Mostrar mensagens com a etiqueta Manuel Maia. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Manuel Maia. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Guiné 63/74 - P9053: Blogpoesia (169): Sopa quente, depois de três noites de relento (Manuel Maia)

1. Em mensagem do dia 13 de Novembro de 2011, o nosso camarada Manuel Maia (ex-Fur Mil da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4610, Bissum Naga, Cafal Balanta e Cafine, 1972/74), enviou-nos este poema intitulado Sopa quente.


SOPA QUENTE

Três noites de relento e me marimbo,
p`ras frias madrugadas de cacimbo,
que a aragem "curte" o corpo e até conserva...
Estou farto é de enlatados, de rações,
três dias sempre as mesmas refeições,
sardinha, atum, dobrada, que já enerva...

A sede é implacável, marca pontos,
desfalecidos, quase, e sempre prontos,
p`ra mais um gole d`água que não há...
No charco vislumbrado por alguém,
cantil é atestado, vejam bem,
com líquido amarelo, cor de chá...

Pastilhas despejadas modificam
o visual nojento e "pacificam"
as consciências pela ingestão...
Brutal desinteria acometeu,
o cabo Pinto que desfaleceu
levando a antecipar regresso então...

Chegados ao quartel, nem sopa quente,
iria ser servida àquela gente,
para um "lavar de tripas", de conforto...
De pronto me insurgi p`la afirmação
de estarmos abonados de ração,
ouviu-me o vaguemestre a "falar torto"...

Casqueiro com fiambre e sopa quente,
decide o capitão, que num repente,
firmeza quis mostrar na decisão...
Cem anos qu`inda dure, não olvido,
o ar do velho Ginja, algo aturdido,
p`la força que emprestei p`ràquela acção...

Manuel Maia
____________

Notas de CV:

Vd. último poste da série de 12 de Novembro de 2011 > Guiné 63/74 - P9031: Blopoesia (168): Chamava-se Zé Santos (Manuel Maia)

sábado, 12 de novembro de 2011

Guiné 63/74 - P9031: Blogpoesia (168): Chamava-se Zé Santos (Manuel Maia)

1. Em mensagem do dia 10 de Novembro de 2011, o nosso camarada Manuel Maia (ex-Fur Mil da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4610, Bissum Naga, Cafal Balanta e Cafine, 1972/74), enviou-nos este poema dedicado ao seu camarada Zé Santos, capturado e assassinado pelo PAIGC:


ZÉ SANTOS

Chamava-se Zé Santos, Deus o tenha!
soldado atirador, qual acha ou lenha,
p`ra alimentar a pira feita guerra...
No álcool encontrava a anestesia
p`ra esconder medos, pão de cada dia,
saudades da família, lá na terra...

Casado, já com filhos, e tão novo,
Zé Santos fora humilde homem do povo,
p`ra guerra conduzido, sem querer...
Em dia de anos, copo a mais já "ganho",
descalço, tronco nu, calções de banho,
na densa mata entrou p`ra se perder...

Sentindo alguém que o Zé levou sumiço,
desapareceu qual fumo, por feitiço,
na mata o procuramos bem aramados...
Cafal, zona perigosa, Cantanhez,
reduto onde o IN mostra altivez,
debalde, regressamos desolados...

Dias depois, montada operação,
caçados são dois "turras" logo à mão,
qu`informam do destino dado ao Zé...
População hostil o apanhara,
e às tropas do partido o entregara,
levado p`ra Conakry, outra Guiné...

Juraram uns, na rádio ter ouvido,
após captura, o Zé desaparecido,
vontade de o ter vivo, a ligeireza...
Mistério se adensou sobre o seu caso,
não apareceu jamais, nem com atraso,
soldado Santos, morto concerteza...

Aqui, com ódio, acuso os responsáveis,
civis e militares entre os "notáveis"
indignos sevandijas, sem perdão...
Nos trinta e sete anos decorridos,
nem corpos resgatásteis, vis bandidos,
daqueles que tombaram p`la Nação...

Que desteis, miseráveis, vil escória,
aos orfãos do visado desta história,
e à viúva jovem p`ros criar ???
Palavras ocas, vãs, dissimuladas,
capazes de ir mantendo silenciadas,
revoltas mais que justas, de bradar...

A vós vivendo sempre pendurados,
no guarda chuva público grudados,
com gordas, bem opadas sinecuras...
Escarro- vos na cara sem vergonha,
de esgares e de sorrisos feitos ronha,
p`ros outros, vidas prenhes de amargura...

Descansa em paz onde estiveres, camarada.
manuelmaia
____________

Notas de CV:

(*) Vd. poste de 1 de Novembro de 2011 > Guiné 63/74 - P8978: Blogpoesia (166): Azar... (Manuel Maia)

Vd. último poste da série de 12 de Novembro de 2011 > Guiné 63/74 - P9028: Blogpoesia (167): K3, de Nuno Dempster: excerto: "Capitão, meu capitão, não nos deixes sós!"

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Guiné 63/74 - P8978: Blogpoesia (166): Azar... (Manuel Maia)

1. Em mensagem do dia 31 de Outubro de 2011, o nosso (reaparecido) camarada Manuel Maia (ex-Fur Mil da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4610, Bissum Naga, Cafal Balanta e Cafine, 1972/74), enviou-nos este seu poema em sextilha a que deu o nome de Azar, no Sul, acrescentaríamos nós:


AZAR...

Saído dos confins, trás do sol posto,
corria a mais de meio o mês de Agosto,
p`ra rendição dum morto foi enviado...
José, foi sua graça de baptismo,
o praça "trinta e um por algarismo",
destino p`ra Guiné teve traçado...

Na terra lhe disseram, "põe-te a pau"...
cuidado com os turras de Bissau...
Que eu já por lá passei, caro vizinho!
Ao fim de cinco dias, mar revolto,
o cheiro a vomitado nele envolto,
tresanda mesmo sem sequer ser vinho...

Mal postos pés em terra, mui cansado,
do baldear do barco aliviado,
reclama a cama ao corpo a sensatez...
Adidos foi local de breve pausa,
doença nem sequer foi posta em causa,
tem falta de efectivos, Cantanhez...

P`ro Sul irás de barco, bem cedo!
(dormir não conseguiu, tanto era o medo...)
e à hora lá embarcou com saco e mala...
A bucha da manhã, café/casqueiro,
num vómito quiçá seu derradeiro,
deixou vazio estomago/magala...

E enfim chegado à zona Tombali,
descarregado o barco, sai dali,
em Berliet de azar que pisa mina...
Co`a foice o agarrou, ladina a morte,
José, magala triste, homem sem sorte,
morrer logo à chegada a sua sina...

Notícia má à terra chega cedo,
tombado foi na guerra homem sem medo,
diz telegrama lido pelo prior...
Sustento, amparo só de mãe doente,
viúva, sem o ser, de homem ausente
agora fulminada pela dor...

