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quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Guiné 63/74 - P8775: Parabéns a você (316): Manuel José Ribeiro Agostinho, Soldado Escriturário (QG/CTI Guiné, 1968/70)

Com um abraço do camarada/amigo Carlos Vinhal, restante Tertúlia e Editores
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Notas de CV:

- Manuel José Ribeiro Agostinho, foi Soldado Radiotelefonista, Condutor Auto e Escriturário no QG/Bissau nos anos de 1968 a 1970

- Vd. último poste da série de 10 de Setembro de 2011 > Guiné 63/74 - P8760: Parabéns a você (315): Rui Batista, ex-Fur Mil da CCAÇ 3489/BCAÇ 3872 e Tony Grilo, ex-Soldado Apontador de obus 8,8

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Guiné 63/74 - P8092: In Memoriam (74): No dia 9 de Abril de 2011, a cidade de Matosinhos homenageou os pescadores mortos no naufrágio de 2 de Dezembro de 1947 e os combatentes da Guerra do Ultramar caídos em campanha (Carlos Vinhal)

Memorial aos mortos na tragédia de 2 de Dezembro de 1947 e aos matosinhenses caídos em campanha na Guerra do Ultramar

A juventude matosinhense em África, uma das várias figuras pictóricas, de autoria do Prof Alfredo Barros, que se podem admirar no Memorial imaginado pelo Arq Abreu Pessegueiro.

Força Militar presente na cerimónia, composta por elementos da Fanfarra do Regimento da Artilharia 5 e por um Pelotão (-) da Escola Prática de Transmissões, comandada pelo Alferes Hélder Leão

As cerimónias tiveram início com o Alferes Hélder Leão apresentando a formatura ao Ten Cor Armando José Ribeiro da Costa

As alocuções iniciaram-se com a intervenção do Mestre José Brandão, Presidente da Associação de Pescadores Aposentados de Matosinhos.

Ribeiro Agostinho, ex-combatente na Guiné (e membro da nossa Tabanca Grande),  fala em nome dos seus camaradas.

Momento em que o senhor Ten Cor Armando Costa, na qualidade de Comandante das Forças em presença e na de Presidente da Comissão instaladora do Núcleo da Liga dos Combatentes em Matosinhos, tomou a palavra.

O Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Dr. Guilherme Pinto fala aos presentes

Manuel Tavares de Sousa, ex-combatente na Guiné ao serviço da Armada Portuguesa, no momento em que declamava os poemas.

O Coro da Associação dos Pescadores Aposentados de Matosinhos que com a sua actuação encerrou a cerimónia de homenagem aos Pescadores e aos combatentes falecidos. 

Francisco Oliveira, o Porta-bandeira durante a cerimónia, acompanhado pelo nosso camarada e tertuliano António Maria.


MATOSINHOS HOMENAGEIA OS PESCADORES MORTOS NO NAUFRÁGIO DE 2 DE DEZEMBRO DE 1947 E OS COMBATENTES CAÍDOS EM CAMPANHA NA GUERRA DO ULTRAMAR

No Dia do Combatente, 9 de Abril de 2011, a cidade de Matosinhos prestou homenagem conjunta aos seus heróis do mar, os pescadores mortos no naufrágio de 2 de Dezembro de 1947, e aos seus heróis da Guerra do Ultramar, os combatentes caídos em campanha naquela guerra de África*.

A iniciativa partiu de um pequeno grupo de ex-combatentes da Guiné (António Maria, Carlos Vinhal, Francisco Oliveira e Ribeiro Agostinho) e da Câmara Municipal de Matosinhos na pessoa do seu Presidente, Dr. Guilherme Pinto, e a colaboração do Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes, na pessoa do senhor Ten Cor Armando Costa coadjuvado pelos senhores Sargentos Ajudantes Carlos Osório e Joaquim Oliveira, que organizou todo o programa de homenagem.

Assim, pelas 10 horas da manhã, a Igreja Matriz encheu-se de fiéis para assistirem à Missa de sufrágio pelos pescadores e militares que iriam ser homenageados dali a pouco no Cemitério de Sendim. Esta cerimónia religiosa foi presidida pelo Capelão Militar, coadjuvado pelo Pároco de Matosinhos.

Seguidamente houve deslocação para o Cemitério. Apesar do calor que se fazia sentir, os matosinhenses não deixaram de marcar presença assim como as autoridades civis e religiosas do Concelho que se associaram deste modo aos familiares dos pescadores e dos combatentes homenageados.

Com a chegada ao local do Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Dr. Guilherme Pinto, iniciou-se a cerimónia de homenagem com apresentação da Força Militar presente, pelo seu Comandante Hélder Leão, ao senhor Ten Cor Armando José Ribeiro da Costa, da Liga dos Combatentes.

