE 2024 > Guiné 61/74 - P25504: Notas de leitura (1690): Factos passados na Costa da Guiné em meados do século XIX (e referidos no Boletim Oficial do Governo Geral de Cabo Verde, anos 1850 e 1851) (2) (Mário Beja Santos)

domingo, 12 de maio de 2024

Guiné 61/74 - P25514: Efemérides (436): Homenagem aos Combatentes da Guerra do Ultramar da Freguesia de São Romão de Aregos - Concelho de Resende (Fátima's)

Bandeira da União das Freguesias de Anreade e S. Romão de Aregos


Homenagem aos Combatentes da Guerra do Ultramar - União das Freguesias de Anreade e de São Romão de Aregos - Concelho de Resende

No dia quatro de maio de 2024, deu-se mais uma cerimónia de Homenagem aos combatentes da Guerra do Ultramar naturais de São Romão de Aregos, no concelho de Resende.

Apesar de o dia se encontrar chuvoso e envergonhado, os combatentes, os amigos, as famílias e curiosos não deixaram de estar presentes na emblemática igreja matriz de São Romão de Aregos que representa o sacrifício de muitos resendenses que “abalaram” da sua terra à procura de uma vida melhor.

A cerimónia teve início pelas 15h00, com a celebração de uma missa, em que se homenageou todos os combatentes do Ultramar vivos e falecidos na vida civil, não tendo havido mortes no Ultramar nesta freguesia. A eucaristia foi abrilhantada pelo Grupo Coral da Paróquia de São Romão de Aregos com um reportório de excelência. Após o momento litúrgico, deu-se o segundo momento da homenagem, onde se ouviu, na primeira pessoa, o testemunho do Furriel Fernando Silva que realizou um breve resumo da sua comissão militar em Moçambique, de 1972-1974, pertencendo à 2.ª Companhia do Batalhão de Artilharia 7220 e a leitura do testemunho do combatente Amadeu Pereira, que cumpriu comissão em Angola, de 1963-1965, na Companhia de Artilharia 422.

Finda a cerimónia na igreja, procedeu-se à inauguração de um Monumento aos Combatentes do Ultramar junto ao cemitério, seguido de um lanche/convívio.

A cerimónia foi organizada pela Junta da União das Freguesias Anreade e São Romão de Aregos com o apoio das Fátima´s. Estiveram representadas várias instituições civis e militares e entidades autárquicas, destacando-se a presença da Vice-presidente da Câmara Municipal de Resende, Dra. Maria José; do Presidente da Assembleia Municipal de Resende, Dr. Jorge Machado; de um dos assessores do Presidente da República, Tenente-coronel Anselmo Dias; de um representante do Comandante do CTOE, Major Gonçalo Pereira e de um representante do Comandante do Posto de Resende da GNR, Cabo Santos.

Estas celebrações têm tido a presença do Núcleo de Lamego da Liga dos Combatentes, representado por elementos dos seus órgãos sociais, associados e respetivo Estandarte Heráldico.

Interior da Igreja. Eucaristia celebrada pelo Senhor Pe. Abel com a participação do Grupo Coral
Sónia Pinto (Presidente da Junta da União das Freguesias Anreade e S. Romão de Aregos), Coronel Monteiro (Núcleo de Lamego da Liga dos Combatentes), Tenente-Coronel Anselmo Dias (assessor do Presidente da República), Major Gonçalo Pereira (representante do Comandante do CTOE), Cabo Santos (representante do Comandante do Posto de Resende da GNR), Furriel Fernando Silva
Sónia Pinto (Presidente da Junta da União das Freguesias Anreade e S. Romão de Aregos), Coronel Monteiro (Núcleo de Lamego da Liga dos Combatentes), Tenente-Coronel Anselmo Dias (assessor do Presidente da República), Major Gonçalo Pereira (representante do Comandante do CTOE), Cabo Santos (representante do Comandante do Posto de Resende da GNR), Furriel Fernando Silva
Interior da igreja e as Fátima´s
Combatente Amadeu Pereira e esposa
Combatente Cândido Lemos (Índia, prisioneiro)
Furriel Fernando Silva
Coronel Monteiro (Núcleo de Lamego da Liga dos Combatentes)
Dr.ª Maria José (Vice-presidente da Câmara Municipal de Resende)
Dr.ª Sónia Pinto (Presidente da Junta da União das Freguesias Anreade e S. Romão de Aregos)
Monumento aos Combatentes do Ultramar
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Nota do editor