Pergunto aos generais, hoje tropeços,
escondidos na cagança de adereços,
dos p`rigos sempre ausentes nessa altura...
Sentis ou não remorsos desse tempo?
vós p`ra quem guerra foi um passatempo,
sem p`rigos e de grande sinecura?
____________

Notas de CV:

(*) Vd. poste de 29 de Setembro de 2011 > Guiné 63/74 - P8835: (Ex)citações (149): Riscando os dias do calendário e ouvindo, até à exaustão, o Mendigo do José Almada, nos em bu...rakos do Cantanhez (Manuel Maia)

Vd. último poste da série de 1 de Novembro de 2011 > Guiné 63/74 - P8975: Blogpoesia (165): As listas negras de Portugal (J.L. Mendes Gomes)

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Guiné 63/74 - P8835: (Ex)citações (149): Riscando os dias do calendário e ouvindo, até à exaustão, o Mendigo do José Almada, nos em bu...rakos do Cantanhez (Manuel Maia)



1. Comentário,  ao poste P8828,  do Manuel Maia (ex-Fur Mil da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4610, Bissum Naga, Cafal Balanta e Cafine, 1972/74; nosso bardo do Cantanhez. foto acima, em Cadiquel; autor da única história de Portugal em sextilhas que eu conheço):

Camarigo Juvenal,

Este é o segundo comentário que faço, uma vez que o anterior, inexplicavelmente, decidiu fazer pirraça e na hora de aparecer editado,fugiu algures para o éter...  Consequências da minha nabice informática ? Mais que provável, apesar de por vezes me apetecer dizer que há censura na blogosfera...

Pois este teu texto teve o condão de fazer "acordar" algo que estava hibernando, faz tempo, nas gavetas da memória (*)...

O toque de alerta foi Carlos Santana, que quando ouvia me fazia sonhar vir a ser um executante quase mago como era o seu estatuto de instrumentista...

Na minha juventude,certamente como muitos milhares, andei "armado" em guitarrista em conjuntos (de pseudo-música...) aqui pela terra.

Um dia acordei, e entendi que me devia penitenciar pelo mal que fiz aos ouvidos de quem me via e ouvia "arrancar",  na EKO vermelha e preta, uns ruídos que pretensamente, na altura, poderiam ser confundidos com música.

Decidi "ir tocar para outra freguesia", beneficiando assim quem tivera a infelicidade de assistir (sem arremessar objetos...) àquilo que pretensamente achávamos ser arte (eu e os outros iludidos músicos,obviamente)...

Mas dizia eu que, nessa altura, ouvia Santana, Rolling Stones, Beatles, Credence Clearwater Revival, Hollies, Hermans Hermits, Shadows, e tantos, tantos outros...

"Embebedava-me" (de tanto as ouvir) com as canções do Zeca, Adriano, Cília e outros baladeiros da contestação da épocal, para além de um que tinha uma particularidade,  que era o facto de falar "axim" como em "Bijeu" (essa bela Viseu que me fascina). Chamava-se José Almada e tinha um single gravado que nunca me cansava de ouvir aquando da minha presença no Cantanhez (**).

Um dos títulos era "Mendigos" [, vd. aqui vídeo no You Tube]... É que o nosso ar miserável, de barba por fazer, roupas já rotas, e esfaimados, poderia perfeitamente ter servido para capa do disco.

A cassete (que de tanto uso envelhecera) fora-me enviada pela namorada, hoje mulher, e veio a acompanhar o calendário que fizera em papel quadriculado, que enviava em cada carta, que era devolvido na resposta e onde riscava os dias entretanto passados.

O prazer de fazer essas cruzes, muitas de uma vez, riscando os dias,  dava-me alento para os que faltavam riscar...

Obrigado por teres feito acordar este momento.

abraço
Manuel Maia [, foto atual, à esquerda]


[ Revisão / fixação de texto / título: L.G.]


___________________

Notas do editor:

(*) Último poste da série > > 12 de Agosto de 2011 > Guiné 63/74 - P8665: (Ex)citações (148): Licenciamento e desmobilização dos Comandos Africanos (Joaquim Sabido)

(**) Sobre o cantor português José Almada (n.1951):

José de Almada Guedes Machado nasceu em Guimarães no dia 6 de Setembro de 1951. Gravou, em 1970,  o LP "Homenagem", com arranjos e direcção de Pedro Osório, para a editora ZIP-ZIP. É editado ainda o EP "Mendigos" (1971).

Grava, em 1971,  o EP "Vento Irado" [, foto da capa, à esquerda, cortesia do blogue Ié-iéque,],  logo proibido pela Censura. Mobilizado para o ultramar, regressa após o 25 de Abril.

Em 1975 grava o álbum "Não, Não, Não Me Estendas a Mão" para a Decca (Valentim de Carvalho).

Para saber mais sobre o José Almada, hoje, clicar aqui.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Guiné 63/74 - P8672: O Nosso Livro de Visitas (115): António Agreira (ex-Fur Mil Trms, CCAÇ 4544, Cafal Balanta, 1973/74)

1. Mensagem do nosso camarada António Agreira, ex-Fur Mil TRMS da CCAÇ 4544/73, Cafal, 1973/74, com data de 8 de Agosto de 2011:

Em primeiro lugar os meus cordiais cumprimentos.

Chamo-me António Agreira e nasci a 16 de Maio de 1951 em Coimbra.

Camaradas, tive conhecimento da existência deste blogue pelo Manuel Moreira da CART 1746. Claro que na primeira oportunidade fiz uma visita!

Foi sem dúvida com alguma emoção que revivi alguns momentos passados em Cafal Balanta. Aproveito desde já para enviar um forte abraço ao Coronel Prata e ao Manuel Antunes, assim como a todos os camaradas da CCAÇ 4544.

Fui incorporado no Exército em Outubro de 1972 e fiz o Curso de Sargentos Milicianos. Fui Furriel de Infantaria com a Especialidade de Transmissões. Depois de passar por Caldas da Rainha, Tavira, Coimbra e Lisboa, em Outubro de 1973 juntei-me à CCAÇ 4544 em Tomar, e em Setembro lá abalamos.

Recordo algumas situações mais complicadas durante a estadia em terras de Cafal Balanta, onde rendemos a CCAÇ 3565. Aproveito para enviar aos camarada da 3365 um forte abraço.

No dia em que nos deixaram entregues a nossa sorte partiram-nos logo o bico, e foi forte! Já mais para o fim da guerra não esqueço que a noticia da Revolta dos Capitães chegou à CCAÇ 4544 através dos meus serviços, às primeiras horas do dia 25 de Abril de 1974.

Neste momento estou fora de Coimbra, por isso não posso enviar fotografias,  o que farei logo que possível.

Para um contacto mais directo poderão os camaradas usar o n.º de telefone 912 550 634.

António Agreira
antonioagreira@sapo.pt


Vista panorâmica de Cafal Balanta. Na foto o nosso camarada Manuel Maia, ex-Fur Mil da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4610.
Foto: © Manuel Maia (2009) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados


2. Comentário de CV:

Caro camarada Agreira, muito obrigado pelo teu contacto e pela tua intenção de te juntares a nós nesta já imensa Caserna Virtual.
Se explorares o conteúdo deste blogue, criado pelo nosso camarada Luís Graça, encontrarás muitas histórias e fotografias, espólio já considerável, que conta um pouco daquilo que uma geração teve como destino, a guerra.

Poderás também contribuir com a tua parte, dando forma de texto e/ou fotografias às tuas memórias. Manda que nós publicamos.

Esperamos então as tuas fotos da ordem e uma pequeno texto de apresentação.

