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segunda-feira, 13 de junho de 2011

Guiné 63/74 - P8415: Monte Real, 4 de Junho: O nosso VI Encontro, manga de ronco (8): Visto pela especial sensibilidade da nossa amiga Margarida Peixoto, esposa do Joaquim Peixoto (CCAÇ 3414, Bafatá e Sare Bacar, 1971/73)


Monte Real  > Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca Grande > (*) Que bela paisagem!.. Que fariam os camarigos sem estas bajudas ?!!!.  [Da esquerda para a direita: Carminda Cancela, Margarida Peixoto, Maria Luís - filha do Paulo Santiago -, Lígia Guimarães e Gina Marques]


Aqui põem a escrita em dia, as amigas Alice e Margarida… enquanto a Carminda diz: Que têm tanto elas para dizer?




Os três Magníficos



A Margarida tentando aprender alguma coisa com a Felismina.






Que coincidência! Não é que se juntaram… só por acaso… os camarigos da  Tabanca Pequena de Matosinhos. São du Puôrto.



Finalmente o Brito e o Peixoto juntos! Ao longo de trinta e muitos anos…, sempre ouvi o meu marido a falar do Brito com carinho e amizade e a relembrar que no dia 9 de Julho comemoravam o aniversário dos dois. Que esta amizade dure para sempre!

Fotos: © Joaquim Peixoto  (2011) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados. 

1. Texto e legendas das fotos: Margarida Peixoto, professora do ensino básico, aposentada, a viver em Penafiel; é esposa do nosso camarada e amigo, Joaquim Peixoto, também ele professor (ainda no activo), régulo da Tabanca de Guilhomil, ex-Fur Mil Inf MA da CCAÇ 3414 (Bafatá e Sare Bacar, 1971/73)   [, foto à esquerda, com a Margarida, tirada no V Encontro, 2010, pelo Manuel Carmelita]:

Monte Real – Palace Hotel – 4 de Junho de 2011

Parabéns, Tabanca Grande!
Parabéns, Luís Graça!
Parabéns, Joaquim Mexia!
Parabéns, Carlos Vinhal!
Parabéns,  Miguel Pessoa!


Parabéns a quantos trabalharam e se esforçaram para que este dia fosse tão rico! Não posso enumerar todos os elementos, pois ainda sou muito maçarica nestas andanças, mas a todos quero agradecer, do fundo do coração, os momentos inesquecíveis passados neste convívio. A alegria, camaradagem, espírito de solidariedade que vejo estampada no rosto de cada ex-combatente; a amizade retratada em cada gesto e atitude de cada um, até à camaradagem que envolve, mulheres e companheiras destes camarigos, é algo de extraordinário, de mágico, de comovente.Como pode, como é possível, depois de vos terem roubado parte da juventude, numa guerra que não era vossa, que fizeram perder alguns dos vossos sonhos de ainda meninos, hoje já sexagenários, se abraçam com uma alegria tal e um entusiasmo que emociona e arrepia? Foi com muito orgulho que assisti pelo terceiro ano consecutivo a este encontro e pretendo continuar a fazê-lo. Todos eles me trazem algo que me faz reviver o passado e querer reforçar o futuro.

No primeiro ano, conheci a Alice e o Luís Graça, que por motivos vários nos tornaram amigos. 

No segundo ano, pude relembrar a minha adolescência ao recordar uma grande amiga que passava as férias neste local. Também pude reforçar a minha amizade com a Carminda [, esposa do José Manuel Cancela, igualmente de Penafiel], uma vez que estivemos mais tempo juntas. 

Este ano, mais uma vez enriqueci a minha existência ao conhecer a Felismina [ Costa]. Pessoa tão simples, como simples é o Alentejo, tão alegre e tão rica em sabedoria. Bem haja a todos quantos fazem parte da Tabanca Grande e proporcionam estes encontros. Mas, em tom diferente, peço-vos que não esqueçam a Tabanca Pequena de Matosinhos, que é pequena no nome, mas grande em solidariedade. Sem desprimor para todos os outros, queria dar um abraço com muito carinho ao Sr. Rolando [Basto, pai do Álvaro Basto, régulo da Tabanca de Matosinhos], pois é um exemplo de simpatia,  camaradagem e educação.