Último post da série de 20 DE ABRIL DE 2024 > Guiné 61/74 - P25417: Efemérides (435): Homenagem aos Combatentes no Ultramar naturais da Freguesia de São Saturnino e inauguração do Monumento de Homenagem do Município de Fronteira aos Combatentes do Ultramar

quinta-feira, 18 de abril de 2024

Guiné 61/74 - P25409: Efemérides (434): Homenagem aos Combatentes da Guerra do Ultramar da Freguesia de Anreade - Concelho de Resende (Fátima's)

Foto 1 - Anreade


Homenagem aos Combatentes da Guerra do Ultramar
União da Freguesia de Anreade
Concelho de Resende

No dia 13 de abril de 2024, foram homenageados todos os combatentes que rumaram para terras longínquas durante a Guerra do Ultramar, outrora naturais da freguesia de Anreade, concelho de Resende. Na obra “Resende e a sua História”, volume 2, o Dr. Joaquim Correia Duarte refere-se a Anreade nos seguintes termos: «uma das freguesias mais belas e progressivas da região. Anreade acompanha o Douro nas suas águas serenas, frescas e sombreadas.
Quem atravessa a freguesia (…), não resiste silencioso e indiferente a essa beleza do Douro que encanta, que comove, que seduz. (…)
Em cada cabeço uma novidade contagiante. Em cada encosta um novo fôlego de coragem. Em cada plano, um novo alívio de frescura e de paz!»


Manuel de Almeida Alexandre levou para sempre no coração este belo e eterno cenário quando partiu para Moçambique, pois foi o único jovem combatente, natural da freguesia de Anreade, do concelho de Resende, a perder a vida, durante o período da Guerra do Ultramar.

A Cerimónia teve início pelas 15h00, com a celebração de uma missa na Igreja Matriz de S. Miguel de Anreade, dirigida pelo Senhor Padre Joaquim Correia Duarte, que dignamente relembrou alguns acontecimentos, por si vivenciados, naquela época enquanto cidadão e pároco. Também se homenageou o Combatente falecido, por doença, na Província Ultramarina de Moçambique, Manuel de Almeida Alexandre, que morreu no dia 6 de agosto de 1968, bem todos os restantes que ainda se encontram vivos e os que já partiram para na vida civil.

Finda a cerimónia religiosa, deu-se início no Salão Paroquial de Anreade a uma cerimónia muito emotiva e comovente, onde se pode assistir a um vídeo da reconstituição da vida do militar falecido, Manuel de Almeida Alexandre, desde a data do seu nascimento até à data da sua morte, bem como a algumas intervenções, nomeadamente dos combatentes Domingos Ferreira e Albertino Pinto e leitura do testemunho do combatente António Lopes Pinto, realizada pelo seu neto. Houve alguns momentos musicais a cargo da Senhora presidente da União das Freguesias Anreade e São Romão, Sónia Pinto, e de Adriano Moreira, neto de combatente. Ainda foram exibidos mais de setenta slides de combatentes, naturais da freguesia.

De seguida rumou-se ao cemitério, onde se prestou honras militares junto da campa de Manuel de Almeida Alexandre com apoio dos Associação de Lanceiros Veteranos. Logo de imediato, com a emoção no expoente máximo, procedeu-se à inauguração de um Monumento aos Combatentes do Ultramar junto ao cemitério da freguesia, seguido de um lanche e convívio entre os presentes.

Estiveram representadas várias instituições civis e militares, nomeadamente a Associação Veteranos Lanceiros de Portugal, Centro de Tropas de Operações Especiais (CTOE), Major Gonçalo Pereira, um dos assessores do Sr. Presidente da República, Tenente-coronel Anselmo Dias, e o Núcleo de Lamego da Liga dos Combatentes, representado por elementos dos seus órgãos sociais, associados e respetivo Estandarte Heráldico. Também estiveram presentes o senhor presidente da Assembleia Municipal, alguns vereadores e presidentes de Junta de Freguesia do Concelho de Resende.