Recebe um abraço da tertúlia
Carlos Vinhal
____________

Nota de CV:

Vd. último poste da série de 2 de Agosto de 2011 > Guiné 63/74 - P8628: O Nosso Livro de Visitas (115): Arlinda Mártires, antiga leitora de português em Bissau (1993-98), poetisa, autora de Guynea

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Guiné 63/74 - P8506: Parabéns a você (284): Agradecimento à tertúlia (Manuel Maia)

1. Mensagem de Manuel Maia (ex-Fur Mil da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4610, Bissum Naga, Cafal Balanta e Cafine, 1972/74), com data de 4 de Julho de 2011:

Carlos,
Com o pedido de colocação no blogue, aqui vai o meu reconhecimento a todos.

Estive cerca de três semanas impossibilitado de aceder à máquina infernal, por razões que não interessa escalpelizar.

O certo é que,"recebida a alta", aqui estou para vos dar conta da minha incomensurável satisfação por me aperceber que afinal tenho muitos amigos dentro do blogue, a quem aproveito para saudar e agradecer os comentários e os mails pessoais recebidos, bem como as referencias no "tal de facebook" (uma máquina ainda mais infernal a que, confesso, não sei dar saída e da qual decidi fugir de forma sorrateira...) a propósito do meu aniversário ocorrido na passada quinta-feira.

Pude constatar do surgimento de um comentário escrito em maiúsculas e "assinado" (?) como AB, onde o pretenso alvo dos meus comentários motivados pela celebérrima expressão "A FRASE NO MÍNIMO INFELIZ...", consubstanciada na propalada história dos bandos escondidos atrás do arame farpado, teria "dado a mão à palmatoria" afirmando, inclusive, ter gostado de algumas críticas entre outras em que se sentiria injustiçado...

Segundo Luís Graça, a ser verdadeira seria uma atitude bonita, caso contrário um trabalho qualificado, a merecer o esquecimento do lápis azul que merecem sempre os escritos anónimos.

Independentemente de mais esta "tentativa de amolecimento" feita sabe-se lá por quem, devo dizer-vos, camarigos que não mudarei uma virgula daquilo que escrevi relativamente ao senhor em questão (instigado pelas ofensivas - por injustas - palavras à condição de militares milicianos de que todos nós, e especialmente os que tombaram, fomos alvo preferencial.)

A seu tempo vos darei conta disso através do meu novo livro, reincidência na via da sextilha onde desta feita a prosa tem também assento, a que dei o titulo "GUINÉ A TERRA QUE APRENDEMOS A AMAR".

Nele encontrareis alguma da controvérsia relativa ao assunto em questão bem como alguns "hinos" à fabulosa terra que tivemos o privilégio de conhecer.

Para todos vai um forte abraço de reconhecida amizade.
manuelmaia
____________

Notas de CV:

(*) Vd. poste de 30 de Junho de 2011 > Guiné 63/74 - P8486: Parabéns a você (280): Manuel Maia, o nosso bardo (Tertúlia / Editores)

Vd. último poste da série de 3 de Julho de 2011 > Guiné 63/74 - P8497: Parabéns a você (283): António Nobre, ex-Fur Mil da CCAÇ 2464/BCAÇ 2861 (Tertúlia / Editores)

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Guiné 63/74 - P8486: Parabéns a você (280): Manuel Maia, o nosso bardo (Tertúlia / Editores)

PARABÉNS A VOCÊ

DIA 30 DE JUNHO DE 2011

MANUEL MAIA


1. Com um abraço de parabéns do nosso camarada Miguel Pessoa:


************

2. Para o Manuel Maia com toda a admiração e amizade.


Um dia muito feliz junto dos teus familiares e amigos e que ele se repita por muitos e muitos anos.
Um abraço
Juvenal Amado




************


3. Da nossa amiga tertuliana Felismina Costa:


Meu caro amigo Manuel Maia!
É um prazer cumprimentá-lo ao completar mais um Aniversário Natalício, neste dia 30 de Junho de 2011.


Desejo que a vida lhe sorria sempre e o inspire, para continuar a cantá-la em verso ou em prosa, mas… cantá-la, porque… quando a cantamos, não só “espantamos o mal”, como participamos no seu colorido, e é por isso, que eu não deixo de a cantar!


Permita-me que transcreva uma pequeníssima…


Homenagem


Enquanto o Sol brilhar
E a água correr, 
O vento soprar
E a lua aparecer;
Enquanto eu ouvir
Os homens falar
E ver as aves voar,
Livres e belas,
Eu vou pendurar…
Colchas nas janelas!..


Felismina Costa
Outono de 2007


Permita-me, um abraço fraterno.
Felismina


************


4. Do nosso camarada Joaquim Mexia Alves:


Para o Manuel Maia


Hoje faz anos o nosso bardo
Para quem rimar não é um fardo
Mas antes um respirar, um viver…
Como a onda morre na praia,
Vive na rima o Manuel Maia,
Pois a rima é o seu ser…


Enquanto farto bigode vai cofiando,
As palavras vão saindo, vão rimando,
Tudo transformando em poesia…
E do pensamento ao papel,
É um só instante para o Manel
A quem o engenho e arte alumia…


Na folha branca já se vê o traço,
Que eu envolvo num abraço
A rima também tentando…
Parabéns, Manel amigo,
A poesia é contigo,
Da lei da morte te libertando…


30 de Junho de 2011
Joaquim Mexia Alves


5. Do nosso editor Luís Graça:


 O Manuel Maia é um membro activo do nosso blogue, quer como autor quer como comentador... É, como eu costumo, dizer, um "contribuinte líquido" do nosso blogue: lê, visita, comenta, alimenta, produz, consome, exporta, importa... É, além disso, um dos nossos grandes poetas.  Bardo do Cantanhez, lhe chamei eu. Também talentoso, direi mesmo genial,  autor de uma História de Portugal em Sextilhas... É igualmente  um façanhudo e temível polemista em verso, metendo-se facilmente ao barulho com aqueles por quem tem um ódio de estimação... (Esta faceta é a que eu menos aprecio, deixa-me ser sincero contigo, Manel!, embora reconheça que, em verso,  lutando contra quixotescos moinhos de vento e marés, às vezes agigantas-te qual Guerra Junqueira contra os bretões!... Em todo o caso, concordas facilmente comigo que este não é espaço ideal para a gente travar duelos de morte, e  muito menos fraticidas )...  


Tem, o nosso Manuel Maia,  cerca de 90 referências no nosso blogue... Nestes últimos tempos (há um mês e tal) ele  não tem dado notícias... O que para meninos como nós, já membros do Clube dos SEXA, é sempre de ficar com a orelha atrás da porta: (i) Será que o gajo anda desenfiado ?, (ii) Pirou de vez ?; (iii) Passou-se para (ou foi rapatdo por) o IN ?; (iv) Morreu de morte matada ?; (v) Anda apanhado do clima ?... Mil e uma dúvidas nos assaltam quando não temos notícias dos nossos camarigos...


No caso do Manel, eu só espero que ele esteja bem, pelo menos de saúde (física, mental, psicológica, sexual, poética, económica, financeira, espiritual...). E, especialmente hoje, que é o seu dia, a gente deseja (e mais: exige) que ele esteja em grande forma! Na forma, em grande forma, devidamente ataviado e fardado como manda a p... da sapatilha!