Iniciaram-se as alocuções com a intervenção do Mestre José Brandão, Presidente da Associação dos Pescadores Aposentados de Matosinhos, que relembrou desastre do dia 2 de Dezembro de 1947 e a desgraça que se abateu principalmente sobre a classe piscatória, onde pereceram mais de 150 pescadores, a maioria de Matosinhos, mas também alguns naturais de Aguda e da Póvoa de Varzim, todos justamente aqui lembrados, porque todos contribuíam para o engrandecimento desta (então) Vila, na altura detentora do maior Porto de Pesca de Portugal.

Seguiu-se a intervenção do ex-combatente da Guiné, Manuel José Ribeiro Agostinho, que falou em nome dos camaradas presentes, realçando o significado deste Memorial que em Matosinhos perpetua os seus filhos caídos na Guerra Colonial. Lembrou que a partir de agora vai ser tempo de pensar em algo que lembre o esforço dos matosinhenses que,  não morrendo em campanha, têm também o direito ao reconhecimento do seu esforço naquela guerra. Muitos carregam mazelas irrecuperáveis, principalmente stress pós-traumático e deficiências físicas. Que se espera uma colaboração profícua entre Câmara Municipal, os ex-combatentes e o Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes para levar a efeito esta iniciativa, apesar das condicionantes económicas actuais.
Foi ainda lançada a ideia de cada freguesia do Concelho poder homenagear os seus combatentes, assim se queira.

Tomou depois a palavra o senhor Ten Cor Armando Costa, da Liga dos Combatentes,  que realçou uma vez mais o esforço e a abnegação dos militares que participaram na guerra colonial, assim como os pescadores, também eles homenageados que de comum tiveram a coragem para enfrentar os perigos com que depararam. Que Matosinhos, a partir de agora passa a figurar entre as autarquias que esculpiu na pedra o reconhecimento a uma geração que não envergonhou a História de Portugal. Lembrou também as actuais participações das Forças Armadas Portuguesas mundo fora, num conceito bem diferente, mas levando, em acções humanitárias,  bem longe o nome de Portugal.

Para terminar as alocuções, tomou a palavra o Dr. Guilherme Pinto que salientou o sentido de heroicidade comum aos pescadores e aos militares que enfrentam perigos desconhecidos, sem vacilar, dando a vida no desempenho da sua missão, mesmo sabida de antemão, arriscada. Que neste Memorial ficam para sempre gravados os nomes destes heróis.

Discursos do camarada Ribeiro Agostinho, Ten Cor Armando Costa e Dr. Guilherme Pinto
Com a devida vénia a Mário Rêga

Aconteceram então os momentos mais altos da cerimónia quando a Fanfarra procedeu ao Toque de Sentido, seguido do Toque de Silêncio e o Capelão Militar benzeu o Memorial.

O Edil de Matosinhos procedeu à deposição de duas coroas de flores, acompanhado simbolicamente por um representante dos Pescadores, um representante dos ex-combatentes e pelo Ten Cor Armando Costa.

Seguiu-se o Toque de Homenagem aos Mortos, 1 minuto de silêncio, Toque de Alvorada e Toque de Descansar.

De acordo com o alinhamento da cerimónia, o nosso camarada Manuel Tavares de Sousa, ex-combatente da Guiné como militar da Armada Portuguesa, seguidamente leu dois poemas, um bastante conhecido, do Paco Bandeira, que deu origem a uma canção de grande sucesso e, outro, que se publica, de sua autoria escrito especialmente para este dia.


Finalmente, o Coro da Associação dos Pescadores Aposentados de Matosinhos interpretou dois temas alusivos ao mar e à sua faina.

Como foi sugerido pelo do Dr. Guilherme Pinto, convido a quem visitar Matosinhos a se deslocar ao Cemitério de Sendim para admirar aquela bonita obra imaginada por dois vultos importantes do norte ligados à arte e à arquitectura, o Prof Alfredo Barros e o Arq Abreu Pessegueiro. Verão que não dão o tempo por mal empregue.

Fotos: © Carlos Vinhal e Ribeiro Agostinho (2011). Todos os direitos reservados
Texto e edição de fotos: Carlos Vinhal
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Nota de CV:

(*) Vd. poste da série de 3 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8039: In Memoriam (73): Cerimónia de homenagem aos Combatentes de Matosinhos caídos em Campanha em Angola, Guiné e Moçambique, dia 9 de Abril de 2011 pelas 11H15 no Cemitério de Sendim (Carlos Vinhal)

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Guiné 63/74 - P6986: Parabéns a você (152): Manuel José Ribeiro Agostinho, Soldado Escriturário no QG/CTIG, 1968/70 (Os Editores)

1. Porque hoje, dia 15 de Setembro de 2010, está de parabéns por completar mais um ano de vida, estamos a saudar o nosso camarada Manuel José Ribeiro Agostinho (ex-Soldado Radiotelefonista, Condutor Auto e Escriturário no QG de Bissau nos anos 1968/70)*.

Caro Agostinho recebe da tertúlia um abraço e os votos de uma longa vida, com saúde, junto da tua esposa Elisabete, filhas, netas e demais familiares e amigos.

Permito-me deixar-te o meu abraço pessoal de parabéns e votos de bons êxitos na tua vida empresarial.