Fotos 2 e 3 - Combatente falecido em Moçambique, no dia 06.08.1968
Foto 4 - Senhor Padre Joaquim Correia Duarte (Historiador e membro da Academia de História)
Foto 5 - Núcleo de Lamego da Liga dos Combatentes
Foto 6 - Assessor do Sr. Presidente da República (Tenente-Coronel Anselmo Dias), Presidente da Assembleia Municipal, Major Gonçalo Pereira (CTOE)
Foto 7 - Membros do Núcleo de Lamego da Liga dos Combatentes, Assessor do Sr. Presidente da República (Tenente-Coronel Anselmo Dias) e Major Gonçalo Pereira (CTOE)
Foto 8a - Combatente Domingos Ferreira
Foto 8 - Combatente Albertino Pinto
Foto 9 - Coronel Valdemar Lima (Núcleo de Lamego da Liga dos Combatentes)
Foto 10 - Associação de Lanceiros Veteranos
Foto 11 - Homenagem junto da sepultura do Soldado Manuel de Almeida Alexandre
Foto 12 - As Fátima's, Senhora Presidente da União das Freguesias de Anreade e São Romão e membros do Núcleo de Lamego da Liga dos Combatentes
Foto 13 - As Fátima‘s, membros da União das Freguesias Anreade e São Romão e a Associação de Lanceiros
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Nota do editor

Último post da série de 16 DE ABRIL DE 2024 > Guiné 61/74 - P25393: Efemérides (433): Ainda a recente homenagem em Nova Iorque a dois grandes humanistas lusofónos, diplomatas da II Guerra Mundial, que faleceram há 70 anos, neste mês de abril, o português Aristides de Sousa Mendes (a 3) e o brasileiro Luís Martins de Sousa Dantas (a 16) (João Crisóstomo)

terça-feira, 16 de janeiro de 2024

Guiné 61/74 - P25075: (In)citações (263): Falemos dos Combatentes Portugueses e da forma como sempre foram tratados (Carlos Pinheiro)


1. Mensagem do nosso camarada Carlos Pinheiro (ex-1.º Cabo TRMS Op MSG, Centro de Mensagens do STM/QG/CTIG, 1968/70), com data de 13 de Janeiro de 2024, trazendo até nós este seu artigo onde fala dos Combatentes de Portugal e da forma como sempre foram tratados pelo poder político:


Falemos dos Combatentes Portugueses e da forma como sempre foram tratados

Sem pretender fazer um tratado sobre os Combatentes, teremos que começar pelo CEP Corpo Expedicionário Português que mobilizou, mal e apressadamente, cerca de 100.000 soldados.
Portugal enviou dezenas de milhar de militares para Angola e principalmente para Moçambique que a Alemanha queria conquistar.

É certo que Portugal, como aliado da Inglaterra tinha apresado dezenas de navios alemães nos nossos portos e essa terá sido uma das razões para que a Alemanha atacasse Moçambique de forma feroz. Morreram na guerra em Moçambique dezenas de milhar de militares portugueses, a maior parte dor doença na medida em que não iam preparados para aqueles climas e os serviços de saúde eram exíguos e quanto a armamento nem é bom falarmos.

Entretanto, em 1917 foram também para França outros milhares de Soldados portugueses, também sem condições, sem preparação e sem armamento conveniente e foram mesmo carne para os canhões dos alemães enquanto viviam, ou sobreviviam nas trincheiras.

Porque a miséria era muita em todos os aspectos, em 1921 foi criada a Liga dos Combatentes chamada da 1.ª Grande Guerra, a fim de auxiliar os sobreviventes, especialmente os feridos e doentes, as viúvas e os órfãos dada a miséria que grassava no país.

Como a 1.ª Grande Guerra nunca ficou bem resolvida, em 1939 rebentou a 2.ª que durou até 1945, mas nessa não tomámos parte, apesar do país ter sofrido fome e miséria a rodos enquanto outros se encheram de dinheiro à custa do trabalho escravo na pesquisa do dito volfrâmio que era vendido a peso de ouro aos dois beligerantes.

Depois, em 1961 rebentaram as guerras de África que duraram até 1974, na Guiné, em Angola e em Moçambique já depois da Índia se ter tornado independente da Inglaterra em 1947 e ter começado a invadir os enclaves de Dradá e Nagar Aveli em 1954 no chamado Estado da Índia Portuguesa e em 18 de Dezembro de 1961 ter invadido por terra, mar e ar os enclaves de Goa, Damão e Diu e tornados presos todos os militares portugueses sobreviventes, porque ainda houve alguns mortos, apesar das nossas forças em nada se pudessem comparar com as Forças Indianas.