Hoje, o nosso querido camarada faz anos. Alguns amigos e camaradas que lhe são mais chegados (ou que estavam mais atentos e disponíveis) quiseram fazer-lhe antecipadamente  uma pequena surpresa, escrevendo-lhe duas palavrinhas bonitas, ou postando-lhe um "cartanito" (caso do Miguel, que não faz fretes a ninguém, a não ser aos "camarigos e conhecidos"),  para celebrar este dia de glória.  O meu muito obrigado a todos. Para o Manel, o nosso bardo, e para o resto do tabancal, muita saúde e longa vida!!!
  
 PS - O Manuel Maia está connosco desde Fevereiro de 2009... (Em termos poético-paleontológicos, diríamos que é já um dinossauro, do nosso blogue... Em todo o caso, em termos de cronobiologia, é um dinossauro júnior... Oxalá chegue à idade do Jurássico Superior, qualquer coisa como 150 milhões de... anitos!).
__________


Notas do Editor:


Manuel Maia foi Fur Mil na 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4610, Bissum Naga, Cafal Balanta e Cafine, 1972/74


Vd. último poste da série de 29 de Junho de 2011 > Guiné 63/74 – P8484: Parabéns a você (279): Santos Oliveira, nasceu a 29 de Junho de 1942 (Os Editores)

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Guiné 63/74 - P8218: Em busca de ... (160): Camaradas da CCAÇ 4544 (Cafal Balanta, 1973/74) (Manuel Santos Antunes / Catarina Antunes)



Guiné > Região de Tombali > Cantanhez> Cafal Balanta > 2ª CCAÇ / BCAÇ 4610 (1972/74) > O nosso bardo, Manuel Maia,  na "cova nua de Cafal" com a bolanha ao fundo. Foi a 1ª noite de Cafal...


Foto: © Manuel Maia (2009) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados


1. Mensagem de Catarina Antunes:

Data: 29 de Abril de 2011 12:31

Assunto: Contacto de um ex-combatente na Guiné_Manuel Antunes, Companhia de Caçadores 4544 - Cafal Balanta, 1973/74

Um bem haja a todos!

O meu pai é veterano de guerra do Ultramar na Guiné Bissau. Chama-se Manuel Santos Antunes, natural da Beira Alta. Assentou praça em Aveiro e a saída [foi]  em Tomar. Fez estágio em Cumuré e pertenceu à Companhia de Caçadores 4544 (Cafal Balanta, 1973/74).

Procurava camaradas desse tempo para relembrar velhos tempos, que ele ainda hoje recorda com tanto saudosismo! Já fiz uma procura no vosso blogue e não encontrei ninguém da mesma companhia... 

Entro eu, filha, em contacto com vocês porque o meu pai não é muito "dado" às novas tecnologias e prometo que da próxima vez que for a Lisboa trago uma foto antiga da Guiné, uma actual e uma história contada por ele!


Muito Obrigada
Um grande abraço para todos


Atenciosamente

Catarina Antunes
(Conservadora Restauradora)

Contacto: 914135700



2. Comentário de L.G.:

Cara amiga Catarina, obrigado por nos ter contactado. É muito lindo, da sua parte, o que está a fazer pelo seu pai. Temos muito gosto em receber, de braços abertos, mais um camarada da Guiné, aqui na nossa Tabanca Grande. Mande-nos, por e-mail, alguns fotos digitalizadas, do tempo da Guiné do seu pai. E uma mais actual, para os camaradas o (re)conhecerem melhor. E, claro, a pequena história da praxe. É possível que ele tenha (boas) histórias dos primeiros contactos com o PAIGC a seguir ao 25 de Abril... 


Temos, entre nós, um camarada que esteve em Cafal Balanta e que é um grande poeta, o Manuel Maia (ex-Fur Mil da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4610, Bissum Naga, Cafal Balanta e Cafine, 1972/74). Não sei se chegaram a estar juntos em Cafal Balanta. É possível, embora ele seja de 72 e o seu pai de 73.



Veja aqui o mapa de Cacine com a posição de Cafal Balanta. Temos pelo menos 15 referências a Cafal Balanta, incluindo fotos.


Sobre a unidade do seu pai (CCAÇ 4544/73), temos de facto poucas informações: sabemos que foi mobilizada pelo RI 15 (Tomar), que partiu para a Guiné em 23 de Setembro de 1973, e que passou pelo Cumeré, Cafal Balanta, Bolama e Bissau, tendo regressado a casa a 8 de Setembro de 1974. Esteve, portanto, um ano em missão de serviço na Guiné (o normal, no meu tempo, eram pelo menos 21 meses).

Os comandantes da CCAÇ 4544/73 foram dois:  Cap Inf  Carlos Alberto Duarte Prata; e  Cap Art José Manuel Salgado Martins. Era uma companhia indepente, não indo portanto integrada num batalhão.

Encontrámos ainda o seguinte elemento de contacto desta companhia, na página do nosso camarada Jorge Santos (Guerra Colonial)... Tente ligar para este número de telefone (eu ainda não consegui ligação; este camarada pode estar fora ou ter mudado de nº de telefone).

Manuel Jorge Rosete 
Telef 231 461 699 
_______________

Nota do editor:

Último poste da série  > 14 de Abril de 2011Guiné 63/74 - P8096: Em busca de... (158): Manuel Lino Sabino, procura notícias do pessoal da sua Companhia de Polícia Militar 3100 (Sousa de Castro)

domingo, 1 de maio de 2011

Guiné 63/74 - P8196: As Nossas Mães (14): O Dia da Mãe (Manuel Maia)

1. Mensagem de Manuel Maia (ex-Fur Mil da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4610, Bissum Naga, Cafal Balanta e Cafine, 1972/74), com data de 1 de Maio de 2011:

Carlos,
Sei que o abuso é grande pedindo que edites estas sextilhas para hoje, mas se houver alguma réstea de possibilidade...
Para cúmulo ainda terás de corrigir.

abraço
manuelmaia


O DIA DA MÃE

Uns chamam-lhe mamã, outros mãezinha,
Tal qual eu próprio o faço ainda à minha
Alguns, sentiram já sua partida...
Octogenárias vivas, linda idade.
P`raquelas de que resta só saudade,
Foi beijo emocionado/despedida...

Agradecer a vida recebida,
a quem nos carregou, enternecida,
É acto elementar que urge fazer...
Gerados, educados com amor,
com medos, sofrimento, muita dor,
p`los p`rigos que uma guerra fez temer...

P`raquelas cujas lágrimas secaram,
nos rostos de mortalha e ficaram,
sem ver os seus meninos outra vez...
Um beijo colectivo sai de nós,
guineus já veteranos, hoje avós,
p`ra minorar a dor desse revês...
____________

Notas de CV:

(*) Vd. poste de 4 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8046: Blogpoesia (140): Tabancas e Tabanqueiros (Manuel Maia)

Vd. último poste da série de 1 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8195: As Nossas Mães (13): Porque hoje é o Dia da Mãe (Albino Silva)

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Guiné 63/74 - P8046: Blogpoesia (140): Tabancas e Tabanqueiros (Manuel Maia)

1. Homenagem às nossas Tabancas, de Manuel Maia (ex-Fur Mil da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4610, Bissum Naga, Cafal Balanta e Cafine, 1972/74), enviada em mensagem de  30 de Março de 2011:


TABANCAS E TABANQUEIROS

Monte Real é império do cozido,
nos Melros há um cardápio bem sortido,
e a "Linha" faz do peixe uma bandeira...
Sardinha assada reina em Matosinhos,
p`ra além, claro está, d`outros peixinhos
e das famosas tripas, "à maneira"...