Embora nos vejamos frequentemente, porque, além de vizinhos e amigos, fazemos parte do grupo dos 4 que não pára, marco desde já encontro para o próximo ano, neste mesmo lugar, para renovação dos votos hoje formulados.

Pelos editores
Carlos Vinhal

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Notas de CV:

(*) Vd. poste de 15 de Setembro de 2009 > Guiné 63/74 - P4951: Parabéns a você (26): Manuel José Ribeiro Agostinho, Escriturário no QG/CTIG, 1968/70 (Os Editores)

Vd. último poste da série de 10 de Setembro de 2010 > Guiné 63/74 - P6964: Parabéns a você (151): Tony Grilo, Sold. Apontador de Obús 8,8 cm, Cabedu, Cacine e Cameconde, 1966/68 (Editores)

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Guiné 63/74 - P6481: (Ex)citações (75): Urnas com pedras e areia (Eduardo Ferreira Campos & Manuel José Ribeiro Agostinho)

1. Os nossos Camaradas Eduardo Ferreira Campos (ex-1º Cabo Trms da CCAÇ 4540 - Cumeré, Bigene, Cadique, Cufar e Nhacra -, 1972/74) e o Manuel José Ribeiro Agostinho (ex-Soldado Radiotelefonista, Condutor Auto e Escriturário - QG/Bissau -, 1968/70), enviaram-nos mensagens, em 26 de Maio último, dando-nos conta de um dos mais recentes escândalos nacionais, que há muito os ex-Combatentes, conhecedores de diversas situações similares, vinham denunciando e a quem era dado, pouco ou nenhum crédito, em relação às urnas que deviam conter os restos mortais dos falecidos na Guerra do Ultramar, e que eram enviadas para o Continente cheias de pedras e areia, sem qualquer corpo, ou porque o mesmo pura e simplesmente foi pulverizado por engenhos explosivos, quer nas picadas, quer em combate, ou porque desapareceu num qualquer rio, ou bolanha, africano.

CORPOS DE PEDRA E AREIA?!



2. Mensagem do Eduardo Campos


Tinha interesse que fosse publicado, o mais rápido possível, esta notícia que veio publicada no Jornal de Notícias, hoje dia 26 de Maio de 2010.
Um abraço,
Eduardo Campos


3. Mensagem do Manuel José Ribeiro Agostinho

Acabei agora de ver esta notícia no “sapo.pt”. Deve ser uma situação idêntica à do Baptista e de muitas outras em que os corpos por lá ficaram.


Um abraço,
Ribeiro Agostinho
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Notas de M.R.:
Vd. último poste desta série em:


20 de Maio de 2010 >
Guiné 63/74 - P6441: (Ex)citações (59): Comentários e respostas (Arménio Estorninho)

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Guiné 63/74 - P4951: Parabéns a você (26): Manuel José Ribeiro Agostinho, Escriturário no QG/CTIG, 1968/70 (Os Editores)

15 de Setembro é dia de aniversário do meu particular amigo e camarada da Guiné Manuel José Ribeiro Agostinho (*), ex-Soldado Radiotelefonista, Condutor Auto e Escriturário, QG/Bissau, 1968/70.

Ribeiro Agostinho, além de ser um conceituado empresário é um activista de tudo o que se relacione com os ex-combatentes da Guiné no Concelho de Matosinhos, particularmente da freguesia de Leça da Palmeira. A ele se devem iniciativas como um pequeno Memorial aos combatentes mortos na Guerra do Ultramar existente no Cemitério n.º 1 de Leça da Palmeira e os Convívios anuais dos ex-combatentes da Guiné do nosso Concelho. Ainda encabeça um pequeno grupo de pressão, junto do actual Presidente da Câmara, no sentido de se erguer algo que lembre o esforço da juventude do Concelho de Matosinhos na Guerra Colonial.

Não só pela nossa amizade, mas principalmente pela sua dedicação às diversas iniciativas que encabeça, venho desejar ao Ribeiro Agostinho um dia de aniversário muito feliz, junto da sua esposa Elisabete, das suas encantadoras filhas e netinhas, assim como dos restantes familiares e amigos.

Ribeiro Agostinho está no nosso Blogue desde o dia 25 de Março deste ano. Dizia-nos ele então:

Meus caros amigos Luís Graça, Virgínio Briote e Carlos Vinhal:

Começo por os saudar e dar os parabéns pelo vosso trabalho que é merecedor dum grande aplauso. Saúdo também toda a enorme tabanca que faz parte deste BLOGUE, a que aderi como visitante quase diário, desde que tomei conhecimento dele num Convívio de Ex-combatentes da Guiné em Esmoriz, já lá vão cerca de 3 anos. Não tenho participado por ter uma vida muito activa, mas como o tema (*) era convidativo, aqui estou... mas vou começar pelo princípio.

Agora há que fazer as apresentações da praxe, então aí vai:

MANUEL JOSÉ RIBEIRO AGOSTINHO, ex-Soldado de Infantaria com a Especialidade de Radiotelefonista/Condutor Auto, (Escriturário).

