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segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Guiné 63/74 - P16695: Debates da nossa tertúlia (I): Nós e os desertores (20): Mais um caso "atípico" ? A deserção do soldado escriturário nº mec 2055276, Carlos Alberto Sousa Emídio, da CCAÇ 3476 (Canjambari e Dugal, 1971/73), em 17/8/1972, e cujo rasto se perdeu desde então...


 Guiné > Região do Oio > Farim > Canjambari >  CCAÇ 3476 - "Os Bebés de Canjambari", Canjambari e Dugal, 1971/73)  > Memoprial (foto do álbum do ex.-fur mil Manuel Lima Santos, nosso grã-tabanqueiro)

Foto: © Mamuel Lima Santos (2013). Todos ops direitos reservados [Edição e legendagem: Blogue ;Luís Graça & Camaradas da Guiné]



 Guiné > Região do Oio > Farim > Carta de Farim (1/25 mil) (1954) > Posição relativa de Farim, Bricama e Canjambari.

Infogravura: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2016)

1. Mensagens do nosso leitor (e camarada) 
Guião da CCAÇ 3478.
Cortesia do nosso camarada
  Carlos Silva
Jaime Vieira, açoriano, que vive nos EUA (*), com data de 2 de julho de 2012, com a seguinte informação, que resumimos:

(i)  "sou emigrante nos Estados Unidos da América já há 38 anos";

(ii) "vim para Casement,  em 16 dezembro de 1973";

(iii) "fui soldado na CCAÇ 3476, estive em Canjambari, sector de Farim, nos anos de 1971 e 72 e depois estive no Chugué, antes de Mansoa";

(iv) "a minha companhia era dos Açores";

(v) "como a metade da companhia era de voluntários com menos de 20 anos de idade, 
deram-nos o nome de Bebés de Canjambari"; 
éramos uma companhia muito jovem ou a mais jovem de todas";

(vi) "o meu capitão era chinês de Macau, muito conhecido hoje pela televisão, o nome dele era Jorge Rangel":

 Eis a razão principal por que nos escreveu o Jaime Vieira:

"Tenho uma curiosidade: no ano de 1972 desapareceu um soldado que era escriturário, com o nome de Carlos. penso que era de Trás os Montes. Sempre penso nele, era meu amigo, e sempre me preocupei em saber o que lhe aconteceu. (...)  

Fomos para Canjambari em 1971. O Carlos chegou mais tarde . Um pouco tinha sido cabo e foi despromovido,  mas antes de chegar à nossa companhia. Ele era um pouco contra o regime e tinha problemas com o capitão,  como eu também tinha. Ele desapareceu em Canjambari no ano de 1972 e nunca vi muito interesse por parte das autoridades em saber de ele. Por este motivo fiquei sempre preocupado e com ansiedade para saber o que aconteceu."


2. O que nós apurámos, na altura, foi o seguinte, com a preciosa ajuda do nosso grã-tabanqueiro Carlos Silva [x-Fur Mil Inf CCAÇ 2548/BCAÇ 2879, Jumbembem, 1969/71; e um histórico da cooperação e da ajuda humanitária à Guiné-Bissau];

(i) o nome completo do militar em causa era Carlos Alberto Sousa Emídio;

(ii) tinha o posto de soldado escriturário:

(iii) desapareceu no dia 17 de agosto de 1972 e foi dado, mais tarde como desertor, de acordo com a história da unidade;

(iv) não conseguimos, em 2012, saber do seu paradeiro.


Caso de deserção do soldado escriturário nº 2055276 Carlos Alberto Sousa Emídio

17-08-1972 – Ao fim da tarde deste dia ausentou-se ilegitimamente o Sold Escriturário Carlos Alberto Sousa Emídio, constituindo-se mais tarde em desertor. Fora colocado nesta Companhia por motivo disciplinar, vindo da Sucursal do Laboratório Militar de Bissau.

18-08-1972 – Por todo este dia foram efectuadas buscas, e pelas 17h00 foram encontradas pegadas do Soldado ausente que seguiam na direcção da área da Bricama. 

O mesmo já fora desertor na Metrópole e o seu desaparecimento seria premeditado, em virtude de problemas de ordem pessoal e militares ainda pendentes, motivados pela sua deserção anterior.

Fonte: HU - História da Unidade, Cap II, pág 19 [Elementos fornecidos por Carlos Silva]


 4. Ficha da unidade:

(i) A CCAÇ  3476 foi mobilizada no Batalhão Independente de Infantaria nº 18, em Ponta Delgada; 

(ii) tnha como divisa “Os Bebés de Camjabari”;

(iii) embarque em 25 de setembro de 1971; chegada a Bissau no dia 30 desse mês;

(iv) cmtd: cap mil inf  Jorge Alberto da Conceição Hagedorn Rangel, substituído em data não referida pelo alf mil inf  António Augusto Pires e Castro;

(v) realizou no CMI – Centro Militar de Instrução, no Cumeré, a Instrução de Aperfeiçoamento Operacional, no período de 2 a 30 de outubro de 1971:

(vi) é colocada em Canjambari, sector de Farim, a 2 de novembro de 1971 para, em sobreposição com a CCAÇ  nº 2681, efectuar o treino operacional, assumindo a responsabilidade do subsector de Canjabari, em 28 de novembro de 1971, integrando o sector à responsabilidade do BART 3844;