As Nossas tropas foram presas e seguiram para campos de concentração depois do Governador Vassalo e Silva não ter respeitado a Ordem de Lisboa para que resistíssemos até ao último homem.

O regresso a Portugal desses militares aconteceria em Maio de 1962, com uma ponte aérea de Goa para Carachi, no Paquistão. Daí, os militares foram transportados em navios até Lisboa.
À chegada, foram chamados de traidores. Oito oficiais, incluindo o governador-geral, foram demitidos como era a política da época, sem mais comentários.

Isto é um pequeno resumo, muito resumido, do que as nossas forças armadas ali passaram até serem repatriadas como acima se refere.
Mas nessa altura já estavam em marcha as três Guerras de África, Guiné, Angola e Moçambique, mas também tínhamos tropas em Cabo Verde, S. Tomé e Príncipe e até em Macau e Timor, com as dificuldades inimagináveis, em territórios com climas tórridos e escaldantes, sem estradas, sem pontes, sem pistas de aviação, sem quartéis, sem nada.

Foram os nossos soldados, que para além de combaterem o inimigo, também foram construindo algumas estradas, inventando algumas pontes e algumas pistas de aviação, e construindo alguns barracões para servirem de quartéis, outros aproveitando antigos celeiros que também passaram a servir de quartéis e normalmente viviam cercados de arame farpado, muitas vezes cheios de minas e armadilhas, para que se evitassem incursões indesejáveis.
Muitos viveram em abrigos subterrâneos cobertos por troncos imensos de árvores, tempos infinitos debaixo do chão como foi o caso da CCAÇ 1790 que viveu nessas condições em Madina do Boé até que um dia houve ordem para abandonarem o local e depois deu-se a tragédia da jangada que se virou e onde morreram largas dezenas de soldados.

O material de transportes, pelo menos nos primeiros anos, eram as velhas GMC e os Jipões da 2.ª Grande Guerra. Era a guerra.

A Liga dos Combatentes criada, foi organizada em 1921 e tem vários serviços de apoio aos Combatentes mas vive com orçamentos insignificantes mas mesmo assim mantém dois Lares para Combatentes idosos, um em Estremoz e outro no Porto, certamente com ajudas locais e agora, recentemente, abriu-se-lhe uma oportunidade de criar uma nova unidade no centro do País, mais concretamente no Entroncamento, fruto da oferta da Câmara Municipal do Entroncamento dum terreno para a construção de um Centro de Dia, de uma Creche, de um Lar para Idosos e de uma Unidade de Cuidados Continuados.

Como se pode imaginar, uma obra de vulto que os Combatentes bem merecem e bem precisam.

Claro que a Liga não tem meios para tão grande como útil obra, e ter-se-á candidatado a Fundos da UE, parece que ao PARES, mas exigiram-lhe um projecto da obra, o que é natural. Porém, esse projecto custará cerca de 150.000 euros e parece não haver dinheiro para o projecto até porque não há garantia que o financiamento fosse garantido.
Aliás a Liga, na sua Revista de Dezembro de 2022, no Editorial do Presidente General Chito Rodrigues, denuncia claramente esta situação que põe em risco a construção de uma unidade polivalente para os Combatentes na sua fase final da vida terrena.
Mas não se conhecem respostas ou comentários do poder instituído, o que é lamentável, para quem deu o melhor da sua juventude ao serviço de Portugal.

É assim que os Combatentes são tratados. Aliás já estão habituados a serem bem tratados com a esmola de 70 ou 100 Euros anuais que normalmente recebem em Outubro, sujeita a impostos.
E está tudo bem e ninguém diz nada.
Não temos dinheiro para ajudar os nossos que precisam, mas mesmo assim vamos ajudando outros lá longe, que também precisam, é certo, mas para os nossos não há nada.

É triste, mas é o que temos.