No CTI da GUINÉ estive sempre em BISSAU, mas lá iremos mais tarde.

Sou natural de LEÇA DA PALMEIRA, terra onde resido. Sou casado com a ELISABETE, temos duas filhas e duas netinhas.

Junto as minhas fotos como ditam as regras.

Sobre a minha mobilização para a GUINÉ, começo por fazer uma introdução, o início da incorporação que me levou a tirar a recruta em Espinho (GACA-3), sendo de seguida recambiado para Lisboa (BC-5) para tirar a especialidade de Radiotelefonista, para vir depois novamente para o Porto (CICA-1) tirar a carta de condução de Ligeiros, para depois ainda no Porto seguir para o (RC-6) tirar a carta de Pesados. Depois destas especialidades todas, voltei a Lisboa ao BC-5.

Voltei a ser colocado no Porto no (RI-6), onde começou a etapa da minha vida militar que teve reflexos futuros.

[...]


Deixo algumas fotos de cerimónias onde Ribeiro Agostinho esteve presente.

I Convívio de ex-combatentes da Guiné de Matosinhos, 03MAR07 > Ribeiro Agostinho, na foto em segundo plano, mas em primeiro na organização deste Convívio

II Convívio de ex-combatentes da Guiné de Matosinhos, 12ABR08 > Ribeiro Agostinho acompanhado dos seus inseparáveis colaboradores, António Maria (nosso tertuliano) e José Oliveira.

III Convívio de ex-combatentes da Guiné de Matosinhos, 07MAR09 > Ribeiro Agostinho e o senhor General Carlos Azeredo

Leça da Palmeira, 10JUN07 > Ribeiro Agostinho no uso da palavra, no dia em que se descerraram as placas evocativas dos mortos da freguesia na Guerra Colonial, no Cemitério n.º 1, local.

10JUN08 > Ribeiro Agostinho no uso da palavra no dia da romagem ao Cemitério n.º 1 de Leça da Palmeira, lembrando os camaradas mortos na Guerra Colonial

Ortigosa, 20JUN09, IV Encontro Nacional > Ribeiro Agostinho e sua esposa Elisabete estiveram prsentes. À esquerda da foto, José Eduardo (nosso tertuliano) e sua esposa Maria da Conceição, idos também de Leça da Palmeira

Ortigosa, 20JUN09, IV Encontro Nacional > Para provar a sua disponibilidade para ajudar, aqui está Ribeiro Agostinho colaborando com o Mexia Alves na difícil tarefa de conferir os Euros
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Notas de CV:

(*) Vd. poste de 29 de Março de 2009 > Guiné 63/74 - P4098: Tabanca Grande (129): Manuel José Ribeiro Agostinho, ex-Sold Radiotelefonista, Condutor Auto e Escriturário, QG/Bissau, 1968/70

Vd. postes de acontecimentos de iniciativa de Ribeiro Agostinho de:

13 de Junho de 2007 > Guiné 63/74 - P1846: 10 de Junho: Cerimónia no Cemitério nº 1 de Leça da Palmeira (Carlos Vinhal)

11 de Junho de 2008 > Guiné 63/74 - P2928: Comemorações do dia 10 de Junho de 2008 (1): Leça da Palmeira, Matosinhos (Carlos Vinhal)

7 de Março de 2007 > Guiné 63/74 - P1570: Almoço-convívio de camaradas de Matosinhos (Albano Costa / Carlos Vinhal)

18 de Abril de 2008 > Guiné 63/74 - P2772: Convívios (54): II Encontro de ex-Combatentes da Guiné do Concelho de Matosinhos, 12 de Abril de 2008 (Carlos Vinhal)

14 de Março de 2009 > Guiné 63/74 - P4030: Convívios (100): III Encontro dos ex-combatentes da Guiné do Concelho de Matosinhos, dia 7 de Março de 2008 (Carlos Vinhal)

Vd. último poste da série de 10 de Setembro de 2009 > Guiné 63/74 - P4928: Parabéns a você (25): Tony Grilo, nosso camarada radicado no Canadá (Editores)

domingo, 29 de março de 2009

Guiné 63/74 - P4098: Tabanca Grande (129): Manuel José Ribeiro Agostinho, ex-Sold Radiotelefonista, Condutor Auto e Escriturário, QG/Bissau, 1968/70

1. Mensagem de Manuel José Ribeiro Agostinho, ex-Soldado Radiotelefonista, Condutor Auto e Escriturário, (QG/Bissau, 1968/70), com data de 25 de Março de 2009:

Meus caros amigos Luís Graça, Virgínio Briote e Carlos Vinhal:

Começo por os saudar e dar os parabéns pelo vosso trabalho que é merecedor dum grande aplauso. Saúdo também toda a enorme tabanca que faz parte deste BLOGUE, a que aderi como visitante quase diário, desde que tomei conhecimento dele num Convívio de Ex-combatentes da Guiné em Esmoriz, já lá vão cerca de 3 anos. Não tenho participado por ter uma vida muito activa, mas como o tema (*) era convidativo, aqui estou... mas vou começar pelo princípio.