Monte Real por soba tem Mexia,
acolitado pela "confraria"
no ataque à vitualha ultra famosa...
Do grupo Gil e Silva (bela sede...)
Solar dos Melros, justas meças pede,
deguste da lampreia ali se goza...

Na "Linha", é Zé Dinis cipaio-mor,
que os pratos já conhece até de cor,
tal frequência tem daquele espaço...
P`ra Matosinhos régulo votado,
Álvaro Basto, um "garfo bem tratado",
comanda "camarigos" do abraço...
____________

Nota de CV:

Vd. último poste da série de 2 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8037: Blogpoesia (139): Eusébio, o babuíno de Bissum (Manuel Maia)

sábado, 2 de abril de 2011

Guiné 63/74 - P8037: Blogpoesia (139): Eusébio, o babuíno de Bissum (Manuel Maia)

1. Mensagem de Manuel Maia* (ex-Fur Mil da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4610, Bissum Naga, Cafal Balanta e Cafine, 1972/74), com data de  30 de Março de 2011:

Caro Carlos,
Aqui está de novo o chato do costume com mais umas sextilhas.

Eusébio era um babuíno que viva connosco no quartel, herdado de outras gentes, e que legamos a quem nos sucedeu, que tinha a particularidade de gostar de beber uns copos.
Como é sabido, não há almoços grátis...

Também nessa altura não havia borlas no copo, ou "pão p`ra malucos", como alguns diziam... pelo que Eusébio, assim se chamava o símio, se queria alimentar o vício, tinha de "vergar a mola"...

Sabido como qualquer político, Eusébio cedo se habituou a gamar para acudir à "vida social " que tinha.
Vai daí, à falta de obras de grande vulto com derrapagens a propósito, ou simples gravadores à mão, perante a inexistência de robalos à vista, contentava-se em roubar uns nhecs que depois trocava à malta por refrescantes loiras... vida difícil para quem, alcoólico anónimo, sentia sede com frequência...
Mas só largava a galinha quando agarrava a garrafa...

abraço
manuelmaia


EUSÉBIO O BABUÍNO DE BISSUM

Bissum tinha um enorme babuíno,
macaco cão ladrando qual canino,
acorrentado em corrediço arame...
Eusébio, herdou da bola a sua graça,
de guarda à oficina vê quem passa,
e acorre qual foguete a quem o chame...

Até aqui nada há de especial,
que é enorme a profusão deste animal,
de curioso tem gosto à bebida...
Eusébio, da cerveja um bom amante,
garrafa escorropicha em mero instante,
da loira por serviço recebido...

Mostrando ao dito Eusébio a garrafita,
sacramental palavra, nhec, dita,
liberto da coleira é de seguida...
O rumo da tabanca toma o símio,
(na arte de roubar um mestre exímio)
p`ra regressar com frango p`ra bebida...

Largando o nhec a loira chama a si,
macaco mais esperto que já vi,
Eusébio, de Bissum macaco cão...
"Ramada " em dia enorme de trabalho
com cinco ou seis visitas se não falho,
tombando, "ressonou" na ocasião...
____________

Notas de CV:

(*) Vd. poste de 12 de Março de 2011 > Guiné 63/74 - P7933: Blogpoesia (114): Medalha???, dedicado a um soldado metralhado (Manuel Maia)

Vd. último poste da série de 2 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8036: Blogpoesia (138): Ai Guiné, Guiné (10) (Albino Silva)

domingo, 27 de março de 2011

Guiné 63/74 - P8003: Parabéns a você (231): Carlos Vinhal e Eduardo Magalhães Ribeiro, os nossos queridos co-editores, fazem hoje 63 e 59 anos, respectivamente!

 ;






1. Os parabéns (sempre originais e ternurentos) do Miguel & da Giselda, o casal mais 'strelado', se não do mundo, pelo menos da nossa Tabanca Grande ('strelado', para quem chegou agora ao blogue, quer dizer  "o menos stressado") [, foto à esquerda]...


Por que hoje é dia de cantar os parabéns aos nossos dois camarigos e co-editores, Carlos Vinhal (63 anos) e Magalhães Ribeiro, ou Eduardo MR (59) (por ordem de antiguidade, que a antiguidade é um posto na tropa, como a gente dizia no tempo em que lá andou; e a propósito, não sabemos quem nasceu primeiro no dia, nem a que horas nasceram...).


Infogravuras: © Miguel Pessoa (2011) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados


 2. Como a equipa de piquete (o Carlos e o Eduardo) hoje está dispensados de serviço, cabe-me a mim fazer as honras da casa... Com alguma antecedência, mandei um bilhetinho, às escondidas, a todos os/as amigos/as, camaradas e camarigos/as, registados/as na nossa Tabanca Grande, e claro à revelia dos nossos aniversariantes... O bilhetinho dizia mais ou menos isto:




 "Os nossos queridos co-editores Carlos Vinhal e Eduardo MR fazem anos no próximo dia 27... É apenas um lembrete: se os camarigos que estão mais próximos deles quiserem escrever duas palavrinhas bonitas, mandem-se as vossas contribuições até 25 de Março, para o meu endereço pessoal"...


Os menos preguiçosos mandaram-me, em devido tempo, os seus postais de parabéns, nalguns casos, com fotos e ilustrações... Os mais preguiços (mas não menos amigos do Carlos e do Eduardo) poderão mandar-lhe os parabéns, através de comentários a este poste: como sabem, é fácil e barato.


A mim, como fundador e editor deste blogue [ foto à direita,], compete-me dizer duas ou três palavras, sem pompa nem circunstância: (i) só conheci o Carlos e o Eduardo através do blogue, em 2006; (ii) ao todo, devemo-nos ter encontrado, nestes anos todos,  menos de uma dúzia de vezes (nos nossos encontros anuais, na Ameira, em Pombal, em Monte Real; nos convívios da Tabanca de Matosinhos; uma ou outra vez em Lisboa ou no Porto; no 10 de Junho, no caso do Eduardo...); (iii) telefonamo-nos  com maior ou menor regularidade, sempre que é preciso; (iv) trocamos mails de serviço; e, no entanto, (v) eu tenho a sensação de ter estado com eles na Guiné, noutra encarnação qualquer, e sermos velhos camarigos de há muitos, muitos anos...  Em suma, é este o sortilégio do nosso blogue e das pessoas que o fazem, todos os dias, que aprenderam a trabalhar em equipa, que aprenderam a apoiar-se e a respeitar-se, independentemente das suas idiossincrasias, das suas diferenças, da sua história de vida...


Da minha parte,  não tenho dúvidas que o nosso blogue (e a sua longevidade) não seria o mesmo sem o seu labor, a sua dedicação, a sua humildade, a sua capacidade organizativa, os seus contactos, a sua lealdade, o seu espírito de missão... Acho que hoje é uma boa ocasião para lhes dizer isto, em público, já que é o seu dia, o seu dia de aniversário... E fá-lo em meu nome pessoal, mas também do nosso cartógrafo-mor, o Humberto e do outro co-editor, que nos tem acompanhado ao longo destes anos, o Virgínio Briote (com a colaboração possível, nos últimos tempos, mas sempre atento, disponível, útil e afectuoso)... E ainda, se eles  (e elas) mo permitirem,  em nome de todos os demais colaboradores permanentes e, por fim, de todos os demais camaradas, amigos e camarigos que pertencem formalmente à Tabanca Grande (o nosso "batalhão").