Carlos Pinheiro

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Nota do editor

Último poste da série de 14 DE JANEIRO DE 2024 > Guiné 61/74 - P25069: (In)citações (262): "A Rainha" (Adão Cruz, ex-Alf Mil Médico da CCAÇ 1547 / BCAÇ 1887, Canquelifá e Bigene, 1966/68)

terça-feira, 13 de junho de 2023

Guiné 61/74 - P24396: Efemérides (395): Leça da Palmeira comemorou, mais uma vez, o 10 de Junho e homenageou os seus Combatentes caídos em Campanha (Núcleo de Matosinhos da LC / Carlos Vinhal)

10 de Junho de 2023 - Cemitério n.º 1 de Leça da Palmeira - Talhão dos Combatentes


Realizou-se em Matosinhos - Leça da Palmeira, a cerimónia de comemoração do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades, promovida pelo Núcleo, em colaboração com a União de Freguesias de Matosinhos e Leça da Palmeira.

Pelas 10H15 iniciou-se a cerimónia com a concentração dos participantes em frente ao edifício da Junta, sendo de seguida içada a Bandeira Nacional pelo representante do Presidente da União de Freguesias de Matosinhos e Leça da Palmeira, Sr. Fernando Monteiro e pelo Vogal da Direção, José Oliveira.

Ao mesmo tempo que o grupo de sócias e sócios do Núcleo entoava o Hino Nacional, o clarim dos Bombeiros de Matosinhos e Leça da Palmeira, solicitado para o efeito, fez os toques adequados àquela cerimónia.

Pelas 10H30 foi dada continuidade ao programa no cemitério local - Talhão Militar da Liga, onde se encontravam posicionados o porta-guião, o clarim e uma Guarda de Honra composta por sócios combatentes.

Procedeu-se à chamada dos combatentes leceiros mortos na Guerra do Ultramar pelo Presidente da Mesa da Assembleia Geral, seguida da deposição de duas coroas de flores no Talhão pelo Presidente da Mesa da Assembleia Geral e pelo representante do Presidente da União de Freguesias.

A cerimónia continuou com o Toque de Homenagem aos Mortos e foi guardado um minuto de silêncio com cântico de um salmo pelos sócios presentes para o efeito, terminando com a evocação religiosa pelo Rev. Padre Francisco Andrade.

Posteriormente foi lida pelo Vice-Presidente do Núcleo uma mensagem do Presidente do Núcleo, em virtude de não poder estar presente, e o Sr. Fernando Monteiro fez uma alocução alusiva ao ato.

Tanto a mensagem lida como a alocução feita realçaram a importância de homenagear a memória de todos aqueles que, ao longo da nossa História, tombaram no campo da honra, nomeadamente na Guerra do Ultramar.

Para terminar, foi cantado o Hino da Liga dos Combatentes na presença de dezenas de sócios, seus familiares, combatentes e público em geral que estiveram presentes nesta atividade cívica e patriótica.

Fez-se cumprir assim, mais uma vez, a tradição de uma iniciativa de um grupo de combatentes leceiros (que são presentemente sócios da Liga) que, antes da existência do Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes, a realizavam anualmente em Leça da Palmeira, no dia 10JUN.
Grupo de sócios do Núcleo de Matosinhos da LC que emprestou a sua voz na entoação do Hino Nacional durante o hastear da Bandeira Nacional no edifício da Junta de Freguesia.
Guarda de Honra composta por alguns dos Antigos Combatentes presentes
Hastear da Bandeira pelo senhor Fernando Monteiro e pelo Vogal do Núcleo, Combatente Francisco Oliveira
O Combatente Ribeiro Agostinho faz a chamada dos Combatentes leceiros falecidos em Campanha
O Combatente Ribeiro Agostinho, Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Núcleo, deposita uma coroa de flores no Talhão dos Combatentes.
Minuto de silêncio e entoação do salmo pelo grupo coral presente.
Evocação religiosa que esteve a cargo do Pároco de Leça da Palmeira, Rev. Francisco Andrade
O senhor Fernando Monteiro, em representação da União das Freguesias de Matosinhos e Leça da Palmeira, durante a sua alocução.