Agora há que fazer as apresentações da praxe, então aí vai:

MANUEL JOSÉ RIBEIRO AGOSTINHO, ex-Soldado de Infantaria com a Especialidade de Radiotelefonista/Condutor Auto, (Escriturário).

No CTI da GUINÉ estive sempre em BISSAU, mas lá iremos mais tarde.

Sou natural de LEÇA DA PALMEIRA, terra onde resido. Sou casado com a ELISABETE, temos duas filhas e duas netinhas.

Junto as minhas fotos como ditam as regras.

Sobre a minha mobilização para a GUINÉ, começo por fazer uma introdução, o início da incorporação que me levou a tirar a recruta em Espinho (GACA-3), sendo de seguida recambiado para Lisboa (BC-5) para tirar a especialidade de Radiotelefonista, para vir depois novamente para o Porto (CICA-1) tirar a carta de condução de Ligeiros, para depois ainda no Porto seguir para o (RC-6) tirar a carta de Pesados. Depois destas especialidades todas, voltei a Lisboa ao BC-5.

Voltei a ser colocado no Porto no (RI-6), onde começou a etapa da minha vida militar que teve reflexos futuros. Passo a explicar.

Chegámos num sábado de OUTUBRO de 1967 a Lisboa, um grupo de 7 militares do meu pelotao para sermos distribuídos por diversas unidades, sabendo eu nesse dia que viria novamente para o Porto. Passei um bom domingo com os amigos de Matosinhos que tinham tirado as mesmas especialidades, o José António e o Humberto Vieira Pereira que iam para outros destinos no Alentejo, mas para diferentes unidades. Divertimo-nos imenso, fomos ver um Benfica-Leixões e a seguir um jogo de hóquei em patins no Benfica de LIVRAMENTO. Muitos copos até dormir no cinema e dormir no quartel, até que chega a segunda de manhã e acordam-me para as despedidas. Lá me despedi deles e infelizmente do Humberto, pessoalmente para sempre, pois viria a falecer em fins de 1968 em Bambadinca.

Abro um parentesis para contar esta pequena história.
Estando eu em Bissau e ele no mato, trocávamos correspondência com frequência. Certa ocasião, uns dias depois de ter estado comigo, tendo-lhe escrito um aerograma como era habitual, o mesmo veio devolvido sem explicações. Mais tarde vim a saber por um colega de Bambadinca que tinha levado com uma roquetada dum cubano, quando ia buscar água à fonte fora do quartel. Gostaria, se alguém tiver dados mais concretos, que me dessem mais notícias sobre este caso.

Mas, então a seguir a essa segunda-feira, depois de acordar, alguém me vem dizer que afinal já não ia para o Porto, mas para Bragança. Protesto daqui, protesto dali e consigo dar a volta ao assunto e desfazer a panelinha que tinham cozinhado. Como eu tinha a melhor nota dos sete colocados acima de mim, impus a minha razão, com a ajuda de um alferes que me levou ao Capitão e que mandou sacrificar outro, ao sargento da secretaria.
Naquele momento tudo ficou para mim em ordem, mas mais tarde teve os seus reflexos quando me quiseram mobilizar.

Regressei então ao Porto e passei a trabalhar na secretaria do RI-6 até que, já em Abril de 1968 e tendo já quase todos os da minha especialidade avançado para o Ultramar, pensando eu que ja não iria, apareceu uma carta da Repartição de Mobilizados, com conhecimento ao RI-6, a dizer que eu não estava nem em Bragança nem em Abrantes, onde devia estar. Passaram mais uns dias e lá estava eu a avançar para Abrantes com destino a embarcar para a Guiné.

Quando soube da notícia fiquei pior que estragado, pois tinha namorada e ter que avançar assim, sem mais nem menos, tornava-se pesado. Dar a notícia em casa aos meus pais foi duro, só eu sei como a minha mãe sofreu. No dia seguinte, quando acordo, mais uma bomba em casa. Na Guiné tinha desaparecido o meu vizinho Rui Rafael da CCS/BCAV 1986 em BUBA. Algum tempo mais tarde, outra notícia negativa, desapareceu o Sargento da Marinha, Lamarão, na Guiné, amigo do meu Pai.

Rui Rafael Moreira, à esquerda, que esteve preso em Conakry e foi libertado dutante a Operação Mar Verde, apesar de emigrado em Espanha, esteve presente no I Encontro dos ex-combatentes da Guiné do Concelho de Matosinhos. À direita José Oliveira (Mestre Zé Cartaxo), ele também um dos organizadores destes Encontros.