Margarida Peixoto
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 Nota do editor:


domingo, 12 de setembro de 2010

Guiné 63/74 - P6978: Convívios (270): Tabanca de Guilamilo, Polvoreira, Guimarães, 30 de Agosto de 2010,com o Joaquim e a Margarida Peixoto (Luís Graça)




A festa do carneirinho é uma tradição única no nosso país. Em Penafiel, o carneirinho é festejado na véspera o dia do Corpo de Deus. Em que consiste ? Nesse dia as crianças do 1º ciclo do ensino básico  (antiga 4ª classe) fazem um desfile,  ao longo das ruas de Penafiel. À frente seguem os bombos e os divertidos gigantones. Cada turma leva consigo um carneirinho, um anho,  enfeitado com flores de papel multicolores, oferenda ao seu(sua) professor(a)... Os miúdos vão vestidos com roupas tradicionais, levam bandeiras de papel e cartazes com frases alusivas aos professores. Desfilam entoando canções feitas por eles sobre o carneirinho, a escola e os professores. E no passado, a palmatória... Como recordam, aqui, os nossos amigos Joaquim e Margarida Peixoto, ambos professores, residentes em Penafiel. Ele, membro da nossa Tabanca Grande.

Esta tradição remonta a 1880, segundo Teresa Soeiro, autora do livro Penafiel. Nesse ano “um grupo de alunos da Casa Escolar do Sr. Henrique de Carvalho resolveram brindar o seu professor com um carneiro e fizeram-no por modo vistoso (…) indo na frente montado num jerico um aluno tocando corneta, e o carneiro muito enfeitado entre duas alas de pequenos estudantes vestidos a capricho. Todos acharam graça à lembrança.”

A nossa amiga Guida lembra-se, do seu tempo de menina e moça, das quadras que os  alunos cantavam durante o desfile, frente à casa da professora:

Viva o Carneirinho, / Viva a Professora, / Morra a palmatória, / Morra!

... No dia 30 de Agosto de 2010, nasceu mais uma Tabanca, a de Guilhomil, nome da quinta do Joaquim, sita na freguesia de Polvoreira, concelho de Guimarães. Fui lá, com familiares, almoçar, em resposta a um convite a este simpatiquíssimo casal de quem,  eu e a Alice,  já nos tornámos amigos.


 Vídeo (3' 38''): Luís Graça (2010). Alojado em You Tube > Nhabijoes




Guimarães, berço da nacionalidade, património mundial da humanidade... preparando-se para ser  a Capital da Cultura 2012...


Guimarães > Centro histórico, zona intra-muros (Classificada como património mundial da humanidade)  > Os antigos paços do concelho




Guimarães > Centro histórico > O célebre Largo da  Oliveira...



Guimarães > Centro histórica > Cada recanto, um encanto...



Guimarães < Polvoreira >  Quinta de Guilamilo, doravante Tabanca de Guilamilo ... A nobreza do granito esconde um antigo convento, de cuja história se sabe pouco... A casa está assombrada por vários fantasmas: o do Zé do Telhado, que a terá assaltado em emados do Séc. XIX; a de um frade que lá foi assassinado, possivelmente depois da extinção dos conventos em 1834... Mas foi lá que o Joaquim conheceu a Guida, numa festa que ele organizou depois do seu regresso da Guiné, creio que na passagem de ano de 1974...


Em casa é em U... Um pormenor do pátrio exterior, visto do 1º piso...


Vista para o pátio de entrada da quinta e da casa...


A belíssima cozinha do convento, que chegou a ter três fornos... Restam agora dois...


O oratório... e alguns dos livros que sobreviveram ao passar dos anos...


Fazendo as honras à casa: o Joaquim é exímio na arte de bem receber... O Joaquim e a Guida fazem, de resto,  uma belíssimo par.


Ainda em obras, a casa (o casarão) é um encanto... Da direita para a esquerda, o Joaquim (que a Guida trata por Carlos), a Alice, e os meus cunhados (e sócios de A Nossa Quinta de Candoz) Gusto e Nitas.


Vamos lá então ao cabritinho... com o estômado já bem composto pelas magníficas entradas confeccionadas pela Guida... Os vinhinhos eram verdes, monocastas, não da quinta (que produziu 40 pipas no tempo do pai do Joauqim) mas da  Região Demarcada dos Vinhos Verdes: um azal, outro avesso...À mesa estavam apenas, além dos anfitriões, a minha mulher Alice, e os meus cunhados, Ana Carneiro e Augusto Soares... Foi uma tarde de amena cavaqueira... Ainda iríamos depois à Penha (Guimarães) e ao Santuário de São Bento (Vizela)... Com esta história regressámos, eu e a Alice, a Candoz (e os meus cunhados ao Porto) já no dia seguinte...




A Guida, aliás Margarida... que na infância viveu em Angola.