(vii) a missão prioritária desta esta subunidade era proceder pressão sobre a linha de infiltração de Sitató; 

(viii) substituída pela CCAÇ 4143/72 a 14 de novembro de 1972, segue para Dugal a 16, para sobrepor e render a CART 3332, assumindo a responsabilidade do subsector, com destacamentos em Fatim, Chugué e Fanhe, e para missões de segurança de instalações e populações da área, integrada no dispositivo do Comando Operacional nº 8;

(ix) é  transferida para o COMBIS (Comando de Bissau) em 30 de setembro de 1973), sendo rendida em Dugal pela 2ª C/BCAÇ  nº 4610/72 e, em 3 de outubro de 1973 rende, em Bissau, a  CCAV 3420;

(x) dois meses depois, a 6 de dezembro é rendida no COMBIS pela CCAÇ  3565 e embarca de regresso em 13 desse mês.

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Guiné 63/74 - P16095: Agenda cultural (482): A Fundação Casa de Macau e o sinólogo, nosso amigo e camarada, António Graça de Abreu convidam-nos para a tertúlia, de amanhã, dia 13, às 18h30, na Praça do Príncipe Real, 25-1º , Lisboa: "Macau visto da China"



"Macau visto da China", por  António Graça de Abreu, dia 17 de maio de 2016, 3ª feira, às 18h30



Fundação Casa de Macau, Praça do Príncipe Real, 25-1º, Lisboa



Agradece-se a confirmação prévia do interessados > telef 21 322 344o / fcmacau@netcabo.pt








1. Convite que nos chega da Fundação Casa de Macau:

Exmos/as Senhores/as,

No âmbito do Ciclo de Tertúlias de 2016, honra-nos promover a participação do conhecido sinólogo António Graça de Abreu na tertúlia que se realizará no próximo dia 17 de Maio, pelas 18:30, subordinada ao tema: «Macau visto da China».

Nas mais diversas atividades e campos disciplinares, da História à Poesia, do ensino à tradução, António Graça de Abreu reflete a sua vasta experiência e conhecimentos numa profícua e ampla bibliografia que vale a pena conhecer.

A tertúlia do dia 17 de Maio será pois uma oportunidade e um privilégio para todos.
Contamos com a V. presença!

Fundação Casa de Macau
Sede: Av. Almirante Gago Coutinho, 142 1700-033 Lisboa
Centro de Documentação: Praça do Príncipe Real, 25 - 1º 1250-184 Lisboa


2. Mensagem de 13 do corrente, do nosso camarada e amigo António Graça de Abreu;

Na próxima terça-feira espero pelos meus Amigos na Fundação Casa de Macau, ali no Príncipe Real, nos melhores espaços de Lisboa.

Prometo uma visão diferente de Macau, acompanhando o olhar sinuoso das gentes da imensidão das terras da China, centrado sobre a estranha e fascinante cidade de Macau.
Apareçam. Vamos tentar olhar Macau com os olhos da China.
Abraço, António Graça de Abreu

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Nota do editor:


quinta-feira, 14 de abril de 2016

Guiné 63/74 - P15973: XI Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 16 de Abril de 2016 (5): Camaradas da diáspora: (i) Virgílio Valente, Macau (ex-alf mil, CCAÇ 4142, Gampará, 1972/74): manda-nos saudações; (ii) Vasco Pires, ex-alf mil art, 23.º Pel Art, Gadamael, 1970/72), Brasil, "aqui de longe, mas tão perto" : envia abraço fraterno; (iii) Zeca Macedo, EUA (ex-2º ten fuzileiro especial, DFE 21, Cacheu e Bolama, 1973/74): vai dar-nos o prazer da sua presença, dele e da esposa Goretti

1. Mensagem do nosso grã-tabanqueiro Virgílio Valente [Wai Tchi Lone, em chinês], que vive e trabalha em Macau, há mais de 2 décadas; foi alf mil, CCAÇ 4142, Gampará, 1972/74; é o nosso grã-tabanqueiro nº 709]


Data: 14 de abril de 2016 às 08:24

Assunto: XI Convívio da Tertúlia - Encontro da Tabanca Grande - 16 de Abril de 2016


Caro Luís, caros Tabanqueiros,

Não podendo participar no vosso Convívio, por estar ausente em Macau, onde trabalho, quero enviar um Grande Abraço para todos e desejar-vos um Bom e Saudável Convívio, repleto de partilhas e de boas histórias.

Um dia estarei fisicamente presente.
Saudações,
Virgílio Valente
Companhia de Caçadores 4142 - Gampará, Guiné-Bissau

1972-74

"A wise man makes his own decisions; an ignorant man follows public opinion." 
(Chinese proverb) |  "Um homem sábio decide por si próprio; um homem ignorante segue a opinião pública."  (Provérbio chinês



2. Comentário (*) de Vasco Pires [ex-alf mil art,  cmdt do 23.º Pel Art, Gadamael, 1970/72, bairradino, a viver no Brasil desde 1972; foto atual à direita]


Aqui de longe (mas tão perto) envio um fraterno abraço aos Camaradas, e os parabéns aos organizadores.