Devem estar a ver a minha mobilização com tantos festejos e desde fins de Abril até 10 de Agosto, tempo que demorou até que embarquei em rendição individual no n/m ALFREDO DA SILVA em Lisboa, passando por casa (Porto de Leixões), Cabo Verde (Mindelo e Praia) até que cheguei a Bissau, no dia 20 de Agosto de 1968, com destino a uma companhia que gostaria de saber qual (?) , que tinha vindo embora a 18/08/68, dois dias antes no UIGE.

N/M Alfredo da Silva pertencente à Sociedade Geral

Foto retirada do site Navios no Sapo, com a devida vénia.


Vista aérea do Porto de Leixões, reconhecendo-se as povoações de Leça da Palmeira e Matosinhos, respectivamente a Norte e a Sul da zona portuária

Por agora ficamos por aqui, prometo voltar mais tarde.

Um abraço para todos
Ribeiro Agostinho


2. Comentário de CV

É com particular alegria que recebo na nossa Tabanca, muito mais que um camarada, um amigo de longa data.

Tivemos caminhos paralelos, ele no Liceu, eu na Escola Industrial, ele com empregos no Privado e eu na Função Pública. Ele a vir embora da Guiné e eu a ir para lá.
Ribeiro Agostinho é hoje um respeitado comerciante de máquinas ferramentas, sempre disponível para ajudar os amigos, que lhe custam por vezes as suas horas de descanso.
É o principal incentivador dos Encontros anuais dos ex-combatentes da Guiné do Concelho de Matosinhos, a ele se devendo a organização dos mesmos (**).

Sabendo-o um leitor diário do nosso blogue, sempre o incentivei a entrar para a nossa Tabanca Grande, ao que ele respondia estar a pensar, mas que o tempo livre lhe é escasso e achava que tendo cumprido a sua comissão só em Bissau, se sentia mal entre os operacionais.
Fiz-lhe ver que na guerra tinha de haver gente em todo o lado. Os mais sortudos ficavam em Bissau ou iam para o mato, não lhes acontecendo nada e os menos afortunados, mesmo em Bissau, morriam de acidente ou doença. Quem ia para o mato, além da doença e dos acidentes, tinha a morte por perto quando em situação de combate.
Não podemos monesprezar o trabalho de quem em Bissau tratava dos nossos vencimentos, da nossa alimentação, dos sobressalentes para as nossas viaturas, do nosso correio e, muito, mas muito importante, de quem nos recebia, quando feridos com mais ou menos gravidade, chegávamos ao Hospital.

Sei que o Ribeiro Agostinho organizou uma tertúlia de Matosinhos em Bissau, onde eram recebidos todos os matosinhenses, sendo-lhes minimizado o efeito da chegada a um sítio desconhecido. Quem não se lembra da alegria que era encontrar um conterrâneo por aquelas bandas?

Não vou pedir ao Agostinho que conte as suas aventuras enquanto combatente, mas que nos conte como reagiam os nossos conterrâneos quando o viam. Não podemos esquecer que ele estava na Secretaria do QG e que pelas suas mãos passava toda a correspondência não secreta, logo sabia quem chegava e quem partia, principalmente os de rendição individual, os mais traumatizados.

Caro Agostinho estás apresentado à Tertúlia. És um membro de pleno direito, quanto mais não seja, por fazeres o que ainda hoje fazes pelos ex-combatentes da Guiné.

Deixo-te o habitual abraço (virtual) de boas-vindas dos atabancados.
Será que me vais acompanhar no próximo encontro da Tertúlia? Deves-me esta.

Ribeiro Agostinho falando às tropas, no III Encontro dos ex-combatentes da Guiné do Concelho de Matosinhos, realizado no passado dia 7 de Março de 2009
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Nota de CV:

(*) Vd. poste de 24 de Março de 2009 > Guiné 63/74 - P4075: O trauma da notícia da mobilização (2): No dia da minha inspecção, ali estava eu, em pelota... (Joaquim Mexia Alves)

(**) Vd. poste de 14 de Março de 2009 > Guiné 63/74 - P4030: Convívios (100): III Encontro dos ex-combatentes da Guiné do Concelho de Matosinhos, dia 7 de Março de 2008 (Carlos Vinhal)

Vd. último poste da série de 29 de Março de 209 > Guiné 63/74 - P4096: Tabanca Grande (128): Orlando Pinela, militar da CART 1614 (Guiné, 1966/68)

sábado, 14 de março de 2009

Guiné 63/74 - P4030: Convívios (101): III Encontro dos ex-combatentes da Guiné do Concelho de Matosinhos, dia 7 de Março de 2008 (Carlos Vinhal)

1. No passado dia 7 de Março de 2009, em Matosinhos, ocorreu o 3.º Encontro dos ex-combatentes da Guiné do Concelho de Matosinhos, o qual teve mais de 100 participantes.

A concentração ocorreu em frente do edifício da Câmara Municipal e a foto de família foi tirada na escadaria de acesso à Biblioteca Municipal Florbela Espanca, local único onde foi possível acomodar tanta gente.

O almoço servido no Salão de Festas do Restaurante Mauritânia e foi presidido pelo senhor Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Dr. Guilherme Pinto, e pelo senhor General Carlos Azeredo. Ambos aceitaram amavelmente o nosso convite para estarem presentes, o que muito nos honrou.