Carlos e Eduardo:  Como eu gosto de dizer, muita saúde e longa vida, porque vocês merecem tudo!... O espumante fica para o dia 4 de Junho, se a gente não se encontrar antes, nas férias da Páscoa, lá pela Tabanca de Matosinhos!... Um xicoração também para as  vossas caras metades, Dina e Fernanda, que são umas santas. (LG).
   


3. A prenda de anos do Mário Miguéis (que não precisa de grandes apresentações: ex-Fur Mil Rec Inf, Bissau,Bambadinca Saltinho, 1970/72; bancário reformado; talentoso cartoonista; vive em Esposende) [, foto à direita,]:


Conversa a dois, “quer-se dizer…”


Zé – Este gajo dos desenhos não sabe onde tem a cara!…


Tó – Bom, quer-se dizer…


Zé – O desenho do das minas, ainda vá que não vá… Agora, o do fadista…


Tó - ???...


Zé – E onde está o acompanhamento instrumental, seu ignorante do caraças?!...


Tó – Realmente, quer-se dizer….


Zé – Se fosse eu, punha até, a acompanhá-lo, os do conservatório de Lamego, que fazem o que querem de guitarras, violas e contrabaixos. Isso sim, era um desenho do caraças!... Já imaginaste, ó Tó!, o Joaquim, à viola, o Luís – o das armas -, à guitarra, … Eia, pá, só os dois já são uma orquestra…


Tó – Sim, sim, quer-se dizer…


Zé – E mesmo o fado que o gajo lhe pôs na boca está muito mal metido. Na minha modesta opinião, não é o mais indicado para o evento.


Tó - ???...









Texto e imagem: © Mário Miguéis da Silva (2010). Todos os direitos reservados




Zé – Então não ficava melhor - e nem era preciso sair de casa – aquela composição do Joaquim, “O regresso”, também conhecida por “Ninguém quer saber de nós”, gravada no início do mês passado?... Isto é que é um fado à boa maneira lusitana!...


Tó – Sim, sim, mas na Ribeira…


Zé – Isto, sim, é um exemplo paradigmático – ouviste bem, ó Tó? – é um exemplo paradigmático do fado assente nas nossas matrizes, nas nossas raízes musicais, desde o tempo dos Afonsinhos. Está ali tudo, ali naquela letra escrita por quem tem sensibilidade e conhecimento de causa, que não é coisa que esteja ao alcance de um qualquer. É a voz do povo a cantar as nossas ancestrais penas e trabalhos, a má fortuna e o amor ar… - bom, isso já é a outra parte da temática admitida. Enfim, e em resumo, estão ali patentes as agruras desta gente martirizada ao longo dos séculos.


Tó – Sim, sim, mas na Ribeira…


Zé – Estes artistas de vanguarda ou do raio que os parta andam para aqui a adulterar tudo, já nem o fado respeitam.


Tó – É verdade, Zé, na Ribeira…


Zé - Fala duma vez, caraças!... Na Ribeira, o quê?!...


Tó - Na Ribeira, até a letra do fado do Joaquim já alteraram.


Zé – O quê?!...


Tó – Sim, sim, quer-se dizer,... alteraram, mas vem tudo dar ao mesmo…


Zé – Vem tudo dar ao mesmo?!... Que raio de conversa é essa? Anda, desembucha de uma vez por todas!


Tó – É que lhe chamam o fado do “Ninguém nos liga um c……”, dizem que é a sua nova versom.


Zé – Ninguém nos liga um c……? (!!!)


Tó – Pois é, …


Zé - Bom, bom, … esses gajos são uns indecentes do caraças, mas não é por aí que o gato vai às filhós. Agora, cantar o fado de capa,…


… à lua e à capela, onde é que já se viu?!...


Esposende, 27 de Março de 2011
Mário Migueis


4. Joaquim Mexia Alves [, foto à esquerda, ainda do tempo de Guiné, 1972/73, quando jovem e esperanço fadista]

Para o Carlos Vinhal


- Oh Carlos, vem-te deitar homem!


É a voz da Dina, altas horas da noite a chamar pelo Carlos, que agarrado ao computador, já tem os olhos em bico.
- Oh filha, o que é que tu queres? Ainda tenho aqui mil duzentas e quarenta e nove recensões de livros do Beja Santos, trezentos e vinte e dois poemas do Manuel Maia e do Mexia Alves, os últimos cento e vinte e quatro episódios da série Na Kontra, Ka Contra, do Fernando Gouveia, fora os comentários e contra comentários dos camarigos, alguns deles a precisarem de “água na fervura”!
- Está bem, homem, mas podias deixar qualquer coisa para amanhã!
- Isso é que era bom! Se não me atiro a isto hoje, amanhã tenho aí trezentos mil mails do Luís Graça a perguntar pelos textos que esta malta vai mandando, e que ele para se livrar deles, atira para cima de mim!


E lá se embrenhou outra vez o Carlos no visor e no teclado do computador a pensar com os seus botões:
- Mas que raio de mal fiz eu, para aturar isto!... Bem, pensou ele, já só publico mais quatrocentos e vinte postes e depois vou para a cama.


Mas a Dina insistia:
- Oh Carlos, tu assim dás cabo de ti!
- Oh mulher, o que é tu queres? Estes gajos não têm nada que fazer e põe-se para aqui a parir textos, como quem arrota depois de beber uma coca-cola, e “ós despois” quem paga é aqui o desgraçado!...E não sabes tudo! Ainda tenho que aturar o Mexia, com a mania de se armar em defensor do blogue, a chatear porque esta merda está a descambar para a política e sei lá mais o quê! Raios parta o homem!... Calcula bem, que aquele gajo agora até me veio chatear porque na lista dos camarigos não estava lá que o gajo tinha pertencido ao Pel Caç Nat 52. Mas o gajo julga que eu não tenho mais nada que fazer, ou quê?


Deu um murro na mesa, levantou-se, e foi dar uma mija para acalmar os nervos. No regresso passou pelo quarto e ia dizer qualquer coisa à mulher, mas reparou que a Dina já dormia a sono solto.
- Carago, pensou ele, esta já dorme, e os camelos que escreveram esta gaita toda também já devem estar a dormir, e eu aqui feito parvo a trabalhar para eles! Eu não tenho idade para isto!


De repente lembrou-se que a partir da meia-noite, (que já tinha passado), fazia anos. Olhou para o lado e para trás, para ver se não estava ninguém a ver, e começou a cantar para ele próprio:
- Parabéns para mim,
nesta data querida,
muitas felicidades,
muitos anos de vida!


Hoje é dia de festa,
vou-me mas é deitar,
mando o blogue à merda,
ponho-m’a ressonar!!!


Foi então que de repente o visor do computador se iluminou, e quatrocentos e oitenta e três camarigos, atabancados na Tabanca Grande, apareceram a cantar:
- Parabéns para o Carlos,
nesta data querida,
muitas felicidades,
muitos anos de vida.


Hoje é dia de festa,
vamos lá a acordar,
já não te livras desta
tens muito que publicar!!!


Joaquim Mexia Alves
Monte Real


Para o Eduardo Magalhães Ribeiro


 Do alto do seu porte

aí temos o homem,
como um pau de bandeira
hasteando ao alto,
a sua frontalidade,
a sua sinceridade,
a sua amizade.