VP




3. Mensagem, de 29 de dezembro de 2915, do nosso camarada José Macedo [ou Zeca Macedo, , que antecipadamente preparou a sua viagem a Portugal para poder estar no nosso encontro;



[Zeca Macedo foi 2º tenente fuzileiro especial, DFE 21 (Cacheu e Bolama, 1973/74); nasceu na Praia, Santiago, Cabo Verde, em 1951; vive nos Estados Unidos, onde é advogado; é membro da nossa Tabanca Grande desde 13/2/2008; aqui na foto, no novio Escola Sagres, com a esposa Goretti].


Feliz Ano Novo.

Camarada Luís Graça, penso ir à reunião anual da Tabanca Grande, contudo gostaria que me confirmasse que será no dia 16 de Abril, pois necessito de planear com uma certa antecedência e mudar as datas de alguns julgamentos que possa ter. A minha mulher {Goretti] tambm terá de pedir umas férias. Também conto levar o meu irmão e a mulher que moram na Charneca da Caparica.

Um abraço amigo

Zeca Macedo

Jose J. Macedo, Esquire | Law Offices of Jose J. Macedo
392 Cambridge Street, Cambridge, MA 02141
Tel. (617) 354-1115 | Fax (617) 354-9955

________________

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Guiné 63/74 - P15706: O nosso livro de visitas (187): Bom Ano Novo Chinês - Kung Hei Fat Choi ! 新年快樂!恭喜發財!Happy Chinese New Year ! (Virgílio Valente, em Macau; ex-alf mil, CCAÇ 4142, Gampará, 1972/74)

1. Mensagem do nosso camarada Virgílio Valente [Wai Tchi Lone, em chinês], que vive e trabalha em Macau, há mais de 2 décadas; foi alf mil, CCAÇ 4142, Gampará, 1972/74; é o nosso grã-tabanqueiro nº 709 (*)



Date: 2016-02-05 5:21 GMT+00:00

Subject: Bom Ano Novo Chinês - Kung Hei Fat Choi ! 新年快樂!恭喜發財!Happy Chinese New


Meus amigos,
親愛的大家
Dear all,

Desejo um Feliz e Próspero Ano Novo Chinês!
在歡樂的佳節,獻上我誠摯的祝福。
祝您新春快樂!萬事勝意!
I wish you a very Happy and Prosperus Chinese New Year!

恭喜發財!
Kung Hei Fat Choi!


      韋子倫
Virgilio Valente



"A wise man makes his own decisions; an ignorant man follows public opinion." (Chinese proverb)

"Um homem sábio decide por si próprio; um homem ignorante segue a opinião pública." (Provérbio chinês) (**)
____________

Notas do editor:

sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Guiné 63/74 - P15508: Tabanca Grande (480): Virgílio Valente, ex-alf mil CCAÇ 4142, Gampará, 1972/74; vive em Macau há duas dezenas de anos e procura camaradas do seu tempo... É o grã-tabanqueiro nº 709.

1. Mensagem do nosso leitor e camarada Virgílio Valente que vai finalmente entrar para a nossa Tabanca Grande, sob o nº 709:


 Data: 20 de julho de 2015 às 08:01

Olá,  Luis Graça & Camaradas,

Consultei a lista dos 696 Amigos & Camaradas da Guiné e o meu nome não consta.

Sou um assíduo leitor e seguidor do vosso blogue onde encontro muita informação estimulante e enriquecedora e ainda não participei seriamente apenas por falta de tempo.

O que devo fazer para o meu nome também constar? É que me parece uma forma de conseguir reencontrar amigos do meu tempa na Guiné-Bissau (1972-1974, CCaç 4142, Gampará).

Uma grande abraço para todos,  em especial para aqueles que tão dedicadamente mantém este bolgue.

VIírgílio Valente

"A wise man makes his own decisions; an ignorant man follows public opinion."
"Um homem sábio decide por si próprio; um homem ignorante segue a opinião pública."
(Chinese proverb)


2. Resposta do editor LG, em 20 de julho transato:

Virgílio, tens toda a razão... Estava só à espera de uma foto tua, antiga, do tempo da tropa (de preferência, da Guiné) e de duas linhas sobre a tua pessoa (uma breve apresentação)... Manda-nos isso o mais rápido possível... Se tiveres mais fotos de Gampará e de outros sítios, manda, digitalizafadas, com boa resolução...

Quando vens à santa terrinha ? Ab. grande. Luis


3. Já em 8 de abril de 2015, o Virgílio Valente nos tinha escrito nestes termos:
 Caro Luís Graça, olá!

Também me comprometi contigo e ainda não cumpri.

Tenho fotos dos "Herdeiros de Gampará" [, CCAÇ 4142, 1972/74,] que vou tentar enviar, depois de fazer um scan. Também tenho a história oficial da Companhia, do arquivo militar, donde constam os nomes dos camaradas que por lá passaram!

Infelizmente estes últimos dois anos teem sido árduos e o tempo tem escasseado, mas vou cumprir o que te prometo.
Mais vale tarde que nunca.
Abraço de Macau.
Virgílio Valente

«Se quer ir depressa, vá sózinho! Se quer ir longe, vá junto!» (Provérbio Africano)
«If you want to go fast, go alone! If you want to go far, go together!» (African Proverb)


4. Em 23 de setembro de 2014, ele tinha escrito  ao seu camarada e nosso grã-tabanqueiro Joviano Teixeira o seguinte:

Olá, Joviano Teixeira,


Sou o Virgílio Valente e pertenci à CCaç 4142 onde fui alferes (alferes Valente), responsável pelo 4.º pelotão.