Texto e fotos do Núcleo de Matosinhos da LC
Edição e legendagem das fotos da responsabilidade do editor

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Nota do editor

Último poste da série de 9 DE JUNHO DE 2023 > Guiné 61/74 - P24382: Efemérides (394): 10 de junho de 2023: XXX Encontro Nacional de Combatentes, em Lisboa, Belém, junto ao Monumento aos Combatentes do Ultramar

sexta-feira, 5 de maio de 2023

Guiné 61/74 - P24287: Efemérides (392): No dia 29 de Abril de 2023, realizou-se a cerimónia de Comemoração do Dia do Combatente de Matosinhos e do 14.º Aniversário do Núcleo da Liga dos Combatentes (Carlos Vinhal)

Cemitério n.º 2 de Sendim - Memorial aos Combatentes da Guerra do Ultramar do Concelho de Matosinhos

Realizou-se em Matosinhos a cerimónia de Comemoração do Dia do Combatente e do 14.º Aniversário do Núcleo de Matosinhos, promovida pelo Núcleo e pela Câmara Municipal de Matosinhos e que contou com as presenças do Secretário Geral da Direção Central da Liga dos Combatentes, Coronel Lucas Hilário, da Presidente da Câmara, Dra. Luísa Salgueiro e do Vice-Presidente da Câmara, Dr. Carlos Mouta e de outras entidades.

A cerimónia militar iniciou-se pelas 10h30, perante o testemunho de muitas dezenas de pessoas presentes em frente ao Memorial de Homenagem aos 70 combatentes do concelho de Matosinhos mortos na Guerra do Ultramar, localizado no cemitério de Matosinhos (Sendim), onde se encontravam posicionados os Porta-Guiões dos Núcleos de Matosinhos, Porto, Ribeirão, Lixa e Marco de Canavezes, um clarim dos Bombeiros Matosinhos-Leça da Palmeira e uma Guarda de Honra composta por sócios combatentes do Núcleo.
Porta-Guiões presentes na cerimónia
Guarda de Honra composta por Antigos Combatentes

A cerimónia iniciou-se com a deposição de coroas de flores no Memorial, pelas seguintes entidades: União de Freguesias de Perafita, Lavra e Sta. Cruz do Bispo, União de Freguesias de Matosinhos e Leça da Palmeira, União de Freguesias de Custóias, Leça do Balio e Guifões, União de Freguesias da Senhora da Hora e S. Mamede de Infesta, Comando da Zona Marítima do Norte, Câmara Municipal de Matosinhos e Liga dos Combatentes.
O Clarim, de seguida, prestou as honras militares aos combatentes mortos executando os principais toques de homenagem. Um grupo de sócios do Núcleo cantou um salmo e foi lida a prece do Exército. A cerimónia militar terminou com a entoação do Hino da Liga pelo referido grupo de sócios.
O senhor Fernando Monteiro, em representação do Presidente da União das Freguesias de Matosinhos e Leça da Palmeira, deposita a coroa de flores da Freguesia
O 2.º Comandante da Zona Marítima do Norte, Capitão Tenente Mendes Valente, deposita a coroa de flores da Marinha
A Dra. Luísa Salgueiro, Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, deposita a coroa de flores da Edilidade
O Secretário Geral da Direção Central da Liga dos Combatentes, Coronel Lucas Hilário, e o Presidente do Núcleo de Matosinhos, Tenente Coronel Armando Costa, no momento em que depositavam uma coroa de flores em homenagem aos Combatentes falecidos
As coroas de flores depositadas junto aos 70 nomes dos Combatentes do Concelho de Matosinhos caídos em Campanha

Pelas 11H30, no Hotel Tryp Expo, em Leça da Palmeira, com a Sala Galeão completamente lotada, deu-se início à Sessão Solene do 14.º Aniversário do Núcleo com a condecoração com a Medalha de Comportamento Exemplar (grau ouro), nos termos do preceituado no Regulamento da Medalha Militar do Secretário da Direção, Sargento Ajudante Carlos Alberto Silva Osório, pelo Secretário Geral da Direção Central da Liga dos Combatentes, Coronel Lucas Hilário. Seguiu-se a imposição da Medalha Comemorativa das Campanhas a 5 sócios combatentes do Ultramar e a entrega de Testemunhos de Apreço aos associados com 50 anos de sócio e 40 anos de sócio e o Secretário Geral da Direção Central da Liga dos Combatentes fez a entrega ao Vogal da Direção, Sargento Chefe Domingos Batoca, do Certificado de qualificações de formação modelar como Delegado Social do Núcleo. Posteriormente, foram igualmente entregues a 2 sócios Testemunhos de Apreço pelos bons serviços prestados ao Núcleo e à Liga dos Combatentes, nas pessoas da Dra. Luísa Salgueiro, Presidente da Câmara e Eng.º Pedro Gonçalves, Presidente da Junta da União de Freguesias de Custóias, Leça do Balio e Guifões.
Entidades oficiais presentes na Sessão Solene na Sala Galeão
Os Combatentes que receberam Testemunhos de Apreço
Imposição de Medalhas Comemorativas das Campanhas a Combatentes