Ouve-se-lhe de dentro um grito,
uma revolta,
um bradar “às armas”,
porque se a guerra que foi sua,
já terminou,
o combate pela dignidade,
continua.


Outro grito ainda,
faz parte do seu viver,
é um hino,
uma vontade,
um só modo de ser,
que moldado à sua vida,
faz dele um garboso

Ranger.


Conhecem-lhe o nome,
a fala,
a firmeza,
num só corpo,
todo inteiro.


À passagem da caravana,
ladram os cães,
foge o mentiroso,
e o alcoviteiro,
porque fala o Magalhães
o tal,
que também é Ribeiro.


E aqui estou eu,
braços abertos,
sem espinhos,
(que não sou cardo),
gritando alegremente:
Parabéns para ti,
Eduardo,
meu Ranger aclamado!


Joaquim Mexia Alves
Monte Real






5. Vasco da Gama, o Tigre de Cumbijã, agora retirado em Buarcos [, foto à esquerda]: 




PARABÉNS, CAMARIGOS!


Separados por quatro exactos  anos, nasceram no mesmo dia – 27 de Março -  dois robustos meninos a quem os babados papás deram os nomes de Carlos e Eduardo, por esta ordem, pois a velhice é um posto a respeitar, não só nas fileiras do exército do nosso tempo, mas também na antiguidade no nosso Blogue.


Ambos estiveram na Guiné, o primeiro cumprindo comissão na íntegra de quase dois anos e o mais novo menos tempo, noutra altura, porventura com menor desgaste físico, mas cumprindo papel histórico de relevo ao ficar ligado ao final da guerra na Guiné.


Lá não se conheceram, tal como eu não conheci nenhum deles e se hoje, a par de mais umas centenas de camaradas, somos todos amigos e nos respeitamos, com pontuais excepções, concordando ou discordando a propósito disto ou daquilo, existe um denominador comum que cimenta essa união e amizade que a maior parte de nós comunga e que é o nosso Luís Graça e Camaradas da Guiné.


Em data de aniversário dos nossos editores não poderia dissociar neste escrito o nome do responsável por toda esta sucessão de acontecimentos que é o Luís Graça, ao ter tido a capacidade de criar a nossa Tabanca Grande, onde tantos de nós passam tanto tempo e cuja simples existência  criou laços de verdadeira amizade entre todos nós e potenciou também o aparecimento daquelas Tabanquinhas todas que vão nascendo e onde a malta se vai reunindo cada vez com maior assiduidade, porventura porque o tempo urge…


O Carlos e o Eduardo,  o primeiro  reformadinho como eu, o segundo ainda no exercício da sua profissão que o obriga por vezes a percorrer centenas de quilómetros por dia, são no seu ser e no estar pessoas diferentes, cada um com as suas características que os diferenciam, mas ambos de enorme dedicação a este excelente e generoso lugar onde vai sempre cabendo mais um.


Não interessa hoje e aqui mostrar as características de cada um dos nossos camarigos, mas antes e apenas relevar a  eficiência, dedicação e amor que ambos devotam ao nosso Blogue, sacrificando ao seu merecido descanso horas e horas que feitas de trabalho na edição e publicação dos escritos com que todos nós os brindamos, conseguem manter viva e com chama intensa a nossa Tabanca Grande.


O que pedem eles em troca?.  Nada!, quando se calhar tudo merecem, mas no mínimo uma palavrinha de agradecimento, um telefonema de quando em vez, uma mensagem com apenas um obrigado, não nos fica mal.


No dia de hoje, envolvo ambos, no mesmo abraço amigo,  o Carlos Vinhal e o Magalhães Ribeiro, tão diferentes mas tão iguais no servir, na solidariedade, na amizade, na irmandade, no interesse que devotam a esta nossa comunidade de combatentes da Guiné, personificando ambos nesta adjectivação o espírito que deve presidir ao nosso querido Blog. 


PARABÉNS CAMARIGOS e que a saúde vos acompanhe. Vasco






6.  António Graça de Abreu, o mais sínico (mas não cínico...) dos nossos tabanqueiros:


Luís, caríssimo


Estou há mês e meio sem blogue, isto agora é só China. Mas regresso na próxima semana a Portugal. (...) Fiz este texto para os os anos do Vinhal e do Magalhães Ribeiro. Creio que entra no blogue.
Desde Xangai, um abraço e até breve.
António Graça de Abreu


Carlos e Eduardo:


Desde Xangai, encavalitado num dos cinco mil arranha-céus da cidade, um fortíssimo abraço de parabéns aos dois meninos Carlos Vinhal e Magalhães Ribeiro, gente boa das minhas ditosas e amadas terras do norte. Ai Porto, Porto!...


Do coração, desejo muitos mais anos de vida e que nos possamos encontrar em breve na Tabanca de Matosinhos,em Monte Real ou quem sabe, na futura Tabanca de Xangai... 


O vosso,
António Graça de Abreu




7. Fernando e Regina Gouveia [, foto à esquerda, Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria,  IV Encontro Nacional da Tabanca Grande, 20 de Junho de 2009 ]:


Caro Luís: O nosso contributo para o aniversário é o que se segue.  Um abraço. Fernando Gouveia e Regina


Dia 27 de Março:


- Dia Mundial do Teatro
- Em 1513, o explorador Juan Ponce de León chega ao continente americano (Florida)
- Em 1809, começa a investida pelo exército de Soult, sobre a cidade do Porto
- Em 1845 nasce Wilhelm Rontgen, que descobriu os raios X
- Em 1863 nasce Frederick Henry Royce, co- fundador da empresa Rolls-Royce
- Em 1933 é descoberto o polietileno
- Em 1938 Juan Manuel Fangio disputa a sua primeira corrida automobilística
- Em 1945 o general Eisenhower  anuncia  a  derrota dos nazis, na frente ocidental
- Em ano indeterminado nascem os incansáveis co-editores do blogue “Luís Graça e  Camaradas da Guiné”, Magalhães Ribeiro [1952, Matosinhos] e Carlos Vinhal [1948, Vila do Conde].




8. Mário Beja Santos [, que acaba de publicar Mulher Grande] [, foto à direita,]:


Caríssimo Carlos, desejo-te saúde e abraço-te com profunda estima, admiração e gratidão. É verdade que quem corre por gosto não cansa, mas às vezes fico a magicar o que é estar aí na sala das máquinas a cozer e a bordar o que chega à posta restante. Sei que cumpres com desvelo essa arte esdrúxula de pespontar, refinar e adereçar, é labor que requer persistência e uma curiosidade que me escapa. Todos os dias embalas este berço e não deve ser fácil ser simultaneamente contra-regra, grumete, contra-almirante e co-editor. Que o Senhor de Matosinhos te proteja são os votos deste impenitente que tanto te aprecia, Mário




9. Augusto Silva  Santos, ex-Fur Mil da CCAÇ 3306/BCAÇ 3833, Pelundo, Có e Jolmete, 1971/73 [ foto à esquerda,]

Do Dubai, onde me encontro de visita a familiares (mas sempre com Portugal no pensamento), não quero esquecer esta data e enviar-vos um grande e forte abraço com votos de feliz aniversário e que tudo vos corra pelo melhor junto dos vossos familiares e amigos. Até breve. Augusto Silva Santos


10. José Martins [, o nosso Sherlock Holmes, incansável pesquisador de arquivos] e sua esposa, Manuela, presença habitual nos nossos encontros:


Parabéns aos Co-editores


Como a antiguidade é um posto, comecemos pelo Carlos:


Oficialmente conheci o Carlos em 14 de Outubro de 2006, a ele e à sua Dina, que foram, por mérito próprio, o casal do ano (2010). Casal afável fazia/faz amigos com muita facilidade, o que lhe(s) traz amizades merecidas.