Acabei de ler um poste teu no Blogue Luis Graça & Camaradas da Guiné.

Tanbém perdi o rasto a muitos dos camaradas da nossa Companhia. Agora, aos poucos e poucos, vou conseguindo restabelecer os contactos.

Este ano ainda me encontrei com o Dálio de Carvalho (furriel) e com o Manuel Fernandes (alferes). Falei ao telefone com o Fernando Duarte (capitão), com o Palma (cabo) e com o Eurico Dias (alferes).

É bom rever aqueles com quem passámos bons e maus momentos na vida e com quem ganhámos experiência de vida.

Aqui ficam os meus contactos:
Virgílio Valente
Macau, China, telefone (+853) 66808034

email: oumunlinfa@gmail. com
facebook: Wai Tchi Lone

Este ano estive em Tavira. Espero receber algum feedback da tua parte.
Manda os teus contactos. Abraço
Virgílio Valente

«Quem fica na ponta dos pés, tem pouca firmeza»
«He who tiptoes cannot maintain equilibrium»


4. Comentário do editor:

Um dia o Virgílio Valente vai, finalmente, arranjar tempo para satisfazer o nosso pedido de envio de uma foto da tropa, de preferência do tempo de Gampará. onde ele foi alf mil da CCAÇ 4142, 1972/74... Até lá vamos ter a paciência de chinês e contornar um pouco as regras do nosso blogue... Ele tem vindo a manifestar o desejo de integrar as "nossas tropas"... E nunca se esquece de mandar, todos os anos, o postalinho de boas festas. 

A partir de hoje, ele passa a ser, de pleno direito, membro da nossa Tabanca Grande, com o privilégio (vitalício) de ser o régulo da Tabanca de Macau!...

Sê bem vindo, Virgílio! E bom ano para ti e para os macaenses!

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Nota do editor:

Último poste da série > 18 de dezembro de 2015 > Guiné 63/74 - P15502: Tabanca Grande (479): José Fernando Estima, de Aguada de Cima, Águeda, ex-fur mil, CCAÇ 3546 / BCAÇ 3883 (Bissau, Bolama, Piche, Cambor, Canquelifá, Dunane, Ponte Caium, Camajabá, 1972/74)... Grã-tabanqueiro nº 708... quase cinco anos depois de um primeiro (e único) contacto telefónico

Guiné 63/74 - P15506: Feliz Natal / Filis Natal / Merry Christmas / Feliz Navidad / Bon Nadal / Joyeuz Noël / Buon Natale / Frohe Weihnachten / God Jul / Καλά Χριστούγεννα / חַג מוֹלָד שָׂמֵח / عيد ميلاد مجيد / 聖誕快樂 / С Рождеством (4): Virgílio Valente [Wai Tchi Lone, em chinês], que vive e trabalha em Macau, há mais de 2 décadas; ex-alf mil, CCAÇ 4142 (Gampará, 1972/74)

1. Mensagem de Virgílio Valente [Wai Tchi Lone, em chinês], que vive e trabalha em Macau, há mais de 2 décadas; foi alf mil, CCAÇ 4142, Gampará, 1972/74;


Feliz Natal e Próspero Ano Novo
聖誕快樂,新年進步
Merry Christmas and Happy New Year


Para todos os meus familiares e amigos,
To all family and friends,
我的家人和朋友


Virgílio Valente
韋子倫

"A wise man makes his own decisions; an ignorant man follows public opinion."
"Um homem sábio decide por si próprio; um homem ignorante segue a opinião pública."
(Chinese proverb)

terça-feira, 5 de maio de 2015

Guiné 63/74 - P14568: Tabanca Grande (463): Joviano Teixeira, grã-tabanqueiro nº 687... É natural de Tavira, e pertenceu à CCAÇ 4142 (Gampará, 1972/74)


Foto nº 13 > Foto de grupo: os cozinheiros e ajudantes de cozinha da CCAÇ 4142 (Gampará, 1972/74)


Foto nº 1 >  Joviano Teixeira


Foto nº 2 > O Joviano é o primeiro de pé, do lado direito


Foto nº 3 > Sentado num cais, o  Joviano é o primeiro, do lado direito


Foto nº 4 >  O Joviano é o primeiro do lado direito


Foto nº 5 > O Joviano, junto ao monumento às forças ao serviço do COP 7 (Bafatá) que ocuparam e construíram a partir de 1972 o aquartelamento de Gampará, desalojando o PAIGC da  margem esquerda da foz do Rio Corubal (península de Gampará, região de Quinara, habitada sobretudo por beafadas): entre outras unidades, a CART 3417 (Magalas de Gampará), vários DFE - Destacamentos de Fuzileiros Especiais (4, 8, 13, 21, 22), a CCP 121/BCP 12, a 2ª CCAÇ - Companhia de Comandos Africanos, o Pel Art 29,  o Pel Mil 331, e a 38.ª CComandos


Foto nº 6 > O Joviano  em cima da cobertura de um abrigo...