Depois de uma magnífica refeição, ficámos os dois, eu e o Joaquim, a lembrar as coisas e as loisas da Guiné, com o Old Parr como digestivo...



 
A chave da nova Tabanca... de Guilamilo



O portal da casa do caseiro...



O velho brasão... A quinta foi herança do Joaquim, por via paterna... O pai foi nado e criado em Penafiel.




O senhor professor Joaquim Carlos Rocha Peixoto... ainda no activo...  A Guida já está reformada...

Recorde-se que era foi Fur Mil, da CCAÇ 3414, Sare Bacar, Cumeré, Brá, tendo estado no CTIG entre Julho de 1971 e Setembro de 1973.

A CCAÇ 3414 era uma companhia açoriana, comandada pelo Cap Inf Manuel José Marques Ribeiro de Faria... Unidade mobilizadora, BII 17. O Joaquim era amigo do Fernando Ribeiro, morto já no final da comissão...Falámos disto, das peripécias da Guiné, das (des)venturas dos nossos camaradas (alguns velhos, gastos, doentes, solitários, e com dificuldades financeiras, garante ele que é um homem atento, observador e sensível). Falámos das nossas Tabancas, a Grande e a Pequena (a de Matosinhos, de que o Joaquim é presença habitual nos almoços de 4ª feira)... O Joaquim fez o antigocurso do magistério primário já depois de regressar da Guiné... A ele e à Guida o meu muito especial Oscar Bravo (obrigado) pela hospitalidade e a amizade com que me honraram, a mim, à Alice e aos meus cunhados.





Vizela > Santuário de São Bento, a 410 acima do nível do mar, ao pôr do sol... Dois camaradas da Guiné, Joaquim Peixoto e Luís Graça, os dois primeiros inscritos na Tabanca de Guilamilo (e não Guilhomil...). Obrigado, Joaquim, por esta bela jornada...

Fotos (e legendas): © Luís Graça (2010). Todos os direitos reservados

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Nota de L.G.:

domingo, 21 de junho de 2009

Guiné 63/74 - P4557: IV Encontro Nacional do Nosso Blogue (3): Um dia caloroso, em que fizemos novos amigos (Joaquim e Margarida Peixoto)

Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional do nosso blogue > 20 de Junho de 2009 > O Joaquim Peixoto, assinalado com um círculo a vermelho, na segunda fila, entre o Manuel Amaro, à esquerda, e o Manuel Traquina à direita... O Joaquim Peixoto (que esteve em Sare Bacar, na zona leste, junto à fronteira com o Senegal (carta de Paunca), vive em Penafiel, é casado com a Margarida, que também veio ao nosso encontro... Ambos são professores do 1º ciclo do ensino básico...

Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional do nosso blogue > 20 de Junho de 2009 > A Alice Carneiro, esposa do Luís Graça, em animada conversa com a sua nova amiga Margarida Peixoto, esposa do nosso camarada Joaquim Peixoto... A Alice veio a saber que a Margarida, em 1972, fora professora primário em Passinhos, na freguesia de Paredes de Viadores, concelho do Marco de Canaveses... A Alice nasceu em Candoz, Paredes de Viadores... É caso para dizer: O mundo é pequeno e o nosso blogue... é grande.


1. Mensagem de Joaquim Peixoto (ex-Fur Mil, CCAÇ 3414, Sare Bacar, Cumeré, Brá, Julho de 1971/ Setembro de 1973, uma companhia açoriana, comandada pelo Cap Inf Manuel José Marques Ribeiro de Faria; Unidade mobilizadora, BII 17) (*)


20 DE JUNHO DE 2009, Quinta de Paúl, Monte Real, Leiria

Dia inesquecível para mim!

Foi a primeira vez que partilhei um convívio com antigos camaradas da Guinè. Tive imensa pena de não encontrar camaradas da minha CCAÇ 3414.

As lembranças, boas e más, de uma guerra já passada vieram ao de cima e acordaram um turbilhar de ideias que pairavam na minha cabeça.

O mau, vivido num clima de medo a uma temperatura quase em ebulição, onde um rebelde e intruso mosquito teimava em picar as nossa peles ainda tão tenras, quase de meninos... Um barulho estranho, no sussuro da noite, despertava-nos dos nossos sonhos quase infantis. Um numero infinito de vivências e emoções estão guardadas na caixa negra do nosso ego.

Esse mau deu lugar a uma alegria imensa, onde pude recordar os bons momentos (que também os houve) e partilhar com os camaradas as experiências vividas hàá mais de 30 anos.