Sobre o Eduardo, rapaz muito mais novo, tive conhecimento da sua existência ao ler as NOTICIAS DO MILÉNIO, em que relata o facto de ter sido o militar português que arriou a última Bandeira Nacional na Guiné.


Para ambos, votos de um dia feliz e que se repita por muitos e largos anos, connosco a enviar saudações.


Manuela e José Martins




11. Gilda Brás (Pinho Brandão, de solteira, a nossa menina de Catió que veio para Portugal aos 7 aninhos, órfã de pai) [, foto à esquerda, com o marido e a filha]:


Boa tarde Amigo Luís,


Tudo bem consigo?, nós por cá todos bem.


Queria desejar ao nosso Amigo Carlos Vinhal, um dia super feliz na companhia da sua querida Dina e de todos que o amam, com muita saúde e paz e que esta data se repita por muitos e bons anos. Um grande beijinho para ele.


Gilda Brás




 12. Felismina Costa, nossa madrinha de guerra, que virá finalmente conhecer-nos, por ocasião do nosso VI Encontro Nacional, em Monte Real, 4 de Junho de 2011 [, foto à esquerda]


Ao Carlos Vinhal


Quero desejar ao meu editor e amigo Carlos Vinhal, uma vida longa e feliz e dizer-lhe, que ele é um homem da história!


Da história, que ele e tantos de vós, (jovens que atravessaram o período de 63/74) escreveram: primeiro, no campo de batalha e hoje, preocupados em deixar o registo desse passado, para a posteridade.


Sempre a postos na direcção deste jornal, (digo blogue), "de grande tiragem", ele verifica, analisa e por fim edita, o que muitos de vós/nós escrevemos e enviamos, preocupado com a continuidade, com a qualidade, com a harmonia e satisfação de todos, por verem editado o que a sua memória registou.


Vai para o Carlos Vinhal hoje, o meu obrigada sincero, pela sua persistência, pelo seu carisma, pelo seu brio em prol do esforço colectivo, para deixar às gerações vindouras um registo tão fiel quanto possível, dum acontecimento da nossa história, aqui contado na primeira pessoa.


Peço-lhe que aceite o meu agradecimento, por este trabalho que valorizo grandemente e o meu abraço fraterno.
Felismina Costa


Ao Magalhães Ribeiro


Outro dos homens que tomaram a seu cargo, os registos das vossas memórias, desejo igualmente tudo o que de melhor a vida lhe possa oferecer.


Agradeço a sua disponibilidade, no tempo roubado ao seu descanso, (uma vez que ainda trabalha), para ajudar a guardar os registos dos acontecimentos que todos vós viveram e vos marcou indelevelmente.


Os meus parabéns por mais um aniversário:--interessante que aconteça no mesmo dia do Carlos Vinhal...Coincidências!


Para si, o meu desejo de que a vida lhe sorria sempre, pois já foi testemunha e participante, de um conflito que lhe deve ter dado uma dimensão muito precisa do valor da vida.


Peço-lhe que aceite o meu abraço fraterno.


Felismina Costa


13. Manuel Maia (,o nosso aclamado autor de História de Portugal em Sextilhas, e cuja prenda de anos para os os nossos dois aniversariantes se perdeu na blogosfera, na viagem entre a Maia e Alfragide; com as desculpas do editor aos homenageados e ao nosso camarigo, o bardo do Cantanhez e da Tabanca Grande) [, foto à direita]: 


Para os nossos aniversariantes:


De Régio, foz do Ave, a urbe amada,
por outros bem mais cedo já cantada
p`lo rico pano cré das caravelas...
Três anos pós segunda enorme guerra
foi berço de Vinhal a bela terra
de bilros e de rendas tão singelas.

Em Matosinhos vida vai encetar,
a nível de trabalho, junto ao mar,
no porto de Leixões, ali ao pé...
Aposentado dessa ocupação,
vai entregar-se de alma e coração
ao blog do Luís sobre a Guiné...

Trabalhador inato e incansável,
Carlos Vinhal, amigo formidável,
um termo desconhece que é cansaço..
Daqui o homenageio com prazer,
p`los seus 63 a merecer
um franco e muito amigo forte abraço...

É Matosinhos, terra de eleição,
(Florbela Espanca a teve de adopção)
onde Eduardo a luz primeira enfrenta...
Com primavera imberbe de seis dias,
num tempo de mar chão p`ra pescarias,
corria o ano dois após cinquenta...

Num tempo já de paz chegou à guerra,
suficiente para amar a terra,
de gente sã e ocre/amarelo chão...
Quem água da Guiné um dia prova,
não mais a olvidará até à cova,
estou certo tendes mesma opinião...

Ainda na labuta, no activo,
encontra na Tabanca um incentivo,
trabalho de feitura, co-editor...
Daqui deste "comparsa" tabanqueiro
segue um abraço ao Magalhães Ribeiro,
um`entre as quatro forças do motor...

ESTA É COMUM

Coincidência, simples mero acaso,
Vinhal e Eduardo, neste caso,
no mesmo dia optarem por nascer...
Os dois têm por traço d`união
a bela Matosinhos onde então,
um viu a luz outro o mester...



Manuel Maia


14. Também de Esposende, do nosso camarada Albino Silva:


PARABÉNS

Parabéns Carlos Vinhal 
da Tabanca co-editor
Amigo e camarada
e ainda administrador...

Te desejo tudo de bom
e por esta data querida
que seja por muitos anos 
com muita saúde e vida...

De Mansabá e em Leça 
os camaradas que tens
e eu com toda a Tabanca
a cantar-te os Parabéns...

Felicidades



PARABÉNS

É o teu Aniversário
e numa data como esta
pois assim nossa Tabanca
tem mais um Régulo em festa...

Felicidades camarada
eu te estou a desejar
para que em nossa Tabanca
continues a editar...

Desejo-te muitos anos de vida
com muita saúde então
para ti Magalhães Ribeiro
que tenhas tudo de bom.

Felicidades

Albino Silva
____________


Nota do editor:


Último poste da série > 25 de Março de 2011 > Guiné 63/74 - P7997: Parabéns a você (230): Rui Silva, ex-Fur Mil da CCAÇ 816 (Bissorã, Olossato, Mansoa, 1965/67) (Tertúlia / Editores)

Vd. também postes do ano passado:


27 de Março de 2010 > Guiné 63/74 - P6056: Parabéns a você (92): Carlos Vinhal, 62 anos, o braço direito do nosso blogue, um incansável trabalhador da nossa Tabanca Grande (Luís Graça)


27 de Março de 2010 > Guiné 63/74 - P6055: Parabéns a você (91): Eduardo José Magalhães Ribeiro, ou simplesmente o ranger MR, ou apenas o Pira de Mansoa, nosso querido camarada, amigo e co-editor: faz hoje... 58 anos!