Foto nº 7 > O Joviano é o primeiro do lado direito


Foto nº 8 > Num bagabaga, o Joviano é o primeiro do lado direito (1)


Foto nº 9 > Num bagabaga, o Joaviano é o primeiro do lado direito (2)


Foto nº 10 > Foto de grupo: esfolando uma vaca


Foto nº 11 > O Joviano à volta dos tachos e panelas (1)


Foto nº 12 > O Joviano à volta dos tachos e panelas (2)

Fotos: © Joviano Teixeira  (2015). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem: LG]


1. Mensagem enviada, em 8 de abril último,  pelo nosso camarada Joviano Teixeira, natural de Tavira [, foto à direita,] que passa ser o grã-tabanqueiro nº 687:

Boa noite Graça

Venho enviar algumas fotos da minha companhia, a CCAÇ  4142, "Herdeiros de Gampará" (Gampará, 1972/74), no sentido das mesmas poderem ser publicadas no blogue, o qual acho muito útil porque se trata de um recurso muito importante.

Anexo as fotos:
Abraço,
Joviano Neto Mendonça Teixeira
Nascido a  16 de março de 1951
Luz de Tavira, Tavira

PS - Vou tentar legendar as fotos e identificar os camaradas que me lembrar.
Agradecido



Guiné > Região de Quinara > Fulacunda > Mapa de Fulacunda (1956) > Escala 1/50 mil > Posição relativa de Gampará e da Ponta do Inglês na Foz do Rio Corubal 

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2013)

2. Resposta do editor, no mesmo dia:

Joviano: Recordas-te do nosso convite para integrares a nossa Tabanca Grande ? (*) Na altura escrevemos: "O ideal era termos duas fotografais tuas, uma atual e outra do teu tempo de Guiné, para a malta te poder reconhecer e contactar. Ficas, desde já, convidado a integrar a nossa magnífica Tabanca Grande. Entre camaradas e amigos da Guiné, vivos,  somos já cerca de seis centenas. Serás bem vindo, tanto mais que não temos ninguém que represente os 'Herdeiros de Gampará'. Por outro lado, sobre Gampará também só temos nove referências. Espero que nos contes histórias do teu tempo de Gampará."...

Hoje estamos a caminho dos 700... E tu passas a ser o nº 686 (**)... Enfim, demoraste algum tempo a  responder-nos... De qualquer modo, diz-nos algo mais sobre ti... Julgo que estavas ligado à cozinha, a avaliar por algumas fotos que nos mandas... Se puderes, completa as legendas: diz-nos onde e em que data as fotos foram tiradas, quem são os teus camaradas, etc. A maior parte deve ser de Gampará. As fotos foram editadas e melhoradas por mim, foram também renumeradas... As mais recentes, que me mandaste, serão publicadas oportunamente. Desse lote é a nº 13.

Aqui fica, para já, a tua apresentação formal à Tabanca Grande. Espero notícias tuas em breve.
Um alfabravo.
Luís Graça. 

PS1 - Fiz tropa em Tavira e voltei lá há pouco tempo... Bela terra!...

PS2 - Leitor do nosso blogue, é o Virgílio Valente [Wai Tchi Lone, em chinês], que vive e trabalha em Macau,  há mais de 2 décadas; foi  alf mil, CCAÇ 4142, Gampará, 1972/74; continuamos a aguardar que ele nos mande uma foto desses tempos heróicos para o apresentar formalmente à Tabanca Grande.


3. Mensagem recente (8 de abril) do nosso camarada Virgílio Valente


Caro Luís Graça,  olá!

Também me comprometi contigo e ainda não cumpri. Tenho fotos dos "Herdeiros de Gampará" que vou tentar enviar, depois de fazer um scan. Também tenho a história oficial da Companhia, do arquivo militar, donde constam os nomes dos camaradas que por lá passaram!
Infelizmente estes últimos dois anos têm sido árduos e o tempo tem escasseado, mas vou cumprir o que te prometo. Mais vale tarde que nunca.

Abraço de Macau.
Virgílio Valente

«Se quer ir depressa, vá sozinho! Se quer ir longe, vá junto!» (Provérbio Africano)
«If you want to go fast, go alone! If you want to go far, go together!» (African Proverb)

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Notas do editor:

(*) 15 de agosto de 2013 > Guiné 63/74 - P11941: Em busca de... (227): Pessoal da CCAÇ 4142, "Herdeiros de Gampará", Gampará, 1972/74 (Joviano Teixeira, residente em Tavira)

(...) De: Joviano Teixeira  

Data: 11 de Agosto de 2013 às 16:27
Assunto: Pedido

Boa tarde, camarada

Desde que voltei da Guiné que não sei nada dos meus camaradas. Apenas sei que quase todos eram da região norte: Lamego, Mondim de Basto, Viana do Castelo, Porto etc.

Pertenci à CCÇ 4142, "Herdeiros de Gampará", Gampará, Guiné. 1972/74.

Se te for possível localizar alguém, nomeadamente saber o local e data do próximo encontro, agradeço.

Resido em Tavira e, como disse, nunca mais soube da malta.

Obrigada pela dedicação (já visitei o blogue e gostei).
Cumprimentos, Joviano.