Foi um emaranhado de emoções, foi um recordar de situações, foi um convívio magnífico cheio de calor humano.

As conversas convergiam no mesmo sentido: A GUINÉ. Outros assuntos não tinham aqui lugar.

De longe a longe, parecia que o cheiro a terra barrenta nos entrava pelas narinas e recordava o cheiro inegualável de Bissau, Bafatá, Sare Bacar e tantas outras....

Cerrando os olhos, por breves momentos, as formas perfeitas das bajudas apareciam como num ecrã virtual.

Foi bom. Foi perfeito. Espero voltar.

Obrigado a ti, Luis Graça. Obrigado ao Carlos Vinhal, ao Virgínio Briote, ao Magalhães Ribeiro e ao Mexia Alves.

Obrigado a todos que trabalharam e organizaram este convívio.

Obrigado a todos os camaradas presentes. Obrigado a todos quantos ainda hoje recordam os momentos passados em agonia.

Joaquim Peixoto

2. Mensagem da Margarida Peixoto:

QUINTA DE PAÚL

Bajuda não sou, mas não me importo de ser confundida como tal. Sou a mulher de Joaquim Peixoto, e para mim foi um dia especial, esse que passei com os camaradas do meu marido e respectivas esposas...

Foi um sentir de calor humano, foi a partilha de algo que nunca vivi, mas que, por uma ou outra razão, vai tomando forma na nossa mente, situações que mesmo não vividas por nós, estão vivas nos nossos maridos acabando por fazer parte de nós próprias.

Agradeço a todos quanto trabalharam para este convívio, agradeço a todos os presentes a oportunidade que tive em partilhar um pouquinho das vossas emoções.

Mas tenho de dizer um especial obrigado ao Luís Graça por me ter apresentado à sua esposa, Alice, com quem mantive um diálogo, que por várias e variadas razões foi muitas vezes interrompido, mas tenho a certeza deixou uma marca que irá crescendo com o tempo.

Poucos minutos após nos termos conhecido, parecíamos amigas de longa data e eu, um pouco reservada por natureza, soltei sem preconceitos o que me ia na alma.

"Agarra um verdadeiro amigo com ambas as mãos". Foi um provébio que li algures, há muito tempo, mas que quero acreditar seja verdadeiro, para poder contar com a amizade que iniciei ontem.

Obrigado, Alice, pela sua simpatia, pela sua frontalidade e pela maneira tão franca de se relacionar com as pessoas.

Obrigada pela companhia que me fez. Espero ter correspondido à sua delicadeza e desejo sinceramente que este tenha sido o primeiro de muitos encontros que haveremos de ter, tanto a nível de convívios ligados a ex-combatentes, como a nível pessoal.

Em breve mandarei o nome de alguns dos meus ex-alunos, como foi combinado. Espero, eu e o meu marido, recebê-los em nossa casa o mais rápido possível.

Os laços que nos une e os amigos comuns irão concerteza alargar-se a nós.

Um bem haja pelo dia tão caloroso e um abraço com muita ternura.

Margarida Peixoto

3. Comentário de L.G.:

Agradeço ao Joaquim e à Margarida as amáveis palavras que dirigem à comissão organizadora do nosso encontro: ao Carlos Vinhal, Joaquim Mexia Alves e Miguel Pessoa deve-se o mérito principal deste encontro de convívio dos membros da nossa Tabanca Grande.

Depois, em meu nome pessoal e da Alice, quero retribuir a gentileza e a simpatia com que vocês nos tratam nos vossos mails...Afinal, somos vizinhos e de certo que nos iremos encontrar, mais vezes, em Penafiel ou no Marco de Canavezes.

Por razões que devem compreender, não me foi possível estar mais tempo com vocês. Tinha mais 130 pessoas, entre camaradas, bajudas e mulheres grandes (sic), que estiveram presentes no nosso Encontro.... Fico feliz por saber que a Alice e a Margarida descobriram que tinham memórias em comum... Um Alfa Bravo (abraço) para o meu camarada Joaquim, um beijinho para sua mulher grande, Margarida. L.G.
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Nota de L.G.:

(*) V. postes de:

16 de Março de 2009 >Guiné 63/74 - P4039: O Prémio: Sirvam , em nome da Pátria, uma bica quente a estes rapazes!, dizia o Gen Spínola... (Joaquim Peixoto)

22 de Maio de 2007 > Guiné 63/74 - P1774: A morte do Fernando Ribeiro: eu ia nessa fatídica coluna e era seu amigo (Joaquim Peixoto, CCAÇ 3414)