No início do almoço tomou a palavra o nosso camarada Ribeiro Agostinho, o principal impulsionador destes encontros, que agradeceu a presença dos ex-combatentes e em especial as presenças das duas individualidades convidadas.

Seguidamente o Presidente da Autarquia tomou a palavra para agradecer o convite, salientando a união e a capacidade de iniciativa dos ex-combatentes da Guiné, que se faz notar na organização e participação nestes eventos. Prometeu para muito breve um Memorial em honra dos 68 militares do Concelho, falecidos nos três teatros de operações da Guerra do Ultramar, a figurar junto ao Tanatório da Matosinhos já em fase de conclusão.

Por último e por imposição dos presentes, falou o senhor General Carlos Azeredo, que na qualidade de militar, dedicou aos presentes palavras sentidas, realçando o sacrifício a que todos fomos sujeitos, em nome da Bandeira de Portugal, defendendo o que na altura era considerado território nacional. Prometeu nunca mais deixar de estar presente nos nossos Encontros.

Seguiu-se o repasto e longos momentos de convívio.

A meio da tarde, o jornalista senhor Joaquim Queirós, fundador e Director do Jornal Matosinhos Hoje, que gentilmente colabora na organização dos nossos Encontros, dando a indispensável publicidade aos mesmos no seu prestigiado Jornal, compareceu no Salão especialmente para trocar impressões com o senhor General Carlos Azeredo. A conversa foi longa e animada com recordações dos bons velhos tempos.

Para terminar o dia, houve o habitual momento de fado.

A Câmara mandou executar uma medalha comemorativa deste 3.º Encontro e ofertou um exemplar a cada um dos participantes.

Do Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné e/ou da Tabanca de Matosinhos estiveram presentes, se a memória não me falha neste momento, Albano Costa, Eduardo Magalhães Ribeiro, Álvaro Basto, Joaquim Almeida (Custóias), Silva e esposa, e este vosso camarada.

Tive ainda o grato prazer de conhecer o camarada Fernando Santos que escreve com o nome de Fernando Cartola, autor do romance a que deu o título "Metro Quadrado", do qual falaremos noutro poste. Convidei-o a visitar o nosso Blogue e a aderir à nossa Tabanca Grande. Embora disponha de pouco tempo livre, prometeu aparecer.

Ficam algumas fotos do Encontro.

Foto de família com todos os participantes no 3.º Encontro dos ex-combatentes da Guiné do Concelho de Matosinhos, tirada na escadaria de acesso à Biblioteca Municipal Florbela Espanca

Mesa da presidência. Ribeiro Agostinho, fala aos presentes, agradecendo a presença de todos.

O senhor General Carlos Azeredo no uso da palavra, ouvido atentamente pelo Dr. Guilherme Pinto.

O senhor General Carlos Azeredo e o Combatente Ribeiro Agostinho

Exemplar da medalha comemorativa deste 3.º Encontro, oferecida pela Câmara Municipal de Matosinhos a todos os participantes

Maqueta do aquartelamento de Bula de autoria do nosso camarada José Oliveira (Mestre Zé Cartaxo), exposta na Sala, alvo de alguma curiosidade por parte dos que por lá passaram

José Oliveira (Mestre Zé Cartaxo), Fernando Silva (que tem sempre uma lembrança para os camaradas participantes nos Encontros) e Carlos Vinhal que tem a função de secretariar os Encontros

Camaradas Albano Costa, Álvaro Basto e Silva (Tabanca de Matosinhos) acompanhado de sua esposa, única senhora presente no Salão

Tradicional e habitual momento de Fado

Bolo comemorativo deste 3.º Encontro onde se viam, a Bandeira de Portugal, o Brasão do Concelho de Matosinhos e o mapa da Guiné-Bissau, país africano que jamais esqueceremos

Fotos: © Ribeiro Agostinho, Albano Costa e Carlos Vinhal (2009). Direitos reservados

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Notas de CV:

Vd. postes do I e II Encontros de:

7 de Março de 2007 > Guiné 63/74 - P1570: Almoço-convívio de camaradas de Matosinhos (Albano Costa / Carlos Vinhal)
e
18 de Abril de 2008 > Guiné 63/74 - P2772: Convívios (54): II Encontro de ex-Combatentes da Guiné do Concelho de Matosinhos, 12 de Abril de 2008 (Carlos Vinhal)

Vd. último poste da série de 13 de Março de 2009 > Guiné 63/74 - P4026: Convívios (99): CCS, CCAÇ 2366 e 2367/BCAÇ 2845, a realizar em Maio de 2009 (Albino Silva)

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Guiné 63/74 - P2928: Comemorações do dia 10 de Junho de 2008 (1): Leça da Palmeira, Matosinhos (Carlos Vinhal)

Foto 1> José Oliveira segura a coroa de flores, acompanhado do Dr. Pedro Tabuada

Foto 2> Memorial aos Combatentes existente no Cemitério nº.1 de Leça da Palmeira

Foto 3> Dr. Pedro Tabuada no uso da palavra

Foto 4> Ribeiro Agostinho falando em nome dos ex-combatentes

Foto 5> Alguns dos ex-combatentes e demais pessoas que assistiam ao acto

Fotos de Carlos Vinhal e Ribeiro Agostinho


1. Pelo segundo ano consecutivo, foi feita no dia 10 de Junho, uma romagem ao Cemitério n.º 1 de Leça da Palmeira, onde junto ao Memorial aos Combatentes se prestou uma singela, mas sentida homenagem aos combatentes da Guerra Colonial desta freguesia, tombados nos três teatros de operações.