(**) Último poste da série > 4 de maio de 2015 > Guiné 63/74 - P14566: Tabanca Grande (462): Arnaldo Guerreiro, sold cond, Pel Rec AML 2024, "Cavalos de Aço" (Bula, 1968/69)... Grã-tabanqueiro n.º 686

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Guiné 63/74 - P14267: Feliz Ano Novo Chinês 新年快樂 Happy New Year - Cabra 羊 Goat (Virgílio Valente / Wai Tchi Lone, ex-alf mil, CCAÇ 4142, Gampará, 1972/74)

1. Mensagem do nosso camarada Virgílio Valente [Wai Tchi Lone, em chinês], que vive e trabalha em Macau,, há mais de 2 décadas;  ex- alf mil, CCAÇ 4142, Gampará, 1972/74; foto atual à esquerda; agradecemos e retribuímos os votos de  Feliz Ano Novo Chinês, e fazemos, da nossa partem votos para que seja no ano da Cabra que o nosso camarada Wai Tchi Lone nos mande as prometidas fotos de Gampará ou do tempo da tropa para a gente formalizar a sua entrada na Tabanca Grande]:


Data: 16 de fevereiro de 2015 às 16:31

Assunto: Feliz Ano Novo Chinês 新年快樂 Happy New Year - Cabra 羊 Goat


Feliz Ano Novo Chinês
Happy New Year
新年快樂
Boa Saúde
Good Health
身體健康
Kung Hei Fat Choi
恭喜發財



«如果你想要去的快,一個人去! 如果你想要走多遠,走起來!»

«Se quer ir depressa, vá sózinho!   Se quer ir longe, vá junto!» (Provérbio Africano)

«If you want to go fast, go alone!  If you want to go far, go together!» (African Proverb)

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Guiné 63/74 - P14076: Blogpoesia (397): O meu Menino Jesus Chinês... com votos de Feliz Natal e um Bom Ano 2015 para todos os camaradas (António Graça de Abreu, ex-alf mil, CAOP1, Teixeira Pinto, Mansoa e Cufar, 1972/74)






República Popular da China > Agosto de 2009 > O António Graça de Abreu com a esposa,. a dra. Hai Yan (aqui ao seu lado direito) e com uns primos da província de Huan... Na segunda fila, de pé, à esquerda, um jovem casal com um filho pequeno, que são seus cunhados; à direita, os seus dois filhos, Pedro e João.



Texto e fotos ©: António Graça de Abreu (2014). Todos os direitos reservados


1. Mensagem do António Graça de Abreu, com data de 16 do corrente:


Depois da Guiné 1972 a 1974, veio a China de 1977 a 1983. E continua, até hoje, com a Guiné mais distante.

Este Menino Jesus podia ser manjaco ou bijagó, balanta ou papel. É o Menino, Senhor do Mundo, que celebramos todos os anos.

Feliz Natal a todos os camaradas da Guiné

António Graça de Abreu

Alf Mil em Teixeira Pinto, Mansoa, Cufar, 72/74.
___________

Nota do editor:


quinta-feira, 25 de setembro de 2014

Guiné 63/74 - P13649: Os nossos seres, saberes e lazeres (74): Viagem à China, num programa da Fundação Oriente: o "bando dos guatro", eu, o António Graça de Abreu, o António Pimentel e o Egídio Lopes, o "Brutus"... E onde se comprovou, mais uma vez, que o Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (Fernando Gouveia)



Egídio Lopes, António Graça de Abreu, António Pimentel e eu próprio antes do primeiro almoço em terras do dragão.



1. Relembrando a mensagem do nosso camarada Fernando Gouveia (ex-Alf Mil Rec Inf, Bafatá, 1968/70) com data de 21 de Setembro de 2014:

Carlos:


Com vista a satisfazer a voragem do blogue, qual dragão chinês, aí mando este duplo trabalho, da apresentação de um novo tabanqueiro, o Egídio Lopes, e duma viagem à China a qual está interligada com a apresentação do Egídio.

Dado o seu grande tamanho, em termos de fotos, faz a publicação como entenderes.

Com um grande abraço.
Fernando Gouveia


VIAGEM À CHINA

Vai daí, logo no início do “périplo”, em Hong kong, nós três, já conhecidos da Tabanca Grande, demos de caras com o Egídio Lopes(*) quando estávamos a caminho do primeiro almoço em terras do dragão.

Almoço que se ia realizar num grande e típico barco fundeado entre a parte continental e a ilha de Hong Kong. Logo aí tiramos a primeira “foto de família”, com o dragão como protecção.

Este encontro não foi bem por acaso. Deveu-se em grande medida ao facto de o António Graça de Abreu ser o “guia cultural” da viagem promovida pela Fundação Oriente. Era sabido à partida que havia a garantia de estarmos, por ventura, ao lado do português com maior conhecimento de toda a China ou, não tivesse vivido na China largos anos e fosse autor, entre outros, do livro “Toda a China” em dois volumes.


Muito de passagem, direi que Hong Kong constituiu, para mim, uma grande surpresa. Não é só aquele aglomerado de arranha-céus bem conhecido. Ao contrário de Macau, segunda etapa da nossa viagem, que se restringe à cidade, Hong Kong tem bastante território continental o que torna possível observar a cidade de cima de vários morros, não deixando de fazer lembrar a “cidade maravilhosa” do Rio de Janeiro.


Hong Kong vista de um dos morros … e o Pimentel.