A sessão solene prosseguiu com o uso da palavra pelo representante do Presidente da União de Freguesias de Matosinhos e Leça da Palmeira, pelo Presidente do Núcleo de Matosinhos, pela Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos e pelo Secretário Geral da Direção Central da Liga dos Combatentes.

Cerca das 13H15, 135 participantes iniciaram, na Sala Caravela, o almoço de confraternização.

Aspecto da Sala Caravela

O programa para este dia prosseguiu com a entrega por parte do Presidente do Núcleo ao Secretário Geral da Direção Central da Liga dos Combatentes da Medalha do Núcleo e de um donativo do Núcleo para a Liga Solidária, no valor de 300€, com o objetivo de apoiar combatentes e famílias e a construção de Residências Seniores para os combatentes e famílias mais idosos de que são exemplos recentes as de Estremoz e Porto.

Seguiu-se a atuação do Quinteto de Metais mais percussão da Banda de Moreira da Maia de que faz parte o Vogal do Núcleo, Sargento Chefe Domingos Batoca. O seu desempenho foi brilhante e muito apreciado por todos os participantes que interagiram com grande satisfação com as músicas apresentadas.

O Presidente do Núcleo agradeceu a sua colaboração por participarem neste dia tão importante, oferecendo-lhes o Guião do Núcleo. Ainda foram agraciados pelo Presidente do Núcleo com o emblema da Liga 7 novos sócios.

Para encerrar o programa estabelecido, o Presidente da Direção e o Presidente da Assembleia Geral cortaram o bolo, cantou-se os parabéns ao Núcleo e foi lançado o Grito da Liga.

De entre as entidades já referidas estiveram igualmente presentes, o 2.º Comandante da Zona Marítima do Norte, Capitão Tenente Mendes Valente, o Comandante da Divisão Policial da PSP de Matosinhos, Intendente Ângelo Sousa, o Presidente da União de Freguesias de Custóias, Leça do Balio e Guifões, Presidente da Mesa da Assembleia Geral da União de Freguesias de Custóias, Leça do Balio e Guifões, Sr. José Tunes, os representantes do Presidente da Junta da União de Freguesias de Matosinhos e Leça da Palmeira, do Presidente da União de Freguesias de Perafita, Lavra e Sta. Cruz do Bispo e da União de Freguesias de S. Mamede de Infesta e Sra. Da Hora, os Presidentes dos Núcleos do Porto e Marco de Canavezes e os representantes dos Núcleos de Penafiel, da Maia e Lixa, o representante do Presidente das Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Leça do Balio, Dr. Joaquim Silva e familiares dos matosinhenses falecidos no Ultramar, entre outros convidados.

Como notas relevantes deste dia fica a disponibilidade, a dedicação e o empenho evidenciados pelos nossos dirigentes que tudo fizeram para que a concretização de um dos dias com mais significado para o Núcleo fosse um êxito, agradecendo-se a presença das entidades convidadas e que acompanharam as cerimónias. É de salientar, mais uma vez, a evidência da importância da realização destas cerimónias para fortalecer os laços de amizade e de união entre dirigentes, sócios, familiares e amigos envolvidos pela sua demonstração de adesão aos objetivos da Liga: defesa dos valores morais e históricos de Portugal, promoção da solidariedade social e do apoio mútuo aos mais carenciados.

Texto: Núcleo de Matosinhos da LC.
Fotos: © João Oliveira
Fixação do texto; selecção, edição e legendagem (em itálico) das fotos: Carlos Vinhal
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Nota do editor

Último poste da série de 4 de Maio de 2023 > Guiné 61/74 - P24283: Efemérides (391): No dia 25 de Abril, Faria celebrou a memória dos Alcaides e do Capitão Salgueiro Maia e Camaradas (Manuel Luís Lomba)