O acto, que contou com a presença de alguns ex-combatentes e familiares, foi presidido pelo senhor Dr. Pedro Tabuada, Presidente da Junta de Freguesia, que se fez acompanhar do Secretário, senhor José Ferreira, Tesoureiro, senhor Eduardo Pereira e Vogal, senhor Basílio Ramos.

Foi depositada uma coroa de flores pelo Senhor Presidente da Junta e pelo nosso camarada José Oliveira que, naquele momento simbólico, representou todos os ex-combatentes.

O Dr. Pedro Tabuada tomou a palavra para um discurso de improviso, que ele próprio considerou como politicamente incorrecto, pois reconheceu que até hoje o poder autárquico nunca se lembrou da nossa existência.
Tendo idade para ser filho da maioria dos ex-combatentes presentes, constituiu para nós uma esperança, o ter-se posto à disposição, para na medida em que lhe for possível, pugnar para que, pelo menos em Leça da Palmeira, venha a existir algo que perpetue o nosso esforço e a memória dos que não voltaram vivos de África.
Nas suas palavras, ao contrário do que é vulgar hoje, nunca perguntámos o que Portugal poderia ter feito por nós. Concordando ou não com a guerra que nos foi imposta, defendemos o ideal de então, combatendo por Portugal.

Em nome dos ex-combatentes, falou seguidamente Ribeiro Agostinho para agradecer a prestimosa colaboração da Junta na organização desta cerimónia e todo o esforço que vier a ser feito em favor das aspirações dos antigos combatentes.

Falaram ainda alguns camaradas cuja nota comum foi o quase esquecimento a que os ex-combatentes foram votados no Concelho de Matosinhos.
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Nota de CV:

(1) - Vd poste de 13 de Junho de 2007> Guiné 63/74 - P1846: 10 de Junho: Cerimónia no Cemitério nº 1 de Leça da Palmeira (Carlos Vinhal)

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Guiné 63/74 - P1846: 10 de Junho: Cerimónia no Cemitério nº 1 de Leça da Palmeira (Carlos Vinhal)

Cerimónia no Cemitério nº.1 de Leça da Palmeira, no dia 10 de Junho de 2007, em Memória dos Militares leceiros falecidos na Guerra Colonial (1961/74) (Carlos Vinhal)

Os ex-combatentes da Guiné, Manuel Agostinho, António Maria e José Oliveira (Cartaxo), com a preciosa e indispensável colaboração da Junta de Freguesia, organizaram no dia 10 de Junho, no Cemitério nº 1 de Leça da Palmeira, no Memorial aos Combatentes da Grande Guerra ali existente, uma singela mas tocante cerimónia.

A Junta de Freguesia de Leça da Palmeira fez-se representar pelo seu Presidente, Dr. Pedro Tabuada, Tesoureiro, senhor Eduardo Pereira e Vogal, senhor Basílio Ramos.
Esteve também presente o senhor Tenente-Coronel Gonçalves em representação da Delegação do Porto da Liga dos Combatentes.

Assistiram ao acto muitos ex-combatentes com as suas famílias, assim como familiares dos homenageados.

Foram descerradas duas lápides lembrando os leceiros falecidos na Guerra do Ultramar entre 1961 e 1974 em Angola, Guiné e Moçambique.
Seguiu-se ainda a deposição de uma coroa de flores.

Usaram da palavra o Ten Cor Gonçalves, o Dr. Pedro Tabuada e finalmente o camarada Manuel Agostinho que realçou o facto de não haver no Concelho de Matosinhos um Memorial que lembre, reconheça e perpetue o esforço dos jovens matosinhenses na Guerra do Ultramar.

Às 12 horas foi celebrada uma missa na Igreja Matriz pelo Padre João, nosso conterrâneo, sufragando a alma dos nossos camaradas falecidos.


Foto n.º 1 - Descerramento das Lápides evocativas dos militares falecidos

Foto n.º 2 - O Tenente-Coronel Gonçalves quando usava da palavra

Foto n.º 3 - José Oliveira, António Maria e, Manuel Agostinho no uso da palavra


Foto n.º 4 - Memorial aos Combatentes, agora também dedicado aos Mortos da Guerra do Ultramar de Leça da Palmeira


Texto e fotos: Carlos Vinhal