Com Macau passou-se o mesmo. Embora mais densamente urbanizada dada a sua pequenez territorial, também a achei uma cidade mais interessante do que imaginava. Com vista ao aumento do território, as ilhas de Taipa e Coloane foram unidas formando uma só, pois aterraram o canal entre as duas ilhas. Aí se situa o maior casino do mundo, o Venetian. Do complexo desse casino fazem parte, o maior hotel de suites do mundo e também um grande centro comercial recriando os canais de Veneza. Será de realçar que nas amplas e aparentes zonas ao ar livre, o céu observável é artificial, tendo-se uma certa dificuldade em distinguir a diferença.

Quanto à presença portuguesa apenas foram observadas algumas pedras: As de algumas ruas com “calçada portuguesa”, o Leal Senado e as ruínas de S. Paulo, onde tiramos a segunda fotografia de família.


Os quatro nas ruínas de S. Paulo.

A terceira etapa começou com a ida de autocarro para o aeroporto de Guangzhou (Cantão) para tomarmos o avião com destino a Guilin.

A zona de Guilin, nas margens do rio Li é, em termos paisagísticos, das mais interessantes da china. Morros fantasmagóricos aparecem por centenas de quilómetros em redor e que tivemos o privilégio de os observar durante um cruzeiro que fizemos ao longo do rio Li. As zonas planas e alagadiças nos intervalos dos morros são na sua maioria para o cultivo do arroz.

Resultado das recentes políticas de liberalização da economia, este cultivo foi de tal modo incrementado que esta região de Guilin abastece de arroz toda a China e grande parte dos países de todo o mundo.


Durante o cruzeiro no rio Li.

Se na “nossa” Guiné havia, ou há, cerca de trinta etnias, na China há cerca de cem. Se na Guiné, como é sabido, cada etnia, ou pelo menos grupos de etnias têm línguas diferentes e as que têm escrita será também diferente, na China essas quase cem etnias a falar não se entendem, porém, salvo as devidas excepções, a escrita é comum a todas elas. Um tanto ou quanto por força dos dirigentes houve uma uniformização dos ideogramas acontecendo que cada carácter chinês significa o mesmo para a maior parte dessas etnias.
Também eu, depois de muito treinar como se dizia em mandarim “olá”, em nenhuma loja de chineses, cá em Portugal, me entenderam, quando os saudava com o correspondente “niau”, “ni au”ou “nihau”.

Acabavam por dizer à maneira deles um “niau” que para mim era o que eu tinha dito… Seria, ou porque não falavam mandarim e provavelmente cantonês ou qualquer outra língua de uma diversa etnia. As diferentes palavras, escritas da mesma forma, ditas, têm várias nuances, ininteligíveis de etnia para etnia.

Positivamente deixei de tentar dizer fosse o que fosse pois nunca me entenderiam. Tive porém o prazer, uma certa felicidade, de entender um chinês que à saída de um restaurante respondendo à sua mulher disse: “Usse”. Tinha estado a chover e a sua mulher ter-lhe-ia perguntado se ainda chovia e como tinha parado de chover ele, olhando para o céu, respondeu “não”.

Toda esta dificuldade de entendimento não terá razões gramaticais. Do pouco que estudei sobre a língua chinesa achei a sua gramática muito simples. Tal como na Guiné, e puxando a brasa à minha sardinha, para se escrever, em crioulo, “Encontros e Desencontros”, utiliza-se uma mesma palavra, Kontra precedida, primeiro, da partícula Na (de afirmação), e depois da partícula Ka (de negação), portanto, “Na Kontra Ka Kontra”.

Para não ir muito longe direi que no chinês os verbos só têm a forma do infinito e duas partículas, uma para indicar passado e outra para indicar futuro. Quer pela dificuldade de pronúncia e da escrita considero o chinês intragável. Coitadas das criancinhas que, pelo menos terão que decorar cerca de dois mil caracteres dos mais de oito mil que existem.


O “bando dos quatro” no átrio do hotel de Guilin com uma “bajuda” da etnia minuritária “miao”.


De Guilin seguimos de avião para Hangzhou a cerca de 250km de Xangai, uma cidade com cerca de oito milhões de habitantes com imensos parques e um lago, o Lago Oeste que, com as suas margens, foi declarado Património Mundial. As suas margens, ao longo de muitos quilómetros, têm os mais diversos motivos de interesse, principalmente pela manhã, vendo-se grupos a dançar, a tocar, a passear os “filhos únicos” de que falarei mais à frente a jogar variadíssimos jogos.

Cabe aqui e desde já referir que, quer aqui e em todos os locais onde estivemos, é impensável ver qualquer “lixinho” no chão. Da mesma forma as bermas das estradas estão rigorosamente limpas. Sob esse aspecto a China mais uma vez me surpreendeu.

De Hangzhou fomos de autocarro para Xangai, parando em Zhujiajiao, povoação lacustre, com vários canais e pequenas pontes com mais de mil e setecentos anos de história e com certas semelhanças a Veneza.


Numa “gôndola” local, o “Brutus” já rendido ao proletariado.

Chegados a Xangai e instalados no hotel ainda percorremos ao lusco-fusco uma rua pedonal larguíssima, com cerca de quilómetro e meio, coalhada de gente, para ir ver a zona de arranha-céus, Pudong, que caracteriza a cidade e que fica na margem direita do “pequeno” rio afluente do Yangtze, aliás onde existe uma das pontes maiores do mundo.


A rua pedonal.


Pudong, do outro lado do rio Huangpu, visto de Puxi. À direita o segundo edifício mais alto do mundo.

No outro dia fomos mesmo a Pudong ver de perto todos aqueles arranha-céus, mas nessa altura o que me prendeu a atenção foi a problemática do “filho único”, tirando imensas fotografias.

Como é sabido aqui há uns anos, na China, foi imposta a lei do “filho único”. Recentemente o governo arrepiou caminho e liberalizou a questão permitindo que cada casal possa ter dois filhos e parece que até um terceiro se o segundo for menina dada a sua “escassez”.

A história da alta natalidade dos muçulmanos e os problemas que estes lhes têm causado também deve ter contribuído para essa tomada de posição.

Acrescentarei duas coisas: Primeiro, neste momento os casais chineses nem um filho querem ter; Segundo, os filhos únicos aparentemente têm todos eles um ar altamente mimado, ao ponto de na TV local passar um anúncio sobre um qualquer produto em que um “filho único” fazia mil e uma condenáveis tropelias numa habitação. Já se imaginou que os filhos dos “filhos únicos” não vão ter primos? E o possível agravamento do narcisismo quando adolescentes e adultos?






Alguns “filhos únicos”. Apesar de lindos, a situação não deixa de ser constrangedora.

Em Xangai visitamos o essencial, o seu museu, considerado o melhor da China e a parte antiga onde, entre muitos outros edifícios do século XIX, apreciamos o edifício mais alto, com quatro pisos, dos fins desse século. Aqui o entusiasmo era grande e não evitamos tirar outra foto de família. Visitámos vários templos budistas e taoistas sempre com edifícios profusamente decorados.


Novamente o “bando dos quatro” na Xangai antiga.

A última etapa desta maravilhosa viagem seria Pequim. A Grande Muralha esperava por nós, bem como a Cidade Proibida.

A Grande Muralha, pelo facto de só ter acesso ao público pequenos troços, constituiu, pelo menos para mim uma decepção, pois contava percorrer uma maior extensão. O que muita gente desconhecerá é que pela mesma altura foi feita uma obra que em grandeza e importância não fica atrás da Grande Muralha. Trata-se de um canal, com cerca de 1800 km, entre Pequim e perto de Hangzhou a sul de Xangai, mandado construir no ano de 605. Uma autêntica auto-estrada fluvial para transporte de todas as mercadorias.

A emoção que não senti na Muralha, viria a senti-la na Praça Tiananmen. Talvez não fosse pela sua grandiosidade mas tão só pelas conotações políticas: O retrato do Mao pendurado por cima da porta principal da Cidade Proibida, a grande avenida, com mais de 40km, que passa entre a grande praça e a entrada da Cidade Proibida onde foi protagonizada a cena dum chinês a enfrentar um tanque, muito contribuíram para esse sentimento.


O “bando dos quatro” já dentro da Cidade Proibida, notando-se uma certa “paz celestial”.

A Cidade Proibida, de dimensões a condizer com o tamanho da própria China, é constituída por uma enorme quantidade de pátios que separam as diversas dependências da Cidade Proibida que por si constituem autênticos palácios. O principal para o imperador, outros para os príncipes, para as concubinas, para os eunucos, diversos servidores, guardas e por aí fora.

Ao longo das estradas que percorremos pudemos apreciar a preservação das florestas de bambus e outras sem esquecer, no entanto, que a China é o maior importador mundial de madeira e como é sabido a Guiné-Bissau tem sido espoliada, pelos chineses, desse recurso natural.

Em todos os pontos turísticos observavam-se autênticas multidões. Eram turistas, porém chineses e na maioria da província. Vinham como nós acompanhados com guias. Muitos olhavam para nós como se nunca tivessem visto um ocidental. Um miúdo chegou a chamar a atenção dos pais apontando para os seus olhos querendo dizer que eram diferentes dos nossos. Várias vezes, principalmente os miúdos, nos pediram para tirar fotografias com eles, sendo o Pimentel o mais pretendido…

Em conclusão direi que a China, em todos os aspectos se revelou uma surpresa. Do comunismo nada se viu, antes pelo contrário. Neste momento, dada a abertura da economia, qualquer chinês pode criar uma empresa, ganhando o que quiser. Além de inúmeros prédios de arquitectura vanguardista, viram-se mansões de gente endinheirada como é difícil ver noutros países. Também qualquer estrangeiro pode montar qualquer negócio desde que associado a um chinês maioritário. A ideia com que se ficou foi de um país muito desenvolvido, amante da natureza e da limpeza, porém cumpridor das leis em excesso.

Como já referi nas avenidas processava-se um trânsito infernal de carros de alta cilindrada a par de algumas bicicletas a pedal e milhares, ou milhões, de motorizadas porém todas, mas mesmo todas, eléctricas. Ruído zero.


A natureza no nosso hotel em Pequim.




Exemplos de prédios vanguardistas em Pequim. O Cubo de água e o ninho de pássaro (dos Jogos Olímpicos), o edifício da televisão do Arq. Rem Koolhaas e outro da Arqa. iraquiana Zaha Hadid.

Fotos, texto e legendas ©: Fernando Gouveia (2014).  Todos os direitos reservados

Um grande abraço a todos.

Fernando Gouveia
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Nota do editor

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